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Sumario del 27/10/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: Deus chora pela humanidade que não entende Sua paz-amor

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Rádio Vaticano (RV) – Deus chora hoje diante das calamidades naturais, das guerras que eclodem para “adorar ao deus dinheiro”, das crianças assassinadas.

Esta foi uma das reflexões do Papa na missa da manhã desta quinta-feira (27/10), na Casa Santa Marta. 

“Deus chora hoje”, ressaltou Francisco, pela humanidade que não entende “a paz que Ele nos oferece, a paz do amor”.

No Evangelho do dia, Jesus chama Herodes de “raposa”, depois que alguns fariseus disseram que ele o queria matar. E fala aquilo que acontecerá: “se prepara à morte”. Jesus então se dirige à “Jerusalém fechada”, que mata os profetas que a ela foram enviados.

Pranto

A seguir, Jesus muda o tom, destaca o Papa, e “começa a falar com ternura”, a “ternura de Deus”. Jesus “olha para o seu povo, olha para a cidade de Jerusalém”. Naquele dia “chorou sobre Jerusalém”.

“Aquele choro de Jesus – afirma o Papa – não é o choro de um amigo diante da tumba de Lázaro, não: aquele é o choro de um amigo diante da morte de outro. Este é o choro de pai, de um pai que chora: é Deus Pai que chora aqui na pessoa de Jesus.

“Quantas vezes tive que reunir os teus filhos como a galinha acolhe seus pintinhos sob as asas e vocês não quiseram! Alguém disse que Deus se fez homem para poder chorar, chorar aquilo que fizeram a seus filhos”.

Pai que chora

E, enquanto o choro diante da tumba de Lázaro é aquele do amigo, “este é o choro do Pai”, diz Francisco. E o pensamento do Papa vai ao Pai do filho pródigo, quando o filho lhe pede a herança e vai embora.

“Aquele pai está seguro, não procurou os vizinhos para dizer: “Olha o que me aconteceu! O que este pobre desgraçado me fez! Mas eu amaldiçoo este filho...”. Não, não fez isso. Tenho certeza, talvez tenha ido chorar sozinho”.

E o Papa explica.

“Por que o Evangelho não diz isso, diz quando o filho o viu de longe: isto significa que o pai sempre subia até a varanda de onde se via o caminho para ver se o filho retornava. E um pai que faz isso é um pai que vive no pranto, esperando que o filho volte. Este é o choro de Deus Pai. E com este choro, o Pai recria no seu Filho toda a criação”.

Paz do amor

Deste ponto, o Papa refletiu também sobre o momento em que Jesus com a cruz vai ao Calvário: às mulheres que choravam, diz para que não chorem por Ele, mas por seus próprios filhos. Portanto, um “choro de pai e de mãe que Deus também hoje chora”. 

“Também hoje diante das calamidades, das guerras que eclodem para ‘adorar ao deus dinheiro’, dos tantos inocentes mortos pelas bombas lançadas pelos adoradores do ídolo dinheiro, também o Pai chora, também hoje diz: ‘Jerusalém, Jerusalém, filhos meus, o que estão fazendo?’ E o diz às pobres vítimas e também aos traficantes de armas e a todos aqueles que vendem a vida das pessoas. Nos fará bem pensar que o nosso Deus Pai se fez homem para poder chorar; e nos fará bem pensar que nosso Deus Pai hoje chora: chora por esta humanidade que não consegue entender a paz que Ele nos oferece, a paz do amor”.

(dd/rb/mj)

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Papa Francisco: desconcertante cancelar diferenças sexuais

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Cidade do Vaticano (RV) - A beleza do plano de Deus para o casamento e a misericórdia para com as famílias feridas, os desafios das novas tecnologias e a desconcertante ideologia de gênero: estes os temas abordados pelo Papa Francisco em seu discurso à Comunidade Acadêmica do Pontifício Instituto “João Paulo II” para os Estudos sobre o Matrimônio e Família por ocasião do início do novo Ano Letivo. 

Crise familiar: prevalece cada vez mais o “eu” sobre o “nós”

Hoje “os laços conjugais e familiares são de muitos modos colocados à prova”: o Papa parte de uma reflexão sobre a cultura atual “que exalta o individualismo narcisista, uma concepção da liberdade desligada da responsabilidade pelo outro, o crescimento da indiferença para com o bem comum, o impor-se de ideologias que agridem diretamente o projeto familiar, como também o crescimento da pobreza que ameaça o futuro de tantas famílias”.

“Depois, há as questões abertas pelo desenvolvimento de novas tecnologias - sublinha -, que tornam possíveis práticas, por vezes, em conflito com a verdadeira dignidade da vida humana”. Prevalece cada vez mais o “eu” sobre o “nós”, o indivíduo sobre a sociedade: “É um êxito que contradiz o plano de Deus, que confiou o mundo e a história à aliança do homem e da mulher”.

