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Sumario del 12/10/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Entrevistas

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Obras de misericórdia: melhor antídoto ao vírus da indiferença, afirma o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – As obras de misericórdia são o melhor antídoto ao vírus da indiferença: foi o que disse o Papa Francisco aos milhares de fiéis reunidos na Praça S. Pedro para a Audiência Geral desta quarta-feira (12/10). 

O Pontífice anunciou que nas próximas semanas dedicará suas catequeses a essas 14 obras – sete corporais e sete espirituais – que a Igreja nos apresenta como o modo concreto de viver a misericórdia.

Não se trata de realizar grandes esforços ou gestos sobre-humanos, explicou o Papa. Jesus nos indica uma estrada muito mais simples, feita de gestos pequenos, mas de tão grande valor aos Seus olhos, sobre os quais seremos julgados.

As que socorrem as pessoas nas suas necessidades materiais são chamadas obras corporais: dar de comer, dar de beber, vestir os nus, abrigar os peregrinos, assistir aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos .

Mas há também as sete obras de misericórdia espirituais: dar bons conselhos, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias, suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo, rezar a Deus por vivos e defuntos.

Obras simples, mas urgentes

“Num mundo infelizmente ferido pelo vírus da indiferença, as obras de misericórdia são o melhor antídoto. De fato, nos educam à atenção para as exigências mais elementares dos nossos irmãos mais fracos, nos quais Jesus está presente. É sempre Jesus que está presente no necessitado. Reconhecer a sua face em quem está na necessidade é um verdadeiro desafio contra a indiferença.”

Com frequência, acrescentou o Papa, estamos distraídos, indiferentes, e quando o Senhor passa perto de nós, perdemos a ocasião de encontrá-Lo. Por isso, as obras de misericórdia despertam em nós a exigência e capacidade de tornar viva e operosa a fé com a caridade.

“Estou convencido de que com esses simples gestos cotidianos podemos realizar uma verdadeira revolução cultural. Se cada um de nós fizer pelo menos uma obra de misericórdia por dia, teremos uma revolução!”

Francisco citou o exemplo de Santa Teresa de Calcutá, que não é lembrada pelas muitas casas que abriu no mundo, mas porque se inclinava sobre cada pessoa que encontrava abandonada no meio da estrada para lhe devolver a dignidade.

“Que o Espírito Santo acenda em nós o desejo de viver com este estilo de vida. Pelo menos uma obra por dia. Aprendamos novamente de cor as obras corporais e espirituais de misericórdia e peçamos ao Senhor que nos ajude a colocá-las em prática todos os dias. É o momento em que vemos Jesus numa pessoa que está necessitada.”

(bf)

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Síria: Francisco pede cessar-fogo imediato

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Cidade do Vaticano (RV) – A Audiência Geral desta quarta-feira (12/10) foi a ocasião para o Papa Francisco fazer o enésimo apelo em prol da paz na Síria. 

“Quero destacar e reiterar a minha proximidade a todas as vítimas do conflito desumano na Síria. É com sentido de urgência que renovo o meu apelo, implorando aos responsáveis, com toda a minha força, para que se favoreça um cessar-fogo imediato, que seja imposto e respeitado pelo menos durante o tempo necessário para permitir a evacuação dos civis, sobretudo das crianças, que ainda estão presas sob sangrentos bombardeios.”

No último domingo, ao anunciar a convocação de um Consistório, entre os novos cardeais Francisco incluiu o Núncio Apostólico na Síria, Dom Mario Zenari, como mais um sinal de proximidade para com a população local.

O último apelo do Pontífice foi feito duas semanas atrás, sempre na Audiência Geral, para recordar que os responsáveis pelos bombardeios deverão prestar contas diante de Deus.

Desastres naturais

O Papa recordou ainda que na quinta-feira, 13 de outubro, se celebra o Dia Internacional para a redução dos desastres naturais, que este ano propõe o tema: “Reduzir a mortalidade.”

“De fato, os desastres naturais poderiam ser evitados ou, pelo menos, limitados, já que os efeitos são com frequência devidos à falta de cuidado do homem pelo meio ambiente. Encorajo, portanto, a unir os esforços de modo previdente na proteção da nossa comum, promovendo uma cultura da prevenção, com a ajuda também dos novos conhecimentos, reduzindo os riscos para as populações mais vulneráveis."

(bf)

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Manaus (AM) ganha novo bispo auxiliar: Dom Tadeu Canavarros

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Cidade do Vaticano (RV) – A Arquidiocese de Manaus (AM) ganhou nesta quarta-feira (12/10) um novo bispo auxiliar: o salesiano Edmilson Tadeu Canavarros dos Santos.  

