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Sumario del 24/11/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: corrupção é uma forma de blasfêmia

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Cidade do Vaticano (RV) – A corrupção é uma forma de blasfêmia, a linguagem de Babilônia para a qual “Deus não existe”, mas somente o “deus dinheiro, o deus bem-estar, o deus exploração”. Foi o que destacou o Papa na homilia da missa celebrada na manhã de quinta-feira (24/11) na capela da Casa Santa Marta. 

Francisco recordou que nesta última semana do Ano litúrgico, a Igreja nos faz refletir sobre o fim do mundo e sobre o nosso fim. Comentando a Leitura do Apocalipse, o Pontífice fala de três vozes. A primeira é o grito do Anjo: “Caiu Babilônia”, a grande cidade, “a que semeava a corrupção no coração das pessoas” e que “leva todos nós no caminho da corrupção”. E o papa explicou concretamente que a corrupção é o modo de viver na blasfêmia, a corrupção é uma forma de blasfêmia, a linguagem desta Babilônia, desta mundanidade, é a blasfêmia, Deus não está: está o deus dinheiro, o deus bem-estar, o deus exploração...”

A mundanidade ruirá

Mas esta mundanidade que seduz os grandes da terra ruirá:

“Mas esta cairá, esta civilização cairá e o grito do Anjo é um grito de vitória: ‘Caiu’, caiu esta que enganava com as suas seduções. Este é o império da vaidade, do orgulho, cairá, assim como Satanás cairá."

Pecador, mas não corrupto

Contrariamente ao grito do Anjo, que era um grito de vitória pela queda “desta civilização corrupta”, há uma outra voz poderosa, ressalta Francisco, o grito da multidão, que louva a Deus: “Salvação, glória e poder pertencem ao nosso Deus”:

É a voz poderosa “da adoração, da adoração do povo de Deus que se salva”, e também do povo em caminho, que ainda está sobre a terra. O povo de Deus pecador, mas não corrupto: pecador que sabe como pedir perdão, pecador que busca a salvação em Jesus Cristo.

Este povo se alegra quando vê o fim e a alegria da vitória se transforma em adoração. Não se pode permanecer somente com o primeiro grito do Anjo, se não há "esta voz poderosa da adoração de Deus". Mas para os cristãos “não é fácil adorar”, observa o Papa: “nós somos bons quando rezamos pedindo alguma coisa”, mas a oração de louvor “não é fácil fazê-la”. Mas é preciso aprendê-la, “devemos aprendê-la agora para não aprendê-la com pressa quando chegaremos lá, adverte Francisco, que enfatiza a beleza da oração de adoração diante do tabernáculo. Uma oração que diz apenas: “Vós sois Deus. Eu sou um pobre filho amado por Vós”.

Deus nos fala com um fio de silêncio sonoro

Por fim, a terceira voz é um sussurro. O Anjo que diz escrever: “Bem-aventurados os convidados à ceia do cordeiro!”. O convite do Senhor, de fato, não é um grito, mas “uma voz suave”. Do mesmo modo quando Deus fala a Elias. Francisco destacou a beleza deste falar ao coração com esta voz suave. “A voz de Deus – disse o Papa – quando fala ao coração é assim: como um fio de silêncio sonoro”.

E este convite às “núpcias do cordeiro” será o fim, “a nossa salvação”, disse Francisco. Os que entraram na ceia, segundo a parábola de Jesus, são aqueles que estavam nas encruzilhadas dos caminhos, “bons e maus, cegos, surdos, mancos, todos nós pecadores, mas com a humildade suficiente para dizer: ‘Sou um pecador e Deus me salvará’”. “E se temos isso no coração, Ele nos convidará”, acrescentou o Papa, e ouviremos “esta voz sussurrada” que nos convida à ceia:

“E o Evangelho se conclui com esta voz:  Quando começarem a acontecer estas coisas, - ou seja, a destruição da soberba, da vaidade, tudo isso - reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação”, isto é, está sendo convidado para a ceia do cordeiro. O Senhor nos dê esta graça de aguardar esta voz, de nos preparar para ouvir esta voz: ‘Vem, vem, vem servo fiel –  pecador mas fiel –, vem, vem para a ceia do teu Senhor.

