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Sumario del 10/10/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Formação

Papa e Santa Sé



Papa aos palotinos: conversão profunda para assistir os irmãos

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao final da manhã desta segunda-feira (10/10), o Papa recebeu no Vaticano cerca de 100 participantes do Capítulo Geral da União do Apostolado Católico, cujos membros são conhecidos como palotinos

Em seu discurso, o Pontífice ressaltou a herança do fundador, São Vicente Pallotti, que teve o “dom de reconhecer que Jesus é o Apóstolo do Pai, grande no amor e rico de misericórdia”.

“Diante dos nossos olhos, vemos todos os dias cenas de violência, rostos sem piedade, corações endurecidos e desolados. Precisamos nos recordar daquele Pai, cujo coração pensa em todos e quer a salvação de cada homem”, disse Francisco.

Cada membro da Família Palotina, acrescentou o Papa, é chamado a colocar como fundamento da própria existência a pessoa de Cristo e Sua fiel sequela.

Fé viva

“Contemplando a vida de Jesus e olhando a nossa vida de peregrinos neste mundo, com tantos desafios, sentimos a necessidade de uma conversão profunda e a urgência de reavivar a fé Nele. Somente assim poderemos servir o nosso próximo na caridade!”, exortou Francisco.

O Papa os encorajou a prosseguirem com alegria e esperança seu caminho, atuando com ímpeto renovado para despertar a fé e reacender a caridade, especialmente entre as camadas mais frágeis da população, pobres espiritual e materialmente.

“Nisto, são amparados pelo exemplo de tantos coirmãos que dedicaram sua vida a serviço dos outros”, disse ainda Francisco, afirmando que na Argentina conheceu muitos palotinos em seu serviço pastoral.

Zelo apostólico

O Pontífice concluiu confiando os palotinos à proteção de Nossa Senhora, que São Vicente Pallotti venerava de modo especial como Rainha dos Apóstolos.

“Ela, exemplo eficaz de zelo apostólico e perfeita caridade, nos convida à incessante oração para invocar os dons do Espírito Santo sobre os apóstolos de hoje, para que o Evangelho do seu Filho possa ser proclamado em todas as partes do mundo.”

(bf)

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Núncio Zenari: esta púrpura é para o povo sírio

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao anunciar os novos cardeais, o primeiro nome pronunciado por Francisco foi o do Núncio Apostólico em Damasco, Dom Mario Zenari, que permanecerá ao lado da população martirizada pela guerra inclusive depois do Consistório de 19 de novembro. A Rádio Vaticano contatou o Arcebispo italiano após o anúncio feito pelo Papa no Angelus deste domingo (09/10): 

Dom Zenari:– Foi para mim uma emoção que efetivamente me turbou … Foi uma surpresa: uma surpresa! Agradeço de coração ao Santo Padre, porque esta púrpura vai à Síria, às vítimas da Síria, a todos aqueles que sofrem com este terrível conflito. Portanto, a púrpura é para esta gente, para as muitas crianças que sofrem, para a pobre gente que paga as consequências deste terrível conflito.

RV: – O Papa destacou que o senhor permanecerá núncio na Síria...

Dom Zenari:– Diria que o Papa usa palavras, palavras muito fortes em suas mensagens, e neste caso usa também um fato: criar cardeal uma pessoa que é núncio na Síria. E aqui diria que é um acontecimento muito, muito eloquente: é algo novo, um núncio cardeal que permanece núncio ali na nação em que trabalha!

RV:– Depois de tanto esforço pela paz nesta terra martirizada, como o agora Cardeal Zenari poderá contribuir ainda mais para a Síria?

Dom Zenari:– Como pessoa humilde, creio não dou muito peso, porém gostaria de que este sinal do Santo Padre fosse utilizado o mais possível. O meu esforço é aquele que é... porém por trás tem este apoio! E sinto a força, sinto o impulso, sinto este sinal forte do Santo Padre por trás da minha pobre pessoa e dos meus limites... Portanto, me sinto encorajado e posso dizer que esta missão como núncio é realmente encorajada e apoiada pelo Santo Padre. E certamente trará algum benefício a mais neste sinal de proximidade, inclusive nesta maneira tão nova que o Papa utilizou.