Dom Tadeu nasceu em 3 de dezembro de 1967 em Corumbá (MT), emitiu a profissão religiosa em 1988 na Sociedade de São Francisco de Sales e foi ordenado sacerdote em dezembro de 1996. Estudou Filosofia na Universidade Católica Dom Bosco em Campo Grande e Teologia no Instituto Teológico Pio XI em São Paulo. Também se formou em Pedagogia e participou de cursos de acompanhamento espiritual em Ética sexual e Espiritualidade salesiana. 

No decorrer do ministério sacerdotal ocupou os seguintes cargos:

•    Contra-Mestre de Noviços (1997);
•    Diretor do Instituto “São Vicente” (Aspirantado), em Campo Grande (2000);
•    Diretor do Colégio Salesiano de Lins (2002);
•    Diretor do Instituto Teológico “Pio XI” em São Paulo (2005-2008);
•    Vice-Inspetor da Missão Salesiana de Mato Grosso, com sede em Campo Grande (2008-2014);
•    Diretor do pós-noviciado, Campo Grande (2010-2014);
•    Diretor da comunidade religiosa de Corumbá, Diretor Pedagógico da Faculdade “Santa Tereza” (2013-2014);
•    Pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora de Campo Grande (2014) – até os dias atuais;
•    Até o momento, Diretor da Comunidade Salesiana – Paulo VI, em Campo Grande (nomeado em 2016)

A Arquidiocese de Manaus é administrada pelo arcebispo espiritano Dom Sérgio Eduardo Castriani, que já tem como auxiliar Dom José Albuquerque de Araújo.

 

 

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Papa: ecumenismo de sangue une os cristãos

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Cidade do Vaticano (RV) - Antes da Audiência Geral, desta quarta-feira (12/10), o Papa Francisco recebeu na saleta da Sala Paulo VI, no Vaticano, os participantes da Conferência dos Secretários das Comunhões Cristãs Mundiais (Christian World Communions).

Duas frases proferidas pelo responsável da delegação chamaram a atenção do Pontífice. A primeira: Jesus está conosco; e a segunda: 
Jesus caminha conosco. 

“Estas coisas me fazem refletir e me perguntar: Sou capaz de crer que Jesus está conosco? Sou capaz de caminhar com todos e também com Jesus? Muitas vezes pensamos que o trabalho ecumênico seja apenas o dos teólogos. É importante que os teólogos estudem, entrem de acordo e expressam desacordo. Isso  é muito importante. Entretanto, o ecumenismo se faz a caminho e a caminho com Jesus, não com o meu Jesus contra o teu Jesus, mas com o nosso Jesus”, disse Francisco. 

Segundo o Papa, o caminho é simples: “Faz-se com a oração e com a ajuda aos outros. Rezar sempre: ecumenismo da oração uns com os outros e todos pela unidade. O ecumenismo do trabalho em prol de tantas pessoas carentes, muitos homens e mulheres que hoje sofrem injustiças, guerras, coisas terríveis. Todos juntos devemos ajudar, ter caridade para com o próximo. Isto é ecumenismo. Esta é a unidade. Unidade a caminho com Jesus.”
 
O Papa Francisco disse que existe outro ecumenismo que devemos reconhecer e que hoje é muito atual: o ecumenismo de sangue. 

“Quando os terroristas ou as potências mundiais perseguem as minorias cristãs ou os cristãos, eles não perguntam: “Você é luterano? Ortodoxo? Católico? Reformado? Pentecostal? Não. É cristão e basta.” 

“O inimigo não erra, sabe reconhecer bem onde está Jesus. Este é o ecumenismo do sangue. Hoje, somos testemunhas disso. Penso nos irmãos coptas ortodoxos que foram degolados na praia da Líbia, por exemplo. São nossos irmãos. Eles testemunharam Jesus e morreram dizendo: “Jesus ajuda-nos”! Confessaram o nome de Jesus. Portanto, ecumenismo da oração, ecumenismo do caminho. O inimigo nos ensina o ecumenismo de sangue”, concluiu o Papa. (MJ)

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Cardeal Parolin: Europa incapaz de falar numa só voz diante da cultura do medo

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Fátima (RV) - O Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, alertou nesta quarta-feira (12/10), em Lisboa, Portugal, para os riscos que a União Europeia enfrenta ao ser incapaz de falar “a uma só voz” perante o crescimento de uma cultura do “medo” e da desconfiança.