(BF-SP)

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Papa aponta a prevenção como prioridade no combate às drogas

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Cidade do Vaticano (RV) – No final da manhã desta quinta-feira (24/11), o Papa Francisco foi até a Casina Pio IV, nos Jardins Vaticanos, para se reunir com os participantes de um Congresso Internacional sobre Narcóticos. 

Em seu discurso, o Pontífice definiu a droga uma “ferida” da sociedade e a dependência química como uma “nova forma de escravidão”.

“É evidente que não existe uma única causa que leva à dependência da droga, mas são muitos os fatores que influenciam: a ausência da família, a pressão social, a propaganda dos traficantes, o desejo de viver novas experiências, etc”, disse o Papa, recordando que cada dependente carrega uma história pessoal e que não podemos cair na injustiça de classificá-los como se fosse objeto ou um vaso quebrado. Toda pessoa precisa ser valorizada e apreciada em sua dignidade para poder ser recuperada. Vamos ao encontro da sua dignidade. Continua tendo, mais do que nunca, uma dignidade enquanto pessoas que são filhas de Deus."

Droga corrói, corrompe e mata

“Não é de se estranhar que tanta gente caia na dependência da droga, pois a mundanidade nos oferece um amplo leque de possibilidades para alcançar uma felicidade efêmera, que – ao final – se converte em veneno, que corrói, corrompe e mata. A pessoa começa a se destruir e, com ela, todos a seu redor. O desejo inicial de fuga se transforma na devastação da pessoa na sua integridade, repercutindo em todas as camadas sociais.”

Sistema mafioso

Neste contexto, o Papa acrescentou que é importante conhecer qual é o alcance do problema da droga - que é destruidor, é essencialmente destruidor - e, sobretudo, a vastidão de seus centros de produção e de seu sistema de distribuição. “As redes, que possibilitam a morte de uma pessoa. A morte não física: a morte psquica´, a morte social. O descarte de uma pessoa. Redes imensas, poderosas, que vão aliciando pessoas responsáveis na sociedade, nos governos, na família."

"Sabemos que o sistema de distribuição, mais ainda que a produção, representa una parte importante do crime organizado, porém, constitui um desafio identificar o modo de controlar os circuitos de corrupção e as formas de lavagem de dinheiro. Não há outro caminho senão desconstruir cadeia, que vai desde o comércio de drogas em pequena escala até as formas mais sofisticadas que se aninham no capital financeiro e nos bancos que se dedicam à lavagem de dinheiro sujo”.

"Um juiz de meu país começou a trabalhar seriamente sobre o problema da droga. Tinha milhares de quilômetros de fronteira sob sua jurisdição. Pouco tempo depois recebeu através do correio uma foto de sua família. Teu filho vai a tal escola, tua esposa faz isto... nada mais. Um aviso mafioso, Ou seja, quando alguém procura chegar às redes de distribuição, encontra-se com esta palavra de cinco letras: MAFIA. Porém, é sério. Porque, assim como na distribuição se mata quem é escravo do consumo da droga, igualmente se mata quem queira destruir esta escravidão", observou o Papa.

Francisco denunciou o sistema mafioso utilizado pelos carteis de droga, matando não só fisicamente a pessoa, mas também socialmente.

Prevenção é o caminho

Para Francisco, são necessários grandes esforços para deter a demanda do consumo de drogas, como projetos sociais, apoio familiar, reabilitação das vítimas e, sobretudo, a educação. “A prevenção é o caminho prioritário”, afirmou, pois a formação humana integral oferece à pessoa a possibilidade de ter instrumentos de discernimento.

