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Sumario del 19/09/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Francisco: levar avante a luz da fé, toda máfia é obscura

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco iniciou a semana celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta na manhã desta segunda-feira (19/09). Em sua homilia, o Pontífice se inspirou no Evangelho do dia, extraído de Mateus, para falar da luz da fé e dos perigos que podem apagá-la. 

“Proteger a luz – disse – é proteger algo que nos foi dado como dom. E se somos luminosos, somos luminosos neste sentido: por ter recebido o dom da luz no dia do Batismo”. O Papa recordou que “nos primeiros séculos da Igreja, assim como em algumas Igrejas orientais, ainda hoje o Batismo se chama a Iluminação”.

Toda máfia é obscura

Francisco prosseguiu dizendo que esta luz não deve ser encoberta. “Se você cobre esta luz, de fato, “se torna morno ou simplesmente” um “cristão de nome”. A luz da fé, disse ainda, “é uma luz verdadeira, que Jesus nos dá no Batismo”, “não é uma luz artificial, uma luz maquiada. É uma luz suave, serena que não se apaga mais”.

Francisco então falou de uma série de comportamentos que podem esconder esta luz, recordando os conselhos que o Senhor nos oferece justamente para que esta luz não se torne obscura. Antes de tudo, exortou, “não deixar esperando quem necessita”:

“Jamais adiar: o bem…o bem não tolera ficar na geladeira: o bem é hoje, e se você não o fizer hoje, amanhã não haverá. Não esconder o bem para amanhã: isso de ‘vai, passa depois, o darei amanhã’ encobre fortemente a luz; e também é uma injustiça… Outro modo – são conselhos para não encobrir a luz: não tramar o mal contra o seu próximo, pois ele confia em você. Mas quantas vezes as pessoas têm confiança numa pessoa e esta trama o mal para destruí-la, para sujá-la, para que seja ignorado… É o pequeno pedacinho de máfia que todos nós temos à mão; quem se aproveita da confiança do próximo para tramar o mal é um mafioso! ‘Mas, eu não pertence a …’: mas esta é máfia, se aproveitar da confiança … E isso encobre a luz. Faz com que se torne obscura. Toda máfia é obscura”!

Não invejar os potentes

O Papa então destacou a tentação de sempre brigar com alguém, o prazer de brigar até com quem não nos fez “nada de mal”. “Sempre – constatou – procuramos alguma coisa para brigar. Mas no final brigar cansa: não se pode viver. É melhor deixar passar, perdoar”, “fingir não ver algumas coisas... não brigar continuamente”.

“Um outro conselho que este Pai dá aos filhos para não cobrir a luz: ‘Não invejem o homem violento e não se irritem por todos os seus sucessos, porque o Senhor tem horror do pervertido, enquanto a sua amizade – do Senhor – é para os justos’.  E muitas vezes, nós, alguns, temos ciúme, inveja daqueles que têm coisas, que têm sucesso, o que são violentos... Mas repassemos um pouco a história dos violentos, dos potentes... É tão simples: os mesmos vermes que nos comerão, comerão eles também; os mesmos! No final seremos todos iguais. Invejar, ah!, o poder, ter ciúmes… isto cobre a luz”.

Luz da fé

Neste ponto, disse o Papa, fica o conselho de Jesus: “Sejam filhos da luz, e não filhos das trevas; sejam guardiões da luz que lhes foi dada no dia do Batismo”. E ainda: “não a escondam debaixo da cama”, mas “cuidem da luz”. E para proteger a luz, destacou, existem estes conselhos para serem praticados todos os dias. “Não são coisas estranhas, todos os dias vemos estas coisas que encobrem a luz”.

“Que o Espírito Santo, que todos nós recebemos no Batismo, nos ajude a não cair nestes maus hábitos que encobrem a luz, e nos ajude a levar adiante a luz recebida gratuitamente, aquela luz de Deus que faz tão bem: a luz da amizade, a luz da mansidão, a luz da fé, a luz da esperança, a luz da paciência, a luz da bondade”.

(bf/rb)

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O Papa em Assis: acompanhe com a RV

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Assis (RV) – Mais de 500 líderes religiosos, personalidades da política e da cultura participaram na cidade de Assis da inauguração na tarde de domingo (18/09) do evento “Sede de Paz”, para comemorar os 30 anos da primeiro encontro inter-religioso promovido por S. João Paulo II.   

“Aquela voz hoje, depois de 30 anos, é mais forte e o espírito que a sustenta se difundiu e deu coragem a muitas pessoas no mundo”, disse o Presidente da Comunidade de Santo Egídio, Marco Impagliazzo, promotora do evento.