Discursando na sede da Universidade Católica Portuguesa (UCP) sobre o tema “A identidade europeia”, o purpurado referiu que os recentes ataques terroristas de “matriz islâmica” levaram a um “curto-circuito do medo” e mostraram a necessidade de recuperar as “raízes culturais profundas do continente".

“Não se deve desvalorizar o crescente sentimento de medo e de insegurança nas populações europeias”, que evolui para a “recusa do outro”, alertou.

O Secretário de Estado Vaticano assinalou, em seguida, que o medo pode causar “graves danos” às instituições democráticas e ao “sistema de valores” da Europa.

O Cardeal Parolin admitiu a existência de “preocupações pelo futuro do projeto europeu”, sem esquecer os “resultados históricos obtidos”.

Para o purpurado italiano, é preciso debater o projeto da União Europeia, atualmente um “híbrido democrático” entre soberania nacional e soberania comunitária.

A intervenção começou por recordar o papel “imprescindível” do Cristianismo na construção da identidade europeia, convidando à redescoberta das “raízes cristãs” do continente.

“A Europa tem necessidade da Palavra de Deus”, sustentou o Secretário de Estado.

O responsável pela diplomacia da Santa Sé lamentou que, após as duas Guerras Mundiais, se assista à perda do “ideal” de unidade europeia, por “falta de valores comuns”.

O Cardeal Parolin dirigiu uma palavra particular à UCP, que se prepara para celebrar o seu 50º aniversário, apresentando a instituição acadêmica como “um dos frutos” da dinâmica gerada pelas aparições de Fátima.

(MJ/Agência Ecclesia)

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Santa Sé: atual modelo econômico impede desenvolvimento integral

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Rádio Vaticano (RV) – “A transição do atual modelo que promove o crescimento econômico a qualquer custo para uma sociedade que busca o desenvolvimento sustentável requer uma ‘mudança de paradigma no pensar o próprio desenvolvimento’”. 

Foi o que afirmou o Observador permanente da Santa Sé na ONU, Arcebispo Bernardito Auza, na terça-feira (11/10), durante uma sessão da Assembleia Geral sobre Desenvolvimento Sustentável.

“O sucesso da Agenda 2030 requer ir além da linguagem da economia e estatística precisamente porque a ênfase real deve se dar à pessoa humana”, afirmou.

Nova mentalidade

A mudança de paradigma – prosseguiu –, “não é meramente uma modificação nas políticas e nas instituições: também requer uma mudança na relação entre os povos assim como entre os seres humanos e o meio ambiente: a nossa casa comum”, destacou.

Ao afirmar que essa mudança deve começar pelo “entendimento da dignidade inerente a cada pessoa e a centralidade do bem comum para todos os esforços e metas sociais”, o arcebispo advertiu que “somente tais fundamentos poderão realmente levar ao “desenvolvimento de uma economia social e solidária”.

Igualdade

A partir deste princípio de dignidade igualitária – afirmou – “surge um novo paradigma de desenvolvimento centralizado na pessoa”. Por isso, “é preciso evitar a análise econômica, social e ambiental baseada não na pessoa mas, primariamente, na busca das maiores margens financeiras”, apontou.

“Tal reducionismo econômico nunca levará ao desenvolvimento econômico integral, uma vez que subordina tudo às leis da competição e à economia Darwinista em que o mais forte sobrevive”, destacou.

O representante do Papa na ONU concluiu afirmando que “o desenvolvimento sustentável será sempre uma parceria público-privada: requer governos e negócios honestos e líderes que possam inspirar diretamente estas instituições, seus sistemas e práticas”.

(rb)

 

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Cardeal Parolin, peregrino em Fátima

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Fátima (RV) - O Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, encontra-se em Fátima, Portugal, nesta quarta-feira (12/10) e quinta-feira (13/10), no âmbito da peregrinação internacional aniversária de outubro das aparições de Nossa Senhora.

“Imagino que devem ter pensado que, por ocasião do 99º aniversário das aparições, ter a presença do colaborador direto do Papa Francisco poderia ser uma boa preparação para o centenário que será no próximo ano”, frisou o purpurado numa entrevista divulgada pela sala de imprensa do Santuário de Fátima.

A peregrinação internacional de outubro assinala a sexta aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria e este ano tem como tema “Quem perder a sua vida… vai encontrá-la”.

“Reflito sobre o significado de Fátima e sobretudo deixo-me envolver, porque não sou só uma presença institucional, mas sobretudo um filho que visita a sua Mãe”, disse o purpurado segundo a Agência Ecclesia.

