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Sumario del 18/11/2016

Papa e Santa Sé

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Papa e Santa Sé



Papa: Deus dê aos sacerdotes a coragem da pobreza cristã

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Cidade do Vaticano (RV) - As pessoas não perdoam um sacerdote apegado ao dinheiro, que o Senhor nos dê a graça da pobreza cristã: foi o que disse o Papa durante a Missa na Casa Santa Marta da sexta-feira, (18/11). Concelebraram com Francisco os secretários dos núncios apostólicos, presentes  no Vaticano para o seu Jubileu. 

No Evangelho do dia, Jesus expulsa os mercantes do Templo que transformaram a casa de Deus, um lugar de oração, num “covil de ladrões”. “O Senhor – explicou o Papa – nos faz entender onde está a semente do anticristo, a semente do inimigo, a semente que estraga o seu Reino”: o apego ao dinheiro. “O coração apegado ao dinheiro é um coração idolatra”. Jesus diz que não se pode servir dois senhores, dois patrões”, Deus e o dinheiro. O dinheiro – afirmou o Papa - é “o anti-Senhor”. Mas nós podemos escolher:

“O Senhor Deus, a casa do Senhor Deus, que é casa de oração, de encontro com o Senhor, com o Deus do amor. E o senhor-dinheiro, que entra na casa de Deus, sempre tenta entrar. E essas pessoas que trocavam moedas ou vendiam coisas, mas, alugavam aqueles lugares, eh?: aos sacerdotes … alugavam para os sacerdotes, depois entrava o dinheiro. Este é o senhor que pode arruinar a nossa vida e pode nos conduzir a acabar com a nossa vida, sem felicidade, sem a alegria de servir o verdadeiro Senhor, que é o único capaz de nos dar a verdadeira alegria”.

”É uma escolha pessoal” – afirmou o  Papa, que perguntou: “Como é a atitude de vocês em relação ao dinheiro? São apegados ao dinheiro?”:

Percepção

"O Povo de Deus, que tem uma grande percepção de aceitar como em louvar e condenar - porque o Povo de Deus tem a capacidade de condenar -, perdoa as tantas fraquezas e pecados dos sacerdotes. Porém, não pode perdoar dois: o apego ao dinheiro, quando o vê interessado apegado ao dinheiro: isso ele não perdoa; e o maltrato aos fiéis: isto o Povo de Deus não suporta e não perdoa. Outras coisas, outras fraquezas, outros pecados não lhe estão bem, mas pobre homem é solitário... enfim, busca justificá-lo. Mas, a condenação não é tão forte e definitiva: o Povo de Deus é capaz de entender tudo isso. O estado de poder que o dinheiro tem pode levar um sacerdote a ser dono de uma empresa ou ser um príncipe e assim por diante...".

O Papa recordou os ídolos que Raquel, mulher de Jacó, mantinha escondidos:

"É triste ver um sacerdote que chega ao fim da sua vida, quando está em agonia ou em coma, e seus familiares estão ao seu lado como abutres, aguardando para ver o que lhes sobra. Procurem fazer um favor ao Senhor, como um verdadeiro exame de consciência: “Senhor, vós sois o meu Senhor”! Como Raquel, eliminemos os nossos deuses ocultos no coração, o ídolo do dinheiro”.

Assim, o Papa convidou todos a serem corajosos, a fazer escolhas. Façam escolhas justas! Que tenham o dinheiro suficiente, que faz um trabalhador honesto; fazer as devidas economias como um trabalhador honesto. Mas, é inadmissível a idolatria, os interesses pessoais. Que o Senhor dê a todos nós a graça da pobreza cristã".

"Que o Senhor - concluiu o Papa – nos dê a graça da verdadeira pobreza de um trabalhador, que labuta e ganha o necessário e nada mais”. (BF)

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Papa ao jornal "Avvenire": servir aos pobres significa servir a Cristo

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Cidade do Vaticano (RV) - A Igreja é o Evangelho, não “um caminho de ideias” e um “instrumento” para consolidá-las, nem um “time de futebol” que busca torcedores. É a obra de Cristo que nos leva a servir aos pobres, que são a Sua carne: afirma o Papa Francisco em entrevista concedida a Stefania Falasca para o jornal dos bispos italianos “Avvenire”, na qual, na conclusão do Jubileu da Misericórdia, exorta a “caminhar juntos na senda do ecumenismo”. 

Ecumenismo, caminho que vem de longe

A unidade se faz percorrendo três caminhos: caminhando juntos “com as obras de caridade”, rezando juntos e reconhecendo a “confissão comum”, assim como se expressa no “martírio comum” recebido em nome de Cristo, no “ecumenismo do sangue”.