Ideologia de gênero: desconcertante

Sem mencionar diretamente a ideologia de gênero, o Papa fala da necessidade de “reconhecer a diferença como uma riqueza e uma promessa, não como um motivo de sujeição e de prevaricação. O reconhecimento da dignidade do homem e da mulher leva a uma correta valorização de seu relacionamento recíproco. Como podemos conhecer profundamente a humanidade concreta da qual somos feitos sem aprendê-la através desta diferença?”:

“É impossível negar a contribuição da cultura moderna à redescoberta da dignidade da diferença sexual. Por isso, é muito desconcertante constatar que agora esta cultura apareça como bloqueada por uma tendência a cancelar a diferença, em vez de resolver os problemas que a mortificam”.

Na verdade - continuou o Papa -, “quando as coisas estão indo bem entre homem e mulher, também o mundo e a história vão bem. Caso contrário, o mundo se torna inóspito e a história pára”.

Beleza do casamento e misericórdia para as famílias feridas

O testemunho da “beleza da experiência cristã da família” - destaca Francisco -, deverá inspirar-nos ainda mais profundamente; ao mesmo tempo, é necessário ter “grande compaixão e misericórdia pela vulnerabilidade e falibilidade do amor entre os seres humanos”, mas sem resignar-se à falência humana, para apoiar o resgate do plano de Deus para a família, “ícone da aliança de Deus com toda a família humana”:

De fato, é correto reconhecer que, às vezes, “apresentamos um ideal teológico do matrimônio demasiado abstrato, construído quase artificialmente, distante da situação concreta e das possibilidades efetivas das famílias tais como são. Esta excessiva idealização, sobretudo quando não despertamos a confiança na graça, não fez com que o matrimônio fosse mais desejável e atraente; muito pelo contrário”.

Proximidade da Igreja

Os dois Sínodos sobre a família – observou ainda o Papa –, “manifestaram a necessidade de ampliar a compreensão e o cuidado da Igreja por este mistério do amor humano no qual o amor de Deus por todos se sedimenta”. Neste sentido, “o tema pastoral de hoje não é apenas o da distância de muitos do ideal e da prática da verdade cristã do matrimônio e da família; mais decisivo ainda se torna o tema da ‘proximidade’ da Igreja”:

“Proximidade às novas gerações de cônjuges, para que a bênção de seu relacionamento os convença sempre mais e os acompanhe, e proximidade às situações de fraqueza humana, para que a graça possa resgatá-los, reanimá-los e curá-los. O indissolúvel vínculo da Igreja com seus filhos é o sinal fiel mais transparente do amor fiel e misericordioso de Deus”.

Teologia e pastoral caminham juntos

O Papa Francisco recorda, por fim, que “a teologia e pastoral caminham juntos”: “Não nos esqueçamos de que também os bons teólogos, como os bons pastores, têm o cheiro do povo e das estradas e, com sua reflexão, derramam óleo e vinho nas feridas dos homens”:

Uma doutrina teológica que não se deixa orientar e plasmar pela finalidade evangelizadora e pelo cuidado pastoral da Igreja é também impensável para uma pastoral da Igreja que não saiba fazer tesouro da revelação e da sua tradição, voltada a uma melhor inteligência e transmissão da fé”. (SP)

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Papa: reforçar compromisso para eliminar tráfico de pessoas

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira (27/), os membros do “Grupo Santa Marta” que participou do encontro realizado, no Vaticano, sobre o tráfico de pessoas.

“Reforçar o compromisso para eliminar a chaga social do tráfico de pessoas”, disse o Pontífice em seu discurso às autoridades eclesiásticas e civis do Grupo Santa Marta, que dá uma contribuição importante na luta contra esta nova forma de escravidão. 

O Papa sublinhou com amargura que as vítimas “são homens e mulheres, muitas vezes menores, explorados, aproveitando de sua pobreza e marginalização”.

“Serve um esforço mirado, eficaz e constante, tanto para eliminar as causas deste fenômeno complexo, quanto para encontrar, assistir e acompanhar as pessoas que caem nas armadilhas do tráfico.”

“O número destas vítimas cresce, infelizmente, a cada ano, afirmam as organizações internacionais. Aos indefesos são roubadas a dignidade, a integridade física e psíquica, e até mesmo a vida”, disse ainda o Pontífice.
 
“Queridos amigos, lhes agradeço e encorajo a prosseguir neste compromisso. O Senhor recompensará o que for feito a estes pequenos da sociedade de hoje. Ele disse: ‘Estava com fome ... tive sede e você me ajudou; hoje também poderia dizer: "Eu fui abusado, explorado e escravizado, e você me socorreu.”

(MJ)

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Tráfico de pessoas: sensibilizar a sociedade é o desafio no Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) – A audiência com o Papa Francisco nesta quinta-feira (27/10) é o ápice do encontro realizado no Vaticano do chamado “Grupo Santa Marta”, que se ocupa do tráfico de pessoas.

O Grupo apresenta ao Papa Francisco um relatório com o progresso que tem sido feito desde o acordo assinado há dois anos, em que cada um dos 24 chefes de polícia se empenhava em desenvolver parcerias com a Igreja e com a sociedade civil para levar à Justiça os responsáveis pelo crime do tráfico e para aliviar o sofrimento das vítimas.

A Diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), Ir. Rosita Milesi, participa pela primeira vez deste encontro e compartilhou a experiência brasileira neste campo. Ela afirma que o Brasil avançou em termos de legislação, de criminalizar os responsáveis por este crime, mas precisa “caminhar muito” quanto à sensibilização da sociedade.

Ouça aqui: 

 

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Deportar os traficantes, não as vítimas, defende ex-prostituta no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – As forças de segurança “deveriam prender e deportar os traficantes, não as vítimas!”. É o que defende a ex-prostituta nigeriana Princess Inyang, ao pronunciar-se esta quinta-feira na coletiva de imprensa no âmbito do Encontro sobre Tráfico de Seres Humanos realizado no Vaticano.

Grupo Santa Marta

O “Grupo Santa Marta”  assumiu o mesmo nome do local onde reside o Pontífice, pelo fato de precisamente ali, em abril de 2014, ter-se reunido pela primeira vez, numa iniciativa agora presidida pelo Cardeal Vincent Nichols, Arcebispo de Westminster, que esta manhã introduziu o encontro com o Papa Francisco.

No decorrer dos anos – explicou na coletiva de imprensa  o purpurado inglês – o grupo promoveu, em particular, a colaboração entre duas realidades empenhadas, em diversos países do mundo, no combate às novas formas de escravidão, e em particular, a exploração sexual: a Igreja, ou seja, bispos, sacerdotes e religiosos, e a polícia.

O Cardeal Nichols disse ao Papa que desde 2014 aumentou a sensibilidade para com as vítimas do tráfico de seres humanos e que os resultados alcançados até aqui encorajam a prosseguir.

Em particular, o Arcebispo de Westminster observou que nestes últimos dois anos o Grupo, por meio de suas atividades, pode mostrar ao mundo a miséria desconhecida de tantas pessoas vulneráveis. E convidou a não esquecer-se das vítimas do tráfico, duas das quais, junto com ele, participaram do encontro com os jornalistas realizado na Sala de Imprensa da santa Sé.

Testemunho vivo

A primeira a dar seu testemunho foi Princess Inyang, de origem nigeriana, que em 1999, ainda jovem, foi trazida para a Europa por traficantes, como a promessa de trabalhar como cozinheira. Chegada à Itália, foi obrigada à prostituir-se e a desembolsar uma soma de 45 mil euros. Ao conseguir fugir dos traficantes – graças à ajuda de um sacerdote - Princess transformou sua experiência negativa em algo positivo, ao fundar a ONG Piam, com o objetivo de ajudar as vítimas da prostituição na Itália.

“Sou uma testemunha viva – afirmou – dos perigos e das atrocidades às quais muitas mulheres nigerianas são submetidas. O meu coração se enche de alegria cada vez que eu posso  ajudar alguém”.

A partir de sua experiência, ela indicou algumas linhas de ação concreta. Antes de tudo, com projetos internacionais no país de origem, que concentrem os investimentos também por meio de bolsas de estudos, para desmotivar as jovens a abandonar a Nigéria.

Neste sentido, solicitou que as agências internacionais das forças de ordem colaborem com determinação para individuar os traficantes que agem sobretudo na Nigéria, no Níger e na Líbia.

Por fim, deveria ser incrementado na Europa o número de locais seguros para as vítimas do tráfico de pessoas, com maior investimento nos programas de proteção para as numerosas vítimas que estão em busca de ajuda.

Melhor deportar os traficantes que as vítimas

“No que se refere às expatriações – disse – é melhor perseguir os criminosos, os traficantes, porque a maior parte das vezes a Polícia e os Carabinieri, deportam as vítimas e não os traficantes. A maior parte das vezes colocam na prisão os traficantes enquanto as vítimas fazem as suas denúncias, mas quando são libertados, ainda estão na Itália, retomam o seu trabalho e têm os seus agentes. É melhor deportar os traficantes do que as vítimas”.

O segundo testemunho foi dado por Al Bangura, um jovem originário de Serra Leoa, que foi para a Guiné, e por fim, com a promessa de se tornar um jogador profissional, foi levado para Paris e Londres, tendo conseguido mais tarde fugir dos traficantes.

(je/asca)

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Papa aos líderes cristãos do Sudão do Sul: servir a população na unidade

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Cidade do Vaticano (RV) –  O Papa Francisco recebeu em audiência no Palácio Apostólico na manhã desta quinta-feira os principais líderes religiosos do Sudão do Sul: Dom Paulino Lukudu Loro, Arcebispo de Juba, o Rev. Daniel Deng Bul Yak, Arcebispo da Província da Igreja Episcopal do Sudão do Sul e o Rev. Peter Gai Lual Marrow, Moderador da Igreja Presbiteriana do Sudão do Sul.

No contexto das tensões que dividem a população e destroem a convivência no país, foi ressaltada no encontro a boa e profícua colaboração entre as Igrejas cristãs, que desejam dar a própria contribuição para promover o bem comum, tutelar a dignidade da pessoa, proteger os indefesos e realizar iniciativas de diálogo e de reconciliação.

