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Sumario del 02/11/2016

Papa e Santa Sé

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Finados: Papa, a esperança da ressurreição não decepciona

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidiu, neste Dia de Finados, a Santa Missa no Cemitério de Prima Porta, na periferia de Roma.

A celebração está prevista às 16h locais, 13h no horário de Brasília, com transmissão ao vivo da Rádio Vaticano e comentários em português. 

Neste Dia de Finados (02/11), portanto, foi cancelada a Audiência Geral que o Pontífice realiza todas as quartas-feiras na Praça S. Pedro.

É a primeira vez que o Papa celebra no cemitério de Prima Porta. Nos anos anteriores, a celebração foi feita no Cemitério Verano, em Roma.

Em sua homilia, o Papa refletiu sobre a figura de Jó que estava na escuridão, na porta da morte. Naquele momento de angústia, de dor e sofrimento, Jó proclama a esperança: “Sei que o meu redentor está vivo, eu o verei e meus olhos o contemplarão”.

“O Dia de Finados tem esse duplo sentido: primeiro, o sentido da tristeza. O cemitério é triste, nos lembra os nossos entes queridos  que morreram e nos recorda o futuro: a morte. A esta tristeza nós trazemos flores como sinal de esperança”, segundo sentido.
 
“Esta tristeza se mistura com a esperança. É o que todos nós sentimos hoje nesta celebração. A recordação de nossos entes queridos e a esperança”, disse Francisco. 

“Mas também sentimos que essa esperança se ajuda porque também nós devemos fazer este caminho, todos nós, antes ou depois, mas todos. Com dor, mais dor ou menos dor, mas com a flor da esperança. Com aquele fio forte ancorado ao lado de lá. Esta âncora, a esperança da ressurreição não decepciona.”

"Quem percorreu primeiro este caminho foi Jesus. Nós percorremos o caminho que Ele percorreu. Com a sua Cruz ele nos abriu a porta da esperança, nos abriu a porta para entrar onde contemplaremos Deus”.

“Voltemos para casa hoje com esta recordação do passado, de nossos entes queridos que morreram, mas com um olhar para o futuro, para onde iremos, confiantes nas palavras de Jesus: “Eu o ressuscitarei no último dia”, concluiu Francisco.

Depois da missa, ao regressar ao Vaticano, Francisco se dirigiu à Cripta vaticana para um momento de oração particular pelos Pontífices falecidos.

Já na sexta-feira (04/11), o Papa celebrará no Altar da Cátedra da Basílica vaticana a Santa Missa em sufrágio dos Cardeais e Bispos mortos no decorrer do último ano. Esta celebração não será transmitida pela Rádio Vaticano.

(BF/MJ)

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Pe. Majewski: presença do Papa em Lund entre fé e penitência

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Lund (RV) - Concluiu-se, nesta terça-feira (1º/11), a viagem do Papa Francisco à Suécia. Na cidade de Lund, a Igreja Luterana iniciou as celebrações para os 500 anos da Reforma Protestante. 

A nossa emissora entrevistou o Diretor dos Programas da Rádio Vaticano, Pe. Andrea Majewski, que acompanhou o Papa em sua 17ª viagem apostólica internacional. 

Pe. Majewski: “A presença do Papa certamente influenciou o estilo das celebrações em Lund e Malmö. Não somente festa, mas também penitência, sobretudo a liturgia na Catedral de Lund se caracterizou por esses dois elementos: festa e penitência; mas festa e penitência celebradas juntas. Festa, porque também a Igreja Católica reconheceu os dons de Lutero para todos, como, por exemplo, a valorização grande da Sagrada Escritura, também através de traduções em várias línguas. Pode-se dizer que Lutero colocou a Bíblia nas mãos das pessoas. Penitência pela dor da desunião e depois vergonha por séculos de conflitos, acusações, e às vezes, também atos violentos que não tinham nada a ver com o espírito do Evangelho. Mas há também um terceiro elemento: o testemunho comum que foi a última palavra proferida por luteranos e católicos juntos, sobretudo durante o encontro ecumênico na Arena de Malmö. Tanto católicos quanto luteranos dão um testemunho concreto de fé, trabalhando a favor das populações da Síria, Burundi, Sudão do Sul, Colômbia e Índia. Citei alguns países que foram evidenciados no encontro. A Igreja procura dar uma resposta comum às perguntas, medos e anseios do mundo globalizado, envolvendo todos os fiéis.”

