Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 30/11/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa expressa seu pesar pela tragédia da Chapecoense

◊  

Rádio Vaticano (RV) – O Papa Francisco expressou seu pesar pela tragédia da Chapecoense.

Durante a saudação em português, de maneira improvisada, o Papa disse:

"Eu também gostaria de recordar hoje a dor do povo brasileiro pela tragédia do time de futebol e rezar pelos jogadores mortos, pelas suas famílias. Na Itália, sabemos bem o que isso significa, pois lembramos o acidente aéreo de Superga, em 1949. São tragédias duras. Rezemos por eles”.

(rb)

inizio pagina

Audiência: a misericórdia é saber rezar uns pelos outros

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco acolheu na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de sete mil fiéis para a Audiência Geral. 

Com a catequese desta quarta-feira (30/11), o Pontífice encerrou o ciclo dedicado à misericórdia, falando nesta ocasião sobre duas obras: uma espiritual de “rezar pelos vivos e pelos mortos”, e outra corporal, enterrar os mortos. “As catequeses terminam, mas a misericórdia deve continuar”, disse o Papa.

À primeira vista, afirmou Francisco, enterrar os mortos pode parecer estranho, mas se pensarmos em tantas regiões atribuladas pelo flagelo da guerra, enterrar os mortos se torna tristemente uma obra muito atual. Às vezes, significa colocar em risco a própria vida, como foi o caso do velho Tobi, no Antigo Testamento; outras vezes, exige uma grande coragem, como no caso de José de Arimatéia, que providenciou um sepulcro para Jesus, após a sua morte na Cruz.

“Para os cristãos, a sepultura é um ato de piedade, mas também de fé e esperança na ressurreição dos mortos”, explicou Francisco. Por isso, somos chamados também a rezar pelos defuntos, primeiramente porque reconhecemos o bem que essas pessoas nos fizeram em vida e, depois, para encomendá-las à misericórdia de Deus. “Todos ressuscitaremos e todos permaneceremos para sempre com Jesus”, recordou o Papa, que recomendou  que não se esqueça de rezar pelos vivos.

Trata-se de uma manifestação de fé na Comunhão dos Santos, que nos ensina que os batizados, encontrando-se unidos em Cristo e sob a ação do Espírito Santo, podem interceder uns pelos outros.

Lembrança

O Pontífice recordou que existem muitos modos de rezar pelo próximo, como as mães e os pais que abençoam os filhos antes de saíram de casa, “hábito ainda presente em algumas famílias”, a oração às pessoas doentes, a intercessão silenciosa às vezes com as lágrimas.

Francisco contou aos fiéis um episódio ocorrido no dia anterior, de um jovem empresário que participou da Missa celebrada por ele na capela da Casa Santa Marta. Após a celebração, chorando, o proprietário disse que deveria fechar a fábrica devido à crise, mas 50 famílias ficariam sem trabalho. “Eis um bom cristão”, disse o Papa, pois ele poderia declarar falência e ficar com o dinheiro, mas sua consciência não o permitia e ia à missa para pedir a Deus uma solução, não para ele, mas para as 50 famílias. “Este é um homem que sabe rezar, com o coração, com os fatos, sabe rezar pelo próximo numa situação difícil. E não busca a solução mais fácil. Fez-me tão bem ouvi-lo e espero que existam tantas pessoas assim hoje, pois muitos sofrem com a falta de trabalho.”

Comunhão

Ao rezar uns pelos outros, devemos pedir sempre que se faça a vontade de Deus, porque a sua vontade é certamente o bem maior, o bem de um Pai que jamais nos abandona.  “Abramos o nosso coração, disse o papa,  rezar e deixar que o Espírito Santo reze em nós. E isso é o belo da vida, rezar, agradecer, louvar a Deus, pedir algo, mesmo chorando quando há alguma dificuldade, mas com coração aberto ao Espírito para que reze em nós, conosco e por nós.”

Concluindo estas catequeses sobre a misericórdia, Francisco pede um esforço a rezar uns aos outros para que as obras de misericórdia corporais e espirituais se tornem sempre mais o estilo da nossa vida:

“Como disse anteriormente, as catequeses se concluem. Fizemos o percurso das 14 obras de misericórdia, mas a misericórdia continua e devemos exercitá-la nesses 14 modos.”

(bf)

inizio pagina

Dia contra Aids: Francisco pede amplo acesso aos retrovirais

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Ao final da catequese, o Pontífice recordou que em 1° de dezembro se celebra o Dia Mundial contra a Aids, promovida pelas Nações Unidas. 

