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Sumario del 13/09/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: vencer a indiferença e construir a cultura do encontro

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Cidade do Vaticano (RV) – Trabalhar para construir uma verdadeira cultura do encontro, que vença a cultura da indiferença: foi o que pediu o Papa na Missa celebrada na manhã de terça-feira (13/09) na Casa Santa Marta. 

Francisco falou do encontro de Deus com o seu povo, e advertiu para os maus hábitos que, em família, nos afastam da escuta do outro. A Palavra de Deus, iniciou o Pontífice, nos faz hoje refletir sobre um encontro. Com frequência, observou, as pessoas se “cruzam, mas não se encontram”. Cada um “pensa em si mesmo; olha, mas não vê; ouve, mas não escuta”:

“O encontro é outra coisa, é aquilo que o Evangelho hoje nos anuncia: um encontro; um encontro entre um homem e uma mulher, entre um filho único vivo e um filho único morto; entre uma multidão feliz, porque encontrou Jesus e o segue, e um grupo de pessoas, chorando, que acompanha aquela mulher, que saía de uma porta da cidade; encontro entre aquela porta de saída e a porta de entrada. O ovil. Um encontro que nos faz refletir sobre o modo de nos encontrar entre nós”.

No Evangelho, prosseguiu, lemos que o Senhor sentiu “grande compaixão”. Esta compaixão, advertiu, “não é o mesmo que nós sentimos quando andamos na rua e vemos uma coisa triste: ‘Que pena!’” Jesus não passa além, é tomado pela compaixão. Aproxima-se da mulher, a encontra realmente e depois faz o milagre.

O encontro com Jesus vence a indiferença e restitui dignidade

Neste episódio, disse o Papa, vemos não só a ternura, mas também “a fecundidade de um encontro”. “Todo encontro – retomou – é fecundo. Todo encontro restitui as pessoas e as coisas no seu lugar”: 

“Estamos acostumados com a cultura da indiferença e temos que trabalhar e pedir a graça de fazer a cultura do encontro, do encontro fecundo que restitui a todas as pessoas a própria dignidade de filhos de Deus. Nós estamos acostumados com esta indiferença, quando vemos as calamidades deste mundo ou as pequenas coisas: “Mas que pena, pobres pessoas, como sofrem”, e ir adiante. Se eu não ver – não é suficiente ver, mas olhar – se eu não paro, não olho, não toco, se não falo, não posso fazer um encontro e nem ajudar a fazer a cultura do encontro”.

Todos, sublinhou Francisco, “ficaram com muito medo e glorificavam a Deus por visitar o seu povo”. O Papa acrescentou que “eu gosto de ver aqui também o encontro de todos os dias entre Jesus e sua esposa”, a Igreja, que aguarda o Seu retorno.

Também em família podemos viver um verdadeiro encontro

“Esta – reiterou – é a mensagem de hoje: o encontro de Jesus com o seu povo”; todos somos “carentes da Palavra de Jesus”. Precisamos do encontro com Ele:

“À mesa, em família, quantas vezes se come, se vê TV ou se escreve mensagens no celular. Todos são indiferentes a este encontro. Até no fulcro da sociedade, que é a família, não existe encontro. Que isto nos ajude a trabalhar por esta cultura do encontro, tão simplesmente como o fez Jesus. Não olhar apenas, mas ver; não ouvir apenas, mas escutar; não só cruzar com os outros, mas parar. Não dizer apenas ‘que pena, pobres pessoas’, mas deixar-se levar pela compaixão. E depois, aproximar-se, tocar e dizer do modo mais espontâneo no momento, na linguagem do coração: ‘Não chore. E dar pelo menos uma gota de vida”. 

(BF/CM)

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Card. Parolin sobre Encontro de Assis: A força frágil da oração

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Cidade do Vaticano (RV) -  “A força frágil da oração que em 1986 uniu o mundo dilacerado” é o título do artigo do Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin, publicado esta terça-feira, 13 de setembro, no jornal italiano “Corriere dela Sera”.

O artigo insere-se no  âmbito do Encontro de Oração pela Paz a ser realizado em Assis, de 18 a 20 de setembro, sob o tema “Sede de Paz. Religiões e Culturas em diálogo”, e que 30 anos mais tarde, recorda o histórico de 1986 ,desejado pelo então Papa João Paulo II.

