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Sumario del 04/10/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

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Atualidades

Papa e Santa Sé



O Papa em Amatrice com a população atingida pelo terremoto

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Cidade do Vaticano (RV) – Realizando um desejo anunciado, o Papa Francisco visitou na manhã desta terça-feira (04/10) a cidade de Amatrice, no centro da Itália, devastada pelo terremoto de 24 de agosto passado. O tremor, de 6 graus na escala Richter, deixou centenas de mortos e ainda hoje, cerca de 4 mil pessoas vivem acampadas em tendas instaladas pela Defesa Civil. 

Visita sem aviso

Às 9h10 desta manhã, o Pontífice chegou de Roma em automóvel e antes de visitar a cidade, entrou na escola pré-fabricada 'Capranica', construída em Villa San Cipriano. Acompanhado pelo bispo de Rieti, Dom Domenico Pompili, cumprimentou os alunos e o reitor, que haviam sido informados de sua visita e o aguardavam. O Papa abraçou todos e agradeceu especialmente aos bombeiros pelo generoso serviço prestado nas operações de socorro.

Solidariedade e oração

"Pensei muito nos dias seguintes ao terremoto que uma minha visita seria mais um incômodo do que uma ajuda, e não queria incomodar. Por isso, deixei passar um pouco de tempo para que algumas coisas fossem arrumadas, como a escola. Mas desde o início senti que tinha que vir aqui! Simplesmente para dizer que estou com vocês, perto de vocês e nada mais. E que rezo, rezo por vocês. Proximidade e oração, esta é a minha oferta para vocês. Que o Senhor abençoe a todos, que Nossa Senhora os proteja neste momento de tristeza, de dor e provações".

Ave Maria 

Após a bênção, Francisco rezou uma Ave Maria com os presentes e os encorajou: "Vamos avante, há sempre um futuro. Muitas pessoas queridas nos deixaram, caíram sob os escombros. Coragem, olhemos sempre para frente. Ajudemo-nos uns aos outros, pois se caminha melhor juntos. Obrigado".

"Esperança" foi o sentimento que o Papa deixou no coração das pessoas.

O impacto do silêncio

Em seguida, o Pontífice foi à chamada ‘zona vermelha’, fechada por razões de segurança, e se aproximou o máximo possível dos escombros, aonde se deteve alguns minutos em recolhimento para rezar.  

Visita prosseguiu em outras localidades atingidas

Depois de constatar de perto a destruição, junto aos escombros, o Pontífice deixou Amatrice saudando as pessoas alojadas na 'Tendópoli Amatrice 1' e se dirigiu a Accumoli e Arquata del Tronto. 

Silêncio para não atrair a mídia

No Vaticano, reinou o silêncio sobre esta data, já que o Papa não queria uma viagem anunciada e a presença maciça da imprensa. Os próprio bispos das duas dioceses atingidas, Rieti e Ascoli, tiveram confirmação apenas esta manhã.

4 dias após o terremoto, na oração do Angelus de domingo, 28 de agosto, o Pontífice expressou sua proximidade espiritual aos habitantes atingidos pelo cisma e anunciou: “Assim que for possível também eu espero poder visitar-vos, para vos levar pessoalmente o conforto da fé, o abraço de pai e de irmão, o amparo da esperança cristã”. 

Domingo (02/10) à noite, retornando do Azerbaijão, Francisco reafirmou a intenção de visitar a região, mas não mencionou a data. “Irei sozinho, como sacerdote, como bispo, como Papa, mas sozinho. Quero estar próximo das pessoas”.

(CM)

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Terremoto: Papa visita Pescara e Arquata del Tronto

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco visitou, na manhã desta terça-feira (04/10), as cidades italianas de Amatrice, Accumoli, Pescara del Tronto e Arquata del Tronto devastadas pelo terremoto de 24 de agosto passado que causou 295 mortos.

