Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 09/09/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: "Evangelizar não é se vangloriar, mas testemunhar a fé com a vida"

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Rádio Vaticano (RV) - Não reduzir a evangelização ao funcionalismo nem a um simples ‘passeio’: é o convite feito pelo Papa Francisco na homilia da manhã da sexta-feira (09/09), na Casa Santa Marta.

O Pontífice destacou a importância que o testemunho deve assumir na vida dos cristãos, alertando para a tentação de fazer proselitismo ou convencer à força de palavras. 

O que significa evangelizar e como podemos fazê-lo? Francisco se inspirou na Carta de São Paulo aos Coríntios e questionou sobre o significado de dar testemunho de Cristo. Primeiramente, explicou o que não é evangelizar: ‘reduzi-la a uma função’.

Evangelizar não é se exibir 

Infelizmente – disse – hoje, em algumas paróquias, este serviço é vivido como uma função. Leigos e sacerdotes se vangloriam pelo que fazem:

“Isto é a vanglória: eu me vanglorio”; é reduzir o Evangelho a uma função ou mesmo a uma vanglória. “Eu vou evangelizar e levo muitos para a Igreja”. Fazer proselitismo: isto também é uma vanglória. Evangelizar não é fazer proselitismo e nem fazer um passeio, nem reduzir o Evangelho a uma função. Isto é o que Paulo diz: “Pregar o Evangelho para mim não é um motivo de glória, é antes uma necessidade - continua - uma imposição". Um cristão tem a obrigação, mas com esta força, como uma necessidade de levar o nome de Jesus, mas do próprio coração”.

Mas qual seria então o “estilo” da evangelização?, pergunta-se o Papa. “Como posso estar certo de não fazer o passeio, de não fazer proselitismo e não reduzir a evangelização a um funcionalismo?”

O estilo, responde Francisco, “é fazer tudo a todos”, é “ir e compartilhar a vida com os outros, acompanhar no caminho de fé, fazer crescer no caminho da fé”.

Evangelizar é dar testemunho, sem perguntas demais

Devemos colocar-nos na condição do outro: “Se ele está doente, me aproximo, e não enchê-lo com argumentos”, é “estar próximo, assistir, ajudar”. Evangeliza-se “com este comportamento de misericórdia: fazer tudo a todos; é este o testemunho que leva a Palavra”.

Enfim, Francisco recordou que durante o almoço com os jovens, na JMJ de Cracóvia, um jovem lhe perguntou o que deveria dizer a um seu amigo querido, ateu.

“É uma boa pergunta! Todos conhecemos pessoas que estão afastadas da Igreja: o que devemos dizer a elas? E eu respondi: ‘Veja, a última coisa que deves fazer é dizer alguma coisa! Comece a fazer, e ele verá o que tu fazes e te perguntará; e quando te perguntar, tu dizes”. Evangelizar é dar este testemunho: eu vivo assim, porque acredito em Jesus Cristo; eu desperto em ti a curiosidade da pergunta ‘mas porque fazes estas coisas?’. Porque acredito em Jesus Cristo e anuncio Jesus Cristo e não somente com a Palavra – sim, se deve anunciá-lo com a Palavra – mas com a vida”.

Isto é evangelizar, disse o Papa, e “também isto se faz gratuitamente”, “porque recebemos de graça o Evangelho”, “a graça, a salvação não se compra nem se vende: é grátis! E de graça devemos dá-la”.

Viver a fé

Assim o Papa recordou São Pedro Claver, que a Igreja celebra nesta sexta-feira. Um missionário, pontuou, que “foi anunciar o Evangelho”. Talvez, refletiu, “ele pensava que seu futuro seria pregar: no seu futuro o Senhor pediu-lhe que estivesse próximo, junto aos descartados daquele tempo, aos escravos, aos negros, que chegavam lá da África para serem vendidos”:

“E este homem não fez um passeio, dizendo que evangelizava; não reduziu a evangelização a um funcionalismo e nem mesmo a um proselitismo: anunciou Jesus Cristo com gestos, falando aos escravos, vivendo com eles, vivendo como eles! E como ele na Igreja existem tantos! Tantos que aniquilam a si mesmos para anunciar Jesus Cristo. E também todos nós, irmãos e irmãs, temos a obrigação de evangelizar, que não é bater na porta do vizinho ou da vizinha e dizer: ‘Cristo ressuscitou’. É viver a fé, é falar da fé com docilidade, com amor, sem vontade de convencer ninguém, mas gratuitamente. É dar gratuitamente aquilo que Deus de forma gratuita nos deu: isto é evangelizar”.

(cm/rb)

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Papa adverte bispos: divisão e dinheiro são as armas do diabo

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Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã desta sexta-feira (09/09), o Papa Francisco recebeu, no Vaticano, os bispos de recente nomeação que participam de um Seminário promovido pela Congregação para a Evangelização dos Povos. 

Ao se dirigir aos bispos, o Pontífice falou da realização deste Seminário no Ano Santo da Misericórdia, que lhes dá a possibilidade de se unir a tantos peregrinos de todas as partes do mundo: “Esta experiência nos faz tanto bem, nos faz sentir que todos somos peregrinos da misericórdia”.

Territórios de missão

O Papa notou a proveniência dos bispos, que atuam em áreas consideradas “territórios de missão”. “Portanto, cada um de vocês tem o grande privilégio e, ao mesmo tempo, a responsabilidade de estar na linha de frente na evangelização”, afirmou Francisco, recordando que são chamados a cuidar do rebanho e ir em busca das ovelhas, especialmente daquelas distantes ou perdidas. “Eu os encorajo a encontrar também as ovelhas que ainda não pertencem ao ovil de Cristo: de fato, a evangelização está essencialmente ligada à proclamação do Evangelho aos que ainda não conhecem Jesus Cristo ou que sempre o rejeitaram".

Nesta missão, o Pontífice citou a importância dos colaboradores, entre os quais os leigos e, principalmente, os presbíteros, “o próximo mais próximo do bispo”. O Papa pediu que respondam imediatamente a suas solicitações, de preferência no mesmo dia, reforçando a necessidade de um acompanhamento no processo de formação já no seminário.

