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Sumario del 27/09/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: rezar com força para vencer a desolação espiritual

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Cidade do Vaticano (RV) - O que acontece em nosso coração quando somos tomados por uma ‘desolação espiritual?’ Foi a pergunta feita por Francisco na missa desta manhã na Casa Santa Marta, centralizada no personagem de Jó. O Papa acentuou a importância do silêncio e da oração para vencer os momentos mais sombrios. Neste dia de São Vicente de Paulo, o Papa ofereceu sua missa às Irmãs Vicentinas, as Filhas da Caridade, que trabalham na Casa Santa Marta.   

“Jó estava com problemas: havia perdido tudo”. A partir desta leitura, que apresenta Jó despojado de todos os seus bens, inclusive seus filhos, o Papa desenvolveu a homilia. “Jó se sente perdido, mas não maldiz o Senhor”.

Todos, cedo ou tarde, vivemos uma grande desolação espiritual

Jó vive uma grande ‘desolação espiritual’ e desafoga com Deus. É o desabafo de ‘um filho diante de seu pai’. O mesmo o faz o profeta Jeremias, que desabafa com o Senhor, mas sem blasfemar: 

“A desolação espiritual é uma coisa que acontece com todos nós: pode ser mais forte ou mais fraca... mas é uma condição da alma obscura, sem esperança, desconfiada, sem vontade de viver, que não vê a luz no fim do túnel, que tem agitação no coração e nas ideias... A desolação espiritual nos faz sentir como se nossa alma fosse ‘achatada’: quando não consegue, não quer viver: ‘A morte é melhor!’ desabafa Jó. Melhor morrer do que viver assim'. E nós devemos entender quando nosso espírito está neste estado de tristeza geral, quando ficamos quase sem respiro. Acontece com todos nós, e temos que compreender o que se passa em nosso coração”.

Esta, acrescentou o Papa, “é a pergunta que devemos nos por: ‘O que se deve fazer quando vivemos estes momentos escuros, por uma tragédia familiar, por uma doença, por alguma coisa que me leva ‘prá baixo’. Alguns pensam em engolir um comprimido para dormir e tomar distância dos fatos, ou beber ‘dois, três, quatro’ golinhos’... “Isto não ajuda. A liturgia de hoje nos mostra como lidar com a desolação espiritual, quando ficamos mornos, prá baixo, sem esperança”.

Quando nos sentimos perdidos, rezar com insistência

No Salmo responsorial 87 está a resposta: “Chegue a ti a minha prece, Senhor”. É preciso rezar – disse o Papa – rezar com força, como disse Jó: gritar dia e noite até que Deus escute:

“É uma oração de bater na porta, mas com força! “Senhor, eu estou cheio de desventuras. A minha vida está à beira do inferno. Estou entre aqueles que descem à fossa, sou como um homem sem forças’. Quantas vezes nós sentimos assim, sem forças... E esta é a oração.  O Senhor mesmo nos ensina como rezar nestes momentos difíceis. 'Senhor, me lançaste na fossa mais profunda. Pesa sobre mim a Tua cólera. Chegue a Ti a minha oração’. Esta é a oração: assim devemos rezar nos piores momentos, nos momentos mais escuros, mais desolados, mais esmagados, que nos esmagam mesmo. Isto é a rezar com autenticidade. E também desabafar como desabafou Jó com os filhos. Como um filho”.

O Livro de Jó, em seguida, fala do silêncio dos amigos. Diante de uma pessoa que sofre, disse o Papa, “as palavras podem ferir”. O que conta é estar perto, fazer sentir a proximidade, “mas não fazer discursos”.

Silêncio, oração e presença, por isso realmente ajuda aqueles que sofrem

“Quando uma pessoa sofre, quando uma pessoa se encontra na desolação espiritual – continuou o Papa -, você tem que falar o mínimo possível e você tem que ajudar com o silêncio, a proximidade, as carícias, com a sua oração diante do Pai":

“Em primeiro lugar, reconhecer em nós os momentos de desolação espiritual, quando estamos no escuro, sem esperança, e nos perguntar por quê? Em segundo lugar, rezar ao Senhor, como na liturgia de hoje, com este Salmo 87 que nos ensina a rezar, no momento de escuridão. 'Chegue a Ti a minha oração, Senhor'. E em terceiro lugar, quando me aproximo de uma pessoa que sofre, seja por doenças, seja por qualquer sofrimento, mas que está na desolação completa, silêncio; mas silêncio com tanto amor, proximidade, ternura. E não fazer discursos que, depois, não ajudam e, também, lhe fazer mal”.

"Rezemos ao Senhor - concluiu Francisco –, para que nos conceda essas três graças: a graça de reconhecer a desolação espiritual, a graça de rezar quando estivermos submetidos a este estado de desolação espiritual, e também a graça de saber acolher as pessoas que passam por momentos difíceis de tristeza e de desolação espiritual”. (SP)

 

 

 

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Cor Unum: 5ª reunião sobre a crise humanitária na Síria e Iraque

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Roma (RV) - Realizar-se-á na próxima quinta-feira (29/09), em Roma, a 5ª reunião sobre a crise humanitária síria e iraquiana, promovida pelo Pontifício Conselho Cor Unum.
 
Participam do encontro 40 organismos caritativos católicos, além de representantes dos episcopados locais, de Congregações religiosas que trabalham no Oriente Médio e os Núncios Apostólicos na Síria e Iraque. A reunião será aberta às 9h30 locais com a audiência com o Papa Francisco que receberá os participantes na residência apostólica vaticana.

