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Sumario del 21/10/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: cristãos rejeitem lutas e ciúmes, construir unidade na Igreja

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Cidade do Vaticano (RV) - Humildade, ternura, generosidade. Na missa da manhã desta sexta-feira na Casa Santa Marta, o Papa Francisco indicou esses três pontos-chave para construir a unidade na Igreja. Mais uma vez, o Papa exortou os cristãos a rejeitarem os ciúmes, as invejas e as lutas. 

“A paz esteja convosco”. O Papa Francisco desenvolveu a sua homilia sublinhando que a saudação do Senhor “cria uma ligação”, um vínculo de paz. Uma saudação, retomou, que “nos une para fazer a unidade do Espírito”. “Se não há paz - observou - se não formos capazes de nos cumprimentar no sentido mais amplo da palavra, ter o coração aberto com espírito de paz, nunca mais haverá a unidade”.

O espírito do mal semeia guerras, os cristãos evitem lutas

E isso, disse Francisco, vale para a “unidade no mundo, a unidade nas cidades, no bairro, na família”:

“O espírito do mal semeia guerras, sempre. Ciúmes, invejas, lutas, fofocas ... são coisas que destroem a paz e, portanto, não pode haver unidade. E como é o comportamento de um cristão para a unidade, para encontrar esta unidade? Paulo diz claramente: "Comportem-se de maneira digna, com toda a humildade, ternura e generosidade”. Essas três atitudes. Humildade: você não pode dar a paz sem humildade. Onde há orgulho, há sempre a guerra, sempre o desejo de vencer sobre o outro, de crer ser superior. Sem humildade não existe paz e sem paz não há unidade. "

Redescobrir a doçura, apoiando-se um ao outro

O Papa observou com amargura que hoje “esquecemos a capacidade de falar com ternura, o nosso discurso é nos repreender. Ou falar mal dos outros ... não há ternura. " A ternura, no entanto, "tem um núcleol que é a capacidade de suportar uns aos outros": "Suportem-se uns aos outros", diz Paulo. É preciso ter paciência, retomou o Papa, "suportar os defeitos dos outros, as coisas que eu não gosto":

Primeira, a humildade; segunda, a ternura, com a qual se suportar mutuamente; e terceira, a generosidade, um grande coração capaz de conter todos, sem condenar e sem se rebaixar a mesquinharias. Neste grande coração todos encontram lugar! Ele tem um vínculo com a paz, de criar a unidade. O criador da unidade é o Espírito Santo, que favorece e prepara a unidade.

Logo, disse o Papa, colaboremos para a construção da unidade, com o vínculo da paz. Este é um meio digno de participarmos do mistério da Igreja:

O mistério da Igreja é o mistério do Corpo de Cristo: “Uma só fé, um só batismo, um só Deus, Pai de todos. Eis a unidade que Jesus pediu ao Pai para nós. O vínculo da paz aumenta com a humildade, a suavidade, suportar-se uns aos outros e ser generosos.

Francisco concluiu a sua homilia invocando o Espírito Santo, para que nos dê a sua raça, não apenas de entender, mas de viver este mistério da Igreja, que é mistério de unidade. (SP-MT)

 

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Papa à Fundação João Paulo II: "formar a juventude é investir no futuro”

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre recebeu em audiência, na manhã desta sexta-feira (21/10), na Sala do Consistório, no Vaticano, 250 membros da Fundação João Paulo II, por ocasião dos seus 35 anos de atividades. 

Após a saudação do Cardeal Stanislaw Rilko, o Papa fez um breve pronunciamento destacando, inicialmente, o principal objetivo da instituição:

“A finalidade da sua Fundação é manter as iniciativas de caráter educacional, cultural, religioso e caritativo, inspiradas na figura de São João Paulo II, do qual celebramos, amanhã, a memória litúrgica. A sua ação abrange diversas nações, sobretudo a Europa oriental. Numerosos estudantes foram favorecidos em seus estudos, graças à obra desta Fundação. Por isso, encorajo-os a continuar neste compromisso de promoção e sustento em prol das jovens gerações. Formar a juventude é investir no seu futuro”.