Contudo, acrescentou, "o problema da prevenção da droga como programa sempre se vê freado por mil e um fatores de inaptidão dos governos: por um setor governamental daqui, de lá, acolá. Quase não há êxitos nos programas de prevenção à droga. Uma vez que cresce, e finca raízes na sociedade, é muito difícil.

O Pontífice recordou como, em 30 anos, o seu país, a Argentina, passou de consumidor, local de trânsito a produtor de drogas.

O Papa concluiu exortando os participantes a prosseguirem em seu trabalho, concretizando as iniciativas que empreendem a serviço dos que mais sofrem.

Encontro Internacional

A Pontifícia Academia das Ciências convidou no Vaticano especialistas, acadêmicos, médicos e membros da sociedade civil para debater principalmente o aspecto científico da droga, apresentando as consequências de seu abuso no corpo e no cérebro, assim como explorando os possíveis usos medicinais de certas substâncias para curar enfermidades e transtornos específicos.

Em dois dias de reunião (23 e 24 de novembro), foram considerados também outros aspectos, como a produção ilícita, as estratégias para combater o uso, a exploração de crianças nas organizações criminosas e os efeitos da legalização das chamadas drogas leves.

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Pregação do Advento: O espírito fonte de esperança

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Cidade do Vaticano (RV) - “Bebamos, sóbrios, a embriaguez do Espírito”. É o tema das quatro meditações que o pregador da Casa Pontifícia, o capuchinho Frei Raniero Cantalamessa, irá realizar - na presença do Papa Francisco – na sexta-feira da primeira semana de Advento, 2 de dezembro, na segunda, 9 de dezembro, na terceira, 16 de dezembro, e na quarta, 23 de dezembro, na capela Redemptoris Mater do Palácio Apostólico. 

“Na reflexão teológica – sublinha o religioso explicando a escolha do tema – se afirma cada vez mais o que é chamada “a teologia do terceiro artigo”, isto é, o artigo do Credo sobre o Espírito Santo”.

Trata-se de uma “corrente - acrescenta Frei Cantalamessa - que não pretende substituir-se à teologia tradicional, mas sim caminhar ao lado e vivificá-la”, propondo-se “de fazer do Espírito Santo não apenas o objeto do Tratado que lhe diz respeito, mas, por assim dizer, a atmosfera em que se desenvolve toda a vida da Igreja e, em particular, cada pesquisa teológica”.

“Nesta linha – conclui o capuchinho - as meditações do Advento são destinadas a refletir sobre o Espírito Santo como a novidade teológica e espiritual mais importante do pós-concilio e a principal fonte de esperança da Igreja”.

Foram convidados a participar das quatro pregações, que terão início às 9 horas, os cardeais, os arcebispos e os bispos, os secretários de congregações, os prelados da Cúria Romana e do Vicariato de Roma, os superiores gerais e os promotores das ordens religiosas que fazem parte da Capela Pontifícia. (SP)

 

 

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Fiéis serão consultados sobre o Sínodo dos jovens, em 2018

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Cidade do Vaticano (RV) – Realizou-se nos dias 21 e 22 de novembro , no Vaticano, a segunda reunião do XIV Conselho ordinário da Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos, que foi presidida pelo Papa Francisco.

Participou do encontro na qualidade de membro do Conselho o recém-criado Cardeal Dom Sérgio da Rocha, Arcebispo de Brasília. Também foram convidados a participar os Prefeitos de três dicastério da Cúria, entre eles o Card. João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada.

Na reunião, foi examinado o projeto do Documento preparatório  para a XV Assembleia Geral Ordinária, que será realizada em 2018 sobre o tema:  Os jovens, a fé e o discernimento vocacional. O documento contém um questionário – o que confirma a intenção do Papa de consultar todos os fiéis previamente. Esta modalidade foi utilizada para o duplo Sínodo de 2014 e 2015 sobre a família.

