Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 14/11/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa recebe campeões do mundo da seleção alemã de futebol

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu na manhã desta segunda-feira (14/11), no Vaticano, a seleção de futebol da Alemanha – atual campeã mundial. 

Em sua saudação, o Pontífice ressaltou o espírito de equipe da seleção.

“Com efeito, o esporte profissional requer não somente muita disciplina e sacrifício pessoal, mas também respeito pelo próximo e espírito de equipe”, disse o Papa.

Objetivos importantes

Como resultado, a seleção alemã conquistou o sucesso e, ao mesmo tempo, os levou a reconhecer sua responsabilidade para além do campo de futebol, sobretudo em relação aos jovens para os quais são um modelo. Este estilo – prosseguiu Francisco – os leva ainda a se engajar juntos por alguns objetivos sociais importantes, citando de modo especial o suporte que dão “aos Cantores da Estrela” – projeto que ajuda concretamente crianças e jovens dos países mais pobres, que agora também está presente no Brasil.

“Esta iniciativa mostra como é possível superar juntos barreiras que parecem insuperáveis e penalizam as pessoas necessitadas e marginalizadas. Também deste modo, vocês contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e solidária.”

O Pontífice lhes agradeceu pela visita, desejando à seleção alemã sucesso no campo esportivo e social.

(bf)

 

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Jubileu: fechadas as Portas Santas nas igrejas catedrais do mundo

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Cidade do Vaticano (RV) - Enquanto avançamos para a conclusão do Jubileu da Misericórdia, com o fechamento da Porta Santa na Basílica de São Pedro no próximo domingo, 20, foram fechadas neste domingo, 13, as Portas Santas em todas as catedrais do mundo. Entre elas, a Porta Santa de Bangui, na África Central, a primeira a ser aberta pelo Papa Francisco, em novembro do ano passado, e as das Basílicas romanas de São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo fora dos Muros. 

A Porta Santa de Bangui foi a primeira a ser aberta em novembro do ano passado pelo Papa Francisco, que, apesar do encerramento oficial - como sublinhou o Arcebispo da cidade e Presidente da Conferência Episcopal local, Dom Dieudonné Nzapalainga - na catedral permanecerá aberta a “significar que todos os dias é o tempo de misericórdia”. “Que o fruto deste Ano Santo seja o fim da guerra e a justiça para todas as vítimas do conflito, em particular para os deslocados”, acrescentou no seu apelo pela paz na África Central o arcebispo, que no sábado será acompanhado pelo “imã de Bangui e pelo líder dos evangélicos ao Vaticano, onde vai receber o chapéu cardinalício das mãos do Papa Francisco.

São João de Latrão, em Roma. Vallini: a misericórdia não é fraqueza

Fechada também a Porta Santa de São João de Latrão, em Roma Santa, com uma celebração presidida pelo Cardeal Vigário Agostino Vallini. “O destino final do mundo não está nas mãos dos homens, mas na misericórdia de Deus": este, de acordo com o cardeal, o ensinamento do Jubileu da Misericórdia, "tempo favorável" para a Igreja, que tornou mais forte e mais eficaz o nosso testemunho de fiéis. "A Misericórdia não é um sinal de fraqueza - acrescentou o cardeal - pelo contrário, de força, magnanimidade e irradiação poderosa da onipotência amorosa do Pai". Em seguida, a recordação do convite do Papa a viver mais conscientemente as parábolas da misericórdia: a da ovelha perdida, a da moeda perdida e do pai misericordioso. Sobre essa última, em particular, se deteve o Cardeal Vallini: "Assim o Senhor nos trata: Ele não nós mortifica, mas nos acolhe e se alegra com o nosso retorno". Enfim, outra característica distintiva da misericórdia, fruto do Ano Santo: cuidar dos pobres. "A única verdadeira realização da vida é dar amor e viver segundo justiça os nossos relacionamentos humanos".

Santa Maria Maior, em Roma. Abril y Castello: nossa guia à santidade é Maria

Sobre o amor e a fraternidade, se concentraram as palavras do Cardeal Santos Abril y Castello que presidiu a celebração de Santa Maria Maior, em Roma. "A Porta Santa simboliza Jesus, que se apresentou com este título,"Eu sou a porta das ovelhas", disse, e agora quando estamos no fim do Ano Santo da Misericórdia “Jesus nos examina sobre o nosso amor a Deus e aos irmãos". Neste caminho rumo à santidade, continuou o cardeal, "precisamos de um guia, ou seja, da mão materna de Maria", aquela que indica o caminho para Cristo. Enfim, o cardeal recordou as palavras pronunciadas pelo Papa Francisco em 1º de janeiro, quando abriu a Porta Santa de Santa Maria Maior: "Qualquer um que passe por esta porta - disse o Papa - pode partir desta Basílica com a certeza de que terá a seu lado a companhia de Maria". (SP)

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Cardeal Parolin: Síria, situação dramática. Encontrar uma saída

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Roma (RV) - Deter o Estado Islâmico é uma prioridade para o retorno dos cristãos às suas terras. Os povos da Síria e Iraque esperam com confiança o fim da guerra para reencontrar a estabilidade.

A este propósito conversou com a nossa emissora o Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, que participou do encontro internacional “Damasco, prisma de esperanças” que se concluiu neste domingo (13/11), em Roma, promovido pelo Pontifício Instituto Oriental que celebra 100 anos de fundação. 