Francisco recordou a Jornada Mundial da Juventude, que presidiu na Polônia, mas também dois grandes personagens e filhos da nação polonesa: Santa Faustina Kowalska e São João Paulo II, ambos apóstolos da Divina Misericórdia:

“Possam as palavras e, sobretudo, os exemplos de vida destas duas luminosas testemunhas inspirar seu generoso compromisso. A Virgem Maria, Mãe da Misericórdia, proteja e acompanhe suas atividades”.

Neste sentido, o Santo Padre concluiu dizendo: “Que o Ano Jubilar, que está para concluir, nos leve a refletir e meditar sobre a grandeza da Divina Misericórdia, em um tempo em que o homem, devido aos progressos em vários campos da técnica e da ciência, tende a sentir-se auto-suficiente e emancipado de toda autoridade superior.

Ao invés, como cristãos, recordou por fim o Papa, devemos estar cientes de que tudo é dom de Deus e que a verdadeira riqueza não é o dinheiro, que nos torna escravos, mas o amor de Deus que nos torna livres. (MT)

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Papa no encontro com a Pastoral Vocacional: "sair, ver e chamar"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa concluiu sua série de audiências, na manhã desta sexta-feira (21/10), recebendo na Sala Clementina, no Vaticano, cerca de 255 participantes no Encontro Internacional de Pastoral Vocacional, promovido pela Congregação para o Clero. 

Em seu discurso, Francisco expressou seu temor em usar algumas expressões comuns da linguagem eclesial. Por exemplo, disse, Pastoral Vocacional poderia dar a impressão de ser um dos tantos setores da ação eclesial, um departamento curial ou a elaboração de um projeto.

O Papa afirma que tudo isso é importante, mas a Pastoral Vocacional é bem mais do que isto “é um encontro com o Senhor”. A acolhida de Cristo é um encontro decisivo, que ilumina a nossa existência, nos livra da angústia do nosso pequeno mundo e nos torna discípulos apaixonados pelo Mestre:

“A Pastoral Vocacional é aprender o estilo de Jesus, que passa pelos lugares da vida cotidiana, se detém, sem pressa, e, olhando os irmãos com misericórdia, os conduz ao encontro com Deus Pai. Ele é o ‘Deus conosco’, que vive entre seus filhos, não teme misturar-se entre a multidão das nossas cidades”.

Aqui, Francisco citou o exemplo da vocação de Mateus: Jesus saiu de novo a pregar, depois viu Levi sentado no banco de impostos e, enfim, o chamou. O Papa se deteve nestes três verbos evangélicos para indicar o dinamismo de toda pastoral vocacional: “sair, ver e chamar”. Explicando o primeiro verbo “sair”, disse:

“A Pastoral Vocacional precisa de uma Igreja em movimento, capaz de ampliar seus confins, com base no grande coração misericordioso de Deus... Devemos aprender a sair da nossa rigidez, que nos tornam incapazes de comunicar a alegria do Evangelho, das fórmulas anacrônicas e das análises preconcebidas, que envolvem a vida das pessoas em esquemas frios”.  

Neste sentido, dirigindo-se sobretudo aos pastores da Igreja, aos Bispos e aos Sacerdotes, o Papa disse: “Vocês são os principais responsáveis das vocações cristãs e sacerdotais; saindo, vocês podem ouvir os jovens, ajudá-los a discernir as ações dos seus corações e orientar os seus passos. Somos chamados a ser pastores no meio ao povo, a animar a pastoral do encontro e a dispor de tempo para acolher e ouvir os outros, sobretudo os jovens. A seguir, o Santo Padre explicou o segundo verbo, “ver”:

“Quando Jesus passa pelas ruas, pára e cruza seu olhar com o do outro, sem pressa. Eis o que torna atraente e fascinante o seu chamado. Hoje, infelizmente, a pressa e velocidade dos estímulos nem sempre deixam espaço ao silêncio interior, no qual ressoa o chamado do Senhor”.

Às vezes, constatou Francisco, é possível correr este risco em nossas comunidades: pastores e agentes pastorais podem cair num ativismo vazio por causa da pressa e dos seus compromissos. Mas, o Evangelho nos ensina que a vocação inicia com um olhar de misericórdia.