O Arcebispo de Assis, Dom Domenico Sorrentino, convidou os participantes a seguirem o exemplo de São Francisco ao buscar um “diálogo cordial com os fiéis” para “construir a paz contando com a força da oração”.

Há grande expectativa para a chegada do Papa Francisco a Assis na terça-feira (20/09). Na parte da manhã, o Pontífice se reunirá com os líderes religiosos para uma saudação. À tarde, o Papa encontrará individualmente o Patriarca Bartolomeu, o Arcebispo anglicano Justin Welby, o Patriarca sírio-ortodoxo de Antioquia Efrem II e os representantes muçulmano e judeu. 

Acompanhe com a RV

Na sequência, às 16h, haverá um momento de oração pela paz: os cristãos rezarão na Basílica Inferior de São Francisco. Este evento será transmitido ao vivo pela Rádio Vaticano, com comentários em português.

Às 17h15, na praça S. Francisco, haverá a cerimônia conclusiva, que prevê, entre outros momentos, a mensagem de uma testemunha vítima de guerra, o discurso do Papa e a leitura de um Apelo pela paz.

No Angelus do último domingo (18/09), o Pontífice convidou as paróquias e os fiéis de todo o mundo “a viverem este dia como uma Jornada de oração pela paz”, seguindo o exemplo de São Francisco para oferecer ao mundo um “forte testemunho do nosso compromisso comum pela paz e a reconciliação entre os povos”.

(bf)

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Unidos pela Paz: Papa convoca Dia de Oração pela Paz

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Cidade do Vaticano (RV) – Esta terça-feira (20/09) o Papa irá a Assis, no âmbito dos 30 anos do histórico Encontro de Oração pela Paz realizado em 27 de outubro de 1986, por desejo João Paulo II. 

No Angelus de domingo, Francisco recordou que existe guerra por tudo e pediu que a terça-feira seja vivida como um Dia de Oração pela Paz:

"Convido as paróquias, as associações eclesiais e cada fiel de todo o mundo a viver este dia como um Dia de Oração pela Paz. Hoje, mais do que nunca, temos necessidade de paz nesta guerra que existe por tudo no mundo. Rezemos pela paz! À exemplo de São Francisco, homem de fraternidade e clemência, somos todos chamados a oferecer ao mundo um forte testemunho de nosso compromisso comum pela paz e a reconciliação entre os povos. Assim, terça-feira, todos unidos em oração: cada um tome um tempo, aquele que puder, para rezar pela paz. Todo o mundo unido”.

O Santuário de Fátima, em Portugal, já confirmou a adesão à iniciativa, unindo-se assim ao Papa e aos vários líderes religiosos e culturais.

Ao longo de seu pontificado Francisco já havia convocado outras iniciativas de oração pela paz, especialmente pela Síria.

 

 

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Encontro em Assis: Igreja ortodoxa convida a não ter medo do diálogo

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Cidade do Vaticano (RV) – A cidade italiana de Assis aguarda o Papa Francisco nesta terça-feira (20) para participar da cerimônia conclusiva do Encontro Inter-religioso pela paz entre os povos promovido pela Comunidade de Santo Egídio. O Santo Padre vai abraçar os representantes das Igrejas e das religiões mundiais que, neste ano, estão unidos ao tema “Sede de Paz: religiões e culturas em diálogo”. 

Patriarca Bartolomeu e os cinco caminhos para paz

O evento, que reúne mais de 450 líderes do mundo, foi inaugurado no domingo (18) com a presença do presidente da Itália, Sergio Mattarella, que afirmou: “o diálogo pode muita coisa, mais do que se imagina”. Na intervenção do Patriarca Ecumênico de Constantinopla, o convite da Igreja ortodoxa a não ter medo do diálogo. Bartolomeu I também indicou os cinco caminhos para preservar a paz: o amor, a justiça, o perdão, o discernimento sobre a verdade e o respeito.

“O diálogo precisa de equilíbrio. Não submisso, mas sobretudo que não tire os interlocutores da sua própria natureza. Isso é conhecimento recíproco; é interconexão e mais sincretismo cultural e religioso (...). Os nossos grandes pais da Igreja nunca tiveram medo do diálogo com o ambiente espiritual da sua época, nem com os filósofos pagãos daquele tempo. Dessa maneira influenciaram e educaram a civilização da sua época e nos entregaram realmente uma Igreja ecumênica.”

