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Sumario del 18/10/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: sementes dos mártires enchem a terra de novos cristãos

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidiu a missa na Capela de sua residência, a Casa Santa Marta, na manhã desta terça-feira, (18/10). 

Na homilia, comentando a Segunda Carta a Timóteo, o Papa dissertou sobre o destino dos apóstolos que, como São Paulo na fase conclusiva de sua vida, vivem na solidão e enfrentam dificuldades:  

“Sozinho, mendicante, vitima de assédio, abandonado... mas é o grande Paulo, o que ouviu a voz do Senhor, o chamado do Senhor! Aquele que foi de um lugar para o outro, que sofreu tanto e passou por diversas provações para pregar o Evangelho; o que fez entender aos apóstolos que o Senhor queria que os Gentis também entrassem na Igreja, o grande Paulo que na oração subiu até o Sétimo Céu e ouviu coisas que ninguém ouvira antes: o grande Paulo, naquele quartinho de uma casa em Roma, esperando esta luta entre a rigidez dos tradicionalistas e os discípulos fiéis a ele acabar dentro da Igreja. E assim, termina a vida do grande Paulo, na desolação: não no ressentimento e na amargura, mas com a desolação interior”.

Fidelidade

Assim aconteceu com Pedro e com o grande João Batista, que “na cela, sozinho e angustiado”, manda seus discípulos perguntar a Jesus se é ele o Messias e termina com a cabeça cortada “por causa do capricho de uma bailarina e da vingança de uma adúltera”. O mesmo aconteceu com Maximiliano Kolbe, “que fez um movimento apostólico em todo o mundo e muitas coisas grandes” e morreu na cela de um campo de concentração.

“O apóstolo, quando é fiel – sublinha o Papa – não espera outro fim senão o de Jesus”. Mas o Senhor permanece próximo, “não o deixa sozinho e ali encontra a sua força”.

Mártires

“Morrer como mártires, como testemunhas de Jesus é a semente que morre e dá fruto e enche a terra de novos cristãos. Quando o pastor vive assim, não fica amargurado: talvez se sinta desolado, mas tem aquela certeza de que o Senhor está ao seu lado. Quando o pastor em sua vida se ocupou de outras coisas que não dos fiéis – por exemplo, apegado ao poder, apegado ao dinheiro, apegado aos centros de poder, apegado a tantas coisas – no final, não estará só, talvez haja os netos que aguardarão que morra para ver o que poderão levar com eles”.

O Papa Francisco conclui assim a sua homilia:

“Quando eu visito o asilo dos sacerdotes idosos, encontro muitos daqueles bons, bons, que deram a vida pelos fiéis. E estão ali, doentes, paralíticos, na cadeira de rodas, mas logo se vê aquele sorriso. ‘Está bem, Senhor; está bem, Senhor, porque sentem o Senhor muito próximo a eles. E também aqueles olhos brilhantes que têm e perguntam: ‘Como está a Igreja? Como está a diocese? Como estão as vocações?’. Até o fim, porque são padres, porque deram a vida pelos outros. Voltemos a Paulo. Só, mendicante, vítima de assédio, abandonado por todos, menos que pelo Senhor Jesus: ‘Somente o Senhor está próximo de mim!’. E o Bom Pastor, o pastor deve ter esta segurança: se ele vai pelo caminho de Jesus, o Senhor lhe estará próximo até o fim. Rezemos pelos pastores que estão no final de suas vidas e que estão aguardando que o Senhor os leve com Ele. E rezemos para que o Senhor lhes dê a força, a consolação e a segurança que, embora se sintam doentes e também sozinhos, o Senhor está com eles, perto deles. Que o Senhor lhes dê a força”. 

(CM/BF)

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Santa Sé: ensinamentos indígenas essenciais para humanidade

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Nova York (RV) – A Santa Sé interveio nesta segunda-feira (17/10) na sede das Nações Unidas, em Nova York, em um debate sobre os direitos dos povos indígenas. O diplomata filipino Dom Bernardito Auza pronunciou seu discurso diante dos membros da Assembleia Geral lembrando inicialmente que existem hoje mais de 370 milhões de indígenas espalhados em cerca de 90 países todo o mundo. 