Segue, na íntegra, a saudação do Cardeal Parolin proferida, na tarde desta quarta-feira (12/10), na Capelinha das Aparições.

Santuário de Fátima
Saudação aos Peregrinos
12  de outubro 2016

Sinto-me feliz por estar aqui, peregrino com todos vós, neste lugar onde se encontram o coração da Virgem Mãe e o coração da Igreja. Centro destes corações, é o coração de Jesus Cristo Senhor nosso. E o desejo que aqui me traz peregrino, juntamente convosco, é o de encontrar o coração de Cristo – nele há esperança de misericórdia, paz e salvação para todos – com o coração da Mãe e com o coração da Igreja.

Esta é uma graça grande; devemos preparar-nos bem. Porque, no coração, não se entra de ânimo leve nem com ligeireza; não se entra com violência nem com a força; e também não se entra com o engano.

Só um coração «de portas abertas» nos permite o encontro. Pois bem! O coração da Mãe, o coração da Igreja, o coração de Cristo são verdadeiramente «portas abertas»; sempre abertas, em todas as estações da nossa vida. E convidam a entrar, repetindo-nos esta palavra vital que Deus dirige a cada um e cada uma de nós: «se quiseres, podes…»; «se quiseres, vem…».

E como podemos entrar no santuário do coração? Só se entra bem, dizendo: «Obrigado». Meus irmãos e irmãs, aquele desejo de encontro que nos trouxe até aqui é ditado pela gratidão; uma gratidão tanto mais sincera e autêntica quanto mais nos vamos dando conta de que aquelas portas estão abertas por amor: «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que n’Ele crê não se perca, mas tenha a vida eterna (...) e o mundo seja salvo por Ele» (Jo 3, 16.17).

Quem entra cheio de gratidão nos corações da Mãe, da Igreja, de Cristo, não pode deixar de ficar maravilhado, vendo neles um modo de viver diverso daquele do mundo. Enquanto o mundo vive seguindo a lei do mais forte e se deixa tragicamente encantar pela mentira, aqueles corações vivem a lei da mansidão e da reconciliação, transbordantes de beleza, verdade e paz. O mundo faz da corrupção o segredo duma vida bem-sucedida, ao passo que aqueles corações refulgem com a justiça e a fraternidade que jorram do coração da Santíssima Trindade.

E este seu modo de viver tão diverso relativamente ao mundo enche-nos de maravilha, inflamando-se o nosso desejo de o seguir. Como fazê-lo nosso? Com o mesmo Artista que o tornou possível nos corações da Mãe, da Igreja e de Cristo, ou seja, o Espírito Santo. Ora, como certamente sabeis, irmãos e irmãs bem-amados, as portas do coração da Mãe, do coração da Igreja, do coração de Cristo e, consequentemente, de Deus que sempre estão abertas para nos deixar entrar, permanecem igualmente abertas para nos fazer sair. Se verdadeiramente entrarmos neles com gratidão, se verdadeiramente nos demorarmos a contemplar maravilhados, então sairemos muito diferentes de como tínhamos entrado. Sairemos animados por um compromisso comum: o compromisso de dar a conhecer a todos a existência, o carinho e o projeto que pulsa no coração da Mãe, no coração da Igreja, no coração da Trindade Una e Santa. Como nos recorda o apóstolo Paulo, este compromisso – o serviço sagrado do Evangelho – é o verdadeiro sacrifício de louvor, o sacrifício agradável a Deus.

Queridos irmãos e irmãs, espero que possais, nesta peregrinação, experimentar plenamente tudo isto: gratidão, maravilha, compromisso comum. E peço-vos para rezardes pelo Papa Francisco e por mim, para que também eu possa fazer esta mesma experiência. Ponhamos de lado qualquer temor e caminhemos, juntos, ao encontro do Senhor.

(MJ)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Igreja na América Latina



México: bispo lança campanha de oração após assassinato de sacerdotes

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Cidade do México (RV) - O bispo de Papantla, no México, Dom José Zapata Ortiz, fez um apelo “à conversão e à oração” após o recente assassinato de alguns sacerdotes no país. Convidando os fiéis a rezar pela paz não somente no México, mas no mundo inteiro, o prelado ressalta numa nota que “a violência deteriorou-se” no país devido também à avidez, corrupção e impunidade “fortemente radicadas” na sociedade.

Respeitar os direitos humanos e dar lugar a Deus na sociedade

Daí, o chamado a superar “a crise de moralidade” difusa em todo o território, exortando o Estado a “combater a violência” de modo eficaz, porque “se os seres humanos e seus direitos não forem respeitados e for dado lugar a Deus no seio da sociedade, não será possível mudar a situação atual”.

