Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 28/11/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: a fé cristã não é uma teoria, mas é o encontro com Jesus

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Cidade do Vaticano (RV) – A fé cristã não é uma teoria ou uma filosofia, mas é o encontro com Jesus. Foi o que destacou o Papa celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta na segunda-feira (28/11), no início do Tempo do Advento. 

Em sua homilia, o Pontífice observou que neste período do Ano, a Liturgia nos propõe inúmeros encontros de Jesus: com a sua Mãe no ventre, com São João Batista, com os pastores, com os Magos. Tudo isso nos diz que o Advento é “um tempo para caminhar e ir ao encontro com o Senhor, isto é, um tempo para não ficar parado”.

Oração, caridade e louvor: assim encontraremos o Senhor

Eis então que devemos nos perguntar como podemos ir ao encontro de Jesus. “Quais são as atitudes que devo ter para encontrar o Senhor? Como devo preparar o meu coração para encontrar o Senhor?”, questinou o Papa.

“Na oração no início da Missa, a Liturgia nos fala de três atitudes: vigilantes na oração, operosos na caridade e exultantes no louvor. Ou seja, devo rezar com vigilância; devo ser operoso na caridade – a caridade fraterna: não somente dar esmola, não; mas também tolerar as pessoas que me incomodam, tolerar em casa as crianças quando fazem muito barulho, ou o marido ou a mulher quando estão em dificuldade, ou a sogra... não sei .. mas tolerar: tolerar … Sempre a caridade, mas operosa. E também a alegria de louvar o Senhor: ‘Exultantes na alegria’. Assim devemos viver este caminho, esta vontade de encontrar o Senhor. Para encontrá-lo bem. Não ficar parados. E encontraremos o Senhor”.

Porém, acrescentou o Papa, “ ali haverá uma surpresa, porque Ele é o Senhor das surpresas”. Também o Senhor “não está parado”. Eu, afirmou Francisco, “estou em caminho para encontrá-Lo e ele está em caminho para me encontrar. E quando nos encontramos, vemos que a grande surpresa é que Ele está me procurando antes que eu comece a procurá-lo”. 

O Senhor sempre nos precede no encontro

“Esta é a grande surpresa do encontro com o Senhor. Ele nos procurou por primeiro. É sempre o primeiro. Ele percorre o seu caminho para nos encontrar”. Foi o que aconteceu com o Centurião: 

“O Senhor vai sempre além, vai primeiro. Nós fazemos um passo e Ele faz dez. Sempre. A abundância de sua graça, de seu amor, de sua ternura não se cansa de nos procurar, também, às vezes, com coisas pequenas: Pensamos que encontrar o Senhor seja algo magnífico, como aquele homem da Síria, Naamã, que tinha hanseníase: E não é simples. Ele também teve um surpresa grande da maneira de Deus agir. O nosso é o Deus das surpresas, o Deus que está nos procurando, nos esperando, e nos pede somente o pequeno passo da boa vontade.”

Devemos ter a “vontade de encontrá-lo”. Depois, Ele “nos ajuda”. “O Senhor nos acompanhará durante a nossa vida”, disse o Papa. Muitas vezes, irá nos ver distanciar Dele, e nos esperará como o Pai do Filho Pródigo. 

A fé não é saber tudo sobre dogmática, mas encontrar Jesus

“Muitas vezes”, acrescentou o pontífice, “verá que queremos nos aproximar e sairá ao nosso encontro. É o encontro com o Senhor: isto é importante! O encontro. “Sempre me impressionou o que o Papa Bento XVI disse: que a fé não é uma teoria, uma filosofia, uma ideia: é um encontro. Um encontro com Jesus”. Caso contrário, “se você não encontrou a sua misericórdia pode até rezar o Credo de cor, mas não ter fé”: 

“Os doutores da lei sabiam tudo, tudo sobre a dogmática daquele tempo, tudo sobre a moral daquele tempo, tudo. Não tinham fé, porque o seu coração tinha se distanciado de Deus. Distanciar-se ou ter o desejo de ir ao encontro. Esta é a graça que nós hoje pedimos. Ó Deus, nosso Pai, suscite em nós a vontade de ir ao encontro de Cristo, com as boas obras. Ir ao encontro de Jesus. Por isso, recordamos a graça que pedimos na oração, com a vigilância na oração, operosos na caridade e exultantes no louvor. Assim, encontraremos o Senhor e teremos uma linda surpresa.”

