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Sumario del 23/11/2016

Papa e Santa Sé

Entrevistas

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: Misericórdia é também dar bom conselho e ensinar valores

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Cidade do Vaticano (RV) – A audiência geral desta quarta-feira teve lugar na Sala Paulo VI, no Vaticano, com a presença de milhares de fiéis, inclusive grupos de Manaus (AM), Araguari (MG) e Lorena (SP). 

Em sua catequese, o Papa dissertou sobre duas obras espirituais de misericórdia bastante relacionadas entre si: dar bom conselho e ensinar os ignorantes. Segundo Francisco, ambas podem ser vividas em nossa vida cotidiana, especialmente a segunda, ensinar.

“Pensemos por exemplo nas crianças que ainda são analfabetas, carentes de instrução. Esta é uma condição de grande injustiça, que lesa a própria dignidade da pessoa. Sem instrução, as pessoas se tornam fácil alvo da exploração e de várias formas de marginalização social”. 

O aplauso aos educadores da Igreja

Ao longo dos séculos, a Igreja sempre se engajou neste campo, educando aos valores humanos a cristãos, pois acredita que a instrução é realmente uma peculiar forma de evangelização. O Papa pediu aos fiéis um aplauso aos muitos sacerdotes, consagrados e consagradas, e leigos, que dedicaram a vida na educação e instrução de crianças e jovens. 

Dar bom conselho, por sua vez, é procurar ajudar a pessoa confusa, indecisa, duvidosa, a superar o tormento e a aflição que lhe provocam as suas dúvidas. Assim explicou o Papa:

Dar bom conselho é ato de amor

“Expressar misericórdia pelos inseguros equivale a aliviar a dor e o sofrimento que provêm do medo e da angústia que são consequências da dúvida. É um ato de verdadeiro amor pelo qual se ampara e apoia a pessoa na fragilidade da sua incerteza e hesitação”  

Alguém poderia dizer-me: “Padre, tenho tantas dúvidas de fé, que devo fazer?” As dúvidas em matéria de fé podem ser um sinal de que queremos conhecer melhor Deus e o mistério do seu amor por nós. Neste sentido positivo, é bom que nos interroguemos sobre a nossa fé, porque assim somos levados a aprofundá-la. Em todo o caso, as dúvidas devem ser superadas. Para isso é necessário escutar a Palavra de Deus e compreender o que nos ensina, principalmente na catequese. 

As dúvidas fazem crescer

“Não façamos da fé uma teoria abstrata, onde as dúvidas se multiplicam, mas uma vida, procurando pô-la em prática no serviço aos nossos irmãos, sobretudo aos mais necessitados. Então todas as dúvidas desaparecem, porque sentimos a presença de Deus e a verdade do Evangelho no amor que, sem mérito algum da nossa parte, habita em nós e partilhamos com os outros”. 

Na conclusão, o Pontífice constatou que estas duas obras de misericórdia não estão distantes de nossa vida e cada um de nós pode se comprometer em vive-las e colocar em prática a Palavra do Senhor ao dizer que o mistério do amor de Deus não foi revelado aos sábios e inteligentes, mas aos menores:

“O ensinamento mais profundo a que somos chamados a transmitir e a certeza mais segura para sairmos da dúvida é o amor de Deus, aquele com que fomos amados: um amor grande, gratuito e doado para sempre”. 

(CM)

 

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Diálogo e fraternidade: Papa recebe delegação iraniana

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Cidade do Vaticano (RV) – Antes da Audiência Geral, o Papa recebeu na Sala Paulo VI os participantes do Colóquio promovido pelo Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso e pela Organização de cultura e relação islâmica de Teerã (Irã).  

Em sua saudação, o Pontífice lhes agradeceu pela visita, que disse “apreciar muito”. “Foi uma alegria muito grande quando veio o Presidente do Irã”, recordou Francisco, que se declarou “impressionado positivamente” com a cultura iraniana por ocasião da visita da Vice-Presidente com um grupo de professores.

“Gosto de vê-los aqui, assim como gosto que exista este diálogo tão importante. Peço que rezem por mim, porque preciso de orações; e lhes agradeço por boa vontade de dialogar, de se aproximar e de fraternidade”: assim se despediu o Papa da delegação iraniana. 