A população indígena representa apenas 5% do total mundial, mas sua experiência, seus conhecimentos e a sua abordagem única em relação ao cuidado com a nossa casa comum são um ensinamento e um ponto de referência essencial para a humanidade. E é por essa razão que a luta para preservar o seu patrimônio, a língua, as tradições religiosas e os meios de subsistência não é apenas uma sua preocupação, mas do mundo inteiro.

Extirpados e empobrecidos

Dom Auza frisou que no paradigma social e econômico atual, em que a economia se baseia em grande parte no lucro e no ganho individual ao invés da responsabilidade pelo próximo, o meio ambiente e o bem comum, os povos indígenas ficaram mais e mais para trás. Suas terras tradicionais, com as quais estão física e espiritualmente em comunhão, lhes são tomadas sem consulta, a favor de empresas extrativas, obras públicas, e agricultora de grande escala.

Extraídos de suas casas e terras tradicionais, os indígenas apresentam índices mais altos de pobreza, desemprego, e insegurança social e alimentar do que as populações não-indígenas, e constituem cerca de 15% dos pobres do mundo.

Protagonismo no desenvolvimento

Nos esforços da comunidade internacional em cumprir a implementação da Agenda 2030 e o Acordo de Paris COP21 para mudar a narrativa global atual de exclusão, os povos indígenas devem estar no centro. Devem ser os jogadores e não espectadores, agentes ativos e beneficiários, não passivos do desenvolvimento.

Os povos indígenas justamente exigem não só o respeito pelos seus direitos no processo de implementação da Agenda e do Acordo, mas também a necessidade de adaptar e integrar o conhecimento indígena nas políticas e ações socioeconômicas e ambientais relevantes.

Neste sentido, a Santa Sé defende que a participação de representantes e instituições dos povos indígenas em reuniões dos órgãos competentes das Nações Unidas deve ser reforçada, especialmente nas questões que os afetam diretamente.

Poder não tire soberania dos povos indígenas

O diplomata vaticano encerrou o discurso lembrando as palavras do Papa Francisco: “Nenhum poder real ou criado tem o direito de privar os povos do pleno exercício da sua soberania. Sempre que se faz isso, vemos o surgimento de novas formas de colonialismo, que prejudica seriamente a possibilidade de paz e justiça”.

(CM)

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Papa abençoará ostensório com zinco de barracos

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Cidade do Vaticano - Um ostensório realizado com o zinco dos barracos da maior favela da África sub-Sahariana, Kibera, em Nairóbi, no Quênia, será apresentado ao Papa quarta-feira, 19 de outubro, na Praça São Pedro.

Com a bênção de Francisco, o ostensório, montado sobre um pastoral, viajará em uma espécie de ‘peregrinação espiritual’ por várias dioceses da Itália e do mundo, simbolizando, com o ‘ferro-velho’, descartado, o amor de Jesus pelos pobres e marginalizados.

Cruz e hóstias

A iniciativa é da Fundação Casa do espírito e das artes e completa as iniciativas já apresentadas anteriormente ao Pontífice: antes de tudo a grande cruz, construída com pedaços de barcos dos migrantes desembarcados em Lampedusa. Abençoada pelo Papa Francisco em 9 de abril de 2014, desde aquele dia, ela viaja pela Itália levada por voluntários, unindo paróquias, mosteiros, cárceres e hospitais. 

Em janeiro, foi celebrada missa no contexto do Jubileu dos Migrantes e consagradas as chamadas ‘hóstias da misericórdia’, feitas a mão por detentos do cárcere de Opera (Milão).

(CM)

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Jubileu: mais de 18 milhões de peregrinos em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) – Dezoito milhões: este é o número de fiéis que vieram a Roma para celebrar o Jubileu da Misericórdia. O dado foi divulgado no site oficial do Ano Santo, faltando pouco mais de um mês para o encerramento do Jubileu.  

De acordo com a última atualização, em 12 de outubro, a cifra exata é de 18.176.359. Trata-se de peregrinos que se registraram on line para as celebrações jubilares e para atravessar a Porta Santa da Basílica vaticana.

Embora se trate de um Ano Santo descentralizado, com Portas Santas abertas em todas as dioceses e santuários, sem a necessidade de vir a Roma para receber a indulgência plenária, os fiéis de todo o mundo não renunciaram à prática plurissecular da peregrinação.

