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Sumario del 11/09/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Angelus: nenhuma pessoa é irrecuperável. Deus nos regenera

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Cidade do Vaticano (RV) – “Não há pecado em que caímos do qual, com a graça de Deus, não podemos nos reerguer”: para o Papa Francisco, esta é a síntese do Evangelho proposto para este domingo, 24º do Tempo Comum. 

Diante de milhares de fiéis e peregrinos que vieram à Praça S. Pedro para rezar a oração mariana do Angelus, o Papa comentou o capítulo 15 do Evangelho de Lucas, considerado o capítulo da misericórdia, que reúne três parábolas com as quais Jesus responde aos murmúrios dos escribas e dos fariseus.

Com essas três narrações, afirmou Francisco, Jesus quer explicar que Deus é o primeiro a ter em relação aos pecadores uma atitude acolhedora e misericordiosa. Na primeira parábola, Deus é apresentado como um pastor que deixa as 99 ovelhas para ir em busca daquela perdida. Na segunda, é comparado a uma mulher que perdeu uma moeda e a busca até que não a encontra. Na terceira parábola, Deus é imaginado como um pai que acolhe o filho que tinha se afastado.

O Pontífice nota que um elemento comum dessas parábolas é expresso pelos verbos que significam alegrar-se em companhia, festejar. Esta festa de Deus por aqueles que voltam a Ele arrependidos está em sintonia com o Ano Jubilar que estamos vivendo, como diz o próprio termo “jubileu”!

“Com essas três parábolas, Jesus nos apresenta a verdadeira face de Deus, um Pai de braços abertos, que trata os pecadores com ternura e compaixão. A parábola que mais comove, porque manifesta o infinito amor de Deus, é a do pai que se lança e abraça o filho reencontrado. O que impressiona nem é tanto a triste história de um jovem que cai em desgraça, mas suas palavras decisivas: ‘Vou-me embora, procurar o meu pai’.”

A fraqueza de Deus

Francisco destacou que o caminho de volta para casa é o caminho da esperança e da vida nova. “Deus nos aguarda com paciência, nos vê quando ainda estamos distantes, corre ao nosso encontro, nos abraça, nos beija e nos perdoa. Assim é Deus. E o seu perdão cancela o passado e nos regenera no amor. Aliás esta é a fraqueza de Deus: quando nos abraça, nos perdoa, perde a memória. Esquece o passado.”

Ninguém é irrecuperável

Quando nos convertemos, prosseguiu o Papa, Deus nos acolhe novamente em casa com festa e alegria. Francisco se dirigiu aos fiéis para perguntar: “Vocês já pensaram que toda vez que nos aproximamos do confessionário há alegria e festa no Céu? Já pensaram nisso? É belo. Isso nos infunde grande esperança, porque não há pecado em que caímos do qual, com a graça de Deus, não podemos nos reerguer; não há uma pessoa irrecuperável, ninguém é irrecuperável! Porque Deus jamais deixa de querer o nosso bem, inclusive quando pecamos! Que a Virgem Maria, refúgio dos pecadores, faça brotar nos nossos corações a confiança que se acendeu no coração do filho prodigo: ‘Vou-me embora, procurar o meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei’”. 

(bf)

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Crise pós-eleitoral: Francisco pede orações pelo Gabão

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Cidade do Vaticano (RV) – Depois de rezar com os fiéis a oração mariana do Angelus este domingo (11/09), o Papa Francisco pediu uma oração especial pelo Gabão, “que está vivendo um momento de grave crise política”. 

“Confio ao Senhor as vítimas dos confrontos e os seus familiares. Uno-me aos Bispos daquele querido país africano para convidar as partes a rejeitarem toda violência e a terem sempre como objetivo o bem comum. Encorajo todos, em especial os católicos, a serem construtores de paz no respeito da legalidade, no diálogo e na fraternidade.”

Crise

A crise no Gabão começou depois das eleições de 27 de agosto, que levaram à reeleição do presidente Ali Bongo. O candidato da oposição, Jean Ping, obteve 48,23% dos votos, perdendo para Bongo com 49,80%. Uma diferença de 5.594 votos, num universo de 627.805 eleitores. Ping chegou a proclamava-se vencedor, mas a Comissão Eleitoral Nacional do país acabou dando a vitória a Bongo.

A divulgação oficial dos resultados provocou protestos no país e levou as forças da segurança a usar gás lacrimogêneo contra os manifestantes. Houve mortos e feridos.

