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Sumario del 22/09/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

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Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: a vaidade é a osteoporose da alma

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Cidade do Vaticano (RV) – Como todas as manhãs, o Papa Francisco celebrou a missa na capela da Casa Santa Marta. Em sua homilia, comentou o Evangelho do dia, que apresenta o rei Herodes inquieto porque, depois de matar João Batista, se sente agora ameaçado por Jesus. 

Na nossa alma, afirmou o Papa, existe a possibilidade de sentir duas inquietações: uma boa, provocada pelo Espírito Santo para realizar boas ações, e outra má, que nasce da consciência suja. Herodes estava preocupado com o seu pai, Herodes o Grande, depois da visita dos Reis Magos. Os dois resolvem suas inquietações matando, passando sobre “o cadáver das pessoas”:

Avidez, vaidade e orgulho

Essa gente que provocou tanto mal, que fez mal e tem a consciência suja e não pode viver em paz, porque vive numa coceira contínua, numa urticária que não os deixa em paz... Essa gente praticou o mal, mas o mal tem sempre a mesma raiz, todo mal: a avidez, a vaidade e o orgulho. E todos os três não deixam a consciência em paz; todos os três não deixam que a inquietação saudável do Espírito Santo entre, mas levam a viver assim: inquietos, com medo. Avidez, vaidade e orgulho são a raiz de todos os males”.

Osteoporose da alma

A primeira Leitura do dia, extraída do Livro do Eclesiastes, fala da vaidade:

“A vaidade que nos enche. A vaidade que não tem vida longa, porque é como uma bolha de sabão. A vaidade que não nos dá um ganho real. Qual ganho tem o homem por toda a fadiga com a qual ele se preocupa? Ele está ansioso para aparecer, para fingir, pela aparência. Esta é a vaidade. Se queremos dizer simplesmente: "A vaidade é maquiar a própria vida. E isso deixa a alma doente, porque se alguém falsifica a própria vida para aparecer, para fazer de conta, e todas as coisas que faz são para fingir, por vaidade, mas no final o que ganha? A vaidade é como uma osteoporose da alma: os ossos do lado de fora parece bons, mas por dentro estão todos estragados. A vaidade nos leva à fraude”.

Trapaceiros

“Como os trapaceiros marcam as cartas” para vencer e, depois, “essa vitória é falsa, não é verdadeira. Esta é a vaidade: viver para fingir, viver para fazer de conta, viver para aparecer. E isso inquieta a alma". São Bernardo - recordou o Papa - disse uma palavra forte aos vaidosos: "Mas pense naquilo que você vai ser. Você vai ser comida para os vermes. E todo esse maquiar a vida é uma mentira, porque os vermes vão comer você e você não vai ser nada". Mas onde está o poder da vaidade? Levado pelo orgulho em direção do mal, não permite um erro, não permite que se veja um erro, cobrir tudo, tudo deve ser coberto”:

Jesus é o nosso refúgio

“Quantas pessoas conhecemos que parecem ... ‘Mas que boa pessoa! Vai à missa todos os domingos. Faz grandes ofertas à Igreja’. Isto é o que se vê, mas a osteoporose é a corrupção que tem dentro. Há pessoas assim, - mas há pessoas santas, também! – que faz isso. Mas a vaidade é isso: se parece com rosto de pequena imagem e, depois, a sua verdade é outra. E onde está a nossa força e segurança, o nosso refúgio? Lemos no Salmo: 'Senhor, tu tens sido o nosso refúgio de geração em geração". Por quê? E antes do Evangelho recordamos as palavras de Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida". Esta é a verdade, não a maquiagem da vaidade. Que o Senhor nos livre destas três raízes de todo os males: a avidez, a vaidade e o orgulho. Mas sobretudo da vaidade, que nos faz tanto mal”. (BF-SP)

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Papa: jornalista é responsável pelo "primeiro esboço da História"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu no final da manhã desta quinta-feira (22/09) cerca de 400 membros do Conselho da Ordem dos Jornalistas Italianos. 

A audiência foi a ocasião para o Pontífice aprofundar as características e a missão do comunicador nos tempos atuais, com os jornais impressos e a televisão que perdem relevância para as redes sociais.

Também a Santa Sé, afirmou o Papa, viveu e está vivendo um processo de renovação do sistema comunicativo, com a Secretaria para a Comunicação que se tornará o ponto de referência para os jornalistas que cobrem os eventos vaticanos.

Consciente da frenesia que a atividade jornalística comporta, sempre atrelada ao “horário de fechamento”, Francisco recorda todavia que o jornalista tem grande responsabilidade, pois de certa maneira escreve “o primeiro esboço da História” e determina a discussão e a interpretação dos eventos. Por isso, é importante “parar e refletir”. E o Pontífice ofereceu três elementos de reflexão: amar a verdade, viver com profissionalismo e respeitar a dignidade humana.

Amar a verdade não significa somente afirmar, mas viver a verdade. Testemunhá-la com o próprio trabalho. A questão não é ser ou não um fiel, destacou o Papa, mas ser ou não honesto com si mesmo e com os outros. Na vida não é tudo branco ou preto. Também no jornalismo é preciso saber discernir as nuances de cinza dos fatos a serem narrados, sobretudo nos embates políticos e nos conflitos. Por isso, o trabalho do jornalista é se aproximar o mais possível da verdade dos fatos e jamais dizer ou escrever algo que, se sabe, não corresponde à realidade.

