Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 09/10/2016

Papa e Santa Sé

Formação

Papa e Santa Sé



Ano Santo vai se encerrar com Consistório e 17 novos cardeais

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Surpreendendo os fiéis presentes na Praça São Pedro e todos os que o acompanhavam ao vivo pelo rádio, TV e Internet, o Papa anunciou na manhã deste domingo a realização de um consistório para a criação de novos cardeais. O Brasil foi contemplado com a escolha do arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha.

“Com alegria, anuncio que sábado, 19 de novembro, na véspera do fechamento da Porta Santa da Misericórdia, realizarei um Consistório para nomear 13 novos cardeais, de cinco continentes. Sua proveniência, de 11 nações, expressa a universalidade da Igreja que anuncia e testemunha a Boa Nova da Misericórdia de Deus em todos os cantos da terra. A inclusão dos novos cardeais na diocese de Roma manifesta também a inseparável relação existente entre a Sé de Pedro e as Igrejas particulares ao redor do mundo”.

Domingo, 20 de novembro, Solenidade de Cristo Rei, conclusão do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, concelebrarei a Santa Missa com os novos cardeais, com o Colégio Cardinalício, os arcebispos, bispos e presbíteros”.

Na sequência, Francisco revelou quem serão os novos cardeais:

Dom Mario Zenari, que continua como Núncio Apostólico na ‘amada e martirizada’ Síria;
Dom Dieudonné Nzapalainga, C.S.Sp., Arcebispo de Bangui (República Centro-africana);
Dom Carlos Osoro Sierra, Arcebispo de Madri (Espanha);
Dom Sérgio da Rocha, Arcebispo de Brasília (Brasil);
Dom Blase J. Cupich, Arcebispo de Chicago (EUA);
Dom Patrick D’Rozario, C.S.C., Arcebispo de Daca (Bangladesh);
Dom Baltazar Enrique Porras Cardozo, Arcebispo de Mérida (Venezuela);
Dom Jozef De Kesel, Arcebispo de Malines-Bruxelas (Bélgica);
Dom Maurice Piat, Arcebispo de Port Louis (Ilhas Maurício);
Dom Kevin Joseph Farrell, Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (EUA);
Dom Carlos Aguiar Retes, Arcebispo de Tlalnepantla (México);
Dom John Ribat, M.S.C., Arcebispo de Port Moresby (Papua Nova Guiné);
Dom Joseph William Tobin, C.SS.R., Arcebispo de Indianapolis (EUA).

Aos membros do Colégio Cardinalício, o Papa decidiu unir ainda dois arcebispos e um bispo, eméritos, que se destacaram em seu serviço pastoral, e um Presbítero que deu claro testemunho cristão. “Eles representam muitos bispos e sacerdotes que em toda a Igreja edificam o povo de Deus, anunciando o amor misericordioso de Deus no cuidado cotidiano do rebanho do Senhor e na confissão de fé”.

Eles são:

Dom Anthony Soter Fernandez, Arcebispo Emérito dei Kuala Lumpur (Malásia);
Dom Renato Corti, Arcebispo Emérito de Novara (Italia);
Dom Sebastian Koto Khoarai, O.M.I, Bispo Emérito de Mohale’s Hoek (Lesoto);
Padre Ernest Simoni, Presbítero da Arquidiocese de Shkodrë-Pult (Scutari – Albânia).

Este será o terceiro consistório do pontificado de Francisco, após a criação de 19 cardeais, entre os quais 16 eleitores, em 22 de fevereiro de 2014, e de 20 cardeais (15 eleitores) em 14 de fevereiro de 2015.

 

(CM)

inizio pagina

Dom Sérgio da Rocha: 'Tudo na Caridade'

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Com os 13 novos cardeais com menos de 80 anos, o Colégio cardinalício terá no próximo dia 19 de novembro, membros de 58 países. Naquele dia, seus componentes serão exatamente 120, teto máximo estabelecido por Paulo VI para um eventual conclave. 

Brasil tem 5 cardeais eleitores

Com a escolha de Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília, a Igreja no Brasil passa a ter 5 cardeais eleitores: Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo (SP), Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida (SP), João Braz de Aviz (Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (Vaticano), Orani João Tempesta (Rio de Janeiro). 

Também são cardeais brasileiros Cláudio Hummes (SP), Paulo Evaristo Arns (SP), Aloísio Lorscheider (Fortaleza), José Freire Falcão (Brasília), Serafim Fernandes de Araújo (BH), Geraldo Majella Agnelo (Salvador) e Eusébio Oscar Scheid (RJ). Por terem mais de 80 anos, não participam de conclaves, mas podem ser eleitos.