No último período, contribuíram para o aumento dos peregrinos eventos como o Jubileu mariano ou a cerimônia de canonização de sete novos santos, domingo passado, com 80 mil pessoas na Praça S. Pedro.

Agora, se prepara “a reta final” do Ano Santo. No próximo sábado, 22 de outubro, o Papa Francisco realizará a penúltima audiência jubilar. Domingo, 6 de novembro, está programado o Jubileu dos encarcerados, que trará ao Vaticano detentos de várias prisões italianas. No final de semana sucessivo (11-13 de novembro), haverá o Jubileu dos moradores de rua, com outra audiência jubilar e o encontro e a missa do Papa com os sem-teto. Sempre no domingo, 13 de novembro, está marcado o fechamento das Portas Santas nas basílicas papais de São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Fora dos Muros, com cerimônias presididas pelos respectivos arciprestes.

Por fim, com a presença dos cardeais de todo o mundo, haverá no sábado, 19, a realização de um Consistório e domingo, 20, festa de Cristo Rei, a celebração eucarística para a conclusão do Ano Santo Extraordinário, com o rito de fechamento da Porta Santa da Basílica de S. Pedro. 

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Igreja na América Latina



Assembleia Bispos dos EUA: vida, família, vocações e liberdade religiosa

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Baltimore (RV) - A Conferência Episcopal dos Estados Unidos (Usccb) se reunirá, de 14 a 16 de novembro próximo, em Baltimore, na assembleia geral de outono. 

Durante os trabalhos, a Arcebispo de Louisville, Dom Joseph E. Kurtz, proferirá o seu último discurso como presidente do organismo, no final de seu mandato de três anos, e os bispos elegerão seu novo presidente, o vice-presidente, e cinco presidentes das comissões de Assuntos canônicos e de governo, Assuntos ecumênicos e inter-religiosos, Evangelização e catequese, Justiça internacional e paz, tutela das crianças e jovens. 

Segundo a Agência Fides, os bispos estadunidenses deverão discutir e decidir sobre o Plano estratégico 2017-2020 da Conferência Episcopal, considerando as cinco prioridades aprovadas em novembro do ano passado. São elas, “Evangelização”: escancarar as portas a Cristo através do discipulado missionário e o encontro pessoal. “Família e matrimônio: incentivar e curar as famílias, motivar os católicos a abraçar o Sacramento do Matrimônio. “Vida humana e dignidade”: defender a sacralidade da vida humana desde a concepção até a morte natural, com atenção especial aos pobres e vulneráveis. “Vocações e formação permanente”: incentivar as vocações ao sacerdócio e à vida consagrada, cuidar da formação permanente do clero, dos religiosos e ministros leigos. “Liberdade religiosa”: promover e defender a liberdade de serviço, testemunho e culto nos Estados Unidos e no exterior. 

Serão apresentados também vários relatórios dentre os quais o da Força Tarefa (Task Force) da Conferência Episcopal Estadunidense para promover a paz nas comunidades. Os fatos violentos ocorridos em várias cidades dos EUA provocaram reações fortes nos setores intelectuais, políticos e religiosos. 

Trata-se não somente de violência como reação ao abuso de poder das forças de segurança, mas também da violência perpetrada por muitos jovens. O fenômeno leva a refletir sobre a realidade social, política e religiosa, e os bispos católicos estão conscientes de que os fiéis precisam receber uma palavra de orientação a fim de garantir a paz social em suas cidades.

(MJ)

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Bispos colombianos: é tempo de responsabilidade e esperança

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Bogotá (RV) – Os Bispos colombianos reafirmaram seu compromisso em prol da reconciliação da construção de uma paz autêntica ao final de uma reunião extraordinária realizada na semana passada.

“A Igreja Católica, à margem de qualquer vínculo partidário, segue firme em seu convite para que todos trabalhemos de maneira desinteressada pelo bem comum”, declaram os Bispos, convidando os colombianos a assumirem a situação atual do país como um tempo de responsabilidade e de esperança. 

Durante dois dias, a Conferência Episcopal se reuniu num clima de oração e discernimento para refletir sobre a realidade do país. 

“Nos reunimos num ambiente de oração e de diálogo fraterno para analisar o momento que vive nossa pátria, para discernir o que Deus quer de nós e para estabelecer os caminhos pastorais que devemos tomar”, escrevem no comunicado final assinado pelo Presidente da Conferência Episcopal Colombiana (CEC), Dom Luis Augusto Castro Quiroga. 