À luz do Ano da Misericórdia, foi sublinhado que a experiência fundamental do perdão e da acolhida do outro é a linha mestra para a construção da paz e do desenvolvimento humano e social.

A este respeito, constatou-se que as várias Igrejas estão empenhadas, em espírito de comunhão e de unidade, no serviço à população, promovendo a difusão de uma cultura do encontro e da partilha.

Por fim, foi reiterada por parte de todos a disponibilidade em caminhar juntos e em trabalhar com renovada esperança e com confiança recíproca, na convicção de que, com base nos valores positivos inerentes às próprias tradições religiosas, se possam mostrar os caminhos para responder de maneira efetiva às aspirações profundas daquela população, que anseia urgentemente a uma vida segura e a um futuro melhor.

 

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Santa Sé: proteção dos civis nas operações de manutenção da paz

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Nova York (RV) - A proteção dos civis em cenários de guerra, as atrocidades provocadas por graves crimes internacionais, como o genocídio e a limpeza étnica, e as violências contra as mulheres.

Esses foram os temas no centro do discurso pronunciado esta quarta-feira (26/10) em Nova York pelo observador permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza. O arcebispo filipino recordou também a prioridade de um controle eficaz dos armamentos para prevenir os conflitos.

Proteção dos civis

Recordando o discurso do Papa Francisco em 25 de setembro do ano passado na Assembleia Geral da ONU, Dom Auza ressaltou que a proteção dos civis “deveria ser um dos elementos centrais das missões de manutenção da paz”.

Uma análise da evolução dos conflitos mostra que “a maior parte das vítimas é constituída de civis inocentes”, acrescentou. O representante vaticano recordou, em particular, que no início do Séc. XX cerca de 5% das vítimas eram civis. Nos anos 90, mais de 90% eram não-combatentes.

Consequências dos conflitos

Em seguida, o diplomata vaticano indicou as dramáticas consequências dos conflitos: um grande número de vítimas civis, entre as quais muitas crianças, e de deslocados. Entre os efeitos, também a crise que envolve refugiados e migrantes e a destruição de infraestruturas nevrálgicas como escolas e centros de saúde.

Outra chaga recordada pelo prelado foi a da utilização dos civis como armas de guerra, mediante a privação do alimento e dos bens de primeira necessidade. Acrescentam-se a isso, nos cenários de guerras, o desprezo total aos agentes humanitários e aos jornalistas e outras violações do direito humanitário internacional.

Violências contra as mulheres

O observador permanente da Santa Sé na ONU observou que as mulheres e as jovens sofrem, de modo desproporcional, com as devastações provocadas pelos conflitos, sendo um alvo fácil para difundir o medo na sociedade.

O Papa Francisco – disse o arcebispo – recordou que não se deve esquecer outro crime horrendo contra as mulheres: o estupro.

Ademais, Dom Auza ressaltou que “os esforços para evitar que mulheres e meninas de se tornem vítimas de conflitos deveriam ser acompanhados de iniciativas que reforcem o papel das mulheres na diplomacia preventiva”.

O papel da mulher, num contexto de paz e de segurança, não deveria ser considerado um tema “politicamente correto”, mas um elemento essencial para evitar ulteriores dramas e violências.

As possíveis respostas da comunidade internacional em caso de guerras

Após ter ressaltado que em várias regiões do planeta continuam sendo perpetrados crimes como o genocídio e a limpeza étnica, o prelado explicou que a cúpula mundial de 2005 atribui à comunidade internacional a possibilidade de tomar apropriadas ações coletivas no caso em que um Estado não consiga proteger a própria população.

A Santa Sé considera que a aplicação deste princípio é fundamental para a proteção dos civis. Porém, observou, nem sempre tal princípio é conciliável com o da não-intervenção estabelecida pela Carta das Nações Unidas.

O controle das armas para prevenir conflitos

Para prevenir conflitos, proteger os civis, restabelecer a paz e promover a reconciliação, uma estratégia eficaz – explicou – é a do controle dos armamentos. A Santa Sé renova seu apelo aos Estados a limitar a produção, a venda e seu transferimento. Devem também ser tomadas medidas capazes de acabar com o tráfico de armas e financiamentos que, direta ou indiretamente, são a causa de crimes atrozes.

Abusos sexuais por parte de agentes ONU de manutenção da paz

Por fim, o observador permanente da Santa Sé na ONU disse que os casos de abusos sexuais e de outras formas de exploração por parte de agentes das Nações Unidas são profundamente preocupantes.

Apesar das medidas especiais adotadas pelo secretário geral da ONU e pelo Conselho de Segurança, o problema continua sendo grave e deve ser enfrentado com urgência, frisou Dom Auza.

Em particular, devem ser tomadas em consideração maiores medidas preventivas, porque grande parte da credibilidade e da autoridade das operações da ONU de manutenção da paz depende de tais iniciativas.

