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Sumario del 24/09/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa a familiares das vítimas do atentado em Nice: desarmar o ódio com o amor

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu, neste sábado (24/09), na Sala Paulo VI, no Vaticano, os familiares das vítimas do atentado perpetrado, em Nice, sul da França, em 14 de julho passado, Dia da Bastilha, onde um caminhão atropelou diversas pessoas que estavam assistindo à queima de fogos. Oitenta e cinco pessoas morreram e várias ficaram feridas. 

“Com emoção, encontro-me com vocês que sofrem no corpo e na alma, pois numa noite de festa a violência os afetou cegamente sem olhar origem nem religião. Partilho a sua dor, uma dor que se torna ainda mais forte quando penso nas crianças, nas famílias inteiras, cujas vidas foram ceifadas improvisamente e de forma dramática. Asseguro a cada um de vocês a minha compaixão, proximidade e oração”, disse o Pontífice.

“Queridas famílias, peço a Deus, Pai de todos, para que acolha os seus parentes defuntos e que eles encontrem o descanso e a alegria da vida eterna. Para nós cristãos, o fundamento da esperança é Jesus Cristo, morto e ressuscitado. O Apóstolo Paulo nos garante: ‘Se estamos mortos com Cristo, acreditamos que também viveremos com ele, pois sabemos que Cristo, ressuscitado dos mortos, não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele’. Possa a certeza da vida eterna, que pertence também aos fiéis de outras religiões, lhes servir de consolo no decorrer da vida, e ser  um motivo forte de perseverança para prosseguir com coragem o seu caminho aqui na Terra.”

O Santo Padre pediu a Deus misericordioso por todas as pessoas que ficaram feridas, em certos casos mutiladas, na carne e no espírito, e que por esta razão não puderam participar do encontro com o pontífice, pois se encontram ainda no hospital. “A Igreja está próxima a todos vocês e os acompanha com grande compaixão nestes momentos difíceis de enfrentar. Peço ao Senhor para que coloque em seus corações sentimentos de paz e fraternidade”, sublinhou Francisco. 

O Papa disse que o atentado perpetrado, em Nice, despertou em vários lugares gestos significativos de solidariedade e acompanhamento. Francisco agradeceu a todas as pessoas que, imediatamente, socorreram as vítimas, e que até hoje ajudam e acompanham as famílias. 
“Penso na comunidade católica e seu Bispo, Dom André Marceau, mas também nos serviços de assistência e nas associações, em particular na associação Alpes-Maritimes Fraternité, aqui presente, que possui representantes de todas as confissões religiosas. Isso é um sinal muito bonito de esperança. Alegro-me de ver que entre vocês as relações inter-religiosas são muito vivas, e isso ajuda a aliviar as feridas destes acontecimentos dramáticos.” 

Segundo o Papa, “estabelecer um diálogo sincero e relações fraternas entre todos, sobretudo entre aqueles que confessam um Deus único e misericordioso, é uma prioridade urgente que os responsáveis políticos e religiosos devem favorecer e que cada um é chamado a realizar ao seu redor”. 

“Quando é grande a tentação de voltar-se para si mesmo ou de responder ao ódio com o ódio e à violência com a violência, é necessária a conversão autêntica do coração. Esta é a mensagem que o Evangelho de Jesus dirige a todos nós. Pode-se responder aos ataques do demônio somente com as obras de Deus que são perdão, amor e respeito pelo próximo, mesmo que seja diferente.”

O Papa concluiu o seu discurso, garantido mais uma vez a sua oração e toda a ternura do Sucessor de Pedro. Disse que reza também pela França e seus responsáveis para que seja construída  uma sociedade justa, pacífica e fraterna. (MJ)

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Papa às Irmãs Hospitaleiras: "Sejam irmãs, amigas e mães dos enfermos"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu no Vaticano, na manhã deste sábado (24/9), na Sala Clementina, cerca de 130 Irmãs Hospitaleiras da Misericórdia, cuja vocação corresponde de modo direto a este Jubileu da Misericórdia. 

Em seu discurso às religiosas, o Papa agradeceu ao Senhor pelo compromisso desta família ao seguir o caminho de fidelidade ao carisma deixado pela fundadora, a Serva de Deus Teresa Orsini Doria Pamphilj Landi, dedicado às novas formas de pobreza dos nossos tempos: um sinal concreto da misericórdia do Pai.