Com a certeza de que “é Deus que dirige a história e está sempre presente no meio do seu povo”, o texto reitera que a Igreja Católica nunca deixará “de anunciar a paz e de trabalhar por ela; esta é um direito, um dever e uma necessidade de todos”. 

Interpretando o sentimento do povo colombiano, os Bispos fizeram um apelo ao Governo Nacional e às FARC para que se chegue em breve a um acordo definitivo e se mantenha indefinidamente o fim das hostilidades. 

“Solicitamos ao presidente da República e às instituições responsáveis do país que acolham as contribuições que estão surgindo de vários membros da sociedade para configurar este projeto”, escreve a Conferência Episcopal. Um projeto que dê unidade nacional e resposta aos múltiplos problemas que existem: unidade dos colombianos, defesa da vida e da família, educação, participação política, solidez da democracia e das instituições e crise da saúde e da justiça. 

“É impossível configurar um projeto comum para o país sem determinar e enfrentar as causas dos males que hoje nos acometem”, conclui-se o texto, reiterando que “este é um momento de responsabilidade e de esperança”. 

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Igreja no Mundo



Kirill na Inglaterra: terceiro centenário da presença ortodoxa

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Londres (RV) - O Patriarca de Moscou e de Todas as Rússias, Kirill, encontra-se em Londres, Inglaterra, para uma visita de quatro dias que teve início no último sábado (15/10). 

O patriarca russo-ortodoxo foi acolhido pelo Arcebispo de Cantuária, Dr. Justin Welby, Primaz da Comunhão Anglicana, pelo Bispo Anglicano de Londres, Richard Chartres, e por representantes das Igrejas católica, ortodoxa e outras comunidades cristãs.

“Sem uma compreensão da cultura não pode haver diálogo verdadeiro entre as nações. A meu ver, é um erro grave o fato de hoje ser ignorado o fator religioso nas relações entre os Estados e as várias culturas, porque fé é fonte da formação assim como a identidade nacional e a espiritualidade do povo”, disse Kirill em seu discurso na recepção de boas-vindas, em Londres. 

O motivo da visita do patriarca é a celebração do terceiro centenário da presença ortodoxa na ilha, mas não só: “Estou aqui também para reforçar a amizade com o povo britânico, com a Igreja Anglicana, e sublinhar mais vez a importância da religião nas relações internacionais”, disse o patriarca russo-ortodoxo, segundo o jornal da Santa Sé, L’osservatore Romano.

“Espero que a interação entre a Igreja Ortodoxa Russa e as comunidades cristãs da Inglaterra possa dar uma contribuição sustentável ao desenvolvimento das relações entre os dois países. Os nossos esforços não devem depender de considerações políticas, mas somente do que une os cristãos do Oriente e Ocidente”, frisou ainda o Patriarca Kirill.

No último sábado (15/10), Kirill consagrou a Catedral da Dormição,  restaurada recentemente. Durante a liturgia, rezou por “todos os santos que glorificaram o território britânico”. Estiveram presentes na cerimônia autoridades religiosas e civis, incluindo o Príncipe Michael Kent, primo da Rainha Elizabeth II.

(MJ)

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Igrejas suecas pedem respeito pelos direitos dos menores imigrados

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Estocolmo (RV) - Também as crianças imigradas devem poder ser ajudadas em seu crescimento espiritual. Substancialmente, é o que pede o Conselho de Igrejas da Suécia, que comenta um estudo do Ministério do Bem-Estar Social relacionado ao nível de adesão da legislação nacional aos parâmetros apresentados pela Convenção universal para os direitos da infância.

Necessária colaboração entre Estado e representantes religiosos

Segundo o organismo ecumênico – que reúne treze denominações cristãs –, o estudo não oferece uma definição clara de “religião e de desenvolvimento espiritual” e deixa algumas ambiguidades, por exemplo, nos casos de crianças confiadas aos cuidados dos serviços sociais.

Trata-se de uma questão sensível na Suécia, se se considera que somente em 2015 chegaram ao país do norte da Europa trinta e cinco mil menores não acompanhados provenientes do Oriente Médio e África (Afeganistão, Síria, Iraque, Somália, Eritreia e Etiópia).