Depois de visitar Amatrice, o Papa foi à Casa de Saúde San Raffaele, em Borbona, Província de Rieti, que acolhe doentes crônicos e não autossuficientes. Ali, saudou 60 pacientes, dentre os quais muitos idosos deslocados por causa do abalo sísmico. O Pontífice permaneceu ali um longo tempo e almoçou com eles.

Após o almoço, Francisco visitou o Comando do Corpo de Bombeiros, em Cittareale, base para as áreas do terremoto. Dali, se dirigiu a Accumoli, uma das cidades mais afetadas pelo sismo, onde saudou várias pessoas na Praça São Francisco, incluindo o Prefeito da cidade, Stefano Petrucci. O Papa rezou diante da igreja de São Francisco destruída pelo terremoto.

De Accumoli, o Papa se dirigiu a Pescara del Tronto, nas Marcas, onde parou três vezes ao longo do caminho para saudar pequenos grupos de pessoas.

Pouco antes da 14h locais, o Santo Padre chegou a Arquata del Tronto e ali saudou mais de 100 pessoas, dirigindo-lhes algumas palavras. Rezou com elas uma Ave Maria, pedindo pelos seus entes queridos que morreram no abalo sísmico. O Papa visitou a escola adaptada debaixo de uma tenda.

“Eu quis estar perto de vocês neste momento e dizer-lhes que tenho vocês no coração. Sei de seus sofrimentos, angústias e também de seus mortos. Estou com vocês. Por isso, quis estar aqui hoje”, disse o Pontífice aos sobreviventes do terremoto em Arquata.

“Coragem! Sempre adiante! Os tempos mudarão e será possível continuar. Estou com vocês”, concluiu.

Na visita a Pescara e Arquata del Tronto o Papa foi acompanhado pelo Bispo de Ascoli Piceno, Dom Giovanni D’Ercole. (MJ)

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Prefeitos de Amatrice e Accumoli: Papa nos deu esperança

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Amatrice (RV) - A saudar o Papa Francisco em sua visita, nesta  terça-feira (04/10), a Amatrice, estava o Prefeito da cidade, Sergio Pirozzi. Entrevistado pela nossa emissora, eis o que disse:

Pirozzi: “Esta foi a visita mais forte do ponto de vista emocional. Como eu disse no dia das exéquias, a nossa fé nos ensina, nos transmite esperança. Temos a certeza de que depois da morte existe uma vida. Por isso, a mensagem extraordinária é que, depois da morte que nós tivemos, a visita do Papa representa a vida, aquela que virá: Voltaremos a viver em nossas casas, em nossos lugares. Eu já disse estas coisas e a coisa mais bonita foi o seu abraço, o testemunho de uma proximidade extraordinária não somente física, mas sobretudo emocional. Agradeço ao Papa porque eu vi nos olhos do meu povo a esperança e não há coisa mais bela que essa!”

O Prefeito de Accumoli, Stefano Petrucci, acompanhou o Pontífice em sua visita ao que restou dessa cidade. 

Petrucci: “Depois de uma desgraça desse tipo, ter aqui o Papa Francisco para nós é um ponto de força.”

Qual é a situação em Accumoli?

Petrucci: “A comunidade, cerca de 250 pessoas, se encontra em San Benedetto del Tronto: famílias com crianças, jovens e avós. Outras 350 pessoas usufruíram da contribuição e se arranjaram autonomamente na casa de parentes ou pagando aluguel ou de outra forma. Aqui permaneceram cerca de 50 pessoas que trabalham nas atividades agrícolas e na criação de animais. Agora, devemos ajudá-las, pois ainda vivem numa condição de desconforto, pois os containers de uso familiar ainda não foram entregues e chegarão daqui a uma semana. Atualmente, estão na casa de amigos que possuem casas habitáveis ou em motorhome.” (MJ)

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Papa entre as vítimas do terremoto: consolar os aflitos

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Cidade do Vaticano (RV) – Visitando Amatrice e as vítimas do terremoto no centro da Itália, o Papa Francisco realiza uma das obras de misericórdia espirituais: consolar os aflitos.

