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Sumario del 14/09/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Audiência: "Jesus não era um príncipe, estava com os pobres"

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Cidade do Vaticano (RV) – Quarta-feira de sol, temperatura amena e muita gente na Praça São Pedro para participar da audiência geral do Papa Francisco. Prosseguindo o ciclo de catequeses centradas na Misericórdia, o Pontífice definiu a sua reflexão, inspirada no Evangelho de Mateus, “comovedora”.   

Após a leitura da Palavra, em várias línguas, o Papa quis explicar o significado das expressões do evangelista “vinde a mim”, “tomai o meu jugo” e “aprendei de mim”.

Vinde a mim

No primeiro caso, Jesus se dirige aos cansados e oprimidos oferecendo-lhes a sua misericórdia. Neste convite, os pobres viram finalmente uma resposta às suas expectativas. Eles não podiam contar com nenhuma amizade importante, mas tornando-se discípulos de Jesus, recebem a promessa de encontrar consolo para toda a vida. “Uma promessa que na conclusão do Evangelho é estendida a todos os povos”, disse o Papa.

Os fiéis de todo o mundo que atravessam as Portas da Misericórdia em suas catedrais e santuários, em tantas igrejas e hospitais, fazem o mesmo: vão encontrar Jesus, expressam a conversão do discípulo que se põe no seguimento de Jesus, a descoberta da misericórdia do Senhor, infinita e inesgotável.

Jugo é um vínculo com o povo

O segundo imperativo, “tomai o meu jugo”, Jesus quer que seus discípulos entrem em comunhão com Ele, se tornem partícipes do mistério de sua cruz e de seu destino de salvação. “É um vínculo que une o povo a Deus. O jugo que carregam os pobres e os oprimidos é o mesmo que carregou Cristo antes deles; e por isso, é um jugo leve”, completou Francisco.

Enfim, a exortação “aprendei de mim” feita aos humildes e pequenos, porque compreende os pobres e sofredores e Ele mesmo é pobre e provado pelas dores, tendo carregado sobre suas costas os pecados da humanidade inteira. “Nele – explicou o Pontífice – a misericórdia de Deus assumiu a pobreza dos homens, doando a todos a possibilidade da salvação”.

Pastores 'príncipes' são um mal para a Igreja

Improvisando, Francisco questionou: “Por que Jesus é capaz de dizer estas coisas? Porque Ele era um Pastor que estava em meio às pessoas, aos pobres. Trabalhava todos os dias junto com eles. Ele não era um ‘príncipe’. É feio para a Igreja quando os Pastores se tornam distantes dos pobres e viram ‘príncipes’. Estes pastores eram repreendidos por Jesus; este não é o espírito de Jesus. Ele dizia, sobre eles: “Façam o que dizem, mas não o que fazem!”.

Concluindo a catequese, o Papa consolou os fiéis: “Para todos há momentos de cansaço e de decepção”; e recordou as palavras do Senhor que nos dão tanta consolação e nos fazem entender se colocamos nossas forças a serviço do bem. Somos chamados a aprender Dele o que significa ‘viver de misericórdia’ e ser ‘instrumentos de misericórdia’.

Encontramos conforto na Cruz do Senhor

“Coragem!, exclamou Francisco. Não deixemos que nos tirem a alegria de ser discípulos do Senhor. Não deixemos que nos roubem a esperança de viver esta vida com Ele e com a força da sua consolação”. 

(CM)

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Papa recorda sacerdote degolado: "Matar em nome de Deus é satânico"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou a Missa na manhã desta quarta-feira (14/09), na capela da Casa Santa Marta, em sufrágio de Pe. Jacques Hamel. 

O sacerdote francês de 85 anos foi degolado por dois jihadistas num atentado em 26 de julho durante a celebração eucarística na igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray.

Em sua homilia, o Pontífice recordou que a Igreja celebra hoje a festa da Exaltação da Santa Cruz Cruz – e é na Cruz que compreendemos plenamente o mistério de Cristo.

Cristo é o primeiro mártir

“Este mistério de aniquilação, de proximidade a nós. Como diz Paulo, vivendo na condição de Deus, Cristo não considera um privilégio ser como Deus, mas esvazia a si mesmo, assumindo uma condição de servo, tornando-se semelhante aos homens. Humilhou a si mesmo fazendo-se obediente até a morte, a uma morte de Cruz. Este é o mistério de Cristo. Jesus Cristo é o primeiro mártir, o primeiro que dá a vida por nós, e deste mistério de Cristo começa toda a história do martírio cristão, desde os primeiros séculos até hoje".

Os primeiros cristãos, explicou o Papa, recebiam a proposta da apostasia, isto é: “Digam que o nosso deus é o verdadeiro. Façam um sacrifício ao nosso deus ou aos nossos deuses”, e se rejeitavam a apostasia, eram assassinados.