Cardeal Parolin: “Esperamos que a situação se encaminhe pela estrada justa a fim de alcançar primeiramente o cessar-fogo. Depois, o fim da guerra e uma solução negociada. Esta é a insistência da Santa Sé: Que as partes envolvidas se unam e encontrem uma saída. Esta é a nossa esperança. Esperamos que os novos cenários internacionais, criados pela eleição do novo presidente nos Estados Unidos, possam servir para este objetivo. Desejamos também uma solução para os cristãos a fim de que possam ser integralmente cidadãos de suas terras e seus países, que possam contribuir na construção de suas sociedades, como os demais cidadãos, e que se sintam parte dessa sociedade.”

No Iraque, os povoados estão retornando, lentamente, aos povoados da Planície de Nínive, não obstante a maior parte dos cristãos permaneça nos campos de refugiados do Curdistão iraquiano. 

A situação em Aleppo, na Síria, é crítica, pois mais de 250 mil pessoas se estabeleceram nos bairros orientais da cidade. Sobre esta situação, eis o que disse o Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri.

Cardeal Sandri: “Infelizmente, todas as notícias que chegam nos enchem de angústia, sofrimento e participação na dor terrível de nossos irmãos sobretudo em Aleppo, mas também em todo o Oriente Médio. Não obstante este panorama negativo e obscuro, invocamos a luz da paz, do acordo, do diálogo, do encontro entre todos os povos do Oriente Médio, de todas as religiões, e que os cristãos possam ser sempre um ponto de equilíbrio nesta amada região.”

Solidariedade aos cristãos da Síria e Iraque foi manifestada também pelo Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa.

Dom Pizzaballa: "Não há cristão que não fale sobre seus irmãos na Síria e Iraque. É muito bonito ver a solidariedade. Todas as comunidades cristãs manifestam solidariedade, até mesmo concreta, com coletas e vigílias de oração aos seus irmãos cristãos. Ficam admiradas pelo testemunho que dão e são encorajadas. Ver o testemunho dos cristãos da Síria e Iraque, incentiva os cristãos da Terra Santa a olharem pra frente com confiança, não obstante os problemas existentes na terra de Jesus. Em Israel e Palestina, como em todo o Oriente Médio, existem fenômenos de extremismo e são preocupantes porque não são mais esporádicos como uma vez, mas seguem ideologias que começam a preocupar. Acredito que ainda exista tempo para gerir estas situações que no resto do Oriente Médio estão fora de controle.” 

(MJ)

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Vaticano e o meio ambiente: ilha ecológica para tratamento de resíduos

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Cidade do Vaticano (RV) – A segunda-feira (14) marca o início das operações da nova área ecológica localizada dentro do Vaticano. Mesmo com extensões territoriais limitadas, o menor país do mundo produz seus resíduos e uma ilha ecológica vai otimizar o programa de coleta diferenciada do lixo gerado dos escritórios e dos apartamentos dos residentes.

Uma área dentro do Vaticano foi individuada pela Direção de Serviços Técnicos e adaptada segundo exigências específicas para ilhas ecológicas, ou seja, locais de coleta seletiva de lixo. Dezenas de pessoas irão trabalhar no diagnóstico e gestão dos mais diversos resíduos que depois serão encaminhados para reciclagem ou reutilização. Um compactador de embalagens de papel e papelão servirá como teste para inaugurar a nova área que, num segundo momento, deverá se transformar em ponto de coleta principal para toda a Cidade do Vaticano.

Nos últimos dois anos  diversos coletores de diferentes cores para a separação seletiva do lixo foram distribuídos aos usuários e residentes. A própria Encíclica Laudato si’ de Papa Francisco contribuiu em modo determinante para acelerar a realização do sistema de coleta de maneira mais organizada. A ilha ecológica do Vaticano será capaz de dar um destino adequado aos resíduos para aumentar a reciclabilidade de materiais. (AC)

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Enzo Bianchi sobre encontro na Gregoriana: servire Cristo nei poveri

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Cidade do Vaticano (RV) - A relação entre alimento e misericórdia é fundamental para o cristão. Tanto do ponto de vista litúrgico – basta pensar na Eucaristia e na dimensão comunitária da “fração do pão” –, quanto do ponto de vista social.

Face a 790 milhões de pessoas no mundo que passam fome enquanto, de outro lado, 2 bilhões de pessoas se encontram acima do peso, Francisco tem insistentemente recordado o direito do homem ao alimento e que é “necessário tornar todos partícipes dos frutos da terra”.

Essas questões foram tratadas estes dias num encontro na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, promovido em colaboração com a Fundação Internacional “Don Luigi Di Liegro” onlus e o patrocínio da região italiana do Lácio para o Jubileu. O relator principal foi o fundador e prior da Comunidade monástica de Bose, Enzo Bianchi. Entrevistado pela Rádio Vaticano, eis o que disse:

Enzo Bianchi:- “Alimento é misericórdia, porque alimento significa vida. Portanto, a primeira misericórdia que devemos ter para com o próximo é permitir-lhe viver, ser solícito com sua vida e ajudá-lo a viver. Por conseguinte, o alimento é uma coisa que todos podem fazer, mesmo as pessoas mais desprovidas, e partilhando aquele pouco que têm, cuidam da vida do outro.”