O Pontífice fala de um caminho que “vem de longe”, amadurecido pelo Concílio e pelo trabalho de seus predecessores, ao qual – afirma – Jorge Mario Bergoglio não deu nenhuma “acelerada”: “simplesmente” deixou-se guiar pelo Espírito Santo. E não lhe “tira o sono” o fato de ter quem pense que nos encontros ecumênicos o Papa queira colocar a doutrina católica a bom mercado.

A Igreja é o Evangelho, a autorreferencialidade é um câncer

Por outro lado, a Igreja “é o Evangelho”, é a obra de Jesus Cristo, cresce “por atração” e não por proselitismo, não é “um time de futebol que busca torcedores”, nem “um caminho de ideias” e um “instrumento” para consolidá-las.

Quando o que prevalece é a tentação de construir uma Igreja “autorreferencial”, que, ao invés de olhar para Cristo, “olha por demais para si mesma”, surgem contraposições e divisões: o “câncer na Igreja” é o render-se glória “um ao outro”. A Igreja não tem “luz própria”, “existe” apenas como instrumento para comunicar aos homens o desígnio misericordioso de Deus.

Discernir no decurso da vida

No Concílio, prossegue Francisco, a Igreja sentiu “a responsabilidade de ser no mundo sinal vivo do amor do Pai”, indo “às fontes de sua natureza, ao Evangelho”. Isso desloca o eixo da concepção cristã “de um certo legalismo, que pode ser ideológico, para a Pessoa de Deus que se fez misericórdia na encarnação do Filho”.

Alguns – segundo a entrevistadora, pensando em certas réplicas à Exortação apostólica Amoris laetitia – “continuam não compreendendo, ou branco ou preto, mesmo porque é no decurso da vida que se deve discernir”.

O Vaticano II nos disse isso, mas, segundo os historiadores – recorda o Papa –, um Concílio precisa de um século para ser “bem absorvido pelo corpo eclesial”: estamos “na metade”, constata.

O Jubileu da Misericórdia

Com o Ano Santo da Misericórdia, que está para concluir-se, o Papa espera que “muitas pessoas” tenham descoberto ser muito amadas pelo Senhor, recordando que amor a Deus e amor ao próximo são “inseparáveis”: “servir aos pobres significa servir a Cristo, porque os pobres são a carne de Cristo”, explica.

Francisco não vê os vários recentes encontros ecumênicos como um fruto exclusivo do Jubileu: são “apenas passos a mais” ao longo de um caminho iniciado há tempos, cinquenta anos atrás, quando o espírito do Vaticano II fez redescobrir “a fraternidade cristã baseada no único Batismo e na mesma fé em Cristo”.

Encontros ecumênicos

Os encontros e as viagens “ajudam” nessa direção, assegura o Pontífice. Recorda a viagem à ilha grega de Lesbos, com o Patriarca ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I e o Arcebispo de Atenas e de toda a Grécia Jerônimo: “na ocasião, nos sentimos uma só coisa”, conta.

Em seguida, o Santo Padre revive a “profunda” sintonia espiritual vivida, na Geórgia, no encontro com o Patriarca Elias. Cita os momentos com os patriarcas copta Tawadros e Daniel da Romênia. E vê no Patriarca de Moscou e de todas as Rússias, Kirill, “um homem de oração”.

Com os irmãos ortodoxos “estamos caminhando, são irmãos, nos amamos, nos preocupamos juntos”, prossegue. No encontro em Lund, na Suécia, com os luteranos, pelo início do Ano que recorda os 500 anos da Reforma, evidencia ter repetido as palavras de Jesus: “Sem mim nada podeis fazer”.

Nas palavras do Papa, tratou-se de um evento que “foi um passo avante para compreender o escândalo da divisão”, que deve ser “superado” com gestos “de unidade e de fraternidade”.

É um caminho que “requer paciência” no custodiar e melhorar o que já existe, que “é muito mais do que aquilo que divide”, conclui. (GA - RL)

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Novos cardeais: universalidade da Igreja que testemunha Boa Nova da Misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidirá, neste sábado (19/11), na Basílica de São Pedro, o terceiro consistório de seu pontificado, para criação de 17 cardeais, dos quais 13 eleitores, com menos de 80 anos, reforçando o papel das periferias no Colégio Cardinalício. 

Desde 2013, quando os cardeais eleitores da Europa representavam 56% do total, Francisco tem alargado as fronteiras de suas escolhas, com uma mudança mais visível no peso específico da África, Ásia e Oceania.

Os 13 novos cardeais são provenientes de 11 países, expressando a universalidade da Igreja que anuncia e testemunha a Boa Nova da Misericórdia de Deus em todos os cantos da terra. 

Entre os futuros purpurados está o Arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha, que receberá o barrete cardinalício neste sábado. Será criado o mais jovem cardeal da Igreja, Dom Dieudonné Nzapalainga, Arcebispo de Bangui, República Centro-Africana, de 49 anos.

