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Sumario del 14/10/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: "Dizer sempre a verdade para não cair na hipocrisia"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidiu a missa na Capela Santa Marta, no Vaticano, na manhã desta sexta-feira (14/10). Em sua homilia, abordando o Evangelho do dia, ele lembrou que Jesus convida a proteger-se do “fermento dos fariseus”.

Francisco observou que “existe um fermento bom e um fermento ruim. O que faz crescer o Reino de Deus e o que faz somente a aparência do Reino de Deus.

O fermento – afirma – faz sempre crescer; quando é bom, se torna um bom pão, substancioso, consistente... uma boa massa, porque cresce bem. Já o fermento ruim não faz crescer bem”. Para explicar este conceito, o Pontífice contou um episódio de sua infância: 

Os biscoitos da vovó

“Lembro-me que no Carnaval, quando éramos pequenos, a vó fazia biscoitos com uma massa bem fina. Ela a jogava no óleo e ela inchava, crescia... mas quando começávamos a comer, víamos que o biscoito era vazio... a vó dizia ‘são como as mentiras: parecem grandes, mas não têm nada dentro, nada de verdade; não têm substância’. Jesus nos diz: ‘Fiquem atentos, guardem-se do fermento ruim, o dos fariseus’. E qual é? A hipocrisia. Protejam-se bem do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia”.

A hipocrisia – prosseguiu o Papa – é quando se invoca o Senhor com os lábios, mas o coração fica distante dele:

Hipocrisia, esquizofrenia espiritual ou nominalismo existencial

“É uma divisão interna, a hipocrisia. É quando se diz uma coisa e se faz outra. É uma espécie de esquizofrenia espiritual. O hipócrita é um simulador: parece bom, gentil, mas tem um facão dentro de si! É como Herodes: com quanta cortesia havia recebido os Reis Magos! E depois, no momento de se despedir, diz: ‘Vão, mas voltem, e me digam aonde está o menino, para que eu vá adorá-lo’. Para matá-lo! O hipócrita tem duas caras! Jesus, falando destes doutores da lei, diz: ‘Estes dizem e não fazem’: uma outra forma de hipocrisia; um nominalismo existencial: quando acreditam que, dizendo as coisas, se faz tudo, mas não. As coisas devem ser feitas e não só ditas. E o hipócrita é um nominalista; acha que falando, se faz tudo. O hipócrita é também incapaz de se auto acusar. Nunca vê uma mancha em si mesmo; acusa os outros. Pensemos no cisco e na trave... e assim podemos descrever este fermento, que é a hipocrisia”.

Dizer a verdade e não ter duas caras

Convidando a um exame de consciência, para entender se crescemos com o fermento bom ou o ruim, o Papa pergunta: “Com que espírito fazemos as coisas? Com que espírito rezamos? Com que espírito me dirijo aos outros? Com o espírito que constrói? Ou com o espírito que se transforma em ar? O importante – conclui o Papa – é não nos enganarmos, não nos mentirmos, mas dizer a verdade”:

“Com quanta verdade as crianças se confessam! Nunca, nunca, as crianças dizem mentiras na confissão; nunca dizem coisas abstratas. ‘Fiz isso, aquilo, aquilo outro...’ sempre concretas. As crianças, quando estão diante de Deus e diante dos outros, dizem coisas concretas. Por que? Porque têm o fermento bom, o fermento que as faz crescer como cresce o Reino dos Céus. Que o Senhor nos dê, a todos nós, o Espírito Santo e a graça da lucidez para nos dizer com que fermento eu cresço, com que fermento eu ajo. Sou uma pessoa leal, transparente, ou sou um hipócrita?”.

(CM)

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Haiti: contribuição do Papa às vítimas do furacão

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco decidiu contribuir economicamente com as vítimas do furacão “Matthew”, no Haiti. 

O Pontifício Conselho Cor Unum informa que serão enviados 100 mil dólares para socorrer a população nesta fase de emergência. A quantia será destinada às dioceses que mais foram afetadas e se trata de uma “primeira e imediata expressão concreta dos sentimentos de proximidade espiritual e encorajamento paterno do Pontífice para com as pessoas e os territórios atingidos”, lê-se no comunicado.

Esta contribuição se insere na rede de ajudas que logo foi ativada em toda a Igreja, envolvendo várias Conferências Episcopais e inúmeros organismos de caridade. A Caritas Haitiana, em parceria com a Caritas Internacional, lançou imediatamente um apelo para socorrer duas mil e 700 famílias e para a compra e distribuição de gêneros de primeira necessidade.