Os trabalhos prosseguirão no Auditório João Paulo II da Pontifícia Universidade Urbaniana. Depois da introdução do Secretário do Pontifício Conselho Cor Unum, Dom Giampietro Dal Toso, seguem o discurso do enviado especial da Onu para a Síria, Staffan de Mistura, a apresentação da II Pesquisa sobre a resposta da rede eclesial à crise humanitária iraquiana e síria 2015-2016, realizada pelo Cor Unum; e a palestra do Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin.

Na parte da tarde, depois de uma atualização sobre a situação política e humanitária feita pelo Núncio Apostólico na Síria, Dom Mario Zenari, e pelo Núncio Apostólico no Iraque, Dom Alberto Ortega, os participantes se reunirão em grupos de trabalho e o encontro se concentrará nos aspectos concretos da colaboração entre os vários sujeitos comprometidos no Oriente Médio. 

Os objetivos da reunião, em continuidade com o percurso empreendido nos últimos quatro anos, são os de fazer um balanço do trabalho desempenhado até agora pelos organismos caritativos católicos no contexto da crise, partilhando as respostas da Igreja em relação à situação humanitária; discutir as críticas emersas e encontrar as prioridades para o futuro; analisar a situação das comunidades cristãs residentes nos países afetados pela guerra, promovendo uma sinergia entre as Dioceses, Congregações religiosas e organismos eclesiais. 

O conflito na Síria e no Iraque produziu uma das crises humanitárias mais graves das últimas décadas e está no centro da atenção internacional. A Santa Sé, além da atividade diplomática, participa ativamente dos programas de ajuda e assistência humanitária. 

A rede eclesial alcançou no biênio 2015-2016 mais de 9 milhões de beneficiários individuais, mobilizando cerca de 207 milhões de dólares (em 2015) e 196 milhões de dólares (em 2016 atualizado em julho). Desde 2011, a crise provocou mais de 300 mil vítimas e 1 milhão de feridos.

Atualmente, são mais de 13 milhões e 500 mil as pessoas que precisam de ajuda na Síria e mais de 10 milhões no Iraque. Os refugiados internos são 8 milhões  e 700 mil na Síria e mais de 3 milhões e 400 mil no Iraque. Quatro milhões e 800 mil são os refugiados sírios em todo o Oriente Médio, sobretudo na Turquia, Líbano e Jordânia. (MJ)

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Lombardi: com a reforma, a Rádio Vaticano como tal desaparece

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Cidade do Vaticano (RV) – “A Rádio Vaticano foi confiada há 85 anos pelo Papa à Companhia de Jesus para a sua condução. Neste processo de reforma em andamento, a Rádio Vaticano como tal desaparece, não existe mais, com a sua individual  e precisa identidade institucional”.

Palavras do Padre Federico Lombardi SJ, ex-Diretor da Rádio Vaticana e da Sala de Imprensa da Santa Sé, durante a coletiva de imprensa realizada esta terça-feira, para apresentar a36ª Congregação Geral que elegerá o novo Superior Geral dos Jesuítas.

Respondendo às perguntas dos jornalistas, Lombardi fez referências à reforma que levou à instituição da Secretaria para as Comunicações, da qual, nos dias passados, foi divulgado o estatuto e comentou: “Muda a situação, e muito profundamente”.

“Penso que o novo Geral – hipnotizou – falará com o Papa e sentirá se o Papa quer dizer algo de específico ou se a missão terminou com a mudança desta situação”.

A Rádio Vaticano, portanto, “é um assunto do qual o novo Geral se ocupará, em diálogo com o Papa, para entender quais são os seus desejos nesta situação”.

“Não existem decisões a serem tomadas por parte da Congregação – precisou – depende do novo governo tratar com a Santa Sé sobre as missões que a Santa Sé requer”.

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Papa na Suécia: Diálogo com os luteranos. Em nome de Cristo

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Cidade do Vaticano (RV) – “Não se trata do banquete da Igreja, mas sim do banquete de Cristo. Não se trata de fazer as contas dos católicos em relação aos protestantes, mas sim dos pecadores tornados justos, das pessoas tristes que são confortadas e dos pobres que são reerguidos”. E é “impressionante e bonito” como “os cristãos católicos e protestantes se movimentam na mesma direção na questão dos refugiados, contrastando com seu testemunho nascentes egoísmos nacionais, e buscando de forma criativa possíveis soluções”.

Coisas que unem são maiores que as que dividem

As coisas que unem são maiores do que as que dividem. Disto estão convencidos  o Presidente emérito do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Walter Kasper e o teólogo alemão reformado Jürgen Moltmann, que no último número da Revista “Vita e Pensiero” (Vida e Pensamento), dialogam numa entrevista, a pouco mais de um mês da viagem do Papa Francisco à Lund, na Suécia, para recorda o 500º aniversário da Reforma.

Viagem mostra o grande progresso do diálogo católico-luterano

Uma viagem que – sublinha o purpurado – “é um forte sinal, que deixa evidente os grandes progressos do diálogo católico-luterano, com a firme vontade de ambas as Igrejas de continuar resolutamente no caminho comum rumo à unidade. O diálogo deixou claro que a separação entre católicos e luteranos nos últimos cinquenta anos não foi uma ruptura completa, mas sim a pedra angular sobre a qual estão construídas as pontes de hoje. Estamos unidos em modo fundamental – observa Kasper – já como irmãos e irmãs em Jesus Cristo por um só Batismo em Jesus Cristo e no corpo de Cristo que é a Igreja. Damos testemunho desta união em um mundo que é marcado por conflitos profundos. Trabalhamos juntos pela justiça, a reconciliação e a paz no mundo”.