Os membros do Conselho se reuniram em círculos menores divididos por continente com a finalidade de formular algumas perguntas específicas sobre os jovens nos diferentes contextos geográfico-culturais. Na sequência, as propostas acerca do texto e do questionário foram reunidas e inseridas no Documento-base, que foi aprovado de modo unânime.  

Por fim, os membros do Conselho estudaram a revisão do Ordo Synodi Episcoporum. A propósito, o Subsecretário do Sínodo dos Bispos, Fabio Fabene, falou sobre o trabalho que a Secretaria-Geral está realizando com a ajuda de especialistas, em vista da revisão da normativa sinodal, ao qual se seguiu um frutuoso debate.

Concluindo a reunião, o Papa agradeceu aos membros do Conselho e aos outros participantes por sua contribuição e pelo espírito de comunhão fraterna vivido no decorrer do encontro. 

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Voluntários de associações de promoção turística vão encontrar o Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – Na audiência com o Papa Francisco neste sábado (26), por ocasião dos 15 anos da lei do Serviço Civil nacional italiano, estarão presentes quase 600 representantes do mundo Pro Loco (do latim que significa “em favor do lugar”).

As associações Pro Loco, sem fins lucrativos, são constituídas de voluntários que promovem e valorizam a cultura, o turismo, a gastronomia, os bens arquitetônicos e as tradições populares e de preservação ambiental do país. Na Itália, mais de 15 mil voluntários trabalham para as seis mil entidades Pro Loco que, desde 2004, são atribuídas ao Serviço Civil como setor de intervenção do “Patrimônio Artístico e Cultural – valorização de histórias e culturas locais”.

Ao encontro com o Santo Padre estarão presentes os voluntários, os operadores locais do projeto e os presidentes das associações de promoção turística. A delegação será guiada pelo novo presidente da União Nacional Pro Loco da Itália (Unpli), Antonino La Spina, e pela responsável do departamento Serviço Civil Unpli, Bernardina Tavella.

Segundo o presidente La Spina, os voluntários “representam um recurso fundamental para o nosso imenso patrimônio cultural e imaterial do qual, no âmbito dos projetos aprovados, cuidam da recuperação, do arquivo, da catalogação e da proteção. Atividade pela qual a Unpli é reconhecida pela Unesco”.

A responsável pelo Serviço Civil Unpli, Bernardina Tavella, acrescenta que “não é somente uma oportunidade para os jovens, mas é também uma importante experiência para as Pro Loco que, dessa forma, participam ao processo educativo dos jovens em relação à solidariedade social, à proteção dos direitos e, em casos particulares, à educação, à promoção da cultura, à proteção do patrimônio artístico e ambiental”. (AC/Ansa)

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Card. Amato: debate teológico faz bem, mas de modo respeitoso

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Cidade do Vaticano (RV) - Foi aberto esta quinta-feira (24/11) em Roma, na Pontifícia Universidade da Santa Cruz, o Simpósio internacional promovido pela Fundação vaticana Joseph Ratzinger-Bento XVI com o tema: “A escatologia, análises e perspectivas”.

Ao término do Simpósio, no sábado, dia 26, no Palácio Apostólico, será realizada a cerimônia do Prêmio Ratzinger, quase uma espécie de “Nobel da teologia”, por assim dizer. O Prêmio será entregue pelo Papa Francisco a Inos Biffi – teólogo de longa e fecunda carreira – e a Ioannis Kourempeles – professor ortodoxo grego.