Viver com profissionalismo significa compreender e interiorizar o sentido profundo do próprio trabalho. Isto é, não submeter a própria profissão a lógicas econômicas ou políticas. A tarefa do jornalismo, a sua vocação, é promover a dimensão social do homem, favorecer a construção de uma verdadeira cidadania. “Deveria fazer-nos pensar que, no decorrer da história, as ditaduras não só tentaram se apropriar dos meios de comunicação, mas também impor novas regras à profissão jornalística.”

Quanto ao último elemento, respeitar a dignidade humana, o Papa recordou que é importante em qualquer profissão, mas de modo especial no jornalismo, porque atrás de qualquer notícia há sentimentos, emoções. Enfim, a vida das pessoas. Francisco lembrou as inúmeras vezes que falou das fofocas como “terrorismo”, de como é possível matar uma pessoa com a língua. Se isso vale para cada indivíduo, vale mais ainda para o jornalista. Certamente, a crítica é legítima, assim como as denúncias, mas tudo deve ser feito respeitando o outro. “O jornalismo não pode se tornar uma ‘arma de destruição’ de pessoas e, até mesmo, de povos. Nem deve alimentar o medo diante de mudanças e fenômenos como as migrações forçadas pela guerra ou pela fome.”

O Pontífice concluiu seu discurso fazendo votos de que o jornalismo seja um instrumento de construção, “que não sopre sobre o fogo das divisões”, mas favoreça a cultura do encontro. “Vocês jornalistas podem recordar todos os dias a todos que não há conflito que não possa ser resolvido por mulheres e homens de boa vontade.” 

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Publicado estatuto da Secretaria para as Comunicações do Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – O Estatuto da Secretaria para as Comunicações do Vaticano (Spc), publicado nesta quinta-feira (22), entra em vigor em 1° de outubro e tem caráter experimental por três anos. O novo dicastério foi instituído pelo Papa com o Moto proprio “O atual contexto comunicativo”, de junho de 2015, no âmbito da reforma da Cúria Romana. No final da tarde desta quinta-feira (22), Francisco entregou o documento ao prefeito da Spc, Monsenhor Dario Edoardo Viganò, num encontro cordial que ainda reunia o secretário da Spc, Mons. Lucio Adrián Ruiz, e o conselho do novo dicastério. 

A Secretaria, segundo consta no Estatuto, trabalha em língua italiana e responde “ao atual contexto comunicativo caracterizado pela presença e pelo desenvolvimento da mídia digital, pelos fatores da convergência e da interatividade”. Esse novo ecossistema exige uma “reorganização” dos órgãos vaticanos e das entidades relacionadas com a Santa Sé, face “à integração e gestão unitária”.

Sistema comunicativo em missão evangelizadora

O primeiro ponto de “natureza e competência” da nova Secretaria para as Comunicações salienta o objetivo primário de unificar “todas as realidades da Santa Sé que se ocupam da comunicação para que todo sistema responda de maneira coerente às necessidades da missão evangelizadora da Igreja”. Mas inclusive de, no futuro, acolher “outros modelos e inovações técnicas e formas de comunicação”.

Estrutura da Spc

A estrutura da Secretaria, que age em colaboração com outros departamentos competentes, “em especial com a Secretaria de Estado”, prevê a nomeação – por parte do Papa – do prefeito, do secretário, dos membros e dos consultores por um período de 5 anos. Os mesmos termos de duração de cargo valem para os cinco diretores, também nomeados pelo Pontífice, que dependem diretamente do prefeito – que poderá instituir também outras exigências – e do secretário. O conselho da Secretaria (formado pelo prefeito, secretário, diretores e vice-diretores) é responsável por “elaborar as linhas gerais” do dicastério.

O prefeito pode, inclusive, propor de instituir outras “entidades ligadas à Santa Sé” para “exigências especiais de natureza jurídica, editorial ou econômica”. Dessa forma, cada direção também poderá constituir “serviços autônomos”.

Direção para Assuntos Gerais

À Direção para Assuntos Gerais, sob orientação do secretário, compete “o cuidado e a gestão dos assuntos comuns; a administração”, “a organização e a formação dos recursos humanos”; “a administração, o controle de gestão e o desenvolvimento dos procedimentos internos”; “os assuntos jurídicos”; “a administração das atividades técnico-produtivas”; “a coordenação das iniciativas e das participações de caráter internacional”.

Direção Editorial e da Sala de Imprensa

Cabe à Direção Editorial coordenar “todas as linhas editoriais”, além de decidir sobre o “desenvolvimento estratégico das novas formas de comunicação” e sobre “a integração eficaz da mídia tradicional com o mundo digital”.

Já a Direção da Sala de Imprensa fica responsável de “publicar e divulgar as comunicações oficiais” sobre as atividades do Papa e da Santa Sé, “seguindo as indicações da Secretaria de Estado”; “receber e moderar coletivas de imprensa e briefing; responder em modo oficial às perguntas dos jornalistas”, “depois de ter consultado a Secretaria de Estado”.

Direção Tecnológica e Teológica-Pastoral

A Direção Tecnológica administra de maneira integrada as plataformas e os serviços tecnológicos “como suporte para a evolução dos meios de comunicação da Santa Sé, de acordo com as inovações da tecnologia em nível global projetando, inclusive, “novos serviços” e desenvolvendo “aqueles já existentes”, “em relação às diferentes condições de desenvolvimento das Igrejas particulares”.

Já a Direção Teológica-Pastoral elabora “uma visão teológica da comunicação em conteúdo adaptado do que se comunica”; promove “a atividade pastoral” do Papa, “em palavras e imagens”, e a formação teológica-pastoral, “construindo uma rede com as Igrejas locais e com as associações católicas” no campo da comunicação; sensibiliza o povo cristão para que haja consciência “da importância dos meios de comunicação, na promoção da mensagem cristã e do bem comum”.