A passagem do furacão na ilha caribenha matou pelo menos mil pessoas e outras milhares ficaram desabrigadas.

Os haitianos no sul do país foram os mais afetados. O Programa Brasileiro contatou a Ir. Neuza Maria Lovis, das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, que descreveu o cenário de “desolação” que tomou conta da diocese de Jeremie.

O mesmo descrevem os frades capuchinhos brasileiros que atuam na região de Les Cayes. Segundo os freis Aldir Crocoli e Sérgio Defendi, igrejas, casas, escolas e postos de saúde foram destruídos pelo furacão. 

Os capuchinhos residentes no Haiti informaram que os religiosos e religiosas não sofreram ferimentos e estão ajudando pessoas que perderam seus pertences e familiares: “O país não conseguiu se recuperar do terremoto e agora esta tragédia que afeta em torno de um milhão de habitantes”, afirmou Frei Aldir Crocoli.

(bf)

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Francisco: atual modelo de produção de alimentos está esgotado

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Rádio Vaticano (RV) – O Papa rechaçou o atual modelo mundial de produção de alimentos que, segundo o Pontífice, “com toda a sua ciência, consente que cerca de 800 milhões de pessoas passem fome”. 

Em mensagem enviada nesta sexta-feira, (14/10) à Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, Francisco abordou inicialmente a questão das mudanças climáticas, pedindo que as decisões do Acordo de Paris “não fiquem somente nas palavras, mas se tornem em valentes decisões concretas”.

“No setor de atuação da FAO, está crescendo o número daqueles que pensam que são onipotentes e podem ignorar o ciclo das estações ou modificar indevidamente as diferentes espécies de animais e plantas, provocando a perda desta variedade que, se existe na natureza, significa que tem – e há de ter – uma função”, observou o Papa.

Sabedoria ancestral

No contexto das manipulações genéticas, o Papa observou ainda que “obter uma qualidade que dá excelentes resultados em laboratório pode ser vantajoso para alguns, mas pode ter efeitos desastrosos para outros”.

Neste ponto, Francisco convida a dar a devida atenção à sabedoria dos produtores rurais.

“Esta sabedoria que os agricultores, os pescadores, os pecuaristas conservam na memória das gerações, e que agora vêm como está sendo ridicularizada e esquecida por um modelo de produção que beneficia somente pequenos grupos e uma pequena porção da população mundial”, denunciou o Papa.

Caravana dos últimos

O Papa recordou ainda que as mudanças climáticas também contribuem para que “a mobilidade humana não pare”.

“Os dados mais recentes revelam que são cada vez mais os migrantes climáticos, que engrossam as filas desta caravana dos últimos, dos excluídos, daqueles a quem é negado um papel na grande família humana. Um papel que não pode ser outorgado por um Estado ou por um status, mas que pertence a cada ser humano enquanto pessoa, com sua dignidade e seus direitos”, apontou.

Distribuição justa

“Já não basta se impressionar e se comover diante de quem, em qualquer latitude, pede o pão de cada dia”, afirmou o Papa, ao condenar o desperdício de alimentos.

“É necessário decidir-se e atuar. Muitas vezes, também enquanto Igreja católica, recordamos que os níveis de produção mundial são suficientes para garantir a alimentação de todos, com a condição de que haja uma justa distribuição”, disse.

A mensagem do Papa termina com um apelo para uma mudança de rumo, à qual todos estamos chamados a cooperar:

“Cada um em seus âmbitos de responsabilidade, mas todos com a mesma função de construtores de uma ordenação interna nos países e uma ordenação internacional, que permita que o desenvolvimento não seja somente uma prerrogativa de poucos, nem que os bens da criação sejam patrimônio dos poderosos”.

(rb)

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Papa Francisco visita crianças da Vila SOS de Roma

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco visitou, na tarde desta sexta-feira (14/10), a Vila SOS de Roma, orfanato situado no bairro Boccea. A visita realizou-se no âmbito das sextas-feiras da Misericórdia. 

Essa estrutura acolhe crianças, recomendadas pelos Serviços Sociais e pelo Tribunal, que passam dificuldades pessoais, familiares e sociais. 