Algum momento particular?

Pe. Majewski: “Alguns momentos ficaram impressos na minha memória. O primeiro é a oração do Pai Nosso na Catedral de Lund, proferida ao mesmo tempo, cada um em sua própria língua. Não se entendiam as palavras, mas havia a sensação de que realmente estavam rezando juntos. Depois, alguns trechos da homilia do secretário da Federação Luterana Mundial, que manifestou o desejo ainda tímido de poder celebrar juntos um dia a Eucaristia. Outra coisa que chamou a minha atenção foi a presença de muitas pessoas ao longo das estradas por onde o Papa passou. Na Arena de Malmö, onde se reuniram muitos jovens luteranos, se sentiam frases como “Viva o Papa”, Viva o Papa Francisco”... A espontaneidade dessas vozes me fez pensar que talvez está chegando uma nova geração que não se sente mais sobrecarregada pelas incompreensões do passado.”

Que mensagem o Papa deixou para a pequena comunidade católica sueca no Estádio de Malmö?

Pe. Majewski: “Falando das bem-aventuranças, o Papa recordou a figura dos mansos. Geralmente, o Papa Francisco evidencia os pobres, aqueles que têm fome e sede de justiça, e neste Ano Santo, os misericordiosos. Aqui, na Suécia, durante a sua viagem ecumênica, que recorda os 500 anos da Reforma Luterana. O Papa quis falar aos católicos de uma bem-aventurança particular de Jesus dirigida aos mansos: ‘Os santos’, disse, ‘obtém mudanças graças à mansidão do coração’. E acrescentou: ‘Trata-se do comportamento de quem não tem nada a perder, porque a sua única riqueza é Deus’. Eu penso: Talvez esta seja a chave justa de interpretação dos eventos que vivemos na Suécia.” 

(MJ)

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Koch: Papa feliz pela viagem à Suécia. Burke: um dia muito bonito

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Cidade do Vaticano (RV) - Sobre o significado da viagem do Papa à Suécia por ocasião da comemoração dos 500 anos da Reforma, a Rádio Vaticano ouviu o Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos:

“O ecumenismo é muito importante para o Santo Padre. O Papa quer promover a união com todos os cristãos. Por isso, eu sou muito grato que o Santo Padre tenha aceitado este convite dos luteranos para vir aqui, à Suécia, para comemorar a Reforma. Pôde-se ver como o Santo Padre ficou muito feliz por isso. O Santo Padre ouviu tudo muito bem, especialmente os testemunhos de pessoas de diferentes regiões do mundo. E a sua resposta foi muito clara no sentido de encorajar a avançar, de não ter medo e ter a força para ver todos os desafios que se apresentam e superar essa realidade”.

Sobre a segunda-feira, dia histórico do Papa Francisco com os luteranos, ouvimos o Diretor de imprensa do Vaticano, Greg Burke:

“Foi um dia muito, muito exigente, mas também muito bonito. Sem dúvida, creio que seja uma das coisas mais bonitas! O Papa seguiu muito o seu discurso escrito, no entanto, em um momento – na parte da tarde – falou da “revolução da ternura”. E isso se vê realmente que tocou as pessoas... havia testemunhos de pessoas de diferentes partes do mundo, pessoas comprometidas. Ele ficou tocado com uma senhora que falou sobre a "loucura" e o Papa disse: sim, esta é a loucura daqueles que amam Jesus Cristo”. (SP)

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Formação



Dom Leonardo: "O rádio educa, cria cidadania e leva justiça"

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Cidade do Vaticano (RV) – Nosso espaço de aprofundamento de hoje é dedicado aos ouvintes do rádio. Nestes tempos em que a expansão da mídia digital representa um espaço de novas possibilidades, em que as organizações têm na tecnologia sua mais poderosa forma de controle, comunicação e troca de informação, nós, que nascemos como Rádio Vaticano, continuamos transmitindo ao vivo, via satélite, para todo o Brasil, das grandes metrópoles aos recantos mais isolados do nosso país-continente.  