Equipe de trabalho e Escritórios

A equipe e os consulentes externos “são escolhidos entre pessoas de reputação comprovada, livres de qualquer conflito de interesse e dotadas de um adequado nível de formação e experiência profissional”. “Todo conflito de interesse que possa surgir durante o mandato deve ser comunicado, e medidas idôneas devem ser adotadas para resolvê-lo”. Referências para nomeações, recrutamentos e emprego de pessoal são: “o Regulamento Geral da Cúria Romana”, “o Regulamento próprio do dicastério”, e “outras disposições da Sé Apostólica”.

Documentos, dados e arquivo

Todos os documentos, os dados e as informações de propriedade da Secretaria para as Comunicações “são usados unicamente para os objetivos previstos na lei; protegidos de forma a garantir a sua segurança, integridade e confidencialidade; amparados pelo segredo de ofício”.

O dicastério tem “um arquivista responsável” pela conservação dos arquivos da própria Secretaria, protegidos “em um lugar seguro dentro do Estado da Cidade do Vaticano ou em uma zona extraterritorial vaticana”. De responsabilidade do prefeito são as “políticas e procedimentos” para a “proteção ideal e conservação dos documentos (inclusive audiovisuais e sonoros, em formato analógico e/o digital)” de “relevância legal e histórica”, em consulta com a Comissão Central para os Arquivos da Santa Sé.

Norma de Vigência Transitória

O texto do Estatuto termina com uma “norma transitória” que relaciona todo o sistema destinado a ser incorporado à Secretaria para as Comunicações, ou seja: o Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, a Sala de Imprensa da Santa Sé, o Serviço Internet do Vaticano, a Rádio Vaticano, o Centro Televisivo Vaticano, L’Osservatore Romano, a Tipografia Vaticana, o Serviço Fotográfico e a Livraria Editora Vaticana. O dicastério assume ainda o site institucional da Santa Sé e a titularidade da gestão da presença do Papa nas redes sociais.

Todos esses órgãos prosseguirão as suas atividades, observando as normas em vigor, “respeitando, porém, as indicações dadas pelo prefeito até a data em que serão incorporados à Secretaria pelas Comunicações, momento a partir do qual serão revogadas”. No processo de integração, os vários órgãos envolvidos observarão os Regulamentos, as Políticas e outras disposições determinadas pela Spc, “no âmbito das normas gerais da Santa Sé e em respeito aos direitos adquiridos pelos funcionários”.

(AC)

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Heliporto do Vaticano em padrões internacionais para transportar pacientes

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Cidade do Vaticano (RV) – O diretor geral da Agência Italiana de Aviação Civil (Enac), Alessio Quaranta, e o secretário-geral do Governatorato do Vaticano, Dom Fernando Vérgez, assinaram um acordo que dispõe sobre as adaptações na infraestrutura de voo para helicópteros, localizada na Cidade do Vaticano. O heliporto é destinado ao atendimento médico de pacientes que chegam ou partem do Hospital Pediátrico Bambino Gesù de Roma.

Já há alguns meses a assinatura de um acordo especial aprovado pelo Papa Francisco consentia o uso desse espaço aos helicópteros que desenvolvem serviço médico de emergência do hospital romano. O documento firmado nesta quarta-feira (21) prevê a colaboração da Enac para projetar as obras necessárias que adaptem a infraestrutura do Vaticano aos padrões técnicos italianos e internacionais, além da definição dos procedimentos técnico-operativos que serão utilizados pelos funcionários que vão trabalhar na heliporto. (AC)

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Consenso entre ortodoxos e católicos sobre sinodalidade e primado

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Moscou (RV) – A Comissão Mista Internacional para o diálogo Teológico entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, cuja plenária concluiu-se em Chieti esta quinta-feira (22/09), chegou a um acordo sobre a adoção do documento intitulado “Rumo a uma comum compreensão da sinodalidade e do primado a serviço da unidade da Igreja”.

É o que informa o Departamento Sinodal para as Relações Eclesiásticas Externas do Patriarcado de Moscou, que em um comunicado em seu site, sublinhou também os desafios para o futuro. Para Moscou, “será difícil avançar no diálogo, se permanecer sem solução a questão das consequências eclesiológicas e canônicas do uniatismo” (termo usado para designar os greco-católicos ucranianos com rito oriental, mas fieis ao Papa).

Oposição da Igreja Ortodoxa da Geórgia não obstaculiza a aprovação

A redação do documento foi iniciada no decorrer da precedente Sessão Plenária da Comissão - realizada em Amã, Jordânia, em 2014 – e concluída pelo Comitê de Coordenação da Comissão durante a reunião de 2015, em Roma.

“Em Chieti – havia explicado uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé – os membros da Comissão serão chamados a avaliar se tal esboço espelha em maneira adequada o consenso atualmente existente sobre a delicada questão da relação teológica e eclesiológica entre Primado e Sinodalidade na vida da Igreja ou se será necessário continuar a aprofundar a temática”.

Consenso alcançado

Segundo o Patriarcado de Moscou, o consenso foi alcançado, mesmo que a Igreja Ortodoxa georgiana “tenha expresso desacordo com alguns parágrafos” do documento. A declaração dos georgianos está contida em uma nota no comunicado final adotado pela Sessão Plenária. Uma ulterior mensagem sobre este tema será inserida também no documento conjunto, que será publicado em breve pela Comissão.