A vila é formada por cinco casas. Em cada uma delas moram no máximo seis meninos e meninas de até 12 anos, junto com uma responsável, uma “Mãe SOS”. O local foi estruturado a fim de ajudar as crianças durante o seu crescimento, acompanhando-as como acontece numa família através das várias etapas de crescimento e integração na sociedade. As crianças, de fato, são levadas à escola, frequentam a paróquia e fazem esporte. Os profissionais, residentes, não residentes ou voluntários que trabalham no centro acompanham as crianças por um período de vários anos, contribuindo na criação de relações humanas estáveis, que as ajudam a alcançar uma autonomia adequada. 

Na vila, estão presentes também os adolescentes que escolheram ficar perto da estrutura para continuar tendo um apoio e um ponto de referência, além de darem uma ajuda nas atividades cotidianas. 

A Vila SOS segue o modelo pedagógico e organizacional da primeira estrutura fundada na Áustria em 1949. Paulo e Maria, que administram a estrutura de Roma, tiveram a ocasião de contar ao Papa Francisco a história de Hermann Gmeiner, jovem estudante de medicina austríaco que, profundamente entristecido pelas centenas de crianças que ficaram sem seus pais por causa da II Guerra Mundial, abriu na Áustria a primeira Vila SOS, desenvolvendo um modelo educacional próximo ao calor humano de uma família verdadeira, em contraposição ao modelo do orfanato difundido naquele tempo. 

Os meninos e meninas, acompanhados por funcionários do centro, mostraram ao Papa a área verde à disposição da Vila, que possui também um campo de futebol e um pequeno parque infantil. As crianças mostraram os seus quartos e seus brinquedos ao Pontífice que ouviu suas histórias e merendou com elas.   
Depois de visitar as crianças, o Papa Francisco visitou também o Cardeal Andrea Cordero Lanza di Montezemolo que está internado na clínica Vila Betânia. 

Às 17h30 locais, o Santo Padre voltou ao Vaticano. (MJ)

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Pesar do Papa pela morte do Rei da Tailândia

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Bangcoc (RV) - O Papa Francisco manifestou, nesta sexta-feira (14/10), seu pesar pela morte do Rei da Tailândia, Bhumibol Adulyadej.

O monarca faleceu nesta quinta-feira (13/10), aos 88 anos. Numa mensagem enviada ao premiê tailandês, Francisco se disse profundamente entristecido, manifestando sua proximidade aos membros da família real e a todo o povo tailandês. O Pontífice reza para que “como o tributo justo ao legado de sabedoria, força e fidelidade do falecido rei, todos os tailandeses possam trabalhar juntos para promover o caminho da paz".

Na Tailândia é luto nacional. Milhares de pessoas participam dos ritos fúnebres do soberano que representava um elemento importante de unidade e estabilidade diante de uma situação política muitas vezes atribulada. 

Segundo o editorialista de Asia Times, Francesco Sisci, este “é um momento muito importante, porque o Rei governou o país desde o fim da II Guerra Mundial e o levou adiante, não obstante momentos muito difíceis como a Guerra Fria, a Guerra Quente, o conflito no Vietnã, a expansão dos anos 80 e a crise financeira asiática de 1997-1998, que depois deu origem ao momento crítico atual da Tailândia. É o fim do soberano quase absoluto, no sentido que todos os outros monarcas do mundo possuem funções e poderes cerimoniais, enquanto ele sempre teve um papel muito ativo e direto na política tailandesa”. 

Segundo Sisci, o Rei Bhumibol “foi certamente uma presença tópica na vida da Tailândia. Deu de alguma forma um papel à nova Tailândia que era um país que saia mal da II Guerra Mundial, e depois da guerra ele manteve o país unido, coisa não fácil, e o manteve distante do contágio comunista, durante a Guerra de Indochina, antes, contra os franceses e, depois, a do Vietnã, também isso coisa absolutamente não fácil. A terceira coisa, é que sob o seu reinado iniciou o processo de paz no Camboja que deu início ao desenvolvimento econômico do Sudeste Asiático. 

“A crise de seu reinado, mas também a crise do país, veio com a crise financeira asiática de 97-98, que, em seguida, abriu as portas para o que foi o governo de Thaksin Shinawatra, com o qual não se encontrou uma solução verdadeira política. Tanto é verdade que ainda hoje a Tailândia, de alguma forma, está ainda em crise por causa da incapacidade de administrar o fenômeno Thaksin.”

