Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 11/11/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: o amor cristão é concreto, não é amor de novela

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Cidade do Vaticano (RV) – O amor do cristão é concreto, não é o amor “soft” de uma novela. Foi o que afirmou o Papa Francisco na Missa celebrada na manhã de sexta-feira (11/11) na Casa Santa Marta. 

O Pontífice se inspirou nas leituras do dia para falar sobre a natureza do amor cristão. Antes de tudo, o Papa recordou o mandamento que recebemos do Senhor, que é caminhar no amor. "Mas de que amor estamos falando?", questionou. "Esta palavra é usada hoje para tantas coisas. Fala-se de amor num romance ou numa novela, de amor teórico."

O critério do amor cristão é a Encarnação do Verbo

Mas qual seria “o critério do amor cristão?” O critério, destacou ele, “é a Encarnação do Verbo”. E quem nega isso, quem não o reconhece é o "anticristo!”:

“Um amor que não reconhece que Jesus veio em Carne, na Carne, não é o amor que Deus nos comanda. É um amor mundano, é um amor filosófico, é um amor abstrato, é um amor pequeno, é amor soft. Não! O critério do amor cristão é a Encarnação do Verbo. Quem diz que o amor cristão é outra coisa, este é o anticristo! Que não reconhece que o Verbo veio na Carne. E esta é a nossa verdade: Deus enviou o seu Filho, se encarnou e fez uma vida como nós. Amar como Jesus amou; amar como Jesus nos ensinou; amar com o exemplo de Jesus; amar, caminhando na estrada de Jesus. E a estrada de Jesus é dar a vida”.

“A única maneira de amar como Jesus amou – prosseguiu o Papa – é sair continuamente do próprio egoísmo e ir a serviço dos outros”. E isso porque o amor cristão “é um amor concreto, porque concreta é a presença de Deus em Jesus Cristo”.

As ideologias sobre o amor escarnecem a Igreja

Francisco advertiu que quem vai além desta “doutrina da carne”, da Encarnação, “não permanece na doutrina de Cristo, não possui Deus”:

“Este ir além é um mistério: é sair do Mistério da Encarnação do Verbo, do Mistério da Igreja. Porque a Igreja é a comunidade em torno da presença de Cristo, que vai além. Essa é uma palavra forte, certo? Quem vai “proagon”, que caminha além. E a partir daí nascem todas as ideologias: as ideologias sobre o amor, as ideologias sobre Igreja, as ideologias que tiram da Igreja a Carne de Cristo. Essas ideologias escarnecem a Igreja! "Sim, eu sou católico; sim, sou um cristão; eu amo todo o mundo com um amor universal '... Mas é tão etéreo. Um amor é sempre dentro, concreto e não para além desta doutrina da Encarnação do Verbo”.

Francisco, em seguida, afirmou que “quem quer amar não como Cristo ama sua noiva, a Igreja, com a própria carne e dando a vida, ama ideologicamente”. E esse modo de “fazer teorias e ideologias - acrescentou -, também propostas de religiosidade que retiram a Carne de Cristo, que retiram a Carne à Igreja, vão além e arruínam a comunidade, arruínam a Igreja”.

O amor cristão é concreto, evitar o intelectualismo

O Papa advertiu ainda que “se começarmos a teorizar sobre o amor”, chegaremos à “transformação” do que Deus “quis com a Encarnação do Verbo, chegaremos a um Deus sem Cristo, um Cristo sem Igreja e a uma Igreja sem povo. Tudo neste processo de escarnecer a Igreja ":

“Rezemos ao Senhor para que a nossa caminhada no amor nunca - nunca! – faça de nós um amor abstrato. Mas que esse amor seja concreto, com as obras de misericórdia, com as quais se toca a carne de Cristo ali, de Cristo Encarnado. É por isso que o diácono Lourenço disse: “Os pobres são o tesouro da Igreja!”. Por quê? Porque eles são a carne sofredora de Cristo! Vamols pedir esta graça de não ir além e não entrar neste processo, que talvez seduz muitas pessoas, de intelectualizar, de ideologizar esse amor, escarnecendo a Igreja, escarnecendo o amor cristão. E não chegar ao triste espectáculo de um Deus sem Cristo, de um Cristo sem Igreja e de uma Igreja sem povo”. (BF-SP)

 

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Sextas-feiras da Misericórdia: Papa encontra sacerdotes que deixaram o ministério

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Cidade do Vaticano (RV) – Às 15h30min (hora local) desta sexta-feira, o Papa deixou a Casa Santa Marta para ir até ‘Ponte di Nona’, bairro periférico na zona leste de Roma, onde em um apartamento encontrou 7 famílias, todas formadas por jovens que deixaram o sacerdócio no decorrer dos últimos anos.

Com o gesto o Santo Padre deseja oferecer um sinal de proximidade e de afeto por estes jovens que realizaram uma escolha muitas vezes não compartilhada por seus irmãos sacerdotes e familiares.