(BF/MJ)

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Francisco convida cientistas a se aliarem na defesa do meio ambiente

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã de segunda-feira (28/11), os membros da Pontifícia Academia das Ciências que participam de sua Plenária sobre o tema da sustentabilidade.

 

Em seu discurso, o Pontífice ressaltou que nunca como agora é evidente a missão da ciência a serviço de um novo equilíbrio ecológico global. De modo especial, ressaltou a renovada aliança entre a comunidade científica e a comunidade cristã para proteger a casa comum, “ameaçada pelo colapso ecológico e pelo consequente aumento da pobreza e da exclusão social”.

Citando a Encíclica Laudato si’, o Papa falou da necessidade de uma “conversão ecológica”, que requer, de um lado, a plena assunção da responsabilidade humana para a com a criação e os seus recursos e, de outro, a busca da justiça social e a superação de um sistema injusto que produz miséria, desigualdade e exclusão.

Novo modelo

Para Francisco, cabe antes de tudo aos cientistas – livres de interesses políticos, econômicos e ideológicos – construir um modelo cultural para enfrentar a crise das mudanças climáticas e de suas consequências. Do mesmo que foi capaz de estudar e demonstrar a crise do planeta, hoje a categoria é chamada a construir uma liderança que indique soluções nos campos hídrico, das energias renováveis e da segurança alimentar.

Os cientistas, acrescentou, podem colaborar num sistema normativo que inclua limites invioláveis e garanta a proteção dos ecossistemas, antes que as novas formas de poder produzam danos irreversíveis não somente ao meio ambiente, mas também à convivência, à democracia, à justiça e à liberdade.

O Pontífice criticou a submissão da política à tecnologia e à finança, que buscam o lucro acima de tudo. Esta submissão é demonstrada pelo atraso na aplicação dos acordos mundiais sobre o meio ambiente, além das contínuas guerras de predomínio disfarçadas de nobres reivindicações, que causam sempre mais prejuízos à natureza e à riqueza moral e cultural dos povos.

Não obstante isso, exortou o Papa, “não percamos a esperança e vamos aproveitar o tempo que o Senhor nos dá”, pois existem inúmeros sinais encorajadores de uma humanidade que quer reagir, escolher o bem comum e regenerar-se com responsabilidade e solidariedade.

Plenária

“Ciência Sustentabilidade. Impacto dos conhecimentos científicos e da tecnologia sobre a sociedade humana e sobre o meio ambiente” é o tema da Plenária deste ano da Academia.

Desde o dia 25, os membros são convidados a refletir sobre como os avanços científicos já alcançados ou ainda a serem descobertos podem impactar de maneira positiva ou negativa  no desenvolvimento sustentável das sociedades e em seu meio ambiente.

Universidade de São Paulo

O único brasileiro membro da Pontifícia Academia é o Professor da Universidade de São Paulo (USP), Vanderlei Bagnato. Em sua palestra, em 29 de novembro, Dr. Bagnato desenvolverá o tema “Novas formas fotônicas para controlar infecções locais em crianças - Evitando a catástrofe antibiótica”.

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Papa: a misericórdia deve se tornar um estilo de vida para os fiéis

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência, na segunda-feira (28/11), na Sala Clementina, no Vaticano, os organizadores e voluntários do Jubileu da Misericórdia, cerca de quatrocentas pessoas. 

“É com grande alegria que os acolho depois do encerramento do Jubileu Extraordinário para agradecer-lhes pessoalmente pelo grande trabalho desempenhado durante este Ano Santo”, disse o Pontífice. 

O Papa agradeceu de modo especial ao “incansável” Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella. 

Permanente

“A ele e seus colaboradores do dicastério eu confiei de modo particular a organização do Jubileu que foi um Ano denso, cheio de iniciativas em toda a Igreja, onde foi possível ver e tocar os frutos da misericórdia de Deus. A minha intuição, no início, tinha sido simples. O Senhor, como sempre, nos surpreende e vai além de nossas expectativas. Assim, aquele desejo se tornou uma realidade que foi celebrada com muita fé e alegria nas comunidade cristãs espalhadas pelo mundo. A Porta da Misericórdia aberta em todas as catedrais e nos santuários fez com que os fiéis não encontrassem nenhum obstáculo para experimentar o amor de Deus. Aconteceu algo de realmente extraordinário que agora deve ser inserido na vida cotidiana para fazer a misericórdia se tornar um compromisso e um estilo de vida permanente para os fiéis.” 