Pluralidade, diversidade e respeito

Hebreus e muçulmanos condenaram o terrorismo e falaram de pluralismo, diversidade e respeito. Todos confirmaram que a violência não tem nada a ver com a religião e analisaram três pontos de reflexão, sustentados pelo Santo Padre, do sociólogo polonês Zygmund Bauman: a “promoção da cultura do diálogo para reconstruir o tecido da sociedade”, a igualdade na “distribuição dos frutos da terra” e o ensinamento da cultura do diálogo aos jovens para então “fornecer instrumentos para resolver os conflitos em maneira diversa daquela que estamos acostumados”.

Fé e amor de Deus em meio ao terrorismo

O arcebispo francês de Rouen, Dominique Lebrun, lembrou do assassinato do Pe. Jacques Hamel, em plena missa, por parte de dois que se diziam de “fé islâmica”. Ele citou várias vezes o Evangelho e o amor de Deus que sempre estará pronto para perdoar. E contra qualquer barreira fez menção ao final do mês de julho quando, como uma “grande família humana”, muitos muçulmanos participaram das “assembleias de domingo” na igreja católica.

O conselheiro político do Grão-Mufti do Líbano, o sunita Muhammad al-Sammak, acrescentou que “as relações entre religiões diferentes não podem se basear na eliminação, como hoje faz o autoproclamado Estado Islâmico, mas sobre a fé no pluralismo e na diversidade”.

Transmissão ao vivo da RV

Entre segunda e terça-feira em Assis acontecem as sessões de trabalho que abordarão temas da guerra à justiça social, do meio ambiente ao desenvolvimento tecnológico, passando pelos desafios das migrações, a luta à pobreza e a praga do terrorismo. A partir das 16h desta terça (20), então, haverá um momento de oração pela paz: os cristãos rezarão na Basílica Inferior de São Francisco. O evento terá transmissão ao vivo da Rádio Vaticano, com comentários em português. (AC)

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Quem sou eu para julgar? Novo livro reúne palavras de Francisco

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Rádio Vaticano (RV) - “Quem sou eu para julgar?”. Esse é o título do livro lançado neste mês na Itália que reúne as palavras do Papa sobre perdão, julgamento, homossexualidade e divorciados recasados pronunciadas em homilias, entrevistas e discursos num compilado de Anna Maria Foli. 

O volume foi editado em italiano pela Piemme e não há previsão para ser lançado em português.

“A humildade evangélica leva a não apontar o dedo contra os outros para julgá-los, mas a estender-lhes a mão para reerguê-los, sem nunca se sentir superior”.

Com estas palavras o Papa abria o Sínodo sobre a família, abrindo perspectivas até aquele momento impensadas para as hierarquias eclesiais e convidando a praticar o mandamento explícito de Jesus:

“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”.

Visão de Francisco

Sexualidade, uniões homoafetivas, contracepção, uniões de fato, novas famílias, mas também liberdade religiosa, ecologia, finança, novas pobrezas e novas escravidões. São argumentos espinhosos que colocam em confronto a liberdade de consciência e a doutrina cristã.

O Papa Francisco oferece a sua leitura inédita, marcada por uma visão teológica profundamente reformadora. É uma abertura humana e religiosa, que interessa sempre mais também a quem não professa a mesma fé e que provoca debates inflamados dentro e fora da Igreja.

O endurecimento do coração julgador – que o Papa chama de “esclerocardia” – é consequência do fechamento do eu em si mesmo: um eu isolado, egoísta, escondido em tradições obsoletas que pisoteiam a dignidade das pessoas.

É preciso que o “coração de pedra” se transforme em “coração de carne”. E, para Francisco, somente as palavras do Evangelho que deixaremos entrar, gota a gota, em nosso espírito rígido poderão fazê-lo palpitar de compaixão.

(vi/rb)

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Cardeal Parolin na assinatura do Acordo de Paz na Colômbia

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Cidade do Vaticano (RV) – O Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, irá à Cartagena de Indias, na Colômbia, no próximo dia 26 de setembro, por ocasião da assinatura do "Acuerdo Final para la Terminación del Conflicto y la Construcción de una Paz estable y duradera".  A confirmação é da Sala de Imprensa da Santa Sé. O Acordo de Paz colocará fim a 52 anos de conflito armado.

O Cardeal Parolin irá à Colômbia após participar em Nova Iorque de compromissos ligados à Nunciatura Apostólica e da abertura do 71º período de Sessões Ordinárias na ONU. No dia 24, o Secretário de Estado vaticano se encontrará com o Presidente colombiano Juan Manuel Santos, devendo viajar à Cartagena no dia seguinte.

Ao menos 13 Presidentes latino-americanos e Chefes dos principais organismos multilaterais confirmaram a participação na solenidade de assinatura do Acordo de Paz entre Governo colombiano e as FARC.