RV: É importante, neste contexto, o conceito de “partilhar o pão”?

Enzo Bianchi:- “Sim, porque com o profeta Isaías – não nos esqueçamos –, torna-se partilhar com o pobre; depois, na Igreja, torna-se o ato eucarístico por excelência. Mas o grande mistério da Eucaristia nos remete ao Cristo pobre e ao serviço que devemos prestar a Cristo nos pobres.”

RV: Quando o Papa Francisco fala em partilhar o alimento, que continuidade podemos encontrar na história da Igreja até o Papa Francisco e a Laudato si?

Enzo Bianchi:- “Certamente, o Papa Francisco se coloca em sintonia com os Padres da Igreja; não há um centro diferente entre os Padres da Igreja, não há um centro diferente entre os Padres da Igreja e o Papa Francisco. Podemos dizer que Paulo VI na Populorum Progressio tivera essas conotações. Indubitavelmente, nesse sentido, há um sopro evangélico muito forte por parte do Papa Francisco.”

RV: O Jubileu está para concluir-se. Como podemos avaliar este Jubileu da Misericórdia do ponto de vista dos fiéis?

Enzo Bianchi:- “Digo apenas que, se serviu para entenderem melhor a misericórdia como o anúncio central do Evangelho, já alcançou a sua finalidade.” (MR / RL)

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Catholicós da Igreja assíria do Oriente encontrará o Papa Francisco

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Irbil (RV) - O catholicós-patriarca da Igreja assíria do Oriente, sua Santidade Mar Gewargis III estará em Roma a partir desta quarta-feira até o próximo sábado (19/11) para encontrar o Papa Francisco, informa o jornal vaticano “L’Osservatore Romano”.

Gerwargis III foi consagrado patriarca em 2015 em Irbil, no Iraque, sucedendo Mar Dinka IV, falecido em 26 de março do mesmo ano.

Uma Igreja que conta hoje 500 mil fiéis no mundo

A Igreja assíria do Oriente tem suas raízes históricas na atividade missionária da Igreja primitiva, quando esta dirigiu-se ao leste, rumo à Mesopotâmia e à antiga Babilônia, fora do Império Romano. A pátria originária de grande parte dos fiéis assírios é o atual Iraque.

Existem comunidades também na Índia, no Líbano, Síria e Irã. Infelizmente, devido a repetidos períodos de perseguição, a maior parte dos fiéis assírios migrou para o Ocidente. Hoje, a Igreja assíria conta cerca de 500 mil fiéis e tem dioceses também na Europa, no Brasil, Canadá, nos EUA e na Austrália.

Após as eleições do catholicós-patriarca, o Sínodo confirmou o retorno da sede patriarcal a Irbil, a qual desde 1940 tinha sido transferida para Chicago, EUA. Como muitas outras Igrejas no Oriente Médio, a Igreja assíria do Oriente encontra-se tendo que enfrentar muitos desafios. (RL)

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Igreja no Brasil



N. S. de Nazaré, 'Rainha da Amazônia': devoção e fé autêntica

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Belém (RV) – Chegou aqui à sede da Comunidade Sementes do Verbo, na capital paraense, uma cópia da imagem de Nossa Senhora de Nazaré. A imagem peregrina foi colocada sobre um pedestal, ao lado da mesa de trabalhos, no auditório do Encontro. Com ela, a inseparável corda que caracteriza a imagem e que simboliza a sua ligação com o povo.

Quem trouxe a imagem foi o Mons. Raimundo Possidônio, conhecido como Padre Cid, ‘nascido, batizado, criado e ordenado em Belém’. Pároco de Nossa Senhora de Fátima, trabalha na coordenação de pastoral da arquidiocese, é professor de história da Igreja na Universidade Católica de Belém, e nos explica a raiz desta devoção.

“Nossa Senhora de Nazaré é a chamada ‘Rainha da Amazônia’, porque é impressionante como o povo paraense aonde chega, cria esta devoção. Então, se procurarmos aqui na Amazônia, as principais capitais têm todas o chamado ‘Círio de Nazaré’, assim como em outras regiões do interior também. O Círio é como se fosse a matriz de outras manifestações religiosas . costumamos estudar aquilo que os antropólogos chamam de ‘circularidade de festas’, que começa com o Círio e vai se espraiando por esta Amazônia toda com Santo Antônio, São Benedito, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora do Carmo, da Conceição...”.

“É um ciclo de festas aonde o povo participa de uma forma muito forte. Aqui eu creio que para o pastoralista, para o bispo, o teólogo, o historiador, tem sempre um questionamento sobre como de fato fazer com que este povo devoto seja um povo também de fé, de uma fé que se autentica na obediência à Palavra de Deus, no conhecimento mais profundo de Jesus Cristo, na sua participação na vida da Igreja. Este talvez seja um dos maiores desafios da Igreja Católica aqui na Amazônia”. 

(CM)

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Igrejas-irmãs da Amazônia: receber ajudando

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Belém (RV) – A Amazônia é historicamente alvo de depredação, desmatamento, biopirataria, queimadas, tráfico de drogas e de pessoas, prostituição infantil,  desrespeito pelas áreas indígenas, ao que se somam as grandes obras e o impacto que acarretam, em função do ganho econômico que proporcionam para poucos.  