Matar em nome de Deus é satânico

“Esta história se repete até hoje na Igreja e hoje na Igreja há mais mártires cristãos do que nos primeiros tempos. Hoje há cristãos assassinados, torturados, encarcerados, degolados porque não renegam Jesus Cristo. Nesta história, chegamos ao nosso padre Jacques: ele faz parte dessa corrente de mártires. Os cristãos que hoje sofrem – seja na prisão ou com a morte ou com as torturas – para não renegar Jesus Cristo mostram precisamente a crueldade dessa perseguição. E esta crueldade que a apostasia exige, digamos a palavra, é satânica. E quanto seria bom que todas as confissões religiosas dissessem: “Matar em nome de Deus é satânico.”

Francisco recordou que Padre Jacques Hamel foi degolado na Cruz, justamente enquanto celebrava o sacrifício da Cruz de Cristo. “Homem bom, manso, de fraternidade, que sempre buscava fazer a paz, foi assassinado como se fosse um criminoso. Mas há algo, neste homem, que aceitou o seu martírio no altar, algo que me faz pensar muito: em meio ao momento difícil que vivia, em meio a esta tragédia que ele via se aproximar, um homem manso, um homem bom, um homem que fazia fraternidade, não perdeu a lucidez de acusar e dizer claramente o nome do assassino. E disse claramente: ‘Vai embora, Satanás!’. Deu a vida por nós, deu a vida para não renegar Jesus. Deu a vida no mesmo sacrifício de Jesus no altar e dali acusou o autor da perseguição: ‘Vai embora, Satanás!’.”

Pe. Hamel é um mártir

O Pontífice concluiu: “Que esse exemplo de coragem, mas também de martírio da própria vida, de esvaziar a si mesmo para ajudar os outros, de fazer fraternidade entre os homens, ajude todos nós a ir avante sem medo. Ele do Céu, porque devemos rezar para ele, eh?: é um mártir! E os mártires são bem-aventurados – devemos rezar para ele, que nos dê a mansidão, a fraternidade, a paz e também a coragem de dizer a verdade: matar em nome de Deus é satânico”. 

Peregrinos franceses

Participou da Missa um grupo de 80 peregrinos franceses de Rouen, acompanhados de seu Bispo, Dominique Lebrun. Também concelebrou o Cardeal hondurenho Oscar Andrés Rodriguez Maradiaga, coordenador do Conselho de Cardeais, que conclui hoje mais um ciclo de reuniões com o Papa. No altar, foi colocada uma imagem de Padre Hamel.

Breviário de Padre Jacques em Roma

A Comunidade de Santo Egídio comunicou que o breviário de Padre Jacques Hamel será conservado em Roma. Quinta-feira (15/09), às 20h, haverá uma celebração em São Bartolomeu, a Igreja em Roma dedicada aos “novos mártires”, para recordar Padre Hamel. 

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Seis Nobel da Paz com Francisco em Assis

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Assis (RV) - Não somente os líderes das religiões do planeta, mas também seis Prêmio Nobel da Paz participarão do encontro internacional “Sede de Paz, Religiões e culturas em diálogo”, que terá lugar em Assis de domingo a terça-feira próximos (18 a 20 de setembro) e se concluirá com a presença do Papa Francisco.

Do encontro organizado pela Comunidade de Santo Egídio, pela Diocese de Assis e pelas Famílias Franciscanas participarão a católica irlandesa Mairead Maguire, Prêmio Nobel da Paz 1976; o Presidente emérito da Polônia e líder do Solidariedade, Lech Walesa, Prêmio Nobel da Paz 1983; a ativista estadunidense de direitos humanos e diretora da campanha sobre minas anti-homem, Jody Williamns, Prêmio Nobel da Paz 1997; a líder da Primavera Árabe no Iêmen Tawakkul Karman, Prêmio Nobel da Paz 2011,  Hassine Abassi e  Amer Meherzi, componentes do quarteto tunisiano vencedor do Prêmio Nobel 2015.

Os seis Prêmio Nobel participarão do encontro na qualidade de relatores nos principais painéis previstos nos dias 19 e 20, antes da cerimônia plenária na qual tomará parte também o Papa Francisco.

A negação de Deus pelo terrorismo, o futuro da Europa, a Tunísia cinco anos depois da revolução dos jasmins, estão entre os principais temas que os Nobel tratarão, junto aos representantes das religiões mundiais e instituições internacionais.

Para o encontro deste ano são esperados 450 representantes de instituições e do mundo da cultura provenientes de diversos países.

(JE)

 

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C9 sobre eficiência dos dicastérios e perfil dos bispos e núncios

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Cidade do Vaticano (RV) – Termina nesta quarta-feira (14) a reunião do Conselho dos Cardeais, também conhecido como C9, para melhorar o serviço prestado pelos vários dicastérios vaticanos. Segundo o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, os cardeais, reunidos com o Papa por três dias, prosseguiram as avaliações sobre como a Cúria Romana possa “melhor servir a missão da Igreja”, concentrando as atenções para as Congregações para o Clero e para os Bispos, e para o perfil que núncios e bispos devem ter hoje.