Depois de diversos anos dedicados ao ministério sacerdotal realizado nas paróquias, fatores como a solidão, a incompreensão, o cansaço pelo grande compromisso de responsabilidade pastoral, colocaram em crise a escolha inicial pelo sacerdócio.

Seguiram-se meses e anos de incerteza e dúvidas, que os levaram a considerar como equivocada a escolha pelo sacerdócio. Assim, deixaram o presbiterato para formar uma família.

O Papa Francisco decidiu assim dar uma atenção a esta realidade, naquela que foi a última  visita “Sexta-feira da Misericórdia”, antes de concluir o Ano Jubilar, encontrando quatro jovens da Diocese de Roma, que foram párocos em diversas paróquias da cidade; um de Madrid e outro da América Latina, todos residentes em Roma, enquanto o último é proveniente da Sicília.

A entrada no Papa no apartamento foi marcada por grande entusiasmo: as crianças cercaram o Pontífice para abraçá-lo, enquanto os pais não conseguiram conter a emoção.

A presença de Francisco  – muito apreciada por todos – não foi vista como um juízo do Papa pela escolha feita, mas sim uma demonstração de proximidade e afeto.

O tempo passou rapidamente. O Pontífice ouviu suas histórias e seguiu com atenção as considerações que eram feita a respeito do desenrolar dos procedimentos jurídicos em cada caso.

Sua palavra paterna demonstrou amizade e interesse por cada caso, tranquilizando a todos. Deste modo, mais uma vez, Francisco quis dar um sinal de misericórdia a quem vive uma situação de desconforto espiritual e material, evidenciando a exigência de que ninguém se sinta privado do amor e da solidariedade dos Pastores.

A visita desta sexta-feira conclui as “Sextas-feiras da Misericórdia” vividas pelo Papa durante o Jubileu.

Em janeiro, Francisco visitou uma Casa de Repouso para idosos e uma para doentes em estado terminal em Torre Spacata.

Em fevereiro, uma comunidade para toxicômanos em Castel Gandolfo.

Em março, na Quinta-feira Santa, o Centro de Acolhida para Refugiados (CARA) de Castelnuovo di Porto.

Em abril, a visita aos refugiados e migrantes na Ilha grega de Lesbos.

Em maio, a comunidade do “Chicco”, para pessoas portadoras de necessidades especiais em Ciampino.

Em junho, duas comunidades romanas para sacerdotes idosos e sofredores.

Em julho, durante a viagem à Polônia, o Papa realizou a sua “Sexta-feira da Misericórdia” com a oração silenciosa em Auschwitz-Birkenau, a visita às crianças doentes no Hospital Pediátrico de Cracóvia e a Via Sacra com os participantes da JMJ, onde estavam presentes os jovens iraquianos, sírios e provenientes de outras zonas de conflitos.

Em agosto, o Santo Padre visitou uma estrutura romana da “Comunidade Papa João XXIII” que acolhe mulheres libertadas da escravidão da prostituição, enquanto em setembro visitou o Setor  Neonatal e um Hospício para doentes terminais em Roma.

Por fim, em outubro, o Santo Padre visitou o “Villaggio SOS”, uma casa de família de Roma que acolhe crianças com problemas pessoais, familiares e sociais. (JE)

 

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Papa aos sem-teto: perdão por cristãos que lhes desviam o olhar

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Cidade do Vaticano (RV) - Peço-lhes perdão pelas pessoas da Igreja que não olharam para vocês, que voltaram o olhar para o outro lado: foram palavras do Papa Francisco acolhendo ao meio-dia desta sexta-feira (11/11), na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de quatro mil pessoas provenientes de muitos países europeus que viveram ou que vivem na rua, presentes estes dias em Roma para celebrar o seu Jubileu da Misericórdia. 

Várias associações que assistem pessoas em grave situação de precariedade e sem-teto aderiram ao evento promovido pela Associação francesa “Irmão”.

As palavras pronunciadas pelo arcebispo de Lion, Cardeal Philippe Barbarin, abrindo o encontro, foram precedidas dos calorosos cumprimentos e abraços entre Francisco e seus convidados.

“Vimos encontrar a Igreja e o próprio Cristo”, disse Etienne Villemain da Associação Irmão dirigindo-se ao Papa, a quem agradeceu por habitualmente recordá-los desse modo. Também nós queremos experimentar a ternura de Deus, disse, expressando ao Pontífice um grande desejo: de que possam ser organizadas Jornadas mundiais dos pobres.

Em seguida, Christian e Robert deixaram o seu testemunho: dois sem-teto, repletos de gratidão para com aqueles que os ajudaram e para com o Papa, por levar consigo os pobres em seu coração.

O Pontífice iniciou dizendo ter anotado algumas palavras que tinha acabado de ouvir. As seguintes: “como seres humanos  não nos diferenciamos dos grandes do mundo. Temos nossas paixões e nossos sonhos, que buscamos levar adiante dando pequenos passos”.