“Milhões de pessoas convivem com esta doença e somente a metade delas tem acesso a terapias. Convido a rezar por elas e por seus caros e a promover a solidariedade para que também os mais pobres possam beneficiar de diagnoses e tratamentos adequados. Por fim, faço um apelo para todos adotem comportamentos responsáveis para prevenir ainda mais a difusão desta doença.”

Tema sempre atual

O Papa falou ainda da Conferência internacional sobre a proteção do patrimônio em zonas de conflito, que se realizará nos dias 2 e 3 de dezembro em Abu Dhabi. A iniciativa é promovida pelos governos de França e Emirados Árabes Unidos, com a colaboração da UNESCO.

“Trata-se de um tema que, infelizmente, é dramaticamente atual. Na convicção de que a tutela das riquezas culturais constitui uma dimensão essencial da defesa do ser humano, faço votos de que este evento marque um nova etapa no processo de aplicação dos direitos humanos.”

inizio pagina

Dia de S. André: Papa saúda ortodoxos e envia mensagem a Bartolomeu

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “No dia de Santo André, gostaria de cumprimentar a Igreja de Constantinopla e o Patriarca Bartolomeu, na festividade desta ‘Igreja-irmã’ – Pedro e André, juntos – e desejar todo o bem possível, todas as bênçãos do Senhor e um grande abraço”: Foram as palavras ditas espontaneamente pelo Papa na conclusão da audiência desta quarta-feira, 30 de novembro.  

Troca de visitas é tradição

A cada ano, nesta data, uma delegação católica participa das celebrações de Santo André em Istambul; e no dia 29 de junho, uma comitiva ortodoxa celebra em Roma a festividade dos Santos Pedro e Paulo. 

“Que a corrida de André ao sepulcro recorde a vocês, queridos jovens, que a nossa vida é uma peregrinação rumo à Casa do Pai; que sua força ao enfrentar o martírio ampare vocês, queridos enfermos, quando o sofrimento parecer insuportável; que sua apaixonada sequela do Salvador os induza, queridos noivos, a colher a importância do amor em sua família”. 

Em Istambul, liderando a delegação da Santa Sé, o Cardeal Kurt Koch participa das celebrações no Patriarcado Ecumênico

A mensagem do Papa

Na solene Divina Liturgia presidida por Bartolomeu, na igreja patriarcal de São Jorge, o cardeal suíço, Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, entregou e leu ao Patriarca uma mensagem assinada pelo Papa Francisco.

Para o Pontífice, as visitas recíprocas são um “sinal visível do profundo elo que une ortodoxos e católicos; e expressam o desejo de uma comunhão sempre mais profunda, até o dia em que, segundo os desejos de Deus, testemunharemos o nosso amor mútuo dividindo a mesma mesa eucarística”.

Conflitos do passado e diálogo do presente

“A história das relações entre os cristãos, contudo, foi marcada por conflitos que deixaram marcas na memória dos fiéis. Por esta razão, alguns se apegam a atitudes do passado”, constata Francisco na mensagem.

“Graças ao processo de diálogo, ao longo das décadas, começamos a nos reconhecer como irmãos, a valorizar nossos dons, a servir a humanidade e a causa da paz, promover a dignidade do ser humano e o valor inestimável da família; e proteger os mais necessitados, assim como a Criação, nossa Casa Comum”. 

Caminho rumo à reconciliação entre todos

O Papa ainda ressaltou a importância de estudos e documentos recentes, auspiciando a reconciliação entre cristãos do Leste e do Oeste, e relembrou o encontro de líderes cristãos e de outras tradições religiosas em Assis (Itália), em 20 de setembro passado. 

Concluindo, Francisco assegura aBartolomeu suas orações cotidianas e melhores votos de paz, saúde e bênçãos a todas as pessoas confiadas ‘a seus cuidados’. 

(CM)

 

inizio pagina

Mensagem do Papa o 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Íntegra da mensagem do Papa Francisco para o 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações que se celebrará em 7 de maio de 2017 - IV Domingo da Páscoa, sobre o tema «Impelidos pelo Espírito para a missão».

Amados irmãos e irmãs!

Nos anos passados, tivemos ocasião de refletir sobre dois aspetos que dizem respeito à vocação cristã: o convite a «sair de si mesmo» para pôr-se à escuta da voz do Senhor e a importância da comunidade eclesial como lugar privilegiado onde nasce, alimenta e se exprime a chamada de Deus.