Na audiência jubilar de 30 de junho, o Papa disse: "Uma coisa é falar de misericórdia, e outra é viver a misericórdia. Parafraseando as palavras do apóstolo são Tiago (cf. 2, 14-17), poderíamos dizer: Sem obras, a misericórdia está morta em si mesma. É exatamente assim! O que torna viva a misericórdia é o seu dinamismo constante, para ir ao encontro das carências e necessidades de quantos vivem em dificuldades espirituais e materiais. A misericórdia tem olhos para ver, ouvidos para escutar, mãos para levantar..."

Quem experimentou na própria vida a misericórdia do Pai, prossegue Francisco, não pode permanecer insensível diante das necessidades dos irmãos.

"Por causa das mudanças do nosso mundo globalizado, multiplicaram-se algumas formas de pobreza material e espiritual: portanto, demos espaço à fantasia da caridade para identificar novas modalidades de ajuda. Deste modo, o caminho da misericórdia tornar-se-á cada vez mais concreto."

A propósito, ouça o comentário do Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Card. João Braz de Aviz: 

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Intenção de oração: veja o vídeo do mês de outubro dedicado aos jornalistas

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Cidade do Vaticano (RV) – A Rádio Vaticano é um dos cenários do vídeo da intenção de oração deste mês de outubro.

“Para que os jornalistas, no desempenho da sua profissão, sejam sempre animados pelo respeito pela verdade e por um forte sentido ético”, é a intenção universal.

Profissionais que fazem a cobertura jornalística do Vaticano foram convidados a participar do vídeo, em que o Papa pede que os fiéis se unam a ele nesta intenção.

Eis as palavras de Francisco:

“Costumo perguntar-me: Como se podem colocar os meios de comunicação ao serviço de uma cultura do encontro? Precisamos de informação que leve ao compromisso com o bem da humanidade e do planeta. Une-te a mim neste pedido. Para que os jornalistas, no desempenho da sua profissão, sejam sempre animados pelo respeito pela verdade e por um forte sentido ético. Ajudas-me a difundir esta intenção?”

Do Brasil, aparece no vídeo Danusa Rego, da Canção Nova.

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Apresentada no Vaticano Conferência "Esporte a serviço da humanidade"

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Cidade do Vaticano (RV) - Realizou-se na manhã desta terça-feira (04/10), na Sala de Imprensa da Santa Sé, uma coletiva de apresentação da Primeira Conferência Mundial sobre Fé e Esporte, intitulada “O esporte a serviço da fé”.

O evento, que terá lugar no Vaticano a partir desta quarta até a próxima sexta-feira (5 a 7 de outubro), é organizado pelo Pontifício Conselho para a Cultura, com a colaboração da ONU e do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Dirigida pela vice-diretora da Sala de Imprensa da Santa Sé, Paloma Garcia Ovejero, a coletiva teve a participação do Cardeal Gianfranco Ravasi e de Mons. Melchor Sánchez de Toca y Alameda, respectivamente, presidente e subsecretário do referido dicastério vaticano; bem como do diretor de gerenciamento da marca global Allianz, Christian Deuringer, o desportista Kashif Siddiqui, jogador de futebol de origem paquistanesa, co-fundador de “Futebol para a Paz”; e ainda, Mario Pescante, membro do Comitê Olímpico Internacional.

Explicando porque um dicastério vaticano para a cultura possa se interessar pelo esporte, o Cardeal Ravasi afirmou que o conceito de cultura não é mais o tradicional, “hoje é mais antropológico, abraça todos os campos”.

“Podemos dizer que se tornou, como a música, um valor universal, por isso nos interessamos pelo esporte”, disse o purpurado, acrescentando que o esporte é parte daquela categoria que o gregos chamavam de paidea, formação”, frisando a criatividade e o aspecto pedagógico formativo nele contidos.

