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Sumario del 04/11/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa celebra missa em sufrágio de cardeais e bispos falecidos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa presidiu na manhã desta sexta-feira (04/11), na Basílica Vaticana a uma celebração Eucarística em sufrágio dos Cardeais e Bispos que faleceram no decorrer destes últimos 12 meses.

São eles: Cardeal George-Marie-Martin Cottier, OP, aos 93 anos, em 31 de março; Cardeal Giovanni Coppa, aos 90 anos, em 16 de maio; Cardeal Loris Francesco Capovilla, aos 100 anos, em 26 de maio; Cardeal Silvano Piovanelli, aos 92 anos, em 9 de julho; Cardeal Franciszek Macharski, aos 89 anos, em 2 de agosto; Cardeal Carlo Furno, aos 94 anos, em 9 de dezembro de 2015.

Em sua homilia, Francisco partiu do Salmo 102: “Misericordioso e piedoso é o Senhor”, convidando os presentes a confiarem os Cardeais e Bispos, falecidos nestes últimos doze meses, à bondade misericordiosa do Pai, e renovando o nosso reconhecimento pelo seu testemunho cristão e sacerdotal.

Piedade

“O mês de novembro, que a piedade cristã dedica à recordação dos fiéis defuntos, suscita na Comunidade eclesial o pensamento da vida além da morte e, sobretudo, o pensamento do encontro definitivo com o Senhor. Como Juiz, cujas características são a misericórdia e a piedade, julgará o nosso percurso terreno”.

O caminho para a Casa do Pai, disse o Papa, começa para cada um de nós no mesmo dia em que abrimos os olhos à luz e, mediante o Batismo, à graça. Uma etapa importante para os sacerdotes e bispos começa com a sua adesão “eis-me aqui” na ordenação sacerdotal. Na hora da morte, são pronunciadas pronunciamos novamente nosso “eis-me aqui”, unidos a Jesus que morreu, confiando seu espírito ao Pai.

“À luz do Mistério pascal de Cristo, a morte destes nossos irmãos é, na verdade, a sua entrada na plenitude da vida, Eles foram pastores do rebanho de Cristo e dedicaram toda a sua vida a Deus e testemunharam aos irmãos o amor de Cristo, mediante a palavra e o exemplo”.

Assim, concluiu Francisco, nós continuaremos a senti-los pressentes na Comunhão dos Santos, à espera do encontro definitivo com a Face luminosa e misericordiosa do Pai.

(MT)

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Intenção universal do Papa: Solidariedade com os refugiados

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco pede, neste mês de novembro, ao Apostolado da Oração e a toda a Igreja para rezar pela seguinte Intenção Universal:

“Para que os países que acolhem um grande número de deslocados e refugiados sejam apoiados no seu empenho de solidariedade”.

Com efeito, o Papa se pergunta: “Pode um país enfrentar sozinho as dificuldades provocadas pela emigração forçada?”. E responde que é preciso passar da indiferença e do medo à aceitação do outro, porque poderia ser qualquer pessoa a viver essa realidade.

Francisco pede também para rezar, neste mês de novembro, na seguinte intenção pela Evangelização:

“Para que, nas paróquias, os sacerdotes e os leigos colaborem no serviço à comunidade sem ceder à tentação do desânimo”.

Intenções mensais

Cada mês, o Pontífice confia ao Apostolado da Oração duas intenções de oração: Universal, com temáticas que apelam a todos os homens e mulheres de boa vontade, não só aos católicos; e pela Evangelização, mais centrada na vida da Igreja e na sua missão evangelizadora.

São cerca de 40 milhões de pessoas no mundo inteiro que rezam pelas intenções mensais do Papa. Associar-se a esta família de todas as línguas e culturas é passar a fazer parte de uma rede mundial centrada no Coração de Jesus e unida pelas intenções de oração do Papa.

Sentido da oração

Assumindo as propostas de oração do Santo Padre, somos chamados a viver a coerência entre a oração e a vida. Rezar é fundamental, mas deve transformar-nos, levando-nos a agir de acordo com a nossa oração.

Rezar pelas intenções do Papa abre o nosso olhar e o nosso coração aos problemas do mundo, tornando nossas as alegrias e as esperanças, as dores e os sofrimentos de todos os nossos irmãos e irmãs. Fazê-lo como membro de uma rede mundial de oração torna presente no nosso quotidiano a universalidade da Igreja. (MT)

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Papa a bispos franceses: Novos caminhos de esperança e misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) – “Ajudar os cidadãos franceses a fortalecer a esperança e buscar o bem comum". Esta foi a mensagem escrita pelo Papa Francisco e assinada pelo Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, enviada à Plenária dos bispos franceses, realizada esta sexta-feira (04/11) em Lourdes.  

O Papa recordou que a França vive em um "contexto ainda marcado" pelos graves atentados que abalaram o país e na perspectiva de eleições importantes.

Neste contexto, Francisco encoraja os prelados a ajudarem os habitantes do país a fortalecer a sua esperança e a contribuir na busca do bem comum.

“Possam também vocês – completou -  trabalhar pela vocação sacerdotal e manifestar vossa solicitude pastoral pelos jovens para os ajudar a descobrir seu projeto de vida e a realizá-lo com alegria”.

Em seguida, lembrando o sexagésimo aniversário de Missão Operária, Francisco pediu para os prelados “terem a coragem de chegar a todas as periferias que têm necessidade do Evangelho".

