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Sumario del 23/10/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



No Angelus, novo apelo do Papa em favor da paz e reconciliação no Iraque

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Cidade do Vaticano (RV) - Nestas horas dramáticas, faço-me próximo de toda a população do Iraque, em particular, da população da cidade de Mosul: foram palavras do Santo Padre no Angelus deste domingo, em mais um premente apelo em favor da paz e da reconciliação no País do Golfo, onde se tem registrado nestes dias um ulterior recrudescimento dos combates, cuja violência não poupa nem mesmo as crianças. 

“Nosso ânimo encontra-se abalado com os cruentos atos de violência que há muito tempo têm sido cometidos contra os cidadãos inocentes, tanto muçulmanos quanto cristãos, bem como pertencentes a outras etnias e religiões. Sinto-me entristecido com as notícias do assassinato a sangue frio de numerosos filhos daquela terra, entre os quais também muitas crianças. Essa crueldade nos faz chorar, deixando-nos sem palavras.”

Francisco une sua palavra de solidariedade à asseguração de sua recordação na oração, a fim de que o Iraque, mesmo duramente atingido, se mantenha “firme na esperança de poder caminhar rumo a um futuro de segurança, de reconciliação e de paz”. O Santo Padre pediu aos presentes na Praça São Pedro – que acompanhavam a oração mariana – que se unissem a ele na oração, fazendo um momento de silêncio seguido de uma Ave-Maria.

Paulo Apóstolo, anunciador do Evangelho a todos os povos

Na alocução que precedeu a oração do Angelus, o Papa ateve-se à segunda leitura da Liturgia dominical, que nos apresenta a exortação de São Paulo apóstolo a Timóteo, seu colaborador.

Nela, o Apóstolo repensa sua existência totalmente consagrada à missão, e vendo aproximar-se o fim de seu caminho terreno, descreve-o em referência a três estações: o presente, o passado e o futuro.

Após explicitar cada uma delas, Francisco ressalta que “a missão de Paulo resultou eficaz, justa e fiel somente graças à proximidade e à força do Senhor, que fez dele um anunciador do Evangelho a todos os povos.

Igreja missionária, testemunha da misericórdia

Nesta narração autobiográfica de São Paulo espelha-se a Igreja, especialmente neste domingo, ressaltou o Pontífice, “Dia Mundial das Missões”, cujo tema é ”Igreja missionária, testemunha de misericórdia”.

“A experiência do apóstolo dos gentios nos recorda que devemos empenhar-nos nas atividades pastorais e missionárias, de um lado, como se o resultado dependesse de nossos esforços, com o espírito de sacrifício do atleta que não se detém nem mesmo diante das derrotas; de outro, porém, sabendo que o verdadeiro sucesso de nossa missão é dom da Graça: é o Espírito Santo que torna eficaz a missão da Igreja no mundo.”

Tempo de missão e de coragem

Tendo lembrado que este domingo é “Dia Mundial das Missões”, disse que hoje é tempo de missão e é tempo de coragem

“Coragem para reforçar os passos vacilantes, para retomar o gosto do gastar-se pelo Evangelho, para readquirir confiança na força que a missão leva consigo. É tempo de coragem, mesmo se ter coragem não significa ter garantia de sucesso. É-nos pedido a coragem para lutar, não necessariamente para vencer; para anunciar, não necessariamente para converter.”

Coragem para abrir-nos a todos

Francisco continuou advertindo que “nos é pedido coragem para ser alternativos ao mundo, sem porém jamais tornar-nos polêmicos ou agressivos. É-nos pedido coragem para abrir-nos a todos, sem jamais diminuir o caráter absoluto e a unicidade de Cristo, único salvador de todos. É-nos pedido coragem para resistir à incredulidade, sem tornar-nos arrogantes”.

“É-nos também pedido a coragem do publicano do Evangelho deste domingo, que com humildade não ousava sequer elevar os olhos ao céu, mas batia no peito dizendo: ‘Ó Deus, tende piedade de mim, pecador’.”

É tempo de coragem!, repetiu o Papa. “Hoje é preciso coragem!”