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Papa doa relíquia de São Francisco a Kirill pelos seus 70 anos

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou uma mensagem ao Patriarca de Moscou e de Todas as Rússias, Kirill, por ocasião de seus 70 anos, e presenteou o patriarca russo com uma relíquia de São Francisco de Assis. 

Na nota, o Pontífice transmite suas felicitações ao patriarca russo, definido pelo Papa como seu “amado irmão em Cristo” e garante “suas orações fervorosas” pelo Primaz da Igreja Ortodoxa Russa. 

“Agradeço ao Senhor por esta bênção generosa, e pelo dom de sua vida e do ministério de Pastor da Igreja Ortodoxa Russa. Agradeço por sua contribuição pessoal em favor da reaproximação entre as nossas Igrejas, e com grande alegria recordo o nosso encontro”, afirma ainda o Papa na mensagem, referindo-se ao encontro histórico realizado em Havana, Cuba, com o Patriarca Kirill, em fevereiro deste ano. 

O documento papal e o presente foram entregues pessoalmente a Kirill, nesta terça-feira (22/11), pelo Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, acolhido no mosteiro de São Daniel de Moscou pelo patriarca russo.

Da parte da Igreja Ortodoxa Russa participaram do encontro o presidente do Departamento para as relações eclesiásticas externas do Patriarcado de Moscou (Decr), o metropolita Hilarion de Volokolamsk, o reitor da Academia Teológica de São  Petersburgo, o arcebispo Amvrosij di Peterhof, o vice-presidente do Decr, o arquimandrita, Filaret (Bulekov), e o colaborador do Decr Pe. Aleksej Dikarev. Da parte católica, além do Cardeal Koch, estiveram presentes o Núncio Apostólico na Russa, Dom Celestino Migliore, e o responsável pela seção oriental do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Dom Hyacinthe Destivelle. 

O Primaz da Igreja Ortodoxa Russa agradeceu a visita da Igreja Católica interpretada por ele como um “gesto bom e uma ocasião de troca de opiniões sobre a agenda comum”. 

A seguir, Kirill afirmou que “o Patriarcado de Moscou e a Santa Sé estão preocupados com o sofrimento dos cristãos no mundo de hoje, sobretudo no Oriente Médio, no Norte da África e outros lugares”. 

Durante a conversa com o Cardeal Koch, o Patriarca Kirill recordou o  seu encontro, em Havana, com o Papa Francisco, destacando a repercussão positiva na comunidade internacional. 

“Depois desse encontro, nos níveis elevados em muitos países, se começou a falar sobre o genocídio dos cristãos no Oriente Médio, e esse assunto tocou o centro da agenda política”, disse o patriarca ortodoxo. 

O Primaz da Igreja Ortodoxa Russa ressaltou com amargura que hoje a situação na Síria e no Iraque recomeçou a se deteriorar. “Não somente pelos combates em Aleppo e Mossul, mas também porque não se consegue por fim aos sofrimentos das pessoas, e a coalizão existente não alcançou ainda uma coordenação adequada das ações, necessárias para uma luta eficaz contra o terrorismo. Estou convencido de que somente através de ações coordenadas conjuntas para alcançar objetivos específicos será possível deter o  terrorismo”, frisou ainda Kirill.

Durante a conversa foi ressaltada a importância de ter iniciado juntos uma série de iniciativas, primeiramente a viagem realizada na Síria por uma delegação católica e ortodoxa, em 7 de abril passado. 

“Foi uma visita importante que ajudou os representantes de nossas Igrejas a considerar a situação na Síria e Líbano, e construir as bases para uma colaboração ulterior a fim de ajudar as pessoas”.
 
As partes iniciaram a trabalhar numa lista de templos e locais religiosos que foram destruídos após as ações militares. “Esperamos que a guerra termine e que as pessoas possam viver em paz. Com isso, se poderá pensar seriamente na reconstrução da Síria”, disse Kirill.
 
“Para nós cristãos é importante que os templos sejam restaurados, e as pessoas possam voltar a ter uma vida religiosa normal. Continuaremos a trabalhar com a Igreja católica e seus representantes para fazer tudo o que for possível para por fim aos sofrimentos, e para que as pessoas possam voltar a uma vida pacífica”, concluiu o patriarca russo. 