“Construir uma sociedade sem Deus e até mesmo contra Deus significa trilhar um caminho de morte e destruição”, adverte Dom Zapata Ortiz.

Recitar o Terço diariamente para invocar a paz

Nessa ótica, o bispo de Papantla exorta os fiéis a recitar o Terço quando e onde for possível”, para pedir à Virgem Maria “o dom da paz”.

“Rezemos o Terço diariamente com essa intenção, de forma privada ou comunitária, na capela, em família, em casa ou em grupos de oração” – escreve o bispo mexicano –, porque “essa batalha só pode ser vencida de joelhos”, ou seja, rezando.

Ao mesmo tempo, bispos e sacerdotes são convidados a “testemunhar com a própria vida” os ensinamentos evangélicos, a fim de tornar os fiéis “discípulos missionários”.

Paróquias e famílias sejam “escolas de oração e comunhão”

Além disso, também as paróquias e as famílias são encorajadas a tornar-se “escolas de comunhão e de oração”, nas quais se possa transmitir aos jovens “um exemplo de vida baseada nos valores humanos e cristãos”.

Por fim, Dom Zapata Ortiz invoca a intercessão de vários Santos, entre os quais São João Paulo II “que teve um amor especial pelo México”, a fim de que os católicos mexicanos tenham “a coragem de viver sua fé em tempos difíceis”.

Pesar do Papa

Três sacerdotes foram mortos no país no final de setembro: os dois primeiros, Alejo Naborí e José Alfredo Jiménez foram sequestrados e assassinados em Poza Rica, no Estado de Veracruz, leste do México; o homicídio do terceiro, José Alfredo López Guillen, foi perpetrado no Estado de Michoacan.

Num telegrama e no Angelus de 25 de setembro, o Papa Francisco expressou profundo pesar, lançando um apelo a fim de que tais violências sejam cessadas. (RL)

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Igreja no Mundo



Bispos europeus condenam perseguições anticristãs no mundo

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Cidade do Mônaco (RV) - Movidos por uma preocupação pastoral, pedimos ao governo dos povos e das nações, a nível nacional e internacional, que atuem no sentido de garantir a dignidade e integridade das pessoas e das comunidades, especialmente as mais vulneráveis.

É o que pedem os bispos presidentes das Conferências Episcopais da Europa, reunidos estes dias no Principado de Mônaco (6 a 9 de outubro) para a sua Assembleia anual.

Tendo abordado a dramática urgência dos fenômenos de perseguição de muitos cristãos, em crescimento em várias partes do mundo, os bispos europeus expressam com veemência a sua firme condenação a estes eventos que espezinham os direitos do homem e, em particular, a liberdade religiosa.

“São manifestações de uma violência irracional alimentada, muitas vezes, por uma evocação a motivações religiosas que constituem um abuso e uma afronta ao próprio Nome de Deus”, lê-se na mensagem final da plenária do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE).

Fazemos tesouro do iluminado magistério do Papa Francisco que, em reiteradas ocasiões, denunciou a injusta referência a Deus na prática da violência, ressaltada também na declaração conjunta entre o Papa e o Patriarca Kirill (12 de fevereiro de 2016), que examinamos em nossos trabalhos.

Laicidade sadia implica reconhecimento do justo valor da religião

Quando são autênticas, as religiões buscam ser sempre fator de crescimento humano e desenvolvimento integral. Nessa perspectiva – continuam os bispos –, “fazemos votos de que também na Europa, onde múltiplos sinais socioculturais vão na direção de atribuir ao cristianismo um papel marginal mediante práticas discriminatórias, de considerar atentamente que uma sã laicidade implica o reconhecimento do justo valor da religião na sociedade e na vida dos povos”.

Os prelados afirmam que tirar ou negar cidadania ao Deus de Jesus Cristo não é garantia de desenvolvimento, mas está na origem daquele empobrecimento espiritual e moral que caracteriza nossos tempos e que, com o passar do tempo, gera também empobrecimento social, econômico e cultural.

Proximidade aos cristãos que sofrem marginalização e discriminação

Por fim, os bispos europeus expressam sua proximidade “às irmãs e aos irmãos cristãos que sofrem marginalização e discriminação”. De modo particular, manifestam proximidade àqueles que são perseguidos. “Não nos calaremos e, sobretudo, não os abandonaremos”, asseguram.