Os trabalhos de conclusão desta quarta da 16ª reunião do C9 contou com a presença do cardeal Marc Ouellet, prefeito da Congregação para os Bispos. Ele falou “da grande importância do perfil espiritual e pastoral necessário para um bispo hoje”, comentou Greg Burke.

Formação de núncios apostólicos é tema de C9

Em entrevista à Rádio Vaticano, o porta-voz da Santa Sé abordou outros aspectos e instituições colocadas em pauta no C9 para a reforma da Cúria. 

Greg Burke – Uma novidade, desta vez, foi um estudo sobre o tema do serviço diplomático da Santa Sé e da formação de núncios apostólicos, em especial, a atenção às suas responsabilidades na escolha dos candidatos ao episcopado.

RV – Sabemos que teve também um relatório de dois cardeais membros do C9, o Card. Pell e o Card. O’Malley, sobre novidades a respeito dos novos dicastérios que eles são responsáveis.

Burke – Sim, claramente eles são dois dos purpurados mais conhecidos do C9. Os dois puderam passar atualizações sobre o trabalho deles: o Card. Pell, como prefeito da Secretaria para a Economia, e o Card. O’Malley, arcebispo de Boston, como chefe da Comissão para a Tutela dos Menores, uma instituição muito importante.

Dossiê de reforma da Secretaria para as Comunicações

RV – Essas reuniões do C9, então, são uma oportunidade para se ir em frente, mas também para refletir sobre aquilo que já foi feito?

Burke – Sim, de fato, acredito que também seja isso: de vez em quando analisar os resultados do trabalho deles e, desta vez, eles puderam ver o que aconteceu na Secretaria para as Comunicações, que entregou um dossiê aos cardeais sobre o andamento da reforma no setor e os próximos passos do projeto; além do novo dicastério para o Pontifício Conselho para o Desenvolvimento Humano Integral.

Papa nos três dias de C9

RV – O Papa acompanha e intervém nos trabalhos...

Burke – O Papa acompanhou os trabalhos e interveio. O único momento em que não esteve presente foi na manhã desta quarta, porque estava ocupado com a audiência geral.

O C9 foi instituído pelo Papa Francisco em 2013 com o objetivo de ajudar a governar a Igreja e auxiliar na reforma da Cúria Romana. Conversando com os jornalistas, o diretor da Sala de Imprensa acrescentou ainda que, nestes dias, o C9 está examinando um amplo dossiê sobre o papel do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e está estudando o tema da "diaconia da justiça". A próxima reunião deve acontecer de 12 a 14 de dezembro. (AC)

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Após encontro Kirill-Francisco, um novo impulso nas relações

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Cidade do Vaticano (RV) – “A Igreja Católica na Rússia está crescendo com paciência e sobretudo, depois de anos de emigrações, volta a ir realmente ao encontro das pessoas, a estar “em saída” como nos pede o Papa Francisco, concentrando-se sobretudo, na atividade caritativa”.

Peregrinação Jubilar

Em síntese, esta é a “fotografia” da vida católica russa, apresentada ao Papa Francisco pelos quatro bispos que estão guiando a peregrinação jubilar em Roma,  “também para celebrar os 25 anos da reconstituição das Circunscrições Eclesiásticas, ocorrida em 13 de abril de 1991, depois de uma via sacra que durou 70 anos”. Chegados em Roma na última segunda-feira, os setenta peregrinos russos retornarão no seu país na segunda-feira próxima.

Encontro de Kirill e Francisco du novo impulso nas relações

E é uma “fotografia” que delineia “relações sempre melhores” com o mundo ortodoxo:  “Depois do abraço entre o Patriarca de Moscou e o Papa, constatamos um novo impulso nas nossas relações, sobretudo na amizade – explicam os bispos ao L’Osservatore Romano – e esta colaboração se manifesta em modo particular no testemunhar a unidade por meio da caridade”.

Basílicas e Catacumbas

 “Estamos visitando as quatro Basílicas Papais para celebrar ali a Missa e atravessar as Portas Santas”, conta Dom Paolo Pezzi, Arcebispo da Igreja Mãe de Deus de Moscou.

“E visitamos também as catacumbas, os locais ligados ao testemunho dos mártires dos primeiros séculos, para recordar o que se viveu nas nossas terras”, completa o Bispo da Igreja da Transfiguração em Novosibirsk, na Sibéria, o jesuíta Joseph Werth, que precisamente este ano celebra os 25 anos de episcopado e que quando foi nomeado, tinha apenas 38 anos, sendo na época o  Bispo mais jovem do mundo.

Também acompanham a peregrinação a Roma Dom Clemens Pickel, Bispo de São Clemente em Saratov, e Dom Cyryl Klimowicz, Bispo de São José em Irkutsk.

Beato Ladislau Bukowiski

“Domingo passado – relatam os quatro prelados – participamos em Karaganda do rito de beatificação do Padre Ladislau Bukowiski, que conheceu os terrores dos Gulags soviéticos, anunciando e testemunhando o Evangelho ao lado dos condenados aos trabalhos forçados”.