Trabalho comum, mas pontos que dividem

Também Moltmann, considerado o iniciador da “teologia da esperança”, recorda que “a Igreja Católica, a Evangélica e a Ortodoxa, colaboram há um quarto de século pela justiça, a paz e a salvaguarda da criação”.

Todavia, existem pontos que dividem. Por exemplo – explica o Cardeal – “a questão da missão da Igreja”, em particular a do Papa, mas também problemas éticos como “a compreensão do matrimônio e da família, a tutela da vida humana, as novas questões bioética”. Existe sobretudo “o grande sofrimento” de não poder “comer o pão eucarístico comum e beber o cálice do qual tirar a força comum”, ações que pressupõe “uma comum fé eucarística”.

Sobre estes temas “devemos nos aproximar mais”, trabalhar mais, e “pedimos aos nossos parceiros evangélicos para nos dizerem com maior unanimidade o que é a confissão de fé eucarística”.

Vontade do diálogo existe

A vontade do diálogo não falta. “Nos últimos cinquenta anos chegou-se a uma reviravolta notável no estudo católico sobre Lutero. Podemos compartilhar muitas das preocupações de Lutero, não obstante as diferenças existentes, de forma a aprender dele”.

O importante é que “não se trata somente de um diálogo sobre questões doutrinais, mas sim sobre a vida cristã concreta e o seu testemunho”. A partilha, além da escuta comum da Palavra de Deus, deve ser – diz Kasper – também “do Autor da Palavra quando enfrentamos questões concretas sobre justiça, sobre reconciliação e sobre a paz no mundo”.

“A verdadeira comunidade – conclui Moltmann – nasce quando os cristãos sentem o chamado de Cristo, e juntos, vão em direção vão em direção ao altar onde Cristo os espera. Que falemos de “comunhão” católica ou de “santa ceia” evangélica, trata-se sempre do “sangue de Cristo derramado por vós” e “corpo de Cristo oferecido por vós”. “Como podemos permanecer separados diante de Cristo crucificado por nós?”.

 

(JE/Osservatore Romano)

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Bispos católicos e anglicanos em Roma para celebrar 50 anos de diálogo

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Cidade do Vaticano (RV) – Trinta e seis bispos - representando as comunidades católicas e anglicanas de todo o mundo - farão juntos uma peregrinação, inicialmente a Cantuária e depois a Roma, para celebrar os 50 anos de diálogo oficial entre a Igreja Católica e a Comunhão Anglicana, iniciado oficialmente em 1966 com a “Declaração Comum” assinada por Paulo VI e pelo então Arcebispo de Cantuária, Michael Ramsey.

A iniciativa é uma promoção da Iarcuum (International Anglican-Roman Catholic Commission for Unity and Mission)  a Comissão Internacional pela Unidade e a Missão instituída no ano 2000, como ponto de referência pastoral no diálogo entre Roma e Cantuária, e atualmente presidida pelo Arcebispo católico de Regina (Canadá) Dom Donald Bolen e pelo Bispo anglicano Dom David Hamid.

Liturgia com o Papa Francisco e Justin Welby

Serão precisamente os bispos que fazem parte deste organismo oficial – e que virão em duplas de 18 diferentes países – que tomarão parte da peregrinação que culminará, na tarde de 5 de outubro em Roma, com uma liturgia presidida pelo Papa Francisco e pelo Primaz da Igreja Anglicana, Justin Welby. Os prelados chegarão juntos a Roma, vindos de Cantuária, depois de terem lá vivido um primeiro momento comum, naquela por eles definida como “um itinerário de novos passos, numa antiga peregrinação”.

Caminho percorrido e novos desafios

A partir de sexta-feira, portanto, a IARCUUM estará reunida na Grã Bretanha para tratar do caminho percorrido nestes cinquenta anos e – em particular – do documento “Crescer juntos na unidade e na missão”, o texto em que, em 2007, católicos e anglicanos resumiram os frutos e os novos desafios abertos pelo diálogo teológico entre as duas comunidades.

João Paulo II

Também em Cantuária a peregrinação viverá o seu primeiro forte momento celebrativo com a peregrinação ao túmulo de São Tomás Becket, mesmo local onde em 1982 João Paulo II e o então Arcebispo Robert Runcie rezaram juntos, naquela que foi uma pedra fundamental na história recente das relações entre católicos e anglicanos.

História do diálogo

História de um diálogo iniciado, na realidade, já em 1960, com o primeiro encontro entre um Papa, João XXIII, e um Primaz anglicano, Geoffrey Francis Fisher. Naquela ocasião, porém, tratou-se de uma visita de caráter privado.

Para se chegar a um encontro oficial, foi necessário esperar até 24 de março de 1966, quando Paulo VI e o Arcebispo Ramsey assinaram pela primeira vez uma Declaração Comum.

Desde então – por meio do ARCIC, organismo de debate teológico entre as duas Confissões – chegou-se à elaboração de numerosos documentos comuns sobre temas como a Eucaristia, o Ministério Ordenado, Maria, a eclesiologia.

Relações cresceram com encontros

Mas sobretudo, fez crescer as relações fraternas entre Roma e Cantuária  os repetidos encontros entre os Pontífices e os Primazes anglicanos (o últimos há poucos dias, em Assis). Isto, apesar dos desgastes criados pelas divisões também sobre questões novas, como o tema do sacerdócio feminino, ordenação de bispos mulheres, ou a homossexualidade.