Entre os mandatários que confirmaram a presença estão os Presidentes de Cuba, Raúl Castro – cujo país foi o anfitrião das conversações entre as partes - , da Venezuela, Nicolás Maduro e do Chile, Michelle Bachelet, garantes do processo de paz.

Também participarão os Presidentes do México, Enrique Peña Nieto; Guatemala, Jimmy Morales; Honduras, Juan Orlando Hernández; El Salvador, Salvador Sánchez Cerén; Panamá, Juan Carlos Varela; Costa Rica, Luis Guillermo Solís; Equador, Rafael Correa; Peru, Pedro Pablo Kuczynski; Paraguai, Horacio Cartes e República Dominicana, Danilo Medina.

Participarão ainda os Secretários Gerais das Nações Unidas, Ban Ki Moon e da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.

Também confirmaram presença a alta representante da União Europeia, Federica Mogherini; os Presidentes do Banco Mundial, Jim Young Kim; do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno.

A assinatura do Acordo colocará fim a 52 anos de conflito armado.

(JE)

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Igreja no Brasil



Instituições católicas assinam Acordo em prol da infância

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Brasília (RV) – Na última sexta-feira (16/09), onze instituições católicas assinaram na sede da CNBB, em Brasília (DF), o Acordo de Cooperação pela Dignidade e Direitos das Crianças e Adolescentes Brasileiros, promovido pelo Escritório Internacional Católica da Infância (Bice).

O Bice é uma rede católica internacional de organizações que se dedicam à promoção e proteção da dignidade e dos direitos das crianças e adolescentes.

De acordo com o Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, Dom Guilherme Antônio Werlang, as organizações precisam se questionar “qual é o grande abraço que devem às crianças brasileiras?”, já que o atual sistema as abandona. “Educar e formar para a vida é muito mais que alfabetizar. É passar valores e torná-las protagonistas. A infância e adolescência são o canteiro do jardim de Deus”, afirmou.

União

Além do Bice, assinaram o Acordo a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (Anec); Cáritas Brasileira; Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB); Pastoral da Criança; Pastoral do Menor; Rede Jesuíta Brasil; Rede La Salle; Rede Salesiana do Brasil e a União Marista do Brasil.

O acordo com suas ações é voltado para gestores de políticas públicas, Conselhos Federais, Estaduais e Municipais, Fóruns, Organizações da sociedade civil e autoridades ligados ao trabalho da promoção, defesa e garantia dos direitos das crianças e adolescentes.

(BF/CRBNacional)

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Igreja na América Latina



Anti-terrorismo: Polícia colombiana treinará Gendarmaria vaticana

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Cidade do Vaticano (RV) – A Gendarmaria vaticana terá formação em estratégias para prevenir e enfrentar ações terroristas, criminosos e narcotraficantes. As lições e treinamentos estarão a cargo de policiais colombianos, especialistas em cada área.

O Comandante da Gendarmaria vaticana,  Domenico Giani,  e o Diretor da Polícia Nacional colombiana, Jorge Nieto, assinaram um Acordo de Intenção, que permitirá a transferência temporária ao Vaticano de 25 agentes, para o proceso de instrução e treinamentos.

No domingo (18/09), o General Jorge Nieto foi recebido pelo Papa Francisco, depois de participar da Missa presidida pelo Pontífice na Basílica de São Pedro,por ocasião dos 200 anos de fundação da Gendarmeria Vaticana.


(JE)

 

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Igreja no Mundo



Perugia confere laurea 'Honoris causa' a Bartolomeu I

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Perugia (RV) – A Universidade de estrangeiros de Perúgia conferiu uma laurea honoris causa em Relações Internacionais a Bartolomeu I, Patriarca Ecumênico de Constantinopla e “primus inter pares” da Ortodoxia.

A cerimônia, iniciada às 11 horas desta segunda-feira (19/09), foi introduzida pelo Reitor da Universidade, com as boas-vindas do fundador da Comunidade Santo Egídio, Andrea Riccardi e do Cardeal Gualtiero Bassetti, Arcebispo de Perúgia.

Após, a cerimônia teve prosseguimento com a laudatio de Marco Impagliazzo, Presidente da Comunidade Santo Egídio e docente na mesma Universidade e a lectio do Patriarca Ecumênico.

Ainda no domingo, o Presidente italiano Sergio Mattarella conferiu ao Patriarca o título de Cavaleiro Grão Cruz de OMRI.