Com o pensamento voltado para aqueles que morreram confessando sua fé em Cristo, os prelados recordam o valor luminoso do testemunho deles.

“No Ano da Misericórdia – concluem –, saibamos que nossa esperança está radicada na pessoa de Jesus Cristo, Evangelho de perdão e paz que anunciamos com alegria a todos os povos do continente.”

Durante a Assembleia plenária os presidentes das Conferências Episcopais do Velho Continente elegeram a nova Presidência do CCEE para o quinquênio 2016-2021.

Cardeal Angelo Bagnasco é o novo presidente do CCEE

Para o encargo de presidente foi eleito o arcebispo de Gênova e presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Angelo Bagnasco; para vice-presidentes, o arcebispo de Westminster e presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, Cardeal Vincent Nichols, e o arcebispo de Poznań e presidente da Conferência Episcopal Polonesa, Dom Stanisław Gądecki.

A próxima Assembleia plenária vai se realizar em Mińsk, na República de Balarus, de 28 de setembro a 1º de outubro de 2017, a convite do arcebispo local e presidente da Conferência Episcopal Bielo-russa, Dom Tadeusz Kondrusiewicz. (RL)

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Entrevistas



Cardeal Tempesta: 85 anos do Cristo Redentor

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Rio de Janeiro (RV) - A construção do Cristo Redentor do Corcovado é considerada um grande marco da engenharia civil brasileira. Erguido em concreto armado, o monumento é revestido de um mosaico de pedra-sabão originária da região de Carandaí, em Minas Gerais, que foi trabalhado pelas senhoras da sociedade carioca da época. A construção foi sugerida pela primeira vez em 1859, pelo padre Lazarista Pedro Maria Boss, à princesa Izabel, mas a ideia só tomou corpo em 1921, quando se reuniu, no Circulo Católico, a primeira assembleia destinada a discutir o projeto local para a edificação do Cristo, a ser construído para comemorar o centenário da independência do Brasil, no ano de 1922.

Entraram na disputa o Corcovado, o Pão de Açúcar e o Morro de Santo Antônio. Optou-se pelo Corcovado pelo seu grande pedestal e pela ótima localização, sendo possível a sua visualização de várias zonas da cidade. O projeto escolhido foi o do engenheiro Heitor da Silva Costa.  A pedido do cardeal Dom Sebastião Leme é organizada, em setembro de 1923, a “Semana do Monumento”, uma campanha nacional para arrecadação de fundos para as obras. A sociedade em geral se mobiliza. Vendem-se rifas, fazem-se festas, escoteiros pedem dinheiro nas portas das casas e até as tribos dos Bororós, do estado do Mato Grosso, contribuem para tornar esse sonho uma realidade.

Entre os anos de 1921 e 1923, Heitor da Silva Costa trabalhou em seu projeto, ao fazer os desenhos em parceria com o pintor e gravurista Carlos Oswald, além de fazer também os estudos relativos ao material a ser utilizado e ao tamanho final do monumento. Em 1924, o engenheiro vai à Europa para escolher um escultor para desenhar a maquete final do seu projeto e contratar um engenheiro calculista. Dentre diversos escultores, sua escolha recai sobre o francês Paul Landowski, devido a seu estilo sem exageros modernistas, que a obra não comportava. Silva Costa escolheu também o engenheiro francês Albert Caquot, grande mestre em cálculos estruturais da época. As obras de edificação do Cristo Redentor são iniciadas em 1926. Heitor Levy é o engenheiro mestre de obras, e Pedro Fernandes Vianna da Silva, o engenheiro fiscal.

De altura, o Cristo possui 30 metros e três centímetros. Com a base, que mede 8 metros e abriga o Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, fica a imagem com 38m e três centímetros. De envergadura, possui o Cristo 29,60m, sendo que o braço esquerdo é imperceptivelmente menor 40cm, para dar maior estabilidade à imagem. A cabeça do Cristo está inclinada 33cm para a frente e a aparente coroa é na realidade o para-raios.

No dia 12 de outubro de 1931, dia da inauguração do monumento, um verdadeiro show de tecnologia estava preparado para a cerimônia de inauguração. A iluminação do Cristo seria acionada a partir da Itália, de onde o cientista Guglielmo Marconi, a convite do jornalista Assis Chateaubriand, emitiria um sinal elétrico que seria retransmitido para uma antena no bairro carioca de Jacarepaguá. Por conta das condições climáticas, a iluminação foi acionada da própria cidade do Rio de Janeiro, o que não afetou de forma alguma a grandiosidade do evento.