(bf)

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Prisioneiro durante 27 anos, Pe. Simoni será um dos 17 novos cardeais

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Cidade do Vaticano (RV) - Em 21 de setembro de 2014, por ocasião da visita do Papa à Albânia, o mundo conhecia Pe. Ernest Simoni. Em sua visita a Tirana – capital do país da península Balcânica –, Francisco ouviu comovido o testemunho do sacerdote: encarcerado durante 27 anos, torturado, obrigado a trabalhos forçados, reiteradas vezes condenado à morte. 

Pe. Ernest, cuja história foi contada recentemente num livro do vaticanista Mimmo Muolo, sempre confiou em Jesus e, desse modo, venceu o totalitarismo comunista que durante décadas oprimiu a Albânia.

No Angelus deste domingo (09/10), o anúncio do Papa Francisco: Pe. Ernest Simoni – hoje com quase noventa anos – será cardeal. Uma surpresa à qual o sacerdote albanês quase não acredita. Entrevistado pela Rádio Vaticano, o futuro purpurado deixou-nos o seu testemunho:

Pe. Ernest Simoni:- “Quando vi o Angelus pela televisão, o qual costumo recitar com o Santo Padre, ouvi ‘Pe. Ernest’. Foi uma surpresa imensa para mim: jamais poderia pensar! Devo agradecer ao Senhor pela vida que me deu e pelas graças, as muitas graças que alcancei. É obra e mérito somente de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Santíssima Virgem Maria. E assim, como um pobre missionário – um pequeno missionário de Jesus –, todos os dias peço o amor de Jesus no coração de todos os homens.”

RV: O Santo Padre ficou fortemente tocado – e o disse ele mesmo em várias ocasiões – com seu testemunho e com o encontro com o senhor na Albânia. De certo modo, essa púrpura é um reconhecimento ao senhor e a tantos cristãos na Albânia e em muitas outras terras que sofrem perseguições por testemunhar Jesus Cristo...

Pe. Ernest Simoni:- “Certamente! ‘Como perseguiram a mim, perseguirão também a vós que me seguis.’ Mas Jesus sempre foi a imensa esperança que nos consola e nos ajuda, para amar. Encontrei o Santo Padre quando chegou à Albânia: troquei duas palavras com ele. Tudo é Jesus que me salvou; sofri muitas perícias: duas vezes fui condenado à morte... Jesus fez tudo!”

RV: O Papa Francisco sempre fala das “surpresas de Deus”: essa é, realmente, uma surpresa! O senhor esteve perto da morte várias vezes, no cárcere, torturado, e agora prestes a ser incardinado na Igreja de Roma, próximo do Papa...

Pe. Ernest Simoni:- “Esta é uma enorme surpresa! Estive cinco vezes perto da morte; pegaram-me na prisão para eliminar-me, mas Deus me salvou: Jesus me salvou. Somente Jesus, Jesus amor infinito para conosco!” (RL)

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Dom Nzapalainga: serei cardeal em prol dos pobres e da reconciliação

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Cidade do Vaticano (RV) - O arcebispo de Bangui, na República Centro-Africana, Dom Dieudonné Nzapalainga, com quem o Papa abriu a primeira Porta Santa do Jubileu, será neo-cardeal na conclusão deste Ano Santo da misericórdia, após o Consistório de 19 de novembro, anunciado este domingo (09/10) por Francisco durante o Angelus. Entrevistado pela Rádio Vaticano, o futuro purpurado – primeiro deste país africano – detém-se sobre a importância que as periferias assumem também com essa sua nomeação:

Dom Dieudonné Nzapalainga:- “O Papa Francisco deu ênfase a uma Igreja de periferia, uma Igreja dos pobres, disse e fez isso não somente vindo à República Centro-Africana, uma Igreja pobre que vive numa situação difícil, de sofrimentos, tristezas; mas hoje, mais uma vez, ele chama um dos filhos pobres desta Igreja para estar perto de si. Só podemos agradecer ao Senhor e ao Santo Padre por esse gesto voltado para os pobres. Para mim é um chamado que recebo como um compromisso com determinação maior ainda a serviço dos pobres, a fim de que retornem à pacificação e à fraternidade e, mais do que nunca, possamos falar, entre homens, de justiça e de paz.”