(MJ)

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Papa Francisco celebrará Missa na festa de Guadalupe em São Pedro

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco celebrará pelo terceiro ano consecutivo a Santa Missa por ocasião da festa de Nossa Senhora de Guadalupe na Basílica de São Pedro, no Vaticano, quase um mês depois do encerramento do Jubileu da Misericórdia. 

A Eucaristia será celebrada no dia 12 de dezembro, às 18h (15h em Brasília). Antes do início da Santa Missa será rezado o Terço e haverá a entrada das bandeiras de todo o continente americano pela nave central da Basílica de São Pedro. Foi o que informou o Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, (CAL), Cardeal Marc Ouellet, em uma carta enviada ao Presidente da Conferência Episcopal do México (CEM), Cardeal Francisco Robles Ortega, Arcebispo de Guadalajara.

O Cardeal Ouellet indicou que “estas celebrações estão se tornando uma tradição, no centro e coração da catolicidade, e em honra e devoção à padroeira da América Latina e Imperatriz do Continente Americano”.

O purpurado assinalou que ainda ressonam os ecos da visita do Papa Francisco ao México, realizada entre os dias 12 e 17 de fevereiro deste ano e onde, segundo informou a Conferência Episcopal do México, mais de 10 milhões de pessoas participaram dos diferentes eventos.

O Cardeal Ouellet acrescentou que a lembrança desta viagem estará presente durante os preparativos para a festa e que dois momentos ficaram marcados nos fiéis: a homilia que o Santo Padre pronunciou na Basílica de Santa Maria de Guadalupe e a “comovente” oração do Papa diante da imagem da Virgem de Guadalupe.

Os cantos serão interpretados em náhuatl, língua indígena falada no México na época dos astecas; em quéchua, língua indígena do império inca no Peru; e em mapuche, a língua das comunidades nativas do sul do Chile e da Argentina. (SP)

 

 

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Motorhome doado pelo Papa vai auxiliar pessoas com deficiência

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Roma (RV) – A União Nacional Italiana de Transporte de Doentes a Lourdes e Santuários Internacionais, conhecida como Unitalsi, recebeu nesta quarta-feira (23) uma doação do Papa Francisco: um motorhome adaptado para pessoas com deficiência. O veículo foi oferecido ao Santo Padre durante o Jubileu do PleinAir (ao ar livre), em 22 de outubro, para ser destinado ao auxílio das famílias romanas que têm pessoas com deficiência em casa.

Em ocasião da entrega do veículo nesta quarta, o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização e responsável pela organização do Ano Santo, Dom Rino Fisichella, declarou que “esse é um presente do Papa Francisco que conhece bem a Unitalsi e aprecia a atenção e o cuidado dirigido às pessoas doentes e com deficiência. Quando lhe foi doado esse motorhome e eu propus de presenteá-lo para as atividades da associação, o Papa disse rapidamente que sim. Estamos certos que nas mãos de vocês esse motorhome se transformará num instrumento de Misericórdia”.

O veículo, presenteado ao Papa pela construtora Arca do Grupo Trigano e adaptado por Ducato e Fiat Professional, foi entregue para a sede de Roma da Unitalsi e será usado em favor das famílias em dificuldade, em especial, daquelas com pessoas com deficiência como confirma o presidente nacional da Unitalsi, Antonio Diella, presente na cerimônia de entrega do veículo: “ele será utilizado na Unitalsi de Roma para auxiliar as famílias romanas que têm em casa uma pessoa com deficiência. Graças ao projeto denominado ‘Férias sem barreiras’ as pessoas com deficiência e as suas famílias serão conduzidas em percursos turísticos da província de Roma”, explicou Diella.

Motorhome vai se transformar em unidade móvel de atendimento

Ainda segundo o presidente, o motorhome será transformado numa unidade móvel para atendimentos especiais que vai “percorrer alguns municípios da capital para ajudar com as necessidades e também emergências de muitas famílias romanas que precisam auxiliar um familiar com deficiência”. Os parceiros do projeto são “as paróquias de Roma, municípios próximos e associações que se ocupam desse tema delicado e tão atual”, finalizou o presidente da Unitalsi. (AC)

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Dom Auza: qualidade da água disponível para os pobres é problema grave

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Nova York (RV) - “Manutenção da paz e da segurança internacional.” Este é o tema, escolhido pelo Senegal, sobre o qual se deteve nesta terça-feira (22/11), o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, Dom Bernardito Auza, em seu pronunciamento, em Nova York. Três foram os pontos centrais da reflexão do prelado: água, paz e segurança. 