Divisão e dinheiro

Francisco pediu ainda vigilância aos bispos para que as atividades evangelizadoras e pastorais não sejam prejudicadas por divisões existentes ou que possam ser criadas.

“As divisões são a arma mais próxima do diabo para destruir a Igreja. Ele tem duas armas, mas a mais perigosa é a divisão. A outra é o dinheiro. O diabo entre no bolso e destrói com a língua, com as fofocas. E fofocar é um hábito terrorista.”

Etnias

De modo especial, o Papa alertou para as diferenças em decorrência das várias etnias presentes num mesmo território para que não penetrem nas comunidades cristãs a ponto de prevalecer sobre o seu bem. “A Igreja é chamada a saber colocar-se sempre acima das conotações tribais-culturais e o bispo, visível princípio de unidade, tem a tarefa de edificar incessantemente a Igreja particular na comunhão de todos os seus membros”, reiterou.

O discurso de Francisco faz referência também à maturidade dos bispos, pois eles têm o dever de seguir atentamente os problemas e as questões concretas da sociedade a ser evangelizada.

São considerados territórios de missão alguns países de África, Ásia, América Latina e Oceania.

(bf)

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Papa: visita de pastor evangélico e o caminho para a unidade

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Cidade do Vaticano (RV) – “A unidade se faz caminhando”, comentou dessa forma o Papa Francisco depois de ter abraçado o amigo Giovanni Traettino, pastor da Igreja Evangélica da Reconciliação.

 

Na tarde desta quinta-feira (8), o Santo Padre recebeu na Casa Santa Marta a visita de Traettino que estava acompanhado de outros seis pastores das cidades italianas de Turim, Brescia, Palermo, Caserta, Marcianise e Salerno. Ele disse que “para devolver a visita que o Pontífice fez dois anos atrás a Caserta, pensamos em valorizar ainda mais o diálogo dando um horizonte comunitário aos nossos encontros, aumentando, então, o perfil da nossa resposta e vindo encontrar o Papa como família espiritual”.

À espera do Papa com o Pai Nosso

O encontro foi envolvido de um clima de grande simplicidade e fraternidade. Já na chegada da Casa Santa Marta e à espera do Papa, os sete hóspedes rezaram de mãos dadas o Pai Nosso. Então, o pastor Traettino agradeceu o Papa pela ocasião e por encontros como esse em que o diálogo entre as igrejas tenha tido “uma aceleração inesperada nos últimos anos”.

Sublinhou ainda a intenção da Igreja Evangélica da Reconciliação que é próprio “reconciliar os perdidos, reconciliar os cristãos e reconciliar o mundo”. E nesse diálogo sempre mais amigável, acrescentou, “reconhecemos a mão soberana do Senhor”.

Nesse caminho, disse então o pastor, fundamental será “nos reconciliarmos graças às nossas raízes comuns, certos e agradecidos de ter no Pontífice um irmão e um aliado”.

Os passos e o caminho para a unidade

Da sua parte, Francisco enalteceu como certos passos são coisas que “o coração sentiu” e são realizados com espontaneidade. São “passos”. E salientou de novo: “a unidade é feita com os passos. Em caminho”. Um caminho paciente e contínuo.

O Papa, então, acrescentou que se se questiona qual será o dia preciso em que a unidade será plena, a resposta prevê um dia exato: “o dia depois daquele da vinda do Filho do homem”. Aos cristãos, entretanto, depois de tantas coisas que aconteceram na história e os distanciaram entre eles se espera de “rezar, arrepender-se das coisas que não estão fazendo bem e caminhar juntos”.

Fundamentalmente, explicou Francisco, é a disponibilidade ao perdão: “Quando há coisas ruins no passado se deve pedir perdão”. E o perdão deve ter “o estilo de Deus”, que “esquece tudo”.

Papa faz crescer diálogo na Igreja Evangélica

O pastor Traettino disse ao jornal L’Osservatore Romano que “para nós tudo isso é uma graça. Tenho certeza que o Papa Francisco fez na Igreja um pulo para frente de alguns séculos. Essa relação privilegiada, e diria providencial com ele, fez crescer muitíssimo a sensibilidade ao diálogo na Igreja Evangélica. Uma sensibilidade que crescia na escola do Espírito, mas que o Papa Francisco conseguiu incorporá-la na realidade de hoje”.

(AC)

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Publicado programa da viagem do Papa à Suécia

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Rádio Vaticano (RV) – A Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou nesta sexta-feira (09/09), o programa da Viagem Apostólica do Papa à Suécia, nos dias 31 de outubro e 1º de novembro.

 

Francisco irá ao país escandinavo para as celebrações ecumênicas dos 500 anos Reforma Protestante.

O Pontífice partirá do aeroporto de Roma/Fiumicino rumo a Malmö às 8h20 da segunda-feira, 31 de outubro.

A chegada à Suécia está marcada para às 11h no aeroporto internacional de Malmö. Segue-se a acolhida oficial, a visita da cortesia à família Real em Lund, a oração ecumênica comum na Catedral Luterana de Lund, um evento ecumênico na Arena de Malmö em que, ao final, o Papa encontrará as delegações ecumênicas.

Na terça-feira, 1º de novembro, Francisco celebra às 9h30 a Santa Missa em Malmö para, a seguir, despedir-se da Suécia. O voo de volta a Roma está previsto para partir às 12h45 e chegar em Roma/Ciampino às 15h30.

(rb)

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“Bento XVI: últimas conversas”, publicado esta sexta-feira

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Cidade do Vaticano (RV) – Foi publicado, nesta sexta-feira (09/9), no mundo inteiro, o livro intitulado “Bento XVI: últimas conversações”. O volume de 240 páginas foi traduzido em seis línguas: alemão, francês, polonês, espanhol, inglês e italiano.

Trata-se de um livro-entrevista escrito pelo jornalista alemão Peter Seewald, que, junto com Ratzinger, destaca as etapas mais importantes da vida de Bento VI: desde a sua infância, sob o regime Nazista, a descoberta da sua vocação, os anos difíceis da guerra, o serviço prestado no Vaticano, a forte ligação com São João Paulo II até a sua eleição ao Pontificado e renúncia ao papado.