Agora, no 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, gostaria de me deter na dimensão missionária da vocação cristã. Quem se deixou atrair pela voz de Deus e começou a seguir Jesus, rapidamente descobre dentro de si mesmo o desejo irreprimível de levar a Boa Nova aos irmãos, através da evangelização e do serviço na caridade. Todos os cristãos são constituídos missionários do Evangelho. Com efeito, o discípulo não recebe o dom do amor de Deus para sua consolação privada; não é chamado a ocupar-se de si mesmo nem a cuidar dos interesses duma empresa; simplesmente é tocado e transformado pela alegria de se sentir amado por Deus e não pode guardar esta experiência apenas para si mesmo: «a alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária» (FRANCISCO, Exort. ap. Evangelii gaudium, 21).

Por isso, o compromisso missionário não é algo que vem acrescentar-se à vida cristã como se fosse um ornamento, mas, pelo contrário, situa-se no âmago da própria fé: a relação com o Senhor implica ser enviados ao mundo como profetas da sua palavra e testemunhas do seu amor.

Se experimentamos em nós muita fragilidade e às vezes podemos sentir-nos desanimados, devemos levantar a cabeça para Deus, sem nos fazermos esmagar pelo sentimento de inaptidão nem cedermos ao pessimismo, que nos torna espetadores passivos duma vida cansada e rotineira. Não há lugar para o temor: o próprio Deus vem purificar os nossos «lábios impuros», tornando-nos aptos para a missão. «“Foi afastada a tua culpa e apagado o teu pecado!” Então, ouvi a voz do Senhor que dizia: “Quem enviarei? Quem será o nosso mensageiro?” Então eu disse: “Eis-me aqui, envia-me”» (Is 6, 7-8).

Cada discípulo missionário sente, no seu coração, esta voz divina que o convida a «andar de lugar em lugar» no meio do povo, como Jesus, «fazendo o bem e curando» a todos (cf. At 10, 38). Com efeito, já tive ocasião de lembrar que, em virtude do Batismo, cada cristão é um «cristóvão» ou seja, «um que leva Cristo» aos irmãos (cf. FRANCISCO, Catequese, 30 de janeiro de 2016). Isto vale de forma particular para as pessoas que são chamadas a uma vida de especial consagração e também para os sacerdotes, que generosamente responderam «eis-me aqui, envia-me». Com renovado entusiasmo missionário, são chamados a sair dos recintos sagrados do templo, para consentir à ternura de Deus de transbordar a favor dos homens (cf. FRANCISCO, Homilia na Missa Crismal, 24 de março de 2016). A Igreja precisa de sacerdotes assim: confiantes e serenos porque descobriram o verdadeiro tesouro, ansiosos por irem fazê-lo conhecer jubilosamente a todos (cf. Mt 13,44).

Com certeza não faltam as interrogações ao falarmos da missão cristã: Que significa ser missionário do Evangelho? Quem nos dá a força e a coragem do anúncio? Qual é a lógica evangélica em que se inspira a missão? Podemos dar resposta a estas questões, contemplando três cenas evangélicas: o início da missão de Jesus na sinagoga de Nazaré (cf. Lc 4, 16-30); o caminho que Ele, Ressuscitado, fez com os discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35); e, por último, a parábola da semente (cf. Mc 4, 26-27).

Jesus é ungido pelo Espírito e enviado. Ser discípulo missionário significa participar ativamente na missão de Cristo, que Ele próprio descreve na sinagoga de Nazaré: «O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque Me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres; enviou-Me a proclamar a libertação aos cativos e, aos cegos, a recuperação da vista; a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável da parte do Senhor» (Lc 4, 18-19). Esta é também a nossa missão: ser ungidos pelo Espírito e ir ter com os irmãos para lhes anunciar a Palavra, tornando-nos um instrumento de salvação para eles.

Jesus vem colocar-Se ao nosso lado no caminho. Perante as interrogações que surgem do coração humano e os desafios que se levantam da realidade, podemos sentir-nos perdidos e notar um défice de energia e esperança. Há o risco de que a missão cristã apareça como uma mera utopia irrealizável ou, em todo o caso, uma realidade que supera as nossas forças. Mas, se contemplarmos Jesus Ressuscitado, que caminha ao lado dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-15), é possível reavivar a nossa confiança; nesta cena evangélica, temos uma autêntica e real «liturgia da estrada», que precede a da Palavra e da fração do Pão e nos faz saber que, em cada passo nosso, Jesus está junto de nós. Os dois discípulos, feridos pelo escândalo da cruz, estão de regresso a casa percorrendo o caminho da derrota: levam no coração uma esperança despedaçada e um sonho que não se realizou. Neles, a tristeza tomou o lugar da alegria do Evangelho. Que faz Jesus? Não os julga, percorre a própria estrada deles e, em vez de erguer um muro, abre uma nova brecha. Pouco a pouco transforma o seu desânimo, inflama o seu coração e abre os seus olhos, anunciando a Palavra e partindo o Pão. Da mesma forma, o cristão não carrega sozinho o encargo da missão, mas experimenta – mesmo nas fadigas e incompreensões – que «Jesus caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele. Sente Jesus vivo com ele, no meio da tarefa missionária» (FRANCISCO, Exort. ap. Evangelii gaudium, 266).