Os trabalhos do Seminário foram abertos com uma conferência sobre os Santos e a escatologia, feita pelo prefeito da Congregação das Causas dos Santos, Cardeal Angelo Amato.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o purpurado – ex-colaborador de Joseph Ratzinger na Congregação para a Doutrina da Fé – detém-se sobre o pensamento teológico do Papa emérito, sobre o amor de Francisco pela teologia dos Santos e sobre o debate entre teólogos acerca de alguns pontos do Magistério do Papa Francisco:

Cardeal Angelo Amato:- “O Cardeal Ratzinger, que foi também um grande pastor, é alguém que refletiu muito sobre as realidades fundamentais da fé e não somente sobre a escatalogia, mas também sobre realidade a realidade cristológica, sobre a Trindade, sobre a Sacramentária... Portanto, o Cardeal Ratzinger, como teólogo profissional, muito aprofundou estes aspectos e muito valorizou a teologia dos Santos, porque ele cita – em suas obras – muitas vezes os grandes Santos, que foram excelsos, eminentes, tanto por doutrina quanto por como explicitaram, ilustraram, e articularam também a Doutrina Católico em seu tempo.”

RV: Hoje se tem, às vezes, a sensação de que haja um debate muito polarizado, inclusive no seio da comunidade de teólogos, sobre alguns pontos em particular do Magistério de Francisco, Pensemos, por exemplo, na Amoris laetitia... Bento XVI e o Papa Francisco dão uma indicação de sentido diferente nisso, de uma possibilidade, de raciocínio absolutamente franco, direto, inclusive científico, mas menos polarizado como, por vezes, possa parece?

Cardeal Angelo Amato:- “O debate faz parte do ser humano: pergunta e resposta! A realidade deveria ser a de continuar o debate, porém, no respeito recíproco e, sobretudo, utilizando os talentos das respectivas posições, os pontos fortes. O debate segue adiante assim e deve haver o debate! Não diria polarizador, porque – ao menos de minha parte – não vejo essa polarização, porém, sem dúvida, o debate é útil, porque as posições podem ser sempre mais integradas e podem ser sempre mais melhoradas.”

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Igreja no Brasil



Igrejas-irmãs: Óbidos (PA) e Juiz de Fora (MG), elo de comunhão

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Óbidos (RV) – Na sequência do Encontro das Igrejas-irmãs da Amazônia, realizado em Belém nos dias 17 e 18 de novembro, o arcebispo de Juiz de Fora (MG), Dom Gil Moreira, com o Diácono Bill, foram até Óbidos, no Pará, diocese com a qual mantêm a parceria de Igreja-irmã. Juiz de Fora enviou a Óbidos os padres Leo e Jorge, além do casal de leigos Juliana e Davi, responsáveis pela exegese e a comunicação.

Como uma parceria que se preze, a relação dar-receber é bastante intensa e tem se incrementado no tempo, inclusive com um intercâmbio de seminaristas. Segundo Dom Bernardo Bahlman, bispo de Óbidos e Presidente do Regional Norte2 da CNBB, é importante também levar a Igreja amazônica a outras regiões do país:

“A Paróquia de São Martinho de Lima, com mais de 40 comunidades, foi assumida pela Arquidiocese de Juiz de Fora e temos dois padres e um casal de leigos que estão se engajando em nossa Igreja. Já vieram também vários leigos, inclusive grupos, jovens, que passaram aqui algumas semanas e foram fazendo missões nas comunidades. É um trabalho muito grande que nós estamos recebendo e nós podemos dizer que estamos intensificando nosso relacionamento. Vivemos mais a comunhão, a colegialidade e uma Igreja ajuda a outra. O mais importante é que nós consigamos desenvolver amizades com mais pessoas também de outras dioceses... as pessoas começam também a se interessar mais, sobretudo pela Amazônia, para a nossa região do Norte do Brasil, porque muitas vezes a situação é desconhecida e com isso, podemos fazer uma maior e melhor integração, não só no Brasil, mas também na própria Igreja”.