No volume, Ratzinger fala sobre o Papa Francisco, expressando sua alegria e surpresa pela sua eleição, que demonstra que a Igreja é viva e dinâmica.

Mas, vamos ouvir um depoimento do Padre Federico Lombardi, Presidente do Conselho de Administração da Fundação vaticana “Joseph Ratzinger – Bento XVI”, sobre as pérolas preciosas deste volume:

“A primeira é o testemunho da experiência espiritual do idoso Papa emérito, a caminho para a Casa do Pai. Bento XVI fala, com serenidade, de como está vivendo a última etapa da sua vida terrena, no recolhimento e na oração. Ratzinger dá testemunho de um idoso homem de Deus, que se prepara para a morte, com humildade e humanidade, para este grande mistério de Deus. Ele fala da presença de Jesus Cristo no centro da sua vida. Ele dá uma olhada ao seu passado, dizendo que poderia ter feito muito mais pelos outros. Aqui, ele comenta, de modo claro e sereno, sobre a sua renúncia ao Pontificado, sobre as suas imotivadas razões, como se fosse causada pelas dificuldades, escândalos e complôs no seio da Igreja. Pelo contrário, depois de resolvidas estas questões e de um longo caminho de discernimento diante de Deus, ele comunicou ao mundo a sua renúncia, sem se arrepender. Estas são os dois principais temas que justificam a publicação deste livro sobre o idoso Papa emérito”.

Padre Lombardi, o que Bento XVI destacou, de modo particular, neste livro-entrevista, sobre seus oito anos de Pontificado?

“A sua intenção era a de colocar ao centro de tudo o tema sobre Deus e a fé, com base na plenitude da Sagrada Escritura e na Tradição da Igreja. A sua força foi anunciar a fé de modo positivo. Ele sabia que seu Pontificado não seria longo. Por isso, não quis fazer muitos projetos e tomar iniciativas espetaculares, não obstante tenha reforçado o elemento Sinodal e promovido o “Ano da Fé”. Outro elemento de destaque do seu Pontificado foram as suas obras literárias sobre “Jesus de Nazaré”, um importante serviço à Igreja, porque, como diz ele, ‘se não conhecermos a fundo Jesus Cristo, a Igreja não teria motivo de existir’. Esta não era uma teologia separada da vida de Bento XVI, mas consequência da sua profunda espiritualidade. Assim, ele aprendeu a encarar as vicissitudes da Igreja com a ‘sabedoria do coração’, oferecendo e confiando sempre em Deus a sua vida e a sua obra”.

Neste volume, publicado hoje em todo o mundo, o idoso Papa emérito recebeu um presente especial: o Prefácio escrito pelo próprio punho do Papa Francisco, que diz, entre outras coisas: “Todas as vezes que leio as obras de Joseph Ratzinger se torna sempre mais claro que ele praticou a "teologia de joelhos".

Esta expressão de Francisco foi extraída do teólogo Hans Urs von Balthasar, para elogiar o testemunho exemplar do predecessor. E Bergoglio acrescentou: "Antes de ser um grandíssimo teólogo e mestre da fé, Bento XVI é um homem que realmente acredita e reza; um homem que personifica a santidade; um homem de paz; um homem de Deus". (MT/JE)

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Sempre mais mulheres trabalham no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – Cada vez mais mulheres assumem funções nos diferentes setores do Vaticano. A novidade chega agora aos Correios, ou, a Posta Vaticana como é conhecida.

“Desde 1º de setembro, pela primeira vez  – revela o L’Osservatore Romano – há uma presença feminina também neste serviço das Telecomunicações do Governatorato da Cidade do Vaticano.

Maura Turoli já trabalha em contato direto com o público, colaborando com os seus colegas não somente nos guichês dentro dos muros leoninos, mas também nas agências na Praça São Pedro e Museus Vaticanos. Em breve, ela terá a companhia de Maria Michela Pica que, como Turoli, fala fluentemente três línguas”.

Recentemente – recorda o L’Osservatore -  foram nomeadas Barbara Jatta como Vice-Diretora dos Museus Vaticanos e Anna Maria Circelli, à frente do Departamento Pessoal do Governatorato.

“Precisamente nesta perspectiva os expoentes do Governatorato – o Cardeal Presidente Giuseppe Bertello, o Bispo Fernando Vergez Alzaga, Secretário Geral e Diretor das Telecomunicações, junto ao Chefe de Setor dos Serviços de Correio, o orionita Padre Atilio Riva – foram concordes em substituir o pessoal aposentado por mulheres”, explica o L’Osservatore.

Em julho, o Papa Francisco havia nomeado como Vice-Diretora da Sala de Imprensa da Santa Sé a jornalista espanhola Paloma García Ovejero.

(JE/Osservatore Romano)

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Jogo beneficente de futebol promovido pelo Papa: "Unidos pela Paz"

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Cidade do Vaticano (RV) – Foi apresentada, na manhã desta sexta-feira (09/9), na Sala Marconi da Rádio Vaticano, a partida de futebol, promovida pelo Papa Francisco.

Trata-se de um jogo, que se realizará no próximo dia 12 de outubro, no Estádio Olímpico de Roma, intitulado “Unidos pela Paz”. O grande jogo será beneficente para sustentar os projetos educativos e sociais da Fundação “Scholas Occurrentes”.

Participarão da partida beneficente grandes campeões do futebol internacional. Mas, qual será a novidade deste jogo? Foi o que perguntamos a José María del Corral, Presidente da Fundação Internacional “Scholas Occurrentes” de Direito Pontifício:

“Por um lado, a novidade consiste na necessidade de fazer da ‘Cultura do Encontro’ uma experiência educativa vencedora, sobre a qual o Papa sempre repete: ‘a paz se constrói por meio da unidade, tornando a ‘Cultura do Encontro’ em uma realidade. Esta experiência, iniciada por Bergoglio, na Argentina, agora está sendo feita aqui com as crianças das escolas italianas. Além do mais, Francisco ensina que ‘o futebol nos ensina a trabalhar em equipe’.