Mateus não viu em Jesus um olhar de desprezo ou de julgamento, mas um olhar no seu interior. Logo um olhar de discernimento. Aqui, o Papa explicou a terceira ação de Jesus com Mateus, “chamar”:

“Chamar é o terceiro verbo típico da vocação cristã. Jesus não faz longos discursos, não apresenta um programa a se aderir e nem respostas preconcebidas. Eles se limita em dizer ‘segue-me’, Jesus suscita o desejo de pôr-se em marcha e de deixar uma vida sedentária”.

Este desejo de busca destaca-se sobretudo nos jovens: é o tesouro que o Senhor coloca em nossas mãos, que deve ser mantido, cultivado e germinado. O Pontífice convida os presentes a ajudar os jovens a pôr-se a caminho e descobrir a alegria do Evangelho de Jesus. E concluiu, exortando sobretudo os Bispos e Sacerdotes:

“Perseverem em ser próximos, sair, semear a Palavra com olhares de misericórdia. Tenham coragem de promover a Pastoral Vocacional mediante métodos possíveis, exercendo a arte do discernimento. Não tenham medo de anunciar o Evangelho com generosidade, de encontrar e orientar a vida dos jovens”. (MT)

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Residência de Verão dos Papas, em Castelgandolfo, é aberta ao público

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Cidade do Vaticano (RV) – A Residência Apostólica dos Papas, em Castelgandolfo, foi aberta, oficialmente, ao público, nesta sexta-feira (21/10), após uma coletiva de imprensa aos jornalistas. 

Como sabemos, desde o início de seu Pontificado, o Papa Francisco decidiu não utilizar a Residência de Castelgando para suas férias ou para descanso. De fato, há três anos e meio da sua histórica decisão, agora o apartamento papal será anexado ao museu existente e será aberto ao público.

A inauguração do museu, hoje, conta com o concerto de um coral chinês sobre “A beleza que nos une”, em sintonia com as intenções do Papa de construir pontes também com a China.

Entre os lugares exclusivos da Residência, que serão abertos ao público, estão os aposentos pontifícios; a pequena capela particular dos Papas; a Biblioteca e o pequeno escritório, onde os Papas, até Bento XVI, escreviam encíclicas e homilias; duas salas do Secretário particular e secretário adjunto; o Salão dos Suíços, onde, antigamente, se preparava o Corpo da Guarda Suíça, que presta serviço aos Papas, desde 1506. Enfim, a Sala do Consistório, utilizada apenas para as reuniões do Colégio cardinalício com o Pontífice. (MT)

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Card. Sandri a Igrejas orientais: caminhar com os bispos latinos

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Lisboa (RV) - “Também o europeu – italiano, espanhol, francês, alemão, português, polonês, húngaro – foi migrante. Devemos nos lembrar disso, inclusive do ponto de vista eclesial.” Foi o que disse esta quinta-feira (20/10) o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, abrindo em Lisboa o encontro dos bispos das Igrejas orientais católicas na Europa.

“Estamos aqui porque também nós temos a peito o futuro e a identidade deste continente e queremos caminhar juntos aos bispos da Igreja Latina para manifestar a comunhão e a beleza de ser, todos, parte da Igreja universal, que acolhe em si uma variedade de expressões e tradições”, ressaltou o purpurado argentino.

Sofrimento das Igrejas bizantinas sob o comunismo

O Cardeal Sandri recordou que a Europa “durante algumas crises econômicas viu partir milhões de seus filhos, que se estabeleceram em grande parte, no continente americano, tanto no Norte como no Sul”, reporta a agência Sir.

“Ainda hoje encontramos nas grandes metrópoles” bairros inteiros dessas comunidades, observou, acrescentando que “os habitantes, que se integraram muito bem no lugar onde hoje se encontram, conhecem seus costumes e respeitam suas leis, não perdem suas raízes e as transmitem às novas gerações”.