Ocasião para relançar diálogo

A peregrinação comum quer ser, portanto, uma ocasião para relançar este diálogo sobretudo a nível pastoral. Os Bispos chegarão em Roma no dia 3 de outubro, peregrinando ao túmulo dos Apóstolos Pedro e Paulo.

O Pontífice e o Primaz anglicano

O dia 5 de outubro será aberto por um Simpósio acadêmico na Pontifícia Universidade Gregoriana. Mas o momento mais importante terá lugar na Igreja São Gregorio al Celio, a igreja romana que teve como Prior o monge Agostinho, quando em 595 foi enviado pelo Papa Gregório a evangelizar as populações anglo-saxônicas.

Precisamente ali o Papa Francisco e o Arcebispo Justin Welby rezarão juntos, presidindo um rito durante o qual aos Bispos presentes será confiado  o mandato de dar prosseguimento ao diálogo na vida cotidiana das próprias comunidades.

Na Igreja Católica e na Comunhão Anglicana, Agostinho é venerado como um santo, um proeminente Doutor da Igreja e o Patrono dos agostinianos. Sua festa é celebrada no dia de sua morte, 28 de agosto. Muitos protestantes, especialmente os calvinistas, consideram Agostinho como um dos "pais teológicos" da Reforma Protestante por causa de suas doutrinas sobre a salvação e graça divina.

(je/vaticaninsider)

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Fundação Ratzinger promove Simpósio sobre Escatologia

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Cidade do Vaticano (RV) – Três Cardeais se pronunciarão no Simpósio Internacional organizado pela Fundação Joseph Ratzinger “A Escatologia: análises e perspectivas”, que terá lugar em Roma de 24 a 26 de novembro, na Pontifícia Universidade Santa Croce.

São eles o Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos e Presidente do Comitê Científico da Fundação, Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos e Gianfranco Ravasi, Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, membros do Comitê Científico.

O tema da escatologia é um dos temas privilegiados na pesquisa de Joseph Ratzinger e o encontro de novembro será o VI Simpósio internacional de alto valor científico organizado pela Fundação Vaticana Joseph Ratzinger – Bento XVI, depois daqueles de Bydgoszcz, Rio de Janeiro, Roma, Medellín e Madrid.

Além de analisar a escatologia na fé da Igreja, durante o Simpósio terão lugar dois workshops: um sobre questões atuais de escatologia, outro sobre as perspectivas escatológicas no judaísmo.

Entre os palestrantes figuram também Paul O’Callaghan, Thomas Söding, Bernardo Estrada, Romano Penna, Maurizio Marcheselli, Moshe Idel, Giovanni Ancona, Riccardo Battocchio, Santiago Del Cura Elena e Robert Wozniak.

Se pronunciarão ademais, o Rabino Chefe de Roma Riccardo Di Segni e o Rabino Chefe de Genôva Giuseppe Momigliano

As inscrições poderão ser feitas por meio do link http://www.pusc.it/ratzinger2016/iscrizioni

(JE)

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Guarda Suiça terá formação no Cantão de Ticino

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Cidade do Vaticano (RV) – A Guarda Suiça Pontifícia efetuará  parte de sua formação em Ticino, Cantão da Suíça situado no sul do país, cuja língua oficial é o italiano. Este é o único Cantão inteiramente situado ao sul dos Alpes.

Um acordo foi assinado na segunda-feira (26/09) no Vaticano, pelo Comandante da Guarda Suiça Christoph Graf e o Comandante da Polícia do Cantão, Matteo Cocchi. A Conselheira de Estado, Norman Gobbi, também esteve presente, segundo um comunicado do Cantão de Ticino.

O primeiro deste curso-piloto, com duração de um mês, terá lugar no mês de novembro na Praça das Armas de Isone, uma comune no Cantão Ticino, com cerca de 377 habitantes. São esperados dezesseis participantes.

Os cursos serão coordenados pelo Centro de Formação de Polícia de Giubiasco, um dos cinco reconhecidos à nível internacional. Dois outros cursos estão previstos para fevereiro e outubro/novembro de 2017.

A Guarda Suiça é responsável pela segurança dos Pontífices desde 22 de janeiro de 1506.

 

(je/agências)

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Dom Ladaria: Papa quer valorizar o papel das mulheres na Igreja

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Roma (RV) - Teve início nesta segunda-feira, (26) em Roma, o “Simpósio sobre o papel da mulher na Igreja”, organizado pela Congregação para a Doutrina da Fé, no Instituto de Estudos Superiores sobre a Mulher (ISSD) do Ateneu Regina Apostolorum. Dom Luis Ladaria Ferrer, Secretário do dicastério, que se encontrou ontem com o Papa e conversou com a Rádio Vaticano: 

R. - Este simpósio nasce do desejo do Santo Padre de aprofundar o estudo sobre as mulheres na Igreja, de modo que o papel das mulheres seja cada vez mais valorizado. A primeira coisa a dizer é que as palestras nesta conferência na sua grande maioria são feitas por mulheres: portanto, aqui há uma presença feminina também do ponto de vista teológico. Os temas principais são os fundamentos teológicos da vocação da mulher na vida da Igreja, a mulher na Escritura, a mulher na História da Igreja, em seguida, a Revolução Cultural - em certo sentido - que estamos vivendo, a perspectiva filosófica e teológica da diferença sexual, a presença feminina nas esferas institucionais da Igreja, os grandes temas - a Igreja Sacramento e esposa e mãe, com todas as implicações para as mulheres. São grandes temas que serão tratados por uma ou duas conferencistas. Não teremos apenas uma visão de cada um desses temas, mas sempre uma variedade de pontos de vista.