Entre os jogadores de futebol, que aderiram a esta iniciativa, se encontra Manuel Iturbe, que joga no time do Roma. Ele sempre foi um dos protagonistas nas iniciativas beneficentes do mundo do esporte. Eis o que ele disse:

“Estes jogos para nós são uma coisa muito bela. Todos os jogadores querem participar. Eu já participei da iniciativa junto com verdadeiros campeões do futebol. E todos se sentiam felizes de poder colaborar. Por isso, qualquer jogador gostaria de participar de eventos como este promovidos pelo Vaticano”.

Por fim, um dos participantes na Coletiva de Imprensa desta manhã foi Dom Marcelo Sánchez Sorondo, Chanceler da Pontifícia Academia das Ciência, que falou do esporte como um poderoso meio para aproximar os jovens dos valores fundamentais, como a paz e a solidariedade:

“É de uma importância decisiva porque busca atingir 50% da juventude do mundo que não tem acesso à educação. Naturalmente, esta iniciativa busca unir o esporte com a beleza e capaz de despertar em todos a importância de se educar aos valores morais e cristãos. Começamos, há três anos, com um encontro pela paz, um encontro esportivo gratuito. Assim continuamos a fazer nestes anos e se continuará, esperando envolver o maior número de jovens possível em todo o mundo”. (MT)

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Igreja no Brasil



Primeiros mártires do Brasil mais perto da santidade

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Cidade do Vaticano (RV) – Aumenta a expectativa pela canonização dos Bem-aventurados Mártires André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, Mateus Moreira e seus vinte e sete companheiros leigos, que em 1645, no Rio Grande do Norte, derramaram seu sangue por amor a Cristo. O processo de canonização está na Congregação para a Causa dos Santos desde o segundo semestre de 2015, por indicação do Papa Francisco.

Segundo explica o Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, durante a última Assembleia dos Bispos da CNBB, em abril passado, foi assinado um documento dando assentimento à canonização e à forma breve do processo.

Dom Jaime estará em Roma nesta próxima semana e com o Cardeal Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, terá audiência com o Papa Francisco, na Casa Santa Marta. Já está também confirmada a visita, de 1º a 04 de outubro, de Dom Giovanni D’Aniello, Núncio Apostólico no Brasil, à Arquidiocese de Natal.

Ele estará no estado para conhecer os locais dos martírios e presenciar a devoção de nosso povo. O ponto alto da programação durante o período de sua visita será a Missa em honra dos Mártires, no dia 3 de outubro, às 17h30, no Monumento aos Mártires, em Uruaçu, município de São Gonçalo do Amarante.

A chacina

Em 16 de junho de 1645, o Pe. André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por 200 soldados holandeses e índios potiguares. Os fiéis estavam participando da missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú – no município de Canguaretama (RN).

Os invasores calvinistas não admitiam a prática da religião católica. 

Ouça aqui a entrevista com Dom Jaime: 

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Igreja na América Latina



Fiéis veneram a padroeira de Cuba em procissões pelo país

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Cidade do Vaticano (RV) – A semana é de celebração para os devotos cubanos de Nossa Senhora da Caridade do Cobre. Em diversas cidades do país, procissões e missas foram realizadas nesta quinta-feira (8), dia em homenagem à santa.

Em Cuba, centenas de fiéis celebram a festa no ano em que marca o centenário da sua proclamação como padroeira do país, como aconteceu na cerimônia presidida pelo arcebispo metropolitano de Havana, Dom Juan de La Caridad García Rodríguez. Centenas de devotos participaram das festividades levando flores, velas, vestindo alguma peça de roupa na cor amarela – a cor que identifica a padroeira de Cuba.

Peregrinação ao Santuário

Outra massa de devotos fez peregrinação até o Santuário de Nossa Senhora da Caridade na pequena localidade de El Cobre, em Santiago de Cuba, declarado Monumento Nacional em 2012. A missa no local, que fica a uns 900 km de Havana, foi presidida pelo arcebispo de Santiago e presidente da Conferência dos Bispos Católicos de Cuba, Dom Dionísio García Ibanez.

Mensagem em ocasião da festividade

Em ocasião do centenário da Santa Padroeira, Dom Álvaro Beyra Luarca, bispo da diocese do Santíssimo Salvador de Bayamo-Manzanillo, divulgou mensagem no site oficial da Conferência dos Bispos de Cuba lembrando de como aconteceu o reconhecimento solene da Santa Sé para que Nossa Senhora da Caridade fosse padroeira do país. Foi Bento XV quem respondeu à solicitação e a transformou em “modelo, protetora e especial intercessora dos cubanos”. E que a santa “guie nosso andar para junto à ela chegar ao final da nossa vida na casa paterna, onde devemos ser acolhidos pelo abraço misericordioso e jubiloso de Deus, nosso Pai. Que Maria Santíssima guie todos até lá”, abençoou Luarca. (AC/Efe)

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Igreja no Mundo



Bispos suíços: não à proibição da burca e sim à proteção religiosa

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Cidade do Vaticano (RV) – Em comunicado conclusivo de mais uma Assembleia Ordinária realizada em Fischingen, na Suíça, os bispos escreveram: “a liberdade de religião, garantida no país, autoriza o uso de roupas e símbolos religiosos no espaço público”. No documento, a Conferência Episcopal local faz referência à recente proposta de proibir a burca e outras vestimentas semelhantes. 

Abaixo-assinado contra a burca, sinal de insegurança

Para a iniciativa estão sendo recolhidas assinaturas com a intenção de que venha registrada, na Constituição Federal, a proibição de esconder o rosto em público. Mas esse é “um sinal de insegurança para ser analisado seriamente”, comentam os bispos suíços, acrescentando porém que “a roupa não deveria barrar a possibilidade de ser reconhecidos em qualquer momento, a fim de garantir a segurança pública e a coexistência pacífica” no país.

A misericórdia nas religiões monoteístas

Além disso, foi anunciada a publicação de um folheto informativo sobre o tema da Misericórdia nas três religiões monoteístas (judaísmo, cristianismo e islamismo). O documento, que será redigido por um grupo de trabalho sobre o islamismo, deve ser lançado nos próximos meses com a conclusão do Jubileu da Misericórdia.