Com efeito, a fundadora as Irmãs Hospitaleiras mostra, de modo eloquente, quanto a Palavra do Senhor pode mudar a vida de quem se torna seu discípulo. Esta senhora, leiga e de família nobre, coadjuvada por dois sacerdotes, deixou-se guiar pelas palavras de Jesus “Estava doente e me visitaste”:

“Diante da fraqueza da doença não podem existir distinções de estado social, raça, língua e cultura; todos nos tornamos frágeis e somos confiados aos outros. A Igreja tem como compromisso e responsabilidade a proximidade aos que sofrem, levar-lhes consolação, conforto e amizade”.

Neste sentido, Francisco exortou as Irmãs Hospitaleiras da Misericórdia a reforçarem seu serviço aos irmãos e irmãs internados nos hospitais para que se sintam aliviados na sua dor. “Jamais se rendam diante deste precioso serviço”, - exortou o Papa – apesar de todas as dificuldades existentes.

Em nosso dias, - afirmou – certa cultura laicista busca eliminar dos hospitais toda referência religiosa, que provoca dolorosas carências humanas nos lugares de sofrimento.

Ao término de seu breve discurso às Irmãs Hospitaleiras, o Santo Padre as encorajou, dizendo:

“Nunca se cansem de ser amigas, irmãs e mães do enfermos. Que a oração seja sempre a linfa que sustenta a sua missão evangelizadora. Ao se aproximarem dos doentes transmitam-lhes a paz e a alegria, frutos do Espírito Santo. Jesus, que está presente na pessoa do enfermo, seja a sua força”.

Francisco concluiu suas palavras, recordando o quarto voto religioso, de grande atualidade, que caracteriza a Congregação fundada por Teresa Orsini: “Dedicar-se às pessoas sem-teto, sem família, sem pátria e necessitadas de acolhimento”. (MT)

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Comissão latino-americana celebra a misericórdia no continente

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Cidade do Vaticano (RV) – A Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) lança uma nova iniciativa para celebrar a misericórdia. “Testemunhas da Misericórdia nas Américas” é o tema do encontro que acontece em Roma, neste sábado (24/9). 

O objetivo é difundir a devoção de algumas testemunhas significativas e irradiantes da Misericórdia, que edificaram a fé, a esperança e a caridade na Igreja das Américas; promover a unidade da Igreja no continente americano e incentivar os seus fiéis a deixar transformar suas vidas através da Misericórdia.

O encontro, realizado em colaboração com a Arquidiocese de Denver, EUA, é inaugurado por Guzmán Carriquiry, vice-Presidente da CAL e conta com importantes conferencistas americanos, entre os quais o Padre Eusébio Kino, Jesuíta, cientista, pioneiro missionário, defensor dos índios e fundador das Missões na Baixa Califórnia e Arizona.

Cardeal Ouellet

O encontro sobre as “Testemunhas da Misericórdia nas Américas” se conclui com uma solene celebração Eucarística, presidida pelo Cardeal Marc Ouellet, Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina.

Entre as tantas testemunhas da Misericórdia no continente americano destacamos: José de Anchieta e Junípero Serra; santos pastores: Turíbio de Mongrovejo e José Gabriel Brochero; santas místicas: Rosa de Lima e Terezinha dos Andes; santos dos desamparados: Pedro Claver e Francisca Cabrini; santos da caridade: Martinho de Porres e José de Betancur; santo mártir: Oscar Romero e os santos educadores: João Neumann e Miguel Febres Cordero. (MT)

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Igreja no Mundo



Beatificação do Padre Engelmar Unzeitig o "anjo de Dachau"

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Würzburg (RV) – O Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, preside, neste sábado (24/9), em nome do Papa, em Würzburg, Alemanha, a uma Santa Missa de Beatificação de Engelmar Unzeitig, sacerdote professo da Congregação do Missionários de Mariannhill. 

No último dia 21 de janeiro, Francisco reconheceu, oficialmente, o Padre Engelmar Unzeitig, chamado “anjo de Dachau”, como mártir, assassinado pelos nazistas por ódio à fé.