P. – Qual a necessidade de se reunir para debater este tema?

R. - Foi uma iniciativa do Santo Padre, por que as mulheres são, pelo menos a metade dos cristãos e têm direito a ter voz; na Igreja Católica o ministério ordenado é reservado aos homens, mas há um papel da mulher que deve ser cada vez mais valorizado. Então, essa é a razão.

P. - O Santo Padre falou da necessidade de uma profunda teologia da mulher: quais poderiam ser as bases para construí-la?

R. - Bem, isso é o que tentamos fazer neste simpósio: portanto, os fundamentos teológicos, como foi na história, como foi valorizada ou não valorizada a mulher na história, ver um pouco o passado para ir aos desafios do presente.

P. - O Santo Padre disse aos bispos brasileiros: “Não devemos reduzir o compromisso das mulheres na Igreja, mas sim promover o seu papel ativo na comunidade eclesial”. Como promovê-lo?

R. - Sempre com iniciativas pastorais, e com um pouco de imaginação, sabendo que o mundo muda e que também nós devemos mudar, e a Igreja deve encontrar maneiras de se tornar cada vez mais presente, em todas as esferas, e aqui, a presença da mulher pode ser decisiva.

P. - Como mudou ao longo do tempo o papel das mulheres na Igreja?
R. - Eu falo da minha experiência como professor de uma faculdade de teologia: em todas as faculdades de teologia hoje há mulheres; cinquenta anos atrás isso não existia... É claro que em outros campos as mulheres sempre estiveram muito presentes. Pensemos na área da saúde, na educação: aqui sempre estiveram muito presentes. Mas agora elas também estão presentes neste lugar de reflexão teológica e não é uma questão secundária. (SP)

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Igreja na América Latina



Bispos venezuelanos: violam-se os direitos fundamentais das pessoas detidas

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Caracas (RV) – A Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) manifestou a sua preocupação com a situação carcerária no país e exortou as autoridades a garantirem os direitos dos prisioneiros, conforme estabelecido pela Constituição e pelo Código Penal. O pedido está contido em um comunicado publicado na Festa de Nossa Senhora das Mercês, e assinado pelo Arcebispo de Coro, Dom Roberto Luckert, Presidente da Comissão Justiça e Paz da CEV.

Respeito aos direitos e garantias dos detidos e suas famílias

Exortamos “o Governo, através dos seus órgãos competentes, a respeitar e fazer respeitar os direitos e garantias de que têm direito os detentos e suas famílias”, lê-se no comunicado divulgado pela agência Fides. O texto ressalta: “pedimos aos funcionários para buscar a justiça, o sentido de equidade e a tempestividade no seu trabalho”, porque nas prisões venezuelanas estão sendo violados os direitos básicos dos detidos.

Elencadas todas as dificuldades das prisões

São também elencadas todas as dificuldades das prisões: superlotação, a total ausência de estruturas e regras sanitárias, o uso excessivo da força por parte das autoridades, o atraso nos processos judiciais, a existência de grupos de detentos com a permissão para cometer atividades criminosas dentro da prisão. Além disso, as famílias dos presos sobrem tratamentos “desumanos e degradantes”.

Presos políticos sofrem tratamento severo

Esta situação também foi relatada pela oposição política no Parlamento, de modo particular os prisioneiros políticos sofrem um tratamento severo, com o isolamento. Em 4 de setembro, Tarek William Saab, Defensor do Povo (uma organização para a defesa dos direitos dos cidadãos), denunciou a superlotação das prisões no país, definindo-o de “sem precedentes”, enquanto é superada até dez vezes a capacidade das estruturas penitenciárias, com mais de 30.000 presos em todo o território. Em particular estão envolvidos aqueles que aguardam julgamento e aqueles que esperam ser transferidos para Centros de detenção e ainda estão em delegacias da polícia ou da Guarda Nacional. (SP)

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Bispos mexicanos pedem esclarecimentos sobre assassinato de sacerdotes

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Cidade do México (RV) - A Conferência Episcopal Mexicana (CEM) divulgou uma nota sobre o assassinato de Pe. José Alfredo López Guillen, sacerdote da Arquidiocese de Morelia, sequestrado poucos dias atrás.
 
Segundo a Agência Sir, o documento assinado pelo Arcebispo de  Guadalajara, Cardeal José Francisco Robles Ortega, Presidente da Cem, e pelo Bispo auxiliar de Monterrey, Dom Alfonso Gerardo Miranda Guardiola, Secretário-geral do organismo, recorda as palavras proferidas pelo Papa Francisco no Angelus deste domingo. 

O Pontífice rezou pelo povo mexicano e pelo cessar da violência contra os sacerdotes, referindo-se em particular aos dois sacerdotes assassinados no Estado de Veracuz na semana passada.

O comunicado prossegue com uma oração pelo Pe. Alfredo López. A CEM manifesta solidariedade à Arquidiocese de Morelia e seu Arcebispo, Cardeal Alberto Suárez Inda, a todos os presbíteros e à paróquia do sacerdote assassinado, Santíssima Trinidade.  

“Três sacerdotes foram assassinados em uma semana. Desde o primeiro momento, os bispos das dioceses dos sacerdotes mortos entraram em contato e estão colaborando com as autoridades competentes. Todavia, pedimos com respeito e urgência que seja esclarecido o que aconteceu em Veracruz e Morelia, e que seja feita justiça aos responsáveis desses crimes graves. Pedimos que não se falte de respeito ao nome de nenhum sacerdote e nenhuma pessoa”, destacam os perlados na nota.