Para o editorialista, a sucessão ao trono já foi determinada, no sentido que o filho é o sucessor designado. Segundo ele, o problema principal será como resolver a questão com Thaksin que hoje vive em exílio e que venceu todas as eleições democráticas que se realizaram na Tailândia.” (MJ)

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Igreja na América Latina



Bispos de Porto Rico: é hora da fé e da esperança

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San Juan (RV) - “É hora da fé e da esperança”: esse é o tema da longa mensagem que a Conferência Episcopal de Porto Rico difundiu em vista das eleições presidenciais programadas para 8 de novembro próximo.

“Porto Rico está enfrentando a crise sociopolítica e econômica mais profunda dos últimos 115 anos. Toda a estrutura do modelo político e econômico no qual nosso desenvolvimento se baseou nas últimas décadas perdeu sua legitimidade e sua eficácia”, lê-se no texto reportado pela agência Sir.

Não ao colonialismo

Em seguida, os bispos porto-riquenhos fazem algumas considerações para o período de discernimento pré-eleitoral, “para eleger candidatos e propostas que nos guiem como povo nesta situação”, ressaltam.

Todavia, na mensagem evidenciam que o novo governo terá que submeter-se à autoridade de uma Junta de supervisão fiscal decidida pelo Congresso dos EUA e nomeada pelo presidente estadunidense, “reflexo de nossa crua condição colonial. Essa situação exige uma condenação inequívoca e sua superação é uma tarefa inevitável”.

Barrar as leis injustas

“Chegou o momento de dizer não ao histórico colonialismo que acompanhou leis injustas, como a lei de cabotagem (que regulamenta a navegação e o comércio na ilha estabelecendo, substancialmente, o monopólio dos navios estadunidenses, ndr), a demagogia dos partidos e o oportunismo de muitos líderes”, escrevem ainda os prelados.

Necessidade de participação ativa da cidadania

Ao mesmo tempo, “percebemos a chegada de um novo colonialismo baseado em ideologias e poderes anônimos que nos tornam escravos de uma cultura global que vai contra as culturas e as tradições dos povos. Com o Papa Francisco dizemos não a novas formas de colonialismo”.

Os bispos porto-riquenhos pedem aos cidadãos “uma participação ativa”, recordando que ela constitui um preciso dever moral. (RL – Sir)

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Igreja no Mundo



Papa canonizará sete novos Santos, entre os quais "El cura Brochero"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco preside, na manhã deste domingo (16/10), na Praça São Pedro, à Santa Missa de Canonização de sete novos santos da Igreja católica.

São eles: Salomão Leclercq (1745-1792), José Sanchez do Río (1913-1928), Manuel González Garcia (1877-1940), Ludovico Pavoni (1784-1849), Afonso Maria Fusco (1839-1910), Isabel da Santíssima Trindade (1880-1906) e José Gabriel do Rosário Brochero (1840-1914).

•  Salomão Leclercq, mártir, natural da França, da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs ou Lassalistas, durante os anos violentos da Revolução Francesa, foi preso e assassinado barbaramente, em 1792, no jardim do Convento dos Carmelitas, teatro de um dos mais terríveis massacres.

•  José Sanchez do Río, leigo e mártir, nascido no estado de Michoacan, México. Com a explosão da guerra chamada “cristera”, durante a perseguição religiosa, com apenas 14 anos, foi preso e torturado para que regasse à sua fé. Foi assassinado, em 1928, no cemitério da sua terra natal. Suas últimas palavras foram: “Viva Cristo Rei! Viva Nossa Senhora de Guadalupe!”

• Manuel González Garcia, nasceu em Sevilha, Espanha. Ao se tornar sacerdote fundou a “Obra das Três Marias e dos Discípulos de São João. Sendo ordenado Bispo auxiliar de Málaga, fundou a União Eucarística Reparadora e da Congregação das Irmãs Missionárias Eucarísticas de Nazaré. Durante a guerra civil espanhola, revolucionários queimaram quase todas as igrejas e a sede episcopal. Dom Manuel, escritor de obras de espiritualidade eucarística e catequética, faleceu em Madri em 1940.

• Ludovico Pavoni nasceu em Brescia, norte da Itália, sacerdote, dedicou-se aos pobres e abandonados, para os quais fundou o Instituto de São Barnabé, do qual nasceu a Congregação dos Filhos de Maria Imaculada. Deu um notável impulso às atividades editoriais e tipográficas. Durante o conflito dos “Dez Dias” em Brescia, Padre Ludovico tentou salvar seus jovens dos saques e das violências, foi acometido por uma broncopneumonia, vindo a falecer em 1949.