Em seu pronunciamento, o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais lembrou também que no Leste europeu “as Igrejas de tradição bizantina nasceram e se desenvolveram”, mas “nos anos do domínio do socialismo soviético e de sistemas afins nos países satélites houve sofrimentos e perseguições”.

A colaboração entre Igrejas orientais católicas e Pastores latinos

“O sofrimento mais recente concerne ao fluxo maciço de fiéis provenientes do Oriente Médio, particularmente entre os filhos da Igreja melquita, sírio-católica, caldeia e, embora em menor medida, armênia”.

“Como Igrejas orientais católicas estamos aqui, em primeiro lugar, para agradecer aos corrimãos latinos pela hospitalidade, acolhimento, amizade sincera e múltiplos gestos de solidariedade concreta expressos ao longo dos anos”, concluiu o purpurado, acrescentando que, “de nossa parte, asseguramos que os hierarcas das Igrejas orientais católicas continuarão no compromisso e na pronta verificação, garantindo a plena colaboração com os Pastores latinos”. (RL)

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Dom Ayuso visita Al-Azhar: paz e diálogo

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Cidade do Vaticano (RV) - O secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Dom Miguel Ángel Ayuso Guixot, irá ao Cairo, Egito, nos próximos dias, para uma reunião na Universidade de Al-Azhar.

Dom Ayuso se encontrará, no próximo domingo (23/10), com uma delegação de Al-Azhar, e estará acompanhado pelo responsável do departamento para o Islã do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Mons. Khaled Akasheh, pelo Bispo de Luxor, Dom Emmanuel Ayad Bishay, pelo diretor do Instituto Dominicano de Estudos Orientais, Pe. Pe. Jean Druel, e pelo professor Joseph Maila.

Esta será uma reunião preparatória do encontro que se realizará, em Roma, provavelmente no final de abril de 2017, e marca a retomada oficial do diálogo entre o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso e Al-Azhar.

A visita será também uma ocasião para avaliar, junto ao Núncio Apostólico no Egito, Dom Bruno Musarò, e ao vice do Grão-Imame de Al-Azhar, o xeique Abbas Shouman, a possibilidade de promover iniciativas concretas pela paz.
 
(MJ)

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Dom Anuar: despertar as vocações pelo testemunho

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Cidade do Vaticano (RV) - O Arcebispo de Maringá (PR), Dom Anuar Battisti, participou do Encontro Internacional da Pastoral Vocacional, promovido pela Congregação para o Clero, no Vaticano.  

Em entrevista à nossa emissora, o prelado fala sobre os objetivos desse congresso e sobre o encontro com o Papa Francisco. 

(MJ)

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Igreja no Brasil



Dom Murilo e Dom Leonardo: legado do Ano da Misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu nesta quinta-feira (20/10) a presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Na quarta-feira, Dom Sérgio da Rocha (Arcebispo de Brasília) Presidente, Dom Murilo Krieger (Arcebispo de Salvador), vice-Presidente e Dom Leonardo Steiner (Bispo Auxiliar de Brasília), Secretário Geral, visitaram a sede da Rádio Vaticano e concederam uma longa entrevista em que abordaram inúmeros temas da conjuntura eclesial, social e política do Brasil. 

Dom Murilo e Dom Leonardo nos falaram sobre o Ano Santo da Misericórdia e o seu legado. (SP)

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Campanha Missionária 2016: “Cuidar da Casa Comum é nossa missão”

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Brasília (RV) – Realiza-se, em Brasília, de 22 a 23 de outubro, a “Campanha Missionária 2016” sobre o tema “Cuidar da Casa Comum é nossa missão” e o lema “Deus viu que tudo era muito bom”.

A iniciativa lançada pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) pretende levar a refletir sobre a preocupante situação da ecologia, o sofrimento dos pobres e a exploração da Terra, a partir do compromisso com a “missão de cuidar da vida no planeta”.

Lema

Outubro é o Mês das Missões, um período de intensificação das iniciativas de animação e cooperação missionária em todo o mundo. O objetivo é sensibilizar, despertar vocações missionárias e realizar a Coleta no Dia Mundial das Missões, penúltimo domingo de outubro, instituído pelo Papa Pio XI, em 1926.