Sacerdote

Padre Engelmar Unzeitig foi um jovem sacerdote de origem tcheca preso pelos nazistas em 21 de abril de 1941. Ele havia sido acusado de “pregar contra o Terceiro Reich, especialmente contra as medidas tomadas em relação ao povo judeu, como também por incentivar a sua Congregação a permanecer fiel a Deus e a resistir contra as mentiras do regime nazista”.

O sacerdote foi enviado para o Campo de extermínio alemão de Dachau, conhecido como “o maior mosteiro do mundo” por ter hospedado cerca de 2.700 clérigos, dos quais 95% eram sacerdotes católicos poloneses, ali martirizados.

Padre Engelmar tinha 30 anos e havia sido ordenado sacerdote dois anos antes de sua prisão em Dachau. Nasceu em 1911 em Greifendorf, na atual República Tcheca. Ingressou para o seminário aos 18 anos junto à Sociedade Missionária Mariannhill. Seu lema era: “Se ninguém mais for: eu vou!”.

Maus-tratos

Padre Engelmar, durante sua prisão, estudou a língua russa para ajudar os que chegavam da Europa Oriental. Devido à sua atitude de serviço aos outros foi considerado “santo” dentro do Campo de Dachau.

Os sacerdotes e os ministros religiosos eram tratados de modo imprevisível: às vezes, podiam rezar e, outras vezes, eram punidos severamente. Certa vez, par celebrar uma Sexta-feira Santa, os nazistas selecionaram dezenas de sacerdotes e os torturaram.

Ao longo dos anos, Padre Engelmar gozava de boa saúde, apesar dos maus-tratos. Entretanto, quando uma epidemia de febre tifóide atingiu o campo, ele e outros 19 sacerdotes se ofereceram como voluntários para atender aos doentes e moribundos, correndo o risco de serem assassinados: davam banho nos doentes, cuidavam e rezavam com eles e lhes administravam a unção dos enfermos.

Testemunho

Apesar das duras circunstâncias, Padre Engelmar encontrou tempo, esperança e alegria para praticar a sua fé, como testemunham suas cartas escritas à sua irmã.

Em 2 de março de 1945, Engelmar Unzeitig morreu de febre tifóide junto com outros dois sacerdotes voluntários. O campo de extermínio de Dachau foi liberado pelos soldados americanos, algumas semanas depois. (MT)

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Formação



Editorial: O desafio do comunicador

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Cidade do Vaticano (RV) – Na última quinta-feira o Papa Francisco recebeu no Vaticano os membros do Conselho da Ordem dos Jornalistas Italianos. Um encontro que permitiu ao Santo Padre fazer algumas reflexões sobre a figura do jornalista, do comunicador, daquele que tem responsabilidade na formação da opinião pública em um mundo cada vez mais tecnológico. Como recordou Francisco, também a Santa Sé, viveu e está vivendo um processo de renovação do sistema comunicativo, com a Secretaria para a Comunicação que se tornará o ponto de referência para os jornalistas que cobrem os eventos vaticanos. 

Estamos vivendo em um mundo que se torna cada vez menor através dos meios de comunicação, dos progressos tecnológicos, interligando-nos sempre mais. Todavia, - como já disse no passado Francisco -, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas. O mundo continua a sofrer múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza. E neste mundo, os meios de comunicação e seus operadores podem ajudar a fazer com que uns se sintam mais próximos dos outros.

E na conversa com os homens da comunicação nesta semana, o Pontífice afirmou que o jornalismo deve contribuir a fazer crescer a dimensão social das pessoas, respeitando a sua dignidade e amando a verdade dos fatos.

Podemos dizer que o Papa nas suas palavras, que nos tocam diretamente, bem como àqueles que amam a comunicação, evidenciou que o branco e o preto, que são nitidamente subdivididos, são cores quase nunca identificáveis nos textos dos jornalistas de hoje. Isso significa, em outras palavras, que frequentemente, principalmente em debates políticos, não se consegue distinguir claramente quem errou e quem tem razão. Em síntese, o que é certo e o que é errado, o que é verdadeiro e o que não é verdadeiro.

Francisco demonstra compreender perfeitamente a profissão do jornalista e por isso não renúncia levantar a bandeira desta profissão recordando os seus valores mais nobres.