“Todos vocês, de várias maneiras, fizeram com que esse evento de graça se celebrasse de forma ordinária e segura, com grande afluxo de peregrinos e fazendo emergir o valor espiritual profundo que o Jubileu representa”, disse ainda Francisco. 

O Papa agradeceu ao Governo italiano, a Prefeitura de Roma e demais autoridades italianas que garantiram a segurança e tranquilidade dos peregrinos e permitiram um desempenho eficaz de todos os eventos jubilares. 

Colaboração

Agradeceu a Polícia de Roma e à Gendarmaria Vaticana pelo trabalho conjunto que mostrou que a colaboração recíproca pode realmente oferecer serviços de segurança em prol de todos.

Um agradecimento também ao Corpo da Guarda Suíça e a todas as instituições vaticanas, em particular, ao Governatorato e à Basílica de São Pedro pela grande dedicação. 

Francisco agradeceu os esforços dos responsáveis da Região do Lácio pelo planejamento minucioso das unidades de saúde.

Por fim, o Papa agradeceu aos numerosos voluntários provenientes de várias partes do mundo e aos que colaboraram com o seu trabalho cotidiano, muitas vezes silencioso e discreto, que tornou este Jubileu Extraordinário um evento verdadeiro de graça. 

“Se você quer obter misericórdia, deve ser misericordioso”, disse o Papa Francisco citando Santo Agostinho. “Que estas palavras de Santo Agostinho possam confortar todos nós. Com o seu compromisso vocês não somente deram uma contribuição competente, mas desempenharam um verdadeiro serviço de misericórdia a milhões de peregrinos que chegaram a Roma. Que este seu esforço possa ser recompensado pela experiência de misericórdia que o Senhor não lhes deixará faltar.” 

(MJ)

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Papa recebe premier irlandês: importância dos cristãos no espaço público

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Cidade do Vaticano (RV) - O Santo Padre recebeu em audiência na manhã desta segunda-feira (28/11), no Vaticano, o primeiro-ministro da Irlanda, Enda Kenny. 

Segundo informa uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé, durante o cordial colóquio foi evocado o laço histórico entre a Santa Sé e a Irlanda, foi “ressaltada a constante contribuição assegurada pela Igreja católica no campo social e educativo”.

Além disso, se detiveram “sobre a importância do papel dos cristãos no espaço público, sobretudo na promoção do respeito pela dignidade de toda pessoa, a começar dos mais fracos e indefesos”.

A conversação – lê-se no comunicado – teve também “uma troca de opiniões sobre a Europa, com referência particular ao fenômeno migratório, ao emprego juvenil e aos principais desafios que o continente é chamado a enfrentar, do ponto de vista político e institucional”. (RL)

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Papa recorda Pe. Kolvenbach: íntegra fidelidade a Cristo

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Cidade do Vaticano (RV) – “Íntegra fidelidade a Cristo e ao seu Evangelho”: assim   Papa Francisco define o Pe. Peter Hans Kolvenbach, Prepósito da Companhia de Jesus por 23 anos. O sacerdote morreu no sábado (26/11), aos 87 anos, em sua residência em Beirute, no Líbano.

Em telegrama endereçado ao Superior da Companhia, o venezuelano Pe. Arturo Sosa Abascal, Francisco expressa seu pesar a toda a família jesuíta.

“Recordando a íntegra fidelidade do Pe. Kolvenbach a Cristo e ao seu Evangelho, unida a um generoso empenho em exercitar com espírito de serviço o próprio ofício pelo bem da Igreja, elevo orações de sufrágio invocando, da divina misericórdia, a paz eterna por sua alma”, escreve o Papa.

Francisco afirma que participará “espiritualmente” das exéquias, oferecendo aos jesuítas e aos que compartilham este luto a sua bênção apostólica.

Pe. Peter Hans Kolvenbach foi eleito o 29º Prepósito da Companhia em 1983, apresentando a renúncia ao completar 80 anos. 

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Delegação da Santa Sé em Istambul para Festa de Santo André

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Cidade do Vaticano (RV) – No âmbito da tradicional troca de visitas pelas respectivas Festas dos Santos Padroeiros – 29 de junho em Roma pela celebração dos Santos Pedro e Paulo e 30 de novembro em Istambul pela celebração de Santo André – o Cardeal Kurt Koch guia a delegação da Santa Sé para a Festa do Patriarcado Ecumênico.