Dukowiski “é um Beato que sentimos como “nosso”, mesmo porque o Cazaquistão fazia parte da União Soviética”.

Ao Papa Francisco, os prelados entregaram “um sinal em recordação da histórica beatificação”.

(JE/Osservatore Romano)

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Igreja no Brasil



Com a equipolência, mártires do RN poderão ser santos em breve

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Cidade do Vaticano (RV) – Graças ao processo de equipolência, em que o Papa reconhece a santidade sem a necessidade de um milagre após a beatificação, o Brasil poderá ganhar em breve seus primeiros santos mártires: os padres André de Soveral e Ambrósio Ferro e o leigo Mateus Moreira.

Massacres no Rio Grande do Norte

Além deles, 28 fiéis foram massacrados no Rio Grande do Norte, por tropas a serviço dos calvinistas em 1645, durante a ocupação holandesa.

Os massacres ocorreram em 15 de julho em Cunhaú, atualmente município de Canguaretama, e no dia 3 de outubro, em Uruaçu, município de São Gonçalo do Amarante.

O que é a equipolência?

A “canonização equipolente” demanda três requisitos: a prova da constância e da antiguidade do culto ao candidato a santo, o atestado histórico incontestável de sua fé católica e virtudes, e a amplitude de sua devoção.  

A praxe da equipolência goza do mesmo atributo de infalibilidade das canonizações ordinárias, nas quais são exigidos milagres. O Papa Francisco empregou recentemente este procedimento elevando aos altares, por decreto, Angela Foligno, Pedro Fabro e José de Anchieta.

Num passado mais remoto, no século XVIII, Prospero Lambertini, o Papa Bento XIV, usou da canonização equipolente para propor  à veneração dos fiéis os santos Romualdo, Norberto, Bruno, entre outros.

Em Roma nestes dias para tratar do tema com o Papa Francisco, o arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, explica. Para ouvi-lo, clique aqui: 

(CM)

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Igreja no Mundo



Card. Schönborn: Europa desperdiçou herança cristã

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Viena (RV) – Ao recordar o aniversário da batalha que colocou fim aos dois meses de cerco da cidade, o Cardeal Arcebispo de Viena, Christoph Schönborn, evocou o risco de uma  “nova conquista islâmica da Europa” pela fé tíbia dos cristãos, que desperdiçaram sua "herança cristã".

A Batalha de Viena

A Batalha de Viena aconteceu em 12 de setembro de 1683, depois de dois meses de cerco por tropas do Império Otomano, impedindo assim o avanço do Império Otomano na Europa e marcando a hegemonia política da dinastia dos Habsburgos na Europa central.

Nós europeus “somos um pouco como o irmão menor” da Parábola do Evangelho do Filho Pródigo, disse o purpurado na homilia proferida em 11 de setembro em Viena, pela recorrência do Santíssimo Nome de Maria.

O que será da Europa?

“Desperdiçamos a herança, desperdiçamos a herança cristã. E agora nos perguntamos a que se assemelha a Europa. Nos acontece o mesmo que com o Filho Pródigo, que desperdiçou o bem precioso do Pai, a preciosa herança cristã. E agora nos descobrimos desprotegidos quando estamos em situação de necessidade”. Não somente economicamente – também isto acontecerá – mas também do ponto de vista humano, religioso e da fé. O que será da Europa?”.

“Hoje, há 333 anos, Viena foi salva”, recordou o purpurado. “Haverá uma terceira tentativa de conquista islâmica da Europa? Muito muçulmanos pensam isto e o desejam e dizem: esta é a Europa no final”.

Uma outra chance

“Penso – prosseguiu o Cardeal – que aquilo que hoje faz Moisés segundo a leitura e aquilo que Deus misericordioso faz com seu filho menor, deveríamos pedir para a Europa de hoje: Senhor, dá-nos uma outra possibilidade! Não esqueça que somos o teu povo precisamente como Moisés o recorda: é o teu povo, a tua gente, tu o fizeste sair, tu o santificaste, é o teu povo. Então te pedimos: Senhor, recorda-te. E se nos desviamos do caminho e se desperdiçamos a herança, Senhor, não nos golpeie! Não fira esta Europa que produziu tantos Santos. Não nos fira porque nos tornamos tíbios na fé”.

Condenações mais claras

Em entrevista concedida no verão ao jornal austríaco “Der Standard”, o Cardeal Christoph Schönborn falou longamente sobre a questão do radicalismo, poucos dias após o atentado terrorista em Nice. “Que seja justo ou menos – afirmou – os terroristas hoje reivindicam a adesão ao islã, não a outras religiões, e isto é um grande problema para o Islã”. Não obstante “o maior número entre as vítimas do terror ser de muçulmanos” e  o fanatismo não ser uma exclusividade do Estado Islâmico, seriam oportunas “tomadas de posição mais claras por parte das autoridades muçulmanas”.