Aos membros do Colégio Cardinalício, Francisco decidiu unir também dois arcebispos e um bispo, eméritos, que se destacaram no serviço pastoral, e um presbítero. Todos os quatro têm mais de oitenta anos. São eles: Dom Anthony Soter Fernandez, Arcebispo Emérito de Kuala Lumpur, na Malásia, Dom Renato Corti, Arcebispo Emérito de Novara, na Itália; Dom Sebastian Koto Khoarai, Bispo Emérito de Mohale’s Hoek, Lesotho, e o padre Ernest Simoni – que fez o Papa chorar ao abraçá-lo, na Albânia, evocando a perseguição do regime comunista – como reconhecimento pelo seu “claro testemunho cristão”.

No próximo domingo (20/11), Solenidade de Cristo Rei, encerramento do Ano Santo da Misericórdia, o Papa irá concelebrar a missa com os novos cardeais, com o Colégio Cardinalício, arcebispos, bispos e presbíteros, na Basílica Vaticana.

A Rádio Vaticano transmitirá esses dois eventos ao vivo, com comentários em português. No sábado, 19, o Consistório a partir das 7h55, horário de Brasília. E no domingo, dia 20, a missa de encerramento do Jubileu da Misericórdia a partir das 6h55, horário de Brasília.

(MJ)

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Dom Sérgio: com este cardinalato, Papa expressa seu amor pelo Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) – “Este gesto do Papa é acima de tudo um modo de ele expressar o seu amor pela Igreja no Brasil”: palavras do recém-criado Cardeal Dom Sérgio da Rocha, Arcebispo de Brasília e Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. 

Em entrevista à Rádio Vaticano, Dom Sérgio falou com que sentimento recebe o cardinalato das mãos do Papa Francisco:

Dom Sérgio:- “Primeiramente, com agradecimento muito grande a Deus e ao Papa Francisco, mas ao mesmo tempo com muita esperança, porque nós sabemos que Deus sempre dá a graça para que possamos cumprir bem a nossa missão. Por isso mesmo, a minha esperança é de contar não só com a graça de Deus, mas também com a amizade, com o apoio, sobretudo com a oração de tanta gente que me tem acompanhado nesses anos como bispo e que, com certeza, rezam pelos novos cardeais. Não só por mim, mas pelos novos cardeais. E é um momento bonito de comunhão na vida da Igreja, já que não se trata de um simples encontro de cardeais, mas é o próprio Papa quem está presidindo este momento, quem está criando os novos cardeais para serem seus colaboradores. Então espero também que Deus me dê a graça de poder colaborar com o Papa, embora a minha colaboração seja modesta, mas de coração, fazer aquilo que está a meu alcance para colaborar com ele. Quanto a essa forma de colaboração, aos poucos é que vai sendo estabelecida, uma vez que os cardeais costumam ser nomeados como membros de algumas das congregações da Cúria Romana.”

RV:- Dom Sérgio, o que significa ser cardeal?

Dom Sérgio:- “Significa acima de tudo ser um servidor da Igreja, como o próprio Papa tem insistido. Não se pode entender o cardinalato como uma espécie de honraria ou de privilégio – claro que é uma graça, que é um dom de Deus através da Igreja –, mas é um serviço a ser prestado de maneira humilde, generosa, na comunhão com o Papa. Creio que nós temos a oportunidade de crescer ainda mais na unidade com o Santo Padre, de ajudar a própria Igreja no Brasil, que está sempre unida ao Papa. Entendo que este seu gesto é acima de tudo um modo de ele valorizar, de expressar o seu amor pela Igreja no Brasil. Eu já disse a ele que o Brasil, o episcopado brasileiro, o povo brasileiro se sente amado por este gesto dele de nomear um cardeal brasileiro.

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O abraço do primeiro cardeal da Papua-Nova Guiné à unidade cristã

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Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã deste sábado (19), na Basílica Vaticana, o Papa Francisco vai presidir o Consistório para a criação de 17 novos cardeais, alguns dos quais que ainda não se encontravam representados no Colégio Cardinalício. Entre eles está o primeiro purpurado da Papua-Nova Guiné, Dom John Ribat. Em entrevista à Rádio Vaticano, o arcebispo de Port Moresby explicou o que significa esse momento. 

Dom Ribat – Para mim é estar ciente de ter sido chamado para ocupar o cargo mesmo estando tão longe. Enquanto até agora estávamos longe e sentíamos essa distância, essa nomeação nos dá uma sensação diversa: uma sensação de proximidade, a sensação que havendo argumentos ou questões para tratar teremos alguém que realmente será a nossa voz para representar a Igreja que está em Papua-Nova Guiné, nas Ilhas Salomão e países vizinhos. É muito interessante também o fato de que outras denominações cristãs tenham compartilhado essa sensação de aproximação: estamos trabalhando para a unidade. Eu sou o presidente do nosso movimento ecumênico em Papua-Nova Guiné. Fizemos um longo caminho com os anglicanos e com os luteranos.