Por sua imponência e grande reconhecimento internacional, foi eleito e apresentado publicamente no Estádio da Luz, na cidade de Lisboa, no dia 7 de julho de 2007, como uma das sete maravilhas do mundo moderno, ao lado da muralha da China, Coliseu na Itália, Machu Picchu no Peru, Petra na Jordânia, Taj Mahal na Índia e Chichén Itzá no México.  A escolha, promovida pela New Open World Foundation, contou com mais de cem milhões de votos, através de telefones celulares e da internet, enviados de todas as partes do mundo. Além de ser considerado o primeiro e maior monumento art déco do mundo, em 2009 o Guinness World Records considerou o Cristo Redentor a maior estátua de Cristo do mundo. Mais uma mostra da grandiosidade desta construção.

Ao celebramos os 85 anos do monumento ao Cristo Redentor, este belo símbolo de fé que marca a nossa cidade, queremos pedir ao Cristo, dentro do contexto do Ano Santo da Misericórdia, que vai caminhando para a sua clausura, e da abertura do Ano Mariano no Brasil e da família em enfoque vocacional em nossa Arquidiocese, que sempre nos abençoe, dando-nos a cada um de nós o dom do amor, da paz, da fé e da fraternidade. Cristo sempre está de braços abertos a todos e, assim, acolhe a todos sem distinção. Sintamo-nos acolhidos e abraçados por Ele.

Orani  João, Cardeal Tempesta, O.Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

            

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Formação



A devoção do Papa a Nossa Senhora Aparecida

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Cidade do Vaticano (RV) – “Sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade. Encorajemos a generosidade que caracteriza os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da construção de um mundo melhor: eles são um motor potente para a Igreja e para a sociedade. Eles não precisam só de coisas, precisam sobretudo que lhes sejam propostos aqueles valores imateriais que são o coração espiritual de um povo, a memória de um povo. Neste Santuário, que faz parte da memória do Brasil, podemos quase que apalpá-los: espiritualidade, generosidade, solidariedade, perseverança, fraternidade, alegria; trata-se de valores que encontram a sua raiz mais profunda na fé cristã”. 

24 de julho de 2013, visita de Francisco ao Santuário de Aparecida. Naquela primeira viagem apostólica do  Papa, recém-eleito, fica clara a sua devoção a Nossa Senhora Aparecida. 

A  padroeira do Brasil atrai nestes dias à cidade de Aparecida, no interior paulista, cerca de 400 mil (160 mil apenas no dia 12) peregrinos. Milhares de romeiros fazem também peregrinação a pé pela Dutra com destino ao Santuário. Todos os anos, grupos de todos os locais do país trazem histórias de devoção e agradecimento a Santa.

Ano Jubilar Mariano e moeda comemorativa

E nesta quarta-feira, a programação tem ainda uma atração a mais, com a abertura do Ano Jubilar e o lançamento da Medalha Comemorativa dos 300 anos do encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, produzida pela Casa da Moeda do Brasil.

O ponto alto das comemorações é a Missa Solene, às 9h, no Altar Central. À tarde, a procissão Solene reúne milhares de pessoas pelas ruas da cidade. O dia se encerra com uma missa às 19h, momento de agradecer o trabalho dedicado dos colaboradores, voluntários e os moradores de Aparecida.  
O Santuário de Aparecida é considerado o principal polo de turismo religioso do Brasil. São cerca de 12 milhões de visitantes por ano. A Basílica tem capacidade para celebrar missas para até 45 mil pessoas na área interna e para até 300 mil na área externa.

Monumento em homenagem à Nossa Senhora, as palavras do Papa

Os jardins do Santuário Nacional, em Aparecida, ganharam um monumento em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, no sábado (08/10). A obra é idêntica a que foi inaugurada nos jardins do Vaticano e abençoada pelo Papa Francisco em 3 de setembro passado.

“Estou contente de que a imagem de Nossa Senhora Aparecida esteja aqui nos Jardins. Convido-os a rezar para que ela continue protegendo todo o Brasil, todo o povo brasileiro, neste momento triste. Que ela proteja os pobres, os descartados, os idosos abandonados, os meninos de rua. Que proteja os descartados que se encontram nas mãos dos exploradores de todo tipo. Que ela salve o seu povo, com a justiça social e o amor de seu Filho, Jesus Cristo”.

Francisco concluiu exortando a pedir a ela, com amor, por todo o povo brasileiro. Ela, recordou o Papa, foi encontrada por pobres trabalhadores; que hoje ela seja encontrada, de modo especial, por todos aqueles que precisam de trabalho, de educação e por aqueles que estão privados da dignidade.