Cristianismo também tem raiz de violência

Também a Bíblia -  observou ele – contém “muitas passagens cruéis”, “também no cristianismo se encontra raízes de violência” e o cristianismo foi “não por acaso acusado” pela sua “má história de violência” do passado. Mas no decorrer do tempo, amadureceu uma tomada de distância. Não foi um percurso fácil nem breve: “Sem o horror do holocausto verossímil, o cristianismo não teria feita uma clara confissão do antissemitismo”.

(je/aska)

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Apelo da Igreja de Seul: basta de armas nucleares!

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Seul (RV) – Um apelo à Pyongyang, para que abandone o desenvolvimento do arsenal atômico, mas também a Seul,  a Washington e às outras “potências da região. Deixem de usar os testes nucleares da Coreia do Norte para disseminar bombas na Ásia. A paz se constrói com o diálogo e a paciência, não com uma escalada de tensões e de sanções”.

É o que escreve a Comissão episcopal sul-coreana Justiça e Paz em um comunicado intitulado “Apelo pela paz”, reportado pela Agência Asianews.

Não se pode separar a paz do não ter armas nucleares

O texto que se desenvolve em três pontos é assinado pelo Presidente da Comissão, Dom Lazzaro You Heung-sik. Depois de recordar a “Pacem in Terris” de João XXIII, o prelado lança um apelo a Pyongyang: “Abandonem o desenvolvimento das armas atômicas. A experiência nuclear da Coreia do Norte é contrária ao esforço comum para a paz da Coreia e para o desarmamento atômico da península. Não se pode separar a paz do não ter armas nucleares. As armas nucleares não podem nunca ser desenvolvidas para “a proteção da paz” ou “a segurança do próprio país”. As armas nucleares provocam somente disputas, e trazem um grande perigo espiritual e corporal de destruição e morte”.

Não recrudescer sanções contra Coreia do Norte

O segundo ponto é dedicado a Seoul: “Continuando a inspirar as sanções contra o regime do Norte, vocês não fazem outra coisa que aumentar a tensão. O objetivo verdadeiro de cada sanção deveria ser o de abrir a porta ao diálogo e à negociação. Não é justo que por meio das sanções devam sofrer os povos, e em modo particular, os mais fracos. Atingir a economia é uma medida que deveria ser aplicada com prudência, seguindo sempre um critério de legitimidade e de moral. Recordem que sobrecarregar as sanções aumentará somente o perigo de um choque direto. Não abandonem o diálogo!”.

Testes na Coreia do Norte não sirvam de pretexto para “nuclearizar” países da Ásia

O terceiro e último ponto diz respeito, pelo contrário, “às nações que circundam a península. Os testes nucleares norte-coreanos não devem tornar-se o pretexto para colocar bombas nucleares todos países da Ásia. Nós desejamos o desarmamento da península, assim como o do continente. Esperamos por isto, que vocês queiram realmente ajudar à paz entre as duas Coreias, para que esta paz possa tornar-se a semente para a verdadeira paz no mundo. Somente o equilíbrio da paz, não o equilíbrio do poder, pode resolver a tensão da Coreia e a ameaça da paz no mundo”.

Ódio e violência ainda florescem no mundo

“Esperamos e rezamos que o homem não esqueça nunca que os frutos do ódio e da violência estão ainda florescendo no mundo. O ódio gera ódio maior, a violência gera violência maior. A paz não vem por meio da lógica do poderoso (cfr. Gaudium et Spes, 78). A paz é completa quando os desacordos e a miséria, que levam à guerra  diminuem e quando o desejo pela ordem e pela paz cresce em todos os homens”.

(JE)

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Apelo de Sako I para desminagem da Planície do Nínive

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Bagdá (RV) – “Os preparativos para a Batalha de Mosul” ocupam a atenção da mídia iraquiana, ao mesmo tempo em que se prefigura a necessidade de se dar início a um “grande projeto humanitário” que faça renascer a cidade e toda a região, após ser anunciada a derrota do autoproclamado Estado Islâmico.

Inimigo feroz que semeia morte

“Antes de fazer reviver a nossa amada cidade na Planície do Nínive” – afirma o Patriarca caldeu Louis Raphael I Sako, num apelo divulgado na terça-feira -  será necessário superar o obstáculo representado por um inimigo feroz, escondido no terreno e às vezes também em objetos de uso cotidiano. “Porque os jihadistas do Daesh, mesmo quando se retiram, continuam a semear morte com as minas e os artefatos explosivos” que espalham antes de fugir nos campos e nas cidades.

“O possível renascimento civil das áreas subtraídas aos jihadistas – reitera o patriarca – inicia pela desminagem”.

Organização francesa pronta a assumir

O Primaz da Igreja Caldeia antecipa ter feito o pedido já em julho para a Fraternitè no Iraque – organização francesa comprometida no apoio às minorias religiosas iraquianas – de assumir da desminagem dos primeiros dois povoados da Planície do Nínive que foram libertados. A mesma organização já está comprometida com a obra de limpeza de outros quatro povoados, que antes de cair na mão do autoproclamado Califado, eram habitados na maioria por cristãos e curdos kaikai (comunidade religiosa que pratica um culto sincretista).