RV: Sabemos que, infelizmente, a República Centro-Africana encontra-se há semanas em meio a situações de violências, sobretudo na capital Bangui. Há, porém, também algum pequeno sinal de esperança: parece ter havido, nestes últimos dias, num bairro muçulmano, uma caminhada pela paz. A púrpura cardinalícia ajudará o senhor a dar maior força a seus apelos em favor da paz e da reconciliação?

Dom Dieudonné Nzapalainga:- “É o que espero. Posso dizer, porém, que não esperei a púrpura para continuar essa missão. Agora, neste momento em que estou falando com você, encontro-me no Km 5, o bairro muçulmano. Estou indo encontrar meus irmãos e irmãs para dizer-lhes que devemos reencontrar-nos, trabalhar pelo retorno da paz, da justiça e da reconciliação, e isso requer que aceitemos enterrar nossas armas de guerra e lutar contra os extremismos de uma parte e de outra.” (RL)

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Gendarmaria Vaticana: concerto beneficente para as crianças de Bangui

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Cidade do Vaticano (RV) - Realiza-se em 17 de dezembro próximo, na Sala Paulo VI, no Vaticano, o projeto AVRAI do cantor italiano Claudio Baglioni: um concerto beneficente em favor das crianças africanas de Bangui, e das populações italianas do Valle del Tronto atingidas pelo terremoto de 24 de agosto passado. 

O evento se realiza no âmbito dos 200 anos da Gendarmaria Vaticana, promotora da iniciativa junto com a Fundação O'Scia'.

Um dos objetivos é ajudar o hospital de Bangui, na República Centro-Africana, afetada há anos por uma guerra civil aplacada com a visita histórica do Papa Francisco, em dezembro do ano passado, que levou à eleição de um presidente e a uma paz que se espera duradoura. As ajudas serão destinadas para a formação de médicos, escola de especialização em Pediatria e a construção de pavilhões através do Hospital Menino Jesus de Roma. 

Solidariedade

Outro destinatário são as populações italianas afetadas pelo último abalo sísmico.  

“Vamos avante, há sempre um futuro. Coragem, olhemos sempre para frente. Ajudemo-nos uns aos outros, pois se caminha melhor juntos", disse o Papa Francisco durante sua visita surpresa, no último dia 4, à cidade italiana de Amatrice, e dali a outras áreas afetadas pelo terremoto a fim de encontrar os habitantes.

O projeto AVRAI parte, seguindo a indicação do Santo Padre, do coração da África e chega ao coração da Itália para construir atividades e trabalhar a favor de todas das crianças. Próximos e distantes, num abraço partícipe e solidário que vai desde quem vive sempre em condições difíceis a quem está vivendo neste momento. 

Aqui informações sobre doações ou pessoalmente junto aos Correios Vaticanos na Praça São Pedro.

(MJ)

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Igreja no Brasil



Dom Sérgio da Rocha: "Uma graça receber a notícia em meio aos pobres"

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Cidade do Vaticano (RV) –  A RV acompanhou ao vivo o anúncio feito pelo Papa da criação de novos cardeais em um consistório no próximo dia 19 de novembro. Naturalmente, para nós foi também uma alegria e uma surpresa, maior ainda por constar um brasileiro na lista dos escolhidos: Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília. Mas para ele, foi também uma surpresa?

 

“Ao contrário do que muita gente pensa, não é que eu já soubesse previamente por um comunicado. Foi uma surpresa, mas em primeiro, um sinal da bondade do Papa, da misericórdia de Deus no final do Ano Jubilar”.

“Eu estava fazendo uma visita pastoral missionária numa das paróquias aqui de Brasília – como eu tenho costume de fazer – numa região muito carente de Brasília, o recanto das Emas, na Paróquia de São José Operário, um povo tão querido e com situações tão desafiadoras. Eu estava ali iniciando a programação da visita, quando recebi a notícia de que o Papa tinha anunciado a criação dos novos cardeais. Claro que para mim, foi um sinal da misericórdia de Deus, mas também daquilo que deve ser a vida de quem se coloca a serviço da Igreja, seja como Bispo, no dia a dia, seja como Cardeal... isto é, no meio do nosso povo, como o Papa Francisco tanto tem insistido. Então tive a graça de receber a nomeação justamente no momento de presença numa comunidade mais carente, mas também num momento missionário, o que faz pensar que quem está a serviço da Igreja, especialmente um cardeal, não está recebendo uma honraria, mas deve viver isto com espírito de serviço”.