Por fim, o representante vaticano recordou que o Papa Francisco manifestou apreço pelo empenho dos boinas-azuis nas missões de paz em várias áreas do mundo. (RL)

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Corais no Brasil vivem declínio, analisa Maestro Carlos Nazareno

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Cidade do Vaticano (RV) – Cantar a misericórdia foi o tema de uma Congresso que reuniu no Vaticano corais de todo o mundo, inclusive do Brasil, no último final de semana.

No âmbito deste Ano jubilar, além do Congresso, os músicos se exibiram num concerto na Sala Paulo VI dedicado a São João Paulo II e à Divina Misercórdia e peregrinaram à Porta Santa.

O Maestro Carlos Nazareno Silva, de Belo Horizonte, visitou a Rádio Vaticano e, entrevistado por Silvonei José, falou deste Jubileu e da situação dos corais no Brasil, que – segundo ele – vivem um momento de declínio.

Ouça aqui: 

A entrevista completa com o Maestro Nazareno, com a presença também do músico Henrique Reis, pode ser ouvida no Programa "Porta Aberta no Ano da Misercórdia".

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Igreja na América Latina



Bispos de El Salvador: apelo a esconjurar falência econômica do país

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San Salvador (RV) - “A causa desta situação é a falta de fundos. O país está caminhando rumo à falência, à insolvência. Mas se este país cai na inadimplência, todos afundamos. E o sofrimento maior será naturalmente para os mais pobres.”

Com essas palavras reportadas pelo jornal vaticano “L’Osservatore Romano”, o arcebispo de San Salvador, Dom José Luis Escobar Alas, abordou o tema do “pago del escalafón”, a adequação salarial prevista para quem trabalha na área da saúde.

Manifestações dos trabalhadores que têm direito a indenização

Semanas atrás houve numerosas greves e manifestações dos trabalhadores que têm direito a indenização, que o Estado, porém, não tem dinheiro para pagar.

Diante do risco concreto que El Salvador corre de inadimplência e do crescente confronto entre a maioria de esquerda do presidente Salvador Sánchez Cerén e a oposição de direita do partido Arena, a Igreja dirige um apelo às forças políticas a fim de que prevaleçam o diálogo e a busca de um acordo, ao invés da instrumentalização das manifestações de rua.

País não seja lançado no desastre econômico

Durante uma coletiva de imprensa realizada na catedral metropolitana, Dom Escobar Alas pediu à maioria e à oposição que contornem as diferenças e que o país não seja lançado numa situação que leve ao desastre econômico: “Peço à oposição que não leve El Salvador ao default, porque seria grave e injusto”.

Ao mesmo tempo, o prelado pediu ao governo que encontre soluções, de modo que essa situação não se repita todos os anos. (L’Osservatore Romano – RL)

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Igreja no Mundo



Card. Marx: empenho da Igreja por superação de impasse da União Europeia

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Bruxelas (RV) - “A Igreja pretende dar sua contribuição para ajudar a União Europeia a superar as múltiplas crises que está enfrentando”: disse o arcebispo de Munique, na Alemanha, e presidente da Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia (Comece), Cardeal Reinhard Marx, no discurso de abertura que inaugurou esta quarta-feira (26/10) a Assembleia plenária dos bispos dos países membros da União Europeia.

“Nessa crise existencial da União, a Comece é importante mais do que nunca”, defendeu o purpurado.

Mensagem do Cardeal Marx a fim de que a Grã-Bretanha e a União Europeia voltem a confrontar-se

No que tange às consequências da decisão da Grã-Bretanha de deixar a União Europeia, o presidente da Comece ressaltou que não se trata somente de um problema britânico.

Pelo contrário, disse ele, é a União Europeia que em seu conjunto que deve refletir sobre seu percurso político e sobre quais objetivos pretende alcançar – refere uma nota reportada pela agência Sir.

Ademais, o purpurado enviou uma mensagem a fim de que a Grã-Bretanha e a União Europeia voltem a confrontar-se.

Simpósio Comece em Roma em 2017 com o tema: “Repensar a Europa”

O purpurado alemão anunciou que a Comece organizará um Simpósio de alto nível em Roma, em 2017, com o tema: “Repensar a Europa”, para permitir um intercâmbio sobre o futuro da integração comunitária.

A tarefa que temos diante de nós, enquanto membros da Comece, “não é buscar soluções no passado, mas, conscientes das riquezas do passado, reencontrá-las no futuro, olhando com confiança para o porvir”, especificou o Cardeal Marx. (RL)

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Movimento Focolares promove Dia sobre a Paz em Paris

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Cidade do Vaticano (RV) – Vinte anos após Chiara Lubich ter sido distinguida pela Unesco com o Prêmio “Pela educação à paz”, o Movimento do Focolares - juntamente com a Direção Geral da UNESCO e o Observador Permanente da Santa Sé - pretende reafirmar e testemunhar o esforço pela unidade e a paz, dedicando um dia ao tema do trabalho pela paz na sede da UNESCO em Paris.

