Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre recebeu em audiência na manhã desta segunda-feira (17/10), no Vaticano, o presidente da República da Eslovênia – país do centro-sul da Europa –, Borut Pahor, o qual, sucessivamente, encontrou o Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, acompanhado do Secretário das Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher. 

Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, durante os cordiais colóquios foram evocadas as positivas relações bilaterais, também na perspectiva da iminente celebração dos vinte e cinco anos das relações diplomáticas entre a Santa Sé e a Eslovênia, e passaram em resenha alguns temas de comum interesse relacionados à situação atual do país.

Em seguida, detiveram-se sobre as boas relações existentes entre a Igreja Católica e o Estado e sobre a importância do diálogo no âmbito de uma profícua colaboração sua para o bem da sociedade eslovena e, em particular, das jovens gerações, lê-se no comunicado.

Por fim, foi dada atenção à situação internacional, com referência especial ao contexto regional e aos desafios que a Europa é chamada a enfrentar. (RL)

Cidade do Vaticano (RV) - A Sala de Imprensa da Santa Sé informa que o Papa Francisco visitará a Arquidiocese de Gênova, na Itália, no sábado 27 de maio de 2017.  

Alegria e gratidão foram manifestadas pelo Arcebispo de Gênova, Cardeal Angelo Bagnasco, Presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), na entrevista à nossa emissora.

Cardeal Bagnasco: “Dei a notícia no final da missa celebrada na catedral para a inauguração do Ano Pastoral, e as pessoas ali presentes acolheram a notícia com alegria, satisfação e muita gratidão ao Santo Padre que deseja honrar Gênova com a sua presença.”

Como a arquidiocese se preparará para esta visita do Papa?

Cardeal Bagnasco: “Em primeiro lugar, a preparação espiritual assim como fizemos também para o recente Congresso Eucarístico. Houve uma preparação espiritual intensa composta de oração, catequeses... Para nos preparar a este encontro a temperatura da alma da comunidade cristã deve ser elevada, e isso acontece somente com a oração. A oração e a catequese sobre a beleza da Igreja, sobre o Sucessor de São Pedro, sobre os Apóstolos. Em segundo lugar, devemos nos preparar do ponto de vista organizacional, apenas saímos do grande evento do Congresso Eucarístico que exigiu um grande trabalho. Trata-se de colocar novamente em ação rapidamente a experiência apenas concluída e projetá-la para o acolhimento do Santo Padre, a fim de que realmente seja um evento de graça para a comunidade diocesana.”

A última visita de um Pontífice a Gênova foi a de Bento XVI em 2008. Depois de nove anos, o Papa voltará a Gênova. Que significado tem essa visita para a sua arquidiocese?

Cardeal Bagnasco: “É uma grande graça, um grande conforto para toda a diocese, certamente. As visitas dos Papas, dos Sucessores de Pedro, primeiro de João Paulo II por duas vezes, depois Bento XVI, e agora o Papa Francisco, uma grande graça. Digo que Gênova é realmente abençoada por essas visitas. Sentimo-nos honrados e agradecidos por esta atenção pela comunidade de Gênova que tem uma grande história de ligação profunda com o Papa, de adesão à vida da Igreja. Queremos que tudo isso seja relançado e confirmado pelas palavras, orações e a presença do Papa Francisco que sabe comunicar de maneira direta com as palavras, com o olhar, com os gestos, com todo o seu ser.”

(MJ)

Rádio Vaticano (RV) – O Papa Francisco visitou na sexta-feira (14/10), o cardeal italiano Andrea Cordero Lanza de Montezemolo, internado em uma clínica em Roma. 

O Cardeal Montezemolo, 91 anos, foi Arcipreste da Basílica de São Paulo fora dos Muros de 2005 a 2009. Antes, serviu a Santa Sé em diversas representações diplomáticas e foi o primeiro Núncio Apostólico para o Estado de Israel após a assinatura do Acordo Fundamental entre a Santa Sé e Israel em 1993. O último cargo diplomático foi o de Núncio Apostólico na Itália e San Marino.