Bartolomeu I participa do encontro “Sede de paz”, organizado pela Família Franciscana e Comunidade Santo Egídio e aberto no domingo (18) na presença do Presidente da República italiana.

O encontro internacional se concluirá na terça-feira, 20, na presença do Papa Francisco.

(je/aska)

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A beleza da fé é a grande resposta aos desafios de hoje

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Cidade do Vaticano (RV) – Testemunhar a verdade do Evangelho numa sociedade pluralista, mas como? A essa interrogação responde o livro “A beleza desarmada”, de Pe. Julián Carron, presidente do Movimento de Comunhão e Liberação. Na obra apresentada neste domingo (18) em Turim, o autor indica como resposta aos grandes desafios dos nossos dias, a atratividade do testemunho cristão.

Pe. Carron“A beleza desarmada é a fé que com a sua capacidade de fascinação pode realmente fascinar as pessoas sem nenhuma outra necessidade de poder ou de força para atrair. Se pensarmos sobre a capacidade do homem de reconhecer o bonito, o verdadeiro, as pessoas se encontram...”

A beleza desarmada como única possibilidade para imigração

RV – Então, a beleza desarmada pode ser efetivamente uma resposta, inclusive perante a importantes temas: penso, por exemplo, à questão da imigração, àquelas que representam a nossa Europa atual.

Pe. Carron “Eu penso que essa seja a única possibilidade. Nós temos tem muita gente que vem de fora: se não encontram aqui uma acolhida, se não encontram alguma coisa bonita, se aquilo que encontram é somente o nada, o nada será como uma oportunidade favorável para que dali comece a violência. Temos imigrantes de segunda geração, nascidos na Europa, que cresceram aqui e receberam educação, mas não encontrando alguma coisa que realmente possa fasciná-los, naquele nada são pessoas prontas para qualquer tipo de fundamentalismo ou de radicalismo. Ou a gente consegue oferecer alguma coisa mais fascinante que a violência ou serão depois envolvidos em qualquer tipo de radicalismo.”

A beleza não nos deixa indiferentes

RV – Pe. Carron, o que nos diz a beleza desarmada perante o debate de temas como a família e os novos direitos?

Pe. Carron“Mas... é a mesma coisa, sabe. Vemos que as leis não impediram ou diminuíram o fascínio da beleza das famílias. Se nós, cristãos, não somos capazes de testemunhar que tem uma maneira de viver muito mais atraente em relação à outra, não existirá nenhuma lei que poderá impedir a disseminação de uma mentalidade. É um desafio para todos nós: o desafio de não tentar impor alguma coisa, mas procurar mostrar a beleza de uma vida que, na sua fascinação, é capaz de convencer. A beleza não nos deixa nunca indiferentes. É a única capaz de ser respeitada pela liberdade do homem, porque ninguém quer que ninguém imponha nada...”

A verdade e a liberdade religiosa

RV – Tudo isso pressupõe que seja dado espaço a um pluralismo, que seja dada a possibilidade de se expressar também a quem testemunha essa beleza desarmada: então, necessário é o respeito pleno à liberdade religiosa...

Pe. Carron – “Exato. A liberdade religiosa é a condição. Para mim parece que seja o passo feito do Concílio Vaticano II. A Igreja, refletindo sobre a natureza da verdade cristã, reconheceu que a verdade não precisa de outra coisa se não o esplendor da própria verdade. E é por isso que não há outro modo de transmitir a verdade se não através da liberdade. Todas essas coisas são realmente pertinentes a um mundo multicultural, como era no início do cristianismo. Em nenhuma outra época o cristianismo se difundiu tão rápido como nos primeiros séculos e não tinha nada daquilo que nós temos agora: nada que favorecesse externamente o testemunho da fé.”

A fé precisa ser vivenciada

RV – A beleza desarmada solicita, então, a cada homem, a cada mulher, à inteira Europa a se apropriar novamente da própria identidade para testemunhá-la...

Pe. Carron“Exato. Da onde se começa? Daqueles que foram chamados por Deus. A fé nos foi dada para tudo: não somente para nós, para conservá-la na nossa sala; mas nos foi dada para vivê-la perante todos: no trabalho, na família, na sociedade, nos lugares da vida de todos...” (AC)

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Milhares de peregrinos em Roma para Festa de São Pio

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Roma (RV) – De 20 a 23 de setembro, diversos festejos em Roma pela recorrência da Festa de São Pio. Milhares de devotos dos 600 Grupos de Oração do Padre Pio do Lácio estarão peregrinarão na Igreja san Salvatore in Lauro, na Via dei Coronari.