Consciente do corre-corre que essa atividade comporta, sempre atrelada ao “horário de fechamento”, o Papa recordou, todavia, que o jornalista tem grande responsabilidade, pois de certa maneira escreve “o primeiro esboço da História” e determina a discussão e a interpretação dos eventos. Por isso, é importante “parar e refletir”. E o Pontífice ofereceu três elementos de reflexão: amar a verdade, viver com profissionalismo e respeitar a dignidade humana.

Amar a verdade não significa somente afirmar, mas viver a verdade. Testemunhá-la com o próprio trabalho. A questão não é ser ou não um fiel, destacou o Papa, mas ser ou não honesto com si mesmo e com os outros.

Viver com profissionalismo significa compreender e interiorizar o sentido profundo do próprio trabalho. Isto é, não submeter a própria profissão a lógicas econômicas ou políticas. A tarefa do jornalismo, a sua vocação, é promover a dimensão social do homem, favorecer a construção de uma verdadeira cidadania.

Quanto ao último elemento, respeitar a dignidade humana, o Papa recordou que é importante em qualquer profissão, mas de modo especial no jornalismo, porque atrás de qualquer notícia há sentimentos, emoções. Enfim, a vida das pessoas. Francisco lembrou as inúmeras vezes que falou das fofocas como “terrorismo”, de como é possível matar uma pessoa com a língua. Se isso vale para cada indivíduo, vale mais ainda para o jornalista.

“O jornalismo não pode se tornar uma ‘arma de destruição’ de pessoas e, até mesmo, de povos”. “Que o jornalismo – disse Francisco - seja um instrumento de construção, que não sopre sobre o fogo das divisões”, mas favoreça a cultura do encontro.

As palavras de Francisco são uma verdadeira estrada para jornalistas e futuros jornalistas que atuam ou atuarão em uma das mais fantásticas profissões: a profissão de contar a história que escorre no tempo.

Já no primeiro encontro com o mundo da comunicação após a sua eleição Francisco tinha feito um pedido aos homens da imprensa para que todos comunicassem a verdade, a bondade e a beleza. E reforçou nesta semana com profissionalismo e respeito à dignidade humana. Não devemos comunicar nós mesmos, mas sim a verdade. Esse é o grande desafio do comunicador. (Silvonei José)

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Reflexão dominical: "O rico e o pobre Lázaro"

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Cidade do Vaticano (RV) – «A reflexão sobre a  primeira leitura da liturgia deste domingo nos coloca no interior de uma sociedade onde um grupo, formado pelo nobres da Samaria  (governantes, palacianos, chefes políticos e latifundiários) desfrutava das conquistas militares do rei Jeroboão. 

Nesse ambiente surgiu a fala discordante do Profeta Amós que dizia estarem enganados os poderosos ao esperarem o Dia de Javé como um dia de glória. O Dia de Javé será um dia de castigo, culminando com a destruição da própria Samaria e com o exílio de seus moradores. Ele foi claríssimo ao dizer: “ o bando dos gozadores será desfeito”.

Eis os motivos: enriquecimento à custa do pobre e “não se preocupar com a ruína do povo”.

Será que também não existem  pobres que desejariam usufruir dessas benesses e sonham em ser como um desses ricos? Pessoas vendem seu corpo, sua inteligência para poderem conviver nesse mundo de privilegiados. Deixam-se corromper para isso.

O Evangelho nos apresenta a reflexão de Jesus diante desse quadro. Ele usa a parábola do rico e de Lázaro para nos dar o seu recado. O rico, que nem nome possui, é descrito como alguém que se veste com luxo, usando roupas importadas, se banqueteando diariamente e morando em uma mansão. Do lado de fora, um sem-teto, Lázaro. Ele via entrar os comensais em traje de festa. Sentia vontade de comer, queria matar a fome, a sede, mas nada lhe era dado. Ao contrário, ainda era incomodado pelos cães que lambiam suas feridas. Era o excluído!

Contudo, Deus - que optou preferencialmente pelos pobres - ao permitir a morte dos dois, acolhe Lázaro em sua casa, enquanto o rico continua em seu fechamento, agora absolutizado pela morte. Neste momento, o nome Lázaro revela seu significado, Deus ajuda, e de fato Deus o ajudou. Enquanto o rico, sem nome, fica agora totalmente ignoto, morto, sepultado e desconhecido!