Por fim, na proximidade da conclusão do Ano Jubilar, o Papa pediu aos bispos para que abram novos caminhos para que os próximos anos sejam de misericórdia para ir ao encontro de cada um, oferecendo o amor e a ternura de Deus.

(LV)

 

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Cardeal Filoni: sacerdócio não é profissão

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Lilongwe (RV) - O Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Fernando Filoni, se encontra no Maláui como envido do Papa Francisco a esta nação africana para a consagração, neste sábado (05/11), da Catedral Maula, na Diocese de Lilongwe, capital. 

Gratidão e incentivo à Igreja no Maláui foram expressos pelo purpurado na homilia da missa celebrada na tarde desta quinta-feira (03/11), na capital, que contou com a presença do Arcebispo de Lilongwe, Dom Tarcisius Ziyaye. 

O Cardeal Filoni reconheceu os esforços incansáveis da comunidade católica em sustentar a Igreja e a sociedade malauiana, um dos países mais pobres do mundo. Ele encorajou a levar adiante “o bom trabalho da evangelização com fervor renovado e dedicação, ajudando uns aos outros a buscar e encontrar o Bem Supremo, Jesus Cristo”.

Evangelização

“A evangelização é um tema relevante e sempre será, porque a Igreja é missionária por natureza”, disse o purpurado, que solicitou os sacerdotes, religiosos e religiosas a “manterem viva a chama da caridade” em seus corações, atentos a três coisas: vida espiritual, moral e ministerial.

 O purpurado recordou aos sacerdotes que “o sacerdócio não é uma profissão ou uma função burocrática” a ser desempenhada por um determinado tempo, mas “uma maneira de vida e não um trabalho”. 

Em relação ao celibato disse que “esta escolha de vida deve ser considerada no contexto da ligação forjada em cada ordenação ou profissão religiosa. O celibato deve ser acolhido com a decisão livre que precisa ser continuamente renovada, conscientes da fraqueza da condição humana”. “Os sacerdotes são chamados a viver radicalmente o Evangelho na sequela de Jesus: casto, pobre e obediente”, recordou. 

O Cardeal Filoni ressaltou a exigência de uma vida de oração humilde e fiel para os religiosos e religiosas chamados ao voto de castidade.

 O último aspecto mencionado pelo prefeito do dicastério missionário foi o do compromisso ministerial nas paróquias, hospitais, escolas e vários campos da evangelização, com relevância particular aos marginalizados, migrantes e escravos de nossos tempos.

Programa da visita

Nesta sexta-feira (04/11), o purpurado foi a Mzuzu, onde celebrou a missa. Na parte da tarde irá a Karonga, onde será acolhido pelas crianças da Pontifícia Obra da Infância Missionária. Na manhã deste sábado (05/11), está previsto o rito de consagração da catedral, dedicada a São José Operário, e depois o encontro com os bispos. 

No domingo, 6 de novembro, o Cardeal Filoni voltará a Lilongwe e ali celebrará a missa na Paróquia de São Patrício, onde encontrará os leigos. 
Na manha de segunda-feira (07/11), depois da visita ao Centro Madre Teresa, o Prefeito do dicastério missionário partirá para Lusaka, na Zâmbia, e na parte da tarde se encontrará com os bispos.
 
Na terça-feira, 8 de novembro, celebrará a missa no Seminário Maior de St. Dominic, e depois se encontrará com os formadores dos três seminários maiores. Na parte a tarde, a oração das Vésperas no mosteiro das Clarissas. 

Na quarta-feira, 9 de novembro, celebrará a missa na Catedral do Menino Jesus, e na parte da tarde presidirá a abertura do Fórum Católico Nacional
Na quinta-feira (10/11), o Cardeal Filoni celebrará a missa no convento das Irmãs de Madre Teresa e depois voltará para Roma. 

(MJ)

 

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Simpósio internacional recorda Bento XV, Papa da paz

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Cidade do Vaticano (RV) - Bento XV, no tempo da I Guerra Mundial, buscou de todas as formas fazer cessar o conflito que mudou para sempre o rosto do Velho Continente. Foi um profeta, e como habitualmente acontece com os profetas, não foi ouvido.

Teve início esta quinta-feira (03/11), em Bolonha – norte da Itália –, o Simpósio internacional sobre o Papa Giacomo della Chiesa (Bento XV 1914 – 1922). Estudiosos e especialistas refletirão e debaterão durante três dias sobre o Papa da paz.

Promovidos, entre outros, pelas dioceses de Bolonha e de Gênova e pela Fundação para as ciências religiosas “João XXXI”, os trabalhos foram abertos pelo cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin.

I Guerra Mundial: "tragédia inútil" e "suicídio da Europa"

Os grandes esforços de Bento XV, que recorria às chancelarias da Europa com a nova e inédita realidade da diplomacia vaticana, não evitaram o que ele mesmo chamou de “tragédia inútil” e “suicídio da Europa”.

Dez milhões de pessoas perderam a vida no conflito e uma quantidade ainda maior, sobretudo entre civis, sofreu a fome, privações e doenças. O Cardeal Parolin recordou a figura de Bento XV.

“Um Papa que foi diplomático no sentido mais alto do termo, afirmando com as palavras próprias de uma atividade delicada a solicitude pelo homem real e a vida concreta das comunidades civis e religiosas.”

Promover a paz, parte essencial da missão da Igreja

“Ao mesmo tempo, foi um Papa que experimentou concretamente que promover a paz não é algo extrínseco à missão da Igreja, mas parte essencial de sua missão diante da história e do Evangelho. No Papa Bento XV isso era um estilo.”