Biografia de Dom Sérgio

O novo cardeal Dom Sérgio da Rocha tem hoje 56 anos. Foi nomeado arcebispo de Brasília em 15 de junho de 2011 pelo Papa Bento XVI e desde abril de 2015 preside a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Estudou filosofia no Seminário Diocesano de São Carlos (SP), teologia no Instituto Teológico de Campinas (SP), concluiu mestrado em teologia moral na Faculdade Teológica "Nossa Senhora da Assunção", em São Paulo, e doutorado na mesma disciplina junto à Academia Alfonsiana de Roma.

Foi ordenado sacerdote em 14 de dezembro de 1984 em Matão (SP), foi pároco em Água Vermelha, coordenador da pastoral da Juventude de São Carlos, professor do Seminário Diocesano e diretor espiritual da Casa de Teologia de Campinas.

Também foi reitor do Seminário de Filosofia de São Carlos, coordenador da pastoral vocacional, vigário paroquial da Catedral da cidade e vigário paroquial em "Nossa Senhora de Fátima", entre outros cargos.

No dia 13 de junho de 2001, foi nomeado bispo titular de Alba e auxiliar de Fortaleza (CE). Em 11 de agosto, recebeu a consagração episcopal, com o lema 'Omnia in Caritate' (Tudo na Caridade). Em 31 de janeiro de 2007 foi nomeado bispo coadjutor de Teresina (PI), e em 2008, Arcebispo da capital piauiense.

De 2003 a 2007 foi membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB; membro da Comissão Episcopal do Mutirão de Superação da Miséria e da Fome da CNBB; Secretário do Regional Nordeste I; Bispo referencial da Pastoral da Juventude e da Pastoral Vocacional no Regional Nordeste I.

De 2007 a maio de 2011 foi Presidente do Departamento de Vocações e Ministérios do CELAM; membro da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, cargo que ocupou até maio de 2011; membro do Conselho Permanente da CNBB e Presidente do Regional Nordeste IV.

No dia 11 de maio de 2011 foi eleito Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB, cargo mantido até 2015.

Em 2012, foi eleito como membro delegado da CNBB para participar como Padre Sinodal da 13ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos a se realizar no Vaticano de 7 a 28 de outubro daquele ano. 

Ouça entrevista à RV

em fins de setembro, Dom Sérgio da Rocha participou de encontro com episcopado lusófono em Aparecida (SP) e concedeu entrevista à RV. 

(CM)

 

inizio pagina

Papa: "Só quem sabe agradecer experimenta a plenitude da alegria"

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa presidiu este domingo (09/10) a missa do Jubileu Mariano na Praça São Pedro. Dezenas de milhares de fiéis participaram da cerimônia, incluindo delegações de mais de 40 nações que participaram deste evento nos últimos dias em Roma.

Saber reconhecer e agradecer o dom recebido

A homilia do Pontífice se inspirou nas leituras do dia, que nos convidam a reconhecer os dons de Deus. Lucas, em seu Evangelho, menciona o episódio dos dez leprosos curados por Jesus, dos quais apenas um, o estrangeiro que vive marginalizado, volta atrás para expressar a sua gratidão pelo dom recebido. 

“Como é importante saber agradecer, saber louvar por tudo aquilo que o Senhor faz por nós! Assim podemos perguntar-nos: somos capazes de dizer obrigado? Quantas vezes dizemos obrigado em família, na comunidade, na Igreja? Quantas vezes dizemos obrigado a quem nos ajuda, a quem está ao nosso lado, a quem nos acompanha na vida? Muitas vezes consideramos tudo como se nos fosse devido!”, afirmou Francisco, lembrando que “isto acontece também com Deus... É fácil ir ter com o Senhor para Lhe pedir qualquer coisa, mas voltar para Lhe agradecer...”.

Só quem sabe agradecer experimenta a plenitude da alegria

E precisamente neste Jubileu Mariano, é oportuno “pedir a Nossa Senhora que nos ajude a entender que tudo é dom de Deus e a saber agradecer: só então a nossa alegria será completa”, frisou Francisco.

O Papa também citou a importância de sermos humildes, como o foi Naaman, comandante do exército do rei da Síria, leproso, que para se curar, aceita a sugestão de uma escrava e confia-se aos cuidados do profeta Eliseu, que para ele é um inimigo. Eliseu não pretende nada; manda-o apenas mergulhar na água do rio Jordão. Naaman perplexo estava para voltar a casa, mas depois aceita mergulhar no Jordão e, imediatamente, fica curado.