O Papa encontrou o cardeal após a visita a um Centro familiar no bairro Aurélio da capital italiana, que acolhe cerca de 30 crianças em condições de dificuldade pessoal, familiar e social.

(rb)

Cidade do Vaticano (RV) - O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, levou a saudação e o encorajamento do Papa às comunidades cristãs e aos refugiados sírios e iraquianos que se encontram na Jordânia. O purpurado chegou esta segunda-feira (17/10) a Roma proveniente da Jordânia, onde participou, como enviado especial do Pontífice, das cerimônias de reabertura do Santuário-Memorial de Moisés, localizado no Monte Nebo. Entrevistado pela Rádio Vaticano, eis o que disse o cardeal argentino: 

Card. Leonardo Sandri:- “Tive a oportunidade de saudar grupos de refugiados, sobretudo iraquianos, e lhes transmiti o encorajamento e a bênção do Papa, dizendo-lhes que devem sentir que o Papa e toda a Igreja está com eles, que jamais devem perder a esperança na ajuda de Deus e na força que Senhor lhes dá para poder construir um futuro.”

RV: À luz dos pertinentes pronunciamentos do Papa, quais seus apelos aos responsáveis das nações envolvidas nas questões médio-orientais?

Card. Leonardo Sandri:- “Aproveitando da minha presença em nome do Papa, exatamente no Monte Nebo, de onde Moisés avistou a Terra Prometida, referi-me às ‘muitas promessas’ que evocamos todos os dias: a paz, a cessação das guerras e da violência em nome de Deus. E, então, disse que todos nós esperávamos nesta ‘terra prometida’, nestes novos céus e nova terra, num futuro de fraternidade, solidariedade  espírito de respeito pela dignidade do homem e da mulher no mundo inteiro. É uma nova terra prometida a ser construída, apesar de todas as dificuldades do mundo de hoje.”

RV: Como os cristãos, sobretudo sírios e iraquianos, estão vivendo estas horas da notícia da ofensiva contra os redutos do autodenominado Estado Islâmico?

Card. Leonardo Sandri:- “Esta notícia traz a todos um suspiro de esperança. Certamente, porém, uma esperança que será provavelmente dolorosa, porque trará outras vítimas e, sobretudo, o que tememos é que possa ter inocentes ‘usados’ nestas circunstâncias como ‘escudos’ contra os inimigos. Portanto, esperamos que essa ofensiva seja levada adiante com o menor dano possível para as pessoas, para as crianças, sobretudo, e para todos aqueles que ainda sofrem tanto.” (RL)

Taiwan (RV) - O diálogo entre cristãos e taoistas torne-se “um farol de luz” para o mundo de hoje, “dilacerado” pela guerra, ódio, desconfianças e medo. Este é um dos passos da declaração final do primeiro encontro de diálogo cristão-taoista, intitulada “Buscar juntos a verdade”, que acaba de se concluir em Taiwan.

O evento foi promovido pela “Taipei Baoan Temple Foundation”, pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso e pela Conferência Episcopal Regional Chinesa.

Respeito, compreensão, enriquecimento, compromisso para enfrentar os desafios de hoje e a promoção dos valores universais. Estes os pontos centrais da declaração final do encontro que se realizou em Taiwan.

Presentes Dom Miguel Ángel Ayuso Guixot, Secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, e Padre Indunil Kodithuwakku, subsecretário do mesmo Dicastério. No texto, o olhar vai imediatamente para as relações entre cristãos e taoistas mas também para as crises contemporâneas.

Reciprocidade

Os participantes exprimem um “profundo respeito” recíproco e se comprometem a um “diálogo sincero”, em nível local, nacional e internacional. Buscar a verdade juntos, escrevem, serve para uma “maior compreensão”, um “enriquecimento recíproco” e uma cooperação em nome de uma caridade “sem distinções”.