“Para mim é uma graça ter recebido esta notícia no meio dos pobres, mas também um chamado a ser cada vez mais servidor dos irmãos e irmãs que mais sofrem; ajudar a própria Igreja a vivenciar a sua missão no meio de gente tão sofrida. O Papa Francisco tem insistido com razão que toda a Igreja tem que ser missionária e misericordiosa e eu espero ser um colaborador para que a Igreja seja cada vez mais mãe misericordiosa, missionária, uma Igreja em saída ao encontro de todos, especialmente dos que mais sofrem”.

Perguntamos a Dom Sérgio qual é a sua perspectiva de atuação, como colaborador mais próximo do Papa, a partir de agora.

“Primeiramente, procuro mesmo seguir o exemplo do Papa Francisco, gostaria de ser mais parecido com ele, que de fato, é para nós, um sinal da presença de Jesus, que é o pastor maior dentro do rebanho, que é a Igreja. Gostaria, sim, que Deus me desse a graça de cada vez mais imitar o Papa Francisco em suas virtudes, que tanto bem têm feito para a Igreja, sobretudo a sua simplicidade, a misericórdia, a presença fraterna junto de quem mais sofre, dos pobres, daqueles que não são amados, não são valorizados na sociedade. Tenho a graça de na minha história ter sempre convivido e compartilhado com o nosso povo de alegrias e dores nas comunidades mais carentes. Já pelas minhas origens, no interior de São Paulo, na zona rural, em situação não fácil, muito sofrida. Depois, mais tarde, como bispo, passei 11 anos no Nordeste e aprendi muito com a Igreja lá. Estando no meio dos mais pobres e mais sofredores, Deus foi me concedendo a graça de cultivar, cada vez mais, aquilo que o Papa tanto espera da Igreja hoje”. 

(CM)

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REPAM leva Laudato Sí à diocese de Miracema (TO)

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Miracema (RV) - Entre os dias 07 e 09 de outubro, realizou-se em Miracema do Tocantins o Seminário Promovido pela Rede Eclesial Pan-amazônica (REPAM), tendo como referência a carta do Papa Francisco Laudato Si. O encontro contou com a participação do Comitê Nacional da Rede REPAM e representantes das Dioceses do Regional Norte 3: Bispos, Presbíteros, Religiosos, Seminaristas, Leigos, Povos Indígenas Xerentes, Quilombolas, representantes do Ministério Publico Federal, Naturatins, Incra, ONGS, bem como de Dom Cláudio Hummes, Arcebispo Emérito de São Paulo e Presidente da REPAM. Na abertura do Seminário, Dom Philip Dikmans, Bispo de Miracema do Tocantins, lembrou que “nossa participação não é só voluntária, mas que sim um compromisso da cada um. Se amamos a criação temos que defendê-la, pois é a voz do próprio Cristo que fala”.

Dom Cláudio Hummes ressaltou que o grande vilão da destruição e da degradação do meio ambiente não é somente o desmatamento, mas a formação das grandes cidades e o petróleo, que produz o gás carbônico.  “Isso já é tema de catequese”? “Já é tema na liturgia”?, questionou.  Afirmou que a REPAM é fruto de quatro entidades: Comissão de Bispos Pan-amazônica, CLAR, Caritas da América Latina e Departamento de Justiça e Solidariedade do CELAM. Finalizou afirmando que em Jesus Cristo a terra já foi salva e glorificada, porém devemos preservá-la: “A terra hoje geme em dores de parto, esperando que nós a libertemos”.

O encontro foi marcado por debates, colocações, palestras, convivências, celebrações, trabalhos em grupo referentes aos temas: Violência nas cidades, meio ambiente, questões indígenas, quilombolas, migração e tráfico de pessoas, economia solidária, realidade do campo e religiosidade, trazendo os desafios e realidades, bem como os compromissos e ações que o regional se propôs em assumir.

Os povos Indígenas Xerentes que participaram do encontro trouxeram por meio de suas colocações as preocupações com a preservação da nossa “Casa Comum”. Susana, indígena Xerente, alertou: “A terra tem vida, fala, chora; as águas também falam, não somos nós, só nós aqui com microfone que falamos. Temos que escutar as águas, escutar as matas. Todos os que pertencem à terra se comunicam e é por isso que há vida”. Romário, jovem Xerente, disse que necessitamos mudar o conceito de que fazemos parte da natureza, pois segundo ele “NÓS SOMOS A NATUREZA”. Com essa consciência seremos capazes de nos preocuparmos com o que está acontecendo com a terra e mudarmos nossa maneira de agir e pensar.