Maria também foi estrangeira no Egito, distante de parentes e amigos

Os protagonistas dos dois episódios têm uma coisa em comum: são dois estrangeiros.

“Quantos estrangeiros, incluindo pessoas de outras religiões, nos dão exemplo de valores que nós, às vezes, esquecemos ou negligenciamos! É verdade; quem vive a nosso lado, talvez desprezado e marginalizado porque estrangeiro, pode-nos ensinar como trilhar o caminho que o Senhor quer”, concluiu o Papa.

Delegações de todo o mundo presentes em Roma com a 'sua Maria'

O Jubileu Mariano teve início sexta-feira (07/10) e desde então, nas redondezas doo Vaticano têm se realizado adorações e vigílias de oração à Virgem Maria. Chegaram à Santa Sé 94 congregações marianas de todo o mundo, trazendo imagens marianas de 51 Santuários de 40 países, inclusive do Brasil. Uma delegação trouxe uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e participou da Vigília de sábado (08/10), com o Papa, na Praça São Pedro.  

O Ano Santo Extraordinário da Misericórdia começou em 8 de dezembro de 2015 e será encerrado no próximo dia 20 de novembro. 

(CM)

inizio pagina

Formação



Reflexão dominical: “Levanta-te e vai! A tua fé te salvou”

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - «A Liturgia deste domingo apresenta Jesus que ia com seus discípulos em direção a Jerusalém. Perto do povoado da Samaria, surgiram dez leprosos, que pararam a certa distância, para não contaminá-lo com a lepra. Eles gritavam: Mestre, tem compaixão de nós! Jesus, simplesmente, sem tocá-los, apenas disse: “'Ide apresentar-vos aos sacerdotes.” 

A lepra era uma doença causada por bactéria e era muito comum bem antes do tempo de Cristo. Como a medicina era muito atrasada, para não dizer inexistente, não se sabia a causa daquela doença, e assim, o leproso era considerado impuro, não só pelo perigo de contaminar os demais, mas, acima de tudo, por motivos religiosos. Ou seja, toda doença era causada por impurezas ou pelos pecados. Assim pensavam naquela época.  Eis porque os leprosos eram mantidos longe do convívio social. Mas, se por acaso, algum deles ficasse curado, deveria se apresentar ao sacerdote para que fosse confirmada a sua cura e pudesse assim reingressar na sociedade.

Por isso Jesus ordenou que os dez leprosos fossem se apresentar aos sacerdotes, antes mesmo de serem curados.

Em nossa sociedade existem muitos tipos de “impuros”, ou melhor, muitas pessoas parecidas com os leprosos daqueles tempos, que são desprezadas pelos que gozam do bem-estar social e político. Os “impuros” de hoje podem ser considerados os pobres, os analfabetos, os nordestinos, os negros, os homossexuais, as prostitutas, os desempregados, os favelados, os mendigos, os camponeses ou caipiras e tantos outros!

Esses não podem se misturar com os “puros” da nossa da alta sociedade! Muitas são as barreiras colocadas entre uns e outros. E pensar que a nossa salvação depende deles, do modo pelo qual nós os tratamos na prática: na prática da caridade!

Somente um deles voltou para agradecer a grande graça de ser curado por Jesus. Na nossa vida, apenas um por cento das pessoas agradece a Deus, no fim do dia, por tudo o que recebe. Apesar de toda a nossa ingratidão, Deus continua sempre a nos proteger, a amar e a nos convidar à conversão.

Jesus, ao perguntar porque os outros ingratos não voltaram para agradecer, diz aquele àquele homem:  “Levanta-te e vai! A tua fé te salvou”.

Os leprosos simplesmente foram e se apresentaram aos sacerdotes, sem duvidar da ordem do Senhor. Sinal que tiveram fé na sua misericórdia! Sinal que não duvidaram que seriam curados, após terem gritado com insistência: “Mestre, tem compaixão de nós!” É  preciso pedir, sim, mas com fé, porque sem fé não há milagre!

A liturgia de hoje também nos chama a atenção, portanto, para a gratidão. Apesar dos nossos afazeres, às vezes esquecemos de agradecer a Deus pelas suas muitas graças recebidas. Por isso, por sermos imperfeitos, devemos pedir perdão a Deus. Ele nos trata com tanta bondade e misericórdia e nos perdoa sempre!

Temos sempre motivo para sermos agradecidos ao bom Deus. Não devemos agir como os outros nove leprosos, que não voltaram para reconhecer a graça que receberam de Jesus da cura da sua lepra». (Reflexão para o XXVIII Domingo do Tempo Comum - José Salviano - Liturgia Diária)

inizio pagina