O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos está acompanhado por Dom Brian Farrel e por Mons. Andrea Palmieri, respectivamente Secretário e Sub-Secretário do Dicastério. Em Istambul uniu-se à delegação o Núncio Apostólico na Turquia, Arcebispo Paul F. Russel.

A delegação da Santa Sé tomou parte na Solene Liturgia presidida por Bartolomeu I na Igreja patriarcal de São Jorge, no Fanar, e manteve um encontro com o Patriarca e conversações com a Comissão sinodal encarregada das relações com a Igreja Católica.

O Cardeal Koch entregou ao Patriarca Ecumênico uma mensagem assinada pelo Papa Francisco, cujo texto foi lido ao final da Divina Liturgia.

 

(JE/Osservatore Romano)

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Governo húngaro cria Subsecretariado em defesa de cristãos perseguidos

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Cidade do Vaticano (RV) - O secretário do Ministério dos Recursos Humanos da Hungria e o vice-secretário do Subsecretariado húngaro para a proteção e socorro dos cristãos perseguidos, respectivamente, Bence Rétvári e Tamás Török, foram recebidos na última quarta-feira (23/11) no Vaticano pelo secretário das Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher.

A delegação magiar encontrou-se em seguida com o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Cardeal Leonardo Sandri, e na sede do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz com o secretário deste dicastério, Dom Silvano Maria Tomasi.

Entrevistados pelo “Programa Húngaro” da Rádio Vaticano, os dois secretários de Estado explicaram a iniciativa do governo magiar.

O motivo da criação de um Subsecretariado para a defesa dos Cristãos no mundo

A decisão de criar um Subsecretariado para a defesa dos Cristãos no mundo teve lugar após a habitual reunião dos parlamentares cristãos europeus e os representantes cristãos médio-orientais recentemente realizada nas proximidades de Roma.

A conferência teve a participação de uma delegação governamental guiada pelo primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán. O encontro contou com a participação também do ministro dos Recursos Humanos magiar, Zoltán Balog.

Líderes religiosos e fiéis leigos cristãos provenientes do Oriente Médio, Coreia do Norte, do norte e do centro da África apresentaram seus testemunhos. O breve encontro evidenciou a dramaticidade e a proporção gigantesca da perseguição anticristã em várias partes do mundo. Por conseguinte, o governo húngaro considerou oportuno instituir um departamento que chame a atenção para o problema.

Já em 2011, ou seja, antes da primeira crise migratória, quando a Hungria teve a presidência de turno do Conselho da União Europeia, a perseguição anticristã foi inserida entre os temas principais de sua agenda.

Cristãos representam o grupo mais perseguido no mundo

O secretário do Ministério dos Recursos Humanos, Rétvári, evidenciou que os cristãos representam na atualidade o grupo mais perseguido no mundo. A Hungria é um país de tradição, de cultura e de religião cristã. Por esse motivo, considera seu dever ajudar essas pessoas.

Trata-se de centenas de milhões de vidas humanas. Não se trata de um exagero – é a verdade nua e crua – ressaltou o político. Todos os dias, toda hora, homens, mulheres e crianças morrem no mundo inteiro pelo simples fato de serem cristãos e não seguidores de outra religião.

A Hungria considera seu dever moral chamar a atenção do mundo para a perseguição que estas pessoas sofrem em pleno Séc. XXI, algo que na Europa ninguém poderia nem mesmo imaginar.

Queremos que esse problema não seja tratado somente por grupos, organizações civis e associações, que não somente eles representem a questão na Onu, no Conselho da Europa, mas também um Estado membro.

Que a Hungria seja força motriz deste compromisso, com sede central em Budapeste, de onde possam ser difundidas as informações sobre a grande dimensão da perseguição anticristã em várias partes do mundo.

Cristãos perseguidos são aqueles dos quais menos se fala

Habitualmente, dizemos que as portas do mundo foram escancaradas, a informação é livre na época da internet. Isso é verdade somente em parte. As notícias sobre o fato mais grave, sobre a maior perseguição não chegam quase nunca.

Esta é a nossa missão, nossa tarefa: devemos restabelecer o equilíbrio. Os cristãos são o grupo mais perseguido e deles se fala menos em absoluto. Falamos muito mais de grupos muito menos numerosos: nascem declarações oficiais, documentos ideológicos que falam de discriminação legal, de desvantagem jurídica.

Aí não se trata de discriminação legal, mas de perigo de vida que precede todo e qualquer outro perigo. É preciso que se aceite na Europa que em muitos lugares do mundo cristãos sofrem por causa das perseguições. Não podemos fechar os olhos porque isso pode custar a vida de milhares de pessoas.