Dentro do templo já estão expostas diversas relíquias para a ocasião, como o manto, as luvas, as bandagens, a estola e o sangue dos estigmas, que por cinquenta anos marcaram o corpo de São Pio de Pietralcina. Ao lado deles – reporta a Agência Sir – uma grande escultura reproduz Cristo Redentor sendo ajudado pelo Padre Pio Cirineu.

São Pio, Padroeiro da Proteção Civil

Nestes dias, também é celebrada a Festa da Proteção Civil, que tem como Padroeiro São Pio de Pietralcina. Neste contexto, em 20 de setembro será exposta solenemente para veneração a relíquia do sangue de São Pio.

No dia 22, a Vigília que recorda sua Páscoa definitiva e na terça-feira 23, a Festa do Santo, desejada e instituída por São João Paulo II no ano 2000.

O evento central do programa dedicado ao Padre Pio terá lugar na tarde do dia 23, quando a procissão da estátua e das relíquias do Santo chegará à Praça Navona, vinda da Igreja de San Salvatore in Lauro, quando será concedida uma bênção especial e recitada uma oração especial pelas vítimas do terremoto.

O Bispo Auxiliar da Diocese de Roma presidirá a Missa às 18 horas na Praça San Salvatore in Lauro, na presença de peregrinos de todo o Lácio e voluntários da proteção Civil.

 

(JE)

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Card. Raï a políticos: superar egoísmos para eleger presidente libanês

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Beirute (RV) - O patriarca maronita, Cardeal Béchara Boutros Raï, lançou um apelo aos políticos libaneses a fim de que sejam superados os egoísmos e os interesses particulares e se possa alcançar a eleição do presidente do Líbano.

Este domingo (18/09), durante uma celebração de ação de graças pela recente canonização de Madre Teresa de Calcutá (dia 4 do corrente, em Roma), o purpurado dirigiu-se a deputados, ministros, partidos e coalizões políticos.

Na igreja de Notre-Dame em Bécharré, pequena cidade libanesa onde se encontra uma casa das Missionárias da Caridade, o patriarca convidou a classe política do País dos Cedros a ir além das declarações, das alianças e coalizões entre partidos “para salvar a pátria elegendo um presidente da República, desbloqueando, desse modo, as instituições, o parlamento e o governo”.

Uma política de bloqueio que prejudica as instituições e o país

Segundo refere o jornal “L’Orient Le Jour”, para o purpurado, somente desse modo poderá ser feita “uma lei eleitoral justa”, se poderá incrementar o nível de participação na vida nacional e progredir rumo à Constituição.

“Saibam que com essa política de bloqueio, direta ou indiretamente, os senhores destroem sistematicamente o aparato estatal e as instituições e, por conseguinte, a vida econômica, comercial, industrial e turística, jogando a população numa situação de necessidade, levando-a a emigrar ou ao desespero”, disse ainda o Cardeal Béchara Raï.

Por fim, o patriarca exortou a sociedade civil à boa vontade a expressar as preocupações pelo bem do país. (RL)

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Coleta nacional nas igrejas para atingidos pelo terremoto na Itália

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Cidade do Vaticano (RV) – A Conferência Episcopal Italiana (CEI) promoveu no domingo (18) a coleta nacional para ajudar as comunidades das dioceses da região central do país atingidas pelo terremoto de 24 de agosto. A Rádio Vaticano conversou com o bispo de Rieti, Dom Domenico Pompili, sobre as doações recolhidas em todas igrejas da Itália. 

Dom Domenico - “É uma maneira para dar continuidade àquele grande envolvimento emocional que já no dia seguinte ao 24 de agosto percorreu toda a península e que precisa agora, então, uma capacidade explícita para projetar e obter recursos. A coleta, que segue tantas outras formas de ajuda que aconteceram de várias partes da Itália, é mais uma maneira concreta de olhar adiante já que a reconstrução é um processo longo. Ninguém é tão ingênuo de pensar que se pode garantir rapidamente recursos suficientes, que seria a condição para poder olhar pra frente com um pouco de serenidade. A coleta é também uma maneira de expressar e compartilhar o drama de quem sofreu com o terremoto, de pessoas que se viram privadas do carinho dos familiares, que viram se desintegrar tudo aquilo que tinham construído numa inteira vida.”

Casas alugadas em alternativa às barracas

RV - Atualmente, qual é a situação?

Dom Domenico - “A situação atualmente é aquela da passagem das barracas a uma situação que, por alguns meses, será em casas alugadas para consentir à Proteção Civil trabalhar nas necessidades em vista dos módulos pré-fabricados. Digamos que os acampamentos estão progressivamente sendo esvaziados e, neste momento, procura-se individuar as possíveis soluções que são alternativas às barracas.”