Bento XV escrevia em 1914: “A sabedoria cristã é aquilo que garante a tranquilidade e a estabilidade nas instituições”. Foi o que citou, por sua vez, o presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Angelo Bagnasco, que reiterou a mensagem ainda atual, deste Pontífice, para a Europa.

“Um povo sem alma de ordem espiritual não consegue ser um povo, ou seja, uma comunidade de vida e de destino, mas será um conglomerado de indivíduos, ou mesmo de Estados.”

E a propósito da situação internacional de hoje, o presidente dos bispos italianos acrescentou:

“As prementes palavras de Bento XV sobre o tema da paz encontram verdadeira ressonância e aprofundamento nas palavras do Papa Francisco. E infelizmente devemos dizer que ainda hoje precisamos tantos dessas palavras, mesmo em circunstâncias e numa situação histórica fortemente diferentes, porém, com preocupações que são muito análogas.”

Bento XV fez sua parte até o fim

Sua imensa obra, inclusive com a “Carta aos líderes das nações beligerantes”, datada em 1º de agosto de 1917, aos olhos do mundo parece um falimento. “Mas ele, mais do que os outros, pediu a Deus a sabedoria do coração para poder enxergar a história com os olhos das vítimas.” E fez a sua parte até o fim, também no âmbito caritativo, disse o bispo de Bolonha, Dom Matteo Zuppi.

“Estar ‘acima das partes’ não significa não dizer nada para evitar desagradar ou possíveis equívocos. É preciso ser determinados, e Bento XV nos ensina isso:

“Atores livres, que de modo inequívoco, mesmo a custo de reações – e ele suscitou muitas –, assumem com inteligência, com capacidade, a parte da paz, do diálogo, da consciência dos problemas, justamente porque partícipes e interessados somente pelo bem comum do homem e da única casa comum que a guerra coloca em perigo e destrói.” (RL)

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Igreja no Brasil



Carriquiry fala do impacto do Pontificado de Francisco no Brasil

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Brasília (RV) – O vice-Presidente da Pontifícia Comissão para América Latina (CAL), Guzmán Carriquiry encontra-se em visita ao Brasil, onde está fazendo conferências sobre “O Pontificado de Francisco: as surpresas de Deus, a alegria do Evangelho e a esperança dos povos”.

Carriquiry faz palestras desde o dia 3 até 11 do corrente, em Fortaleza, Brasília e Rio de Janeiro. Os eventos são promovidos pela Comunidade Shalom, com o apoio das Arquidioceses das respectivas capitais.

Guzmán Carriquiry Lecour, Primeiro Secretário da Pontifícia Comissão para América Latina, nomeado pelo Papa Francisco em maio de 2014, trabalha há mais de 40 anos na Santa Sé e foi colaborador ativo e próximo de Paulo VI, João Paulo I, São João Paulo II e Bento XVI.

Amigo e colaborador próximo do Papa Francisco, desde quando era Arcebispo de Buenos Aires, foi nomeado precisamente por este Pontífice, como primeiro leigo a ocupar o cargo de Secretário da Vice-Presidência da CAL. (MT/ACI Digital)

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Os bispos e a Rádio Vaticano: em sintonia, para chegar às pessoas

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Cidade do Vaticano (RV) - A Rede Católica de Rádio (RCR) é uma associação de emissoras vinculadas a instituições da Igreja católica, como arquidioceses, dioceses e congregações religiosas e grupos de cristãos leigos. 

O principal objetivo é promover a comunhão entre as emissoras, partilhando e colocando em comum, aquilo que é possível, a partir da realidade de cada uma, respeitando sempre a grande diversidade continental do Brasil e as características regionais.

Há muitos anos, a RCR é parceira da Rádio Vaticano, e nossos programas são retransmitidos por mais de 400 emissoras no país. Nossos hóspedes de hoje, por exemplo, são dois ouvintes ilustres. Começamos com Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília. Dom Sérgio foi bispo auxiliar em Teresina, no Piauí, aonde já se sintonizava conosco:

“Creio que não só no Nordeste, mas em todo o país, eu me recordo que havia sim como um dos principais meios de comunicação para que as pessoas pudessem estar ligadas com a Igreja, com o mundo, é sempre o rádio. E ali em Brasília isso também ocorre bastante. Posso testemunhar que eu também sou radiouvinte, porque na verdade em muitas ocasiões o rádio consegue fazer aquilo que outros meios ainda não conseguem. Então o fato de valorizar novas mídias, não significa deixar de valorizar o rádio. Pelo contrário, acho que o próprio rádio, como acontece com a RV, vai se atualizando cada vez mais  e procurando chegar cada vez mais ao coração de cada pessoa nas condições que nós vivemos hoje”.

Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador, ressalta a alegria das pessoas em receberem em suas casas a palavra do Papa:

Sempre vi uma emissora de rádio como uma paróquia – uma paróquia que abrange um território extra-diocese. A rádio forma uma cultura cristã católica. Acaba sendo uma companhia para o dia todo, principalmente para a dona de casa, o que sai de carro. É importante valorizarmos cada vez mais. E aí a vantagem: desde que a Rádio Vaticano conseguiu ser uma presença maior no Brasil foi uma graça e está sendo uma graça especial. Para as pessoas, dá muita alegria saber que estão ouvindo a voz do Papa ou ouvindo uma voz que está saindo de perto do Papa.