O dia 15 de novembro, de fato, escolhido um ano após os atentados na capital francesa, quer dar voz aos processos em andamento, ideias e boas práticas, que o Movimento dos Focolares, como uma expressão da sociedade transnacional, deseja compartilhar com todos aqueles que trabalham pela paz.

O programa se desenvolverá ao redor de dois temas: “Educação para a paz a partir de cinco perspectivas” (educação, recursos e economia, direito, ecologia, arte) e “Qual o diálogo em um mundo dividido?”, articulado em dois painéis: “Religiões: problema ou recurso para a paz?” e “Política e economia na desordem internacional”.

 “Perseguir a paz hoje – lê-se na nota divulgada pelos Focolares – significa reinventá-la, chamando em causa múltiplas dimensões: a economia mundial, o direito internacional, a educação para a paz em todos os níveis. Reinventar a paz quer dizer valorizar a diversidade cultural, isto é,  a riqueza da identidade de cada povo; formar as novas gerações para uma cultura do diálogo e do encontro; consolidar o pluralismo de identidade dentro do contexto urbano; enfrentar com um olhar visionário a questão migratória; tutelar o ambiente e a ‘casa comum’ planetária; combater a corrupção e promover a legalidade em todos os níveis; deter o incremento das despesas militares e do comércio internacional dos armamentos; repensar a Europa e os processos integrativos nas grandes áreas continentais; trabalhar por uma nova ordem de segurança, estabilidade e cooperação pelo Oriente Médio”.

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Iraque: oração ecumênica pela libertação de Mosul

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Bagdá (RV) – 2017 como “Ano da paz”, celebrado pelas Igrejas e pelas comunidades cristãs presentes no Iraque, para favorecer a reconciliação nacional e salvar o país das forças que poderiam continuar a ameaçar a unidade nacional, mesmo depois da libertação de Mosul e da Planície de Nínive do domínio jihadistas.

Esta é a proposta “operativa” antecipada pelo Patriarca caldeu Louis Raphael I Sako, durante o encontro de oração ecumênica pela libertação de Mosul, realizado na terça-feira em Ankawa, bairro de Irbil de maioria cristã.

Esperança compartilhada de que a libertação de Mosul seja breve

O momento de oração, realizado na Igreja dedicada a Maria, Mãe do Perpétuo Socorro, reuniu uma multidão de fieis. Tomaram parte, entre outros,  o Patriarca da Igreja Assíria do Oriente Mar Gewargis III Sliwa, o Metropolita sírio-ortodoxo de Mosul Nicodemus Daoud Matti Sharaf, sacerdotes, religiosos e religiosas, muitos leigos além de representantes políticos cristãos.

Após a recitação dos Salmos e da leitura de uma passagem do Evangelho de João, o Patriarca caldeu manifestou a esperança compartilhada – entregue na oração – de que o processo de libertação de Mosul ocorra em um breve período, com o menor número possível de perdas humanas.

2017, “Ano da paz no Iraque”

O Primaz da Igreja Caldeia expressou gratidão por todas as forças empenhadas na operação militar, fazendo explícita referência quer ao exército regular iraquiano como às milícias curdas Peshmerga e citando os soldados “cristãos e muçulmanos, árabes, curdos e turcomanos”.

O Patriarca também manifestou a intenção de proclamar 2017 como “Ano da paz no Iraque”, com momentos de oração ecumênica e iniciativas eclesiais compartilhadas para alimentar a “cultura da paz e da convivência” no país martirizado por conflitos sectários.

Libertação de Mosul pode representar início do processo de reconciliação nacional

Na opinião do Patriarca caldeu, a pré-anunciada libertação de Mosul, que conseguiu agrupar forças diversas, poderá representar o início de um processo de reconciliação nacional alicerçado em perspectivas e pontos compartilhados, para reencontrar a estabilidade e a unidade perdida.

O Primaz da Igreja Caldeia prefigurou a criação de um comitê que una representantes das instituições políticas, sociais, religiosas e culturais, chamados a redesenhar o futuro da região libertada do Daesh, no diálogo quer com o Governo central como com o da Região autônoma do Curdistão iraquiano.

Tutelar com iniciativas concretas a situação dos cristãos fugidos de Mosul

iniciativas concretas a situação dos cristãos fugidos de MosulEm seu pronunciamento, o Patriarca chamou a atenção também para a urgência de tutelar, com iniciativas concretas – e não com discursos – a situação dos cristãos fugidos de Mosul e das cidades da Planície do Nínive, diante do avanço das milícias jihadistas, evitando que o afastamento obrigatório e temporário das próprias casas se transforme para eles em uma expatriação permanente.

Para o Patriarca Raphael I Sako , toda a nação iraquiana, com seus diversos componentes étnico-religiosos, deve “aprender a lição” e aproveitar a ocasião histórica oferecida pela libertação de Mosul, para iniciar a construção de um autêntico Estado de direito, fundado no princípio da cidadania e capaz de garantir a igualdade de todos os cidadãos diante da lei, sem discriminações baseadas nas diferentes pertenças étnicas e religiosas.