A paixão e os sonhos: duas palavras que podem ajudar. “Não deixem de sonhar”, recomendou o Santo Padre, falando espontaneamente aos presentes, ou seja, sem texto previamente preparado.

“A pobreza está no coração do Evangelho. Aquele que tem tudo não pode sonhar! As pessoas, os simples foram até Jesus porque sonhavam que os haveria de curar, de libertar, de servir e seguiram-no e Ele os libertava.”

Uma segunda palavra: “A vida é tão bela”. O que significa que a vida seja bela mesmo nas situações piores? – perguntou-se o Papa. Isso significa dignidade! A mesma dignidade que teve Jesus que nasceu pobre, que viveu como pobre:

“Sei que muitas vezes vocês encontraram pessoas que queriam explorar a pobreza de vocês... porém, sei que este sentimento de ver que a vida é bela, este sentimento, esta dignidade, salvou-os de ser escravos. Pobre sim, escravo não! A pobreza está no coração do Evangelho, para ser vivida. A escravidão não está no Evangelho para ser vivida, mas par ser libertada.”

Sempre encontramos pessoas mais pobres do que nós, a capacidade de ser solidários é um dos frutos que a pobreza nos dá: “obrigado por este exemplo que vocês dão. Vocês ensinam ao mundo a solidariedade!” Francisco disse ter ficado impressionado ao ouvir falar de paz. A pobreza maior é a guerra, afirmou, a guerra que destrói:

“A paz que, para nós cristãos, teve início numa estrebaria, a partir de uma família marginalizada; a paz que Deus quer para cada um de seus filhos. E vocês, a partir da pobreza, da situação em que vivem, podem ser artífices de paz. A guerra se faz entre ricos, para ter mais, para ter mais território, mais poder, mais dinheiro. Precisamos de paz no mundo! Precisamos de paz na Igreja; todas as Igrejas precisam de paz; todas as religiões precisam crescer na paz.”

Agradeço a vocês por terem vindo aqui visitar-me, disse, por fim Francisco, pedindo perdão se alguma vez os ofendeu com suas palavras ou por não ter dito as coisas que deveria dizer:

“Peço-lhes perdão por todas as vezes que nós, cristãos, diante de uma pessoa pobre ou de uma situação pobre olhamos para o outro lado. O perdão de vocês, a homens e mulheres da Igreja, que não querem olhar ou não quiseram olhar para vocês, é água benta para nós, é limpeza para nós, é ajudar-nos a voltar a crer que no coração do Evangelho está a pobreza como grande mensagem e que nós – os católicos, os cristãos, todos – devemos formar uma Igreja pobre para os pobres.”

Ao término do encontro, o Papa, colocando-se de pé, recitou uma invocação ao Senhor: “Deus, Pai de todos nós, de cada um de vossos filhos, peço-vos que nos dê força, que nos dê alegria, que nos ensine a sonhar para olhar adiante; que nos ensine a ser solidários, porque somos irmãos; e que nos ajude a defender a nossa dignidade”.

Em seguida, Francisco deteve-se ainda por um momento intenso de oração silenciosa, circundado de homens e mulheres que lhe puseram as mãos em suas costas. Um gesto que expressou, mais do que as palavras, a amizade entre o Papa e os pobres. (AM/RL)

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Excluídos: brasileira relata encontro com o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – Os lusófonos também estavam presentes na Sala Paulo VI para o encontro do Papa Francisco com os socialmente excluídos.

Entre o grupo oriundo de Portugal, havia uma brasileira: Jessie Maciel Serafim. Nascida em Governador Valadares (MG), antes de chegar a Setúbal Jessie morava em Vitória (ES). Depois de trabalhar em restaurantes, Jessie ao final foi contratada pela Cáritas diocesana. Emocionada, ela relata a audiência com o Papa Francisco: 

Para Antônio Luis, da Caritas Portuguesa, a principal mensagem que o Papa deixou foi a superação da dualidade entre os excluídos e a sociedade. “Todos nós somos responsáveis por esta situação”, disse ele. 

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Abertas as celebrações pelos 100 anos do Pontifício Instituto Oriental

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Cidade do vaticano (RV) -  Retornar a Damasco e a todo o Oriente Médio. Com este apelo foram abertas esta sexta-feira as celebrações pelo centenário do Pontifício Instituto Oriental (PIO), a quem será dada voz no Congresso internacional "Damasco, prisma de esperança".

Criado com o Motu proprio Orientis catholici do Papa Bento XV em outubro de 1917, depois da criação do dicastério da Congregação para as Igrejas Orientais e confiado à Companhia de Jesus em 1922 por Pio XI, o Instituto tem por missão dar a conhecer às Igrejas do Oriente "as imensas riquezas que são conservadas nos cofres de suas tradições" (São João Paulo II, Orientale lumen 4) e ao mesmo tempo tornar conhecido no Ocidente latino estas riquezas tão pouco conhecidas.