Como poderia nos descrever essa Igreja com o ecumenismo sendo muito importante naquele país e naquela região da Oceania?

Dom Ribat – A Igreja católica está propagada em todas as províncias. Em Papua-Nova Guiné existem umas 20 províncias, das quais duas criadas recentemente. A população católica é formada por cerca de 1 milhão e 300 mil pessoas, enquanto os luteranos estão em segundo lugar em quantidade. Nós procuramos manter as boas relações também com eles. Esse é um aspeto que estou trabalhando muito: procurando abraçar também “os outros”. Todos dizem que a Igreja católica é a Igreja-mãe e que, se é mãe, deve estar pronta para abraçar também “os outros”, numa relação correta e que nos una.

Novos cardeais recebem o barrete neste sábado

O arcebispo Ribat estará no Vaticano neste sábado (19) para receber o barrete cardinalício no Consistório convocado pelo Santo Padre. Entre os 17 novos cardeais também se encontra o arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha. A Rádio Vaticano vai transmitir ao vivo o evento a partir das 7h55, horário de Brasília.

O Papa, os novos cardeais e todo o Colégio Cardinalício vão concelebrar a missa de domingo, 20 de novembro, na solenidade litúrgica de Cristo-Rei, que marca o final do Jubileu da Misericórdia. (AC)

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Consistório: não estará presente o primeiro cardeal de Lesoto

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Cidade do Vaticano (RV) – O bispo emérito de Mohale’s Hoek no país africano de Lesoto, Dom Sebastian Koto Khoarai, não estará presente no Vaticano neste sábado (19) para o Consistório convocado pelo Papa Francisco. A Congregação dos Oblatos de Maria Imaculada divulgou a notícia em virtude da entrega do barrete aos 17 novos cardeais. Dom Khoarai, o primeiro cardeal do país, tem 87 anos e não conseguiria enfrentar a viagem entre a África do Sul e a Itália.

A Albânia, porém, é o país de origem do mais velho entre os novos cardeais, o sacerdote Ernest Simoni de 90 anos que passou grande parte da sua vida nos campos de reeducação do regime comunista. O mais jovem, com 49 anos, é Dom Dieudonné Nzapalainga que vem de Bangui, cidade ferida pelos conflitos étnicos, onde Papa Francisco iniciou o Jubileu, o primeiro decentralizado da história, abrindo a Porta Santa.

Com o Consistório deste sábado entram no Colégio Cardinalício alguns países que antes não estavam representados como República Centro-Africana, Malásia, Lesoto, Papua-Nova Guiné, Bangladesh, Ilha Maurício e Albânia. Entre as delegações presentes no Vaticano para o evento, do Brasil virá o presidente da Câmera dos Deputados, Rodrigo Maia. Da República Centro-Africana, o presidente Faustin Archange Touadera; de Maurício o primeiro-ministro Xavier Luc Duval; além de ministros que representarão a Albânia, a Bélgica, a Espanha e a Itália. (AC)

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Carta Apostólica do Papa para o encerramento do Jubileu

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Cidade do Vaticano (RV) - Realizar-se-á na próxima segunda-feira (21/11), na Sala de Imprensa da Santa Sé, a coletiva de apresentação da Carta Apostólica do Papa Francisco “Misericordia et Misera”, de encerramento do Jubileu.

O documento será ilustrado pelo presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella. 

Segundo o prelado, “o Jubileu Extraordinário da Misericórdia se conclui com um balanço absolutamente positivo. Acredito que deixa a grande alegria provocada pelo colocar novamente a misericórdia no centro da vida da Igreja. A misericórdia é sobretudo fonte de alegria e num momento tão forte de incerteza, de precariedade, do não saber qual será o futuro, ter a certeza de uma esperança cristã com a qual Deus vem ao nosso encontro, não nos deixa sós, não nos abandona, mas nos dá a consolação de sua presença e sua proximidade, acredito que seja algo que permanecerá por muito tempo no coração das pessoas”. 

Sobre os momentos marcantes deste Jubileu, Dom Fisichella disse que “os sinais mais visíveis deste testemunho foram os que se tornaram mais tangíeis nas Sextas-feiras da misericórdia. O Papa Francisco que visita as pessoas, os jovens que vivem em estado vegetativo e que a sociedade hoje rejeita, não quer saber de sua existência”. “Penso ao Papa que visita as pessoas que estão no hospício e de quarto em quarto passa acariciando e abraçando as pessoas que estão para morrer, numa cultura que não quer pensar na morte ou que relega a morte somente a uma ficção. Estes são sinais que abalam uma consciência morna e indiferente, e mostram também o compromisso que cabe a cada um de nós”, disso o presidente do organismo vaticano.