Como pode a Igreja estar presente neste imenso território, diante também da queda de vocações? O projeto Igrejas-irmãs quer dar uma resposta a este desafio, vista também a disparidade numérica entre o Norte e o Sudeste.  

Membro  da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, Dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo auxiliar de São Luis, (MA) está em Belém e é um dos promotores do Encontro da Igreja católica na Amazônia com as igrejas irmãs, que será realizado nos dias 17 e 18 de novembro, reunido em Belém bispos de cerca de 30 dioceses parceiras da Amazônia aos bispos amazônicos já presentes na capital paraense. Ele nos falou sobre as perspectivas deste evento, há 25 anos do primeiro:

“Em primeiro lugar, vamos agradecer por todos os passos dados nestes anos. Em segundo lugar, verificar que em muitas Igrejas da Amazônia e também do Nordeste as vocações nativas foram surgindo. Isto muda a relação com as Igrejas-irmãs e aquela ideia inicial de que quem envia é quem colabora, vai mudando, porque agora se vê a importância daqueles que recebem, no caso especial da Amazônia, possam também contribuir com a sua experiência e com a sua vida para aquelas Igrejas que enviam. Isto é muito importante; por isso, este Encontro vai ajudar a refazer todo esse projeto, a fim de que nós possamos continuar sendo Igreja missionária dentro do Brasil e missionária também que já envia para outros países. Vemos com alegria dioceses do Brasil, inclusive da Amazônia, que já enviam missionários – padres, leigos e religiosos – para a África e para outros lugares”.

Ouça o bispo aqui: 

 

(CM)

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Encontros de bispos da Amazônia: uma longa história

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Belém (RV) –  Os encontros exclusivamente de bispos amazônicos têm uma longa história. O primeiro , em 1952, no II Congresso Eucarístico do Amazonas, reuniu bispos e prelados da área para a instalação da Arquidiocese de Manaus. O Padre Vanthuy Neto, amazonense, diretor do ITEPES, Instituto de Teologia e Ensino Superior da Amazônia, que em Belém, no II Encontro da Igreja da Amazônia Legal, fará uma apresentação sobre o histórico dos encontros da Amazônia. Ele nos diz o que todos eles, desde 1952, têm em comum. 

“Já na década de 50, os bispos da Amazônia se sentiram impelidos a descobrir que isolados não dava para caminhar. Isto repercute em todos os grandes encontros. Este é o primeiro grande sinal, que repercute em todos os grandes Encontros. Vamos nos dar as mãos, somos uma região muito grande e é preciso a gente se unir. Se nós nos separarmos, a ação evangelizadora e nossa ação de bispos, enfraquece.

O segundo é uma grande preocupação com a região da Amazônia: os povos indígenas, a questão da terra, a situação das comunidades.

O terceiro aspecto muito bonito é a consciência de que as forças são poucas: somos poucos missionários, poucos agentes de pastoral.

Um quarto aspecto é que a Igreja está viva, mesmo sendo pequena, espalhada nesta grande Amazônia, mas ela está viva e se torna voz daqueles sem voz, como por exemplo os povos indígenas. Desde a década de 60 isto cresceu muito. Depois nasceu o CIMI. Em relação aos trabalhadores, aos pequenos do campo, nasceu a CPT em 1975 como uma resposta: a igreja está perto para ajudá-los.

Em relação à formação, nasceram os Institutos de Pastoral de Manaus, de Belém, desejosos de formar o povo. Mas a grande temática e toda a Igreja é formar a Igreja pelo caminho das comunidades”. 

(CM)

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Belém: II Encontro da Igreja na Amazônia Legal

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Cidade do Vaticano (RV) - Realiza-se em Belém, no Pará, o II Encontro da Igreja na Azmônia Legal. Os trabalhos se concluem na próxima quarta-feira, dia 16. A nossa colega Cristiane Murray está seguindo os trabalhos e nos fala diretamente de Belém. (SP) 

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Belém aguarda início do II Encontro da Igreja na Amazônia Legal

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Belém (RV) – A capital paraense recebe a partir desta segunda-feira (14/11) o II Encontro da Igreja na Amazônia Legal, que deve analisar a conjuntura religiosa, social e política da região, incluindo as questões indígenas e da terra. O programa prevê ainda painéis sobre a história da Igreja na Amazônia,  propostas e uma carta-compromisso final. A RV está presente no evento e conversou com a Irmã Irene Lopes, assessora da Comissão Episcopal da Amazônia,que fala da participação e da agenda do Encontro:

“Os participantes provêm de quase todos os regionais da Amazônia, são cerca de cinquenta bispos de toda a Amazônia Legal, além de outros representantes dos bispos que não podem estar aqui. Há também outros convidados como leigos e secretários dos Regionais”.

“No outro encontro, em 2013,  surgiu a proposta para que no sucessivo se escutasse mais os bispos , para podermos saber o que os bispos querem de suas dioceses, de seus regionais, e poder depois dar uma continuidade do processo a partir daquele Encontro. Estaremos avaliando o encaminhamento e propondo novas sugestões sobre o que a Amazônia precisa para este novo quadriênio”.

“Nós falamos que existem diversas Amazônias... A Amazônia aqui do Pará é muito diferente e pode ter muito mais dificuldades  do que a Amazônia do Amazonas, do Regional Norte 1. E também outros Regionais  como Oeste 2 e Norte 3... cada um tem a sua característica de Amazônia, mas para a CNBB são todos Amazônia Legal”.