 “Em 27 de outubro de 1986 um fato sem precedentes rasgou o muro de pessimismo e da resignação em um mundo ainda dividido pela Cortina de Ferro e onde a guerra, embora fria em muitas situações, era considerada uma companhia inevitável da vida dos homens.

Convocando os líderes das grandes religiões mundiais em Assis para rezar pela paz, João Paulo II assumiu a responsabilidade de abrir um caminho em que as religiões se comprometiam, com maior ímpeto e nova força, sobre este tema. Aquele histórico dia e o espírito que dele brotou, falam não somente de paz, mas também da unidade do gênero humano.

Assis, 1986, mesmo na sua extraordinária novidade, vinha de longe: era o fruto de uma estação de diálogo. Um diálogo desenvolvido durante um século, o XX, repleto de esperanças e ao mesmo tempo de grandes sofrimentos. Naquele século terrível que – segundo recentes estimativas – contou 180 milhões de mortos pela guerra, alguma coisa aproximou os fieis. Na segunda metade do século XX, pessoas de religiões diversas falaram-se e encontraram-se como nunca na história.

O encontro de Assis

Assis, 1986, é o fruto maduro desta estação: os líderes religiosos juntos diante do mundo, juntos em oração, como que perseguidores de paz. Não tratou-se de um ritual a mais, mas da manifestação comum da confiança nas energias espirituais e na extraordinária força frágil da oração. Uma oração sem fungibilidades sincretistas, mas respeitosa pela diversidade.

É útil reler as palavras de João Paulo II no discurso conclusivo na Praça de São Francisco. “Talvez nunca como agora na história da humanidade, tornou-se evidente a todos a ligação intrínseca entre um comportamento autenticamente religioso e o grande bem da paz… a oração já é em si mesma ação, mas isto não nos exime da ação a serviço da paz”.

Nos fundamentos de todas as tradições religiosas, está escrito o valor da paz. É isto que está na base da iniciativa de Assis e que ajuda a superar tantas distâncias, algumas vezes abismais, entre mundos diferentes.

O desafio dos tempos

O nosso é um tempo em que pessoas de religiões ou de etnias diferentes vivem juntos. É a experiência da Europa diante das imigrações, mas também de uma nova comunalidade entre Leste e Oeste e entre Norte e Sul. É também o desafio do mundo virtual em que se entra sempre mais em contato com todos: no virtual se vive sempre mais juntos e se é destinado a entrecruzar com quem é diferente de nós.

É, por fim, o desafio de um mundo em que se vê tudo e se vê sempre mais a riqueza de poucos e a miséria de tantos, como frequentemente nos sugere o Papa Francisco.

Conviver é a realidade de muitos povos, de muitas religiões, de tantos grupos. Nem sempre é fácil. Uma convivência com muitas diferenças, horizontes muito amplos, como da mundialização, induzem fenômenos preocupantes que estão sob os nossos olhos: individualismos irresponsáveis, tribalismos defensivos, novos fundamentalismo, terrorismo.

A força das religiões

Assis 1986 abriu um caminho em que cada religião deve deixar de lado toda tentação fundamentalista e entrar em um espaço de diálogo que é a arte paciente de ouvir-se, de entender-se, de reconhecer o perfil humano e espiritual do outro.

Do seio das tradições religiosas, capazes de diálogo, emerge a arte de conviver tão necessária em uma sociedade plural como a nossa. É arte da maturidade das culturas, das personalidades, dos grupos. É esforço constante pela paz no local e no global.

As Escrituras cristãs recordam que Jesus “é a nossa paz”. Faz eco disto o magistério dos Papas do século XX sobre o mesmo tema, até chegar ao do Papa Francisco. As religiões não têm a força política para impor a paz mas, transformando interiormente o homem, convidando-o a separar-se do mal, o guiam para uma atitude de paz do coração.

A religião tem uma energia de paz, que deve libertar e manifestar. Toda religião tem o seu caminho. Mas todas têm uma responsabilidade decisiva na convivência: o diálogo delas tece uma trama pacífica, rejeita as tentações de lacerar o tecido civil, a instrumentalizar as diferenças religiosas para fins políticos. Mas isto requer audácia e fé aos homens e às mulheres de religião. Exige coragem. Requer abater com a força moral, com a piedade, com o diálogo, os tantos muros de separação que se levantam no mundo”.