Olha-se para os desafios da globalização, com as migrações, as tensões religiosas e interculturais, o fundamentalismo. Portanto, se auspicia que o diálogo entre cristãos e taoista possa se tornar “um farol de luz” para o mundo de hoje, “dilacerado” pelas guerras, pelo ódio, pelas suspeitas e medos, enfrentando “juntos” a secularização, a crise ambiental, a chaga indiferença.

Um olhar particular é reservado à importância de educar as crianças ao respeito, apreciando cultura e patrimônio próprios, como também as dos outros. Ênfase ainda para a difusão dos valores universais, individuados na justiça, paz, unidade, fraternidade, liberdade e harmonia religiosa. (SP)

Atenção emissoras que retransmitem os programas da Rádio Vaticano:

Com o início do "Horário de Verão" no Brasil, a diferença de fuso horário entre Itália e Brasília passa de 5 para 4 horas. Portanto, o nosso Programa e o Boletim de Notícias chegam uma hora mais cedo em relação ao horário atual.

A Audiência geral na quarta-feira será transmitida a partir das 5h45.

Ou seja:

O Boletim irá ao ar (horário de Brasília) às 6h da manhã.

O Programa da manhã às 7h

O Programa da tarde às 13h

E a réplica às 22h

Audiência geral às 5h45

Esses horários estarão em vigor até à noite do dia 29 de outubro de 2016, quando, na Itália, terminará o "Horário de Verão" e a diferença de fuso cairá para 3 horas.

Atenção: a partir do dia 30 de outubro de 2016, nossos programas retornam ao horário atual no Brasil, ou seja às 7h (Boletim), 8h (Programa da manhã), 14h (Programa da tarde). E a réplica às 21h30.

O Programa Em Romaria chegará às 13h.

Sugestão:

Para não alterar a programação atual das emissoras que retransmitem os nossos Programas, essas mesmas emissoras poderiam gravá-los uma hora antes e mandá-los ao ar nos horários habituais.

Brasília (RV) – O Setor de Pastoral da ANEC, Associação Nacional de Educação Católica do Brasil está lançando a primeira edição digital da Revista de Pastoral. 

“Educação para o Bem Comum: Perspectivas e Práticas a partir da Laudato Si’” tem 136 páginas e o número de setembro está on line no link

<http://anec.org.br/revistadepastoral/edicao-atual/>

A publicação quer ser uma ferramenta de apoio formativo e de informação ao pastoralista que atua tanto na escola católica quanto na universidade católica.

A Amazônia e a REPAM (Rede Eclesial Pan-amazônica) estão contempladas nas páginas internas da revista. Na Seção Documentos, o prof. Renato Lopes, grande colaborador da REPAM e do Setor Universidades, que está neste grupo, traz o relato da experiência missionária dos universitários na região amazônica.

A revista apresenta ainda as cartas dos seminários Laudato Si' em Cuiabá e Porto Velho. Registro, memória da caminhada e do olhar da Igreja, com o intuito de divulgar a itinerança da REPAM e mostrar os organismos que estão ajudando a refletir sobre a encíclica do Papa Francisco e a impulsionar para atitudes concretas para o coletivo, na cultura do Bem Viver.

Revista de Pastoral é uma publicação semestral (Junho/Julho e Dezembro/Janeiro)

(CM)

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta segunda-feira, no Vaticano, a presidência da Conferência Episcopal Argentina, que veio a Roma participar da missa com a canonização do Cura Brochero, o primeiro santo nascido no país. 

Este evento foi celebrado por milhares de fiéis em todo o país, especialmente na província de Córdoba, na localidade chamada Villa Cura Brochero.

A chuva não impediu que os devotos, reunidos desde a noite de sábado, aguardassem e vivessem com emoção a missa presidida pelo Papa Francisco.