Visita às cidades libertadas da Planície de Nínive

Acompanhado pelo Bispo Auxiliar Basel Salim Yaldo, o Patriarca caldeu visitou cinco cidades e vilarejos da Planície do Nínive já libertados nas operações militares, em preparação à libertação de Mosul, transformada em bastião dos jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico.

O Patriarca visitou Bartella, Karmles, Qaraqosh, Teleskok, Baqofa e Batnaya, cidades de maioria cristã, que viram seus habitantes fugir às pressas com a roupa do corpo para escapar da fúria jihadista. A maioria deles refugiou-se no Curdistão iraquiano.

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Patriarca armênio de Constantinopla, doente, será sucedido em breve

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Istambul (RV) – O estado de saúde do Arcebispo Mesrob II Mutafyan, Patriarca armênio de Constantinopla desde 1998 e sofrendo de uma grave forma de Alzheimer, foi o tema da Assembleia das autoridades patriarcais realizada na quarta-feira (26/10), na Turquia.

Eleição de novo Patriarca

Os participantes foram unânimes – fato até então impossível – em determinar que seria oportuna a eleição de um novo Patriarca. Para isto, deve ser pedido às autoridades turcas a obtenção de uma derrogação das leis da época otomana, que preveem a eleição de um novo Patriarca armênio somente quando a sé é vacante pela morte do titular.

Patriarca Mesrob II

Em 2008 foi diagnosticado que o Patriarca Mesrob II - formalmente ainda titular da sede patriarcal armênia de Constantinopla – sofria de uma forma virulenta do Mal de Alzheimer, que o tornou incapaz em breve espaço de tempo.

Internado no Hospital de São Salvador, em Istambul, o Patriarca tem a sua sobrevivência garantida somente com o  auxílio de aparelhos que fornecem oxigênio e alimentação artificial. Precisamente por este motivo, desde 2008 as funções de Vigário do Patriarca foram assumidas pelo Bispo Aram Ateshian.

Em fevereiro deste ano, os médicos encarregados pelos magistrados turcos para verificar as condições de saúde do Patriarca Mesrob II, confirmaram o estado de demência sofrido e a incapacidade de exercer a livre vontade.

Autoridades turcas

A proposta de eleger um novo Patriarca, e portanto, de retirar de todo ofício Mesrob II, deverá ainda ser enviada ao Ministério do Interior turco.

Mesrob II Mutafyan (Istambul, 16 junho de 1956) é o 84°  Patriarca armênio ortodoxo de Constantinopla, instituição criada logo após a conquista turca da cidade.

Ele realizou seu estudos na Alemanha, Estados Unidos e Jerusalém. Ordenado sacerdote em 1979, foi eleito Bispo de Echmiadzin, na Armênia, em 1986. Já em 1997 Mutafyan foi nomeado  Vigário Geral do Patriarcado Armênio de Constantinopla, guiado na época por Karekin II Kazanjian, para então tornar-se Patriarca em 16 de março de 1998.

Os Papas e o Patriarca Mesrob II

Em 30 de novembro de 2006, durante sua Viagem Apostólica à Turquia (28 de novembro a 1º de dezembro de 2006), o Papa emérito Bento XVI realizou uma visita de oração à Catedral armênia apostólica e encontrou Sua Beatitude Mesrob II, ainda em bom estado de saúde.

Também o Papa Francisco, durante sua 6ª Viagem Apostólica  (de 28 a 30 de novembro de 2014), desviou do trajeto que o levava da cidade de Istambul ao Aeroporto de Ataturk, para visitar o Patriarca Mesrob, já gravemente enfermo há seis anos.

 

(je/il sismógrafo)

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Delegação de Al-Azhar visita igreja de Padre Hamel

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Paris (RV) – O Padre Jacques Hamel, brutalmente assassinado por dois jovens radicalizados enquanto celebrava uma Missa em uma igreja de Rouen, França, tornou-se uma ponte de diálogo com o Islã e um profeta da paz.

De fato, na tarde de quarta-feira (26/10), uma delegação da Universidade de Al-Azhar, do Cairo, visitou a Igreja de Saint-Etienne de Saint-Étienne-du-Rovray. A delegação, formada por cinco pessoas, faz parte da “Caravana da Paz”, iniciativa do Conselho dos Sábios muçulmanos, que conta com a participação de docentes universitários e religiosos.

O encontro da delegação com o Arcebispo de Rouen

A delegação – refere a Agência Sir – era guiada pelo Prof. Oussama Nabil, membro do Conselho dos Sábios muçulmanos, Diretor de Estudos francófonos e pesquisas de islamologia na Universidade de al-Azhar, além de fundador e diretor do Observatório de Al-Azhar, instituído em 2015 para combater a difusão de ideias extremistas no mundo muçulmano.

A delegação foi recebida pelo Padre Pierre Belhache, responsável pelas relações com o Islã  da Diocese de Rouen e pelo Arcebispo Dominique Lebrun.