Encontro com as Igrejas Protestantes

Com a conclusão da Assembleia Episcopal, os bispos encontraram membros do Conselho da Federação das Igrejas Protestantes Suíças para “uma troca amigável e um diálogo teológico e ecumênico aprofundado”. Em especial, sublinha a nota conclusiva do encontro, foi examinado um estudo internacional ecumênico intitulado “A Igreja para uma visão comum”, conduzido pelo Conselho Mundial das Igrejas, em colaboração com a Igreja católica.

Superar as divisões

O presidente da Federação das Igrejas Protestantes, Goofried Locher, explicou que “refletir juntos permitiu perceber, mais uma vez, que devemos superar as nossas divisões se queremos cumprir a missão que Deus nos dá”. Daqui, o convite para nos concentrarmos nos “desafios comuns na transmissão da fé cristã”. Da outra parte, Dom Charles Morerod, presidente da Conferência Episcopal, observou: “lembremo-nos que a nossa missão não é somente aquela de organizar da melhor forma o mundo, mas de acolher a presença de Deus e ouvir a sua palavra”.

Iniciativas para aniversário de 500 anos da Reforma

O encontro conjunto permitiu também o exame de dois projetos ecumênicos em preparação ao aniversário de 500 anos da Reforma que acontece em 2017: trata-se de uma celebração ecumênica em Zugo, em primeiro de abril do próximo ano, e um pavilhão conjunto das igrejas suíças para a Mostra Mundial sobre a Reforma em Wittenberg, na Alemanha, de 20 de maio a 10 de setembro de 2017. (AC)

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Kosovo consagrará Catedral à Santa Madre Teresa e espera por Francisco

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Roma (RV) – Em 2017, no primeiro aniversário da canonização de Madre Teresa, será consagrado em Pristina o Santuário a ela dedicado, “e esperamos que seja o Papa Francisco a fazê-lo”. O desejo foi expresso pelo Vigário Geral da Diocese de Prizren,  Kosovo, Padre Lush Gjergji, à margem da celebração ocorrida no Vaticano da canonização da Santa de Calcutá.

Amizade de infância

“Em 2007 começamos a construir a Catedral de Madre Teresa. Em 2010 foram iniciadas as missas, mas ainda não está terminada”, explicou o sacerdote, biógrafo oficial de Madre Teresa e seu amigo desde tenra idade, visto as ligações entre sua família e a da fundadora das Missionárias da Caridade. Sua tia Mrika e a mãe Dile eram coetâneas de Madre Teresa e com ela passaram a infância em Skopje.

Antes de encontrá-la em Roma em 1968, Padre Lush já havia ouvido falar da irmã: “Quando a encontrei – recorda –percebi logo a santidade da Madre e naquele mesmo momento decidi que queria dedicar boa parte da minha vida em conhecê-la mais de perto: a família, a vida paroquial, as raízes deste grandioso fenômeno de bondade e amor”.

Promessa cumprida

O sacerdote acredita “ter cumprido a promessa, com os 15 livros dedicados à vida de Madre Teresa”, entre os quais a primeira biografia completa. Como ele mesmo revela, “tentei segui-la por toda a vida, até o seu retorno ‘à casa do Pai’”.

Uma frase que Madre Teresa repetia sempre, acabou por  marcar o sacerdote: “Olhando os cinco dedos da mão, ela repetia a cada dia aquilo que era o seu Evangelho: ‘O que farei hoje para Jesus?’. Este é o melhor exame de consciência cristão”.

Noite escura

Ao falar sobre a “noite escura” – período em que Madre Teresa experimentou o “silêncio de Deus” - Padre Lush explicou ter-se tratado “de um período em que Deus a colocou à prova. Foi uma prova longa e dura, ela sentia como que abandonada pelo Senhor. Mas a resposta de Madre Teresa foi excepcional: perseverança na fé e fidelidade no amor. Isto testemunha a grande santidade da Madre, a sua capacidade de sofrer e oferecer tudo a Deus e ao próximo”.

Sofrimento e sacrifício

“Sem o sofrimento e o sacrifício – continua – ela nunca teria sido ela mesma, ainda menos a Missionária da Caridade, a pessoa assim audaz a enfrentar o mal no mundo moderno. Ela dizia: ‘Sem o amor e o sacrifício, a vida não tem sentido’”.

Bênçãos para Igreja do Kosovo

Padre Lush está convencido de que a canonização de Madre Teresa levará inúmera bênçãos à Igreja kosovar. “Madre Teresa – afirma – é a expressão mais bela da nossa tradição albanesa que respeita e pratica a hospitalidade, a generosidade, o sentido da vida familiar, o diálogo ecumênico e inter-religioso”.

Neste sentido, o Vigário de Prizren relata que a Igreja local tem boas relações com a Igreja Ortodoxa da Sérvia e com a comunidade islâmica, com as quais “buscamos diversos pontos de encontro e de colaboração pelo bem comum”.

Mesmo minoria no país, Igreja deu muitas vocações

Não obstante o número de católicos no país seja exíguo – cerca de 60 mil (3% da população) – o Kosovo “deu diversos sacerdotes e religiosos à Albânia, à diáspora europeia e nos EUA”.

Por fim, o sacerdote espera que o Papa Francisco possa consagrar o novo Santuário dedicado à Santa. “Esta – conclui – será uma boa ocasião de peregrinações nas pegadas de Madre Teresa: Prizren, cidade dos pais. Skopje, onde nasceu a santa; Letnica, onde decidiu tornar-se irmã para ajudar os povos do mundo”.

(je/asianews)

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Igrejas do Oriente agradecem muçulmanos por reconhecer seu papel na região

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Amã (RV) – As Igrejas e as comunidades cristãs do Oriente Médio apreciam e acompanham com otimismo as iniciativas de instituições e líderes muçulmanos da região, “que se empenharam na rejeição ao extremismo e à violência, reafirmando o respeito pela diversidade e reconhecendo o papel do componente cristão como fator original e fundamental da civilização árabe e de toda a região, considerando que tal fator seja preservado”.