Concluindo a entrevista, o arcebispo Dom Sérgio da Rocha faz um reconhecimento à RV. Ouça clicando aqui:

(CM)

 

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Dom Alessandro Ruffinoni: acompanhar os migrantes brasileiros

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Cidade do Vaticano (RV) - O Bispo de Caxias do Sul (RS), Dom Alessandro Ruffinoni, coordenador da Pastoral dos Brasileiros no Exterior (PBE), vinculada à CNBB, se encontra em Roma e visitou a nossa emissora nesta sexta-feira (04/11). 

Dom Alessandro é italiano e vive há 46 anos no Brasil. É da Congregação dos Missionários de São Carlos fundada na cidade italiana de Piacenza, em 1887, pelo Beato João Battista Scalabrini, que se dedica fundamentalmente à atenção ao migrante.

O prelado conversou conosco sobre o motivo de sua vinda à Itália e sobre o seu trabalho na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

(MJ)

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Pastor Altmann: releitura de Lutero na América Latina

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco visitou a Suécia, esta semana, para a recordação conjunta dos 500 anos da Reforma Protestante e os 50 anos do diálogo oficial entre luteranos e católicos. 

Esta viagem do Pontífice foi vista como um gesto corajoso muito importante que o Papa Francisco quer dar aos cristãos e à humanidade.

A Igreja Luterana no Brasil organizou várias iniciativas para lembrar o reformador Martinho Lutero, iniciativas que vão desde a constituição de praças públicas, monumentos e jardins de Lutero em associação ao Jardim de Lutero criado na cidade de Wittenberg, passando por materiais didáticos e visuais que ilustram quem foi Lutero, o que ele ensinou para crianças, jovens e adultos.

O Pastor Walter Altmann da Igreja Luterana no Brasil nos fala hoje sobre o seu livro intitulado “Lutero e libertação. Releitura de Lutero em perspectiva latino-americana”.

(MJ)

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Comunidades negras participam da XX Romaria a Aparecida

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Aparecida (RV) - Neste sábado (5/11), as Comunidades negras de todo o Brasil vão participar da XX Romaria ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, chamada carinhosamente “Mãe negra” e “Mariama”.

Neste ano, o tema proposto é “O povo de Deus com o olhar da Mãe negra misericordiosa” e o lema “Com a Mãe Aparecida, amor e fé, rumo aos 300 anos”, em preparação à celebração do tricentenário do encontro da imagem da Padroeira no Brasil no rio Paraíba do Sul.

O objetivo desta XX edição da Romaria das Comunidades Negras Católicas é “resgatar a cultura, contemplando o rosto da Mãe Negra, a Mãe da Misericórdia, que se faz presente na nossa história triste e sofrida, mas também nas alegrias e nos desafios da nossa realidade”.

O assessor nacional da Pastoral Afro-Brasileira, Padre Jurandyr Azevedo Araújo, afirma: “Vamos até ao Santuário da Mãe Aparecida louvar a agradecer a oportunidade de caminharmos como comunidade de fé. Será uma caminhada de festa e alegria. Encontraremos outros caminheiros e celebraremos a Eucaristia com o nosso jeito de ser, rezar e celebrar a vida”.

Padre Jurandyr diz ainda que “a cada ano cresce a animação, a organização, a qualidade, a quantidade e o envolvimento de grupos da Pastoral Afro-Brasileira na Romaria. Temos que comemorar com muita alegria esses vinte anos de caminhada”.

O objetivo desta XX edição da Romaria das Comunidades Negras Católicas é “resgatar a cultura, contemplando o rosto da Mãe Negra, a Mãe da Misericórdia, que se faz presente na nossa história triste e sofrida, mas também nas alegrias e nos desafios da nossa realidade”. (MT/CNBB)

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Igreja na América Latina



Igreja venezuelana apoia um diálogo difícil

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Caracas (RV) – A Igreja venezuelana promove o diálogo entre governo e oposição, iniciado no último domingo em Caracas na presença do enviado do Papa, Dom Claudio Maria Celli.

Todas as partes – afirmou Dom Celli – estão convencidas de que o diálogo é o único caminho a se percorrido, mesmo porque, se não há o diálogo, há a violência e ninguém quer o aumento da violência. Mas as dificuldades não são poucas. Ouçamos o Arcebispo de Cumaná e Presidente da Conferência Episcopal da Venezuela, Dom Diego Rafael Padrón Sánchez:

“Neste momento o diálogo é o ponto central da atenção, tanto da Igreja quanto das pessoas. Existe uma diversidade de opiniões muito forte: por um lado existem aqueles que acreditam realmente no caminho do  diálogo; por outro, existe pelo contrário, uma grande maioria que não tem confiança no governo e que, mesmo acreditando no diálogo, não acredita no governo e pensa que não se chegará a nenhum resultado, porque no final não haverá a oportunidade de se ver aquelas mudanças estruturais que permitem mudar a situação de pobreza e de insegurança em que vivemos todos nós venezuelanos”.

RV: O Papa recebeu recentemente o Presidente Maduro e encorajou ao diálogo...

“Por tudo isto nós agradecemos a ele fortemente! Mas ao mesmo tempo – como disse antes – os venezuelanos em sua grande maioria não acreditam nas promessas que o Presidente fez e portanto não acreditam nem mesmo nos resultados do diálogo, porque não existe confiança no confiança no governo em função da estratégia adotada anteriormente, em diversos momentos da vida política do país. Não pudemos ter aquilo que esperávamos, porque o governo não manteve fé em suas promessas. Esta é a situação, uma situação difícil neste momento. O desafio maior para a Igreja é o de conseguir dar credibilidade ao diálogo, porque os venezuelanos não acreditam nem no governo, nem nas suas promessas”.