 

(JE)

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Papa recorda sacerdote assassinado na França

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Cidade do Vaticano (RV) – A Sala de Imprensa do Vaticano informou que o Papa Francisco celebrará a Santa Missa na manhã desta quarta-feira, 14, em sinal de proximidade aos familiares do Pe. Jacques Hamel e à toda a comunidade de Rouen, na França.

Um grupo de 80 peregrinos da Diocese de Rouen, junto com o seu bispo, Dom Dominique Lebrun, participarão da missa em sufrágio do sacerdote assassinado no dia 26 de julho último na igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray. A Santa Missa será transmitida, ao vivo, pelo Centro Televisivo Vaticano. (SP)

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Confira o programa do Papa e da RV na Geórgia e Azerbaijão

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Cidade do Vaticano (RV) – Como última etapa de sua visita à região do Cáucaso, que se iniciou na Armênia em junho passado, o Papa Francisco irá à Geórgia e ao Azerbaijão entre 30 de setembro e 02 de outubro. 

Na viagem, cujo tema é 'Pax Vobis' e o objetivo anunciado "promover a esperança e a paz" nestes dois países, o Pontífice fará seis discursos e duas homilias. A RV vai acompanhar a peregrinação do Papa transmitindo ao vivo os principais eventos.

Primeira etapa, Geórgia

Francisco partirá do Aeroporto Internacional de Roma no dia 30, às 9h (4h em Brasília) e chegará ao Aeroporto Internacional de Tbilisi, na Geórgia, às 15h (horário local, 8h em Brasília). Após a cerimônia de boas-vindas, o Pontífice visitará o Presidente do país, Giorgi Margvelashvili, as autoridades locais e o corpo diplomático no Palácio Presidencial. 

A RV começa a suas transmissões às 13h45 (8h45 em Brasília), acompanhando também os encontros com o Patriarca da Igreja Ortodoxa da Geórgia, Ilya II, no Palácio do Patriarcado; e em seguida, com comunidade assírio-caldeia na Igreja de São Simão Bar Sabba'e.

No dia 1º, Francisco presidirá uma missa às 10h locais no estádio Mikhail Meskhi (com transmissão a partir das 3h50, horário em Brasília). Às 15h50 locais, está programado o encontro com sacerdotes, religiosos, seminaristas e agentes da pastoral na Igreja Latina da Assunção. Nossa redação transmite a partir das 8h50 (horário em Brasília).

Visita aos doentes assistidos pelos Camilianos

Neste mesmo dia, o Pontífice visitará as obras de caridade do Centro de Assistência dos Camilianos e fará uma visita à Catedral Patriarcal de Svetitskoveli, em Tmskheta. Estes dois compromissos encerrarão a agenda na Geórgia.

Missa no Azerbaijão 

No dia 2 de outubro, o Papa embarca no começo da manhã para Baku, capital do Azerbaijão. Após a chegada no Aeroporto Heydar Aliyev, presidirá missa na Igreja da Imaculada, no Centro Salesiano de Baku, de onde rezará a oração mariana do Angelus. A RV acompanha ao vivo, a partir das 3h15 (horário em Brasília).

Francisco e sua comitiva almoçarão com a comunidade salesiana e depois o Papa visitará o Presidente do país, Ilham Aliyev, e as autoridades no Palácio Presidencial de Genclik. 

Na sequência, Francisco irá ao monumento aos mortos na independência.

Às 9h50 (horário em Brasília), a RV iniciará a transmissão do discurso perante as autoridades locais no Centro Heydar Aliyev da capital azerbaijana.

Mais tarde, o Papa terá uma conversa, a portas fechadas, com o xeque dos muçulmanos do Cáucaso na mesquita Heydar Aliyev,  e com representantes das demais comunidades religiosas do país. Nesta ocasião, ele fará o último discurso desta viagem, que transmitiremos a partir das 10h50 (horário em Brasília).
Está prevista a chegada a Roma por volta das 22h (horário local, 17h em Brasília).