As feridas do medo e do luto

RV - O senhor tem oportunidade de conversar com essas pessoas: como elas estão vivendo agora, Dom Domenico?

Dom Domenico - “Por enquanto tem um trauma que ainda não foi superado que é aquele pelo qual todos viveram, aqueles intermináveis segundos que estão no pensamento e que voltam com frequência. Tem um dado psicológico que também ainda não foi superado: é difícil pegar no sono mesmo estando nas barracas e isso também porque persistem os tremores que até hoje são infinitos. Depois, tem o luto das pessoas que viram a própria família ser destruída e é preciso, segundo minha visão, ajudar as pessoas a curar essa ferida. E esse não é um processo que deve ser esquecido.” (AC)

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Bispo de Aleppo: Ninguém acredita que morte de soldados sírios tenha sido um erro EUA

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Aleppo (RV) – “A trégua iniciada na segunda-feira passada está a ponto de fracassar. Também esta noite escutamos as incursões da aviação governamental sobre os bairros nas mãos dos rebeldes. E é certo, que aqui ninguém acredita que a tragédia com os soldados sírios provocada pelo bombardeio dos EUA sobre a caserna tenha sido um erro”.

Assim o Vigário Apostólico de Aleppo para os católicos de Rito Latino, Dom George Abou Khazen OFM, comentou à Agência Fides as impressões dominantes entre a população que vive nos bairros centrais da cidade-mártir síria.

“Aquele ataque aéreo, que matou ao menos noventa soldados – afirma o Bispo franciscano – parece confirmar a ambiguidade das escolhas dos EUA no cenário sírio, e também as suspeitas de quem diz que os Estados Unidos criaram o Estado Islâmico (Daesh) e o estão utilizando. Com todos os instrumentos e as armas inteligentes de que dispõe, aquele ataque aéreo não pode ter sido um acidente, visto que aquela caserna não estava ali desde ontem”.

O Vigário Apostólico confirma que “também os turcos estão tomando o controle de amplos territórios sírios nas proximidades da fronteira”, mas relata também os sinais de esperança que naquelas condições extremas continuam a marcar a vida dos cristãos.

“Ontem – conta Dom Georges Abou Khazen – celebramos a Missa de Ação de Graças pela canonização de Madre Teresa. A Igreja estava cheia, estavam presentes fieis e Bispos de todas as Igrejas presentes em Aleppo e havia um ar de festa”.

“Como Pastores – continuou o prelado - somos confortados pelo “espetáculo” de tantos cristãos que vivem na fé o terrível momento pelo qual estamos passando. E somos guiados por eles também para viver entre os Bispos de Confissões diferentes, uma comunhão sempre mais real, na vida ordinária. Fico comovido quando penso que precisamente graças à fé deles que o Senhor nos abençoará e nos dá a sua paz santa”.

 

(je/gv)

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Bispos alemães: plenária sobre novas pobrezas e Jubileu luterano

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Fulda (RV) - A Conferência Episcopal Alemã realiza de segunda a quinta-feira desta semana, em Fulda, leste da Alemanha, sua sessão plenária anual. Sob a presidência do arcebispo de Munique, Cardeal Reinhard Marx, os 66 bispos alemães darão atenção especial a um estudo sobre os desafios da inclusão e da integração, destaca a agência Sir.

Feito pela Caritas alemã, o estudo intitula-se “Juntos com Deus ouçamos um grito – a pobreza e a exclusão como desafio para a Igreja e a Caritas”.

Problemas relacionados ao mundo do trabalho e refugiados

Serão renovados os organogramas das 14 comissões e dos grupos de trabalho da Conferência episcopal, que assumirão o encargo até 2021. Os temas discutidos durante os trabalhos, além da atualidade pastoral e da participação católica no ano jubilar luterano pelos 500 anos da Reforma, serão os problemas relacionados ao mundo do trabalho e ao acolhimento e integração dos refugiados.

Esta terça-feira, o encontro com o bispo iraquiano de Irbil

Os prelados alemães abordarão também a situação da União europeia após a Brexit da Grã-Bretanha (a saída do Reino Unido da União Europeia), a progressiva transformação digital da sociedade com as escolhas da Igreja no sentido de uma utilização sempre mais profícua das plataformas sociais na internet e a avaliação da recente Jornada Mundial da Juventude, realizada em julho passado em Cracóvia, na Polônia.