E sobre a Venezuela falou também o Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, à margem de um encontro que se realiza em Bolonha, dedicado ao Papa Bento XV.

“Aquilo que o Papa está fazendo é ajudar a superar a crise que atinge a Venezuela, uma crise política, social e econômica”, disse Parolin, e isto “com o método típico do Papa e da diplomacia vaticana que é o do diálogo”: “muitos não acreditam nisto – prosseguiu – mas nós esperamos que sim”.

Outro diálogo aberto pela Santa Sé é com a China em vista de um acordo sobre a nomeação de bispos. “Se está dialogando e se espera de poder chegar – afirmou o cardeal Secretário de Estado  ao ser interpelado por jornalistas – quando se dialoga sempre existe um pouco de progresso – acrescentou – mesmo se o caminho não é breve e requer paciência, tanta paciência”.

(je/am)

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Igreja no Mundo



Albânia: 38 mártires vítimas do comunismo serão beatificados

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Tirana (RV) – Neste sábado (05/11) em Scutari, na Albânia, o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato, presidirá a beatificação de 38 mártires, torturados e assassinados durante a ditadura comunista nos anos 40. Um regime ateu que matou católicos, ortodoxos e muçulmanos.

Entre os novos Beatos estão dois bispos, 21 sacerdotes diocesanos, 7 franciscanos, 3 jesuítas, um seminarista e quatro leigos. O Arcebispo de Scutari, Dom Angelo Massafra, recorda seus testemunhos aos microfones da Rádio Vaticano:

“Os mártires viveram as suas vidas, no entanto sofrendo injustamente, pois todos foram colocados na prisão e acusados injustamente de serem inimigos do povo, de serem sabotadores, de serem encrenqueiros, de serem espiões do Vaticano, etc; eram injustamente colocados na prisão também por uma palavra que fosse...havia este clima de terror que realmente desumanizou parte do povo albanês. E muitos foram assassinados, não somente da Igreja Católica, mas também muitos outros; mesmo que o ditador tenha se voltado sobretudo contra a Igreja Católica, matando a maior parte dos padres de então, colocando-os na prisão...alguns morreram também durante as torturas...”.

RV: O que significa para a realidade albanesa este testemunho tão luminoso e extraordinário que os mártires ofereceram naquele período de escuridão e de perseguições?

“A esperança de que Deus é Deus e está sempre próximo de quem sofre. Temos tantos testemunhos do fato de que estes mártires, no período em que estiveram presos, prestaram ajuda, deram apoio moral, econômico...alguns levavam a sua porção de comida, por pouca que fosse, aos outros, aos necessitados que sofriam pela fome, também para dar uma esperança a eles, consolá-los. Isto demonstra como Deus, também nas prisões, agiu por meio dos sacerdotes. E quando iam para ser fuzilados, nenhum teve sentimento de ódio ou de desespero; todos com o rosto sereno, decididos – certamente no sofrimento - de oferecerem-se a Deus e de serem fieis a Deus, à Igreja, ao Papa”.

RV: Neste sentido, o Ano da Misericórdia para a Igreja albanesa conclui-se da melhor maneira possível?

“Encerra-se na beleza, poderíamos dizer, porque realmente são dois anos muito bonitos que vivemos: com a vinda do Papa, há dois anos, depois em 2015 celebramos o 25º aniversário da primeira Missa celebrada no cemitério, portanto, a liberdade: foi o primeiro sinal de liberdade e nós cristãos o fizemos em Scutari, celebrando a Missa no cemitério. Mais tarde, foram abertas as mesquitas. E depois tivemos Madre Teresa, e assim já temos este dom... Depois, graças ao Papa Francisco, tivemos também o dom de um Cardeal, um dom inesperado. Assim, são todas coisas que trazem alegria. Por outro lado, demonstram também que aos dons é necessário responder com o compromisso; portanto, o compromisso nosso, da Igreja, dos fieis em corresponder aos dons que o Senhor nos dá”.

(je/dd)

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Igreja nos EUA lança campanha em prol de religiosos (as) e sacerdotes idosos

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Washington (RV) – “Doe aos que doaram suas vidas”. Este é o lema da campanha do Fundo para a Aposentadoria de Religiosos, iniciativa realizada todos os anos pela Conferência Episcopal dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), a partir do Escritório Nacional para a Aposentadoria de Religiosos (NRRO), que terá lugar nos dias 10 e 11 de dezembro na maior parte das paróquias do país.

A iniciativa  consiste em uma coleta com o objetivo de apoiar as necessidades dos sacerdotes, religiosos e religiosas idosas, especialmente aquelas que necessitam  ajuda e não podem receber assistência por parte de suas comunidades.

A NRRO se encarrega de distribuir os fundos coletados nas diferentes comunidades, que os utilizam para reforçar as poupanças e também para subsidiar seus  gastos diários, como cuidados de enfermaria e medicamentos.

Da mesma forma, o Escritório para a Aposentadoria de Religiosos destina fundos adicionais para ajudar as comunidades mais necessidades. Uma parte da coleta também é destinada para educar no planejamento da aposentadoria e na prestação de diversos serviços para os idosos.

“Os donativos para o Fundo de Aposentadoria para Religiosos permite ao nosso escritório proporcionar ajuda financeira, recursos e programas educativos que ajudem às comunidades religiosas reduzir os déficits financeiros e planejar suas necessidades de aposentadoria a longo prazo”, explica a Irmã Stephanie Still, Diretora Executiva da NRRO.