Sobre a ausência de Dom Cláudio Hummes, Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, e de Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília e recém-nomeado Cardeal, Irmã Irene diz que “é uma grande alegria para a Igreja do Brasil ter Dom Sérgio como Cardeal e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil”.

“Num primeiro momento, Dom Cláudio ficou até assustado: “Como não vou participar do Encontro? Mas como Cardeal e amigo do Papa, como deixar de participar do Consistório, principalmente com um Cardeal brasileiro?”. Então, por motivo também das viagens, ficaria muito cansativo vir a Belém e depois voltar a São Paulo e imediatamente viajar, nós mesmos propusemos que seria melhor virmos toda a equipe da Comissão, com Dom Erwin Krautler, (bispo emérito do Xingu e membro da Comissão) e ele ficaria então livre para ir a Roma”.

Para ouvi-la, clique aqui: 

(CM)

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Igreja na América Latina



Depois de torturado, sacerdote é libertado no México

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Cidade do México (RV) – O sacerdote diocesano José Luis Sánchez Ruiz, sequestrado na última sexta-feira, 11 de novembro, foi libertado este domingo com “sinais evidentes de tortura”, segundo o comunicado divulgado pela Diocese mexicana de San Andres Tuxtla, de Veracruz, assinado pelo Bispo Fidencio Lopez Plaza.

Segundo referido pela Agência Fides, o Bispo agradece pelo interesse das autoridades e informa que a comunidade aguarda as conclusões do Ministério Público que possam esclarecer os fatos.

Dom Lopez Plaza agradece também pela “sentida solidariedade e a oração de todos os fieis, como da Confederação Episcopal Mexicana, e em particular, os bispos da Província Eclesiástica de Veracruz”.

Segundo a imprensa local, Padre Sánchez Ruiz, pároco da Paróquia ‘Los 12 Apóstoles’, em Catameo, nos dias que precederam seu sequestro havia recebido ameaças, seguramente devido às duras críticas contra a corrupção e o crime organizado na cidade de Catemaco.

Os cidadãos, mais de uma vez, haviam se manifestado contra a falta de segurança e a prepotência do crime organizado.

A Fides em diversas ocasiões assinalou que os Estados mexicanos de Veracruz, Guerrero e Michoacán são as regiões mais violentas, também para os sacerdotes.

(je/fides)

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Igreja no Mundo



Perspectivas e desafios da Europa em seminário da Caritas em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) – As políticas europeias vivenciadas entre as pessoas e a comunidade, com olhar atento aos últimos e aos excluídos, serão analisadas em seminário organizado pela Caritas italiana a partir desta segunda-feira (14), em Roma. Em debate a luta à pobreza e pelas políticas sociais, direitos dos excluídos e migrações.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o diretor da Caritas italiana, Pe. Francesco Soddu, comentou sobre as perspectivas e esperanças do Velho Continente.

Pe. FrancescoDeveríamos procurar todos juntos as perspectivas. Não digo perseguindo, mas fazendo com que aquelas interrogações colocadas à Igreja e às instituições cheguem a nós também. Refazer as etapas históricas antes de se chegar à União Europeia certamente nos faz bem, mas também procurar se direcionar sobre as questões críticas e, em modo especial, confiando, enquanto cristãos, ao que provém da Sagrada Escritura, aventurando-se a compor aquelas tramas de solidariedade e de convivência pacífica, promovendo sobretudo os mais pobres: isso sim nos levaria a uma Europa nova, a uma Europa feita não somente sobre os princípios mais exaltados, mas sobretudo aos princípios que, acima de tudo, são vividos por comunidades locais, comunidades eclesiais e comunidade institucionais em nível menor.

Perante às dificuldades, porém, procura-se sempre mais frequente se fechar no medo. Como reencontrar a esperança?

Pe. FrancescoTudo aquilo sobre o que se constrói hoje é, exatamente, o medo. Estamos perante a um verdadeiro e próprio paradoxo: se um dos fundamentos para criar a Europa foi o desejo de afastar o medo de poder incorrer sobre aqueles graves erros sinalizados pelo fechamento, pela afirmação própria e nacionalismos exasperados que levaram a consequências gravíssimas; hoje, aquele mesmo medo vem certamente exibido por uma verdadeira e própria inversão de marcha. Deveríamos então nos questionar, acolhendo sobretudo aquelas orientações que vêm de um personagem que hoje parece e é para nós a única figura de referência a longo prazo, aquela do Santo Padre que nos diz que uma paz duradoura é a construção de uma Europa na medida em que se lembram dos valores de fundação mas que vibram perante uma comunidade acolhedora. Esse pode realmente ser um grande sinal de esperança. Papa Francisco nos lembra que tudo isso deve ser feito caminhando juntos. (AC)

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Porta Santa fechada em Bangui, mas espírito do Jubileu continua a agir

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Bangui (RV) – As Portas Santas do Jubileu da Misericórdia em todas as Dioceses do mundo foram fechadas no domingo, 13 de novembro. No próximo dia 20, Solenidade de Cristo Rei, o Papa Francisco encerrará o Ano Santo com uma solene celebração na Basílica de São Pedro.