Jesus faz germinar a semente. Por fim, é importante aprender do Evangelho o estilo de anúncio. Na verdade, acontece não raro, mesmo com a melhor das intenções, deixar-se levar por um certo frenesim de poder, pelo proselitismo ou o fanatismo intolerante. O Evangelho, pelo contrário, convida-nos a rejeitar a idolatria do sucesso e do poder, a preocupação excessiva pelas estruturas e uma certa ânsia que obedece mais a um espírito de conquista que de serviço. A semente do Reino, embora pequena, invisível e às vezes insignificante, cresce silenciosamente graças à ação incessante de Deus: «O Reino de Deus é como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce, sem ele saber como» (Mc 4, 26-27). A nossa confiança primeira está aqui: Deus supera as nossas expetativas e surpreende-nos com a sua generosidade, fazendo germinar os frutos do nosso trabalho para além dos cálculos da eficiência humana.

Com esta confiança evangélica abrimo-nos à ação silenciosa do Espírito, que é o fundamento da missão. Não poderá jamais haver pastoral vocacional nem missão cristã, sem a oração assídua e contemplativa. Neste sentido, é preciso alimentar a vida cristã com a escuta da Palavra de Deus e sobretudo cuidar da relação pessoal com o Senhor na adoração eucarística, «lugar» privilegiado do encontro com Deus.

É esta amizade íntima com o Senhor que desejo vivamente encorajar, sobretudo para implorar do Alto novas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. O povo de Deus precisa de ser guiado por pastores que gastam a sua vida ao serviço do Evangelho. Por isso, peço às comunidades paroquiais, às associações e aos numerosos grupos de oração presentes na Igreja: sem ceder à tentação do desânimo, continuai a pedir ao Senhor que mande operários para a sua messe e nos dê sacerdotes enamorados do Evangelho, capazes de se aproximar dos irmãos, tornando-se assim sinal vivo do amor misericordioso de Deus.

Amados irmãos e irmãs, é possível ainda hoje voltar a encontrar o ardor do anúncio e propor, sobretudo aos jovens, o seguimento de Cristo. Face à generalizada sensação duma fé cansada ou reduzida a meros «deveres a cumprir», os nossos jovens têm o desejo de descobrir o fascínio sempre atual da figura de Jesus, de deixar-se interpelar e provocar pelas suas palavras e gestos e, enfim, sonhar – graças a Ele – com uma vida plenamente humana, feliz de gastar-se no amor.

Maria Santíssima, Mãe do nosso Salvador, teve a coragem de abraçar este sonho de Deus, pondo a sua juventude e o seu entusiasmo nas mãos d’Ele. Que a sua intercessão nos obtenha a mesma abertura de coração, a prontidão em dizer o nosso «Eis-me aqui» à chamada do Senhor e a alegria de nos pormos a caminho, como Ela (cf. Lc 1, 39), para O anunciar ao mundo inteiro.

Cidade do Vaticano, 27 de novembro – I Domingo do Advento – de 2016.

[Franciscus]

 

inizio pagina

Papa: todo cristão é um Cristóvão, que leva Cristo aos irmãos

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Foi divulgada, nesta quarta-feira (30/11), a mensagem do Papa Francisco para o 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações que será celebrado em 7 de maio de 2017, IV Domingo de Páscoa, sobre o tema «Impelidos pelo Espírito para a missão».

 
 
“Nos anos passados, tivemos a ocasião de refletir sobre dois aspectos que dizem respeito à vocação cristã: o convite a «sair de si mesmo» para pôr-se à escuta da voz do Senhor e a importância da comunidade eclesial como lugar privilegiado onde nasce, alimenta e se exprime o chamado de Deus. Neste 54º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, gostaria de me deter na dimensão missionária da vocação cristã”, sublinha o Papa.

Caridade

“Quem se deixou atrair pela voz de Deus e começou a seguir Jesus, rapidamente descobre dentro de si mesmo o desejo irreprimível de levar a Boa Nova aos irmãos, através da evangelização e do serviço na caridade. Todos os cristãos são constituídos missionários do Evangelho. Com efeito, o discípulo não recebe o dom do amor de Deus para sua consolação privada; não é chamado a ocupar-se de si mesmo nem a cuidar dos interesses duma empresa; simplesmente é tocado e transformado pela alegria de se sentir amado por Deus e não pode guardar esta experiência apenas para si: «a alegria do Evangelho, que enche a vida da comunidade dos discípulos, é uma alegria missionária.”