Segundo dados do Ministério das Comunicações, o Brasil possui aproximadamente 3 mil emissoras de rádio.  

A RV tem uma forte e antiga parceria com a Igreja brasileira, passando também pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, na difusão e promoção da evangelização via rádio. Em visita recente a Roma, Dom Leonardo Steiner, Secretário-geral da CNBB, nos falou a respeito:

“Visitando algumas pequenas comunidades do interior da prelazia de S. Felix do Araguaia, me hospedando nas casas, o pessoal conseguia sintonizar com um fio de cobre a Rádio Nacional. Era a única maneira de haver uma ligação com o Brasil inteiro. Não havia luz elétrica, então todos os outros meios não existiam. Eles estavam sempre muito atentos e conseguiam acompanhar as questões do Brasil. Então o rádio continua sendo muito importante”. 

“A rádio de Brasília, que é da Arquidiocese, tem uma penetração extraordinária. Em Brasília, que tem tudo, todos os meios que quiser. O rádio continua muito importante, porque se escuta, pode continuar a fazer todas as suas coisas cotidianas e você está escutando: uma música, uma notícia, uma palavra amiga, as tragédias. Com o rádio está ligado, está em relação com o mundo todo. O rádio continua não só importante, mas continua um elemento educativo muito importante. O rádio educa, desperta, cria cidadania, leva justiça. A igreja no Brasil tem dado cada vez mais importância aos meios de comunicação. É claro que isso não basta, temos que nos abrir ainda muito mais a outros meios que existem e temos que estar muito mais presente nesses meios. Nossas notas da CNBB por exemplo não saem nos grandes meios de comunicação. Onde saem: no rádio. Nas rádios católicas, tvs católicas, mas deveríamos achar outros meios para que nossas notas, mensagens, o Evangelho chegassem a todas as pessoas”. 

“Às vezes, chego de madrugada em Brasília e vejo aquela multidão de luzes acesas e fico pensando: a palavra de Deus já chegou a essas pessoas todas. O rádio evangeliza, os meios evangelizam, mas o rádio tem um privilégio: é constante. Quando você se acostuma a certo timbre de voz, a certo tipo de música, você fica ligado. Então nós deveríamos achar outros modos hoje também para evangelizar e talvez até aprofundar e discutir melhor a evangelização por meio das nossas TVs, mas também em nossas rádios”.

“Numa determinada região, é através da rádio comunitária que as pessoas sabem da chegada do bispo, de mensagens, avisos. A única maneira de o pessoal se encontrar e saber das coisas é o rádio”.

Para ouvir toda a entrevista, clique aqui:

(CM)

 

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Lumen Gentium e Gaudium et Spes são complementares

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória Histórica, 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar, no Programa de hoje, a tratar dos documentos conciliares.

Inúmeras edições deste nosso espaço Memória Histórica têm sido dedicadas à Constituição dogmática Lumen Gentium, aquele que é considerado um dos grandes documentos do evento conciliar. No programa de hoje, o Padre Gerson Schmidt, que tem nos acompanhado neste percurso, relaciona esta Constituição dogmática com outro grande documento do Concílio: a Gaudim et Spes

"A Lumen Gentium e a Gaudium et Spes são duas Constituições do Concílio Vaticano II de fundamental importância. São dois pilares dos quatro de um grande edifício. As quatro grandes constituições: Lumen Gentium, Gaudium et Spes, Sacrosanctum Concilium e Dei Verbum – formam esses quatro pilares de uma grande obra edificada – o Concilio Vaticano II.