Como escreveu o Papa Francisco em uma carta enviada ao docentes e aos estudantes do PIO por ocasião do centenário, "as imensas riquezas que as Igrejas do Oriente conservam nos cofres de suas tradições, reavivam a percepção sacra da liturgia, abrindo novos horizontes de pesquisa à teologia e sugerem uma leitura misericordiosa da normativa eclesial".

Fonte de inspiração para a preparação do Congresso foi também o Instrumentum laboris, onde no ponto 26, o Pontifício Instituto é indicado como instituição de referência para a formação em Roma dos religiosos das Igrejas Orientais.

A missão do PIO tem como objetivo a pesquisa, o ensino e a publicação em relatórios enviados às Igrejas Orientais sobre Liturgia, Teologia, Patrística, História, Direito Canônico, literatura e línguas, espiritualidade, arqueologia e questões de relevância ecumênica e geopolítica.

Deste modo a Igreja, "respirando com dois pulmões", responderá à oração de Jesus "que todos sejam um". Um objetivo levado em frente com tenacidade pelos Padre jesuítas do Instituto, que por ocasião do centenário, querem lançar luz sobre a situação das Igrejas no Oriente Médio.

Forte, de fato, é o grito que vem de muitos países marcados por conflitos que duram decênios e que não parecem ter fim. O Êxodo dos povos transformou as Igrejas locais de antiga tradição em Igrejas da diáspora, com um futuro incerto.

O Congresso "Damasco, prisma de esperança" pretende oferecer uma oportunidade de confronto e de diálogo voltado à reconstrução e à reconciliação como também se interrogar sobre conceitos de identidade e de pertença e sobre como educar para o futuro.

Após uma análise histórica e atual da região do Oriente Médio confiada aos relatores e aos hóspedes do primeiro dia, entre os quais Michel Jalakh, Secretário do Middle East Council of Churches, e moderada pelo Padre jesuíta Gianpaolo Salvini, o encontro tratará da questão dos cristãos de hoje na região sírio-mesopotâmia com os relatórios de Youssef Qozi, Presidente do Comitê para a língua siríaca da Academia das Ciências do Iraque em Bagdá, Joseph Yacoub, Professor emérito da Universidade Católica de Lyon e de Herman Teule, Diretor do Instituto de estudos orientais cristãos na Universidade de Radboud Nijmegen nos Países Baixos.

O segundo dia do encontro será dedicado aos recursos à educação e da cultura, com pronunciamentos de Salim Daccache, Reitor da Universidade Sant-Joseph de Beirute, Dom Lévon Boghos Zékiyan, Arcebispo de Istambul dos Armênios, Rami Elias, responsável pela catequese e pelos Centros Educativos das Igrejas Católicas de Damasco e Província, Frans Bouwen, especialista pelo diálogo entre a Igreja Católica e Ortodoxa, Jacques Mourad, Reitor do Mosteiro de Mar Elian, e Antoine Audo, Bispo de Aleppo dos Caldeus.

Nos sinais de esperança como chave para olhar ao Oriente Médio serão dedicados os pronunciamento do terceiro dia. Após a prolusão do Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, se pronunciarão Aram I, Catholicos da Grande Casa de Cilícia, Gregorios III Laham, Patriarca de Antioquia dos Greco-Melquitas, Louis Raphaël I Sako, Patriarca de Babilônia dos Caldei, Dom Pierbattista Pizzaballa, Administrador Apostólico do Patriarcado de Jerusalém dos Latinos, Justinus Boulos Safar, Patriarca Vigário em Zalheh e Beqqa da Igreja Sírio-ortodoxa de Antioquia, Ignatius Alhoushi, Metropolita da França da Igreja Greco-ortodoxa de Antioquia, e Antonios Ghattas, Presidente copto da Organização das Escolas cristãs no Egito.

As celebrações pelo primeiro centenário do Pontifício Instituto Oriental terão prosseguimento em 2017, com 4 encontros: 22, 23 e 24 de fevereiro; 30 e 31 de março e 4 e 5 de maio, enquanto no mês de outubro terá lugar o Congresso de encerramento.

(JE/Osservatore Romano)

 

 

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Igreja na América Latina



A "filial estima" dos Bispos argentinos pelo Papa Bergoglio

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Buenos Aires (RV) - Os Bispos que participam da 112ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Argentina (CEA) enviaram uma carta ao Papa Francisco, para saudá-lo e expressar a ele filial estima, apoio e acompanhamento a "todas as suas decisões como sucessor de Pedro".

Na carta, os prelados detalharam alguns dos temas abordados no encontro, destacando que agradeceram a Deus pelo presente da canonização do Cura Brochero, a beatificação de Mama Antula, a celebração do Congresso Eucarístico Nacional e o Bicentenário da Pátria.