Já para o arcebispo de Juiz de Fora, Dom Gil Moreira, o que o que mais recebe é o crescimento da consciência missionária da Igreja ressalta o projeto “Jovens Missionários Continentais”:

“A Igreja é essencialmente missionária; se ela não for missionária, deixa de ser Igreja. Esta consciência de Igreja missionária tem crescido muito na nossa Arquidiocese depois desta intensificação do projeto que iniciamos com Dom Bernardo a partir de 2009/10. Assumie esta paróquia como de nossa responsabilidade tem representado na Arquidiocese de Juiz de Fora um meio de as pessoas saberem que a Igreja tem que ser missionária. E sobretudo no meio dos jovens, vejo um crescimento deste espírito missionário. Nós fundamos, depois da JMJ do Rio de Janeiro, um movimento na Arquidiocese com o nome de Jovens Missionários Continentais. Eles se reúnem toda semana para rezar, todo mês para estudar, e fazem missão de paróquia em paróquia. Uma vez por ano, vêm a Óbidos em grupo; eles mesmos se organizam, arranjam dinheiro para pagar a passagem, a diocese não tem nenhuma despesa com isso... vêm às vezes 10/12 jovens e ficam aqui na paróquia e fazem a sua experiência missionária. Quando voltam, trazem aos demais jovens sempre testemunhos muito bonitos, palavras muito interessantes. Estamos ganhando muito com este projeto de aliança e vínculo fraterno entre as duas Igrejas”. 

Ouça a entrevista aqui: 

(CM)

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Igreja no Mundo



Mensagem dos bispos dos EUA para o Dia de Ação de Graças

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Por ocasião do Dia de Ação de Graças, celebrado nesta quinta-feira, 24 de novembro, o Presidente da Conferência Episcopal dos Estados Unidos (Uscbb), Cardial. Daniel N. DiNardo; e o arcebispo de Los Angeles, eleito pela recente Assembleia do episcopado, Dom José H. Gomez, transmitiram a seguinte mensagem: 

"Nesta quinta-feira, 24 de novembro, nossa nação vai fazer uma pausa para agradecer a Deus pelas abundantes bênçãos que Ele nos concedeu." "É uma tradição de Ação de Graças de pessoas de muita fé, proferida desde antes da fundação do nosso país".

"Nos tempos modernos, a ação de graças tornou-se um dia em que as famílias dispersas reúnem-se novamente em volta da mesa para jantar juntas - continuou -. Em muitas paróquias, Dia de Ação de Graças é também um dia de serviço, porque os voluntários preparam uma refeição para os menos afortunados. Oramos por todas as pessoas necessitadas do nosso país, que Deus os conforte, e que possamos abrir oportunidades para que eles participem plenamente na esperança da América ".

A mensagem nos convida a lembrar dos idosos e aqueles que estão em necessidade, bem como qualquer irmão que possa estar sozinho neste dia. Que eles possam experimentar a proximidade de Deus ". O texto conclui: "No Dia de Ação de Graças vamos todos juntos agradecer a Deus”. 

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Formação



Bispo de Garanhuns: Concílio precisa ser vivido, atualizado e aprofundado

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” continua com a participação do bispo da Diocese de Garanhuns – PE, Dom Paulo Jackson Nóbrega de Souza, cujas ponderações e apreciações muito têm nos enriquecido. 

Em suas precedentes considerações sobre a importância do Concílio na vida da Igreja, Dom Paulo nos disse que a primeira intuição de João XXIII foi exatamente abrir as portas e janelas da Igreja para um novo sopro do Espírito Santo; a segunda coisa é compreender o Concílio como espírito, como evento e também como textos; terceiro, a contribuição das grandes Constituições conciliares – apontou-nos.

Na edição de hoje Dom Paulo continua suas considerações partindo das grandes Constituições, suas implicações na vida da Igreja hoje, chamada a responder às múltiplas perguntas e aos múltiplos desafios que se apresentam ao homem e mulher dos nossos dias.