Os bispos se referem, a esse propósito, a alguns artigos que deram espaços a vozes sem fundamento relativas a Pe. Alfredo López que diziam que o sacerdote teria sido visto num hotel com um jovem, quando provavelmente já estava morto. 

“Comprometemo-nos também, junto com o povo de Deus, a prosseguir no compromisso a fim de que nunca mais nenhum cidadão seja envolvido em tais atos violentos perpetrados em muitos lugares de nosso país”, conclui o comunicado da CEM. (MJ)

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Igreja no Mundo



Bispos dos países nórdicos: visita do Papa à Suécia e 'Amoris Laetitia'

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Oslo (RV) – Concluiu-se em Oslo a Assembleia Plenária da Conferência Episcopal dos Países Nórdicos (Suécia, Dinamarca, Noruega, Islândia, Finlândia).

“Elemento central foi a presença do Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a promoção da Unidade dos Cristãos, com o qual se tratou da viagem do Santo Padre à Lund, na Suécia” em final de outubro, explica um comunicado de imprensa, que descreve o programa da visita e anuncia que os bispos publicarão em 15 de outubro próximo a Carta Pastoral “Do conflito à comunhão”, sobre as celebrações ecumênicas da Reforma e a visita do Papa.

Na pauta do encontro, também “as aplicações concretas da Amoris Laetitia no contexto dos países nórdicos”.

Amoris Laetitia é uma Carta muito bonita e rica, que oferece mais do que soluções para os casos difíceis da pastoral familiar”, havia afirmado na abertura o Presidente da Conferência Episcopal, o Bispo de Copenhague Dom Czeslaw Kozon.

“Ela é sobretudo uma descrição muito precisa da situação da família hoje, com muitas sugestões que podem ser integradas nos materiais das nossas dioceses para a peparação ao matrimônio”, mas também nas questões relativas aos divorciados recasados.

Os Bispos foram convidados em Trondheim, na Noruega, para a consagração da nova Catedral, que construída há 15 meses, será consagrada em 19 de novembro pelo Cardeal Cormac Murphy O’Connor, Arcebispo emérito de Westminster, delegado papal.

(je/sir)

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Congregação Geral dos Jesuítas: Pe. Spadaro, espaço à ação do Espírito

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Cidade do Vaticano (RV) - Foi apresentada, em Roma, na manhã desta terça-feira (27/09), a 36ª Congregação Geral da Companhia de Jesus que deverá eleger o novo Prepósito-geral, sucessor de Pe. Adolfo Nicolás.

 
 
Os trabalhos da congregação começarão na próxima segunda-feira, 3 de outubro, um dia depois da celebração na Chiesa del Gesù, em Roma.
 
A nossa emissora entrevistou o Diretor da revista jesuíta ‘La Civiltà Cattolica’, Pe. Antonio Spadaro, sobre as expectativas dos religiosos para este evento.

Pe. Spadaro: “Esta será a primeira Congregação Geral sob um Papa jesuíta. Para a Companhia, que sempre esteve por vontade dos pontífices nas fronteiras, nos lugares onde existe uma relação intensa entre fé e cultura, este é um momento realmente particular para o mundo, com desafios de todo tipo, cultural e político. A Congregação Geral será chamada a abrir os olhos de forma global sobre o mundo, com os representantes que vêm dos continentes, com toda a riqueza e complexidade que os vários continentes apresentam. Certamente, há o grande desafio da eleição do Prepósito-geral que conduzirá nos próximos anos a Companhia de Jesus rumo à sua missão.”

Há uma grande presença dos jesuítas provenientes de países em desenvolvimento, especialmente da Ásia: qual a importância e o significado disso?

Pe. Spadaro: “O problema aqui não é a dimensão geográfica, mas a dimensão espiritual, ou seja, entender o frescor das igrejas. Certamente, as igrejas das quais provêm muitos jesuítas, eu diria a maioria, são igrejas que têm um frescor e apresentarão questões novas à Companhia de Jesus e à Igreja em geral.”
Quando será a eleição do novo Prepósito-geral?

Pe. Spadaro: “Não sabemos. Os tempos para a Congregação são tempos espirituais, não cronológicos. Santo Inácio, também para os seus Exercícios Espirituais, não quis tempos rígidos, mas os tempos do Espírito. Portanto, não sabemos, por exemplo, quando terminará a Congregação Geral: pode durar quatro, cinco ou seis semanas. Não sabemos mesmo! Isso depende também do ritmo interno. É algo bonito porque se deixa espaço à ação do Espírito. Não se fecha, não existem esquemas prefixados e este é o respiro belo e espiritual da Congregação Geral dos Jesuítas.”

Esta Congregação Geral prestou muita atenção na comunicação. Na fase preparatória a internet foi muito usada. Depois, tem Tuiter, Facebook, Instagram, além do site dedicado a esta 36ª Congregação Geral...

Pe. Spadaro: “Sim. É assim e os padres que participam da congregação não usarão muito papel. Cada um tem um tablet e tudo será feito nessa base digital. Isso serve para simplificar e,  no  âmbito da comunicação externa, dar um pouco o sentido do que acontece. É claro que, sendo a Congregação um processo espiritual, deve ser protegida. Recordamos o que pediu o Papa Francisco para o Sínodo: o Sínodo dos Bispos entendido como lugar de reflexão espiritual. Assim, funciona também para a Congregação Geral. Haverá uma comunicação que será mantida no âmbito interior. Por outro lado, queremos comunicar com o lado externo o clima que se vive dentro através de imagens no Instagram e com tuítes. Portanto, é uma comunicação complexa, mas que respeita a dinâmica da Congregação.”