A vigília foi animada por cantos, homenagens e, é claro, por orações. Cerca de 40.000 fiéis participaram através de telões da cerimônia ao vivo do Vaticano, às 5h da manhã.

Ao final da celebração eucarística, celebraram outra missa na intenção do novo santo. Em Villa Santa Rosa de Río, cidade natal do Cura Brochero, se peregrinou a cavalo, de bicicleta e a pé, por oito quilômetros, até o Museu dedicado ao santo argentino.

A missa de ação de graças pela canonização será no dia 4 de novembro, na Catedral de Córdoba, que marcará também os 150 anos de ordenação sacerdotal do santo.

Santiago (RV) - Cerca de 70 mil jovens chilenos participaram, neste domingo (16/10), da peregrinação intitulada “Viver em Cristo, o caminho da misericórdia” ao santuário de Santa Teresa de los Andes, situado em Rinconada.  

Segundo a Agência Sir, não obstante o dia frio e chuvoso, os jovens chegaram ao santuário e  visitaram a cripta onde se encontram as relíquias da santa e a “Praça da cultura vocacional” organizada por várias congregações e movimentos. O Arcebispo de Santiago, Cardeal Ricardo Ezzati, Presidente da Conferência Episcopal Chilena, presidiu a missa no santuário para os jovens.

“É muito emocionante ver como o Senhor desperta a fé nos corações de muitos jovens. A peregrinação de hoje é uma grande demonstração de fé que nos enche de alegria e esperança”, disse o purpurado que também exortou os jovens a participarem das próximas eleições locais. 

“Quem é cristão se preocupa com os seus irmãos e a maneira de manifestar esta preocupação é participar responsavelmente na construção do bem comum, neste caso através do próprio voto”, concluiu o Cardeal Ezzati.

(MJ)

Brasília (RV) - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Cáritas Brasileira lançaram uma campanha SOS em solidariedade às vítimas do furacão Matthew, que atingiu o país caribenho no último dia 4 de outubro. Estima-se que um milhão de pessoas tenham sido afetadas pelas tempestades e que o número de mortes possa passar de 1 mil.

Os recursos arrecadados com a campanha serão destinados a ações de urgência, como o fornecimento de água potável, alimentos, cobertores, kits de higiene, lonas e tendas. Será dada prioridade de atendimento às pessoas em abrigos improvisados, mulheres grávidas, crianças e adultos com deficiência física. Com este apoio, pretende-se também ajudar na reconstrução de casas, escolas e outras estruturas que busquem melhorar as condições de vida da população.

Este foi o pior desastre enfrentado pelo país desde o terremoto de janeiro de 2010, quando mais de 300 mil pessoas morreram. Ainda hoje. há milhares de pessoas vivendo em barracas devido às consequências do terremoto, o que agrava ainda mais a situação do país com a passagem do furacão Matthew.

Eis o relato que o Fr. Sérgio Defendi enviou à Rádio Vaticano:

A passagem do Furação no Haiti no inicio de outubro deixou o Sul do país em ruínas. Os caminhos conhecidos parecem lugares estranhos, pois a paisagem mudou completamente. Muitas casas desabaram completamente (plat a tè). Das nossas construções em Abacou, vila onde moro há 6 anos, o posto de saúde ficou praticamente sem zinco; já na escola de informática a ruína foi maior, pois além de levar o zinco, estragou muitos computadores, arrancou janelas, derrubou e quebrou mesas e armários. Duas igrejas da nossa paróquia caíram, as outras duas, construídas recentemente e por isso mais sólidas, uma teve parte do telhado arrancado e a outra só sobraram os muros. O impacto maior. porém, é a destruição do ecossistema. Fala-se que 75% do ecossistema da região foi destruído. No nosso terreno, por exemplo, tínhamos mais de 30 arvores grandes, entre coqueiros e outras frutíferas. Não sobrou nenhuma de pé. A consequência imediata desse desastre são pessoas desabrigadas. Porém, a consequência mais dura vai ser e já está sendo a fome. Muita fome, bastante fome. Acabaram as frutas, não vai ter a colheita do feijão (pwa kongo) que estava próxima, a fruta pão (lanm veritab), até sobraram algumas árvores de pé, mas sem nenhuma folha. E assim poderia continuar citando. Com isso, mais uma vez, o Haiti abre os braços bem abertos para a solidariedade internacional. Esse é um ponto positivo, a solidariedade. Aqui uns tentando ajudar os outros, dando abrigo aos desabrigados, por exemplo. Nos outros países, pessoas vendo as necessidades e ouvindo o clamor do povo haitiano. Desde já agradecemos a todos que de alguma forma ou de outra ajuda a este povo e ajuda a nós que estamos aqui com e por este povo.