"Em todos estes acontecimentos - escrevem os bispos - sentimos sua presença espiritual e acompanhamento próximo, que nos animaram em nosso caminho pastoral".

"Nestes dias estamos refletindo a partir dos desafios que nos a presentam a Exortação Amoris laetitia, a Encíclica Laudato si e a realidade dos jovens e das vocações", expressaram os prelados ao Papa Bergoglio.

Por fim, os Bispos argentinos  se uniram "em oração a Santíssima Virgem de Luján, confiando a ela a vida e o ministério" do Papa Bergoglio.

A mensagem, com data de 8 de novembro, é assinada pelo Arcebispo de Santa Fe de la Vera Cruz e Presidente da CEA, Dom José María Arancedo, e do Bispo de Chascomús e Secretário Geral, Dom Carlos Humberto Malfa.

(je/aica)

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Igreja no Mundo



Bispos dos EUA sobre Trump: toda eleição traz um novo começo

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Washington  (RV) – A Conferência Episcopal dos Estados Unidos se pronunciou a respeito do novo presidente do país, Donald Trump.

“Toda eleição traz um novo começo”, assinala o Presidente da Conferência Episcopal,  Dom Joseph E. Kurtz, Arcebispo de Louisville (Estado do Kentucky),

Ao felicitar Trump e todos eleitos, o Arcebispo destaca que agora é o momento de “avançar para a responsabilidade de governar pelo bem comum de todos os cidadãos”.

“Não nos vejamos na luz divisória de Democrata, Republicano ou qualquer outro partido político, mas antes vejamos o rosto de Cristo em nossos vizinhos, especialmente nos que sofrem ou naqueles com quem discordamos”, afirma Dom Kurtz.

O Presidente da Conferência Episcopal recorda também o discurso do Papa Francisco ao Congresso dos Estados Unidos em 2015: “Toda a atividade política deve servir e promover o bem da pessoa humana e ser baseada no respeito pela sua dignidade”.

“A responsabilidade de ajudar a fortalecer as famílias pertence a cada um de nós”, indicou o Arcebispo, assinalando que milhões de americanos que lutam para encontrar oportunidades econômicas para suas famílias “votaram para serem ouvidos”.

No seu site na internet, para além da declaração sobre a eleição de Donald Trump, os bispos dos EUA também publicaram uma oração para se fazer depois das eleições, onde pedem “proteção e orientação” a quem trabalha “pela justiça e pela paz”.

Dom Kurtz reitera que os bispos dos EUA defenderão políticas que ofereçam oportunidades a todas as pessoas, de todas as crenças, em todas as esferas da vida. “Estamos firmes na nossa determinação de que os nossos irmãos e irmãs que são migrantes e refugiados possam ser acolhidos humanamente sem sacrificar a nossa segurança”, afirma.

A Conferência Episcopal destaca que vai chamar a atenção para “a perseguição violenta que ameaça” os irmãos cristãos e pessoas de outras religiões no mundo e, em especial, no Oriente Médio.

(BF/Ecclesia)

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São Martinho manteve acesa a chama da fé cristã no mundo, dizem Bispos europeus

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Budapeste (RV) - Por ocasião do encerramento do ano comemorativo pelos 1.700 anos de nascimento de São Martinho (316-2016) - do qual a Igreja celebra a memória litúrgica neste 11 de novembro - a Presidência do Conselho das Conferências Episcopais Europeias (CCEE) enviou uma carta ao episcopado e a todo o povo da Hungria, na pessoa do Presidente da Conferência Episcopal Húngara, o Bispo de Györ, Dom András Veres, e do Primaz da Hungria, o Cardeal Péter Erdő, ex-Presidente  do CCEE.

Na mensagem, os prelados da Europa expressam o desejo de "unirem-se aos Bispos e a todos os fieis da Hungria, terra natal deste grande Santo, ao darem graças a Deus pela contribuição humana e espiritual que São Martinho deu continente".

A poucos dias do encerramento do Jubileu da Misericórdia - escrevem - "não podemos deixar de observar a feliz coincidência com a memória de um dos Santos que melhor souberam encarnar em seu tempo o rosto misericordioso de Cristo".

"A vida de São Martinho - destacam os prelados -  nos diz que no encontro com os mendicantes que passam frio, o Santo descobriu Jesus Cristo, se converteu, mudou de vida, colocando-a não mais a serviço de um poder mundano, mas de Deus. Com este encontro, Cristo tornou São Martinho capaz de viver e amar".

"Obedecendo ao chamado divino - completam - São Martinho percorreu um itinerário de vida cristã que o levou a cuidar dos pobres e dos oprimidos, a difundir o Evangelho com coragem, a combater os erros de seu tempo, a edificar comunidades eclesiais com espírito de pastor, com os sentimentos de Cristo e a capacidade de ver o mundo com os olhos de Deus".

São João Paulo II - recordaram os Bispos - afirmou que São Martinho foi um dos fundadores do monaquismo ocidental; ele pertence também àquele grupo de homens que são o fundamento da cultura e da civilização europeia, realidade que não é somente uma memória, mas também um projeto a ser construído com confiança e convicção".