Assim os Líderes e representantes de todas as Igrejas e comunidades eclesiais reunidos em Amã na sua XI Assembleia, quiseram prestar uma homenagem aos representantes de comunidades e instituições islâmicas, que diante dos conturbados acontecimentos em curso na área médio-oriental, reconheceram a presença cristã no Oriente Médio como fator autóctone e componente inerradicável das sociedades médio-orientais.

O conteúdo faz parte da mensagem divulgada ao final do Encontro do Conselho das Igrejas do Oriente Médio, concluído em Amã, capital da Jordânia, na quinta-feira, 8 de setembro.

“A Assembleia – lê-se no documento enviado à Agência Fides – augura que tais atitudes expressas por instituições e representantes muçulmanos, “se traduzam em medidas concretas, para passar a um novo modelo de colaboração e partilha”.

O texto exprime considerações e critérios compartilhados pelas Igrejas Cristãs diante dos problemas e dramas que caracterizam a atualidade da região médio-oriental. Entre outras coisas, é expressa a intenção de constituir uma delegação encarregada de percorrer os países do Oriente Médio para encontrar autoridades civis e religiosas, incluindo  os líderes das grandes instituições islâmicas como a Universidade sunita de Al-Azhar e a xiita de Qom, para buscar juntos soluções voltadas a favorecer a continuidade da presença cristã na região.

Os líderes das Igrejas e das comunidades cristãs convidam a comunidade internacional a intervir para deter o conflito sírio, abstendo-se “de fornecer armas a grupos terroristas” e buscando uma solução pacífica para a crise síria que não coloque em risco “a unidade do país” e a convivência dos diversos componentes étnicos e religiosos no seio da sociedade civil.

O documento chama à responsabilidade os países árabes e a comunidade internacional para a acolhida e o apoio aos deslocados, para o trabalho realizado neste sentido pelas Igrejas e  organismos eclesiais, e para considerarem também o futuro apoio a ser dado no “retorno” dos refugiados à própria terra natal.

É reiterado, outrossim, o apoio à causa do povo palestino e o seu direito de ter um Estado, e se pede de colocar fim à situação anômala vivida pela Ilha de Chipre, retomando a unidade do território e garantindo os direitos de todos os seus cidadãos.

No documento, por fim, é expresso o agradecimento ao Reino Hashemita da Jordânia, que sediou os trabalhos e do qual vem reafirmado o papel de custódio dos Lugares Santos também cristãos na Terra Santa. As autoridades egípcias também são alvo de agradecimento, por ter aprovado a nova lei sobre a construção e restauração dos locais de culto cristãos.

(JE)

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Igrejas e Mineração: preocupação por engajamento dos ativistas

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Bogotá (RV) - Os grandes projetos extrativos de recursos minerários não resolvem os problemas econômicos dos países latino-americanos; ao contrário, têm efeitos nocivos sobre as pessoas e o meio ambiente.

É uma das conclusões a que chegaram os participantes do terceiro encontro da Rede Igrejas e Mineração, que se realizou em Bogotá de 2 a 4 de setembro, reunindo 50 lideranças religiosas. O comunicado final afirma:

“Preocupamo-nos com a crescente criminalização e homicídios de pessoas engajadas na defesa do território, como Berta Cáceres (ativista ambiental hondurenha e líder indígena morta em março de 2016). Para ela, pedimos justiça e por seu testemunho queremos um mundo mais justo para as mulheres, protagonistas na defesa da vida e primeiras vítimas do extrativismo”.

“Estamos conscientes que defender a criação, em um sistema que a depreda e que tem como fins principais o lucro e o dinheiro, é uma missão que coloca a própria vida em risco, mas nós somos encorajados pelo Evangelho, pela encíclica Laudato si’ e pelo espírito de luta de muitas comunidades prejudicadas pelas mineiras e outras atividades extrativas”.

No comunicado, a Rede exorta as autoridades eleitas pelo voto popular a apoiarem as iniciativas que defendem a vida e dirige um apelo às Igrejas para que “assumam um compromisso ativo em defesa da casa comum, pois este é um elemento constitutivo do ser cristão. Enfim, os participantes elogiaram os esforços da Colômbia na busca da paz e na construção de um país mais justo, igualitário e em harmonia com a Criação”.

(CM)

 

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Congresso Eucarístico: Gênova, a capital espiritual italiana

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Cidade do Vaticano (RV) - Em entrevista, o Cardeal Angelo Bagnasco, Presidente da Conferência Episcopal Italiana – CEI e Arcebispo de Gênova, fala sobre a contagem regressiva e o clima da cidade à espera do Congresso Eucarístico Nacional.  

O Congresso será nos dias 15 a 18 de setembro, com o tema: “Eucaristia fonte da Missão: na misericórdia o Senhor veio ao encontro de todos”.

Daqui a poucos, dias "Gênova será a capital espiritual” da Itália, disse o Cardeal sobre essa espera:

“É uma espera que não é passiva, mas tem uma preparação espiritual, sensibilização interior. A comunidade cristã se prepara muito e com diversas iniciativas neste momento. Diria que Gênova que caminha para o Congresso Eucarístico está fazendo uma bonita preparação espiritual diante dos desafios de um evento que envolverá toda a Igreja italiana e suas várias expressões”.

Missionariedade

Durante o Congresso haverá momentos voltados à caridade, catequese e oração. A Igreja local ainda lembra a trágica realidade dos últimos dias. As ofertas da Missa serão destinadas as vítimas do terremoto. Dom Angelo falou sobre isso:

“Ajudar os nossos irmãos e irmãs atingidos pelo terremoto é uma escolha em nome da caridade e da missionariedade, duas consequências fundamentais da experiência litúrgica. Na Eucaristia, o corpo e o sangue de Cristo são doados para nos encorajar a estarmos próximos daqueles que passam por necessidades e anunciar a Graça do Evangelho e sua mensagem libertadora de esperança”.

Durante o Congresso Eucarístico Nacional, estão programadas obras de misericórdia: Da Catedral partirão cerca de 50 grupos que visitarão obras de misericórdia, sejam elas corporais e espirituais disseminadas em vários pontos da cidade. Também haverá catequeses em 10 igrejas do centro histórico dedicadas à Eucaristia.