Encontro com grupos para o diálogo inter-religioso

Após a visita na igreja de Padre Jacques, a delegação encontrou um grupo de protagonistas do diálogo islâmico-cristão no território da diocese. Tomaram parte do encontro membros do Conselho regional de culto muçulmano e representantes de associações que trabalham pelo diálogo como Coexiter e Fraternité Banlieues.

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EUA: De 6 a 12 de novembro, a semana dedicada às vocações

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Washington (RV) – Realiza-se de 6 a 12 de novembro próximo nos Estados Unidos a Semana Nacional das Vocações (‘National Vocation Awareness Week’), promovida pela Comissão Episcopal para o clero, a vida consagrada e as vocações.

Trata-se de uma ocasião de encontro e de reflexão para promover a cultura vocacional e encorajar as pessoas a perguntarem-se: “À que vocação Deus está me chamando na vida?”.

Paróquias, escolas e comunidades são convidadas a incluir, em seus programas pastorais, orações e iniciativas especiais focalizadas na consciência das vocações.

Em relação a isto, os prelados estadunidenses recordam as palavras do Papa Francisco pronunciadas durante a homilia por ocasião da XXXI Jornada Mundial da Juventude em Cracóvia: “Não tenham medo de dizer-lhe “sim” com todo o ímpeto do coração, de responder-lhe generosamente, de segui-lo! Não deixai-vos anestesiar a alma, mas persigam o objetivo do amor bonito, que requer também a renúncia”.

“Rezar pelas vocações – afirmou o Presidente da Comissão Episcopal para o clero, a vida consagrada e as vocações, Dom Michael Francis Burbidge – é responsabilidade de toda a igreja”.

A National Vocation Awareness Week realiza-se nos Estados Unidos desde 1976, graças à iniciativa dos próprios bispos, para refletir durante uma semana sobre vocações ao sacerdócio, sobre o diaconato e sobre a vida religiosa.

(JE/Osservatore Romano)

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Formação



Teresa de Calcutá: exemplo de uma Igreja pobre entre os pobres

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Cidade do Vaticano (RV) - O convidado em nosso espaço o ‘Caminho da Misericórdia’, desta quinta-feira (27/10), é o Bispo de São José dos Campos (SP), Dom César Teixeira. 

Na entrevista a Silvonei José sobre a canonização de Madre Teresa no Ano Santo da Misericórdia, o bispo disse que “é importante a figura de uma mulher nas discussões que estamos vivendo como, por exemplo, de gênero. A mulher leva a discussão para aquilo que é importante, ou seja, defesa da vida, cuidado da vida, do universo e da pessoa que é o coração da criação”.

(MJ)

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Riqueza da Igreja latino-americana: ter acolhido sabedoria povo

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Cidade do Vticano (RV) - Amigo ouvinte, com a edição de hoje do quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” concluímos a participação do bispo da Diocese de Mossoró, Dom Mariano Manzana, que esteve conosco estes dias. 

O bispo desta Igreja particular do Rio Grande do Norte tem nos trazido neste espaço suas considerações sobre a Igreja na América Latina, sua caminhada na esteira do Concílio e a herança deste nesta Igreja latino-americana.

Hoje, Dom Mariano conclui suas considerações afirmando-nos que a riqueza da Igreja na América Latina é ter acolhido em seu seio, com a simplicidade do povo, a sua sabedoria. “A Igreja mudou na medida em que acolheu, em que se apropriou da sabedoria popular”, ressalta.

Para o bispo de Mossoró, na medida em que o povo entra dentro da Igreja, na medida em que se torna uma Igreja de portas abertas – como pede o Papa Francisco –, que “se escuta o povo, se percebe o modo de o povo pensar, as suas preocupações, quando o povo se torna parte integrante da Igreja, automaticamente a Igreja muda”, acrescenta.

“Ela não é mais só aquela que ensina do alto para baixo, mas aquela que começa a dialogar e no diálogo há sempre algo que se dá, mas há também muito que se recebe”, diz ainda o bispo de Mossoró. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Novos terremotos atingem a Itália; não há vítimas

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Rádio Vaticano (RV) – O amanhecer desta quinta-feira (27/10) revelou a destruição provocada pelos dois terremotos registrados na noite de quarta-feira na região central da Itália.

Até agora a Defesa Civil confirma que não houve vítimas. Há centenas de desabrigados.

O Papa Francisco por meio de sua conta em italiano no Twitter, escreveu:

"Me aproximo em oração às pessoas atingidas pelo novo terremoto na região central da Itália"

O epicentro do primeiro tremor de 5.4 graus na escala Richter às 19h10 hora local foi localizado próximo a Visso, uma das cidadezinhas mais atingidas junto com Ussita. Duas horas mais tarde, às 21h18, um tremor ainda mais forte de 5.9 graus foi registrado na mesma região.

“A sequência sísmica na Itália central, iniciada com o evento de magnitude 6.0 do dia 24 de agosto, ainda está em pleno progresso”, alertam os especialistas do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV).

Os tremores também foram sentidos em Roma e no norte do país.

(rb)

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