“O acesso à água potável é um direito humano fundamental, uma condição para o exercício de outros direitos”, disse Dom Auza na ONU.

O arcebispo filipino recordou um paradoxo. “A água cobre dois terços da superfície terrestre, mas a disponibilidade de água doce está diminuindo”, disse ele. Com a expansão dos desertos, o desmatamento e o aumento da seca “todos deveriam se preocupar com a calamidade mundial causada pela diminuição da água”. Em alguns lugares, por causa da posição geográfica, este recurso vital sempre foi escasso. Mas em outras regiões, “a água é escassa por causa da má gestão, do desperdício e distribuição iníqua. A degradação ambiental torna a água tóxica e as mudanças climáticas alteram o ciclo hidrológico”, disse ainda Dom Auza.

“A produção agrícola e industrial limitam e condicionam as reservas aquíferas. Em muitos lugares a falta de água supera a oferta sustentável. As condições são dramáticas tanto a breve quanto a longo prazo. Este cenário causa problemas para a paz e para a segurança nacional, regional e internacional”, frisou ainda o prelado. “A escassez de água potável afeta sobretudo a África, onde amplos setores da população não têm acesso a este recurso. A migração de populações inteiras das regiões marcadas por uma disponibilidade reduzida de água é vista como uma ameaça nos países onde não existe esta lacuna grave.”

Segundo o representante da Santa Sé, vários aspectos preveem que a água provocará a terceira guerra mundial. “O Papa Francisco em sua visita à sede do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura  (FAO), em Roma, no dia 20 de novembro de 2014, afirmou que “a água não é grátis, como muitas vezes pensamos”. “Será o problema grave que pode nos levar a uma guerra”, acrescentou o Pontífice. Como sublinhado pelo Santo Padre na Encíclica ‘Laudato si’, a água potável é de importância primária pelo seu papel fundamental para a saúde e o bem-estar geral. 
 
Um problema particularmente grave é “a qualidade da água disponível para os pobres”. “Todos os dias doenças ligadas à água, como disenteria e cólera, estão entre as causas principais de morte, sobretudo entre recém-nascidos e crianças. Além disso, a tendência crescente de privatizar a água e a transformá-la em mercadoria, “pode prejudicar seriamente o acesso dos pobres à água potável”. “É previsível”, como sublinha o Papa Francisco na Laudato si', “que o controle da água feito pelas grandes empresas mundiais, se transforme numa das fontes principais de conflito neste século”.
 
Dom Auza exortou as nações a colaborarem mais estritamente para encontrar soluções e não alimentar uma concorrência acirrada sobre um recurso como a água, que pode levar a guerras e conflitos. O prelado recordou a contribuição das novas tecnologias e métodos na produção alimentar e industrial que requer menos água potável. Mas as soluções locais e tradicionais, não obstante os progressos, não devem ser abandonadas. A delegação da Santa Sé encoraja o setor público e privado a apoiar iniciativas de conservação e distribuição de água. 

“É fundamental uma educação adequada sobre a água, recurso que continua sendo desperdiçado e poluído não somente nos países desenvolvidos , mas também nas nações em desenvolvimento. Isso evidencia que muito deve ser feito ainda para educar as pessoas e comunidades na conservação e uso deste bem fundamental. É importante que povos e líderes considerem o acesso à água um direito universal de todos os seres humanos, sem distinção ou discriminação”, concluiu o representante da Santa Sé.

(MJ)

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Entrevistas



Card. Hummes em Madri: "Cuidar da Casa Comum é combater a pobreza"

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Madri (RV) – Na Jornada de diálogos promovida pela campanha “Comprometa-se com a Justiça”, o Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da Rede Eclesial Pan-amazônica, participará de uma mesa redonda com a liderança indígena Patricia Gualinga, sobre o tema: “Diálogos a partir da experiência e o testemunho na Amazônia”. 

Dom Cláudio Hummes ilustrará características da realidade Pan-amazônia, região habitada por mais de 34 milhões de seres humanos que convivem com uma das maiores biodiversidades do planeta, ameaçados por uma exploração ilimitada e irresponsável, em meio ao dilema desenvolvimento/sustentabilidade.  