“Na preparação do Congresso, os sacerdotes nos pediram que houvesse uma sensibilização dos leigos para a participação na Missa durante a semana. É uma proposta na qual acredito profundamente e que não é impossível realizar. Um outro fruto concreto do Congresso Eucarístico será a missão dos jovens para os jovens: a diocese preparou muito bem a juventude para esse momento e serão eles que lançarão essa proposta como fruto missionário do Congresso Eucarístico e como sinal para toda a Igreja italiana. Não se trata somente de construir estruturas mas de dar alma a este lugar”.

 (VM)

 

 

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Índia inaugura primeiro hospital dedicado à Madre Teresa

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Nova Deli (RV) – A Diocese de Miao, no Estado de Arunachal Pradesh, nordeste da Índia, inaugurou o primeiro hospital  dedicado a Santa Madre Teresa de Calcutá.

O pequeno hospital, de 25 leitos, estava em construção há quatro anos e “representa uma bênção para os habitantes do distrito. Na região, havia extrema necessidade de um hospital”, afirmaram funcionários presentes na inauguração, realizada em 8 de setembro.

O Bispo de Miao, o salesiano George Pallipparambil, explicou o motivo para dedicar o hospital à Madre Teresa: “Este Instituto quer recordar que Madre Teresa e a misericórdia caminham juntas. Estamos muito orgulhosos de poder dizer que Madre Teresa visitou a nossa diocese. Depois de muitas dificuldades, visitou Arunachal Pradesh em 1993. A Diocese de Miao pretende unir-se à celebração da canonização de Madre Teresa, honrando-a com este hospital”.

Graças ao hospital, os tribais que vivem no território de Arunachal Pradesh, não precisarão mais percorrer 100 km e dirigir-se ao Estado vizinho de Assam, quando têm necessidade de cuidados médicos.

Mesmo que restam obras a serem finalizadas, o Instituto abre com uma estrutura de base habilitada para o tratamento de doenças como tuberculose, malária, icterícia, que são comuns nesta parte do nordeste da Índia e que, mesmo curáveis, até hoje são causa de mortes entre os tribais.

(je/fides)

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Formação



Laudato si - Francisco, as Irmãs e os Irmãos

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Capítulo 19

IRMÃS E IRMÃOS 

FRANCISCO Novamente com vocês, filhas e filhos de Deus. Bênçãos, boas energias e paz. Nestes dias conversei com muitas criaturas. Falei com o irmão Sol e com a irmã Neve. Falei com os Peixes e os Pássaros e até com a irmã Minhoca falei. E todos me contaram a angústia que sentem porque o mundo está aquecendo, reaquecendo, e o clima da Mãe Terra já mudou… Quantos desastres vi nestes dias!... Hoje quero conversar com meus irmãos de sangre, homens, mulheres, com os mais pobres entre os pobres. Por isso, meu xará o papa Francisco me disse que viesse aqui, a esta terra, a mais castigada pela avareza de uns quantos... Estou no Haiti, nesta meia ilha no meio do mar Caribe... Muito bom dia!... A paz esteja convosco!

HAITIANO Bon jou, zanmi...

HAITIANA Bon maten, visité...

FRANCISCO  Queria falar com vocês...

HAITIANO E nós contigo, são Francisco...

FRANCISCO  Não, não me chamem de santo, que santo só é Deus. Desculpem-me que não sei falar a língua de vocês.

HAITIANA Falamos creole, mas também português.

FRANCISCO  Que bom, para que me contem como é a vida no Haiti.

HAITIANO É má, padre Francisco. Muito má.

FRANCISCO  Também não me chamem padre, que Padre só é Deus. E todos nós somos irmãos.

HAITIANA Muito bem, irmão Francisco. Pois vamos te contar. Este país era muito lindo antes, com palmeiras, com praias, com rios... Um país fresco...

HAITIANO Mas nos colocaram para plantar cana-de-açúcar... só cana... monocultura...

HAITIANA Tínhamos florestas... Muitas árvores...

HAITIANO Mas como era madeira preciosa, caoba... Cortaram tudo... Acabaram com as florestas e com os rios... Olha o calor que faz agora... Não dá para aguentar...

FRANCISCO E os lavradores o que plantam agora?

HAITIANA Não há onde plantar... Como não há árvores, como não há raízes, a terra vai para o mar... O vento e a chuva a arrastam para o mar... Olha essas montanhas peladas...

HAITIANO Estamos passando fome, Francisco... 

HAITIANA Eles dizem que somos pobres porque não trabalhamos, que somos preguiçosos.

FRANCISCO Eu não concordo, porque na Itália, meu país, os pobres eram os que davam duro trabalhando de sol a sol. E os ricos passeando.

HAITIANO Dizem que somos pobres porque somos cachaceiros, porque temos muitos  filhos... Porque não sabemos economizar.

FRANCISCO  Também não concordo. No meu país, os ricos esbanjavam. E os pobres contavam suas moedinhas para dar de comer a sua família.

HAITIANA Também dizem que somos pobres por castigo de Deus. Que por isso fomos atingidos pelo terremoto que matou aqui a meio mundo.

FRANCISCO  Deus não castiga a seus filhos nem a suas filhas. Como poderia fazê-lo?  Como poderia dar-lhes uma pedra quando pedem pão?

HAITIANO E por que tanta pobreza, então, irmão Francisco? Explique-nos.

FRANCISCO  Depois de falar com muitas criaturas, já entendi. Vocês não são  pobres. São empobrecidos, o que é muito diferente.

HAITIANA E qual é a diferença, irmão Francisco?

FRANCISCO A verdadeira razão da pobreza é a injusta distribuição da riqueza.  A muitos falta o que a uns poucos lhes sobra.

HAITIANO Quer dizer que somos pobres porque eles são ricos?

FRANCISCO  Ao contrário. Eles são ricos porque empobrecem vocês.

JORNALISTA  A metade das riquezas da humanidade está nas mãos do 1% da população mundial. Apenas 62 pessoas abarcam os recursos que correspondem a 3,5 bilhões de pessoas. A cada ano se concentra mais e mais a riqueza. Uns poucos têm tudo e querem ter mais.