Devemos ajudar as comunidades  cristãs a poder permanecer em seu país

Devemos ajudar as pessoas que realmente são vítimas de perseguições, que verdadeiramente fogem do perigo de morte, que vivem em zonas de guerra. Devemos ajudar as comunidades cristãs a poder permanecer em seu país onde estão presentes há dois mil anos e a poder viver a sua religião.

Que não seja possível a nenhum país punir com a pena de morte uma pessoa que se converta do islã ao cristianismo, não seja perseguido quem detém uma Bíblia em casa, igrejas e escolas cristãs não sejam destruídas. A Hungria espera ter aliados neste campo.

Seja reconhecida que a crise atual do Oriente Médio criada pelo autodenominado Estado islâmico é genocídio

Devemos atuar em duas direções. De um lado, mediante todos os meios de comunicação chamar a tenção para o fenômeno grave da perseguição; de outro, devemos colocar em prática as afirmações do documento-base discutido recentemente no Parlamento húngaro, que afirma sem reservas:

A crise atual do Oriente Médio criada pelo autodenominado Estado islâmico é um genocídio, um crime contra a humanidade. O tribunal internacional aja contra quem comete estes crimes ferozes, puna os idealizadores e executores deste sistema desumano. (RL)

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Simpósio para ecônomos indica linhas operacionais para o futuro

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Cidade do Vaticano (RV) – Concluiu-se no domingo (27/11), no Auditório da Pontifícia Universidade Antonianum, o II Simpósio Internacional sobre economia, organizado pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

No início da manhã, o Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito do dicastério, indicou aos presentes novos caminhos de esperança que se abriram para os consagrados e as consagradas, como fruto do Ano da Vida Consagrada.

“A esperança de que falamos – afirmou – não se funda nos números ou nas obras, mas naquele em quem depositamos a nossa confiança e para quem nada é impossível”. Forte também, foi o apelo do Cardeal brasileiro para se caminhar juntos na escuta de Deus e na sinodalidade.

Antepor o "ser" ao "ter"

Em seu caminho – afirmou durante sua palestra, a Sub-Secretário da Congregação, Irmã Nicla Spezzati – “a pessoa consagrada se sente chamada a antepor o ser ao ter, o estar diante de Deus em relação ao fazer por Deus. Os votos tornam capazes de assumir o modo de existência do próprio Cristo, em que tal “estar” torna-se dom de si, fecundo na reciprocidade dos discípulos”

“Pensar a economia significa estar inseridos no processo de humanização, que nos torna, para dizê-lo com os latinos, humanissimi, ou seja, pessoas no sentido mais pleno do termo, conscientes de si mesmos e da própria relação-missão no mundo: “Eu sou uma missão sobre a terra e por isto me encontro neste mundo” (EG 273).

“Administrar a nossa condição humana com sabedoria, na obediência das suas leis intrínsecas e da vocação recebida, é a primeira economia base da vida consagrada” – completou - recordando como uma constante magisterial seja a atenção pela escolha de proximidade e inserção entre os pobres e o empenho pela justiça.

Coerência

“Um religioso não pode estar dedicado à obras de justiça social e aliviar o sofrimento dos pobres, sem que a própria vida tenda a uma efetiva pobreza; desta forma, não se pode cultivar uma pobreza individual e comunitária que não se expresse também em uma proximidade aos necessitados”.

Critérios na base das escolhas operativas

Durante a tarde, o Secretário do mesmo dicastério, Arcebispo José Rodríguez Carballo, indicou os critérios que devem estar à base das futuras escolhas operativas: fidelidades ao carisma, tutela dos bens eclesiais, sustentabilidade das obras, capacidade de prestar contas e pobreza.

"A partir desses critérios - concluiu - podem ser retiradas algumas orientações operacionais, a serem declinadas segundo as características específicas dos Institutos, com particular referência à natureza e atividades desenvolvidas, dimensão e articulação, contexto territorial da operacionalidade, a legislação estatutária aplicável e escolhas organizacionais tomadas".

 

(JE)

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"Em Roma por Francisco", reúne estudantes curdos, iraquianos, egípcios e sul-americanos

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Roma (RV) – “Em Roma por Francisco” é o lema da peregrinação que reúne duzentos estrangeiros participantes do programa Pitagora Mundus, vindos da Calábria até a Cidade Eterna.