Segundo o Pontífice, “o compromisso missionário não é algo que vem acrescentar-se à vida cristã como se fosse um ornamento, pelo contrário, situa-se no âmago da própria fé: a relação com o Senhor implica ser enviados ao mundo como profetas da sua palavra e testemunhas do seu amor”.

Cristão

O Papa frisa na mensagem que teve “a ocasião de lembrar que, em virtude do Batismo, cada cristão é um «Cristóvão», ou seja, «um que leva Cristo» aos irmãos”. 

“Isto vale de forma particular para as pessoas que são chamadas a uma vida de especial consagração e também para os sacerdotes, que generosamente responderam «eis-me aqui, envia-me». Com renovado entusiasmo missionário, são chamados a sair dos recintos sagrados do templo, para consentir à ternura de Deus de transbordar a favor dos homens. A Igreja precisa de sacerdotes assim: confiantes e serenos porque descobriram o verdadeiro tesouro, ansiosos por irem fazê-lo conhecer jubilosamente a todos.”

O Papa convidou todos a se abrir à “ação silenciosa do Espírito, que é o fundamento da missão. Não haverá pastoral vocacional nem missão cristã, sem a oração assídua e contemplativa. Neste sentido, é preciso alimentar a vida cristã com a escuta da Palavra de Deus e sobretudo cuidar da relação pessoal com o Senhor na adoração eucarística, «lugar» privilegiado do encontro com Deus”.

Encorajamento

“É esta amizade íntima com o Senhor que desejo vivamente encorajar, sobretudo para implorar do Alto novas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada. O povo de Deus precisa ser guiado por pastores que doam sua vida a serviço do Evangelho. Por isso, peço às comunidades paroquiais, às associações e aos numerosos grupos de oração presentes na Igreja: sem ceder à tentação do desânimo, continuem pedindo ao Senhor para que mande operários para a sua messe e nos dê sacerdotes apaixonados pelo Evangelho, capazes de se aproximar dos irmãos, tornando-se assim sinal vivo do amor misericordioso de Deus.”

Segundo Francisco, “é possível ainda hoje voltar a encontrar o ardor do anúncio e propor, sobretudo aos jovens, o seguimento de Cristo. Diante da generalizada sensação duma fé cansada ou reduzida a meros «deveres a cumprir», os nossos jovens têm o desejo de descobrir o fascínio sempre atual da figura de Jesus, de deixar-se interpelar e provocar por suas palavras e gestos e, sonhar, graças a Ele, com uma vida plenamente humana, feliz de doar-se no amor”.

(MJ)

inizio pagina

Papa a políticos franceses: "Diversidades são oportunidades"

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Antes da audiência de quarta-feira, 30/11, o Papa recebeu os participantes de uma peregrinação de políticos franceses eleitos na Região de Rhône–Alpes. O grupo está acompanhado pelo Cardeal-arcebispo de Lion, Philippe Barbarin, e pelos Bispos da Província. 

No rápido encontro, o Papa sublinhou a necessidade de ‘reencontrar o sentido da política’ neste mundo em mudança. “A sociedade francesa é rica de potencialidades e diversidades que podem se tornar oportunidades, desde que seus valores de liberdade, igualdade e fraternidade não sejam apenas exibidos de maneira ilusória, mas aprofundados e compreendidos em seu fundamento transcendente”, disse. 

“Neste sentido, a busca do bem comum que os anima deve conduzi-los a escutar com atenção as pessoas em condição de precariedade, sem esquecer os migrantes que fugiram de seus países por causa da guerra, da miséria e da violência. Assim, os senhores poderão contribuir na construção de uma sociedade mais justa e mais humana; acolhedora e fraterna”, concluiu o Pontífice. 

(CM)

 

inizio pagina

Diocese de Ituiutaba (MG) tem novo Bispo

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco nomeou Bispo da Diocese de Ituiutaba (MG) Dom Irineu Andreassa, O.F.M., transferindo-o da diocese de Lages (SC). 

Dom Irineu Andreassa, O.F.M., nasceu em 15 dezembro de 1949 em Iacri, diocese de Marília (SP). Estudou Filosofia e Teologia no Instituto Franciscano Sagrado Coração de Jesus em Petrópolis, emitiu a profissão religiosa na Ordem Franciscana dos Frades Menores em 30 de setembro de 1977 e foi ordenado sacerdote em 16 de dezembro de 1978.