Para Dom Fisichella, no programa pastoral do Papa Francisco a palavra conversão pastoral está na ordem do dia. “A conversão pastoral é realmente um sinal concreto de como a Igreja sinta a necessidade de se colocar em ação, abandonando superestruturas incoerentes com o momento histórico que vivemos e abandonando também, sobretudo no Ocidente, formas de comodismo ou  organização extrema com as quais pensamos converter os corações. Os corações se convertem se existe um anúncio crível e se este anúncio for acompanhado por um estilo de vida coerente. A Igreja hoje deve ser capaz de sair, como diz o Papa Francisco: ou seja, não pode permanecer firme em suas seguranças, mas repercorrer um caminho para encontrar pessoalmente quem se aproxima. Encontrando pessoas diferentes deve ser capaz de anunciar de forma crível a Ressurreição de Jesus”, concluiu.

(MJ)

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Ex-sacerdote: parecia mais uma festa entre amigos que uma visita do Papa

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Cidade do Vaticano (RV) - “A primeira reação foi de estupor e de agradável surpresa porque, pela primeira vez, um bispo me procurava. Além disso, o bispo de Roma, não qualquer um! Porque, em treze anos, jamais fui procurado desse modo. Por isso, independentemente do fato de que teria encontrado o Papa, impressionou-me o fato que Francisco procurasse encontrar pessoas como eu, que vivem numa situação um pouco particular. No passado senti-me de certo modo excluído e, portanto, esse interessar-se me pegou um pouco de surpresa.”

Ex-pároco na Diocese de Roma, Andrea Vallini encontrava-se no grupo de pessoas que deixaram o sacerdócio, que o Papa Francisco quis encontrar num apartamento romano localizado em “Ponte di Nona”, na sexta-feira, 11 de novembro, como visita conclusiva da série das “sextas-feiras da misericórdia”, que caracterizaram o tempo jubilar.

Falando à Rádio vaticano, Vallini relê o significado daquele gesto do Papa no contexto do Ano da Misericórdia.

Gesto gratuito de misericórdia

“Sinceramente, não conhecia bem essa tradição das ‘sextas-feiras da misericórdia’, mas penso que não há ato mais misericordioso que visitar as pessoas que se sentem mais distantes, e não tanto por vontade própria.”

“É claro, no início, quando alguém faz uma escolha desse tipo é de certo modo lavado a esconder-se, porque não pode sentir-se orgulhoso disso, continua Vallini. Porém, de repente, gostaria de ser procurado. E o ato do Papa foi, com certeza, um dos maiores atos de misericórdia, mesmo porque foi gratuito, inesperado. Por conseguinte, insere-se perfeitamente no contexto jubilar.”

“Ademais, é preciso considerar que eu mesmo este ano fiz o pedido de dispensa para obter a passagem ao estado laical. Isso porque tinha pensado celebrar este Ano da Misericórdia recebendo propriamente da Igreja este gesto misericordioso, esse ato de graça.”

Até janeiro passado não tinha feito um pedido oficial de dispensa das obrigações do ministério e do celibato. Por motivos burocráticos ainda não recebi a dispensa: o procedimento foi iniciado na Congregação, mas não tive uma resposta. Porém, vi nessa visita do Papa um sinal da bondade e do misterioso desígnio misericordioso de Deus que por vezes nos surpreende, de modo inesperado.”

A Igreja não pode excluir

“O Papa teve conosco uma atitude de absoluto respeito e foi propriamente isso que me agradou particularmente”, prossegue Vallini. “Falou muito pouco. Ouviu a nós que falávamos e me pareceu um momento em que queria fazer com que sentíssemos, sobretudo, sua proximidade e que não nos julgava.” “Teve uma frase que o Papa pronunciou durante nosso encontro da qual gostei particularmente: «A Igreja não pode permitir-se excluir ninguém porque precisamos de todos».”

Necessitados de acolhimento

“As duas palavras que Francisco usou foram ‘acolhimento’ e ‘inclusão’. Disse-nos que a Igreja não pode permitir-se excluir e acrescentou: «Vim até vocês porque são pessoas que particularmente precisam ser ouvidas».”

“Portanto, o acolhimento que recebemos e a inclusão que a Igreja deve oferecer a todos: das palavras que o Papa disse naquela ocasião, e não foram muitas, essas são as que mais me marcaram.”

Acolher não é contra a doutrina

“Creio que este gesto de Francisco tenha tido um significado profundo também para os muitos ex-sacerdotes que existem nas dioceses do mundo inteiro. Este Papa fala pouco com as palavras e muito com os gestos. E penso que este gesto simbólico, do qual fui imerecidamente ocasião, não tenha sido casual.”

“Penso que o Papa tenha querido dar um sinal a toda a Igreja e, portanto, a todos os bispos, de que o acolhimento e a inclusão não são um sinal de laxismo ou relaxamento, ou de emprobrecimento da doutrina ou dos princípios, mas são um meio para aproximar todos.”