"A figura e o ministério de São Martinho testemunham a imensa contribuição humana, cultural e espiritual que o cristianismo ofereceu à Europa. O continente é herdeiro de São Martinho, daqueles homens e daquelas mulheres que, como ele, são a base do humanismo europeu", ressaltam os prelados.

Também em nosso tempo - sublinham - "é necessário recordar que a vida cristã une a profundidade da oração, a vida comunitária, o anúncio do Evangelho, a atenção e a dedicação aos pobres e àqueles que sofrem".

O luminoso testemunho de São Martinho contribuiu para manter acesa a chama da fé cristã no mundo, ressalta a mensagem.

A mensagem conclui, pedindo que o Senhor "suscite novos Santos europeu que possam viver a Misericórdia e testemunhá-la em sua vida pessoal e comunitária", e que a exemplo de São Martinho, "também nós possamos anunciar com alegria que Cristo é a nossa vida e o perene fundamento da civilização e da cultura". (JE)

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Patriarcado estuda criação do Conselho das Igrejas no Iraque

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Bagdá (RV) - O Patriarcado de Babilônia dos Caldeus está estudando o projeto para a criação de um "Conselho das Igrejas no Iraque" que reúna todas as Igrejas e as comunidades eclesiais presentes no território iraquiano e que possa ser reconhecido como organismo unitário capaz de interagir também com o governo central e os poderes políticos e administrativos locais.

É o que revelam fontes oficiais do Patriarcado consultadas pela Agência Fides. Deveriam fazer parte do referido Conselho as Igrejas Católica, Ortodoxas, Orientais pré-calcedônicas e Evangélico-protestantes.

O novo organismo, nas intenções que motivam a proposta do Patriarcado Caldeu, deveria representar um instrumento utilizado pelas Igrejas e pelas comunidades cristãs para enfrentar juntos as consequências do conflito com os jihadistas do autoproclamado Estado Islâmico (Daesh) e os problemas ligados às divisões sectárias que ainda colocam em risco a unidade do país.

Já no final de outubro, o Patriarca Caldeu Louis Raphael I Sako havia relançado a proposta de proclamar 2017 como "Ano da paz no Iraque", promovido e apoiado pelas Igrejas e comunidades cristãs por meio de momentos de oração ecumênica e iniciativas eclesiais e culturais compartilhadas, para alimentar - em prol de todo o povo iraquiano - a "cultura da paz e da convivência" no país martirizado por conflitos sectários.

(je/fides)

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Bispos franceses apresentam relatório do combate à pedofilia

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Paris (RV) - Desde que a Igreja na França lançou há seis meses o endereço e-mail parolesdevictimes@cef.fr, dedicado às vítimas de abusos, mais de 200 testemunhos haviam sido enviados até a última segunda-feira.

Na maior parte dos casos, trata-se de fatos antigos ou ocorridos em tempos muito remotos. Trata-se, portanto, de fatos que já haviam sido denunciados pelas vítimas. Mas entre as mensagem, havia a história de sofrimento de uma pessoa que, pela primeira vez, relatava o ocorrido.

Este relato foi um dos testemunhos mais significativos do balanço apresentado na tarde do dia 6 de novembro em Lourdes, aos Bispos reunidos em Assembleia Plenária, pelo Bispo Dom Luc Crepy, responsável pela Célula de Luta contra a Pedofilia e pela especialista da Conferência Episcopal Ségolaine Moog. 

"Em todos os casos - afirmou - e desde o início, o protocolo é o seguinte" e para todos o mesmo: transferência dos fatos denunciados ao Bispo Diocesano (ou à Congregação religiosa interessada, caso o denunciado for um religioso).

Após determinado tempo, se entra em contato com o Bispo para se assegurar de que tenha recebido o testemunho e tenha dado resposta segundo a natureza dos fatos, do pedido da vítima e dos requisitos da lei.

Obviamente a vítima que escreve a este endereço e-mail é informada que a sua mensagem foi enviada ao Bispo interessado e que a Célula se compromete em dar prosseguimento. Depois disto, a vítima pode se dirigir diretamente ao Bispo local da Diocese onde ocorreram tais fatos, entrando diretamente no site www.luttercontrelapedophilie.catholique.fr e clicando em um mapa interativo, por meio de um módulo de contato.

O Bispo Crepy, então, informou que todas as Dioceses da França se comprometeram em dar ouvido às vítimas. As modalidades para fazê-lo são várias: algumas Dioceses instituíram uma Célula diocesana de acolhida e escuta das vítimas. Estas células são constituídas por um pequeno grupo de pessoas escolhidas pela competência em vários campos (advogados, psicólogos, médicos e membros do clero).