A Geórgia tem uma grande maioria cristã ortodoxa, uma minoria de católicos e 10% de muçulmanos, que são, ao contrário, majoritários no Azerbaijão.

Todas as nossas transmissões, por conta da redação brasileira da RV, podem ser seguidas também em nosso canal no Youtube.

(CM)

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Vaticano promove em Roma congresso sobre "economia humana"

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Roma (RV) – O Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Card. Gianfranco Ravasi, apresentou na segunda-feira (10/09) o Congresso intitulado “Rumo a uma economia mais humana e justa, um novo paradigma econômico inclusivo num contexto de desigualdades crescentes”.

O Congresso será realizado no próximo dia 21, em Roma, com a participação de especialistas do setor, como o Nobel para a Economia de 2015, Angus Deaton.

“Interrogar-se sobre a economia não significa absolutamente interrogar-se somente sobre a finança, a finança para mim é um instrumento e, infelizmente, hoje assistimos a uma bulimia dos instrumentos e a uma anorexia dos fins”, declarou o Cardeal italiano na coletiva.

O evento é organizado pelo “Pátio dos Gentios”, a seção do Pontifício Conselho para a Cultura criado para favorecer o encontro e o diálogo entre quem crê e quem não crê.

Por sua vez, o Presidente da Fundação Pátio dos Gentios, Giuliano Amato, destacou que, no passado, o tema do desenvolvimento sustentável considerou demasiado os fatores ambientais em detrimento da pessoa, dos descartados, da dignidade de quem não tem meios nem trabalho.

Nesta perspectiva, afirmou o Presidente, “muito se deve ao atual Pontífice, que é muito sensível ao recordar que o desenvolvimento é sustentável não só se não prejudica o meio ambiente, mas também se não deixa ninguém para trás”.

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Igreja na América Latina



Jubileu dos Educadores: tomar o exemplo de Jesus, dizem bispos argentinos

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Cidade do Vaticano (RV) – Na próxima quinta-feira, 15 de setembro, a Igreja vai celebrar o Jubileu dos Educadores. Junto ao último dia 11 de setembro, Dia do Professor na Argentina, os bispos incentivaram os mestres a cultivar o amor pela verdade.

Dom Carlos José Tissera, bispo de Quilmes, comentou em mensagem aos professores que “Deus colocou nas suas mãos uma grande tarefa. O serviço de vocês é precioso”. E então convidou-os a “cultivar o amor pela verdade, de transmitir com um estilo simples e de proximidade” porque “o significado da palavra autoridade é aquele de fazer crescer”.

Ensinar segundo os princípios da misericórdia

Na mesma linha falou o bispo de Catamarca, Dom Luis Urbanc, que exortou os professores a “colocar as ações diárias em chave de misericórdia”. As primeiras três óperas de misericórdia espiritual, de fato, ou seja, aconselhar quem tem dúvida, ensinar os ignorantes e advertir os pecadores “representam quase um projeto pedagógico para cada professor”, disse Dom Luis.

Já o bispo de Santiago del Estero, Dom Vicente Bokalic, dedicou a sua mensagem à colaboração entre escola e família: “uma comunidade educativa é uma pequena igreja, maior que a família e menor que uma igreja diocesana. Nela se vive e se convive, se caminha como peregrinos, filhos e irmãos”.

Reforçar a colaboração entre escola e família

Comentando, depois, sobre a pouca participação das famílias na vida escolar, o bispo lembrou que “os primeiros responsáveis pela educação das crianças são os pais”. Trata-se de um “direito primário, essencial e insubstituível” que ninguém pode tirar. Nesse sentido, Dom Bokalic insistiu em “recuperar, restaurar, reconstruir uma nova colaboração entre escola e família”, também através “de um diálogo aberto e maduro entre professores e pais” para criar “as bases de uma sólida formação dos jovens e para a integração deles na sociedade”.