Com dúvidas quanto à transparência do escrutínio, a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, e o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Marc Ayrault, exigiram a divulgação dos resultados de todas as assembleias de voto.

Igreja

Esta semana, os Bispos do Gabão pediram a intervenção de um mediador internacional para resolver o impasse.

Numa mensagem assinada por Dom Basile Mve Engone, Arcebispo de Libreville, afirma: “O nosso país deve contar com a mediação das organizações e das instituições internacionais para preservar a unidade, a justiça e a paz”. O Arcebispo se dirige em especial à ONU, à União Africana e à União Europeia, que “se empenharam profundamente no processo eleitoral”, para que “exercitem plenamente o seu papel para ajudar o Gabão a sair da crise”.

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Papa crisma jovem doente na Praça S. Pedro

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Cidade do Vaticano (RV) – Minutos antes da Audiência jubilar do sábado, 10 de setembro, o Papa Francisco ministrou o sacramento da Crisma a um jovem de 16 anos, gravemente doente. 

Giuseppe Chiolo, oriundo da Sicília, está internado na Unidade de Oncologia do Hospital Meyer de Florença, e chegou ao Vaticano de ambulância. O encontro com o Pontífice foi feito no “Arco delle campane”, a “porta” que conduz o papamóvel à Praça S. Pedro.

Depois de abraçá-lo, o Papa ministrou o sacramento a Giuseppe, sentado numa cadeira de rodas, doando-lhe em seguida um terço e pedindo ao rapaz que não se esqueça de rezar por ele. Nos dias passados, o jovem escreveu uma carta a Francisco, manifestando seu desejo de encontrá-lo. E imediatamente recebeu o convite para vir ao Vaticano.

O Pontífice estava acompanhado do Arcebispo Rino Fisichella e do Mons. Stefano Sanchirico. Já o rapaz estava com pais, a irmã e uma tia, além do capelão do Hospital e do vice-diretor da Caritas diocesana. Francisco cumprimentou todos, inclusive os voluntários que garantiram a viagem de Giuseppe na ambulância.

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Igreja na América Latina



Referendo sobre a paz: Igreja convida colombianos a voto consciente

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Bogotá (Agência Fides) – Em vista do referendo de 2 de outubro para sancionar os acordos de paz, o Presidente da Conferência Episcopal Colombiana, Dom Luis Augusto Castro Quiroga, pediu que todos os colombianos participem de “modo responsável e com um voto consciente”.

Os eleitores são chamados às urnas para decidir se aceitam ou não os acordos assassinados em Havana (Cuba) entre o governo colombiano e os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), depois de 52 anos de guerra interna.

Numa coletiva realizada em 9 de setembro, Dom Castro Quiroga acrescentou que, por sua vez, os Bispos são chamados a respeitar “o santuário da consciência de cada pessoa. A opinião pessoal é um direito inalienável e, consequentemente, se deve fazer uma escolha livre pensando no bem de todos ". 

Para o Arcebispo, o papel dos sacerdotes será crucial também quando nas áreas previstas pelo governo os guerrilheiros serão integrados. “Teremos um encontro com todos os sacerdotes que trabalham naquelas regiões, para prepará-los sobre como tratar os ex-guerrilheiros numa perspectiva de humanização”, afirmou.

No sábado, 10 de setembro, segundo os acordos de paz, foram libertados pelas FARC os menores recrutados. “Acolhemos com alegria o regresso dos jovens. Mas é preciso estar consciente de que não deverá ser uma mera reintegração. O menor que regressa deve receber um resgate, focalizado na educação especial no que se refere ao respeito pela vida do outro”, disse ainda o Arcebispo.

(BF/Fides)

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Formação



Reflexão dominical: misericórdia com o Filho Pródigo

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Cidade do Vaticano (RV) - O tema deste domingo é a misericórdia.

O Evangelho é o famoso texto de Lucas chamado “Filho Pródigo”. Na verdade o tema é a misericórdia do Pai, que permite que seu filho viva plenamente sua liberdade, mesmo de modo errado. 

Quando o rapaz caiu em si, viu que havia cometido uma grande falta de amor. Exatamente por ter vivenciado o carinho do Pai durante o tempo em que morou em casa e inclusive o respeito dele por sua liberdade, mesmo que exercida de modo enganoso, ele pode perceber a armadilha em que havia caído – usufruir prazeres do mundo – e, ao mesmo tempo, os meios de como se libertar dela – o amor do pai.

Assim, se às pessoas, através do contato conosco, forem revelados o amor de Deus como o Pai Misericordioso, ensinado e demonstrado por Jesus Cristo, quando tiverem desejosas de retornarem à Família de Deus, saberão que o contato conosco será a porta que levará a Jesus e aos irmãos.