Limpeza da área é necessária para o retorno às casas

Somente uma desminagem realizada por especialistas e sociedades competentes poderá realmente colocar fim no exílio dos refugiados que desejam retornar para as próprias casas.

“É mais agradável construir escolas ou clínicas”, reconhece o Patriarca, “mas nada poderá ser reconstruído, se antes não for realizada a limpeza”.

(je/fides)

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CEBs realizam Encontro Continental no Paraguai

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Paraguai (RV) – “As CEBs caminham e o Reino anunciam”, é o slogan que acompanha a Assembleia das Comunidades Eclesiais de base (CEBs) da América Latina. A assembleia teve início no dia 13 de setembro e vai até sábado dia 17 em Luque, Paraguai. 

O encontro recorda os 50 anos de presença das Comunidades Eclesiais de Base na América Latina e tem o objetivo de fortalecer as bases para uma nova redefinição dos objetivos diante dos novos sinais dos tempos.

As origens das CEBs

As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) surgiram no Brasil como um meio de evangelização que respondesse aos desafios de uma prática libertária no contexto sociopolítico dos anos da ditadura militar e, ao mesmo tempo, como uma forma de adequar as estruturas da Igreja às resoluções pastorais do Concílio Vaticano II, realizado de 1962 a 1965. Encontraram sua cidadania eclesial na feliz expressão do Cardeal Aloísio Lorscheider: “A CEB no Brasil é Igreja — um novo modo de ser Igreja”.

Puebla

Em 1979, reunidos em Puebla, os Bispos latino-americanos firmaram o seguinte compromisso:

“Como pastores, queremos resolutamente promover, orientar e acompanhar as comunidades eclesiais de base, de acordo com o espírito de Medellín e os critérios da Evangelii Nuntiandi; favorecer o descobrimento e a formação gradual de animadores. Em especial, é preciso procurar como podem as pequenas comunidades, que se multiplicam nas periferias e zonas rurais, adaptar-se também à pastoral das grandes cidades do nosso continente” (Pb 648).

Os Bispos do Brasil já haviam feito a opção pelas “comunidades de base” desde 1966, para tornar a Igreja mais viva, mais corresponsável e mais integrada. As CEBs foram consideradas atividade “urgente” pelos bispos, para renovar as paróquias. 

Celebração pelos 50 aniversário e perspectivas para o futuro

Os trabalhos serão baseadas nos âmbitos bíblico, teológico e sociológico. A assembleia esta ligada ao CELAM - Conselho Episcopal Latino-americano, representado nesta ocasião por Dom Sergio Gualberti, Arcebispo de Santa Cruz da Serra na Bolívia. 

(VM)

 

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Formação



LG: A origem da concepção da Igreja como Corpo de Cristo

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória História, 50 anos do Concílio Vaticano II,  vamos continuar a tratar, na edição de hoje, da Constituição Dogmática Lumen Gentium

Ao longo dos programas passados dedicados à Constituição dogmática Lumen Gentium, temos analisado as diversas imagens da Igreja propostas pelo documento, imagens estas, no entanto, que já vinham sendo construídas por diversos movimentos na fase que antecedeu a convocação do Concílio Vaticano II.

A Lumen Gentium, no entanto, é Constituição que vai dar o norte, a doutrina, construindo a concepção da Igreja como um corpo, o Corpo Místico de Cristo, onde todos os batizados são membros, ligados a Cristo que é a cabeça. Padre Gerson Schmidt, que tem nos acompanhado neste percurso, nos traz na edição de hoje a reflexão "A origem da concepção da Igreja como Corpo de Cristo". Ouçamos:

"As diversas imagens da Igreja descritas no Concilio Vaticano II foram sendo construídas, antes do concílio, nos movimentos teológico, litúrgico, ecumênico e pastoral que aconteceram antes da convocação do Concílio. A Lumen Gentium denota a consciência de que a Igreja existe a partir de Cristo e em Cristo. Essa perspectiva cristocêntrica é a culminância do movimento eclesiológico iniciado na Escola teológica de Tubinga, que se expande por meio dos teólogos da Escola Romana, no Concilio Vaticano I, e encontra expressão, por meio do magistério, na Mystici Corporis, do Papa Pio XII, em 1943. Essa visão eclesiológica cristocêntrica é, além disso, frisado por Paulo VI, no seu discurso de abertura da Segunda Sessão do Concilio Vaticano II, após a morte de João XXIII ¹. A concepção da Igreja como Corpo de Cristo teve uma participação da Escola Romana, com autores como J. Perrone, C. Passaglia, J. B. Franzelin, C. Schrader, que experimentam a influência de João Adão Möhler (1796-1838), teólogos renomados na época pré-conciliar.