No programa, a participação no Angelus na Praça São Pedro no domingo, dia 18 de dezembro, e no dia seguinte, a delegação de estudantes curdos, iraquianos, egípcios e sul-americanos será recebida no Campidoglio, onde às 10 horas participará de uma conferência sobre o valor da formação na cooperação internacional.

Segue-se um encontro com o Presidente da Pontifícia Academia para a Vida, Arcebispo Vincenzo Paglia, que responderá a diversos questionamentos dos estudantes. Em oito anos, o projeto cultural já permitiu a um milhão de estudantes estrangeiros frequentar Escolas Superiores, inicialmente na Calábria, mas agora também na Campanha e Toscana.

Cooperação e instrução

“A Agência da cooperação e do desenvolvimento está envolvida coma chegada de 17 estudantes somalis – explica o Presidente do Instituto calabrês de políticas internacionais, Salvatore La Porta. O Ministério do Exterior da Somália pediu 27 bolsas de estudo à Farnesina, que as concedeu”. Desta forma, a cooperação internacional está ligada à instrução.

Ensinar a pescar

“A filosofia é a de não dar somente o peixe, mas também o caniço para ensinar a pescar, completa. Um projeto sem financiamentos europeus e estatais (...). O próximo passo será acolher os menores estrangeiros não acompanhados por meio das comunidades e conventos que deram a disponibilidade de hospedá-los”.

A disponibilidade de vagas são recolhidas e propostas por meio das Embaixadas dos países em via de desenvolvimento. Os estudantes se inscrevem no primeiro ano das Escolas Superiores e depois de cinco anos se formam. Após o diploma retornam a seus países e tornam-se uma ponte entre a economia italiana e a dos países de proveniência.

Paraguai

No dia 18, um grupo de estudantes irá à Praça São Pedro para participar do Angelus com o Papa Francisco. Entre eles, paraguaios selecionados pelo Ministério do Exterior paraguaio nas zonas mais pobres do país.

Angelus com o Papa

“Foram os estudantes que me pediram para participar do Angelus de Francisco – conta La Porta. Muitos deles são de outras religiões, mas reconhecem no Papa Bergoglio um referencial e nos seus apelos à acolhida encontram um motivo de partilha. Para eles virem a Roma por Francisco é um gesto com um profundo significado, é como retribuir o afeto por alguém que não se esquece deles”.

Dom Paglia

“Muito importante também é o encontro com Dom Paglia, a quem apresentamos a iniciativa em um encontro no Vaticano, conclui. A sua presença no Campidoglio permitirá um debate entre os nossos jovens e um Prelado sempre na primeira fila na acolhida e na integração que favoreceu numerosas iniciativas e encontros de natureza ecumênica e de diálogo inter-religioso”.

(je/vaticaninsider) 

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Igreja na América Latina



Avança causa beatificação de jesuíta salvadorenho

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São Salvador (RV) – O chanceler do Arcebispado de São Salvador, Mons. Rafael Urrutia, explicou que o processo de beatificação do Padre Rutilio Grande avança e o Vaticano já estaria estudando a documentação apresentada. 

Em coletiva de imprensa, explicou que em 16 de agosto foi encerrada a parte diocesana da beatificação e canonização do sacerdote jesuíta e todo o material relativo foi enviado a Roma, onde se encontra na Congregação das Causas dos Santos.

No início de novembro, a Congregação emitiu um decreto em que revelava a abertura do processo romano do Padre Rutilio Grande. Terça-feira, 22 de novembro, o processo foi iniciado com a abertura das caixas de documentos, a revisão e a entrega da parte correspondente ao postulador geral da Ordem Jesuíta.

“Estamos nesta etapa de escrever a posição da Igreja e defendê-la diante da Congregação, para demostrar que efetivamente o Padre Rutilio Grande morreu com fama de martírio e sobreviveu todo este tempo com a mesma fama, porque realmente teve uma morte de mártir”, afirmou.

O crime

O sacerdote foi assassinado em 1977, junto com outros dois salvadorenhos, episódio que levou o hoje beato Dom Oscar Arnulfo Romero, - de quem foi amigo - a insistir com o governo da época para que investigasse o fato.

Em 24 de setembro de 1972, o Padre Grande se tornou pároco de Aguilares, no departamento de São Salvador, onde estabeleceu as Comunidades Eclesiais de Base.

Implantação das CEB's em El Salvador

Este movimento de organização campesina encontrou oposição entre os latifundiários e alguns sacerdotes conservadores que temiam que a Igreja Católica pudesse ser controlada por forças políticas esquerdistas.