Alguma Células, por outro lado, são interdiocesanas: atuam, isto é, em mais de uma Diocese ou Províncias. Em alguns casos, a Diocese firmou uma convenção com profissionais e associações que acompanham as vítimas. Em outros casos ainda, é o Bispo que organiza o plano de intervenção em função das solicitações que chegam das vítimas.

Dom Crepy e a especialista concluíram recordando aos Bispos que seis meses após a implementação por parte da Conferência Episcopal das medidas de escuta e prevenção, o trabalho mostrou-se ainda longo e delicado. "É claro - lê-se no balanço que foi entregue aos jornalistas - que é necessário ir ainda mais longe para compreender aquilo que dramaticamente acontece em um abuso sexual e responder às exigências daqueles que foram vítimas deles. Trata-se, portanto, de prosseguir em uma estreita colaboração com a justiça e ampliar os nossos esforços de prevenção e formação".

(je/sir)

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Semana dos Seminários: “Movidos pela Misericórdia de Deus”

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Lisboa  (RV) – A Igreja em Portugal está realizando, desde o último dia 6, a “Semana dos Seminários”, que este ano tem como tema central “Movidos pela Misericórdia de Deus”.

A iniciativa portuguesa, que se concluirá no próximo dia 13, apresenta algumas propostas para a vivência da misericórdia divina, importante componente no desenvolvimento das vocações, que é, sobretudo, de ação de graças e oração pelo aumento de novas e santas vocações.

A este respeito, Dom Virgílio Antunes, presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, em sua mensagem para o evento, afirma: “A vocação sacerdotal não nasce somente de um chamamento, de um desejo ou de um impulso interior, mas é fruto do encontro do Deus misericordioso com o homem perdido, que é reencontrado, com o homem morto, que revive”.

Esta Semana dos Seminários tem o objetivo de destacar os lugares onde os jovens aprendem a praticar “a misericórdia” do Pai para depois se entregar ao serviço dos outros”. Ressalta também a importância da educação, quer na família quer nas várias etapas eclesiais, para o surgimento de mais vocações entre os jovens, dispostos a consagrar a sua vida a Cristo.

Dom Antunes afirma ainda em sua mensagem: “Uma família que não vive relações de comunhão, - a partir da fé e onde cada um não está disposto a acolher, compreender e perdoar no seguimento de Jesus, - não fomenta os gérmens da vocação”.

“Uma educação cristã, que não favorece experiências fortes de encontro com Deus nos momentos de espiritualidade, de oração, de reconciliação, de perdão, de partilha das misérias humanas, não pode desabrochar em vocações”, acrescenta o bispo de Coimbra.

E conclui: “A abertura à missão na Igreja, em relação ao sacerdócio, celibato, vida comunitária nas famílias, implica uma conversão radical, que é possível apenas para quem faz a experiência da “misericórdia de Deus”. (MT/Ecclesia)

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Formação



Doenças negligenciadas refletem desigualdades, denuncia Pe. Leo Pessini

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Cidade do Vaticano (RV) – Doenças negligenciadas são sinônimo de pessoas negligenciadas: esta é a opinião do Superior dos Camilianos, Pe. Leocir Pessini.

O sacerdote brasileiro está participando, no Vaticano, do Congresso promovido pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Agentes de Saúde sobre doenças raras e negligenciadas, em andamento de 10 a 12 de novembro.

Nesta entrevista à Rádio Vaticano, Pe. Leo Pessini afirma que das 17 doenças tropicais negligenciadas, no Brasil ainda resistem 14, entre elas a hanseníase, a tuberculose e doença de chagas. Ele denuncia a falta de interesse da indústria farmacêutica simplesmente por um fator econômico: “Os pobres são os mais afetados por essas doenças. Acho que são as pessoas mais do que as doenças negligenciadas”.

Ouça aqui a entrevista:

 

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Atualidades



Sete Povos das Missões, uma das mais notáveis utopias da história

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Cidade do Vaticano (RV) -  O Rio Grande do Sul abriga sítios arqueológicos que são verdadeiros testemunhos da presença jesuíta na região, no conturbado período da colonização em que as Coroas da Espanha e Portugal disputavam o domínio das terras do novo mundo. 

Século XVII. No Continente do Rio Grande de São Pedro, atual Rio Grande do Sul, os jesuítas espanhóis fundaram sete povoados: São Francisco de Borja, São Nicolau, São Lourenço Mártir, São João Batista, São Luiz Gonzaga, Santo Ângelo Custódio e São Miguel Arcanjo. Este último, tombado como Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, juntamente com as ruínas no Paraguai, Argentina e Bolívia.

As reduções - como eram conhecidas -  eram concebidas de forma a se desenvolverem de forma autossustentada, conforme havia prescrito Ignácio de Loyola nas Constituições da Ordem, onde cada domicílio da Companhia ficava obrigado a funcionar com independência, e por isso deviam possuir todos os equipamentos e estruturas necessários para tal, tornando-se na prática grandes empresas industriais e agropecuárias. Nesse processo chegaram a constituir verdadeiras cidades, muitas delas com milhares de habitantes, compostas por um núcleo urbano principal com as habitações, igreja, colégio, presídio, mercado e oficinas diversas, e grandes áreas em torno dedicadas às lavouras e criações de gado.