Por sua vez Patricia Gualinga, indígena Kiechwa de Sarayaku (Equador), apresentará o testemunho de vida de seu povo, que conseguiu impedir a implantação de petroleiras em seu território e que hoje constrói um Plano de Vida orientado a gerar o Bem-viver em perfeita harmonia com a Madre Natureza.

Para Luis Ventura, animador do eixo de Redes Internacionais da REPAM e membro da Caritas Espanhola, “a presença de Dom Cláudio e Patricia Gualinga na Campanha “Comprometa-se com a Justiça, se cuidas do planeta, combates a pobreza” reflete claramente o nosso desafio como família humana e como Igreja. Os povos indígenas representam hoje uma voz necessária na busca de soluções para a crise socioambiental a que assistimos por causa do modelo econômico e avassalador que ainda é muitas vezes encorajado na Europa”.

Para Ventura, a espiritualidade indígena é uma inspiração fundamental para o mundo e para a Igreja: “Em sua defesa da terra, que é também uma defesa da Terra como Casa Comum, e em sua espiritualidade, os povos indígenas nos ajudam a recuperar a relação que perdemos com a irmã Mãe Terra. A Encíclica Laudato Si’ a resgata e nos convida a um diálogo profundo e fecundo com os povos indígenas e a nos transformarmos como Igreja, com a esperança e a responsabilidade que brotam de nossa fé como cristãos. Dom Cláudio representa este caminho de diálogo e compromisso, a partir da realidade amazônica”.

Os Diálogos “Comprometa-se com a Justiça” se inspiram na Encíclica Laudato Si e querem criar a consciência na sociedade espanhola da necessidade de mudar nossos padrões de consumo e estilos de vida, se quisermos alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável na Espanha e no mundo.

O evento será quinta-feira, 24 de novembro, às 18h30, no Salão de Conferências da Universidade COMILLAS (ICADE), Madri.

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Formação



Papa propõe percurso inédito para a JMJ 2019

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Rádio Vaticano (RV) – Os temas escolhidos pelo Papa para as próximas Jornadas Mundiais da Juventude foram divulgados na terça-feira. Sobre esta inspiração mariana do percurso proposto aos jovens até o grande evento de 2019, no Panamá, a Rádio Vaticano conversou com p. João Chagas responsável pelo Setor Juventude do Dicastério para Leigos, Família e Vida

“É a primeira vez que um caminho de preparação para um Jornada terá todo o percurso mariano. Nós já tivemos, em todo esse percurso de mais de 30 JMJ’s, duas vezes em Jornadas celebradas em nível diocesano, os temas marianos. Mas nunca houve um tema mariano em um Jornada Mundial internacional. Desta vez nós vamos ter três seguidos: todo um caminho mariano, uma grande alegria, uma grande bênção: sabemos como nosso povo e nossa juventude tem um carinho especial pela mãe de Deus".

"A Arquidiocese do Panamá é a primeira diocese em terra firme do continente americano e tem uma grande devoção a Nossa Senhora chamada ‘La Antigua’. Maria ‘La Antigua’ que é uma devoção de origem espanhola mas que é muito forte no Panamá. E, com certeza, para o Brasil, por exemplo, acho que foi muito significativo essa escolha de um tema mariano, de temas marianos, exatamente  quando o Brasil celebra os 300 anos de Aparecida, Portugal, os 100 anos de Fátima, então, cai como uma luva. Não foi uma coisa, acredito, intencional, mas com certeza na intenção de Deus foi providencial”. 

(r;b)

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Gaudium et Spes, a Carta Magna do diálogo entre a Igreja e o mundo

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos tratar no programa de hoje, da Constituição Gaudium et Spes, a "Carta Magna" do diálogo entre a Igreja e o mundo. 

 As transformações que ocorreram especialmente a partir do século XX, trouxeram muitos questionamentos a respeito da fé. Neste sentido, a Gaudium et Spes traça as linhas mestras de como deva se dar este diálogo entre a fé-doutrina da Igreja e um mundo em constante transformações que a circunda. Padre Gerson Schmidt:

"É a partir da Lumen Gentiun que entendemos a Constituição Apostólica Gaudium et Spes. A Gaudium et Spes não é uma Constitução dogmática, como as outras três importantes, mas de cunho pastoral.