• Afonso Maria Fusco, sacerdote, nasceu na província italiana de Salerno, dedicou-se com grande zelo ao sacramento da Reconciliação e à pregação assídua da Palavra de Deus. Para ir ao encontro da instrução dos menores pobres, abriu uma escola em sua casa, que, posteriormente, se concretizou com a fundação da Congregação das Irmãs de São João Batista. A nova Instituição dedicou-se à educação das crianças órfãs e necessitadas. Padre Fusco faleceu em 1910, em Agri, sua cidade natal.

• Isabel da Santíssima Trindade, monja professa francesa, da Ordem das Carmelitas Descalças, nasceu no campo militar francês de Avor, em Bourges. Aos 18 anos, fez o voto de virgindade, que a levou a se dedicar à vida monacal do Carmelo de Dijon. A “grande mística” carmelita, contemporânea de Santa Teresinha do Menino Jesus, morreu em 1906, aos 26 anos, após um longo sofrimento, que suportou com fé e amor, devido à doença de Addison.

•  José Gabriel do Rosário Brochero, sacerdote diocesano, nasceu em Cordova, Argentina, em 1840. conhecido como “El cura Brochero”, assim chamado, carinhosamente, pelos antigos moradores das áreas rurais da Argentina, Uruguai e do Sul do Brasil. O Padre gaúcho percorreu a Argentina, em cima de uma mula, para levar a educação e a mensagem do Evangelho de Jesus aos povos das regiões mais remotas e pobres do país. Divulgou a prática dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, conseguindo muitas conversões. Apesar de ser acometido pela hanseníase, continuou a levar adiante a sua missão pastoral. O “El cura Brochero” faleceu em 1914 e foi beatificado pelo Papa Francisco em 2013.

Durante seus 3 anos e meio de Pontificado, Francisco proclamou 29 santos, em oito cerimônias no Vaticano, duas fora da Itália (EUA e Sri Lanka) e sete canonizações por equipolência ou seja, sem necessidade de outro milagre. Entre os santos proclamados por Francisco recordamos, entre outros, os Papas João XXIII e João Paulo II, Madre Teresa de Calcutá e o Padre José de Anchieta.

Recordamos que o Brasil tem 3 Santos: Madre Paulina; Frei Galvão e José de Anchieta, e 81 Beatos. (MT)

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Terra Santa: peregrinação de bispos alemães católicos e evangélicos

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Jerusalém (RV) - Terá início, no próximo domingo (16/10), a peregrinação ecumênica na Terra Santa de bispos católicos e evangélicos. 

Participam da iniciativa nove membros da Conferência Episcopal Alemã e nove do Conselho da Igreja Evangélica na Alemanha. Esta viagem conjunta das duas Igrejas se realiza no âmbito das celebrações dos 500 anos da Reforma Luterana em 2017. 

“Jerusalém, Belém e Mar da Galileia serão as etapas principais da peregrinação”, refere a Agência Sir. Estão previstos encontros de caráter religioso e com personalidades políticas, além da visita ao memorial do holocausto. A peregrinação pretende “criar um prelúdio duradouro e concordado para as relações entre as duas Igrejas de Cristo, através da solidariedade expressa pela fé”.  

Participarão, da parte católica, o Arcebispo de Munique-Frisinga, Cardeal Reinhard Marx, Presidente da Conferência Episcopal Alemã, o Arcebispo de Bamberg, Dom Ludwig Schick, o Arcebispo emérito de Friburgo, Robert Zollitsch, e os bispos de Trier (Stephan Ackermann), Osnabrück (Franz-Josef Bode), Magdeburgo (Gerhard Feige), Essen (Franz-Josef Overbeck), Hildesheim (Nikolaus Schwerdtfeger). 

Da parte evangélica, participam o Presidente do Conselho da Igreja Evangélica na Alemanha, o Bispo Heinrich Bedford-Strohm (Munique), a vice-presidente Annette Prases Kurschus (Bielefeld), a diretora Marlehn Thieme, o presidente do Sínodo do Conselho da Igreja Evangélica na Alemanha, Irmgard Schwaetzer (Berlim), os Bispos de Hamburgo (Kirsten Fehr), Bückeburg (Karl-Hinrich Manzke), Tubinga (Elisabeth Grab-Schmidt), Dusseldorf (Jacob Joussen), e Ingelheim (Andreas Barner). 