Um fato inédito na história da Igreja foi a abertura do Ano Santo não em Roma, mas em Bangui, capital da República Centro Africana, em 29 de novembro passado, quando da visita do Pontífice ao país. Também na Catedral de Bangui a Porta Santa foi fechada. Ouçamos as palavras do Padre Mathieu Bondobo, diretamente de Bangui, sobre este Ano Santo:

“Uma emoção única. Ouvimos o Santo Padre em 29 de novembro durante a sua visita na República Centro Africana e com a abertura da primeira Porta Santa, um evento grandioso, um evento espiritual único na história da Igreja. Ontem, com a celebração da conclusão do Ano Santo, vivemos novamente também a emoção da acolhida do Santo Padre. Todas as paróquias da capital e todas as da Arquidiocese de Bangui, e tantas pessoas de boa vontade, tomaram parte na celebração. Convidamos também os nossos irmãos muçulmanos e os nossos irmãos protestantes. O Santo Padre, vindo a Bangui, nos indicou o caminho da misericórdia para a paz nesta terra, que há muitos anos está sofrendo. Assim, ontem, foi um dia de agradecimento porque esta terra, este país, viveu também coisas boas durante este Ano Santo e portanto a bênção do Senhor desceu sobre cada um de nós e acolhemos este encerramento como uma missão”.

RV: Na abertura da Porta Santa estavam presentes ao lado do Arcebispo de Bangui, o Imame e o Pastor protestante local. Este sinal tangível de diálogo inter-religioso, o quanto tocou o coração do povo centro-africano?

“Todos os líderes religiosos, o Imame, o Pastor e a Igreja de Bangui, desde o início, colocaram-se juntos para dar este testemunho, este sinal visível que não existe guerra de religião: o problema está em outro lugar”.

RV: Abrindo a Porta Santa em Bangui, Francisco disse que a cidade – Bangui – era a “capital espiritual” do mundo. Quais os frutos recolhidos na fé pelo vosso povo neste Ano Jubilar, iniciado precisamente aqui em Bangui?

“Digamos que esta é uma das frases do Santo Padre que as pessoas na África Central repetem. Esta palavra do Santo Padre é forte para nós. É Pedro que fala. Sabemos que quem encontra Pedro, encontra Jesus. Assim, é uma palavra para ser levada a sério. Depois disto, é também um belo desafio para nós da República Centro Africana: o que fizemos para merecer isto? Nada. Não fizemos nada. Não merecemos nada aos olhos de Deus, porém o Senhor colocou o seu olhar misericordioso sobre nós e nós o acolhemos. E isto na capital espiritual do mundo diz muito mais: diz que cada africano, cada habitante de Bangui, deve procurar, no seu modo de viver e de agir, viver esta capital espiritual do mundo. Isto significa que Deus está aqui, Deus está presente e com Ele podemos fazer coisas grandes, porque o seu Espírito nos impele a fazer coisas grandes. Assim, Bangui, que tornou-se a “capital espiritual do mundo”, foi acolhida por nós, estamos vivendo-a para a alegria de Deus”.

RV: Como sabemos, infelizmente existe também quem não deseja a paz na República Centro Africana. O senhor pensa que a onda do Jubileu será mais forte, com este sinal de diálogo entre expoentes de diversas religiões?

“A onda do Jubileu terá – a meu ver – um impacto, algo de muito positivo para este país. Em breve se realizará um encontro em Bruxelas, onde se discutirá muito a paz na República Centro Africana. Tudo isto entregamos ao Senhor. Todo o povo da República Centro Africana reza sempre pela paz. Acredito que – como dizem as Sagradas Escrituras: “um pobre grita e o Senhor o escuta” – estamos vivendo, estamos rezando para que o Senhor possa ouvir a nossa oração, que possa escutar este grito que vem do profundo do coração do povo da República Centro Africana. Esta onda do Jubileu, estou certo de que dará os seus frutos, porque Deus é a paz definitiva. Portanto, estamos pedindo a Deus para agir, para fazer alguma coisa em nosso país, a República Centro Africana. Estamos rezando para Ele, mas também O estamos buscando, porque quem reza e não faz nada pela paz, talvez não seja cristão. Cada um está buscando o caminho da paz e com esta graça jubilar acredito que isto seja possível”.

(je/ag)

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Formação



Congresso sobre a Misericórdia conclui Ano Jubilar na Rússia

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Moscou (RV) – Um Congresso nacional sobre a misericórdia marcará para a Igreja Católica na Rússia a conclusão deste Ano Jubilar. O encontro será realizado em Marks, de 17 a 20 de novembro, e terá como título “Anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho”.

A primeira parte do Congresso será dedicada à “experiência de misericórdia”. Após a introdução sobre “Javé, Deus de misericórdia na fé do Antigo Testamento” e sobre o Santo Dr. Haas, “testemunha de misericórdia em terras russas”, se seguirá o trabalho de grupos, introduzido pela experiência dos “missionários da misericórdia russos.

Dr. Haass

Friedrich Joseph Haas (Bad Munstereifel, 10 agosto de 1780 – Moscou, 16 agosto de 1853) era um médico alemão, que viveu quase toda a sua vida na Rússia. Por este motivo è comumente recordado com o nome russo, Fëdor Petrovič Gaaz. Setu trabalho no âmbito médico foi centrado nos doentes pobres e nos prisioneiros russos, em favor dos quais lutou diariamente, pra que tivessem condições melhores.