Trata-se de uma decisão encorajadora – sublinharam alguns analistas – visto que os ortodoxos não permitiram que o desacordo da Igreja georgiana impedisse a adoção do documento. Os georgianos ortodoxos estão demonstrando uma certa propensão em seguir pelo próprio caminho, também em relação a este tema. Nos trabalhos precedentes, o Concílio Pan-Ortodoxo de Creta, por exemplo, foram os únicos a oporem-se ao matrimônio entre ortodoxos e não-ortodoxos.

Uniatismo e o tema da próxima Plenária

Em Chieti, sede do atual encontro, não chegou-se a um acordo sobre o tema da próxima Sessão Plenária, que o Patriarcado de Moscou auspicia que possa debater a questão do uniatismo. Foi decidido que a escolha do tema será feita na reunião do Comitê de Coordenação da Comissão Mista, que terá lugar no decorrer de 2017.

Na Plenária de Chieti, o Chefe da delegação ortodoxa-russa, Metropolita Hilarion, advertiu que a ação da Igreja Greco-católica na Ucrânia é “inaceitável do ponto de vista da ética cristã”. O dedo é apontado diretamente contra o Arcebispo Mor de Kiev, Sviatoslav Shevchuk, cujas declarações anti-russas – segundo Moscou – “estão em contraste com o nosso diálogo e semeiam desconfiança entre ortodoxos e católicos”. “Devemos estar conscientes de que dentro de nossas Igrejas existem pessoas que obstaculizam o nosso caminho e devemos recordar disto quando pensamos no futuro de nosso diálogo”.

Outro membro da delegação ortodoxa russa, o Arquimandrita Irineu, sublinhou que “será difícil avançar no diálogo católico-ortodoxo, se esta questão das consequências eclesiológicas e canônicas do uniatismo permanecer sem solução”. “O objetivo de nosso diálogo é o de chegar a um acordo sobre questões em que já estamos de acordo, mas devemos discutir também os problemas que nos dividem. E o tema do uniatismo é um problema extremamente atual, um daqueles centrais no segundo milênio”.

Nos trabalhos da Comissão Mista – presididos pelo Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e pelo Arcebispo de Telmessos Iob (Getcha), do Patriarcado Ecumênico – participaram dois representantes de cada uma das 14 Igrejas Ortodoxas autocéfalas, além de representantes católicos.

 

(je/asianews)

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Relações católico-ortodoxas no encontro entre Koch e Hilarion

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Cidade do Vaticano (RV) – O Presidente do Departamento para as Relações Eclesiásticas Externas do Patriarcado de Moscou, Metropolita Hilarion de Volokolamsk encontrou-se com o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, no decorrer da XIV Sessão Plenária da Comissão Mista para o Diálogo Teológico entre a Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica Romana, que se realiza em Chieti (Itália), desde 15 de setembro até esta quinta-feira, 22.

As partes trataram do atual estágio do diálogo teológico ortodoxo-católico e o desenvolvimento das relações bilaterais entre a Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Católica Romana, depois do histórico encontro de 12 de fevereiro do corrente em Havana, entre o Patriarca de Moscou e de todas as Rússia, Kirill, e o Papa Francisco.

Uniatismo

O Metropolita Hilarion ressaltou as dinâmicas positivas destas relações. Ao mesmo tempo, o Presidente do DREE do Patriarcado de Moscou compartilhou a sua profunda preocupação pelas recentes declarações e ações hostis contra o Patriarcado de Moscou por parte das Igreja Greco-católica ucraniana. O Metropolita Hilarion expressou a sua convicção quanto à necessidade de debater o tema do uniatismo no âmbito da Comissão Mista para o Diálogo Católico-Ortodoxo.

Programa de intercâmbio

As partes ressaltaram o desenvolvimento fecundo da cooperação entre a Igreja Ortodoxa Russa e a Igreja Católica Romana no campo da cultura. No decorrer do último ano, realizou-se um programa de viagens de intercâmbio educativo e cultural de sacerdotes e estudantes de Teologia da Igreja Católica Romana em Moscou e de seus homólogos do Patriarcado de Moscou em Roma. Tais viagens favoreceram um conhecimento recíproco e mais profundo das tradições e da vida moderna das duas Igrejas. Os interlocutores acordaram que este promissor projeto deve ser realizado anualmente.

No decorrer da reunião foram discutidos ainda outros temas de comum interesse.

Da reunião participaram também o responsável pela seção Oriental do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Monsenhor Hyacinthe Destivelle e o sacerdote Aleksij Dikarev, do Departamento para as Relações Externas do Patriarcado de Moscou.

(JE)

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Igreja no Brasil



Academia Marial de Aparecida é reconhecida pela PAMI

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Aparecida (RV) – A Academia Marial de Aparecida, único centro de estudos mariológicos do Brasil, agora faz parte oficialmente da PAMI – Pontifícia Academia Mariana Internacional, de Roma. A formalização das novas diretrizes de trabalho foi feita durante o 24º Congresso Mariológico Internacional, que se realizou no início do mês de setembro em Fátima, Portugal.

30 anos de história

Este é um passo muito importante nesses 30 anos de história da Academia Marial de Aparecida, é o que avalia seu diretor, o Missionário Redentorista, Padre Valdivino Guimarães. “O objetivo da nossa participação é tornar a Academia conhecida. Nossa parceria foi feita também em um dia sugestivo, 8 de setembro, dia da natividade de Nossa Senhora. Essa atividade representa muito para nós, já que a partir disto receberemos apoio integral da PAMI, tanto para a realização de congressos, quanto na utilização de seu selo em todas as nossas publicações”, explicou Padre Valdivino.