(MJ)

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Formação



Dom Sérgio da Rocha: "Laudato sì, conscientizando famílias e comunidades"

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Aparecida (RV) – Encerra-se nesta terça-feira (27/09) 12º Encontro dos Bispos Lusófonos, realizado no Seminário Bom Jesus, em Aparecida. 13 bispos de países que falam a língua portuguesa participaram do evento: 4 brasileiros e representantes de Portugal, Moçambique, Angola, Cabo-Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.

Os participantes trocaram experiências sobre a realidade da Igreja em cada país, a partir da atuação da Encíclica ’Laudato Si’ e a Exortação apostólica ‘A Alegria do Amor' do Papa Francisco.

O Arcebispo de Brasília (DF), Dom Sérgio da Rocha, Presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) afirma que o encontro é de bispos de mesma língua, mas de realidades muito diferentes e a partilha de experiência é uma forma de um país ajudar o outro a pensar em propostas práticas para a sua Igreja.  

Ouça a entrevista na íntegra aqui: 

“Na medida em que as Conferências Episcopais acolheram as orientações do Papa, foi-se contextualizando a própria Laudato si, isto é, a problemática ecológica e a questão socioambiental foram sendo situadas localmente, de tal modo que nós vamos tendo as comunidades e as pessoas envolvidas mais diretamente. São desafios que dizem respeito a cada família, a cada comunidade. Em cada país têm sido produzidos materiais como subsídios que nós vamos compartilhando também. São uma riqueza a ser colocada em comum”.

Segundo Dom Sérgio da Rocha, as Conferências Episcopais têm dedicado atenção maior a algumas questões principais:

Saneamento, coleta de lixo e desperdício

“O ponto principal é o saneamento básico. Não apenas o diálogo com os governos locais para assegurar ao povo o direito que tem, mas o esforço da própria comunidade em cuidar do meio ambiente. Quando se fala do cuidado da Criação, não se pense apenas em ecossistemas distantes, mas sim em aonde se vive, na Casa Comum, o lugar onde se está. Então, um dos pontos foi o diálogo com as autoridades sobre o saneamento básico, mas também para formar as consciências das pessoas a ter uma postura corresponsável em relação, por exemplo, à coleta do lixo, à questão do esgoto a céu aberto, mas também do desperdício de alimentos e de água. São questões que no dia a dia de nosso povo, de nossas comunidades, que estão recebendo, nas Conferências Episcopais, uma atenção maior. Já estão sendo promovidas campanhas em parceria com órgãos públicos ou outras instituições, exatamente para ajudar o povo a se mobilizar mais em relação a preservar a Casa Comum, que é o local aonde vivemos”.

Mosquito Aedes aegypti

“Um dado comum em relação ao Brasil e aos países africanos de língua portuguesa é o desafio do combate ao mosquito Aedes aegypti, que é uma mobilização que o Brasil fez e a CNBB estimulou no combate ao mosquito transmissor da dengue e do vírus zica e agora, percebemos em outros países o interesse e iniciativas semelhantes".

(CM)

 

 

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Brasil está entre os 10 países que mais desperdiçam alimentos

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Cidade do Vaticano (RV) - O desperdício de alimentos é o tema do nosso espaço de saúde. 

O nosso Planeta produz alimento suficiente para todos, mas, infelizmente, 795 milhões de pessoas passam fome no mundo, principalmente crianças, segundo o relatório anual sobre a fome da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), intitulado “Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2015”.

No Brasil, são desperdiçadas anualmente 41 mil toneladas de alimentos. Isso coloca o país entre as dez nações que mais perdem e desperdiçam alimentos no mundo.
 
Um terço do alimento produzido no mundo se perde e 20% do alimento que compramos é jogado no lixo.

Sobre o desperdício de alimentos nos fala a nutricionista da Coordenação Nacional da Pastoral da Criança, Paula Pizzato. (MJ/Pastoral da Criança) 

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Atualidades



Carros usados pelo Papa na JMJ leiloados em prol dos refugiados

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Cracóvia (RV) – Três automóveis utilizados pelo Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foram leiloados pela Caritas polonesa para financiar a compra de uma clínica móbil para refugiados sírios no Líbano.

Segundo a responsável da Caritas Agnieszka Homan, este é o desejo do Papa.

Os três automóveis VW Golf azul escuro, com placas "K1 POPE", "K2 POPE" e "K3 POPE", têm certificados que especificam o percurso feito com o papa a bordo.

O carro empregado para o trajeto de Cracóvia (sul) ao Santuário Jasna Gora, em Czestochowa, é o que mais suscita interesse entre os participantes do leilão on-line.

Seu preço alcançou rapidamente 30.100 slots (7.800 dólares) desde que foi colocado à venda, segunda-feira (26/09) pela manhã. A venda prossegue até domingo, 9 de outubro.

Papa sensibilizou os jovens para a questão dos refugiados

Na JMJ; que reuniu de 27 a 31 de julho na Polônia centenas de milhares de jovens católicos de todo o mundo, o Papa fez um chamado para ajudar “os que sofrem com a guerra e a fome”, referindo-se aos refugiados.

A Caritas-Polônia, organização da Igreja católica, já vendeu vários presentes recebidos pelo Papa durante a JMJ, entre eles um par de sapatos adquirido por 28.000 slots (quase 7.300 dólares), informou Agnieszka Homan.