Jesus, o mestre por excelência

Enfim, Dom Jorge Lozano, arcebispo coadjutor de San Juan de Cuyo, exortou os professores a imitar um modelo por excelência: “para educar precisa olhar o outro como fazia Jesus, ou seja, direcionando às possibilidades inseridas em cada coração e à criatividade”. “Jesus, de fato, é muito criativo: fala com a samaritana, come junto aos pecadores, faz milagres de sábado. Enfim: quebra paradigmas”. Daqui o convite a todos os professores a exercitar a criatividade e a direcionar os trabalhos em “novos projetos, novas estratégias educativas”, sempre deixando-se “inspirar e encorajar pelo Espírito Santo”. (AC)

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Igreja no Mundo



Multidão acompanhou funerais do Bispo emérito de Wenzhou

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Wenzhou (RV) – Mais de 5 mil fieis participaram dos funerais do Bispo emérito de Wenzhou, Dom Vincenzo Zhu Weifang, falecido em 7 de setembro. A multidão acompanhou o cortejo fúnebre até o cemitério levando flores, bandeiras e coroas.

A cerimônia fúnebre teve início com uma oração conduzida pelo Padre Hu Longjian, junto a 43 sacerdotes de Wenzhou e de outras dioceses, além de religiosas, seminaristas e parentes do bispo.

Os católicos locais reuniram-se no povoado de Ma Qiao, local de nascimento de Dom Zhu e onde localiza-se o cemitério católico. O seu corpo foi cremado e as cinzas colocadas na sepultura, numa cerimônia presidida pelo Padre Sun Zhunhua, 84 anos, o mais idoso sacerdote da diocese.

Na noite de segunda-feira, Padre Ma Xianshi presidiu uma Missa em memória ao Bispo falecido. O sacerdote – que não tem a aprovação e a simpatia dos fieis locais - seria a pessoa que o governo chinês designou para substituir Dom Zhu, não obstante o Vaticano já tenha designado no passado o Bispo coadjutor (agora ordinário), Dom Pietro Shao Zhumin.

Dom Shao pertence à Igreja subterrânea e não é reconhecido como bispo pelo governo. Poucos dias antes da morte de Dom Zhu, ele foi sequestrado pela polícia para evitar que participasse dos funerais. Outros três sacerdotes da comunidade subterrânea também foram sequestrados. Todos os outros sacerdotes “não-oficiais” foram contactados e advertidos para não participarem dos funerais realizados na manhã desta terça-feira. Caso tivessem interesse em participar dos atos fúnebres, deveriam pedir com antecedência a autorização às forças de segurança.

Apesar da proibição, alguns sacerdotes foram à Câmara mortuária para dar o último adeus ao prelado. Outros, uniram-se à multidão que enchia o cemitério.

Muitos católicos estão preocupados pelo problema da sucessão na diocese. Um fiel leigo, declarou à Agência Asianews, que “se Dom Shao retornar para guiar a diocese de Wenzhou, deverá superar muito problemas, incluindo a permissão do governo, não obstante para os sacerdotes e fieis da comunidade oficial ele seja bem-vindo”.

 

(je/asianews)

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Alemanha: Arcebispo ortodoxo encontra Card. Marx em Munique

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Munique (RV) – Na quarta-feira, 7 de setembro, o Arcebispo da Igreja Ortodoxa russa de Berlim e Alemanha, Feofan, reuniu-se em Munique com o Presidente da Conferência Episcopal alemã, Cardeal Reinhard Marx, Arcebispo de Munique e Freising.

Na pauta do encontro, os resultados do encontro entre o Patriarca Kirill de Moscou e Toda a Rússia e o Papa Francisco, que teve lugar em 12 de fevereiro, 2016, em Havana. Foi ressaltada ainda a necessidade de uma estreita cooperação e o desenvolvimento de contatos entre a Diocese de Berlim e a Conferência dos Bispos Católicos alemães.

O Arcebispo Feofan falou sobre o estado actual do diálogo entre a Conferência Episcopal Alemã e da Igreja Ortodoxa Russa, que tem sido mantido por vários anos como conversações teológicas conjuntas. Os últimos encontros, que são co-presidida por Sua Eminência Feofan, tiveram lugar em junho de 2016, em São Petersburgo.

Especial atenção na reunião foi dada aos problemas da integração dos refugiados na sociedade alemã, especialmente dos jovens, bem como contatos com representantes de comunidades cristãs de várias confissões que preservam as suas tradições étnicas e religiosas.

O Arcebispo Feofan informou o Cardeal Marx sobre a história e assuntos atuais da Diocese ortodoxa de Berlim, o desenvolvimento da vida paroquial e projetos sociais e culturais realizados em nível local e diocesano.