Congresso Mariológico Extraordinário Internacional.

O Missionário Redentorista destacou ainda que na ocasião da reunião, foi feito um pedido especial, para que seja levada à apreciação do Papa Francisco a possibilidade de que o próximo congresso da Academia Marial de Aparecida leve o título de Congresso Mariológico Extraordinário Internacional. Isto porque esta modalidade de evento apoiado pela PAMI se realiza a cada 4 anos, como o que aconteceu neste ano em Fátima. A realização deste evento em Aparecida teria licença do Sumo Pontífice, em vista do Jubileu dos 300 anos do Encontro da Imagem.

O 24º Congresso Mariológico Mariano Internacional teve início em 6 de setembro e se encerrou no dia 11. O tema do evento foi ‘O acontecimento de Fátima, cem anos depois. História, mensagem e atualidade’, em vista da celebração dos 100 anos do milagre da Aparição de Fátima, também celebrado em 2017.

PAMI tem a tarefa de coordenar as outras academias

A PAMI é um ente pontifício internacional de ligação entre todos os cultores de mariologia católicos, ortodoxos, protestantes e muçulmanos. João XXIII, na carta apostólica Maiora in Dies, determinou como escopo da PAMI promover e animar os estudos de mariologia através dos Congressos Mariológicos Marianos Internacionais, bem como publicar os seus estudos.

Além disso, a PAMI tem a tarefa de coordenar as outras academias e sociedades marianas existentes no mundo e velar contra qualquer excesso ou minimalismo mariológico. O Papa determinou que a academia mantenha um conselho para garantir a organização dos congressos e a coordenação das sociedades mariológicas, dos estudiosos e dos professores de mariologia. A PAMI é membro do Pontifício Conselho para a Cultura e seu presidente e secretário são nomeados pelo Papa. (SP-A12)

 

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Congresso de Jovens Shalom chega à Brasília

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Brasília (RV) - Jovens de todo o país e do exterior desembarcam na Capital Federal a partir dessa sexta-feira, 23. O Net Live Brasilia será o ponto de encontro da juventude no próximo fim de semana, em Brasília. A cidade foi escolhida para sediar o Congresso de Jovens Shalom, evento realizado pela Comunidade Católica Shalom. Desde 1989, o CJS, busca aprofundar a fé dos jovens e proporcionar o intercâmbio de culturas, uma vez que o evento é prestigiado por pessoas de todo o Brasil e do mundo. Depois de passar pelo Paraguai, França e Salvador, o Congresso de Jovens Shalom, chega à Brasília com uma programação repleta de atividades. Aberto a todos os públicos, o evento terá momentos de oração, missas, pregações, shows musicais e até um espetáculo teatral farão destes dias uma ocasião inesquecível.  

Seis mil jovens são esperados pela organização. Entre as atrações deste ano, está Moysés Azevedo, fundador da Comunidade Shalom e consultor do Pontifício Conselho para os Leigos, órgão que assessora o Papa Francisco. O Pontífice foi quem inspirou o tema deste ano, que é o mesmo da Jornada Mundial da Juventude, realizada em Cracóvia no último mês de julho: "Felizes os Misericordiosos porque alcançarão Misericórdia". Da mesma forma, como na JMJ, os participantes serão hospedados nas casas de fiéis que se disponibilizaram a acolher os jovens.

A animação fica por conta da banda Missionário Shalom, que apresentará o show "180º ao vivo no Halleluya" que é o título do DVD recém-lançado, a banda Alto Louvor e o espetáculo musical “Perfeição”, encenado pela Cia de Artes Shalom farão parte da programação. Para os que não podem participar presencialmente, o evento será transmitido ao vivo pelo site.

Moysés Azevedo

Fundador e Moderador Geral da Comunidade Católica Shalom e também consultor do Pontifício Conselho para Leigos, Moysés é consagrado celibatário na comunidade de vida. Há 34 anos empreendeu a fundação da Comunidade que hoje está presente em mais de cinquenta dioceses no Brasil e no Mundo. A Comunidade teve seu início a partir da evangelização por meio de uma lanchonete criada para este fim.

Espetáculo Perfeição - Cia de Artes Shalom

O Espetáculo Perfeição volta a Brasília no CJS. A peça teatral narra a história de Buamêi, uma criança abandonada ao nascer, encontrada por Liêmin, um príncipe imortal que cria em seu palácio. Perfeição aborda temas polêmicos que envolvem qualquer relacionamento como traição, paixão, eleição, desejos, sacrifícios e até o amor verdadeiro

Missionário Shalom

Criado em 1998, o Ministério de Música Missionário Shalom foi uma resposta da Comunidade Shalom à necessidade de evangelizar mais e com meios e métodos arrojados para o tempo de hoje. O grupo recebeu também a missão de ser um referencial do Carisma Shalom em sua vida e atividade missionária pelo Brasil. Seu trabalho atual, o DVD "180 graus ao vivo no Halleluya" é um sucesso de vendas.

Alto Louvor

Uma Banda de Pagode, autenticamente baiana, formada por garotos no ápice da juventude, ousando em músicas, conclamar a atitudes positivas. É isso que faz, com muita determinação, animação e diversão a Banda Alto Louvor.