Na visão da Escola Romana, a Igreja não é simplesmente uma sociedade religiosa dotada de uma autoridade recebida de Deus, mas um organismo não só humano-social, mas espiritual, com missão especial, fundamentalmente recebida da autoridade de Cristo e seu prolongamento no tempo, na história, e por ele indissoluvelmente visível e invisível, humana e divina. Nessa Escola Romana faz-se germinar grande influência dessa concepção da Igreja como Corpo de Cristo². Passaglia afirma, por exemplo, que “a Igreja é Corpo místico de Cristo em que Cristo se manifesta, expande sua vida, mediante a qual se tem visível entre os homens e por meio da qual continua oferecendo o fruto de sua economia salvífica”. Entenda o ouvinte essa palavra técnica “economia”. Na teologia é entendida como a pedagogia salvífica, a salvação gradativa de Deus na história, por diversas etapas no tempo e espaço, onde Deus se revela, atua e salva. Então, traduzindo em miúdos: A Igreja, como corpo visível de Cristo, manifesta e continua perpetuando a salvação contínua de Cristo, na história concreta dos homens, a cada tempo, para cada pessoa em sua época, chão e lugar. Deus opera e quer salva o homem concreto, situado no tempo e no espaço onde vive e habita.

A escola romana oferece uma visão da Igreja impregnada de um maior sentido histórico, personalista e concreto, situando a Igreja na história, como Povo de um Deus que intervêm na história da salvação. Todos os batizados se encontram unidos em um só corpo, do qual todos são responsáveis e protagonistas, também os leigos. Deste modo o visível e invisível, o exterior e o interior podem encontrar harmonia e reconciliação.

O Concílio Vaticano I não assumiu essas novas perspectivas. Negligenciou esse pensamento da Igreja como Corpo de Cristo, segundo o que haviam pretendido exponentes da Escola Romana ³. A maioria dos Padres não viam em tal expressão mais que uma metáfora, não uma definição da Igreja, uma nova perspectiva teológica e, consequentemente, pastoral.

No Concilio Vaticano I seguirá dominando o carácter corporativo, sobretudo hierárquico da Igreja. Será o Concílio Vaticano II que vai recuperar fortemente essa concepção da  Igreja como corpo Místico de Cristo, já expressada e construída pelos teólogos da época. Embora o Concílio eminentemente queira ser um concílio pastoral e de um agir pastoral, a Lumen Gentium é constituição que vai dar o norte, a doutrina, construindo a concepção da Igreja como um corpo, um corpo com diversos membros, não qualquer corpo, mas um Corpo Místico; mais: um Corpo Místico de Cristo, cabeça, onde todos os batizados são membros, enxertados, ligados a Cristo-cabeça". 

 

1 O. GONZÁLEZ HERNÁNDEZ, A nova consciência da Igreja e seus pressupostos histórico-teológicos. In G. BARAÚNA, A Igreja do Vaticano II. Petrópolis: Vozes, 1965, p. 281s. 

2 C. PASSAGLIA, De Ecclesia Christi (Ratisbona 1853) 1,38. 

3 A. CHAVASSE, «L'ecclésiologie au Concile du Vatican, L'infaillibilité de l'Église», en M. NEDONCELLE, O.C, 233-234.

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Atualidades



Terrorismo: muçulmanos compartilham palavras do Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – A União Italiana das Comunidades Islâmicas (Ucoii) compartilha as palavras do Papa pronunciadas na manhã desta quarta-feira (14) na capela da Casa Santa Marta, na missa em sufrágio ao sacerdote degolado, Pe. Jacques Hamel.

O fundador da entidade, Hamza Roberto Piccardo, repete o que disse o Pontífice: “sim, matar em nome de Deus é satânico. Palavras, além disso, já proferidas por mim um ano atrás: ninguém pode matar em nome de Deus. Quem faz isso é um demônio que se coloca sobre qualquer conceito de humanidade compartilhada. Cães fugidos do inferno”.

"Quem mata ultrapassa qualquer tradição religiosa”

Se pensarmos à Festa do Sacrifício (Eid al Adha), “o ‘não sacrifício’ do filho de Abraão representa realmente o fato que nenhuma criatura deve ser sacrificada em nome de Deus. Então, quem mata ultrapassa qualquer tradição religiosa”, explicou ainda Piccardo.

“Assassinar um sacerdote é como atacar a humanidade inteira”

“Qualquer mal que possa ter sido recebido dos muçulmanos, nenhum mal pode equilibrá-lo. Dois males fazem um maior ainda”, acrescentou Piccardo, lembrando que a entidade tinha condenado em termos absolutos o ataque dos jihadistas de 26 de julho ao padre francês degolado durante celebração eucarística na igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray. Piccardo disse naquele momento que “assassinar um sacerdote é como atacar a humanidade inteira”.

(AC/AdnKronos)

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Não há condições pra uma visita do Papa no Iraque, afirma Dom Nona

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Cidade do Vaticano (RV) – Na Geórgia, para onde Papa Francisco viaja no final deste mês, “o Pontífice irá a uma igreja caldeia. Ali estará o nosso Patriarca com oito bispos e acredito que eles devam convidá-lo a visitar o Iraque. Mas não é fácil visitar o Iraque em uma situação como a atual”, afirmou o arcebispo emérito de Mossul dos Caldeus, Dom Emil Shimoun Nona.