Um abraço a todos (as), fraternalmente, Frei Sérgio Defendi.

Contribua!

As ajudas financeiras podem ser depositadas nas seguintes contas, administradas pela Cáritas Brasileira em favor das vítimas do furacão Matthew:

Banco do Brasil
Agência: 3475-4
Conta Corrente: 33781-1

Caixa Econômica Federal
Agência: 1041
Operação: 003
Conta Corrente: 3943-9

CNPJ da Cáritas Brasileira: 33.654.419.0001/16

Roma (RV) - “Apesar de todas as razoáveis explicações, a Reforma criou uma divisão no cristianismo que sofreu e sofre ainda hoje. Devido a esta divisão, a Igreja Católica nos países nórdicos pôde começar a viver novamente somente depois de vários séculos”, e, portanto, “os 500 anos da Reforma não podem ser festejados, mas devem ser comemorados em um espírito de arrependimento”.

É o que se lê em uma “Carta Pastoral da Conferência Episcopal Nórdica”, divulgada no último sábado na Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia, há duas semanas da Viagem Apostólica do Papa à Suécia.

Determinados a avançar juntos no caminho da reconciliação

O texto, deliberadamente divulgado no dia da festa de Santa Teresa de Ávila e intitulado “Do conflito à comunhão”, pretende fazer a pergunta sobre “como continuar juntos para crescer juntos na fé, na esperança e na caridade”. Os bispos católicos, - informa a agência Sir -, expressam sua determinação em “continuar juntos no caminho da reconciliação com os nossos irmãos e irmãs luteranos e fazer todo o possível para alcançar a unidade”.

Pela graça de Deus é possível encontrar caminhos para a unidade

Após ter formulado, a partir de uma perspectiva católica, alguns pontos centrais da doutrina da fé, os bispos repropõem também para o Norte da Europa os “cinco imperativos” contidos no homônimo documento conjunto católico-luterano lançado em 2013. Convidam “todos os católicos a acompanhar na oração a preparação da visita do Papa” no final deste mês à Suécia e concluem: “apesar das diferenças que permanecem, acreditamos que através da graça de Deus é possível encontrar caminhos para a unidade”. (SP)

Cidade do Vaticano (RV) - A ofensiva iraquiana em Mosul – norte do País do Golfo – contra o autodenominado Estado Islâmico (EI) foi desencadeada. Nestas horas decisivas são muitas as esperanças e os temores dos cristãos iraquianos. A propósito, a Rádio Vaticano entrevistou o bispo auxiliar de Bagdá dos Caldeus, Dom Shlemon Warduni. Eis o que disse:

Dom Shlemon Warduni:- “Queremos a libertação da grande cidade de Nínive e, em seguida, da Planície de Nínive, porque muitos cristãos e também muitos muçulmanos foram expulsos de suas casas nos vilarejos em torno de Mosul. Por isso, queremos a libertação, mas que seja uma libertação sem as armas. Porém, se vê que isso é impossível: o homem é carrasco, o homem que não ama Deus não tem consciência e não pensa nas crianças, nas mulheres... Nós queremos a libertação, e especialmente de forma segura, do povo, dos vilarejos: aqueles vilarejos e aquelas cidades onde vivemos há milhares de anos. Queremos uma libertação e uma proteção.”