Programação

Sexta-feira

16h - Inscrições

18h30 - Atividade no Palco

19h - Missa - Votiva a Divina Misericórdia

20h30 - Break

21h - Show Banda Auto Louvor

 

Sábado

07h30 - Inscrições 

08h - Louvor e Adoração

09h30 - Palestra: "A primazia da vida interior" - Gabriela Dias

10h45 - Santa Missa - Votiva a Nossa Senhora Aparecida

12h45 - Break

14h45 - Louvor

15h15 - Pregação: "Lançai as Redes" - Pe. Cristiano Pinheiro

16h15 - Oração

17h - Break

17h40 - Espetáculo Perfeição

18h40 - Break

20h - Show Missionário Shalom

 

Domingo

08h - Laudes

09h15 - Pregação: "Viemos ao mundo para deixar uma marca" - Victor Aragão

10h30 - Break

11h15 - Santa Missa - Presidida por Dom José Aparecido (bispo auxiliar de Brasília

13h - Break

15h - Palestra - "Bem-aventurados dos Misericordiosos" - Moysés Azevedo

16h - Celebração

16h30 - Jovem em Missão

16h35 - Break

17h10 - Adoração

18h15 - Encerramento

 

 

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Igreja no Mundo



Obama promove encontro inter-religioso em Washington

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Washington (RV) – Dar um testemunho de diálogo inter-religioso como caminho para a paz. Com esta intenção o dominicano paquistanês Padre James Channan OP, Diretor do “Peace Center” em Lahore, participa da Conferência Internacional sobre diálogo e relações entre as religiões, denominado “Interfaith and Community Service Challenge”, que se realiza de 20 a 23 de setembro em três diferentes locais em Washington: Casa Bianca, Georgetown University e Gallaudet University.

Barak Obama

Participam do evento promovido pelo Presidente dos Estados Unidos Barak Obama, cerca de 60 líderes religiosos de 31 países e 5 continentes, para compartilhar experiências e competências no campo do diálogo inter-religioso e da construção da paz.

Mundo mais pacífico e harmonioso

“Devemos aprender uns com os outros, para tornar este mundo mais pacífico e harmonioso, para contribuir a viver o respeito por cada pessoa”, explica Padre Channan à Agência Fides.

Os delegados presentes são pessoas empenhadas em promover a cooperação inter-religiosa em universidades, escolas, centros de formação, seminários, associações.

Algumas das sessões têm lugar na Casa Branca, na presença de responsáveis por Departamentos e Agências governamentais.

Padre Channan declara: “Estou honrado em estar lá. Terei como contar as atividades e os estilos dialógicos do “Peace Center” de Lahore, compartilhando experiências, histórias de sucesso e desafios. Conseguirei aprender muito com este encontro e poderei melhorar no apostolado do diálogo islâmico-cristão no Paquistão”, conclui.

 

(je/fides)

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Novo Administrador Apostólico faz entrada oficial em Jerusalém

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Jerusalém (RV) – “Acolher, escutar, discernir e juntos, orientar o caminho da Igreja para os próximos anos”. Propósitos do novo Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, que ao ingressar oficialmente na Cidade Santa na tarde de quarta-feira (22/09), reiterou seu desejo de “construir caminhos e pontes e não muros”.

“Não sou ingênuo”

Pizzaballa fez um discurso com tom programático, não escondendo porém as dificuldades da missão que o aguarda. “Não sou ingênuo”,  afirmou,  tendo consciência de que “depois da alegria da Transfiguração, existe a descida do Monte, na vida ordinária e cotidiana, com a sua carga de alegrias, certamente, mas também de problemas, sofrimentos e divisões. E em Jerusalém, e no geral na Terra Santa, as divisões não faltam”. “E são duras, ferem na nossa vida cotidiana”, observou Dom Pizzaballa, elencando uma lista de dificuldades que bem conhece, depois de 12 anos passados na Terra Santa (20024-2016).

Divisões

“Constatamos isto continuamente: na vida política e social, com um conflito político que está provocando um desgaste na vida de todos, na dignidade ofendida, na falta de respeito pelos direitos basilares das pessoas; observamos isto também nas relações intra-religiosas, entre as nossas Igrejas e não raro dentro de nossas respectivas Igrejas. O diabo, que é a origem das divisões, parece ter feito casa em Jerusalém”.

Testemunhar a unidade

Para Dom Pizzaballa, a resposta às divisões  é somente uma: “Ser Igreja, isto é, dar o nosso testemunho de unidade. Aqui, neste contexto dilacerado e dividido, o primeiro anúncio a ser dado é o da unidade, que começa por nós, dentro de nossa casa”.  O Administrador Apostólicos, quer envolver também os ortodoxos neste trabalho de construir unidade: “Não podemos dar lições de diálogo ao mundo, se entre nós reinam as divisões e as desconfianças! Devemos, queremos então, tornar-nos especialistas de uma vida que venha da cruz, que não se resigna à morte, mas a vence com o amor”.

(JE/RP)

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Dom Scicluna: fidelidade a um partido acima da nação é veneno mortal

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Valletta (RV) - “Os quatro valores da unidade, da bondade, da verdade e da beleza sejam os critérios de governo” do país, de “uma governança da família humana à qual a política deve aspirar.”

Foi o que disse o arcebispo de Malta, Dom Charles Jude Scicluna, na missa presidida esta quarta-feira (21/09) na Concatedral  de São João em La Valletta, celebrando a Festa nacional da independência da República de Malta, alcançada em 1964.

Combater discriminações

Detendo-se sobre os quatro valores enunciados, o prelado evidenciou que, “em primeiro lugar, o governo de um Estado deve ser baseado na busca da unidade nacional”, porque “as políticas que levam à divisão, que visam o privilégio de poucos ou que procuram promover a fidelidade a um partido acima da nação, são uma paródia da verdadeira política e um veneno mortal para o bem comum da sociedade”.