A coleta foi implementada pelos bispos estadunidenses em 1988 com o objetivo de dar uma solução à significativa falta de recursos para a aposentadoria dos religiosos no país. Desde que teve início, a coleta já arrecadou mais de 785 milhões de dólares por meio de doações de católicos.

Atualmente, beneficiam-se desta iniciativa 33 mil religiosas, religiosos e sacerdotes, cujas comunidades carecem de fundos suficientes para financiar suas aposentadorias.

Em 2015, a coleta arrecadou 30,7 milhões de dólares, o que permitiu à NRRO distribuir 25 milhões a 401 comunidades religiosas de diferentes pontos dos Estados Unidos.

Não obstante a grande generosidade dos fieis, a Igreja dos Estados Unidos incentiva para que a coleta de 2016 seja ainda maior, devido às grandes demandas a serem supridas.

“As comunidades religiosas - explica uma nota da USCCB - são financeiramente autônomas e portanto responsáveis pela atenção e o apoio a seus membros. Historicamente, os irmãos e irmãs e sacerdotes de Ordens religiosas, conhecidos como religiosas e religiosos, desempenharam seus ministérios em troca de compensações financeiras muito baixas. Como resultado, muitas comunidades agora carecem de fundos para a sua  aposentadoria. O aumento do custos dos cuidados médicos e a perda considerável de entradas pela redução na quantidade de religiosos que podem continuar seu ministério em posições pagas, agravou a escassez de fundos”, explica uma nota da USCCB.

(je/gaudiumpress)

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Atualidades



Bartolomeu I sobre Cop 22: passos positivos, mas poucos progressos

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Istambul (RV) - O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, escreveu uma mensagem em vista da 22ª sessão da Conferência das Partes da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças Climáticas (Cop 22) que se realizará 7 a 18 deste mês, em Marrakesh, no Marrocos.

“Depois de vinte e dois anos chegou, finalmente, o momento para todos nós de ver os rostos humanos que sofrem por causa do impacto de nossos pecados ecológicos. Não é somente uma questão de quem é culpado ou quem deveria remediar. Não é simplesmente questão de se ou porque devemos mudar. E não é certamente um problema de como alguns podem continuar tirando proveito ou como podemos reduzir ao mínimo a mudança climática. Trata-se de seres humanos, todos nós, mas sobretudo os últimos, os vulneráveis ou marginalizados entre nós que são atingidos injustamente e irreversivelmente”, ressalta o patriarca na carta.

“A reunião”, afirma o patriarca ecumênico, “é uma ocasião para se alegrar porque as nações do mundo responderam ao apelo urgente, feito em Paris, de enfrentar e aprovar com confiança a agenda que temos em frente. Mas Cop22, por vários motivos, nos recorda dolorosamente que 197 partes ratificaram até agora uma convenção implementada depois da Cúpula sobre a Terra no Rio em 1992.

Desde então, um série de protocolos e acordos levaram a várias negociações e decisões durante as 22 sessões internacionais das convenções das Nações Unidas. “Fizemos passos positivos. Todavia, poucos progressos. Certamente, não chamados à reponsabilidade as nossas nações sobre as resoluções alcançadas ou sobre as violações perpetradas”, ressalta ainda Bartolomeu I. 

“Vinte e dois anos são um  período de tempo inaceitavelmente longo para responder à crise ambiental, sobretudo a partir do momento em que estamos conscientes de sua ligação estreita e inseparável com a pobreza, migração e conflitos. Vinte e dois anos são um período  injustificavelmente interminável para enfrentar a difusão dos combustíveis fósseis, enquanto os cientistas nos dizem que temos menos de duas décadas não somente para reduzir, mas para substituir com as energias renováveis”, frisa ainda o patriarca. Bartolomeu I critica os governos e as empresas que prosseguem há anos a mesma política, assim como os indivíduos que, com arrogância, perpetuam as mesmas práticas.

O patriarca conclui a mensagem com uma oração humilde e audaz a fim de que “todas as partes na Cop 22 reconheçam e respondam aos grandes desafios relacionados às mudanças climáticas. Uma maneira poderia ser o implementar o acordo Cop 21 de Paris sem mais atrasos”.

(MJ)

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Assemblea da RENATE sobre tráfico humano em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) -  “Para combater com eficácia este câncer de nosso século, é necessário enfrentar com decisão o problema dos clientes, promulgar a lei que os puna”. É o que defende a Irmã Monica Chikwe, religiosa empenhada na luta contra o tráfico de pessoas, e que pronunciou-se no final da manhã desta sexta-feira no briefing organizado na Sala de Imprensa da Santa Sé, por ocasião da apresentação da II Assembleia da RENATE (Religious in Europe Networking Against Trafficking and exploitation).

A Assembleia da RENATE intitulada “Endings traffickin begins with us”, terá lugar em Roma de 6 a 12 de novembro do corrente.

“Se não existissem os consumidores, isto é, os clientes, os traficantes secariam como erva no deserto, porque ninguém compraria os seus produtos, portanto, também, eles mudariam de atividade. Assim, concluo dizendo que se cessasse a demanda, automaticamente acabaria o tráfico de seres humanos com fins sexuais. Nenhuma demanda, nenhuma oferta – No demand, no supply”, afirma religiosa.