O lema da Campanha Missionária 2016 é extraído da narração da Criação no livro do Gênesis: “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1, 31). O projeto do Criador é maravilhoso, mas está ameaçado!

Grito

A preocupação pela ecologia parte de dois prementes apelos: “O grito dos pobres que mais sofrem”, e “O grito da Terra que geme pela exploração”. A temática retoma a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano e amplia a missão de cuidar da vida em todo o planeta.

Em sua Encíclica Laudato si’, o Papa Francisco adverte: “A existência humana baseia-se em três relações intimamente interligadas: com Deus, com o próximo e com a terra”. E questiona: “Que tipo de mundo queremos deixar aos que vêm depois de nós, às crianças que estão crescendo?”.

“Em nossa Casa Comum, - lemos na Encíclica - tudo está interligado, unido por laços invisíveis, como uma única família universal. E nós recebemos de Deus a missão de cuidar dessas relações. Isso tem a ver com a missão da Igreja”. (MT) 

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Igreja na América Latina



Colômbia: Cardeal Salazar, que chegue logo o novo acordo de paz

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Bogotá (RV) - Durante a coletiva de imprensa de apresentação da Expo-católica inaugurada nesta quinta-feira (20/10), em Bogotá, Colômbia, o presidente do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM), Cardeal Rubén Salazar Gómez, arcebispo da capital colombiana, fez um apelo para que se chegue logo a um acordo definitivo de paz e convidou os protagonistas do acordo a não adiar a conclusão de tal processo.

“Como Igreja, declaramos que queremos e lutamos para que se chegue logo a um acordo definitivo de paz e que se assine a cessação definitiva das hostilidades e do conflito armado. Eu não posso julgar o processo em andamento neste momento, porém os colombianos e a Igreja manifestaram claramente que é preciso alcançar o mais rápido possível um acordo”, disse o purpurado colombiano.

Segundo a Agência Sir, o Cardeal Salazar destacou a abertura da parte do Governo de receber as contribuições e sugestões feitas por diferentes escolas de pensamento, com o objetivo de melhorar o acordo alcançado com as FARC. “Sou testemunha desta vontade total de abertura, embora ciente de que existem propostas e exigências de diferentes grupos de opinião e orientação política e não é fácil encontrar a solução", disse ele.

O cardeal manifestou otimismo em relação ao acordo que logo se abrirá com o outro grupo guerrilheiro, o Exército de Libertação Nacional (ELN). “Acredito que se trata de um passo muito importante”, disse ele, evidenciando o compromisso assumido pelos membros do grupo de não proceder mais com os sequestros de pessoas: “Eles disseram e devemos acreditar”, concluiu. 

(MJ)

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Haiti epidemia de cólera. Missão da Caritas Internationalis

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Roma (RV) - “A destruição no Haiti foi imensa”. Assim, o Secretário-geral da Caritas Internationalis, Michel Roy, que a partir de hoje vai visitar as áreas mais atingidas pelo furacão Matthew. De acordo com os últimos relatórios são 900 as pessoas que perderam a vida e  cresce o medo de epidemias de cólera. A Rádio Vaticano falou com Michel Roy:

R. – Ce sont les besoins basiques. C’est l’alimentation, c’est de l’eau propre, c’est des médicaments …

As necessidades básicas são alimentos, água potável, medicamentos ... Infelizmente, o cólera está se espalhando ... Nem a população nem as autoridades haviam previsto que o furacão, que devastou a parte ocidental do Haiti, chegasse a uma tal potência! A destruição foi imensa: há vilarejos completamente destruídos, são centenas de mortes... A ajuda necessária para a sobrevivência não tinha sido previsto e é cada vez mais difícil fazer chegar, porque este furacão destruiu estradas e pontes. Portanto, as necessidades neste momento são comida, água potável e medicamentos à população ferida.