Efetivamente, todo cidadão “tem o direito de usufruir dos serviços fornecidos pelo governo”, sem nenhuma exclusão. Nesse sentido, “ o combate às discriminações é uma luta pela unidade nacional”, disse Dom Scicluna.

Buscar o bem e evitar o mal

Quanto ao princípio da bondade, o arcebispo de Malta sintetizou-o no “buscar o bem e evitar o mal”, elemento basilar “de uma vida autenticamente humana”.

“Os sistemas políticos que pretendem esquivar-se das exigências morais da existência humana acabam comumente por tornar-se caricaturas monstruosas de um Estado”, porque “quando se sacrifica o bem comum aos interesses egoístas de poucos e à busca incessante do lucro material a tudo custo, o Estado encontra-se doente”, advertiu o arcebispo maltês.

Governança seja transparente e responsável

Em seguida, falando da verdade, Dom Scicluna uniu-a a outros valores, como “a concretude, o juízo reto e a justiça”. Uma governança pouco transparente ou baseada no “desprezo pela verdade” é destinada “a implodir”, reiterou o prelado. Pelo contrário, são “a transparência e a responsabilidade” que tornam os cidadãos “orgulhosos do próprio governo”.

Por fim, em relação à beleza, o arcebispo se disse convencido do fato que “um cidadão formado para a verdade e o bem” saberá também “promover a beleza na arte, na arquitetura e no ambiente”.

Por isso, “um governo que tutela o patrimônio nacional, que defende energicamente a limpeza das águas marinhas e que aceita somente o desenvolvimento sustentável é um governo que expressa a beleza e a sabedoria da nação”. (RL)

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Iraque: apelo de Dom Warda pelos cristãos no Oriente Médio

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Fulda (RV) - Um apelo dramático para obter ajuda para a sobrevivência dos cristãos no Oriente Médio foi feito ao povo alemão pelo Arcebispo católico caldeu iraquiano de Erbil, Dom Bashar Warda. “Deve-se decidir até o próximo mês se, depois de 2 mil anos de presença no Iraque, o cristianismo tem um futuro, ou vai morrer, talvez com exceção de alguns pequenos museus remanescentes”, disse o arcebispo do Curdistão iraquiano falando em Fulda  aos participantes da Assembleia plenária da Conferência Episcopal alemã.

42 milhões de euros da Igreja alemã para os cristãos no Oriente Médio

O número de cristãos no Iraque - informa a agência Sir - diminuiu drasticamente de 1 milhão e 400 mil para cerca de 300 mil. O prelado caldeu agradeceu aos católicos alemães por sua ajuda, que faz com que os cristãos no Iraque tenham o maior apoio financeiro de todos os outros países juntos. O chefe da Comissão para a Igreja Mundial e os migrantes, Ulrich poner, disse que a Conferência Episcopal e as agências de caridade e de ajuda destinaram para 2015 cerca de 42 milhões de euros para intervenções em favor dos cristãos no Oriente Médio.

Ajudas necessárias para deter a imigração

Dom Warda sublinhou que, graças às ajudas, se pode procurar dar novas motivações aos cristãos no Iraque, para que eles tenham a força de permanecer em suas casas, em vez de fugir para a Europa: “é necessário oferecer acomodações decentes, assistência de saúde e a construção de escolas para dar oportunidades de educação e de criação de emprego”, finalizou. (SP)

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Cardeal Woelki: “não podemos perder de vista os pobres”

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Fulda (RV) – A quarta-feira foi dia de reflexão para os Bispos alemães, - reunidos em Fulda nestes dias para a sua Assembleia plenária -, sobre o que fazer diante dos desafios da pobreza e da exclusão, e como agir como Igreja e como Caritas. “Junto com Deus ouçamos um grito”, é “uma frase do Papa em sua Exortação Apostólica Evangelii gaudium”, lembrou o Arcebispo de Colônia, Cardeal Rainer Woelki, na homilia da eucaristia da manhã desta quarta.

“Em nossa ordenação episcopal e com a ordenação sacerdotal foi-nos pedido se estávamos prontos para o Senhor, para encontrar os pobres, os sem-teto e os necessitados de tudo e para sermos misericordiosos para com eles”, continuou Woelki, sublinhando que para a Igreja a preocupação pelos pobres e pelos últimos é o primeiro objetivo.

O purpurado observou que “nós experimentamos em nosso país, neste momento, o que acontece quando as pessoas são aliciadas politicamente sobre este assunto. O populismo alimenta a atitude antissocial e estimula a necessidade de bodes expiatórios” e, para Dom Woelki, “as pessoas são ludibriadas descaradamente em suas necessidades”.

O cardeal, referindo-se à situação de pobreza, disse que “não é uma realidade distante, é a realidade de muitos milhares de pessoas aqui em nosso País. Nenhuma sociedade pode ser chamada humana se perder de vista o destino dos próprios pobres ou descarregar as culpas sobre outros pobres, apontando-os como bodes expiatórios”, finalizou. (SP) 

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Formação



Evangelizar a "inteligência brasileira"

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Cidade do Vaticano (RV) - A evangelização em meio ao mais importante polo tecnológico do Brasil: vamos conhecer a Diocese de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo.

Sede do maior complexo aeroespacial da América Latina, que abriga Universidades e Institutos como o da Aeronáutica, o ITA, a cidade emprega cerca de seis mil engenheiros – “a concentração da inteligência brasileira”, como define seu Bispo, Dom José Valmor César Teixeira.