Durante o encontro foi elaborada uma carta compromisso dos participantes do seminário da REPAM sobre a Laudato Si ao povo de Deus do regional norte 3, bem como a  criação do comitê do Regional com representações das dioceses pertencentes ao mesmo.

O que é a REPAM

A REPAM abrange nove países e nove estados brasileiros. No Brasil foi fundada em 2014 pelas entidades: Comissão Episcopal Pan-amazônica, CLAR, Caritas da América Latina e Departamento de Justiça e Solidariedade. A REPAM está se formando a partir das experiências e vivências de muitas pessoas, dioceses, comunidades, paróquias e organizações.

O que busca a REPAM

Intensificar e fortalecer iniciativas socioambientais da Igreja e da sociedade civil na Amazônia, possibilitando o intercâmbio de saberes e ações caracterizando o trabalho em rede.

Os sujeitos da Missão da REPAM: são os povos da Pan-amazônia com sua riqueza e diversidade cultural

A Pan-Amazônia

A Pan-amazônia envolve os países que tem a floresta amazônica em seu território. 67% Brasil, 13% Peru, 11% Bolívia, 6% Colômbia, 2% Equador, 1.1% Venezuela, Suriname, Guiana e Guiana Francesa.

Amazônia Legal

A Amazônia legal é uma área que engloba nove estados brasileiros pertencentes à bacia amazônica e a área de ocorrência das vegetações amazônicas.

A Amazônia Legal ocupa 5.217.423 km², que correspondem a cerca de 60% do território brasileiro. Nela vivem em torno de 24 milhões de pessoas, segundo o Censo 2010 distribuídas em 775 municípios nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins (98% da área do estado), Maranhão (79%) e Goiás (0,8%). Além de conter 20% do bioma cerrado, a região abriga todo o bioma Amazônia, o mais extenso dos biomas brasileiros, que corresponde a 1/3 das florestas tropicais úmidas do planeta, detém a mais elevada biodiversidade, o maior banco genético e 1/5 da disponibilidade mundial da água potável.

(Comissão Episcopal para a Amazônia)

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Igreja na América Latina



Haiti: alarme cólera após o furacão Matthew

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Roma (RV) – Após a passagem do furacão Matthew que provocou a morte de pelo menos 900 pessoas e causou seis vítimas nos Estados Unidos, no país do Caribe, já martirizado pelo terrível terremoto de 2010, luta-se contra o tempo para chegar às áreas mais isoladas da ilha. Segundo as estimativas de algumas ONGs, a fúria da tempestade causou pelo menos 21 mil desabrigados, enquanto 350 mil seriam as pessoas necessitadas de assistência, entre elas muitas crianças. E numa situação já tanto grave, com uma mortalidade infantil altíssima, somente uma pessoa entre quatro há acesso aos serviços higiênicos, e uma entre duas à água potável, se apresenta agora o espectro da cólera. Entre os muitos apelos à comunidade internacional para uma intervenção em apoio a uma imediata resposta humanitária, encontra-se o de Oxfam, cujos membros estão trabalhando nas áreas mais atingidas pelo furacão. A Rádio Vaticano conversou com Gabriele Regio, responsável pelas intervenções de Oxfam Itália no Haiti e República Dominicana, onde se encontra neste momento.

R. – Imediatamente nos ativamos para dar uma primeira resposta à situação de emergência, e, em seguida, para poder fornecer kits higiênicos, os quais são compostos de pastilhas para a purificação da água, mas também alimentos e, em alguns casos barracas; mobilizamos nossa logística de Porto Príncipe, para poder fornecer meios, ou materiais, para a instalação de cisternas para a água potável.

P. Sabe-se que há ainda muitas áreas inacessíveis: qual a informação que vocês têm?

R. - Sim, na verdade, ainda existem áreas como a mesma Jérémie, que praticamente foi construída sobre a foz de um rio, e é de difícil acesso. Por isso, é preciso estar muito atento ao falar de números, por várias razões: um, porque ainda muitas áreas não foram alcançadas por isso, não sabemos qual será o número de mortos; dois, o Haiti é um país em que os registros de casas e da população são praticamente inexistentes: o edifício dos registros de casas desabou em 2010, com o terremoto... por isso, é difícil obter dados confiáveis.