P. – O senhor vai ao Haiti também para tentar chamar a atenção do mundo para essa tragédia?

R. - Tout à fait, en fait Parce que les fotos et les vídeos passées sont à la télévision au momento ...

Eu diria que sim. Fotos e filmes foram transmitidos pela televisão no momento do furacão, mas ninguém se preocupa mais: quem hoje ainda fala do Haiti na mídia? Eu diria que quase ninguém. Por isso, é importante chamar a atenção num momento em que as necessidades básicas não são cobertas: há pessoas que passam fome; há também a cólera que se espalha ... devemos aumentar as ajudas ao Haiti, agora e no futuro e não esqueçer os haitianos, e nem mesmo as regiões que vão levar anos e anos antes que se possa falar de uma reconstrução completa. Temos de mobilizar os recursos necessários, que a comunidade internacional ajude mais do que está fazendo neste momento.

P. – É verdade também que há regiões que ainda estão tentando reconstruir casas e infra-estrutura, após o terremoto de 2010? O que os senhores fazem como Caritas e com outras organizações humanitárias para resolver esta vulnerabilidade no que diz respeito aos desastres naturais?

R. - C'est vrai: hélas, o tremblement de terre avait détruit capital qui est le centre du Pays ...

É verdade: Infelizmente, o terremoto destruiu a capital, que em certo sentido é também o centro do país, e que ainda está sendo reconstruída. Infelizmente, na sua história o Haiti passou sempre por períodos difíceis; parece-me, no entanto, que a atenção dos países vizinhos e da comunidade internacional para a sua reconstrução sempre houve, mas sem nunca conseguir chegar à conclusão. A MINUSTAH (Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti), que chegou à ilha após o terremoto, ainda está lá: é preocupante que as forças internacionais ainda estejam presentes quando não há conflito no país: certamente, custa muito caro esta presença. Portanto, não se consegue - nem as ONGs, nem a comunidade internacional, e nem nós, em certo sentido - a ajudar o Haiti a reconstruir-se de maneira “normal”. É um país que continua a sofrer devido a vários fatores, e não se consegue entender bem por onde começar. A rede Caritas está cada vez mais preocupada com a situação no Haiti; temos um grupo de trabalho que se ocupa desta realidade, e no país existem várias pessoas que administram os escritórios que colaboram com a Caritas diocesana. A vontade existe; mas a ação da Igreja pode ser somente complementar à ação do Estado, mas é verdade também que o Estado se encontra em dificuldades: É dali que devemos começar - ou melhor, recomeçar: ajudar os haitianos a reconstruirem um Estado de direito, um Estado que funcione corretamente. Infelizmente, ninguém sabe por onde começar ... (SP)

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Igreja no Mundo



Encontro de Bispos em Portugal sobre "migração na Europa"

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Lisboa (RV) – Realiza-se no Santuário mariano de Fátima, Portugal, a partir desta sexta-feira (21/10) até domingo próximo, o Encontro dos Bispos das Igrejas Católicas de Rito Oriental na Europa, sobre o tema: “Os desafios envolvidos no acompanhamento pastoral dos migrantes católicos orientais".

É o que informa o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), cujo objetivo é dar atenção a este enorme “fluxo de migrantes” à  busca de esperança e de “uma vida nova" na Europa Ocidental.

Tomam parte deste “Encontro-peregrinação" o Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, o Cardeal Angelo Bagnasco, Presidente das Conferências Episcopais da Europa e dos Bispo Italianos, 15 Bispos de Igrejas Católicas de Rito Oriental e de várias Conferências Episcopais da Europa Ocidental.

Há mais de vinte anos, constata-se um movimento constante de pessoas vindas de países de Leste Europeu, como a Ucrânia e a Rússia, sobretudo a partir dos anos 90, do século XX, devido ao desmembramento da União Soviética e de outros "regimes totalitários".

Agora, porém, há uma “segunda geração” de migrantes, sobretudo da África, que deixa seus países, em conflitos internos, à busca de um futuro melhor na Europa para seus filhos e famílias. Este fenômeno suscita “novos desafios em termos de preservação de identidade cultural e religiosa dos migrantes”.

O programa prevê para hoje uma conferência sobre a inclusão social do economista português, João César das Neves, professor da Universidade Católica Portuguesa; testemunhos de uma família romena e um agente envolvido no trabalho diário com crianças migrantes; e uma reflexão sobre a relação entre as Igrejas de acolhimento e as de origem.