Entre os assuntos considerados, também estavam os problemas que envolviam um projeto para a construção de uma igreja ortodoxa e um centro religioso-cultural, em Munique.

A reunião foi assistida por Dom Thomas Schlichting, representante do Vigário Geral da Diocese de Munique e Freising; o Reverendo Simon Tirolt, Secretário do Arcebispo; Hegumen Maxim (Schmidt), representante do Decanato Sul da Diocese de Berlim; Arcipreste Nikolay Zabelich, reitor da Paróquia da Ressurreição, em Munique; Rev. Yevgeny Murzin, chefe do departamento de informação diocesano; e Sub-Diácono Nikolay Ton, Secretário-geral da Conferência Episcopal Ortodoxa na Alemanha, o webmaster do site da Diocese de Berlim e jornalistas alemães.

(JE)

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Formação



Neojiba: música que transforma vidas

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Rádio Vaticano (RV) – A música que transforma uma vida. Vida que transforma outras vidas. Notas de uma história – nova história – de superação e, agora, memória de um sonho alcançado.

 

A Rádio Vaticano acompanhou o ensaio da Neojiba, a Orquestra Jovem da Bahia, na Sala Santa Cecília, em Roma.

Enquanto afinavam o piano, falamos com Marcos Vinícius Santana Magalhães, de 23 anos – 9 deles na Neojiba.

“Vim de um projeto social parecido com a Neojiba, menor. Quando acabou, fundaram a Neojiba. Rapidamente, quis ingressar e os que eu tinha lá foram ponte e estou lá até hoje”.

Vida sem música?

“Com certeza, não! É uma coisa que foi se criando aos poucos, desde quando eu entrei até agora, pelo aprendizado e pelas coisas que a música me proporcionou. Vejo hoje em dia que se eu não tivesse a música eu não teria alcançado as coisas que eu alcancei. Não teria conhecido as pessoas que eu conheço, e que são muito importantes para a minha vida”.

Projeto social

“Era na periferia de Salvador, no subúrbio. Muitos músicos aqui do Neojiba começaram lá. Quando eu soube eu também quis, e foi como uma porta. Eu não conhecia nada de música erudita ainda. A partir de lá, eu aprendi, tive aulas com muitos amigos que hoje tocam comigo. Tive muitos bons professores. Quando eu entrei, o projeto logo acabou e, rapidamente, meus amigos me levaram para o Neojiba e essa ‘brincadeira’ já tem 9 anos”.

Desde então, Marcos Vinícius já se apresentou em vários países: Estados Unidos, Portugal, Inglaterra, Alemanha, Suíça. Um sonho realizado!

Incentivo

“Nunca desistam. Nada é impossível. O que nós temos que fazer, de verdade, é sempre acreditar. E se você  tem um sonho, tem uma meta, vão aparecer milhares de coisas para fazer com que você desista, que você pare. Vão aparecer pessoas dizendo palavras negativas. Mas, o foco você tem que manter, não pode olhar para os problemas que vão aparecer no caminho. Nada é fácil: é só acreditar e continuar”.

A turnê europeia da Neojiba termina nesta terça-feira (13/09). Nos próximos especiais "Juventude" vamos conhecer mais jovens da Orquestra e também ouvir bate-papo com o fundador, o maestro Ricardo Castro.

(rb)

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OMS: o mosquito é um dos seres mais mortais do mundo

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Cidade do Vaticano (RV) - A Organização Mundial da Saúde chama a atenção para algumas doenças transmitidas pelos mosquitos; somente em 2015, a malária causou a morte de 438 mil pessoas em todo o mundo. Com a habilidade de carregar e espalhar doenças entre humanos, os mosquitos causam milhões de mortes todos os anos.  

Aedes aegypti

A incidência mundial de dengue subiu 30 vezes nos últimos 30 anos.  O Aedes aegypti, mosquito vetor da dengue, também pode transmitir zika, chikungunya e febre amarela.

Mais da metade da população mundial vive em áreas onde essa espécie de mosquito está presente. Esforços para controlar a população desse inseto são importantes para prevenir surtos dessas doenças.