Afirmando que o esporte envolve corpo e espírito, inteligência e membros, que esta atividade lúdica hoje envolve a fé, a religião no sentido mais amplo possível, disse que é preciso voltar ao esporte como componente moral, “voltar autenticamente aos valores morais, capitais do esporte”.

Os jogos paraolímpicos são uma manifestação particular do esporte, são princípio de redenção, de regeneração, lembrou ainda o purpurado, aludindo também aos Jogos Olímpicos recentemente realizados no Rio de Janeiro.

Nessa mesma linha, o membro do Comitê Olímpico Internacional, Pescante, falou do esporte não somente como instrumento, mas como um valor em si mesmo, e que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro serviram também para dar esperança a tantos desesperados de países que se encontram em situação difícil.

Citou o caso de Kosovo, que não é reconhecido pela ONU como um Estado, mas cuja realidade recebeu reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional, podendo assim participar das Olimpíadas, com uma formação de albaneses e sérvios competindo com uma delegação própria.

No Rio de Janeiro damos cidadania aos 260 milhões de refugiados no mundo, disse ainda Pescanti, referindo-se à delegação que os representou nos Jogos Olímpicos, fato excepcional deste evento esportivo planetário.

Esta quarta-feira (05/10) à tarde se terá na Sala Paulo VI, no Vaticano, a cerimônia de abertura da Primeira Conferência Mundial sobre Fé e Esporte, cujo evento será presidido pelo Papa Francisco com a participação, entre outros, do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, e do presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach.

A Rádio Vaticano transmitirá o evento ao vivo, via satélite, para todo o Brasil e demais países de língua portuguesa cujas emissoras nos retransmitem, a partir das 11h20 do horário de Brasília. (RL)

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Bispos Católicos e Anglicanos, de Cantuária a Roma, encontram Francisco e Welby

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Londres (RV) -  De Cantuária a Roma. As celebrações pelos 50 anos de "relações estreitas e profundas" entre a Comunhão Anglicana e a Igreja Católica tiveram início no último sábado em Cantuária, Inglaterra, com um summit reunindo bispos de 19 países das duas Confissões e terão continuidade esta quarta-feira em Roma, com a celebração das Vésperas na presença do Papa Francisco e do Primaz da Comunhão Anglicana Justin Welby. O evento será transmitido pela Rádio Vaticano, com comentários em português, a partir das 12h50min, horário de Brasília. 

Bispos brasileiros

Do Brasil participam o Bispo diocesano de Barra do Piraí-Volta Redonda e Presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB, Dom Francisco Biasin, e Dom Flávio Irala, da Igreja Anglicana de São Paulo.

Programação

São 36 os bispos que participam da semana celebrativa, que no sábado iniciou com a celebração das Vésperas na Catedral de Cantuária e com uma Vigília católica na Cripta da Catedral. No domingo pela manhã, os bispos participaram de um encontro privado com o Arcebispo de Cantuária, Justin Welby. Ao longo de toda esta semana, em uma série de encontros, são tratados os desafios pastorais com os quais os prelados se deparam em suas respectivas dioceses, partilhadas suas experiências e esperanças para o futuro.

Os detalhes do encontro foram fornecidos pela Agência de Imprensa da Comunhão Anglicana "ACNS".

Na quarta-feira, 5 de outubro, os 36 bispos se unirão em Roma, junto ao Arcebispo Justin Welby e ao Papa Francisco, para a celebração das Vésperas na Igreja do Mosteiro de São Gregório al Cielo. A celebração será animada, conjuntamente, pelo Coral da Capela Sistina e pelo Coral da Catedral de Cantuária.

O primeiro Arcebispo de Cantuária, Santo Agostinho, foi Prior do Mosteiro de São Gregório, antes de ser enviado pelo Papa para evangelizar a Inglaterra em 597.

Encontro com Francisco

Na quinta-feira, 6 de outubro, o Arcebispo de Cantuária terá um encontro privado com o Papa Francisco, antes de uma série de encontros com bispos e funcionários do Vaticano.