Fantasia da misericórdia

A segunda parte, por sua vez, se desenvolverá sobre “a fantasia da misericórdia”. A reflexão sobre “Jesus Cristo, rosto da misericórdia do Pai”, precederá a participação da Comunidade João Paulo II, que falará sobre “a misericórdia não é uma palavra abstrata, mas um modo de vida”.

Os grupos irão refletir sobre “a escola de Maria, Mãe da Misericórdia” e sobre o que significa hoje ter “fantasia na misericórdia”.

Participantes

“Esperamos 60 participantes, de Kaliningrado à Yakutsk. Virão também o novo Núncio, Dom Celestino Migliore, o Arcebispo Pezzi, de Moscou e o Bispo de Klimovicz, de Irkutsk”, declarou à Agência SIR, Dom Clemente Pickel de Saratov.

Para completar o programa, também será tratado o tema “tempos para a liturgia e para a partilha”.

Primeira igreja após a Revolução

A Igreja em Marks foi a primeira construída na Rússia após 1917, ano da Revolução. O templo foi consagrado em novembro de 1993 e dedicada a Cristo Rei, cuja festa é celebrada em toda a Igreja em 20 de novembro, precisa Dom Pickel.

(je/sir)

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1717: Espetáculo mostra diversidade que se une em N S Aparecida

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Rádio Vaticano (RV) – A Companhia 2 pontos de Florianópolis trouxe a Roma o espetáculo 1717, apresentado no dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida. 

Seguimos apresentando a série de entrevistas com os idealizadores do espetáculo, Alexandra Klein e Riccardo Tetzner. Hoje eles nos contam de um dos atos mais especiais do espetáculo em que pedidos feitos pelo público são lidos no palco.

E também de um momento muito marcante da peça: a leitura de uma crônica na voz de Elisa Lucinda.

“Teve muitas palmas e, logo depois, a gente dança no silêncio. E continuam as pausas. E isso é muito rico para a gente. Em todas as apresentações do 1717 isso aconteceu. E foi muito importante para a gente porque o silêncio é justamente a resposta – em nossa concepção, claro – de toda essa reflexão da Elisa Lucinda de que o brasileiro rouba e se tem na cabeça que ele é corrupto: não, o brasileiro não é corrupto. Isso é uma coisa que foi inserida e o brasileiro tem, precisa começar a mudar, principalmente agora neste momento complicadíssimo do Brasil. Tem que ter uma união. Tem que ter essa diversidade, mas tem que ser uma diversidade unida”, disse Ricardo Tetzner.

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Comunicar a experiência do amor e do encontro com Jesus Cristo

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição de hoje do quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” continuando trazendo as considerações e ponderações do bispo da Diocese de Garanhuns – PE, Dom Paulo Jackson Nóbrega de Souza, sobre diferentes aspectos deste projeto de animação missionária que propõe a colocar toda a Igreja na América Latina e Caribe em estado permanente de missão. 

Vale lembrar que um dos compromissos centrais de Aparecida foi despertar a consciência discipular dos cristãos, resgatar a dimensão missionária da Igreja e convocar para uma Missão em todo o subcontinente.

Nas palavras da Conferência de Aparecida (2007), a Igreja está chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americanas e mundiais. (...) Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários.

Ainda segundo o Documento de Aparecida, isso não depende tanto de grandes programas e estruturas, mas de homens e mulheres novos que encarnem essa tradição e novidade, como discípulos de Jesus Cristo e missionários de seu Reino, protagonistas de uma vida nova para a América Latina que deseja reconhecer-se com a luz e a força do Espírito.

Nessa linha, na edição de hoje o bispo de Garanhuns nos diz o que precisa ser feito, a seu ver, para que os fiéis possam efetivamente sentir-se comprometidos, a partir de seu Batismo, a ser discípulos missionários de Jesus Cristo. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Presidente do Haiti alerta para emergência alimentar no país

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Roma (RV) – A comunidade internacional não está cumprindo o seu compromisso em favor da reconstrução do Haiti. A denúncia é do Presidente interino, Jocelerme Privert, que em uma entrevista à BBC, falou das perdas devastadoras provocadas pelo Furacão Matthew.

Os danos provocados pela passagem do furacão, em 4 de outubro, correspondem ao PIB do Haiti. O Presidente falou à BBC nos dias passados, denunciando uma crise alimentar sem precedentes e o aumento da taxa de desnutrição. Ele fez um premente apelo para uma rápida intervenção da comunidade internacional, pois aquilo que foi feito até agora “não é o suficiente”.

O furacão,  elevado à Categoria 4, devastou grande parte do Haiti, atingindo mais de dois milhões de pessoas. O governo estima que 1,5 milhões de haitianos têm necessidade de assistência imediata, entre eles, os mais de 140 mil que vivem em abrigos temporários.

Sem um aporte econômico imediato que apoie a retomada da agricultura – explica ainda Privert – a situação somente irá piorar. O risco é que em três ou quatro meses nos encontraremos em uma grave crise alimentar.

Assiste-se a uma propagação da fome, denunciam também as organizações não governamentais que trabalham no país. O Haiti, antes da devastação provocada pelo furacão, já enfrentava três anos de seca, ou seja, já era marcado por altos níveis de desnutrição.