“As estruturas afins teriam a autorização para cuidar do aspecto religioso e espiritual do desenvolvimento das crianças?”, pergunta-se o Conselho de Igrejas da Suécia. E, eventualmente, acrescentam, teriam elas competências também quando se trata de crianças oriundas de contextos diferentes da religião majoritária?

Por isso, as Igrejas defendem que para responder adequadamente ao direito do menor o Estado deve “estabelecer uma colaboração com os representantes religiosos”, a fim de que “a Convenção tenha pleno reflexo na legislação sueca”. (L’Osservatore Romano – RL)

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Bispos na Rússia discutem sobre vocações e relações Estado-Igreja

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Moscou (RV) - O quadro da situação das vocações e o estado atual das relações entre Estado e Igreja na Rússia. Esses foram os dois temas centrais da última sessão dos quatro bispos católicos da Federação Russa: o arcebispo de Moscou e presidente da Conferência episcopal, Dom Paolo Pezzi; o bispo de Saratov, Dom Clemens Pickel; o bispo de Novosibirsk, Dom Joseph Werth; e o bispo de Irkutsk, Dom Kirill Klimovich.

Lei antiterrorismo não crie obstáculos para trabalho da Igreja católica

A assembleia realizou-se nos dias 13 e 14 do corrente no seminário maior “Maria Rainha dos Apóstolos” de São Petersburgo. Os trabalhos foram dedicados a uma série de questões ligadas ao calendário litúrgico, mas um dos temas principais foi o das “vocações ao sacerdócio e à vida monástica, bem como à formação dos futuros sacerdotes”, lê-se numa nota citada pela agência Sir.

Os bispos examinaram também as relações Estado-Igreja, informa a nota, precisando que os prelados manifestaram “a esperança de que a nova legislação da Federação Russa voltada a combater o terrorismo e a regulamentar a atividade missionária não crie obstáculos insuperáveis para o trabalho das estruturas da Igreja católica na Rússia”, informa a nota.

Presente novo núncio apostólico

O novo núncio apostólico junto à Federação Russa, o Arcebispo Celestino Migliore, que participou dos trabalhos, “assegurou sua disponibilidade a dar todo o apoio necessário às estruturas da Igreja católica na Rússia”. (RL)

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"Matar vicia", adverte missionário ao Presidente filipino

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Manila (RV) – “Matar também pode ser tornar uma droga": foi o que disse o Padre Peter Geremia, missionário do Pontifício Instituto das Missões Exteriores, que atua nas Filipinas ao lado dos pobres, autóctones e marginalizados na ilha de Mindanao.

A declaração do religioso está contida numa carta dirigida ao Presidente do país, Rodrigo Duterte, diante da campanha de justiça sumária e de execuções extrajudiciais contra traficantes e comerciantes de droga que há meses toma conta das Filipinas, e que fez cerca de 3500 vítimas.

Violência

"Matar pessoas doentes pode parecer fácil, os assassinos podem se sentir onipotentes, mas podem sentir também um profundo sentimento de culpa, muitas vezes inconsciente, que pode causar distúrbios da personalidade, levando a várias formas de violência, inclusive o alcoolismo e a própria toxicodependência”, disse o sacerdote.

Para o Pe. Geremia, a guerra às drogas deve estar atenta aos homicídios, especialmente aqueles cometidos por justiceiros ou também pela polícia que se comporta como justiceira. “Podem se tornar também eles dependentes da violência”, adverte.

Luta limpa

"O presidente Duterte – prossegue – nos desafia a nos reerguer da nossa acomodação. Gostaria que o nosso presidente, porém, levasse avante a guerra às drogas evitando a ‘droga dos homicídios’. Gostaria que fosse capaz de convencer mais pessoas a apoiar uma luta limpa, não uma guerra suja contra as drogas e a corrupção".