A declaração do purpurado foi dada à agência italiana de notícias Ansa durante um encontro promovido na sede da entidade Ajuda à Igreja que Sofre, em Roma, nesta quarta-feira (14). Segundo Dom Nona, apesar do desejo expressado por mais de uma vez pelo próprio Bergoglio de ir ao Iraque e, em particular, ao Curdistão, para levar conforto aos cristãos vítimas da perseguição jihadista, uma eventual visita apresenta muitas dificuldades e dificilmente se realizará, ao menos, em um curto espaço de tempo.

Como explica Dom Nona, “os obstáculos estão sobretudo na violência generalizada em que se encontra o país. Alguns disseram que essa visita poderia acontecer de modo que o Papa visitasse somente os cristãos que estão no norte do Iraque, onde a situação é relativamente mais tranquila. Mas, como se sabe, o Papa não pode visitar uma parte de um país e não visitar a outra. Existem muitas dificuldades”, finalizou o arcebispo emérito de Mossul dos Caldeus.

O inimigo escondido

Da parte do Iraque vem o apelo lançado pelo Patriarca Caldeu Louis Raphael I Sako para desminar as cidades de Piana di Ninive, isto é, remover as minas terrestres deixadas pelos jihadistas naquele local. Mesmo depois da derrota anunciada do autoproclamado Estado Islâmico na região, se faz necessário um “grande projeto humanitário” para fazer renascer Mossul e a inteira região.

Organização francesa está pronta para a desminagem

Somente um trabalho realizado por especialistas e sociedades competentes poderá colocar fim ao exílio dos refugiados que querem voltar para as suas próprias casas. “É melhor construir escolas e clínicas”, reconhece o Patriarca, “mas nada poderá ser reconstruído se primeiro não for realizada a recuperação do lugar”.

A organização francesa empenhada no apoio às minorias religiosas do Iraque, a Fraternitè, já está trabalhando na desminagem da região.

 (AC/Ansa)

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Audiência Geral: vítimas do terremoto em oração

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Cidade do Vaticano (RV) – A semana marca o início do ano letivo na Itália e também para as crianças vítimas do terremoto de 24 de agosto que atingiu a região central do país. O abalo sísmico destruiu metade da cidade de Amatrice, como a escola local, mas uma estrutura provisória foi erguida em tempo recorde para que os alunos pudessem voltar às aulas.

Vítimas do terremoto na Praça São Pedro

Na Praça São Pedro na manhã desta quarta-feira (14), dia de audiência geral, moradores da província de Rieti que sofreram com o terremoto estiveram presentes. Com cartazes, pediam a oração especial do Papa Francisco àquela comunidade atingida pelo abalo sísmico.

Na oração mariana de 28 de agosto o Pontífice já expressava sua proximidade e seu desejo em visitar a região assolada pela destruição, enquanto pedia uma oração em comunhão: “assim que for possível, também espero ir encontrá-los para levar pessoalmente o conforto da fé, o abraço do pai e irmão, e o apoio da esperança cristã.”

Escola provisória em Amatrice

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, em visita à região de Piemonte, também disse que “tão logo irei encontrar os alunos de Amatrice”. Renzi fez menção ainda à nova estrutura erguida para os alunos que tiveram seu espaço de estudos destruído pelo terremoto: “é uma escola provisória, mas é bonito ver que todos abraçamos eles sem conflitos, sem distinções”.

A nova escola, que segue normas antissísmicas, está recebendo 170 alunos dos 3 aos 18 anos de idade das cidades de Amatrice e Accumoli, as mais devastadas pelo terremoto. A ministra da Educação, Stefania Giannini, esteve no local e se disse agradecida por quem “trabalhou muito para fazer em poucos dias um pequeno milagre”. (AC)

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Jubileu: a primeira porta a ser aberta é a do coração

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Cidade do Vaticano (RV) – A edição desta quarta-feira (14/09) do “Porta Aberta no Ano da Misericórdia” destaca os principais eventos no Vaticano e mundo afora que estão marcando este Jubileu.

Entre os nossos entrevistados, estão: Moysés Azevedo, fundador da Comunidade Shalom, e o Arcebispo de Natal (RN), Dom Jaime Vieira Rocha.

Dos Emirados Árabes Unidos, o missionário Pe. Olmes Milani nos fala nos fala da misericórdia naquela região:

“São oito Igrejas Católicas em todo país, insuficientes para acolher aproximadamente um milhão de fiéis. Algumas têm suas dependências sempre superlotadas, exigindo esquemas próprios para direcionar a multidão que sai de uma celebração litúrgica e orientar aquela que chega. É dentro desses parâmetros que celebramos o Ano Jubilar da Misericórdia.

Nas pregações, os fiéis são lembrados de que precisamos derrubar os muros que nos impedem de chegar a Deus e aos semelhantes. A primeira porta a ser aberta, durante o Ano da Misericórdia, é aquela dos corações, seguida das portas das casas e igrejas”, relata o missionário scalabriniano.

No link acima é possível ouvir o programa completo.

(bF)

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