P. – O Haiti foi devastado no ano 2010 pelo terrível terremoto. Nestes cinco anos, não se conseguiu colocar o país de pé?

R. – O terremoto de 2010 tinha atingido principalmente a capital, Porto Príncipe, com mais de 300 mil mortos, quase um milhão e meio de pessoas desabrigadas. Após cinco anos, 60 mil pessoas ainda viviam em barracas e obviamente, no momento em que a cidade ficou alagada, foram as pessoas mais vulneráveis, porque já viviam em condições muito difíceis e agora foram novamente atingidas por esta segunda catástrofe. Em outras áreas, sobretudo no Sul, em Le Caye, o terremoto não tinha causado grandes danos porque fica um pouco longe.

P. –  O alarme tinha sido dado com um bom tempo de antecipação: foram tomadas medidas de emergência?

R. – Sinceramente, o alarme foi dado um bom tempo antes; o problema fundamental é que muitas das pessoas que receberam o sinal de alarme, em muitos casos não aceitaram deixar suas casas que, todavia, foram construídas em áreas não edificáveis – muitas foram construídas precisamente no leito dos rios. Porém, apesar deste risco, não aceitaram deixar as casas por medo de serem roubados. Este é um problema que, infelizmente, também na República Dominicana causa vítimas, apesar do alarme ser dado, e é precisamente isso: que as pessoas não abandonam as suas casas e permanecem, portanto, em uma área na qual, se sabe já de antemão, será inundada. (SP)

 

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Formação



Neojiba: “é uma energia só, de beleza, de arte”

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Rádio Vaticano (RV) – “Diante dos nosso sonhos, não podemos deixar que nenhuma pedra no caminho influencie nesta jornada”. 

Yves Oliveira, 23 anos, batalhou pelos seus sonhos. Hoje ela é responsável por uma parte crucial para as apresentações da orquestra jovem da Bahia, Neojiba, e a personagem desta nossa série especial que mostra como a música transformou a vida destes jovens.

A orquestra se apresentou no último mês de setembro na Europa. A Rádio Vaticano esteve presente no ensaio antes da apresentação em Roma.

Estudos

“Sou responsável pela documentação da orquestra, a montagem e desmontagem do palco, o que é algo muito delicado. O princípio é saber ler partituras fluentemente: saber ler uma partitura de um maestro”.

Durante a gravação, Yves dividiu suas atenções. Seu ouvido estava no palco e em nossa entrevista:

“Sou muito focada, determinada. Eu amo o que eu faço. Faço com muito amor e aqui encontrei essa oportunidade e só tenho a agradecer e a investir mais ainda”.

Beleza e arte

Yves já esteve no palco, tocava violino no início de sua carreira. Hoje, ela vê a orquestra de uma outra perspectiva: de união.

 “É uma única corrente, é uma energia só. De beleza, de arte que é tudo que a gente ama”.

(rb)

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Dom Manzana: a piedade popular é uma grande força do povo

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, no quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” continuamos hoje com a participação do bispo da Diocese de Mossoró, Dom Mariano Manzana, há doze anos à frente desta Igreja particular do Rio Grande do Norte. 

A presente edição insere-se na esteira da precedente, na qual Dom Mariano destacou as “santas missões populares” em sua diocese. Hoje, ele atém-se sobre a “piedade popular”, expressão genuína da fé de nossos povos latino-americanos.

Inicialmente, diz-nos que a espiritualidade popular “é realmente uma grande força do povo” e ressalta que essa “piedade popular tem no centro a devoção a Maria”.

Nesse sentido, afirma-nos que, como bispo, tem cada vez mais a convicção de que “a nossa Igreja, além de ser apostólica – alicerçada sobre o fundamento dos apóstolos –, ela é também mariana”, enfatizando os dois polos da nossa Igreja:

De um lado, são os apóstolos que nos transmitiram a fé, de outro lado, é realmente essa piedade mariana, típica da América Latina, típica do nosso Brasil, típica até da nossa diocese aqui – destaca o bispo de Mossoró –, pois que é extremamente importante”, afirma. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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