Como "sinal de profunda amizade e respeito", o Arcebispo Welby usará o anel episcopal que foi presenteado por Paulo VI ao Arcebispo Michael Ramsey, em 1966.

As celebrações recordam os 50 anos do primeiro histórico encontro entre um Papa e um Arcebispo de Cantuária após a Reforma - o que acabou se tornando uma pedra fundamental nas relações ecumênicas - quando o Arcebispo Michael Ramsey foi a Roma para uma visita oficial a Paulo VI em 1966.

Era a primeira vez que um Papa encontrava-se com o mais alto representante do anglicanismo, ocasião em que o Papa Montini deu ao Arcebispo Ramsey o seu anel episcopal, gesto que teve uma grande repercussão em todo o mundo.

Centro Anglicano em Roma

As celebrações também fazem memória ao 50° aniversário do Centro Anglicano de Roma, e pela recorrência, o Arcebispo Welby participará de um jantar em Roma, para celebrar os cinco decênios de "promoção da unidade dos cristãos em um mundo dividido".

"O Centro anglicano trabalhou por cinquenta anos para ajudar católicos e anglicanos a trabalhar juntos, rezar, estudar e conversar juntos", afirma o atual Diretor, o Arcebispo David Moxon, que acrescenta: "A viagem que estamos fazendo nos pede para abandonar antigos medos e preconceitos para construir uma história compartilhada juntos. Estas celebrações marcam a escritura de um novo capítulo na histórica da Igreja cristã".

 

(je/sir)

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Igreja na América Latina



AI sobre a Colômbia: "não" ao referendo é ocasião perdida para a paz

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Londres (RV) - A vitória do “não”, com o qual os eleitores colombianos rejeitaram o acordo de paz subscrito em 26 de setembro entre o governo e as Forças armadas revolucionárias da Colômbia, significa para Anistia Internacional uma ocasião perdida para finalmente se distanciar de um conflito de meio século de duração, afirma um comunicado da ONG de defesa dos direitos humanos.

“Este dia será recordado negativamente na história da Colômbia, como o dia em que se deu as costas para um acordo que teria podido significar o fim de um conflito que em 50 anos devastou a vida de milhões de pessoas”, declara a diretora de Anistia Internacional para as Américas, Erika Guevara-Rosas.

“Mesmo com imperfeições, o acordo representava um passo avante concreto no caminho da paz e da justiça. A incerteza que deriva deste voto poderá comportar para milhões de colombianos, especialmente aqueles entre os mais vulneráveis como os nativos, as pessoas de descendência africana e as comunidades camponesas, um risco maior de sofrer violações dos direitos humanos”, acrescenta Guevara-Rosas.

“É fundamental que a Colômbia não se distancie daquele projeto e que continue caminhando na direção daquela paz tão esperada por milhões de pessoas”, conclui o comunicado. (RL)

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Igreja no Mundo



São Francisco: homem de paz, próximo aos pobres e custódio da criação

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Assis (RV) – Ontem, segunda-feira, foi celebrada a “Comemoração Nacional da ‘Passagem’ de São Francisco”, Padroeiro da Itália, enquanto hoje, 4 de outubro, é celebrada a sua Festa. A cidade de Assis assume, como de costume, um papel fundamental neste dia. 

A Rádio Vaticano entrevistou o Padre Enzo Fortunato, jornalista e Diretor da Sala de Imprensa do Sacro Convento de Assis, que inicia explicando o significado da comemoração da “Passagem”:

“Queremos recordar a “Passagem” de São Francisco, quando, ao final de sua vida, entoou o Cântico das Criaturas e quis confiar o seu corpo à “Irmã Morte”. Foi um momento forte, porque foi o abraço com Deus: o momento mais esperado por Francisco de Assis que, nos últimos anos de sua vida, viu o seu corpo identificado com o de Jesus, com os estigmas que havia recebido no Monte La Verna; a partir daquele momento Francisco é chamado o “alter Christus”. E ao seu lado, os seus irmãos: a sua amiga Jacoba, que  levará para ele aqueles biscoitinhos que ele mesmo havia pedido – os famosos “mostaccioli”; mas sobretudo aqueles freis que o haviam acompanhado ao longo da aventura que o levou a fundar uma nova Ordem: a Fraternidade Franciscana. E é um momento forte, porque é o xeque-mate de Francisco contra a morte: não mais ter medo, mas a porta que leva a Cristo, a porta – eu diria hoje, a da misericórdia – que faz encontrar aquela terra que cada um de nós – Francisco quer ser sepultado na “terra nua”, pois dali viemos – e esta pequenez – porque Francisco sempre definiu-se “pequeno” – encontra a grandeza, o amor, a beleza de Deus”.

RV: Qual a atualidade da mensagem de São Francisco?

“A mensagem de São Francisco – eu diria – tem um sentido perene, precioso, porque é uma mensagem permeada de Evangelho. Francisco mesmo quer a sua regra baseada no Evangelho. E a Regra franciscana – o carisma franciscano – goza de uma perenidade como o Evangelho. Depois existem três grandes aspectos que o tornam atual, e que o próprio Papa indicou na escolha do nome quando foi eleito, assumindo o nome de Francisco: “Escolhi o nome Francisco porque homem da paz, homem ao lado dos pobres, homem que ama e protege a Criação”.

RV: Falemos da importância da celebração de São Francisco, também à luz da recente visita do Santo Padre à Assis...

“Em 4 de outubro se vive em Assis, na Basílica Superior, a Solene Celebração Eucarística presidida pelo Arcebispo de Turim, Dom Norsiglia; e a seu lado, todos os Bispos do Piemonte. Quem acende a lâmpada votiva durante a celebração é o Prefeito da capital do Piemonte, Turim. Por fim, o Presidente da região, o representante do governo e o Ministro Geral, ao final da celebração, falarão da sacada do Sacro Convento para o tradicional discurso à Nação, porque – o recordamos – São Francisco é o Padroeiro da Itália. Portanto, dois momentos – eu diria – muito fortes: um litúrgico, o outro institucional, que nos levam a olhar também à etapa precedente vivida há poucos dias, porque em 20 de setembro o Papa Francisco estava em Assis com todos os líderes religiosos. E alí o Papa Francisco recordou a importância do diálogo e da amizade entre as crenças, também a violência e a guerra, sobretudo sobre a guerra ele disse: “Nunca é santa”, e não se pode combater e matar “em nome de Deus”. Eis que a imagem de Assis foi uma imagem que faz compreender como Francisco tenha lutado para fazer com que o outro seja sempre um rosto amigo, seja sempre o rosto de um homem que é teu irmão”.

RV: A Região do Piemonte oferece o óleo para a lâmpada de São Francisco. Qual o significado de fazer arder o óleo na lâmpada?

“Tem o significado, eu diria muito profundo, da devoção dos italianos por São Francisco. A oliveira é uma planta existente em quase todas as regiões de nosso país, e o óleo indica o remédio para as feridas e fortalecimento do homem. O óleo indica também a laboriosidade do povo italiano, mas também o óleo serve para fazer acender e arder uma luz: isto significa que nós fazemos nossas as palavras de Francisco: “Altíssimo e Glorioso Deus, ilumina o meu coração”. Aquela luz significa que ele nos quer iluminar e deseja orientar o nosso caminho pela estrada da paz, da fraternidade, do encontro. Vivemos esta Festa de São Francisco pensando também, e sobretudo, àqueles que sofrem, às vítimas do terremoto de Amatrice e dos outros lugares atingidos pelo terrível terremoto; pensando também às tantas pessoas que estão fugindo da guerra, da pobreza, para encontrar um abrigo melhor, uma casa melhor”.