HAITIANA Veja como estamos, Francisco... Sem terra, sem teto, sem trabalho... Passando fome. E, sobretudo, nós, as mulheres, que somos as mais pobres entre os pobres.

FRANCISCO  Terra, teto e trabalho. Você disse muito bem, irmã. Isso é o que necessitam as filhas e os filhos de Deus. Terra para semear e comer. Teto para abrigar-se e viver. E trabalho para ter dignidade.

CACHORRO LATE

HAITIANA Já está pedindo comida Sultão... Eu tenho vergonha, irmão Francisco, que não posso convidá-lo para entrar na minha casa… Nem um copo de água posso oferecer, porque a água que tomamos não é boa…

HAITIANO Nem um pão podemos oferecer.

HAITIANA Ai, irmão Francisco, ki jan lavi nou triste!

FRANCISCO Ouçam-me. Eu nasci em um berço de ouro…. Meu pai, Pedro Bernardone  era riquíssimo, mercador de tecidos e tapetes… Queria que eu fosse como  ele, ganhasse muito dinheiro… Um dia me ameaçou…

PIETRO Você é um vadio, um preguiçoso, um farrista... Se não quer trabalhar, terá que me pagar até a última moeda tudo o que comeu na minha mesa estes anos...!

HAITIANO E o que você fez, irmão Francisco, lhe pagou?

FRANCISCO Não, me despi.

HAITIANA Como? Você ficou pelado?

FRANCISCO Sim, na praça de Assis diante do meu pai e diante de toda a vizinhança.

FRANCISCO   Aqui está a roupa que me deste. O que mais queres? Agora nada tenho e             nada te devo.

PIETRO Insolente!

FRANCISCO Desde daquele dia renunciei a todas as riquezas. Eu queria ser pobre. Pobre como vocês...

HAITIANA  E para que queria isso? Um pobre a mais neste mundo?

FRANCISCO Pensava então que minha pobreza, que minha renúncia, agradava a Deus. Mas já entendi que Deus quer outra coisa: trabalhar com paixão para que todo mundo viva com mais dignidade e menos sofrimento. Para que ninguém empobreça a ninguém. Para que os pobres deixem de ser pobres.  

HAITIANOS Bondye tande ou Francisco!

Diz o Papa Francisco em sua encíclica Laudato Si, Louvado Sejas:

Nas condições atuais da sociedade mundial, onde há tantas desigualdades e são cada vez mais numerosas as pessoas descartadas, privadas dos direitos humanos fundamentais, o princípio do bem comum torna-se imediatamente, como consequência lógica e inevitável, um apelo à solidariedade e uma opção preferencial pelos mais pobres. (Laudato Si, 158)

E disse o Papa Francisco no Encontro com os Movimentos Populares na Bolívia:

A distribuição justa dos frutos da terra e do trabalho humano não é mera filantropia. É um dever moral. Para os cristãos, a carga é ainda mais forte: é um mandamento. Trata-se de devolver aos pobres e aos povos o que lhes pertence. 

PERGUNTAS PARA O DEBATE

1- As mulheres são as mais pobres entre os pobres? Por quê?

2- Qual sua opinião sobre os três “T” do Papa Francisco (terra, teto e trabalho)? Há outros “T”?

3- Francisco fala de que os pobres deixem de sê-lo. Isso não é contrario ao “bem-aventurados os pobres”?

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Atualidades



Jubileu: 15 milhões de peregrinos em Roma

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Roma (RV) – São mais de 15 milhões os peregrinos que atravessaram a Porta Santa da Basílica de S. Pedro desde o início do Jubileu, de acordo com o Pontifício Conselho para a Nova Evangelização. 

Para o oficial deste dicastério, Padre Geson Sylva, trata-se de um número “incrível” e até mesmo de um “milagre”, pois esse fluxo não se interrompeu nem mesmo em agosto, mês de férias na Itália. “As pessoas que vêm representam um sinal de graça e ensinam quanto é importante a misericórdia em todo o mundo. Nesses meses finais, haverá ainda mais peregrinos”, garante o sacerdote.

Em entrevista à Rádio Vaticano, Pe. Sylva falou da contribuição que este Jubileu já está oferecendo à Igreja:

“Na minha opinião, a este ponto nós devemos recordar que é importante ir avante, continuando no caminho da misericórdia. Quando a Porta Santa se fechará, a misericórdia procederá. E isso é muito importante. Agora devemos falar no contexto da nova evangelização, sobre como promover a misericórdia. Na minha opinião, esta é a próxima etapa.

(BF)

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"Liberdade e progresso se justificam quando são para todos"

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Cidade do Vaticano (RV) – Liberdade e progresso só se justificam quando são para todos. Segundo Dom Darci Nicioli, referente da CNBB para a Comunicação e arcebispo de Diamantina (MG), presente na celebração do 7 de setembro no Colégio Brasileiro, em Roma, este é um “tempo de preocupação, mas apesar da crise, nossas instituições se mantêm firmes”. 

“Somos uma nação soberana, que luta por manter-se livre. A verdadeira liberdade é conquistada quando todo cidadão tem a sua importância, a sua dignidade preservada. Quando ele pode viver na sua pátria de uma forma que possa criar a sua família livremente, ganhar o seu sustento e construir a sua felicidade. Este é um país verdadeiramente livre. O progresso só é progresso quando é progresso para todos. Esta é uma luta contínua e nós estamos em batalha neste sentido”.

“Nós vivemos neste momento, no Brasil, um tempo de preocupação, mas também nos Liberdade alegramos que apesar da crise política e da crise econômica, vemos que nossas instituições se mantêm firmes, inabaláveis; a constituição respeitada. Desta maneira, então, é que vamos construir um país democrático e verdadeiramente livre”.

“Se vivemos um momento triste e de dificuldade, vivemos também um tempo de esperança, no sentido que continuamos na luta para conquistar para todo o povo brasileiro a verdadeira liberdade”.

Ouça toda a entrevista, clicando acima.

(CM)

 

 

 

 

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