Padre Rutilio Grande denunciou a opressão contra o povo e contra os próprios sacerdotes, muitos dos quais foram acusados e perseguidos como 'subversivos', por terem atendido as súplicas do povo.

Em 12 de março de 1977, o padre, acompanhado por Manuel Solorzano, de 72 anos, e Nelson Rutilio Lemus, de 16 – dirigia o jipe do arcebispado na estrada que une o município de Aguilares, onde havia celebrado a missa vespertina da novena de São José, ao de El Paisnal. Os três foram emboscados e morreram metralhados por Esquadrões da Morte, grupos paramilitares de extrema direita liderados por Roberto D'Aubuisson, fundador do partido de direita Aliança Republicana Nacionalista (Arena).

(CM)

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Venezuela: Governo confisca remédios doados à Caritas

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Caracas (RV) - “A Caritas Venezuela, desde julho passado, monitorou e executou todo procedimento previsto pela lei para a retirada da doação recebida.” 

Com estas palavras, a Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal Venezuelana contesta, num comunicado, a medida do Governo de confiscar uma carga de remédios e suplementos alimentares doados à instituição religiosa.

Na semana passada, o Serviço Nacional de Administração Fiscal e Financeira publicou no Twitter que a carga endereçada à Caritas Venezuela tinha sido declarada como abandonada por não ter sido apresentada a documentação exigida até os 30 dias previstos pela normativa. Segundo o organismo, “a fronteira de La Guaira concedeu a mercadoria ao Instituto Venezuelano de Serviços Sociais”.

A Comissão Episcopal explica na nota que em 5 de agosto de 2016 comunicou ao Serviço Nacional de Administração Fiscal e Financeira e às autoridades do Ministério da Saúde a chegada iminente de um container com 525 caixotes de remédios e 92 caixas de alimentos. Desde então foram iniciados os procedimentos para a documentação e permissão para a entrada das mercadorias que chegaram ao porto de La Guaira, em 23 de agosto.

“Agimos no respeito da lei. Seguimos as normativas e ouvimos todas as recomendações a fim de que a retirada da doação proveniente da Caritas chilena pudesse chegar a bom termo”, destacam os bispos. 

O comunicado dos bispos venezuelanos convida cidadãos, funcionários, observadores e Ongs a pediram mais uma vez ao Estado para facilitar a entrada de medicamentos e alimentos provenientes da cooperação solidária de outros países. 

Os prelados pedem aos líderes nacionais para não “politizarem o tema da ajuda humanitária e agirem a favor de quem sofre sem distinção de raça ou partido político”. Neste contexto, a Comissão Episcopal convida o Governo a buscar soluções rápidas para as dificuldades criadas pela falta de alimentos e medicamentos. 
Os bispos recomendam ao Instituto Venezuelano de Serviços Sociais a fazer bom uso e distribuir com equidade os medicamentos doados a essa instituição, confiantes em seu bom serviço.

A Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal Venezuelana pede mais uma vez para inserir o tema da ajuda humanitária ou canais de solidariedade na agenda do diálogo em andamento entre Governo e oposição com a mediação do representante da Santa Sé e líderes políticos internacionais. O diálogo iniciou em 30 de outubro passado e o próximo encontro está previsto para 6 de dezembro próximo. 

(MJ)

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Igreja no Mundo



"Adote um cristão de Mosul": relançada campanha pela AsiaNews

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Roma (RV) – Querosene para aquecer os contêiners; roupas para proteger do frio; alugueis mensais para as famílias dos refugiados; abonamentos para o transporte escolar. Estas são algumas das necessidades dos refugiados de Mosul e da Planície de Nínive, que há dois anos vivem no Curdistão, fugidos da violência dos jihadistas do Daesh.

Entre eles reina a tensa espera pelos desdobramentos da batalha contra o Estado Islâmico pela reconquista de Mosul e da Planície do Nínive. A cada novo dia, registra-se uma mistura de alegria e lágrimas. Alegria pelo avanço das tropas iraquianas, com a libertação de muitos povoados e cidades, e as lágrimas pelas imagens da destruição de igrejas e moradias por obra dos jihadistas. Lágrimas também pelas numerosas histórias de mulheres abusadas e massacres.