Dirigindo-se aos vários grupos de fiéis e peregrinos presentes, saudou os poloneses, que recordam em Roma e em sua Pátria os 1050 anos da presença do cristianismo na Polônia. Saudou também os coristas, que nestes dias celebraram o seu Jubileu. E cumprimentou a comunidade peruana de Roma, presente na Praça São Pedro com a Imagem sagrada do Senhor dos Milagres. Antes de despedir-se, pediu que não se esqueçam de rezar por ele. (RL)

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Santa Sé - Vietnã: encontro no Vaticano de 24 a 26 de outubro

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Cidade do Vaticano (RV) - Vai se realizar no Vaticano, desta segunda até a próxima quarta-feira (24 a 26 de outubro), como concordado, o sexto encontro do Grupo de Trabalho entre a Santa Sé e a República Socialista do Vietnã, a fim de desenvolver e aprofundar as relações bilaterais entre as duas Partes. É o que informa um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé. 

A Delegação da Santa Sé será conduzida pelo subsecretário das Relações com os Estados, Mons. Antoine Camilleri; a Delegação do Vietnã será conduzida pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Bui Thanh Son.

O último encontro bilateral, o quinto, realizou-se em Hanói em setembro de 2014. Num comunicado conjunto, a Delegação da Santa Sé apreciara o apoio dado em todos os níveis pelas autoridades competentes no Vietnã para o desenvolvimento de sua missão, evidenciando, ademais, os passos dados nas políticas religiosas do Vietnã, contempladas na emenda Constitucional de 2013.

A Delegação da Santa Sé confirmara atribuir grande importância ao desenvolvimento das relações com o Vietnã, em particular, e com a Ásia, em geral.

O prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, esteve em janeiro de 2015 em  visita pastoral ao Vietnã por ocasião dos 400 anos de evangelização do país do sudeste asiático, encontrando todas as realidades da Igreja local, que representa quase 10% da população.

“Uma Igreja muito viva”, dissera. Na ocasião, o purpurado teve a oportunidade de encontrar também as autoridades vietnamitas. Numa entrevista concedida à Rádio Vaticano, o prefeito de Propaganda Fide dissera:

“Reiterei que o diálogo é elemento fundamental para a compreensão recíproca, mas que subjacente ao diálogo deve haver estima. E a estima que a Santa Sé tem pelo povo do Vietnã se traduz também em amor. Por conseguinte, não é somente um aspecto puramente formal de estima, mas que desce no profundo e se torna afeto, amor. A Igreja tem um profundo afeto, um profundo amor pelo povo vietnamita, em particular por sua comunidade cristã. Creio ter colhido elementos positivos que reforçam aquele diálogo que já existe e que esperamos, naturalmente, possa progredir mais ainda.” (RL)

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Igreja no Mundo



Bispos católicos e evangélicos concluem visita comum à Terra Santa

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Munique (RV) - “Um passo significativo rumo à reconciliação das duas maiores Igrejas cristãs na Alemanha.” Com essas palavras, o presidente da Conferência Episcopal Alemã e o presidente do Conselho da Igreja Evangélica na Alemanha, respectivamente, o Cardeal Reinhard Marx e o Bispo luterano Heinrich Bedford-Strohm, avaliam a primeira peregrinação comum à Terra Santa. A visita, com a participação de uma delegação de nove bispos das duas Igrejas, teve início no domingo, 16 de outubro.

Criar as premissas para relações mais estreitas entre as duas Igrejas

As etapas principais da peregrinação foram Jerusalém, Belém e o Mar da Galileia, onde tiveram encontros de caráter religioso e com personalidades políticas, e a visita ao memorial do Holocausto. O objetivo primário era criar as premissas para relações mais estreitas entre as duas Igrejas de Cristo “mediante a solidariedade expressa pela fé”.

Celebrações de 2017 reforçarão caminho rumo à plena unidade

Numa mensagem conjunta difundida ao término da visita e reportada pela agência Sir, o Cardeal Marx e o Bispo Bedfor-Strohm ressaltam a importância desta visita no Ano Santo da misericórdia convocado pelo Papa Francisco e faltando poucos meses para o início das celebrações, em 2017, do quinto centenário da Reforma luterana.