Além do mais, é o sinal que Francisco já deu para situações ainda mais penosas do que as nossas com gestos voltados aos divorciados recasados. Coloco meu caso nesta mesma linha da atitude do Papa, visto que na Igreja as duas vocações principais são para a castidade e o matrimônio, os dois sacramentos da vida adulta do cristão.

Mas como não podemos pensar que todas as coisas dão sempre certo como se gostaria, é justo que haja uma atitude de não-julgamento e de acolhimento também para com aqueles que se encontram na situação de ter errado. Porque, por vezes, na vida uma pessoa erra, encontra-se depois no erro sem querer, e gostaria de mudar.

Uma festa entre amigos

“Em todo caso, o encontro se realizou num clima realmente simples, de comoção e de festa. O Papa tem realmente a capacidade de deixar todos à vontade. Eu, que era o dono da casa, tinha pedido a algumas amigas que preparassem uns biscoitos. Durante a visita Francisco experimentou um e depois, no final, no momento de ir embora, me disse: «Diga a sua amiga que estes biscoitos são muito bons!» Parecia mais uma festa entre amigos do que uma visita do Papa!” (RL)

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Igreja no Brasil



Amazônia: como superar os desafios?

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Belém (RV) – Chega ao fim nesta sexta-feira, 18 de novembro, o Encontro da Igreja na Amazônia Legal com as Igrejas irmãs. Aos bispos de todas as dioceses amazônicas que já se encontravam em Belém, uniram-se a este evento também representantes de outras áreas do país cujas dioceses mantêm projetos de parceria. Durante a manhã, Dom Edson Damian, bispo de São Gabriel da Cachoeira, a diocese ‘mais indígena do país’, apresentou o painel ‘Iluminação sobre a cooperação missionária’. 

Para o bispo da Prelazia de Itaituba (PA), Dom Wilmar Santin, “este Encontro tem características diferentes, desta vez tivemos colocações mais longas e mais consistentes. Isto nos ajudou a abrir os olhos. espero que isto motive as bases para poder sair uma nova mentalidade, uma nova maneira de fazer pastoral, uma nova maneira de construir comunidades e uma nova maneira de assumir compromissos que realmente tenham impacto na defesa da Amazônia, seja do meio ambiente como dos povos que vivem aqui”.

Ouça: 

Segundo o Monsenhor Antonio Catelan Ferreira, assessor da Comissão para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), “as questões sociais que discutimos aqui, evidentemente à luz da fé e do compromisso cristão, mostram uma Igreja com um rosto verdadeiramente samaritano, profundamente misericordioso, preocupada pelas pessoas, pela ecologia. Dificilmente se encontra uma organização tão preocupada, tão próxima e disposta aa se colocar inteiramente a serviços destas causas humanas, dos pobres, dos que mais correm risco com os grandes projetos, e com muita lucidez, sobretudo. Não é uma misericórdia baseada apenas em sentimentos, mas vai se organizando cada vez mais para atuar de modo consciente e pontual nas grandes questões”.  Ouça aqui; 

Dom Juventino Kestering, bispo de Rondonópolis, afirma que:

“O intercâmbio é fundamental não só para as Igrejas que recebem, mas para as que enviam. Uma Igreja que não é missionária tem a tendência de se fechar entorno de si, de seus problemas, e vai gastando tempo, estruturas, e não avança. Uma Igreja missionária é sempre aberta”. Para ouvir a entrevista inteira, clique aqui: 

(CM)

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Igreja no Mundo



Beatificação do Frei Maria-Eugênio do Menino Jesus em Avinhão

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Avinhão (RV) – O Cardeal Angelo Amato, Prefeito da Congregação das Causas dos Santos, preside, em nome do Papa, em Avinhão, na França, neste sábado (19/11), à celebração Eucarística de Beatificação do Frei Maria-Eugênio do Menino Jesus, no civil, Henrique Grialou.

Frei Maria-Eugênio, sacerdote professo da Ordem dos Carmelitas Descalços foi o Fundador do Instituto Secular Nossa Senhora da Vida.

Henrique Grialou nasceu em 1894, em Aveyron, França. Depois da I Guerra Mundial, sentiu a poderosa proteção de Santa Teresinha do Menino Jesus, estudou no seminário, dando testemunho de uma profunda vida espiritual.

Vida Carmelita

A descoberta dos escritos de São João da Cruz revelou-lhe sua vocação ao Carmelo. Assim, entrou para esta Ordem em 1922, logo após a sua ordenação sacerdotal, onde recebeu o nome de Frei Maria-Eugênio do Menino Jesus.

Imbuído pela graça de Deus e pelo espírito mariano do Carmelo, o Frei Maria-Eugênio serviu com devoção e dedicação a Igreja e a sua Ordem, desempenhando cargos de grande responsabilidade na França e em Roma.