Esta terça-feira a plenária terá um de seus pontos altos, ao realizar um encontro com o arcebispo católico caldeu da eparquia de Irbil, no Iraque. (RL)

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Formação



Neojiba: “as turnês são uma oportunidade incrível”

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Rádio Vaticano (RV) – “Nem acreditei, demorou para cair a ficha”.

Marcele Miranda, 20 anos, recorda da surpresa quando soube que havia sido aprovada em uma audição da Orquestra Juvenil da Bahia – Neojiba.

Marcele, contrabaixista, é a nossa segunda personagem desta série que conta como a música transformou a vida de jovens da periferia de Salvador e da Bahia.

A Rádio Vaticano conversou com ela na Sala Santa Cecília antes da apresentação em Roma – parte da turnê na Europa – realizada em 7 de setembro. 

“Minha vida toda se baseia na música clássica. Tanto na orquestra como em aulas, dando aula de contrabaixo, não vejo minha vida sem a orquestra”, disse Marcele.

Superação

“Tinha um projeto musical no meu bairro. Colegas participavam, amigos contaram a minha mãe que me colocou lá e aí eu comecei com o violino. Depois, mudei para o contrabaixo. Neste projeto tinham alguns integrantes, alguns professores, que faziam parte do Neojiba. Fiquei sabendo do Neojiba assim. Fiquei sabendo que tinha audição. Depois de uns três anos que eu tinha me preparado consegui passar numa audição aberta que teve no Neojiba. Foi muito estudo. Tanto é que quando eu passei eu nem acreditei que tinha passado, demorou um tempinho para a ficha cair. É bem disputado para você entrar na orquestra”.

Teatros da Europa

“Essas turnês são uma oportunidade incrível, única. Essas salas de concerto magníficas que a gente toca, esses solistas incríveis com quem nós temos a oportunidade de tocar junto como a Midori e como a Marta, são momentos inexplicáveis, são coisas incríveis que acontecem”.

Os incentivos de Marcele para quem tem o mesmo sonho são muito, mas o estudo é o primeiro deles.

“Se joga. Aproveita. Vê qualquer projeto, professor, amigo. Estude mesmo. Corra atrás. Abrace qualquer tipo de oportunidade que tenha, estude, tenha garra porque no final é bem gratificante, é muito bom mesmo”.

(rB)

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Pe. Zequin: Missão Continental no signo da misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição de hoje do quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” concluímos a participação do sacerdote claretiano, Pe. Mauro Zequin Custódio, cuja contribuição tem nos enriquecido estes dias neste espaço de formação e aprofundamento. 

Natural de Araçatuba, SP, Pe. Mauro traz consigo a experiência de seus quase quarenta anos de sacerdócio, cujo ministério tem sido exercido em diferentes contextos a serviço de sua comunidade religiosa, a Congregação dos Missionários Claretianos.

Pe. Mauro esteve até há pouco na Paróquia de Nossa Senhora da Glória, na Arquidiocese de Londrina – PR. Na edição passada falou-nos sobre o acolhimento e implementação, por parte da Igreja no Brasil, do premente convite da Conferência de Aparecida a uma conversão pastoral, a se passar de uma pastoral de manutenção uma pastoral eminentemente missionária.

Na edição de hoje, ele continua suas considerações sobre a Missão Continental no âmbito deste impulso ulterior dado pelo Ano jubilar extraordinário dedicado à Misericórdia. Nesse sentido, diz-nos que “esse aspecto penitencial que estamos resgatando, esse aspecto da misericórdia no sentido de nos voltarmos para os pobres, para os sofredores”, tem sido uma maravilha, e isso está sim acontecendo no Brasil. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Fronteira México-EUA: marcha contra política migratória

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El Paso (RV) – “Encontros sem muros, uma marcha para as famílias” é o slogan do evento que se realiza em El Paso esta segunda-feira, 19 de setembro, organizado pela Border Network for Human Rights.

Segundo nota enviada à Agência Fides, a marcha é um dos eventos organizados para denunciar as políticas de fronteira e sobre a imigração, que separaram centenas de milhares de famílias e para pedir uma reforma de imigração equitativa e orientada à salvaguarda do núcleo familiar.

A marcha partiu das Praça San Jacinto às 9 horas e dirigiu-se ao Cleveland Square Park, diante de um grande painel, que por meio de imagens, letras e colagens colocou em evidência a dramática situação da separação familiar provocada pelas atuais políticas de imigração.

Diversas organizações, como a Border Network for Human Rights, pedem há tempos uma reforma global das políticas sobre imigração, para que seja reconhecido o direito de cidadania para 11 milhões de pessoas sem documentos que vivem e trabalham nos Estados Unidos.

(je/ce)

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