O texto se conclui com um apelo à nação: "Muitos toxicômanos tomaram a decisão de se libertar da dependência da droga. Precisam de reabilitação, o que é um problema de saúde: o governo, as Igrejas e a sociedade civil são capazes de colocar em prática o mesmo esforço global para a reabilitação que colocaram para a guerra às drogas?".
O missionário faz votos de que a nação filipina possa "libertar-se da escravidão da droga e da corrupção", evitando se tornar, porém, "dependente da droga da violência". (BF/Agência Fides)

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AIS: Hoje um milhão de crianças em oração pela Síria

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Roma (RV) - Nesta terça-feira, a partir das, 09h de Roma, 5 da manhã no Brasil, um milhão de crianças em todo o mundo estarão unidas através da oração do Terço pela paz e a unidade da Síria. Esta é uma iniciativa que há anos realiza a Fundação de direito pontifício Ajuda à Igreja que Sofre, comprometida com a difusão do Terço entre as crianças. Este ano a oração do Terço é dedicada às crianças sírias. São dezenas as pequenas vítimas dos últimos bombardeios contra a cidade de Aleppo, enquanto continuam a falir os esforços diplomáticos. Sobre a iniciativa de AIS e sobre a situação no país dilacerado pela guerra, a Rádio Vaticano ouviu Alessandro Monteduro, diretor da AIS-Itália:

R. - São 11 anos que “Ajuda à Igreja que Sofre” envolve em uma grande iniciativa as crianças em todo o mundo: a oração do Terço. Os verdadeiros protagonistas desta iniciativa são crianças. A ambição, também neste ano, é de chegar a um milhão de crianças que rezam o Terço.

P. - A inspiração desta iniciativa veio das palavras de São Pio de Pietrelcina, que dizia: “Se um milhão de crianças rezar o Terço, o mundo vai mudar” ...

R. - É uma iniciativa que nasceu tomando como sugestão as palavras de São Pio. Estamos comprometidos com isso há 11 anos. Fizemos também algo mais: criamos um pequeno texto intitulado “Nós, crianças, rezamos o Terço”, um texto de 2009, distribuído em oito línguas diferentes, em 600 mil exemplares. Foi uma maneira de tentar compor uma comunidade de oração: nós a que quisemos definir uma “rede social mariana”. Também porque, é verdade que os protagonistas são as crianças, mas também é verdade que qualquer um de nós – adultos, obviamente – poderá e deverá participar – ciente de que o cimento, a cola, desta comunidade é, precisamente, o Terço.

P. - Qual é a situação das crianças na Síria? Hoje, no último ataque contra Aleppo, morreram mais crianças ... Como ajudá-las?

R. - A situação é dramática: são os números que falam de um quadro, não só na Síria, mas também no Iraque, dramático. Dos 11 milhões de 400 mil sírios forçados a fugir de suas casas, cerca da metade são crianças. Algo em torno de dois milhões de crianças na Síria, nestes cinco anos de conflito, deixaram a escola: dois milhões! O UNICEF diz e mostra que uma escola em cada quatro foi destruída. Em segundo lugar, até mesmo os dados do Grupo Oxford de Pesquisa na Inglaterra, dizem que nos dois primeiros anos de guerra na Síria foram mortas 11.500 crianças. Vamos ao país vizinho? Vamos ao Iraque? São dois milhões de crianças no Iraque que não vão a escola: foram 5.300, nos últimos anos, as escolas destruídas. Este é o horror. Como podemos ajudá-las? Com a esperança. A propósito do Iraque, daquilo que eu pude ver, e sobre o que faz Ajuda à Igreja que Sofre, damos a possibilidade a 7 mil crianças, em Erbil e Duhok, de continuar seus estudos, apesar de terem sido forçadas pelo Estado islâmico a deixar a Planície de Nínive e Mosul. E em bonitas escolas, com um corpo docente igualmente esplêndido.

P. - Qual será o futuro desta geração?

R. - Não depende deles, depende de nós, depende da comunidade internacional e do compromisso daqueles que poderiam, e talvez ainda não fizeram o que é necessário fazer. Mesmo tendo em conta que o destino de uma criança é, no entanto, sempre, o nosso ponto de referência, no que se refere ao compromisso de AIS é garantir que as crianças cristãs possam continuar a viver felizes na sua terra, no Oriente Médio. Elas pedem: elas querem continuar a viver como cristãos, a crescer e serem os inspiradores de uma nova convivência pacífica em suas terras, no Oriente Médio: no Iraque e na Síria. (SP)

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Formação



Neojiba: “a música abriu totalmente a minha mente”

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Rádio Vaticano (RV) – Daniel Marinho Santos, 19 anos, é o nosso personagem da série de entrevistas que tem mostrado como a música transformou a vida de jovens da Bahia. 