“Na Sagrada Escritura – conta a religiosa – os fariseus apresentam a Jesus uma mulher pega em flagrante adultério, e que, segundo a lei, deve morrer. Me pergunto: se Maria Madalena é em flagrante adultério, onde está o homem? Também hoje, quando se fala do tráfico de seres humanos para exploração sexual, se ignora o fator que alimenta fortemente este fenômeno e se foca sempre na mulher, denominada vítima”.

“Sim, é verdade – continuou Irmã Monica -  é vítima da paixão do homem: a mulher não se prostitui sozinha, mas por trás de cada prostituta existem dezenas e dezenas de homens que a usam e a jogam fora. No âmbito deste fenômenos da escravidão moderna, o cliente permanece um fator determinante, é aquele que sustenta o andamento do mercado, porque a demanda está em contínuo aumento, de modo embaraçante. Os traficantes usam todos  os meios e as estratégias possíveis para atender a tal demanda. Neste contexto, a lei de mercado é perfeitamente aplicável”.

“A pergunta permanece: quem é o cliente? Como pode der reconhecido? A que classe social pertence? Que idade tem? Certamente os clientes não são pessoas sem teto, porque uma prostituta não os aceitaria; não são nem mesmo portadores de necessidades mentais ou físicas, pois não teriam dinheiro para pagar pelo serviço”, observa a religiosa.

“Os clientes – diz ela – são homens de bem, pais de família, empregados, elegantemente vestidos com  gravata e também jovens de 18 anos. O cliente, neste fenômeno, não conhece classe social, idade. Por exemplo, para fazer um despeito à prostituta, um grupo de jovens entra no carro e vai até a Via Salaria, chega e estaciona. Um deles, descendo do carro, vê o carro de seu pai e fica chocado porque ver o pai com uma prostituta é um choque não indiferente para um filho”.

“Tantos matrimônios – considera ainda Irmã Monica -  hoje acabam mal precisamente porque o homem gasta para pagar serviços sexuais com prostitutas, com  aquilo que a sua família usaria para pagar as contas. E depois que usou a prostituta, sua mulher em casa não tem mais valor. Assim o amor diminui inexoravelmente até desaparecer totalmente e pode-se chegar até mesmo a eliminar a mulher. Isto explica o porquê de tantos feminicídios que assistimos a cada dia”.

“Outro exemplo – contou a religiosa – um dia um empregado sai pela rua com uma prostitua para um serviço. Enquanto estão juntos, toca o celular: é sua mulher, que chama para saber quando o marido volta para casa. O homem responde: “Estou ainda no escritório, hoje tenho tanto trabalho para fazer, assim que eu acabar te chamo”. Então a prostituta diz pro homem: “Que amor tens pela tua mulher? Ela expressa tanto amor por ti e tu diz a ela tantas mentiras”.

Estavam presentes no encontro, além da Irmã Chikwe, que falou do fenômeno do mercado do tráfico, a Irmã  Imelda Poole, IBVM, Presidente da RENATE Network, que falou sobre a propagação do fenômeno do tráfico e a Sra. Ivonne Vandekar, que expôs o funcionamento da rede RENATE.

Aos jornalistas presentes na Sala de Imprensa foi apresentado o seguinte vídeo:

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Caritas Internacional: em conjunto com os luteranos

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Estocolmo (RV) - “Damos um passo importante no caminho da união quando trabalhamos em conjunto, em prol dos mais necessitados”.  Assim disse o Secretário-geral da Caritas Internacional, Michel Roy, ao firmar uma declaração de intenções com o Serviço Mundial da Federação Luterana, comprometendo-se a trabalhar em conjunto pela paz, justiça, refugiados, migrantes e desenvolvimento sustentável. A cerimônia foi realizada no último dia 31 de outubro como parte do evento ecumênico em Malmö, na Suécia.  

O documento assinado na presença do Papa Francisco e do presidente da Federação Mundial Luterana marcou o início do trabalho conjunto em defesa dos mais vulneráveis. O acordo é comum entre as duas igrejas que buscam a plena comunhão. Em seu pronunciamento, Michel Roy revelou que a Caritas Internacional já havia trabalhado em conjunto com o Serviço Mundial da Federação Luterana em situações emergentes. “Já havíamos nos encontrado, mas não de forma planejada. Desta vez, montamos uma estratégia com um mesmo testemunho cristão”, disse. 

Quais são os acordos desta declaração?

O objetivo do acordo é promover a ampliação do número de setores em defesa dos migrantes e refugiados. Nos locais onde há atuação da Federação Mundial Luterana, existe a possibilidade do aumento da cooperação com a Caritas local. Além disso, é também a intenção do acordo, promover a paz e a reconciliação a partir das diferentes experiências das duas Igrejas. A católica, por exemplo, tem contribuído muito, especialmente nas áreas mais afetadas pela guerra, através da Pastoral Social Caritas Colombiana. No âmbito internacional, já existe uma ligação com as Nações Unidas em Genebra e também em Nova York, mas a ideia é avançar ainda mais a partir da união das duas Igrejas, levando esta iniciativa às situações emergenciais para assim auxiliar na realização dos objetivos de desenvolvimento sustentável. (LV)

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"A comida da misericórdia" no contexto do Ano Jubilar

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Roma (RV) – “A comida da misericórdia” é o tema do encontro a ser realizado na Pontifícia Universidade Gregoriana na próxima quarta-feira, 9 de novembro, numa promoção da ONG Fundação Internacional “Don Luigi Di Liegro”, com o patrocínio da Região Lácio para o Jubileu.