O Simpósio se concluirá no próximo domingo (23/10) com uma solene concelebração Eucarística presidida pelo arcebispo greco-católico de Kiev, Dom Sviatoslav Shevchuk, na Basílica da Santíssima Trindade, ocasião em que haverá a passagem pela Porta Santa da Misericórdia. (MT/Ecclesia)

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IX Encontro Mundial das Famílias será apresentado este sábado, em Dublin

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Dublin (RV) - O IX Encontro Mundial das Famílias, que se realizará em Dublin de 22 a 26 de agosto de 2018 – com o tema “O Evangelho da família: alegria para o mundo” –, será apresentado oficialmente este sábado, 22 de outubro, na capital irlandesa.

O evento será apresentado pelos dois co-presidentes do Conselho episcopal para o matrimônio e a família da Conferência Episcopal Irlandesa, o Arcebispo de Armagh e Primaz de toda a Irlanda, Dom Eamon Martin, e o Arcebispo de Dublin, Dom Diarmuid Martin.

“Amoris Laetitia”, ponto de referência do evento

A apresentação terá início às 8h30 locais no campus “Saint Patrick’s Drumcondra” e terá a presença de mais de 600 delegados, representantes de dioceses e paróquias do mundo inteiro. O evento terá como pano de fundo a Exortação apostólica pós-sinodal do Papa Francisco “Amoris Laetitia”.

Edição precedente em Filadélfia, nos EUA, com o Papa Francisco

Coordenado pelo Dicastério vaticano para os leigos, a família e a vida, o Encontro Mundial das Famílias será presidido pelo Arcebispo Diarmuid Martin, tendo como secretário geral Timothy Barlett.

Instituído em 1992 por João Paulo II ”para reforçar no mundo inteiro os sagrados vínculos do matrimônio”, explica um comunicado, e realizado pela primeira vez em Roma em 1994, Ano da Família, o encontro se realiza a cada três anos. A última edição, a oitava, realizou-se em setembro de 2015 em Filadélfia, nos EUA, com a participação do Papa Francisco. (RL)

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Formação



Martinho Lutero: um reformador (II Parte)

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Novo Hamburgo (RV) - Continuamos a nossa conversa sobre a Reforma Protestante com o Bispo da Diocese de Novo Hamburgo (RS), Dom Zeno Hastenteufel. 

Na semana passada, vimos com Dom Zeno que Martinho Lutero com as suas 95 teses queria uma forma inteira da Igreja, mas isso foi visto como uma ofensa e Roma moveu um processo contra Lutero, exigindo dele uma retratação.
  
(MJ)

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Atualidades



II Simpósio internacional em Milão “Brasil-Itália: História, Cultura e Sociedade"

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Milão (RV) – Realiza-se de 20 a 22 de outubro, na Universidade Católica do Sagrado Coração, em Milão, o II Simpósio internacional “Brasil-Itália: História, Cultura e sociedade. Confrontos interdisciplinares”, sobre problemáticas brasileiras. 

O encontro é promovido pelo Departamento de Sociologia da Universidade Católica do Sagrado Coração (seção de Antropologia Cultural e Etnologia), com o apoio e a colaboração da Associação Cultural Jacarandá e dos Departamentos de Ciências Políticas e de Línguas e Culturas Modernas da Universidade de Gênova.

Os temas debatidos abordam diversos aspectos, com base na temática central: “Ensaística, Literatura, Literatura Infantil, Tradução, Editoria”; História, Geografia, Esplorações, Migrações, Contatos culturais;­ Antropologia, Etnomusicologia, Sociologia, Educação; Arte, Arqueologia, Cinema, Fotografia, Música, Dança; Alimentação, Botânica, Zoologia, Ciências em geral.

Entre os principais conferencistas estão o Prof. Franco Anelli, Reitor da Universidade Católica do Sagrado Coração, o Embaixador e Cônsul Geral do Brasil em Milão, Paulo Cordeiro de Andrade Pinto; e a Prof. Luisa Faldini, Presidente da Associação cultural Jacarandá. (MT)

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