Indubitavelmente, LG e GS marcaram a vida da Igreja, porque significam uma nova concepção da Igreja em si mesma, na Lumen Gentium, e uma nova dinâmica de inserção da Igreja no mundo, seu papel, sua presença atuante no mundo, como é o empenho da Gaudium et Spes. Há nessas duas fundamentais Constituições uma nova autoconsciência de Igreja. Está presente nesses dois documentos do Concílio Ecumênico Vaticano II uma nova visão, um novo horizonte, um novo paradigma do que vem a ser a Igreja. A Igreja não é o Reino de Deus, mas faz parte dele.

A Gaudium et Spes é um prolongamento da Lumen Gentium. O Papa João XXIII assim expressou, quando falou de GS: “É o prolongamento da Constituição Lumen Gentium sobre a Igreja, e representa um esforço para o estabelecimento de diálogo entre a Igreja e o mundo, de maneira autêntica e realista. Em Lumen Gentium, a Igreja aprontou-se para falar ao mundo. E vai se tornando cada vez mais claro que, entre a Lumen Gentium e esta Constituição – a Gaudium et Spes - existe uma passagem da preparação para a ação, até a própria ação².

Quando se abordam esses dois documentos, está se falando do espírito do Vaticano II. Já na primeira Sessão, o Concílio foi levado a ser centrado no duplo tema: a Igreja em si mesma e a Igreja no mundo de hoje. Um tema é decorrência do outro³. O objetivo do concílio não foi o de fazer uma fazer uma grande apologética, em defesa da Igreja ou uma reivindicação de seus privilégios, mas, sim, de se fazer uma prestação de serviços à humanidade toda (4). Desse modo, a Igreja entra em diálogo com o mundo e o documento Gaudium et Spes é o sinal e o veículo desse diálogo no nosso tempo. Esse era o desejo dos dois Papas, João XXIII e Paulo VI, como este último declara no discurso de encerramento da terceira Sessão do Concílio (5). O Papa Paulo VI assim se expressou na conclusão da Lumen Gentium:

“E quiséramos, enfim, que também sobre o mundo profano, no seio do qual a Igreja vive e pelo qual está cercada, a doutrina da Igreja irradiasse algum reflexo atraente: deve ela, a Igreja, aparecer como aquele sinal no meio dos povos (Cfr. Is. 5, 26.), para oferecer a todos a orientação no seu próprio caminho em demanda da verdade e da vida. Como, efetivamente, cada um pode observar, a elaboração desta doutrina, atendo-se ao rigor teológico que a justifica e magnífica, nunca se esquece da humanidade que conflui na Igreja, ou que constitui o ambiente histórico e social em que se desenvolve a sua missão. A Igreja é para o mundo. A Igreja outro poder terreno não ambiciona para si senão aquele que a habilita a servir e à amar. Aperfeiçoando o seu pensamento e a sua estrutura, não visa ela a apartar-se da experiência própria dos homens de seu tempo, senão que, antes, tende acompreender este melhor, a melhor lhes compartilhar os sofrimentos e as boas aspirações, a confortar melhor o esforço do homem moderno em mira à sua prosperidade, à sua liberdade, à sua paz (6).

A Igreja, embora realidade divina por vontade do de Jesus Cristo, é para o mundo, criada para exercer sua missão como sacramento universal de Salvação. Não pode apartar-se da experiência própria dos homens de seu tempo, onde atua, está mergulhada, onde exerce sua missão de evangelizar, que seja de fato um sinal no meio dos povos, não fora deles. É tão natural para a Igreja ser missionária quanto para a luz iluminar. Se a luz não ilumina, não é luz. Da mesma maneira, se não é missionária, a Igreja não é Igreja. O Papa Paulo VI escreveu que a pessoa evangelizada, espontaneamente evangeliza, como luz que se difunde, como água que transborda, como fogo que se alastra, como fermento que leveda".