Daniel esteve em Roma com a Orquestra Neojiba no início de setembro. Conversamos com ele durante os ensaios para a apresentação na Sala Santa Cecília.

Muito cedo, o jovem se apaixonou por um instrumento e viu na Orquestra a possibilidade para aprender.

“Toquei violino por três anos até que passei em uma audição da Neojiba. Passei na Orquestra Castro Alves (OCA) e fiquei tocando lá uns três anos. Depois me apaixonei por outro instrumento, o clarinete. Corri atrás para aprender com um professor do Neojiba. Fiz uma nova audição, passei com o clarinete e fique mais três anos tocando”.

Em Roma, Daniel não esteve no palco com os instrumentos. Ele agora trabalha para preservar a memória da Orquestra.

“É procurar digitalizar todas as partituras para colocar na ‘nuvem’ e se acontecer algum problema, procuramos uma gráfica para imprimir tudo”.

Como a música transformou sua vida?

“Quando eu descobri a música, a minha mente abriu totalmente. A música mudou a minha vida. Eu não me vejo fazendo outra coisa além da música. Quando eu conheci a música, passei a frequentar direito a escola. Estudava e ensaiava o tempo todo. Ia para casa, e estudava o tempo todo”.

Dificuldades

“As dificuldades eu deixo para trás. Eu penso no futuro.  Me vejo realmente fazendo o que eu gosto buscando sempre melhorar e não pensar nas dificuldades porque pode me atrasar”.

(rb)

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Atualidades



Santa Sé: humanidade seja libertada do espectro de uma guerra nuclear

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Nova York (RV) - “A Santa Sé faz seu o grito da humanidade que clama para ser libertada do espectro de uma guerra nuclear”: foi o veemente apelo lançado pelo observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, em pronunciamento na 71º sessão da Assembleia plenária das Nações Unidas, dedicada ao desarmamento atômico.

A paz e a estabilidade internacional não podem ser asseguradas mediante um “equilíbrio do terror”, afirmou o representante pontifício.

Paz assegurada por armas atômicas é ilusão

As armas nucleares oferecem um “falso sentido de segurança” e uma paz assegurada por uma dissuasão atômica é uma “trágica ilusão”, constatou o arcebispo filipino. Dom Auza ressaltou que a posse de tais armamentos é “moralmente errônea”, uma afronta “ao quadro geral das Nações Unidas”.

Papa Francisco: “uma vez por todas”, proibir as armas nucleares

Recordando a Mensagem do Papa Francisco por ocasião da Conferência sobre o impacto humanitário das armas nucleares, realizada em Viena, na Áustria, em 2014, o núncio apostólico repropôs o conceito expresso pelo Santo Padre, segundo o qual o desejo de paz e de fraternidade “dará frutos de modo concreto” assegurando que “uma vez por todas as armas nucleares sejam proibidas”, para o bem da nossa “casa comum”.

Por outro lado, “as armas nucleares não podem criar um mundo estável e seguro”, prosseguiu o prelado. A paz e a estabilidade internacional não podem ser asseguradas com a “ameaça de aniquilamento total”, nem com a manutenção de um “equilíbrio do terror”:

Francisco declarara, dois anos atrás, que a paz deve ser construída “na justiça, no desenvolvimento socioeconômico, na liberdade, no respeito pelos direitos humanos fundamentais, na participação de todos nas questões públicas e na construção de confiança entre os povos”.

Apoio ao Tratado de não-proliferação nuclear

Em seguida, a Santa Sé reitera seu apoio ao Tratado de não-proliferação nuclear (Tpn), considerado “vital” para a concórdia internacional, observando até o presente uma falência coletiva na prossecução do programa de desarmamento e solicitando para tal fim uma conferência em 2017 a fim de negociar um instrumento “juridicamente vinculador” para proibir definitivamente tais armas. (RL)

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Pe. Sosa: Jesuítas comprometidos a reconciliar humanidade ferida

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Cidade do Vaticano (RV) - Realizou-se na Cúria Geral dos Jesuítas, em Roma, nesta terça-feira (18/10), a primeira coletiva de imprensa do novo Prepósito-geral da Companhia de Jesus, Pe. Arturo Sosa.  