Muito concreto em suas ponderações, o bispo de Garanhuns não deixa fugir de vista a conjuntura eclesial e social na qual vivemos: fala da situação de seca vivida no quinto ano consecutivo, em particular, no sertão e na caatinga pernambucanos, e, em geral, fala do momento difícil por que passa o Brasil. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Arcebispo da Colômbia denuncia homicídio de fiel em plena missa

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Cali (RV) – O arcebispo de Cali, na Colômbia, Dom Dario de Jesus Monsalve Mejia denunciou em comunicado o homicídio de um dos fiéis da Paróquia de Santa Cecília. O crime aconteceu na última terça-feira (22), em plena missa. A celebração era em honra à padroeira da paróquia e, devido à festa da santa, toda a comunidade do bairro Ciudad Cordoba era presente, além de moradores de lugares próximos.

Segundo a Agência de Notícias Fides que recebeu o comunicado, um homem entrou no local e começou a disparar contra Fernando Padilla, paroquiano de 35 anos, que morreu na hora. A vítima se encontrava próxima ao arcebispo que fazia a homilia.

Dom Dario se pronunciou no comunicado dizendo que “aproveitar da reunião nas igrejas para matar um paroquiano e criar terror entre os fiéis ultrapassa qualquer consideração racional... Infelizmente nem o temor a Deus detém o absoluto desprezo pela vida humana que há raízes na essência de amplos setores da nossa sociedade colombiana”.

O comunicado prossegue: “faço essa declaração como arcebispo de Cali depois de ter vivido, a poucos metros do altar, o tiroteio de homens armados que fizeram a sua vítima dentro da igreja, matando-a, e colocando em perigo a vida de uma grande assembleia litúrgica que festejava a sua santa padroeira”.

Há dois anos, na mesma igreja da Paróquia de Santa Cecília, foram assassinadas outras duas pessoas. Na época, o arcebispo fez a mesma denúncia de violência em lugares sagrados. (AC/Fides)

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Sustentabilidade: Plenária da Pontifícia Academia das Ciências

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Cidade do Vaticano (RV) – A Pontifícia Academia das Ciências realiza sua Plenária, no Vaticano, de 25 a 28 de novembro.

O tema escolhido é “Ciência e Sustentabilidade. Impacto dos conhecimentos científicos e da tecnologia sobre a sociedade humana e sobre o meio ambiente”.

Os membros da Pontifícia Academia são convidados a refletir sobre como os avanços científicos já alcançados ou ainda a serem descobertos podem impactar de maneira positiva ou negativa  no desenvolvimento sustentável das sociedades e em seu meio ambiente.

O único brasileiro membro da Pontifícia Academia é o Professor da Universidade de São Paulo (USP), Vanderlei Bagnato. Em sua palestra, em 29 de novembro, Dr. Bagnato desenvolverá o tema “Novas formas fotônicas para controlar infecções locais em crianças - Evitando a catástrofe antibiótica”.

Está prevista uma audiência com o Papa Francisco na segunda-feira, 28 de novembro. 

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A semana de Francisco: você por dentro da agenda do Papa

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Rádio Vaticano (RV) – A agenda do Papa Francisco é repleta de compromissos e a Rádio Vaticano quer levar o mais importante para você!

Por isso, esta semana vamos estrear um novo espaço dedicado às nossas redes sociais: A Semana de Francisco.

O vídeo que vai reunir os principais encontros e atividades o Papa realizados durante a semana será publicado em nossa fan-page no Facebook e em nosso canal no YouTube.

(rv-)

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Esporte e misericórdia: oportunidade de inclusão

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Cidade do Vaticano (RV) – O nosso convidado do último programa “O Caminho da misericórdia” desta quinta-feira (24/11), é o Pe. Leandro Lenin Tavares que coordenou o centro inter-religioso das Olimpíadas e Paraolimpíadas realizadas no Rio de Janeiro, em agosto e setembro, deste ano. 

O sacerdote participou da conferência mundial sobre Fé e Esporte, realizada recentemente, no Vaticano, e conversou com Silvonei José a propósito da conferência e sobre a relação entre esporte e misericórdia.