Dentro da parábola vemos também o resultado, a consequência da atitude surda, absolutamente insensível do rico. O abismo que ele criou, excluindo o pobre de toda e qualquer participação nos bens que ele julgava possuir, volta agora contra ele mesmo. É tão grande que é impossível haver comunicação entre eles.  Pior, a inversão foi drástica. Aquele que sempre esteve saciado, suplica por uma gota d’água e pede que Lázaro faça isso.

Existe nesse trecho do Evangelho algo que muitas vezes passa despercebido e que não deveria, porque é importante. Quando Abraão fala com o rico, apesar de se dirigir a uma pessoa, ele usa o plural – “..nem os daí poderiam atravessar até nós.”  O rico não está só. Outros o antecederam na ocupação de acumular bens gananciosamente.

Mas o rico faz um segundo pedido a Abraão, que salve os irmãos dele, para que não tenham a mesma sorte. Para isso ele pede a ida de Lázaro à casa deles, para que, vendo um morto, se convertam. Abraão diz ser inútil isso. Para salvá-los, já existe Moisés e os profetas. Veladamente aí está que nem a ressurreição de Jesus irá salvá-los, caso não se abram ao pobre. De fato, quantas pessoas batizadas vivem uma existência surda e insensível em relação aos excluídos! A partilha gera vida, o acúmulo, morte!

A única força capaz de mudar o coração do rico, de ser fechado em si mesmo, é a Palavra de Deus. Ela tem o poder de abrir os corações»! (Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o XXVI Domingo do Tempo Comum)

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Atualidades



Mansão de luxo para Deus

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Dubai (RV*) - Amigas e amigos, saudações das Arábias na esperança que se encontrem bem. O famoso Rei Salomão distinguiu-se pela riqueza e poder. Sua fama recebeu ainda maior destaque por ter construído um maravilhoso templo, em Jerusalém.  Tudo para agradar a Deus. 

O grande rei dos israelitas não foi o único a ter a pretensão de construir uma casa suntuosa para Deus. Os budistas, hindus, cristãos e xintoístas edificaram estruturas maravilhosas e artísticas para suas divindades.

Entre as religiões, que são generosas em oferecer a Deus uma mansão, distinguem-se os seguidores do profeta Maomé. Algumas das mesquitas impressionam pela beleza de seus vitrais e decorações, usando formas simétricas e cores em harmonia.

Atualmente existe uma, entre as mesquitas, que chama a atenção pela sua grandiosidade, riqueza e luxo. É a Mesquita de Sheikh Zayed, com capacidade para 40.000 fiéis, mas que já recebeu 52.000.

Toda construída em mármore branco, parece ainda mais branco sob a luz do sol. Graças à projeção de luzes especiais que reproduzem a luz da lua, sobre suas cúpulas, de acordo com a fase do nosso satélite, transporta o expectador a um mundo mágico.

A fabulosa mesquita foi construída a pedido do xeique Zayed bin Sultan Al Nahyan, fundador dos Emirados Árabes Unidos. Durante os 11 anos da construção da mesquita, ele não economizou recursos para criá-la e preparar o lugar onde seria enterrado.

Materiais nobres como o mármore da Macedônia, ouro de 24 quilates em profusão e cristais de Murano são vistos por toda parte.

Os mosaicos florais, que quebram o branco do solo e das colunas, foram feitos por artesãos italianos. O tapete persa, considerado o maior do mundo, pesando 40 toneladas, foi confeccionado durante um ano, por 1.200 mulheres iranianas.

As paredes e o teto exibem versos do Al Corão, escritos em três tipos de caligrafia arábica, por artistas de vários lugares do mundo, supervisionados por calígrafos dos Emirados, da Síria e da Jordânia.

O pátio tem mais de mil colunas, adornadas com mosaicos coloridos e arrematadas por detalhes dourados no topo.

Lustres de até nove toneladas em ouro e cristais, projetados por artesões alemães, pendem das belas cúpulas.

Ao redor da “Mansão de Deus”, estão os jardins e fontes de água que elevam e dão descanso ao espírito.

Amigas e amigos, bem disse o profeta Isaias: "Vou fazê-los felizes na minha casa de oração". (Isaias 56,7).

*Missionário Pe. Olmes Milani CS, das Arábias para a Rádio Vaticano

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