A maioria dos teólogos são unânimes em considerar que a Gaudium et Spes representa a expressão particularmente significativa de uma atitude de abertura da Igreja, a partir do Concílio Vaticano II, em relação com o mundo contemporâneo.

A categoria do diálogo, fornece a chave para a elaboração e para a compreensão do texto da Gaudium et Spes. Ela é a Carta Magna do diálogo entre a Igreja e o Mundo, como afirmou o Cardeal Dom Aloísio Lorscheider, Bispo emérito de Aparecida: "A Constituição do diálogo com o mundo é a Gaudium et Spes. A Igreja dialoga dentro da própria Igreja, dialoga com as outras Igrejas cristãs, dialoga com as outras religiões, dialoga com o mundo, dialoga com o mundo marxista, com o mundo técnico-científico, com o mundo em desenvolvimento. Não há realidade verdadeiramente humana, que não encontre eco no coração da Igreja, conforme a Gaudium et Spes.

Paulo VI na Ecclesiam Suam, já havia aprofundado esta categoria do diálogo. Papa Paulo VI nesta Encíclica lançava a pergunta: "Quais as relações que a Igreja deve hoje estabelecer com o mundo que a circunda, em que vive e trabalha?". Ele mesmo responde: "É o chamado problema do diálogo entre a Igreja e o mundo moderno, problema cuja apresentação na sua amplitude-complexidade, cabe ao Concílio, como também o esforço para o resolver da melhor maneira possível.

Ainda dizia Paulo VI: "Desta nossa consciência esclarecida e ativa - a consciência da identidade da Igreja - nasce o desejo espontâneo de comparar a imagem ideal da Igreja, qual Cristo a viu, que amou como sua Esposa, santa e imaculada, conforme Efésios 5,27, de a comparar, vemos com o rosto que a apresenta hoje. Este, pela graça divina é fiel, sem dúvida. Aos traços que seu divino fundador nela imprimiu, o Espírito Santo vivifivou, ampliou, aperfeiçoou no decurso dos séculos, tornando a Igreja mais fiel ao conceito inicial. Por outro lado, mais ajustada à índole da humanidade que ela ia evangelizando, incorporando a si.

Nunca, porém, o rosto da Igreja mostrará toda perfeição, beleza e santidade. Todo o brilho exigido pelo conceito divino que a modela.

Cabe aqui a pergunta sempre intrigante que já estamos fazendo ao longo deste nosso estudo radiofônico: O rosto atual da Igreja, é semelhante à imagem ideal da Igreja que Cristo conferiu, modelou, ao morrer por ela na cruz, conforme aponta a Carta aos Efésios, como Esposa sem mácula, ruga e sem mancha? Somos fieis a Cristo em nós na sua Paixão?

E o Papa Paulo VI mesmo responde um pouco isto, como lemos há pouco. Sendo que o Espírito Santo foi modelando esses traços do rosto da Igreja no decurso dos séculos. Mas, nunca mostrará toda a perfeição, beleza e santidade, todo o brilho deste rosto exigido  pelo conceito divino que a modela.

Amigo ouvinte, o Concílio Vaticano II propõe, sobretudo na Gaudium et Spes, uma Igreja dialogante. Igreja dialogante decorre do conceito de uma Igreja comunhão e participação, de uma Igreja servidora e solidária. A Igreja dialoga dentro de si mesma, com as outras Igrejas cristãs, com as outras religiões, com o mundo, com as ciências, com as ideologias, com a modernidade. Hoje também com a pós-modernidade, que se volta para o subjetivismo e individualismo muito grande. Nisso a Igreja não impõe a verdade que é Cristo, mas propõe, anunciando, evangelizando".

(JE)

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Atualidades



Repensar a economia para gestão dos bens dos institutos católicos

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Roma (RV) – Para melhor responder às solicitações do Papa Francisco e às exigências de um mundo em contínua transição cerca de mil tesoureiros estarão reunidos em Roma a partir desta sexta-feira (25). Serão três dias de reflexão e debates durante o 2° Simpósio Internacional sobre a Economia, organizado pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. 