Desempenhou o seu ministério sacerdotal na Arquidiocese de Ribeirão Preto e nas diocese de Barretos, Franca, Jaboticabal e Marília. Ocupou os seguintes cargos: Pároco; Membro do Conselho Presbiteral e do Colégio dos Consultores; Promotor vocacional, Formador, Definidor e Ministro Provincial da Custódia Franciscana Sagrado Coração de Jesus.

Em 11 de novembro de 2009 foi nomeado Bispo de Lages e em 24 de janeiro de 2010 recebeu a ordenação episcopal. 

inizio pagina

Papa recebe Martin Scorsese após apresentação de "Silêncio"

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu na residência pontifícia, no Vaticano, na manhã desta quarta-feira (30/11), o cineasta estadunidense Martin Scorsese, sua esposa e duas filhas, junto com o produtor do filme “Silêncio” e sua consorte, acompanhados pelo Prefeito da Secretaria para as Comunicações, Mons. Dario Edoardo Viganò.  

O encontro com o pontífice durou cerca de quinze minutos. O Papa disse aos presentes que leu o livro “Silêncio”, do autor japonês Shusaku Endo, que inspirou o último filme do cineasta. Falou também sobre a “semeadura” dos jesuítas no Japão e sobre o “Museu dos 26 mártires” cristãos desse país, franciscanos e jesuítas, martirizados em 1597.

O diretor de cinema presenteou o Santo Padre com dois quadros ligados ao tema dos “cristãos escondidos”, um deles representando uma imagem muito venerada de Nossa Senhora, obra de um artista japonês do século XVIII. O Papa doou aos hóspedes alguns rosários. 

O filme 'Silêncio' foi apresentado, esta terça-feira (29/11), pela primeira vez, no Pontifício Instituto Oriental, em Roma, para mais de 300 jesuítas. 

(MJ)

inizio pagina

Igreja na América Latina



Bispo de Cienfuegos reza por Fidel

◊  

Havana (RV) – O Bispo de Cienfuegos, Dom Domingo Oropesa, presidiu na terça-feira, (29/11) um ofício religioso em memória de Fidel Castro.

“Vimos rezar por Fidel depois da morte de seu corpo, por sua alma, como dizemos nós católicos. A oração é para sua salvação eterna, para que o Senhor o acolha em sua misericordia”, declarou o prelado.

“Para ele, nos servimos das orações, que para o ritual das exéquias nos prevê a própria Igreja. Pedimos por ele, como o fazemos por todos os seres queridos”.

Igreja e Governo

A presença dos Papas João Paulo II, Bento XVI e Francisco na Ilha e o encontro com Fidel Castro, dão o tom das relações que se estabeleceram nos últimos anos entre Igreja e Governo.

Sobre a atitude de outras denominações religiosas neste momento de consternação, Dom Domingo Oropesa comentou para 5 de Septiembre, que “existe uma fé comum. A vida do ser humano tem um tempo na terra, podem ser mais ou menos anos, e todos aguardamos com a esperança o que chamamos a vida no céu. Por todos que morrem no corpo e todos os que acreditam nesta vida eterna, oramos. Por isto eu acredito neste gesto de diversas Igrejas virem aqui rezar pela salvação eterna de Fidel”.

O diácono

O Diácono, Yoelbis Hernández Viera, presente na cerimônia, declarou:

“Certamente a Igreja acompanha a todos os seus filhos, e de maneira especial, Fidel Castro foi um filho proeminente para Cuba. São momentos de dor em que a maioria dos cubanos se aproximam para dar seu apoio e nós, católicos, quisemos nos fazer presentes com orações, encomendando a Deus a alma de Fidel e pedindo a força e o consolo que somente o Senhor pode dar para sua familia”.

O diácono, que nasceu na Cuba de Fidel Castro, espera em breve ser ordenado sacerdote. Ele afirma que sua “missão sacerdotal está neste país”, e jamais pensou em abandoná-lo.

“Fidel – acrescentou ele – sempre foi uma figura emblemática, que inspira respeito e admiração. Ele recebeu três Sumos Pontífices que nos visitaram e teve muito a ver com a aproximação que se fez entre a Fé e o Governo, que, sem dúvida, foram passos que nos unem. Precisamente dizíamos o lema - quando celebramos os 400 anos da aparição da Virgem da Caridade, nossa Padroeira - o amor nos une, por esta razão hoje quisermos estar aqui também”.

“Fonte cristã”

“Nestes momentos nos vem em mente que o próprio Fidel e Raúl estudaram em colégios religiosos, o Lasalle, em Santiago de Cuba; Belém, na capital de Cuba, com os padres jesuitas, e penso que grande parte de sua tendência humanista e de apostar pelo que faz bem ao homem, deve-se ao fato de ter bebido desta fonte cristã”.