Ouça a entrevista de Silvonei José: 

 

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Dom Gabriel Marchesi: Nova Evangelização no signo da misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro semanal “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” continua dando voz aos nossos pastores, trazendo-nos um pouco da vida da Igreja em sua caminhada pós-conciliar, neste tempo em que é chamada a evangelizar com novas expressões, novos métodos e novo ardor evangélico, como nos pede a “nova evangelização”. 

Na edição de hoje temos a participação do bispo de Floresta, Dom Gabriel Marchesi, desde maio de 2013 à frente desta Igreja particular de Pernambuco.

Com o Ano Santo extraordinário em andamento dedicado à misericórdia, a Igreja vive em sua ação evangelizadora um ano da graça do Senhor, com o tema jubilar “Sede misericordiosos, como vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36).

Ao convocar este Ano jubilar, o Papa Francisco disse que a Igreja precisa de misericórdia, o mundo precisa de misericórdia. Falando-nos sobre a ação evangelizadora da Igreja neste Ano jubilar em sua diocese, o bispo de Floresta nos diz que se tem procurado “vivenciar este Ano da misericórdia como uma redescoberta do nosso agir misericordioso diante dos outros”.

“A experiência primeira é receber misericórdia de Deus, feito isso, sermos também pessoas que oferecem, que colocam essa misericórdia na vida do dia a dia das pessoas”, afirma Dom Gabriel Marchesi, ressaltando que “a misericórdia de Deus não pode ser uma ideia, tem que ser vida concreta”. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Card. Parolin na Onu: ajudar os mais expostos à resistência antibiótica

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Nova York (RV) - A Santa Sé pede à comunidade internacional que leve mais em consideração a necessidade de milhões de pessoas no mundo que estão mais expostas à resistência antibiótica e às respectivas enfermidades. 

Foi o apelo lançado na quarta-feira (21/09) pelo secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, que, como chefe da delegação da Santa Sé, pronunciou-se estes dias no Encontro da Onu sobre migrantes e refugiados e, esta quarta-feira, na reunião de alto nível da Assembleia geral. A reunião tem como tema central a resistência antimicrobiana.

De fato, a resistência antimicrobiana, ou seja, a capacidade das bactérias de resistir aos antibióticos, e seu impacto no mundo, é o tema central da Assembleia. Trata-se de uma preocupação partilhada pela Santa Sé, consciente da “situação catastrófica” que poderia desenvolver-se caso não sejam tomadas medidas adequadas de prevenção e higiene.

O discurso do Cardeal Parolin tratou propriamente da necessidade de a comunidade internacional assumir esses problemas, especialmente para as faixas mais frágeis da população, como parturientes, crianças e enfermos, bem como aqueles que vivem situações desfavoráveis como minorias, pobres, deslocados e refugiados.

Efetivamente, as dificuldades de acesso aos cuidados médicos de qualidade pode levá-los a comprar medicamentos em mercados clandestinos e, por conseguinte, torna-os expostos a adquirir medicamentos falsificados. (RL)

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O Prefácio do Padre Bergoglio em livro de poesia

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Cidade do vaticano (RV) – Em 19 de setembro de 2016 faleceu o Padre Osvaldo Pol, jesuíta argentino e poeta.

O então Reitor do Colégio Máximo San José era Padre Jorge Mario Bergoglio, que escreveu o breve prefácio de uma coletânea de poesias do Padre Pol intitulada “De destierros y moradas”.

O texto, até agora inédito, foi traduzido e publicado pelo Padre Antonio Spadaro SJ - Diretor da revista dos jesuítas “La Civiltà Cattolica” – em seu blog Cyber Teologia.

“Padre Osvaldo Pol, jesuíta, ex-aluno e hoje professor, escreveu quase todos estes sonetos aqui, em sua casa. Alguns já foram publicados, outros aparecem pela primeira vez”, escrevia o Padre Bergoglio.

“As faculdades de Filosofia e Teologia tem a alegria de apresentar este livro de sonetos onde, em linguagem poética, se manifesta a sabedoria teológica, que é o fruto mais apreciado pela Comapnhia de Jesus no seu compromisso acadêmico. Pode parecer paradoxal que um poeta fale, com linguagem da terra, de exilados da terra. Pode parecer paradoxal, mas não o é, porque a palavra poética tem morada de carne no coração do homem e, ao mesmo tempo, sente o peso de asas que ainda não levantaram voo. Árduo dilema, este, que Santa Teresa expressa poeticamente e misticamente: “Como é árduo este exílio!”.

Assinado em 20 de junho de 1981, por “Jorge Mario Bergoglio, SI Reitor”.

(JE)

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Terra Santa e Ano da Misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) - Em nosso espaço ‘O Caminho da Misericórdia’, desta quinta-feira (22/09), Bianca Fraccalvieri continua a conversa com o jesuíta Bruno Franguelli que recentemente visitou a Terra Santa. 

“A misericórdia é uma palavra que está na ponta de nossos lábios, mas não sei se realmente entrou em nosso coração. Estar na Terra Santa no Ano da Misericórdia para mim foi muito especial. Ali foi onde Deus mostrou totalmente misericórdia com o ser humano. Estive muito tempo no Calvário. Passei duas noites ali. Diante de Jesus crucificado, da imagem dele, do lugar onde ele se mostrou todo misericórdia, eu refletia: Como pode num lugar onde Jesus mostrou tanta misericórdia, a misericórdia estar tão longe”, disse Bruno. 

(MJ)

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