Dedicou-se plenamente à difusão do espírito e da doutrina do Carmelo, desejando que fossem vividos na vida cotidiana, numa harmoniosa união de ação e contemplação.

O ensinamento dos mestres do Carmelo – Santa Teresa d’Ávila, São João da Cruz e Santa Teresinha – iluminou sua experiência de contemplativo e apóstolo e culminou na redação do livro “Quero ver a Deus”.

Fundação do Instituto

Em 1932, com a colaboração de Maria Pila, fundou o Instituto “Nossa Senhora da Vida” na cidade francesa de Venasque, em um antigo santuário mariano. Este Instituto secular de leigos e leigas consagrados e sacerdotes, coloca em prática o ideal do Frei Maria-Eugênio de uma vida de ação e contemplação, tão unidas que a contemplação estimula a ação e a ação estimula a contemplação, a ponto de dar testemunho do Deus vivo ao mundo.

Como sacerdote e diretor espiritual, conduziu incansavelmente seus irmãos no caminho da confiança e do amor, certo de que a misericórdia divina é derramada sempre e abundantemente!

Toda a vida do Frei Maria-Eugênio foi marcada por uma poderosa influência do Espírito Santo e da Virgem Maria. Com fidelidade ao seu amor, faleceu em 27 de março de 1967, segunda-feira de Páscoa, dia em que ele fazia questão de celebrar a alegria pascal de Maria, Mãe da Vida.

Instituto Nossa Senhora da Vida

A vocação dos leigos consagrados de Nossa Senhora da Vida é caracterizada por quatro aspectos: consagrados a Deus pela profissão dos conselhos evangélicos; leigos em uma vida ordinária no mundo, com uma profissão própria; arraigados no espírito do Carmelo e na vida de oração; participantes da missão da Igreja no mundo e a partir do mundo: indústrias, obras públicas, médico-social, educação, funções públicas e diplomáticas, edições, artesanato.

Os filhos e filhas do Instituto Secular “Nossa Senhora da Vida” atuam e diversos países entre os quais o Brasil. (MT)

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Atualidades



Crianças são vítimas de desnutrição e da crise humanitária na Venezuela

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Roma (RV) – Os venezuelanos estão “cada vez mais pobres” porque o país se encontra num estado de “crise humanitária”, descreve o diretor do Departamento de Comunicação da Conferência Episcopal da Venezuela (CEV), Pe. Pedro Pablo Aguilar. Ele está em Roma acompanhando o arcebispo de Mérida, Dom Baltazar Enrique Porras Cardozo, que receberá o barrete cardinalício das mãos do Papa Francisco no Consistório deste sábado (19). 

Pe. Aguilar comentou que “todos os dias morrem uma ou duas crianças de desnutrição” e que “cada fim de semana cerca de 200 pessoas são mortas na Venezuela”. A ONG Human Rights Watch divulgou no final de outubro uma investigação sobre a crise humanitária no país caracterizada principalmente pela falta generalizada de remédios, insumos médicos e alimentos.

A esse respeito, Pe. Aguilar também comentou sobre a atribuição do prêmio para a Venezuela, no ano passado, da parte da organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), por ter diminuído pela metade a porcentagem de pessoas que passam fome. Um reconhecimento que, na sua opinião, não corresponde à realidade: “deram recentemente ao país um prêmio por ter contribuído a reduzir o índice de pobreza, quando na verdade acontece o contrário. Algumas pessoas têm um monte de dinheiro e talvez foram capazes de comprar as consciências”, sublinhou ele.

Pe. Aguilar abordou ainda sobre o diálogo difícil na Venezuela: “infelizmente se uma pessoa não é a favor do governo, então se torna inimigo. Não é fácil entender, mas é necessária uma solução política para resolver a situação”, concluiu o diretor de comunicação. 

Consistório deste sábado, 19 de novembro

Dom Baltazar Enrique Porras Cardozo será um dos 17 novos cardeais – oriundos de algumas das localidades mais distantes do mundo – após o Consistório do próximo sábado (19) convocado pelo Papa Francisco, na conclusão do Ano Santo da Misericórdia. (AC/Fides)

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Jesuítas: Pe. Eidt faz balanço da 36ª Congregação Geral

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Cidade do Vaticano (RV) – Concluiu-se nos dias passados, em Roma, a 36ª Congregação Geral da Companhia de Jesus.

Durante mais de 40 dias, jesuítas de todo o mundo traçaram as diretrizes para os próximos anos. Um dos momentos mais importantes foi a aceitação da renúncia do Pe. Adolfo Nicolás e a eleição do novo Prepósito, Pe. Arturo Sosa.

Família

Tratou-se também da primeira Congregação Geral sob o pontificado de um jesuíta, o que – segundo o Pe. João Renato Eidt, provincial do Brasil – deu um tom “mais forte, mais familiar” ao encontro.