(je/5 de Septiembre)

 

inizio pagina

Igreja no Mundo



Bispos sul-africanos convocam 3 dias de oração por vítimas de abusos

◊  

Johannesburgo (RV) – “Pedimos perdão por nós e pelo nosso clero por não termos feito o bastante em reconhecer a dor e o trauma físico, emocional e psicológico sofrido por tantas vítimas de abusos sexuais por parte de membros da família, da sociedade em geral e dentro de nossa Igreja”.

É o que escrevem os Bispos da Conferência Episcopal da África do Sul (SACBC, sigla em inglês) na mensagem em resposta ao apelo do Papa Francisco de se rezar pelas vítimas dos abusos sexuais.

Na mensagem é comunicada a convocação de um tríduo de oração e de jejum, que terá início na noite de sexta-feira, 2 de dezembro, e se concluirá com a celebração da Missa do II Domingo de Advento, em 4 de dezembro.

Os bispos reconhecem “os próprios erros sobre questões dos abusos sexuais”, sobretudo quando não foram capazes “de ouvir o grito daqueles que sofreram abusos dentro das estruturas da Igreja” e pela incapacidade “de entrar em empatia com o seu sofrimento”.

“Queremos trabalhar – prossegue o comunicado – com todas as estruturas da sociedade, e sobretudo com os nossos sacerdotes, o pessoas e os operadores eclesiais, na criação de um ambiente seguro para as crianças e as pessoas vulneráveis e em satisfazer às exigências da justiça no corrigir os crimes e os erros do passado em matéria de abusos sexuais”.

“Nos comprometemos – concluem os bispos – em seguir as disposições de nossos protocolos eclesiais em caso de investigação de abuso sexual dentro de nossas estruturas e de ater-nos à lei do país em que foram cometidos os crimes”

(je/fides)

inizio pagina

Dom Wang Xiaoxun ordenado Bispo coadjutor de Ankang, China

◊  

Ankang (RV) – Realizou-se esta quarta-feira (30/11), Festa de Santo André, a ordenação episcopal do novo Bispo coadjutor de Ankang (Shaanxi), Dom Giovanni Battista Wang Xiaoxun.

A cerimônia teve lugar na Catedral do Sagrado Coração em Ankang, a cerca de 360 km a sul de Xian. O novo Bispo expressou profunda gratidão ao antigo bispo da diocese, Dom Giovanni Ye Ronghua, pelo seu encorajamento e o apoio em fazer crescer os jovens sacerdotes.

Dom Ye, de 85 anos, estando enfermo há algum tempo, não pode participar da Liturgia. A ordenação foi presidida por Dom Yang Xiaoting de Yulin, junto a outros bispos da região do Shaanxi: Dom Dang Mingyan di Xian, Dom Yu Runchen di Hanzhong, Dom Tong Changping de Weinan, Dom Wu Jingqin di Zhouzhi e Dom Han Yinjin de Sanyuan.

Na Missa participaram ao menos 50 sacerdotes das diferentes dioceses da Província, mais de 200 fieis e 30 irmãs.

A cerimônia foi presidida por Dom Yang Xiaoting, que pediu oração pelo novo prelado, com a esperança de que ele possa viver a sua nova responsabilidade com coragem e guiar o seu rebanho na evangelização da sociedade.

Dom Wang e todos os bispos participantes estão em comunhão com o Papa e são também reconhecidos pelo Governo chinês. Segundo uma fonte da Asianews, a carta do mandato papal a Dom Wang foi lida “privadamente” em um encontro com todos os sacerdotes, antes da celebração.

Dom Wang Xiaoxun nasceu em 1966, tendo realizado seus estudos no Seminário de Xian. Ordenado sacerdote em 1922 pelo falecido Bispo de Xian, Dom Antonio Li Duan, serviu diversas paróquias.

Em 2015 foi nomeado pároco na Catedral de Ankang. Foi nomeado Bispo coadjutor de Ankang em 13 de outubro de 2010.

A Diocese guiada por Dom Ye e Dom Wang é muito pequena e pobre. São nove sacerdotes e seis irmãs que atendem 5 mil fieis.

(je/asianews)

 

inizio pagina

Noruega: arquivada ação contra Dom Bernt Eidsvig

◊  

Oslo (RV) – A ação por fraude movida contra o Bispo de Oslo, Dom Bernt Eidsvig, foi arquivado.