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Colômbia e Farc assinam histórico acordo de paz

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Cartagena (RV) - Depois de mais de cinquenta anos de conflito armado entre o governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), um acordo de paz foi selado nesta segunda-feira (26/09). Para ser definitivamente colocado em prática, no entanto, o texto do pacto ainda deverá ser aprovado em um referendo nacional do próximo domingo. Os 52 anos de conflito deixaram cerca de 260 mil vítimas fatais, 45 mil desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados. 

O que diz o acordo?

As Farc se comprometeram a entregar todas as suas armas às Nações Unidas; a não se envolver em crimes como sequestro, extorsão ou recrutamento de crianças; romper ligações com o tráfico de drogas; e cessar ataques contra as forças de segurança e civis.

O texto assinado inclui um plano para o desenvolvimento agrícola integral, dando aos ex-guerrilheiros acesso à terra e a serviços, além de criar uma estratégia para a substituição sustentável de cultivos ilícitos.

Com esse documento, será criado um sistema de justiça para punir os responsáveis por crimes no qual as vítimas terão algum tipo de reparação. As punições incluem restrição de liberdade e, no caso de o autor não reconhecer o crime, pode ir para a cadeia comum por até 20 anos.

Fim das plantações de coca

O governo colombiano também deverá desenvolver um plano de investimentos para o desenvolvimento do campo para dar aos agricultores oportunidades de ter renda e qualidade de vida de maneira lícita, sem o cultivo e produção de drogas.

As Farc ainda se comprometeram a romper os laços com o mercado de drogas, além de apoiar os esforços do governo para combater o narcotráfico. Os movimentos sociais que estão na base das Farc receberão garantias de que poderão fazer política sem armas.

A cerimônia de assinatura

Cerca de 2,5 mil pessoas vestidas de branco, entre elas 250 vítimas, estiveram presentes para escutar o anúncio que, por décadas, parecia uma realidade impossível: o fim da violência entre guerrilheiros, paramilitares e agentes do Estado.

Na cerimônia, compareceram 15 chefes de Estado, incluindo o presidente cubano Raúl Castro, anfitrião das conversações de paz intermediadas também por Noruega, Venezuela e Chile. Também participaram do evento histórico o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o rei emérito da Espanha, Juan Carlos, e vários representantes de organizações internacionais.

O acordo, um documento de 297 páginas que procura trocar “balas por votos”, promovendo o desarmamento da guerrilha e sua transição para a vida política legal, foi assinado com um “balígrafo”: uma caneta feita com restos de balas usadas em metralhadoras e fuzis. Os líderes estrangeiros que vieram para a cerimônia foram presenteados com réplicas da criação, que leva a frase “as balas escreveram nosso passado, a educação, o nosso futuro” inscrita em sua extensão.

A presença da Santa Sé com o cardeal Parolin

Pouco antes do ato oficial, na igreja de San Pedro Claver, o Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano e enviado do Papa Francisco para a cerimônia, presidiu uma oração pela reconciliação dos colombianos, que se repetiu em vários centros de culto por todo o país.

O Cardeal Parolin, assegurou aos presentes que que o Papa Francisco acompanhou de perto o processo e lhe pediu que transmitisse a “sua proximidade ao povo colombiano e suas autoridades”.

“O Santo Padre tem seguido com grande atenção os esforços dos últimos anos na busca de harmonia e reconciliação” no país sul-americano.

Participaram da cerimônia o núncio apostólico, Dom Ettore Balestrero, e o Presidente da Conferência Episcopal da Colômbia, Dom Luis Augusto Castro de Tunja.

(CM-agências)

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Grão Imame de Al-Azhar falará de paz em Bossey

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Bossey (RV) – À convite do Conselho Ecumênico de Igrejas (CEI), o Grão Imame da prestigiosa Universidade de Al-Azhar no Cairo – a máxima autoridade do Islã sunita – Ahmad al-Tayyeb irá à Bossey, na Suiça, para proferir uma palestra pública durante o Simpósio a ter lugar no Instituto e Universidade de Bossey, na Suiça, de 30 de setembro a 2 de outubro. O expoente muçulmano também participará de consultas de “alto nível” sobre processo de paz.

O Professor Ahmad al-Tayyeb foi eleito Grão Imame da Mesquita do Cairo em 2010 e apoiou abertamente o diálogo inter-religioso e a paz como elemento indispensável para enfrentar o extremismo religioso.

Em 2016 realizou uma visita histórica ao Vaticano para encontrar o Papa Francisco e a seguir viajou a Paris, somente seis meses após os ataques que atingiram a capital francesa.

No sábado, 1° de outubro, o Grão Imame é aguardado no Instituto Ecumênico de Bossey para proferir a palestra sobre o tema “A responsabilidade dos líderes religiosos pela paz mundial”.

Especialista em filosofia e lei islâmica, Tayyeb sempre apoiou a educação religiosa centrada entre progressismo e reforma e foi convidado ou conferencista em importantes eventos em todo o mundo sobre o tema da identidade islâmica, a luta contra o terrorismo, o diálogo pela paz.

O Imame, na ocaisão, fará consultas com o Diretor do Comitê Central da CEC, o moderador Agnes Abuom; a Vice-moderadora Mary Ann Swenson; com Gennadios di Sassima, vice-moderator e o Segretario Geral, Olav Fykse Tveit, que ressaltou:

“Estamos honrados em dar as boas-vindas a uma das instituições mais importantes do mundo islâmico, um, entre os líderes muçulmanos mais influentes. Aguardamos com ansiedade a sua lição e esperamos de poder compartilhar com ele as opiniões e os desafios que o CEI está levando em frente sobre o tema da justiça e da paz”, concluiu o Secretário Geral.

(JE)

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