(MJ)

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Carmelitas na Síria relatam situação dramática em Aleppo

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Damasco (RV) - As Carmelitas de Aleppo, no norte da Síria, lançam seu grito de dor e sofrimento nesta terra martirizada por uma guerra que tem deixado no país médio-oriental um rastro sem fim de mortes e destruição: “Não podemos mais acetar isso!”

O grito foi lançado na terça-feira (11/10) escrevendo à Fundação “Ajuda à Igreja que Sofre”. “Os bombardeios na parte oriental de Aleppo são numerosos, mas a situação na parte ocidental da cidade não é melhor, apesar de a mídia não noticiar.”

“Essa parcialidade da informação nos faz sofrer, porque somos diariamente testemunhas dos sofrimentos vividos nos vários bairros ocidentais da cidade: também nestes se contam, todos os dias, dezenas de mortos e feridos”, lê-se no relato das irmãs religiosas.

“Um sacerdote chegou até nós em lágrimas: vive em Midan, um bairro popular há três anos continuamente alvo de atentados. Há uma semana não faz outra coisa a não ser sepultar as vítimas civis”, afirmam as Carmelitas.

Em outro bairro muito popular e de maioria islâmica, próximo do hospital São Luís, dias atrás tiros de artilharia deixaram dez mortos e mais de setenta feridos, acrescentam.

Segundo elas, a situação superou o limite do que se pode humanamente suportar. “Não podemos mais aceitar isso e pedimos o fim dos combates em todas as partes da cidade, além de uma informação mais objetiva”, prossegue a carta.

Em Aleppo, os cristãos passaram dos 160 mil antes da guerra para 40 mil em abril passado. As estimativas mais atuais (dados de setembro) falam de 35 mil cristãos.

Somente nas últimas semanas, a Fundação “Ajuda à Igreja que Sofre” assegurou à Diocese de Aleppo projetos num valor de 110 mil euros, e outros, num total de 250 mil euros, encontram-se em fase de financiamento. (RL)

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Formação



Pastoral relança Agenda para o Desencarceramento

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São Paulo (RV) – A Pastoral Carcerária promoveu no último final de semana, em São Paulo, um encontro para o relançamento da Agenda para o Desencarceramento. Participaram do evento cerca de 120 pessoas de diversas partes do Brasil, inclusive com a presença de outros movimentos da sociedade civil.

O Vice-coordenador da Pastoral Carcerária, Pe. Gianfranco Graziola, entrevistou uma agente da Pastoral de Belo Horizonte, Maria de Lourdes, que explica do que se trata a Agenda para o Desencarceramento: 

Relançando a Agenda, a sociedade civil, a Igreja e as instituições governamentais são convidadas a debater as causas do encarceramento, que são múltiplas: da a justiça vertical à questão da droga. Para Maria de Lourdes, a sociedade tem que trabalhar o próprio desencarceramento. Ouça acima a reportagem completa.

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Martinho Lutero: um reformador

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco visitará a Suécia, de 31 deste mês a 1º de novembro, por ocasião da comemoração comum luterano-católica da Reforma.

 
 
O Bispo da Diocese de Novo Hamburgo (RS), Dom Zeno Hastenteufel, conversou com a nossa emissora sobre esse grande movimento do século XV e XVI.
 
Dom Zeno fez o Doutorado em História da Igreja na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma.

(MJ)

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Atualidades



Jesuítas elegem Pe. Arturo Sosa, venezuelano, como Superior-geral

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Cidade do Vaticano (RV) – Padre Arturo Sosa Abascal, venezuelano, é o novo Prepósito Geral da Companhia de Jesus. Depois de quatro dias de “murmurationes” – oração e discernimento sobre o perfil do novo Superior-geral - os 212 delegados dos quase 17 mil jesuítas do mundo elegeram na manhã desta sexta-feira, 14 de outubro, o sucessor do Padre Adolfo Nicolas, que renunciou aos 80 anos. 

"Sinto que preciso de muita ajuda. Começou um grande desafio. Esta é a Companhia de Jesus, então Jesus deverá ajudar-nos tendo muito o que fazer aqui conosco. Eu confio nos meus confrades que são muito bons, mas que a Congregação nos leve adiante com um bom grupo de trabalho e com orientações muito precisos porque este não é um trabalho de uma só pessoa, é um trabalho do corpo da Companhia. Eu farei o melhor possível, estou muito surpreso, muito grato ao Senhor e rezo por todos" . 