Quanto ao vírus da zika, além dos sintomas mais comuns como febre, erupções cutâneas e inflamação dos olhos, há também o risco, para as gestantes, de o bebê nascer com microcefalia e outras deformações fetais. O Zika também pode causar a síndrome de Guillain-Barré, condição neurológica que pode levar à paralisia e até à morte.

Após serem contaminados pelos mosquitos, os humanos podem infectar uns aos outros através de relações sexuais. O zika já foi encontrado em amostras de sangue, saliva, sêmen, entre outros fluídos corporais. A transmissão de mãe para filho em momentos iniciais de gravidez também foi detectada.

O infectologista Dr. Pedro Luiz Tauil de Brasília (DF) nos dá mais informações sobre o vírus zika.

Culex

Além do Aedes aegypti, existem outros tipos de mosquitos perigosos  como o Culex e o Anopheles que têm a habilidade de carregar diversos tipos de doenças. 

A fêmea Culex é um dos três mosquitos mais comumente encontrados no mundo. Esse inseto se alimenta de pássaros infectados com o vírus do Nilo Ocidental e transmite a doença a cavalos e a seres humanos.

O vírus é encontrado na África, na Europa, no Oriente Médio, na América do Norte e no Oeste da Ásia. O Culex também é responsável pela transmissão da encefalite japonesa.

O vírus do Nilo Ocidental pode causar uma doença neurológica fatal, e não há vacina contra a doença. As recomendações para não contrair o vírus são as mesmas para todos os tipos de mosquito: uso de repelentes e roupas que cobrem a pele exposta, uso de redes e telas, além da destruição de áreas favoráveis para a reprodução de mosquitos.

Anopheles

O mosquito fêmea Anopheles é responsável pela transmissão dos parasitas da malária. O Anopheles é um vetor eficiente que gosta de condições tropicais, rurais e urbanas. Na África Subsaariana encontra-se uma parcela desproporcionalmente alta dos casos da doença, com 88% das ocorrências e 90% das mortes por malária no mundo. (MJ/Rádio ONU)

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Atualidades



Jornada de Oração em Assis é uma resposta ao terrorismo

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Cidade do Vaticano (RV) – Começa no próximo domingo (18) a Jornada Mundial de Oração pela Paz na cidade italiana de Assis, 30 anos depois da primeira edição convocada por São João Pauo II para reunir em comunhão os principais líderes religiosos. Para o encontro deste ano são esperados 450 representantes de instituições e do mundo da cultura provenientes de diversos países.

 

Assis é a resposta ao terrorismo

Padre Enzo Fortunato, diretor da Sala de Imprensa do Convento de Assis, faz um balanço do caminho de paz desses 30 anos:

“A gente leva no coração aquilo que aconteceu nos anos anteriores. Em 1986, Guerra Fria: o Papa escolhe Assis e, depois de alguns anos, tem a queda do Muro de Berlim – o símbolo da Guerra Fria. Em 1993, a guerra na Bósnia Herzegovina: o Papa de novo em Assis, sob as marcas de São Francisco, com São Francisco, e logo depois teríamos o Acordo de Dayton. Ainda em 2002, depois do atentado às Torres Gêmeas, uma oração comum de todas as fé religiosas em Assis poucos meses após o 11 de setembro e depois de alguns anos da queda de Al Qaeda, do terrorismo de Al Jazeera. Agora, a gente tem pela frente um novo desafio: o desafio do terrorismo, do autoproclamado Estado Islâmico, e Assis é a resposta ao terror. Essas edições precedentes nos dizem que a força frágil da oração, como chamou o Card. Parolin, é a resposta mais imponente e mais importante à resposta prepotente das armas.”

“Sede de paz. Religiões e Culturas em diálogo”

O tema da Jornada de três dias deste ano – organizada pela Comunidade de Santo Egídio, dioceses locais e Famílias Franciscanas – será “Sede de paz. Religiões e Culturas em diálogo”. Uma conjugação de grandes desafios em busca de uma convivência pacífica entre países, povos e religiões que hoje se vê ameaçada.