(je/aw)

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Bispos católicos e luteranos suecos lançam nota conjunta sobre visita do Papa

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Estocolmo (RV) – Ainda existem obstáculos no caminho ecumênico, mas desejamos que aquilo que já é iminente, dê energia ao trabalho ecumênico no nosso país e dê sinais encorajadores e de esperança em todo o mundo. 

Evento histórico

Assim conclui-se um longo artigo publicado esta terça-feira no jornal sueco de inspiração cristã Dagen, assinado conjuntamente pelo Bispo católico da Diocese de Estocolmo, Anders Arborelius, e o Arcebispo da Igreja da Suécia, Antje Jackelen, a menos de um mês da visita do Papa Francisco a Lund, “evento que pode ser definido como histórico”, escrevem os bispos.

Em 31 de outubro, aniversário da Reforma, “pela primeira vez em absoluto, os líderes da Igreja Católica e da Federação Luterana mundial lançarão um olhar conjunto sobre a Reforma”.

Visita é fruto visível dos 50 anos de diálogo entre católicos e luteranos

O evento é um dos “frutos visíveis” dos “cinquenta anos de diálogo entre católicos e luteranos”, escrevem os bispos citados pela Agência Sir, recordando a assinatura da “Declaração conjunta sobre a doutrina da justificação” e o documento “Do conflito à comunhão”.

Os bispos explicam, ademais, que o evento na Arena de Malmö intitulado “Juntos na esperança”, quer ser um “testemunho ao mundo da misericórdia de Deus” e anunciam que “como sinal concreto da vontade de fortalecer os laços, Caritas Internationalis e o World Service, subscrevem um memorandum conjunto”.

O convite é “colher a oportunidade de testemunho de Jesus Cristo para que o mundo creia” e “a rezar e a trabalhar pelo bem do Evangelho”.

(je/sir)

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Nunca a colaboração entre ortodoxos e católicos foi tão importante como hoje, diz Patriarcado de Moscou

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Moscou (RV) - Uma ampla colaboração entre ortodoxos e católicos para que sejam "forças de paz" e "pontos de referência moral" em um mundo marcado por conflitos armados, terrorismo, perseguições, consumismo, materialismo. Este é o augúrio do Secretário para as Relações entre os Cristãos, do Departamento para as Relações Eclesiásticas Externas do Patriarcado de Moscou , o hieromonge Stefan (Igumnov).

Na entrevista concedida à Asianews, o religioso explica o valor do acordo assinado em Chieti (Itália) sobre primado e colegialidade, assim como das dificuldades encontradas dentro da ortodoxia. O encontro entre o Papa Francisco e o Patriarca Kirill em Cuba, foi o acontecimento que catalizou o incremento das relações fraternas entre Moscou e Roma.

Documento de Chieti

Ao referir-se ao documento assinado recentemente pelas duas Confissões em Chieti,  Stefan explicou que ele toca em temas que dizem respeito aos princípios da colegialidade e do primado, no tempo do cristãos do primeiro milênio da nossa era. Ele chamou a atenção para o fato, de que naquele tempo, a postura em relação a esta questão entre Ocidente e Oriente "era um pouco diferente, mas esta diferença não aboliu a unidade fundamental dos cristãos". Neste sentido, "a experiência do primeiro milênio é o nosso patrimônio comum e o documento firmado coloca uma base sólida para o desenvolvimento ulterior do diálogo ortodoxo-católico".

"A Igreja Ortodoxa - reiterou - é um dos participantes mais ativos deste diálogo e sempre foi a força que promoveu tal processo, não obstante as dificuldades nascidas em seus interior, que às vezes pareciam ser intransponíveis". A provação do documento  somente agora - constata - foi possível pois o texto atual "baseia-se na tradição, para nós comum, da Igreja indivisa e sobre fontes que são reconhecidas por ambas as partes".