Federico Palmas,  responsável por uma das ONGs que atua no país (GVC Itália), falou aos microfones da Rádio Vaticano:

“Infelizmente, este tufão chegou com uma pontualidade terrível em relação ao calendário agrícola: dizimou praticamente toda a segunda colheita anual, de uma população que vive principalmente da agricultura de subsistência, sobretudo naquelas áreas. Penso que nos Departamentos de Grand-Anse, do Sul, e de Nippes - que são as três mais atingidas pelos ventos de mais de 100 km horários – o furacão tenha destruído até 80% das colheitas. Isto leva a uma situação em que 1 milhão e meio de pessoas estão em situação de fome neste momento. E estarão assim nos próximos meses, porque além do impacto imediato, danificou também aquilo que deveria ser colhido, destinado ao suprimento das necessidades alimentares para toda a seguinte estação seca”.

RV: Falando em termos econômicos, de quanto teria necessidade atualmente o Haiti para reconstruir aquilo que o Matthew destruiu?

“Para reconstruir tudo aquilo que o Matthew destruiu, provavelmente será necessário mais, no entanto, as estimativas para as operações de life-saving para os próximos três meses, fala-se de 120 milhões de dólares. Destes, cerca de 70 são necessários para resolver o problema alimentar, da segurança alimentar e da nutrição em geral. Claramente, a segunda emergência é aquela relativa à disponibilidade de água para o consumo humano e para conter os possíveis focos do cólera, assim como de toda uma série de outras doenças ligadas à contaminação da água”.

(je/fs)

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Indonésia: criança morre e outras três ficam feridas em atentado à igreja

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Cidade do Vaticano (RV) – Uma das crianças feridas no atentado a uma igreja na Indonésia não resistiu e faleceu nesta segunda-feira (14) no hospital. O ataque aconteceu no domingo (13) em Samarinda, capital da província de Kalimantan Oriental, na ilha de Bornéu. 

Segundo a agência AsiaNews, Olivia Intan Marbun, de 2 anos, estava brincando junto com outras três crianças em frente à igreja e à espera dos pais, quando um radical islamita jogou vários coquetéis molotov contra o local de culto cristão. Todos os feridos durante o atentado são de etnia Batak, membros da igreja protestante. As outras três crianças feridas, duas de 4 anos e uma de 5, continuam internadas em graves condições.

Suspeito de ataque teria ligação com terroristas

Um suspeito de 32 anos foi detido pelos moradores momentos depois do atentado. A polícia prendeu Jo Bin Muhammad Aceng Kurnia, conhecido como Johanda, um ex-presidiário por crimes terroristas e que pode ter ligação com o autoproclamado Estado Islâmico. Junto a ele outras cinco pessoas que podem ter relação ao ataque também foram presas.

As igrejas protestantes condenam o clima de intolerância no país

O Sínodo das Igrejas Protestantes da Indonésia divulgou um documento em que define o atentado terrorista “uma tragédia humana”. Os atos violentos, como diz o comunicado, nunca podem ser a melhor solução para resolver os problemas: “pedimos à polícia que enfrente essa emergência o mais rápido possível. A intolerância não pode ser tolerada de nenhuma maneira, inclusive os discursos de ódio que levaram aos protestos das últimas semanas”. A citação faz referência às manifestações contra o governador cristão acusado de blasfêmia. Segundo analistas, essa movimentação faz parte de um plano político para derrubar o presidente Joko Widodo. (AC)

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Acompanhe com a RV o encerramento do Jubileu

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Cidade do Vaticano (RV) – Com o fechamento das Portas Santas ao redor do mundo, o Jubileu da Misericórdia entra em sua reta final.

A única Porta ainda aberta é a da Basílica Vaticana, que o Papa Francisco fechará no próximo domingo (20/11), no encerramento deste Jubileu. A Rádio Vaticano transmitirá esta cerimônia ao vivo, com comentários em português, às 6h55 – horário de Brasília.

Ao fechar a Porta Santa – escreve o Papa na Bula de convocação deste Ano jubilar – “irão nos animar, antes de tudo, sentimentos de gratidão e agradecimento à Santíssima Trindade por nos ter concedido este tempo extraordinário de graça. Confiaremos a vida da Igreja, a humanidade inteira e o universo imenso à Realeza de Cristo, para que derrame a sua misericórdia, como o orvalho da manhã, para a construção de uma história fecunda com o compromisso de todos no futuro próximo. Quanto desejo que os anos futuros sejam permeados de misericórdia para ir ao encontro de todas as pessoas levando-lhes a bondade e a ternura de Deus! A todos, fiéis e afastados, possa chegar o bálsamo da misericórdia como sinal do Reino de Deus já presente no meio de nós”.

O Papa Francisco dedicou aos socialmente excluídos a semana que antecede o fechamento do Jubileu. Portanto, nestes últimos dias de Ano jubilar, haverá somente o Consistório para a criação de 19 novos cardeais, entre os quais o Arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha. A Rádio Vaticano também transmitirá ao vivo este evento no sábado, dia 19, a partir das 7h55.

Desde o dia 8 de dezembro de 2015, quando Francisco abriu a Porta Santa da Basílica de São Pedro, 20 milhões e 415 mil peregrinos vieram ao Vaticano para celebrar o Jubileu.

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