RV: Mas se corre o risco de uma segunda Aleppo? Corre-se o risco de um assédio que leve um milhão e meio de civis a encontrar-se sob bombardeios?

Dom Shlemon Warduni:- “Claro, claro... E isso é o que não queremos! Mas nos dirão: ‘Vocês não querem isso e não querem aquilo!’. Certamente: Queremos nossos vilarejos, nossas casas, nossas propriedades. Queremos que haja paz e segurança, que deixem nosso povo viver de modo honesto e tranquilo: isso é o que queremos. Certamente muitas pessoas se depararão com as armas, sofrerão a destruição das casas... E isso não queremos! Porque essa gente que está aí não presta: destruiu as obras de arte, os vilarejos, as igrejas e também as mesquitas, infelizmente... Atribuímos a culpa às pessoas que os ajudaram, a quem lhes deu armas, munições, a quem comprou petróleo no mercado clandestino. E o mundo fica somente olhando. Bastaria não vender a estes suas armas, bastaria não dar-lhes dinheiro... Bastaria, bastaria e bastaria! Mas ninguém faz nada e assim se deixa o mal vencer.”

RV: O premier iraquiano afirmou que somente o exército nacional entrará, porque Mosul é uma cidade multicultural, multirreligiosa: por conseguinte, é importante que nenhuma etnia prevaleça sobre outra...

Dom Shlemon Warduni:- “Deverão assumir uma postura de consciência, levando em consideração que Deus existe e que Deus é amor; e não com rancor ou vinganças. Que as vinganças sejam deixadas de lado. Mas penso que isso não será possível: falta o espírito humano, falta o espírito religioso verdadeiro, verdadeiro... Esperamos, porque do contrário – infelizmente – haverá mais homicídios e será uma grande catástrofe para o Iraque, como se deu em Aleppo (na Síria) e em outros lugares.”

RV: O retorno dos cristãos a Mosul e às áreas próximas a Mosul pode ajudar para a reconciliação nacional iraquiana?

Dom Shlemon Warduni:- “Sim, pode ser que isso aconteça. Porém, não se sabe, porque quando há rancor, ódio e a vingança, não se pensa nessas coisas. Mas isto é o que queremos: a paz, a tranquilidade, e – se possível – que esta libertação se dê, como disse, sem as armas.” (RL)

Rádio Vaticano (RV) – A FAO publicou nesta segunda-feira (17/10), o relatório sobre o Estado da Agricultura e Alimentação no mundo. 

Depois de sair do Mapa da Fome em 2014, o Brasil agora se preocupa com o percentual de pessoas com sobrepeso e obesas.

Diante das mudanças climáticas, a agricultura no país precisa se adaptar.

“Não podemos mais fazer previsões acertadas sobre a produtividade”, disse o Diretor Geral da FAO, José Graziano da Silva.

“Essa adaptação vai muito no sentido de usar tecnologia simples, mas moderna, que ajude a reduzir, mitigar, os efeitos da emissão de gases. Isso pode ser simples de aplicar: práticas de cultivo mínimo, por exemplo, muito difundida hoje na América do Sul; o uso de variedades resistentes ao calor e que tenham uma maior capacidade de sintetizar nitrogênio. Tudo isso vai na direção de tornar a agricultura mais resistente aos impactos das mudanças climáticas”, destacou ainda Graziano.

Entre alguns impactos potenciais da mudança climática no Brasil, estão a desertificação e salinização das zonas áridas e o aumento de incêndios na Amazônia, seguido de um processo de “savanização”.  

O Brasil recentemente completou o Plano de Adaptação Nacional para a agricultura. No entanto, previsões da FAO indicam que a partir de 2050 – caso o modelo de produção atual não seja alterado – as produções de milho e soja no Brasil podem cair até 40%. Entre 2010 e 2029, a queda estimada da produção nacional de trigo, por exemplo, é de 6%.