Crescimento nas relações

O hieromonge observa que as relações entre católicos e ortodoxos está crescendo, não somente pelo fato do fortalecimento do diálogo teológico, mas também na colaboração no campo acadêmico, cultural e humanitário, e "na questão da defesa dos valores tradicionais na sociedade e do apoio aos nossos irmãos que vivem em perigo, em diversas situações do mundo".

Encontro em Havana é referência

Os último dois temas, de fato - recordou - estiveram ao centro do histórico encontro entre Kirill e Francisco em Havana, em fevereiro deste ano. E o documento assinado, "representa o quadro de referência para uma colaboração mais ampla entre os líderes religiosos de todo o mundo". O líderes das Igrejas do Oriente Médio - exemplificou - sublinharam que "o encontro de Cuba foi um sinal de esperança e impulsionou uma maior cooperação entre eles".

Sínodo Pan-Ortodoxo de Creta

Stefan explica que o mundo ortodoxo está revivendo mecanismos da realização do princípio de conciliaridade em uma nova fase, com condições diferentes em relação ao séculos em que foram convocados os últimos Sínodos Pan-Ortodoxos, num caminho em que existem dificuldades. "Infelizmente - afirma - em Creta não houve um Sínodo Pan-Ortodoxo. Todavia - completa - o processo pré-conciliar não parou e continuará, até que as Igrejas Ortodoxas possam resolver as controvérsias existentes entre elas e dar uma resposta aos desafios de hoje que a humanidade deve enfrentar".

Trabalho conjunto para enfrentar os atuais desafios da humanidade

A proliferação dos conflitos armados que ameaçam degerenar em um conflito global entre as grandes potências; a difusão do fenômeno do terrorismo; a exacerbação das divisões sociais; o problema da fome e das doenças, a ameaça de uma catástrofe ambiental são alguns dos fatores citados pelo hieromonge que ameaçam diversos aspectos de nossa vida.

Para ele, um dos motivos principais destes problemas é a disseminação na sociedade do culto ao consumismo, "a oposição entre bem-estar material e espiritual". Nestas circunstâncias, "os cristãos são chamados a testemunhar ao mundo os valores verdadeiros, desempenhar seu papel de forças de paz e a serem 'sal da terra''. Infelizmente - reconhece - seguidamente vemos que os próprios cristãos perdem a bússola espiritual, são influenciados pelo espírito pernicioso dos tempos, como por exemplo acontece com as doutrinas de algumas Igrejas protestantes, que corroeram o conceito de moral cristã".

Para o religioso russo, "a Igreja Ortodoxa e a Católica, permanecem como a fortaleza da moral tradicional e sentem a sua responsabilidade pelo futuro da civilização. Mantiveram o seu potencial de forças de paz e representam um ponto de referência para aqueles que não querem sufocar a voz da consciência no próprio coração e querem mudar para melhor o nosso mundo".

"Neste sentido - conclui - nunca como agora é pedida uma cooperação entre ortodoxos e católicos sobre as questões mais difíceis da contemporaneidade".

Hieromonge (em grego: Ἱερομόναχος )é um monge que também é um padre na Igreja Ortodoxa e na Igreja Católica Oriental. No cristianismo ocidental, um padre que também é um monge é chamado de "padre religioso" ou "clero regular", ou seja, vivendo sob uma regra monástica (em latim: regula).

 

(je/asianews)

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Atualidades



Dia Internacional do Idoso: envelhecimento sem estigmas

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Cidade do Vaticano (RV) - Foi celebrado, no último sábado (1º/10), o Dia Internacional do Idoso que este ano teve como tema “Envelhecimento sem estigmas”. Em 14 de dezembro de 1990, a Assembleia Geral da ONU incluiu o dia 1º de outubro em seu calendário de comemorações especiais.  

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou recentemente um relatório alertando sobre a discriminação e atitudes negativas contra idosos.

Sobre as iniciativas realizadas no Dia Internacional do Idoso nós contatamos, em Curitiba (PR), a Coordenadora Nacional da Pastoral da Pessoa Idosa, Irmã Terezinha Tortelli. 

(MJ)

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