Por ocasião do Jubileu da Misericórdia é importante recordar que a comida é o gesto social por excelência, o gesto da comunidade no seu encontrar-se, no fazer memória e fazer festa, diz o comunicado dos organizadores. “A mesa é o lugar, às vezes silencioso, às vezes barulhento, de comunicação, troca, comunhão e alegria. A comida é alimento para a convivência, para uma dimensão do coração e do intelecto, que nos faz estar bem com os outros, mesmo se diferentes de nós”.

Para aprofundar estas considerações no contexto dos temas e das finalidades jubilares e para levá-las ao conhecimento de um público mais amplo, o Prior da Comunidade Monástica de Bose, Enzo Bianchi, proferirá uma lectio brevis que será seguida por uma entrevista de aprofundamento conduzida por Paolo Conti, do Corriere dela Sera. O religioso está comprometido neste tema com escritos e a prática concreta.

O encontro será coordenado pelo jesuíta Padre Sandro Barlone, Diretor do Centro Fé e Cultura  “Alberto Hurtado”, e Presidente da Fundação Internacional “Don Luigi Di Liegro”

“Entre as tantas revoluções feitas por Jesus – explica o Prior Enzo Bianchi – está também aquela de ter revolucionado o modo de conceber o alimento. Também à mesa Jesus nos ensinou a viver neste mundo e nos contou histórias e parábolas que falam de comida. Jesus amava a mesa como lugar de encontro com os homens e com as mulheres, amava a mesa como ocasião de louvor, bênção e agradecimento a Deus. Sobretudo amava a mesa como promessa de vida e de paz para todos”.

Três anos após a ‘deadline’ fixada para se alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (OSM) das Nações Unidas, entre as quais foi prevista a redução de dois terços da taxa de mortalidade abaixo de 5 anos entre 1990 e 2015, e não obstante a melhoria dos últimos anos, a sobrevivência de crianças em alguns países do mundo ainda é um desafio, condicionada pelo acesso e pela disponibilidade de alimento.

Dados mais atualizados indicam que ainda hoje 6,9 milhões de crianças morrem antes de completar 5 anos, um em cada três devido à má nutrição.

(JE)

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Líderes de comunidades religiosas de Israel fazem apelo contra a guerra

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Auschwitz (RV) - “Lançamos um apelo a todos os responsáveis do mundo a fim de que em seus países e mediante a Onu atuem com incessante determinação contra o antissemitismo e o ódio aos outros, que novamente levam as sociedades modernas a sofrer”: foi o que declararam esta quarta-feira (02/11), na Polônia, os chefes de todas as comunidades religiosas oficialmente reconhecidas em Israel.

Com a visita ao museu do campo nazista de Auschwitz, a delegação composta por judeus, muçulmanos, cristãos, drusos e representantes de outras comunidades religiosas concluiu sua viagem de quatro dias a Varsóvia e Cracóvia, promovida pelos bispos poloneses e pelas autoridades israelenses.

Religiões não sejam utilizadas como pretexto para violência e terror

“A visita representa um apelo a fim de que a religião não seja utilizada como pretexto para violência e terror, como se verifica em Israel”, afirmou a embaixadora israelense na Polônia, Anna Azari.

Por sua vez, o porta-voz dos bispos poloneses, Pe. Pawel Rytel Andrianik ressaltou que o apelo dos chefes religiosos da Polônia, “país que mais do que os outros sofrera durante a II Guerra Mundial”, retoma as palavras do Papa Francisco sobre o “novo conflito global” definido “uma guerra em pedaços”, refere a agência Sir.

Ressaltando o valor histórico da visita, o representante do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Ron Brummer observou:

“Foi a primeira vez em que os representantes de todas as religiões professadas em Israel reconheceram, juntos, a dramática história dos judeus.” (Sir – RL)

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1 ano da tragédia de Mariana; ONU pede ação urgente

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Rádio Vaticano (RV) – No aniversário de 1 ano da tragédia de Mariana, um grupo de especialistas em direitos humanos das Nações Unidas pede uma ação imediata para solucionar os impactos ainda persistentes do colapso letal da barragem de rejeitos de mineração da Samarco, ocorrido no dia 5 de novembro de 2015.  

Na declaração, os especialistas destacaram vários danos ainda não solucionados, dentre eles o acesso seguro à água para consumo humano, a poluição dos rios, a incerteza sobre o destino das comunidades forçadas a deixar suas casas, e a resposta insuficiente do Governo e das empresas envolvidas.

Resposta imediata

“Na véspera do primeiro aniversário do colapso catastrófico da barragem, de propriedade da Samarco, instamos o governo brasileiro e as empresas envolvidas a darem resposta imediata aos numerosos impactos que persistem, em decorrência desse desastre".

"As medidas que esses atores vêm desenvolvendo são simplesmente insuficientes para lidar com as massivas dimensões dos custos humanos e ambientais decorrentes desse colapso, que tem sido caracterizado como o pior desastre socioambiental da história do país".

Após um ano, muitas das seis milhões de pessoas afetadas continuam sofrendo. Acreditamos que seus direitos humanos não estão sendo protegidos em vários sentidos, incluindo os impactos nas comunidades indígenas e tradicionais, problemas de saúde nas comunidades ribeirinhas, o risco de subsequentes contaminações dos cursos de água ainda não recuperados, o avanço lento dos reassentamentos e da remediação legal para toda a população deslocada, e relatos de que defensores dos direitos humanos estejam sendo perseguidos por ação penal.

(rb/Onu)

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