Gás estufa

Em 2014, o Brasil lançou na atmosfera 441 905 toneladas de dióxido de carbono proveniente da agricultura, atrás somente da China, Índia e Estados Unidos. Fermentação entérica de bovinos, ovinos e caprinos representa 58% das emissões de metano na América Latina. Soma-se a isso o esterco deixado no pasto, que representa outros 23% das emissões de gás metano. 

Números que representam o modelo de produção “esgotado” denunciado pelo Papa Francisco em mensagem à FAO na sexta-feira (14/10), pelo Dia Mundial da Alimentação.

O secretário do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Caio Tibério da Rocha, representou o Brasil na abertura plenária do Comitê de Segurança Alimentar.

 “A nossa participação na FAO, o direcionamento do nosso caminho, é o caminho da qualificação, o caminho de combatermos com muita força a desnutrição, com um programa de alimentação saudável. Não basta termos saído do Mapa da Fome: nós temos que combater os 52% da nossa população que apresenta sobrepeso, 18% com obesidade. A outra questão que também é preciso reforçar é a questão da política de mudança do clima: não tem no planeta nenhum programa que tem o investimento que tem o Brasil na área da agricultura do baixo carbono”.

(rb)

Cidade do Vaticano (RV) – Nesta segunda-feira, 17 de outubro, celebra-se o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

“Unamos as nossas forças, morais e econômicas, para lutar juntos contra a pobreza que degrada, ofende e mata tantos irmãos e irmãs, colocando em prática políticas sérias para as famílias e para o trabalho”, foi o apelo do Papa no Angelus deste domingo (16/10).

A origem do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza está ligada ao apostolado do sacerdote francês Joseph Wresinski, que propôs esta iniciativa em 1987 diante da realidade na periferia de Paris. Trinta anos se passaram desde então e a erradicação da pobreza permanece um desafio. Em alguns países, é ainda mais urgente – como é o caso do Haiti.

Miséria

O mesmo furacão que passou na Flórida passou também em território haitiano, mas o impacto foi bem diferente, principalmente quanto ao número de vítimas. E por quê? O Pe. Wresinski dizia que a miséria é obra dos homens. Só os homens podem destruí-la.

Diretamente do Haiti, ouça o testemunho da Ir. Neuza Maria Lovis, das Irmãs do Imaculado Coração de Maria. Ela relata um fato dramático: as pessoas se abrigando em túmulos para se proteger do furacão.

Ouça aqui: 

Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição de hoje do quadro “O Brasil na Missão Continental” o bispo da Diocese de Mossoró, Dom Mariano Manzana, continua falando-nos sobre a realidade da piedade popular, que – como disse – é uma grande força do povo. 

Na edição passada, o bispo desta Igreja particular do Rio Grande do Norte afirmou-nos que a piedade popular tem no centro a devoção a Maria, e disse ter cada vez mais – como bispo – a convicção de que “a nossa Igreja, além de ser apostólica (...), ela é também mariana”.

Nesse sentido, nesta edição Dom Mariano destaca, na diocese potiguar, o "Santuário de Nossa Senhora dos Impossíveis", ressaltando que esse título tem sua razão de ser não somente porque a Virgem Maria alcança graças, mas porque n’Ela, realmente, Deus fez coisas impossíveis.

O bispo de Mossoró acrescenta que “a piedade popular, a partir de Maria, se torna realmente um grande caminho para aprofundar depois a fé, segundo também a orientação da Igreja, mas é uma base segura, um alicerce, um fundamento que dá segurança no coração das pessoas”.

Citando a Conferência de Aparecida, Dom Mariano reitera que “a piedade popular é uma força, é um alicerce sobre o qual se deve construir realmente a nossa Igreja”, salvando o que é o conteúdo dessa força profunda do povo. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)