 

¹ Baseado literalmente no texto de Pe. Geraldo B. Hackmann, “A IGREJA DA LUMEN GENTIUM E A IGREJA DA GAUDIUM ET SPES”, com as devidas referências também das notas e fontes usadas, com adaptações pessoais para programa radiofônico. Cf. http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/teo/article/viewFile/1713/1246.

² Apud M. G. MCGRATH, Notas históricas sobre a Constituição Pastoral “Gaudium et Spes”. In G. BARAÚNA, A Igreja no mundo de hoje. Petrópolis: Vozes, 1967, p. 137.

³ M. G. MCGRATH, op. cit., p. 138.

4 A. AMOROSO LIMA, Visão panorâmica sobre a Constituição Pastoral Gaudium et Spes. In G. BARAÚNA, op. cit., p. 162 e 166.

5 Cf. E. LORA E B. TESTACCI (a cura), Enchiridion Vaticanum v. 1. Bologna: Dehoniane, 1993, p. 193.

6 DISCURSO DO PAPA PAULO VI NA CLAUSURA DA TERCEIRA SESSÃO DO CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, 21 de Novembro de 1964.

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Atualidades



Praticar a misericórdia: Projeto Vincular chega ao Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – A edição desta quarta-feira (02/11) do “Porta Aberta no Ano da Misericórdia” é dedicada a um projeto brasileiro que foi apresentado no Vaticano.

Trata-se do “Projeto Vincular”, promovido pela Comunidade dos Viventes. A iniciativa foi apresentada num simpósio dedicado à juventude mundial, realizado nos dias 31 de outubro e 1º de novembro, no Vaticano, convocado pela Pontifícia Academia das Ciências Sociais e pelas Nações Unidas.

Durante o encontro, os jovens apresentaram iniciativas que promovem o desenvolvimento sustentável. De 50 projetos, dois foram escolhidos para participar da Conferência Mundial sobre o Clima (COP22), que será realizada entre os dias 7 e 18 de novembro em Marrakesh, no Marrocos.

O projeto brasileiro se classificou entre os 10 primeiros e seu representante, Gabriel Marquim, visitou a Rádio Vaticano e concedeu uma entrevista ao Programa Brasileiro. Ouça no link acima

Papa na Suécia

Nesta quarta-feira, Dia de Finados, o Papa não realizou a tradicional Audiência Geral, porque celebra a Santa Missa no cemitério de Prima Porta, na periferia de Roma. Francisco está de volta da Suécia, onde realizou nos últimos dois dias sua 17ª viagem apostólica internacional.

Antes da entrevista com Gabriel Marquim, é possível ouvir a análise desta visita que o correspondente da Rádio Vaticano, Jackson Erpen, preparou especialmente para o Programa Porta Aberta. 

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Signis Brasil lança reportagem sobre tragédia em Mariana

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Belo Horizonte (RV) - No dia 05 de novembro, a tragédia de Mariana completa um ano. O rompimento da Barragem de Fundão, localizada no município de Mariana (MG), arrasou o distrito de Bento Rodrigues e destruiu a vida de inúmeras famílias.

Para honrar a memória dos que morreram e dar voz aos sobreviventes, a Signis Brasil, com a colaboração da Rede Católica de Rádio (RCR), impressos, portais e televisões, deu vida ao projeto “Mariana – Um ano depois”, que conta com uma série de reportagens radiofônicas, um documentário televisivo e uma matéria especial para os veículos impressos.

A produção do conteúdo foi feita pela equipe da Rede Catedral de Comunicação Católica, da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG). Mais de dez profissionais estiveram envolvidos no trabalho, e foram a campo no local da tragédia durante uma semana para mostrar a extensão das perdas em Bento Rodrigues, que vão muito além do aspecto material.

A vida em comunidade também foi destruída. Nesse cenário de desolação, a fé e a espiritualidade foram elementos fundamentais para manter a união e a esperança de uma população que sonha com a reconstrução de suas vidas.

O documentário multimídia será veiculado em 230 emissoras de rádio espalhadas pelo Brasil, publicado em onze títulos impressos, e transmitido em oito TVs de inspiração católica, além dos sites desses veículos e suas respectivas redes sociais.