O programa vai abrir espaço para diálogos entre cristãos, hebreus, muçulmanos, religiões asiáticas, da África, Europa e Ásia, sobre ecumenismo e também sobre o terrorismo que nega Deus. O encontro inter-religioso ainda vai debater grandes temas econômicos, sociais, ambientais, as desigualdades, a pobreza, os migrantes e refugiados, o papel da mídia nas guerras.

Papa Francisco no encerramento em Assis

No dia 20, na conclusão do evento, Papa Francisco se fará presente em Assis, como nos conta o arcebispo local, Dom Domenico Sorrentino:

“É a terceira vez que recebemos Papa Francisco: naturalmente estamos muito agradecidos. Hoje o acolhemos com mais esperança, porque o espaço e o horizonte se abrem num mundo que se tornou sempre mais globalizado, mas que também tem atravessado sempre mais dialéticas e pressões que fazem temer pelo nosso futuro. Realmente essa experiência de unidade, que o Papa imprime com a sua influência, pode nos dar um caminho de esperança.”

A Jornada Mundial de Oração pela Paz foi apresentada na manhã desta terça-feira (13) na Sala Marconi da Rádio Vaticano. Para o presidente da Comunidade de Santo Egídio, Marco Impagliazzo, o evento em Assis ajuda a aceitarmos com coragem os novos desafios:

“Mais que um mundo que piorou, o mundo vive novos desafios porque entramos no tempo da globalização, que nos faz viver juntos, e do terrorismo, que, ao contrário, quer nos dividir. Então, estaremos em Assis bem para isso: para buscar essa unidade contra quem quer nos dividir”.  

(AC)

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Patriarca emérito Sabbah denuncia novo “sectarismo” na sociedade palestina

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Ramallah – O Patriarca emérito de Jerusalém dos latinos, Michel Sabbah, conhecido por sua adesão à causa nacional da Palestina, denunciou firmemente a “grave deterioração” que percebe na sociedade palestina o que define como uma forte insurgência do “sectarismo”, e o faz em um breve texto, divulgado na mídia árabe, como no site abouna.org.

Na mensagem, o Patriarca emérito Sabbah se dirige diretamente à Autoridade palestina e a Hammas, recordando o “dever de corrigir os erros quando são cometidos”. De modo especial, a preocupação do Patriarca emérito se refere às jovens gerações e à necessidade de “desenvolver programas de estudo que infundam nos cidadãos a ideia de que são todos iguais”.

Os muçulmanos – frisa o Patriarca Sabbah, falando especialmente à liderança do movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza – “têm o direito e o dever de aprender a religião islâmica, assim como os cristãos têm o direito e o dever de conhecer o cristianismo”.

Segundo o Patriarca latino emérito de Jerusalém, os padrões de convivência social dos muçulmanos não podem ser impostos aos cristãos. “Pedimos aos muçulmanos e aos cristãos”, conclui o Patriarca “que se abstenham do sectarismo. Muçulmanos e cristãos autênticos são aqueles que se amam um ao outro, porque reconhecem que foram criados iguais”. (SP)

 

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Sucessão de Nicolás: jesuítas apresentam detalhes da próxima Congregação

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Roma (RV) – Os jesuítas convocam a imprensa no próximo dia 27 de setembro, em Roma, para a apresentação da 36° Congregação Geral da Companhia de Jesus.

A tarefa principal da Congregação é aceitar a renúncia apresentada pelo atual Prepósito-Geral, Padre Adolfo Nicolás (escolhido em 2008), e eleger o seu sucessor. Além disso, serão discutidas questões sobre o governo e a missão da Companhia de Jesus à luz da situação mundial e da Igreja guiada pelo Papa Francisco.

Na coletiva de imprensa, que se realizará na Cúria Geral dos Jesuítas (local também da Congregação), alguns membros do Conselho-Geral apresentarão a preparação, a composição e os métodos de trabalho da Congregação; o procedimento para do novo Geral; e a situação atual da Companhia de Jesus.

A 36ª Congregação Geral terá início no domingo 2 de outubro, com uma Concelebração na “Chiesa del Gesù”, no centro histórico de Roma. Trata-se da mais alta instância da Ordem, da qual participarão mais de 200 religiosos, representando os jesuítas de todo o mundo. Ela é convocada somente para a eleição do sucessor do Prepósito-Geral.

Mais informações sobre a 36° CG podem ser acessadas na página www.GC36.org

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