Por outro lado, o modo de acolher o filho penitente, sem exigir pedidos de perdão e atitudes humilhantes, demonstram o respeito e o carinho do pai. Também nós deveremos acolher com carinho todos aqueles que foram tocados pela Luz de Deus e estão voltando à reconciliação com o Senhor ou com um de seus filhos.

Deus é Pai, é Amor, é Vida! Por isso seu relacionamento com o pecador é de misericórdia. Foi isso que nos revelou o Coração de Jesus.

Como filhos de Deus, nossa atitude para com o pecador, será igual, de irmão, absolutamente fraterna e misericordiosa, sem nenhum gesto arrogante, nenhum gesto humilhante. (Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o XXIV Domingo do Tempo Comum)

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Atualidades



Ataques de 11 de setembro: a oração dos Papas

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Cidade do Vaticano (RV) – “Um dia obscuro na história da humanidade, uma ofensa terrível contra a dignidade do homem”: assim S. João Paulo II comentou os ataques de 11 de setembro de 2001 – exatamente 15 anos atrás. 

Um dia após o ataque, o Pontífice dedicou toda a Audiência Geral da quarta-feira, 12 de setembro, para falar da tragédia. Eis algumas palavras pronunciadas em sua catequese:

“Não posso começar esta Audiência, sem expressar a minha profunda dor pelos ataques terroristas que no dia de ontem ensanguentaram a América, causando milhares de vítimas e numerosíssimos feridos. Apresento a expressão das minhas profundas condolências ao Presidente dos Estados Unidos e a todos os cidadãos americanos. Diante de acontecimentos de um horror tão inqualificável, não podemos deixar de ficar profundamente inquietos. Uno-me a quantos nestas horas expressaram a sua condenação indignada, afirmando de novo com vigor que os caminhos da violência nunca conduzem para as verdadeiras soluções dos problemas da humanidade.

Ontem foi um dia obscuro na história da humanidade, uma ofensa terrível contra a dignidade do homem. Logo que tomei conhecimento da notícia, acompanhei com intensa participação o desenvolvimento da situação, elevando ao Senhor a minha premente oração. Como podem verificar-se episódios de crueldade tão selvagem? O coração do homem é um abismo de que, às vezes, emergem desígnios de ferocidade inaudita, capazes de abalar de repente a vida serena e operosa de um povo. Todavia, nestes momentos em que todo o comentário parece ser inoportuno, a fé vem ao nosso encontro. A palavra de Cristo é a única que pode dar uma resposta às interrogações que se agitam na nossa alma. Mesmo quando a força das trevas parece prevalecer, o crente sabe que o mal e a morte não são a última palavra. A esperança cristã fundamenta-se nisto; e é aí que se alimenta, neste momento, a nossa confiança orante.

(...) Imploremos ao Senhor para que não prevaleça a espiral do ódio e da violência."

Bento XVI

Também os sucessores de S. João Paulo II rezaram pelos mortos dos ataques. Bento XVI visitou o Ground Zero em 20 de abril de 2008, definindo o lugar como “cenário de violência e dor indizíveis”. Eis alguns trechos da oração pronunciada pelo Papa:

“Deus de compreensão, 
esmagados pela enormidade desta tragédia, 
procuramos a vossa luz e a vossa guia, 
enquanto enfrentamos acontecimentos terríveis 
deste tipo.

Fazei com que aqueles, cuja vida foi poupada, 
possam viver de tal modo 
que as vidas perdidas aqui 
não tenham sido em vão.”

Francisco

Já Francisco visitou o mesmo local em 25 de setembro de 2015, durante um encontro inter-religioso, e pronunciou a mesma oração de Bento XVI. O Papa encontrou familiares dos bombeiros que morreram no resgate e pronunciou um discurso.

“Vários sentimentos e emoções desperta em mim a presença aqui no Ground Zero, onde milhares de vidas foram arrancadas num ato insensato de destruição. Aqui, a dor é palpável”, disse Francisco, reiterando a necessidade de “ banir os nossos sentimentos de ódio, vingança, rancor”.

“E este lugar de morte transforma-se também num lugar de vida, de vidas salvas, numa canção que nos leva a afirmar que a vida está destinada sempre a triunfar sobre os profetas da destruição, sobre a morte, que o bem prevalece sempre sobre o mal, que a reconciliação e a unidade sairão vencedores sobre o ódio e a divisão.”

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