A Prof. Claudete Boff, Mestre em História Latino-americana e docente do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), nos faz uma síntese desta que constituiu-se numa das mais notáveis utopias da história:

"Elas são importantes porque na verdade elas expressam uma sociedade que, vamos dizer assim, os jesuítas trabalharam com os índios guaranis e também outras parcialidades indígenas, mas predominava o guarani, formando uma sociedade comunitária aonde eles, os jesuítas, procuraram reunir estas parcialidades indígenas - especialmente o índio guarani que aceitou mais - com a finalidade da catequese. Então a finalidade maior era a catequese, mas é lógico que a Coroa Espanhola - no caso aqui era território espanhol -  tinha interesses também de estabilização de fronteiras, do domínio de estabelecer o local. Então estes núcleos se desenvolveram muito.

Economicamente eles eram  autossustentáveis, eles tinham tanto um patrimônio cultural  como material expressivo e é claro que isto também  foi causando uma certa inveja nas Cortes Europeias, especialmente na Corte Espanhola.

E também foi uma época de pensamento, na Europa e na Espanha, diferente, a questão do iluminismo. Esta questão da separação do Governo entre a Coroa e a Igreja. Então este pensamento iluminista também  já não fechava muito com o tipo de administração que os jesuítas estavam desenvolvendo na América.

Então isto aí, infelizmente, eu acho que foi de grande prejuízo, para as Reduções. É claro que o pensamento iluminista era da época, teve muitas coisas boas. Mas no caso assim, foi um dos aspectos que foi levando para a esta derrocada".

Os Sete Povos das Missões conheceram seu apogeu no século XVII. As Guerras Guaraníticas, marcaram o seu fim:

“Sim, as Guerras Guaraníticas foram a derrocada final. Mas antes das Guerras Guaraníticas, as Reduções sofriam muito  com o apresamento dos índios, feitos pelos portugueses mesmo, paulistas, que vinham até as Reduções, atacavam estas Reduções, para levar indígenas para servir de mão-de- obra para as lavouras, especialmente na região de São Paulo e mais para cima, de cana-de-açúcar.

Mas elas, como tu me perguntastes, se elas foram economicamente importantes, sim, elas foram, porque os jesuítas tinham um trabalho, que conseguiram fazer com que os índios tivessem um trabalho bastante regrado, a produção era para todos e o excedente eles trocavam por outros produtos, vendiam, mandavam para a Europa. Eles eram grandes administradores e também sabiam como fazer este desenvolvimento econômico. Então, no Rio Grande do Sul, e nas outras também, a gente sabe, Córdoba na Argentina, eles tinham fazendas. No Rio Grande do Sul houve um grande desenvolvimento do gado, eles trouxeram o gado, então, eles tinham o couro, enfim, a carne". (JE)

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Religiões na Sinagoga de Roma dizem "não à barbárie"

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Roma (RV) – “Não à barbárie, não ao terrorismo, não às divisões e às fraturas entre as religiões, entre posições moderadas e posições extremadas dos diversos credos confessionais. A religião deve ser, pelo contrário, elemento que promova valores compartilhados como a paz e a tolerância. Disto parte uma mensagem de paz, uma mensagem para toda a humanidade, viver junta na fraternidade e no amor, que são mais fortes do que a barbárie”.

Com estas palavras do Imame francês Hassen Chalgoumi, titular da Mesquita de Drancy e Presidente de todos os Imames transalpinos, pronunciadas dentro do Templo Maior de Roma, está o fio condutor do encontro promovido pela Comunidade Judaica de Roma com representantes do “This is Bahrain”, delegação multiconfessional proveniente do mundo árabe, guiada precisamente por Chalgoumi.

A acolher a delegação foi o Rabino Chefe de Roma, Riccardi Di Segni, e o Presidente da Comunidade Judaica, Ruth Dureghello. Com Chalgoumi estavam algumas figuras de primeiro plano do Bahrain, como Betsy B. Mathieson, Secretário Geral da Bahrein Federation os Expatriate Associations (BFEA).

Presentes também expoentes do mundo do hinduísmo e do budismo, e também representantes dos judeus líbicos expulsos em 1967 daquele país com o progrom antijudaico e inseridos na Comunidade Judaica de romana.

Faltaram os representantes da Comunidade Islâmica na Itália, devido “a outros compromissos já assumidos precedentemente”, foi explicado à margem do encontro.

A delegação multiconfessional está em Roma para uma série de encontros com as principais religiões. É possível que no sábado (12/11) realize-se, no Vaticano, um momento de oração com o Papa Francisco. A Comunidade judaica de Roma media a possibilidade deste encontro.

(je/agi)

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