Ouça a reportagem completa aqui: 

(CM)

 

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Dimensão Pneumatológica da Lumen Gentium - superação do juridicismo

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória Histórica, 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a tratar da Constituição Dogmática Lumen Gentium

Na Constituição Dogmática Lumen Gentium encontra-se uma nova consciência da Igreja, que supera a auto-suficiência de uma Igreja que se entende como fim em si mesma, e se descobre como a Igreja de Deus, que deve ser sacramento de salvação para o mundo.

Devido à importância deste documento, temos dedicado a ele inúmeros programas, sendo auxiliados neste percurso pelo Padre Gerson Schmidt, incardinado na Arquidiocese de Porto Alegre. No programa passado, o sacerdote nos propôs a reflexão "A eclesiologia Trinitária da Lumen Gentium". No Programa de hoje, Padre Gerson nos traz "Dimensão Pneumática da Lumen Gentium – superação do juridicismo". Vamos ouvir:

"A perspectiva pneumatológica também está presente na Lumen Gentium. A Igreja, a bíblica de Povo de Deus, de acordo com o Relatio finalis do Sínodo de 1985 ¹.

Essa consciência, de não ser simplesmente uma associação ou agremiação humana, gera duas consequências. Uma, a superação de uma eclesiologia puramente jurídica; e a outra, a consciência de uma nova relação com o Reino de Deus e com o mundo.

Vejamos hoje a primeira: a superação de uma eclesiologia puramente jurídica

Sem dúvida alguma, a Lumen Gentium significa a superação de uma eclesiologia jurídica. Essa mudança de perspectiva faz com que a Igreja deixe de ser vista horizontalmente e a partir de si mesma, para ser compreendida verticalmente, isto é, a partir de Deus e de sua presença nela. Como consequência, ela é o instrumento de Deus no mundo e tem a missão de proclamar a Boa-Nova do Reino de Deus. O que não significa afastamento do mundo, mas o assentamento de sua missão no essencial.

Papa Paulo VI define claramente a essência da Igreja na evangelização, as suas origens, passando pelos séculos de sua história, a evangelização é o que a Igreja tem de mais íntimo. Está bem evidente isso na Evangelii Nuntiandi, relembrado também no documento atual do Papa Francisco Evangelii Gaudium. Não precisamos ir em busca de uma identidade. A identidade existe deste os primórdios, na Igreja primitiva.

A recepção da eclesiologia do Vaticano II, feita pelo Sínodo Extraordinário dos Bispos, de 1985, destacou a eclesiologia de comunhão. Pode-se afirmar que a comunhão não tem um lugar central no Magistério do Vaticano II, contudo, a ideia da comunhão pode servir como síntese dos elementos essenciais da eclesiologia conciliar. Como lemos no texto da primeira carta de João: “O que vimos e ouvimos vo-lo anunciamos, para que estejais também em comunhão conosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo. E isto vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa” (Jo 1,3-4).

A comunhão tem como ponto de partida o encontro com o Filho de Deus, Jesus Cristo, que chega às pessoas pelo anúncio da Igreja. Assim acontece a comunhão com Deus e com a humanidade. O encontro com Cristo cria a comunhão com ele e, portanto, com o Pai no Espírito Santo, e a partir daí une as pessoas entre si. Assim, a palavra comunhão tem um caráter teológico, cristológico, histórico-salvífico e eclesiológico, adquirindo uma dimensão sacramental, expressa pelo conceito da Igreja como sacramento de salvação".

¹ Cf. SÍNODO DE 1985, Relatio finalis II, A 3.

 

 

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Atualidades



Diplomatas brasileiros prestam homenagem a Nossa Senhora no Vaticano

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Rádio Vaticano (RV) – A convite do Diretor Geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva, os embaixadores do Brasil junto à FAO, Maria Laura da Rocha, junto à Itália, Ricardo Neiva Tavares e junto à Santa Sé, Denis de Souza Pinto, prestaram homenagem a Nossa Senhora diante do memorial à Padroeira do Brasil nos Jardins Vaticanos, na manhã desta quarta-feira, (12/10).

"Juntos rezamos por nosso país que, como comentou Papa Francisco na inauguração da escultura há algumas semanas, passa por um momento triste", disse Graziano à Rádio Vaticano, assim como em sua conta no Twitter

Memorial

A inauguração do Memorial a Nossa Senhora foi realizada no dia 3 de setembro, com a presença do Papa Francisco e do Arcebispo de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno Assis.

(rb)

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