Padre Arturo Sosa nasceu em Caracas em 12 de novembro de 1948, entrou na Companhia em 1966 e foi ordenado sacerdote em 1977. Atualmente era o delegado do Superior para as Casas Internacionais. Tem doutorado em ciências políticas na Universidade Central da Venezuela. O 30º sucessor de Santo Inácio fala espanhol, italiano, inglês e entende o francês. 

É a primeira vez na história da Igreja Católica que um padre geral da Companhia é eleito durante o Pontificado de um Papa jesuíta. Respeitando a tradição, o primeiro a ser comunicado sobre o nome do eleito foi o Papa Francisco.

A 36ª Congregação-geral anunciou a eleição por volta das 11h30, tocando os sinos da Cúria Generalícia, no Borgo Santo Spirito. 

(CM)

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Pe. Rubens: O aplauso final é o voto de todos

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Cidade do Vaticano (RV) - Na manhã desta sexta-feira (14/10), foi eleito, em Roma, o novo Prepósito-Geral da Companhia de Jesus, Padre Arturo Sosa Abascal.

Cristiane Murray conversou com o jesuíta brasileiro Pe. Pedro Rubens que participou da 36ª Congregação-geral e contou como foi a eleição.  

(MJ/CM)

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Castel Gandolfo: Papa destina seu apartamento a museu

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Cidade do Vaticano (RV) – Três anos e meio depois da decisão de renunciar ao apartamento papal, no terceiro andar do Palácio Apostólico, o Papa decidiu renunciar também definitivamente ao uso do apartamento de Castel Gandolfo e anexá-lo ao museu já existente. 

Residência para férias de verão

‘Residência de verão’ de todos Papas desde o início do século VII, aquela ala do Palácio nunca foi utilizada por Francisco para o descanso. Nos poucos dias em que repousa no verão, o Pontífice prefere permanecer na Casa Santa Marta. Assim, as salas de Castel Gandolfo, vazias desde 2013, serão abertas à visita de fiéis e turistas, assim como as restantes.

O museu será inaugurado no próximo 21 de outubro com a exibição de um coral chinês com o concerto “A beleza nos une”, na linha das intenções do Papa de construir pontes também com a China, país sempre no centro das atenções da diplomacia pontifícia.

Abertura ao público dos lugares privativos

São muitos os lugares exclusivos da residência que Francisco abre ao público. Antes de tudo, o quarto: um cômodo com as janelas voltadas para o mar, sem dúvida a o mais reservado de todo o Palácio. Após o desembarque estadunidense em Anzio, em janeiro de 1944, os arredores de Castel Gandolfo se transformaram em um dos mais sangrentos palcos de batalha da Segunda Guerra Mundial. O quarto, assim como as outras salas, foi destinado às gestantes. No leito utilizado pelos Pontífices nasceram naqueles meses cerca de quarenta bebês.

Pouco além do quarto, está a pequena capela na qual os Papas rezavam sozinhos. Na sequência, encontram-se a Biblioteca do Pontífice e o pequeno escritório, onde os Papas do passado, até Bento XVI, escreviam encíclicas e homilias. Há ainda dois cômodos reservados ao secretário particular e ao secretário adjunto; e o Salão dos Suíços, assim chamado porque antigamente era ali que se preparava o corpo da guarda armado que desde 1506 presta serviço aos Papas. Enfim, a Sala do Consistório, que recebeu raramente hóspedes leigos, pois era utilizada em geral apenas para as reuniões do colégio cardinalício com o Pontífice.

A partir de 21 de outubro, e até pelo menos quando Francisco estiver na Sé Pontifícia, tudo isto será uma vaga recordação. Mas não é dito que não possam voltar tempos como os de João XXIII, que gostava da residência de verão e frequentemente passeava pelas cidades, colinas ou praias vizinhas, em meio às pessoas. Ou os de João Paulo II, que brincava com os filhos dos funcionários nos jardins. Também Bento XVI gostava de ir e à noite ouviam-se as notas do seu piano. Já Pio XI construiu uma horta e uma granja com galinhas e vacas, e ainda hoje, seus produtos são vendidos diariamente no supermercado do Vaticano. 

(Repubblica/CM)

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