"Adote um cristão de Mosul", relançada campanha

Nestes dias chegou à Agência AsiaNews um novo apelo por parte do Padre Samir Youssef, pároco da Diocese de Amadiya (Curdistão), que desde 2014 atende pessoalmente 3.500 famílias de refugiados cristãos, muçulmanos, yazidis.

Em resposta, a Agência faz um ulterior pedido para a campanha em favor dos refugiados, especialmente em função da chegada do inverno, sempre na esperança de um breve retorno às suas casas e terras.

Logo após a tomada de Mosul, a Asianews havia lançado a campanha “Adote um cristão de Mosul”, para responder à emergência e às necessidades mais imediatas dos refugiados. A campanha teve continuidade diante das dificuldades enfrentadas por mais de 500 mil refugiados cristãos, yazidis e muçulmanos. Os cristãos do Brasil estiveram entre os que mais colaboraram.

Com o avanço do exército iraquiano contra o Estado Islâmico em Mosul, uma nova onda de refugiados está em curso. A ONU calcula que podem chegar a 1,5 milhões.

Diante desta quadro, a AsiaNews decidiu relançar a campanha “Adote um cristão de Mosul”, pedindo a todos um gesto de boa-vontade neste Natal.

As modalidades de doação podem ser conferidas no link:

http://www.asianews.it/notizie-it/-%22Adotta-un-cristiano-di-Mosul%22:-il-dono-di-Natale-per-attraversare-l'inverno-39221.html.

(JE)

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Formação



1717: espetáculo recorda destruição da imagem de NS Aparecida

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Rádio Vaticano (RV) – Os significados das músicas que acompanham o espetáculo e o que pensam os autores de 1717 sobre o Papa Francisco. 

Estes dois temas fecham a série (1 e 2) de entrevistas com Alexandra Klein e Ricardo Tetzner, da Companhia 2 pontos de Florianópolis.

 “O Papa está se tornando um símbolo de unificação: independente da pessoa ser católica praticante ou não, ele transmite uma paz”, disse Alexandra.

O espetáculo 1717 – que recebeu a chancela do Pontifício Conselho para a Cultura – foi apresentado em Roma no dia 12 de outubro. O repertório é marcado por músicas que representam a cultura popular nas vozes de Maria Bethânia e Caetano Veloso.

“O nosso tema não é religioso: é de cultura popular brasileira, ele tem um viés religioso, assim como tem um viés cultural, artístico, histórico, político, então queríamos que fossem músicas da cultura popular brasileira”, explicou Alexandra.

Já Ricardo conta o porquê da escolha de “O que será”:

“Esta música especificamente ‘O que será’ de Chico Buarque interpretada por Caetano Veloso – para mim eles são muito ‘o que é o brasileiro’ – vem num momento do espetáculo que é ‘destruição e coroação’, porque a imagem em 1978 foi destruída por um esquizofrênico que entrou na antiga igreja. E, sendo destruída, ficou aos pedaços no chão e é uma coisa absurda dentro da iconoclastia da igreja católica destruir a imagem de Nossa Senhora Aparecida. Mas os caquinhos foram juntados por uma artista plástica do Masp que reconstituiu a imagem e depois de muito tempo ela renasceu. E o Caetano diz: O que será que me dá? Aí, pela liberdade poética, ela entrou nesse momento também como se fossem também as loucuras que, às vezes, a fé ou a falta dela, faz num ser humano: por que entrar e destruir uma imagem?”

(rb--)

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Garanhuns: Cebs - Igreja se concretiza numa comunidade histórica

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, na edição de hoje do quadro “O Brasil na Missão Continental” o bispo da Diocese de Garanhuns, Dom Paulo Jackson Nóbrega de Souza, fala-nos sobre as Cebs – Comunidades eclesiais de base – na vida da Igreja e, especificamente, na realidade desta diocese pernambucana. 

Afirma-nos, entre outros, que a Igreja é chamada a ser comunidade eclesial miúda porque a célula fundamental da Igreja são pequenas comunidades. Dom Paulo chama a nossa atenção para o fato que isso está na eclesiologia da Igreja nascente. Lembra-nos o que era a Igreja de Tessalônica, a Igreja de Corinto, a Igreja de Éfeso: “fundamentalmente era uma rede de pequenas comunidades”.

Especificamente, diz haver em sua diocese a presença de muitas Cebs, mas também de outros modos de compreender e de viver a fé cristã.

“As Cebs são um convite para compreendermos que a Igreja de Jesus Cristo se realiza, se concretiza numa comunidade concreta, numa comunidade histórica”, ressalta o bispo de Garanhuns. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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