Para o coordenador de Produção da TV Horizonte, Francisco Vilela, “a pauta conjunta, que vem sendo consolidada a cada semestre com os meios de comunicação católicos, nasceu em uma reunião da Signis Brasil. O objetivo do documentário é mostrar o dia a dia destas pessoas que foram afetadas pelo rompimento da barragem. Não ficamos focados nos dados mais técnicos, quisemos extrapolar um pouco mais e mostrar de perto o que estas pessoas estão passando”, explica Vilela.

O jornalista João Eugênio ficou especialmente impressionado. “Quando cheguei a Bento Rodrigues, eu fiquei paralisado. Lembro que cada um da equipe ficou caminhando sozinho pela cidade em silêncio, imerso nos próprios pensamentos. Era um silêncio muito denso, somente perturbado por um barulho de máquina, e tudo era da mesma cor laranja muito forte: paredes, chão e plantas. Penso que conseguimos compartilhar um pouco das desolações das pessoas de que perderam tudo porque fomos a Bento e conversamos com várias dessas pessoas. Todo mundo fala de Bento com muito amor”, conta. 

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Dia de Finados: recordação e oração pelos nossos entes queridos

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Cidade do Vaticano (RV) - «Celebramos hoje todos os fiéis que já realizaram sua Páscoa, isto é, já passaram para a eternidade, plenamente felizes, já estão na Casa do Pai. Todos nós fomos criados para vivermos eternamente a felicidade, amando a Deus e sendo amados por Ele. 

É um momento de reflexão sobre o sentido da existência humana, de onde vem e para onde vai. É uma ocasião em que a arrogância e a prepotência devem ceder lugar à humildade e o ser humano reconhecer que, apesar de sua grandiosidade é finito. Teve início e terá fim, basta olhar para aqueles que nos cercavam e agora não mais estão ao nosso lado. Também, deveremos pensar em nós, em nosso futuro, em nosso destino definitivo. Mais cedo ou mais tarde, isso acontecerá.

Exatamente por causa dessa certeza, devemos viver bem, em harmonia com todos e preparando nossa morada definitiva. Se a morte é certa, quando ela ocorrerá e de que modo, é uma incerteza. Com ela acabam disputas, vanglórias, riquezas, partidarismos políticos, ideologias, classes sociais, tudo.

Só permanece aquilo que foi realizado por amor e com amor porque o amor é eterno, o Amor é Deus, Deus é Amor! Mesmo o homem mais inteligente e mais rico só levará para o além túmulo aquilo que fez por causa do Amor. O mais se tornará cinzas e irá, com o passar do tempo, para o esquecimento, como nos mostra o que restou de tantos que se julgavam influentes e que até o nome esquecemos.

O dia de hoje é marcado pela saudade, pela presença da ausência de tantos entes queridos. Mas essa saudade é um sentimento doce, sofrido, mas doce. Recordamos, isto é, trazemos ao coração, a lembrança de pais, filhos, irmãos, avós, amigos, vizinhos, colegas, conhecidos que marcaram com suas presenças nossa vida, nosso dia-a-dia.

Se o nosso relacionamento com eles foi bom, dentro do amor, do carinho, dentro da compreensão e do perdão, o dia de hoje será consolador. Será grato fazer essa recordação. Sofremos a saudade, é verdade, mas não nos desesperamos, porque não desperdiçamos a oportunidade de bem conviver e de amar.

Sabemos que um dia nos reencontraremos e juntos, viveremos a eternidade com Deus.

O Céu é o local de encontro, onde nossos entes queridos nos aguardam para a vida feliz, em Deus, para sempre amando e sendo amado!

Continuemos fazendo o bem, vivendo os ensinamentos cristãos. Eles são o passaporte para chegarmos à Pátria definitiva.

Jesus Cristo, Maria e os nossos queridos que já nos precederam, aguardam por nós. Não os decepcionemos!»

 

(Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o Dia de Finados)

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