(MJ/SP)

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Conferência internacional sobre drogas, “flagelo mundial”

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Tráfico de seres humanos, violência e drogas foi o tema da Conferência Internacional organizada pela Pontifícia Academia das Ciências, que atendeu a sensibilidade do papa para esta questão. A abertura do evento foi realizada pela Rainha Silvia, da Suécia, e pelo diretor do Escritório das Nações Unidas que lida com drogas e crime, Yury Fedotov. A conferência internacional sobre a produção, utilização e tráfico de drogas ilegais, além do uso e abuso de substâncias químicas e as consequências da utilização destas para a mente e o corpo, foi iniciada na quarta-feira, 23 de novembro, na Casina Pio IV, no Vaticano, e encerrou-se na quinta-feira, 24 de novembro, na qual teve um encontro do Papa Francisco com os participantes. 

A iniciativa da realização do seminário intitulado “Narcóticos: Problemas e soluções deste flagelo mundial”, foi do Chanceler da Pontifícia Academia das Ciências, Dom Marcelo Sanchez Sorondo. Durante os dois dias de trabalho foram analisados dados, comparadas experiências e padrões históricos, mas sobretudo, a busca de novas estratégias para enfrentar, amplamente, esta dramática e complexa realidade.

Em seu discurso na abertura dos trabalhos, a Rainha Silvia, fundadora da "World Childhood Foundation", que trabalha para melhorar as condições de vida das crianças em todo o mundo; e integrante honorária da Fundação Mentor (que realiza um trabalho contra as drogas), destacou a "necessidade de uma maior cooperação global" para enfrentar este desafio. Ela destacou a "fragilidade das crianças" vítimas da ligação mortal existente entre o "tráfico de drogas e exploração de seres humanos", no dramático contexto internacional de pobreza e guerras. A soberana também destacou a importância da prevenção através da informação sobre o perigo das drogas.

De acordo com dados de 2013 do UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime), encarregado de monitorar a difusão das drogas no mundo e as relativas atividades criminosas; uma em cada vinte pessoas, com idades entre 15 e 64 anos, utiliza droga ilícita pelo menos uma vez na vida, para um total de 246 milhões de indivíduos. Dados mostram um aumento de três milhões de pessoas em relação ao ano anterior. O Diretor Yury Fedotov, reiterou as consequências devastadoras que o tráfico de drogas e as atividades criminosas têm para a "saúde, a paz, o desenvolvimento e os direitos humanos”. "Flagelo - disse ele - que não tem limites."

Foi confirmado que o ópio é originário do Afeganistão e que o produto é proveniente do cultivo da papoula; além disso, financia o terrorismo dos talibãs, bem como a criação de vício, a violência e a insegurança. Os Balcãs são os principais corredores de trânsito para a heroína que se ramifica em todas as direções. Mais de 40% do uso mundial de cocaína vem da América do Norte, sendo os principais produtores a Colômbia, Peru e Bolívia, onde a violência e a pobreza são desenfreadas.

Invocando uma crescente cooperação, foram mencionados tratados internacionais de controle de drogas a partir de 1961 até os objetivos de combate fixados para 2019 e 2030.

No evento, muitos interventores salientaram sobre o complexo e sofisticado sistema financeiro que sustenta o tráfico de drogas e criticaram redes governamentais que, por vezes, não lutam com determinação contra esta realidade. A luta contra a corrupção e contra a máfia – disseram alguns interventores participantes do evento - é uma prioridade. Também foi discutido o aumento da proliferação e uso de drogas sintéticas, e de compostos químicos devastadores, de fácil acesso, especialmente pelos jovens que estão cada vez mais utilizando a Internet para compra destas substâncias. 

Foram dois dias de trabalho, portanto, para enquadrar todo o fenômeno da droga, também do ponto de vista médico e o uso correto dessas substâncias no setor da saúde. Entre os objetivos, também presente a forma de tratar a dependência de drogas e as possíveis alternativas à prisão, possibilitando assim a reabilitação das vítimas das drogas e a quebra do círculo da delinquência.

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