“A nossa missão comum para nosso país ainda não foi completada. Estamos certos de que a festa de Cristo em 2017 será um testemunho crível de Deus e nos reforçará em nosso caminho rumo à plena unidade visível”, escrevem os dois presidentes no documento, que definem uma “mensagem de Cristo”.

Diversidade reconciliada, um objetivo árduo

“No encontro com os Lugares Santos percebemos a unidade profunda entre nós, discípulas e discípulos de Cristo, no seu seguimento”, disse na sexta-feira o Cardeal Marx numa coletiva em Jerusalém.

O Rev. Bedford-Strohm descreveu a peregrinação como uma “experiência memorável”, na qual “aprendemos a ver através dos olhos dos outros.

Essa é uma base muito sólida para o espírito ecumênico do aniversário da Reforma”, mas “na celebração eucarística e na comunhão sentimos também que a diversidade é um objetivo árduo”, disse o bispo luterano. (RL)

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Formação



Reflexão dominical: oração do Fariseu e do Publicano no Templo

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Cidade do Vaticano (RV) – «A parábola que o Senhor nos relata neste domingo fala de dois homens que vão rezar no Templo de Jerusalém. Os dois são filhos de Deus e os dois sentiram um apelo à oração, por isso podemos dizer que foram chamados a se encontrar com Ele. 

Mas quem são esses homens? Um é fariseu, pessoa voltada ao cumprimento da Lei, a fazer um enorme esforço para sempre estar de acordo com o que Deus pedia. O outro, um publicano, alguém pertencente a um grupo de má fama, um homem de má fama.

O primeiro era uma pessoa honesta e íntegra. Fazia até mais do que era prescrito. Contudo, isso lhe provocava certo orgulho, certa vaidade e, ao mesmo tempo, um desprezo pelos pecadores.

O segundo, o publicano, era um esperto cobrador de impostos, oprimia os pobres e, para se redimir, deveria pagar uma soma exagerada, praticamente impossível.

No entanto, o Senhor diz que a oração do publicano foi ouvida e a do fariseu, não. Por que?

Com esta parábola, o Senhor não deseja dar lição de moral, de mostrar quem está certo ou errado, mas o Mestre quer nos instruir no relacionamento com Deus.

A grande falha do fariseu foi atribuir sua vida honesta e seus atos corretos a si mesmo, como mérito seu, e apresentá-los como dignos de justificação. Deus não deveria fazer nada mais do que elogiar os atos do fariseu e lhe dar o prêmio merecido com sua atitude de homem do bem. Era esse o pensamento do fariseu. Ele não pede a Deus uma justificação, uma redenção, mas um reconhecimento. Ele se esqueceu que foi Deus quem o conduziu pelo bom caminho e lhe proporcionou fazer o bem e viver com dignidade.

Quanto ao publicano, ele se apresenta de modo humilde, sabendo de suas imperfeições e confiando na misericórdia e na graça de Deus. Ele não se desculpa, mas sabe que Deus tem um coração enorme, que é Pai, que é Amor.

Jesus deseja que nós purifiquemos nossa visão de Deus. Ele não é um contador bancário e nem um entregador de prêmios.

Jesus não quer que sejamos soberbos e nem tenhamos posicionamentos egocêntricos, colocando o acento em Nós e não no Pai. Se somos bons, se cumprimos os mandamentos  e fazemos o que nos pede o Evangelho, é porque Deus nos deu sua graça.

Jesus é contra o grupo dos bons verso o grupo dos maus. Ele morreu por todos e não lhe agrada que nos sintamos especiais e desprezemos os outros. E por falar na morte de Jesus, ele escolheu morrer entre dois ladrões. Um ciente de ser pecador e culpado de seus crimes, se reconheceu em débito com Deus, mas absolutamente confiante na misericórdia divina. O outro, não só não estava arrependido, mas desafiou Jesus a largar a cruz e salvá-los.

Tenhamos sempre a atitude humilde de saber que, por mais que nos esforcemos, jamais seremos perfeitos e tudo o que fizermos de bom será realizado com a ajuda da graça de Deus». (Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o XXX Domingo do Tempo Comum)

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