Pe. João Renato participou da Congregação Geral e, antes de regressar ao Brasil, visitou os estúdios da Rádio Vaticano e falou do perfil do novo Prepósito, dos temas tratados no encontro, dos desafios para os jesuítas no mundo e, de modo especial, na província brasileira.

Ouça aqui.

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Celebração anual do "Dia de oração e ação pelas Crianças”

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Nova Iorque (RV) – Por ocasião da Convenção da ONU sobre os Direitos da Infância e da Adolescência, instituída em 20 de novembro de 1989, da qual teve origem o Unicef, celebra-se, todos os anos um dia especial de “Oração e ação pelas Crianças”.

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) é um órgão das Nações Unidas que tem como objetivo promover a defesa dos direitos das crianças, ajudar a dar resposta às suas necessidades e contribuir para o seu desenvolvimento.

O Dia Mundial de Oração e Ação pelas Crianças congrega as diferentes organizações das Igrejas e Religiões para rezar pelas crianças e com as crianças e comprometer-se com ações para que "cada criança possa celebrar com alegria o seu próprio infinito potencial no mundo: brincar, rir, amar, meditar e rezar, o potencial de mudar o mundo.

Com efeito, o dia 20 de novembro significa um momento de união de todos que impulsione "orações e ações em todo o mundo para que as crianças tenham vida, muita vida e dignidade".

Unicef no Brasil

Desde 1950, o Unicef trabalha no Brasil em parceria com governos municipais, estaduais e federal, sociedade civil, grupos religiosos, media, sector privado e organizações internacionais, incluindo outras agências das Nações Unidas, para defender os direitos de meninas e meninos brasileiros.

O Unicef atua na articulação, no monitoramento e avaliação e na promoção de políticas na área da infância e da adolescência.Seu objetivo é garantir a cada criança e adolescente os seus direitos a sobreviver e se desenvolver; aprender; proteger e ser protegido do HIV/aids; crescer sem violência; ser prioridade absoluta nas políticas públicas.

A garantia desses direitos tem a ver com o reconhecimento de que alguns grupos de crianças e adolescentes estão mais vulneráveis à violência, à exploração e a várias situações de risco. Por isso, os direitos devem ser entendidos a partir de dois temas transversais fundamentais na universalização dos direitos: a promoção da equidade de raça/etnia e de gênero e a participação das próprias crianças e adolescentes nas decisões que afetam sua vida, sua família e sua comunidade.

Áreas regionais

Os esforços para a garantia dos direitos da criança também devem ser entendidos a partir das históricas disparidades regionais. Desse modo, para universalizar os direitos, é preciso centrar foco em algumas áreas geográficas do Brasil:

• o Semiárido brasileiro, onde se encontram os piores indicadores sociais e onde 70% dos 13 milhões de crianças e adolescentes vivem na pobreza;

• a Amazônia, onde vivem 9 milhões de crianças e adolescentes de considerável diversidade étnica e social, vivendo esparsamente em enormes áreas onde o desenvolvimento econômico, social e institucional é precário;

• as comunidades populares dos grandes centros urbanos do País, onde prevalecem altos tipos de violência contra crianças e adolescentes. (MT/Unicef)

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Conferência sobre o clima em Marrakesh

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“Cooperar juntos por uma economia com baixo índice de carbono, optando por energias renováveis ao invés de combustíveis fósseis, em conformidade com o Acordo de Paris e a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável”. Este foi o apelo de mais de 130 confissões religiosas de 44 países do mundo inteiro em uma declaração intereligiosa sobre o clima, difundida em uma conferência em Marrakech, no Marrocos. O documento endereçado a líderes de Governo, foi entregue por um representante do secretário geral das Nações Unidas. Representantes de 192 países estiveram reunidos nesta conferência para acordar sobre mecanismos que irão ajudar a controlar a produção de CO2 em todos os Estados. 

Entre os assinantes da declaração estão líderes budistas, muçulmanos, jainistas, hinduístas, ortodoxos, anglicanos, episcopalianos, luteranos, pentecostais e de religião indígena. O documento apresenta uma série de pedidos que visam acelerar mudanças rumo à pratica de energia limpa, com o objetivo de limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais.

A declaração solicita um maior compromisso com a redução das emissões; o desinvestimento dos fundos soberanos e de pensão pública de combustíveis fósseis para convertê-lo em investimento de energia renovável; um aumento do fluxo financeiro global para por fim à pobreza energética; a inclusão de compromissos climáticos em um quadro mais amplo de proteção dos direitos humanos, como predisposto no preâmbulo do “Acordo sobre o clima”, de Paris; controles mais severos sobre os mecanismos de resolução das disputas nos acordos comerciais que utilizam tribunal extrajudicial para opor-se à política dos governos, de modo que sejam protegidos os direitos humanos antes dos interesses econômicos das empresas multinacionais. 

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