Anunciar o Evangelho de maneira nova sobretudo lá onde precisa, comprometendo-se a levar a reconciliação a um mundo que vive feridas profundas. Pe. Arturo Sosa não delineou um programa de governo para a Companhia de Jesus, pelo contrário, indicou alguns pontos centrais para a missão dos Jesuítas logo depois de sua eleição a Prepósito-geral. 

Pe. Sosa e Jorge Mario Bergoglio

O jesuíta venezuelano recordou sua relação longa e fecunda com Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, e sublinhou que com o pontífice se comunica facilmente e com profundidade. Pe. Sosa lembrou também que a 36ª Congregação-geral dos Jesuítas prossegue com a eleição do organismo que ajudará o Prepósito em sua missão. 

Fé e reconciliação

Respondendo as perguntas dos jornalistas que encheram a sala onde se realizou a eleição, Pe. Sosa evidenciou que para os Jesuítas permanecem como prioridades o serviço à fé e a formação intelectual. O Prepósito-geral evidenciou a contribuição no campo da reconciliação que os filhos de Santo Inácio podem oferecer em várias áreas feridas do mundo: 

“Reconciliação entre todos em várias maneiras! Em todas as  regiões do mundo se sente esta fratura, esta ferida profunda que nos divide e se sente também diante das situações graves. Este é um grande chamado à reconciliação, é um grande desafio para nós que, como Companhia de Jesus, estes pouquíssimos homens, podemos contribuir para a reconciliação entre os seres humanos que ao mesmo tempo é reconciliação com Deus e com a Criação.” 

Um exemplo de reconciliação vem da própria Venezuela, pátria de Pe. Sosa. Ele reiterou o desejo do povo de viver em paz, sem violência e indicou na gestão monopolista do petróleo da parte do Estado um dos obstáculos para o desenvolvimento da democracia. Na China, o Prepósito-geral afirmou que a presença dos jesuítas é de testemunho e particularmente significativa no campo da educação.

Não sou papa negro, mas sirvo a Igreja como jesuíta

Pe. Sosa disse que está tranquilo para exercer o novo cargo, pois sente a ajuda de seus confrades e sobretudo do Senhor. “A Companhia de Jesus é Sua e o Senhor não nos deixará faltar o Seu apoio”, disse o jesuíta. “Não gosto de ser chamado ‘papa negro’ porque é próprio dos jesuítas, começando do Prepósito-geral, estar a serviço do Papa e dos bispos. Ele disse que ama tudo da Companhia de Jesus desde quando era jovem, quando se sentiu atraído pela espiritualidade inaciana.

Jesuítas e Igreja em saída

“Não obstante os últimos três prepósitos-gerais tenham renunciado”, prosseguiu Pe. Sosa, “a nomeação é para toda a vida”. Todavia, conforme testemunhado por Bento XVI, o jesuíta afirmou que um Prepósito-geral pode renunciar quando lhe faltar as forças. Evidenciou também que para os jesuítas é importante seguir a exortação do Papa Francisco de ser uma “Igreja em saída”. Pe. Sosa destacou, enfim, a relação profícua entre comunicação e evangelização, binômio importante também para os jesuítas.

(MJ)

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Diocese de Tubarão (SC): “solidariedade na dor”

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Rádio Vaticano (RV) – Após a violenta tempestade que assolou o sul de Santa Catarina no último fim de semana, a diocese de Tubarão publicou nesta terça-feira (18/10), uma nota de solidariedade.  

A cidade que decretou estado de Emergência foi uma das mais atingidas pelos fortes ventos que provocaram uma série de danos materiais e a morte de uma criança de oito anos.

“Estamos diante de mais uma catástrofe natural que deixou um rastro de destruição em Tubarão e outros municípios, inclusive com a morte da pequena Maria Clara de Souza, a maior perda”, lê-se na mensagem.

“A Igreja de Tubarão (diocese), ela própria vítima de muita destruição em sua estrutura física, é solidária neste momento com todos que se veem golpeados de alguma forma”, prossegue o texto.

A nota se conclui com um pedido da Igreja para que a população “não perca a esperança, não desanime, seja solidária na dor e ajude o próximo”.

“Estes valores que já reergueram Tubarão em outros momentos são a grande riqueza que ajudará novamente na reconstrução de tudo o que foi destruído”.

(Pascom/rb)

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