O percurso de análise da administração dos bens foi iniciado ainda em 2014. O Dicastério para a Vida Consagrada, depois da primeira edição do simpósio, havia redigido um texto com as linhas orientadoras para a gestão dos bens dos Institutos de Vida Consagrada e das Sociedades de Vida Apostólica em que se lê: “a formação na dimensão econômica, em linha com o próprio carisma, é de fundamental importância a fim de que as escolhas na missão possam ser inovadoras e proféticas”.

Na Carta Apostólica dirigida a todos os consagrados por ocasião do Ano da Vida Consagrada (que terminou em fevereiro), o Santo Padre já indicava uma “racionalização das estruturas, a reutilização das grandes casas em favor das obras mais sensíveis às atuais exigências da evangelização e da caridade, a adequação das obras às novas necessidades”. (AC)

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Programa Porta Aberta continuará a ser transmitido

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Cidade do Vaticano (RV) – O programa “Porta Aberta no Ano da Misericórdia” permanecerá de portas abertas mesmo com o encerramento do Ano Jubilar.

Este espaço foi criado no início do Jubileu para informar aos ouvintes os principais eventos relacionados a este Ano convocado pelo Papa Francisco. Em 29 minutos semanais, sempre às quartas-feiras, o programa contou em detalhes as iniciativas no Vaticano e também no Brasil, por meio de entrevistas com bispos, sacerdotes e religiosos.

Com o fechamento da Porta Santa, o Programa Brasileiro optou por manter o “Porta Aberta” em sua grade de programação, dando espaço agora aos frutos deste Jubileu.

“Agora, concluído este Jubileu, é tempo de olhar para diante e compreender como se pode continuar, com fidelidade, alegria e entusiasmo, a experimentar a riqueza da misericórdia divina. As nossas comunidades serão capazes de permanecer vivas e dinâmicas na obra da nova evangelização na medida em que a ‘conversão pastoral’, que estamos chamados a viver, for plasmada dia após dia pela força renovadora da misericórdia.”

Inspirados por estas palavras de Francisco na Carta Apostólica “Misericórdia e mísera”, serão apresentados no “Porta Aberta” projetos e eventos que promovam o desenvolvimento integral da pessoa humana.

Num mundo que continua gerando “novas formas de pobreza espiritual e material”, o Pontífice pede que se dê espaço à imaginação com novas obras de misericórdia e a elas dedicaremos a partir de agora o “Porta Aberta”

“É o tempo da misericórdia para que quantos se sentem fracos e indefesos, afastados e sozinhos possam individuar a presença de irmãos e irmãs que os sustentam nas suas necessidades. É o tempo da misericórdia para que os pobres sintam pousado sobre si o olhar respeitoso mas atento daqueles que, vencida a indiferença, descobrem o essencial da vida”, escreve ainda o Papa na Carta Apostólica.

O “Porta Aberta” vai ao ar às quartas-feiras às 16h – horário de Roma.

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Reorganizar para revitalizar: scalabrinianas em Assembleia

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Lisboa (RV) - As Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeu, conhecidas como Scalabrinianas, estão celebrando em Lisboa a IX Assembleia-geral de sua congregação.

Participam da Assembleia religiosas representantes de várias áreas geográficas onde estão presentes: Albânia, Brasil, Angola, África do Sul, Bolívia, Honduras, Argentina, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Índia e Colômbia.

O tema da Assembleia é “Reorganizar para revitalizar a vida consagrada scalabriniana: na centralidade em Jesus Cristo, no crescimento das relações fraternas e da cultura vocacional, em vista de uma maior disponibilidade e itinerância missionária, no serviço aos migrantes”.

Missão

“Estamos sempre mais convencidas de que a nossa missão seja a experiência de uma Igreja ‘em saída’, diante dos desafios das migrações que cada continente traz consigo e põe à nossa atenção e decisão de ação”, explicou a brasileira Ir. Neusa de Fatima Mariano, Superiora-geral da Congregação.

“Estamos apostando na reorganização da congregação, que leve em consideração os fluxos migratórios, a necessidade de uma distribuição numérica dos recursos humanos e de uma itinerância, seja dos membros, seja do tipo de serviço. Para nós, a migração é um recurso para a humanidade, as migrações são um sinal dos tempos”, escreve a Superiora em nota.

A Assembleia teve início em 17 de novembro e se concluirá em 29 de novembro (BF/ Fides)

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