O anúncio oficial foi dado em uma coletiva de imprensa na segunda-feira (28/11), pela responsável administrativa Lisa Wade, que também referiu que um novo processo por fraude foi aberto a contra o ecônomo, Pham Cong Thuan, e que à diocese foi imposta uma multa de 1 milhão de coroas.

A Diocese havia sido acusada de ter registrado, no período de 2011-2014, mais católicos dos que os efetivamente residentes, e deveria por isto ressarcir o Estado em cerca de 4 milhões de euros, pelas contribuições destinadas à comunidade católica com base em um número considerado superestimado.

“Acreditamos nunca ter feito nada de ilegal - reiterou Wade - nem de ter obtido muito dinheiro. Sempre reconhecemos ter cometido erros” na prática dos registros, prática que neste meio tempo foi regularizada.

“Estamos alegres em poder nos concentrar novamente naquilo pelo qual estamos aqui, isto é, de ser Igreja para os nossos fieis, o que vale dizer ao menos 140 mil católicos de 120 diferentes nacionalidades”, declarou por sua vez  Dom Eidsvig.

De qualquer forma, completou, “o meu pensamento vai ao meu colaborador e à sua família. A Diocese dará a ele todo apoio possível”.

Segundo os dados divulgados no dia 28, nos últimos quatro anos, o número de fieis católicos na Noruega teve um aumento de 42%. Os registros indicam hoje 124.985 católicos declarados, mas segundo a diocese, o número real seria muito maior.

(je/sir)

inizio pagina

Formação



Três elementos da Gaudium et Spes

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória Histórica, 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos abordar no programa de hoje três elementos da Gaudium et Spes: a concepção de Igreja, a relação entre a história da salvação e a história dos homens e a missão da Igreja no mundo de hoje.

A maioria dos teólogos são unânimes em considerar que a Gaudium et Spes (GS) representa a expressão particularmente significativa de uma atitude de abertura da Igreja, a partir do Vaticano II, em relação com o mundo contemporâneo. A categoria do diálogo fornece a chave para a elaboração e para a compreensão do texto da GS. Ela é a “magna carta” do diálogo entre a Igreja e o mundo. 

No programa de hoje, Padre Gerson Schmidt nos propõe uma reflexão sobre três elementos deste precioso documento: 

"Muitos membros no Concílio Vaticano II manifestaram a solidariedade da Igreja com as linhas de desenvolvimento e os esforços da humanidade para superar os grandes problemas da atualidade: a paz, a fome, a igualdade, e liberdade, a violência... Estas orientações e preocupações candentes confluíram todas na Gaudium et Spes[1].

Os elementos que se destacam da eclesiologia da Gaudium et Spes estão, logicamente, relacionados com a Lumen Gentium. Todavia, podemos apontar-se três elementos concretos na Gaudium et Spes. O primeiro elemento é a concepção de Igreja, que situa o documento no âmbito doutrinal. O segundo elemento é a relação entre a história da salvação e a história dos homens. O terceiro elemento é a missão da Igreja no mundo de hoje – título do documento conciliar.

Desde logo, prevaleceu entre os padres conciliares o ponto de vista de que a abordagem dos problemas relativos à natureza da Igreja devia ter um trato proporcional no aprofundamento do interesse cristão no mundo. Na medida em que o debate em torno do documento sobre a Igreja avançava, essa consciência de atuação no mundo também se aprofundava.

Os debates sobre os dois primeiros capítulos da Lumen Gentium tiveram valor decisivo para o empenho do aprofundamento das relações entre a Igreja e a história, a ponto da Introdução da Gaudium et Spes provar essa afirmação: “Depois de haver investigado de modo mais profundo o mistério da Igreja (...)”. O mesmo encontra-se no início da primeira parte do IV capítulo: “(...) pressuposto tudo o que foi já foi publicado por este Concílio sobre o mistério da Igreja” (n. 40) [2]. Portanto, a relação da Igreja – o diálogo com o mundo  - nasce da própria consciência da missão e identidade da Igreja consigo mesma.  A Igreja não existe por si mesma, mas enquanto exerce sua missão no mundo, para a salvação do mundo".

 

[1] A. ALBERIGO, op. cit., p. 178.

[2] Id., p. 184-188.

 

 

inizio pagina

Atualidades



Encontros da Igreja na Amazônia: de 1952 a 1971

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Na semana de 14 a 18 de novembro, Belém (PA) recebeu o II Encontro da Igreja Católica na Amazônia Legal. O evento reuniu bispos, coordenadores de pastoral, religiosos e leigos dos seis regionais da CNBB que fazem parte da Amazônia Legal: Norte 1(norte do Amazonas e Roraima), Norte 2 (Amapá e Pará), Norte 3 (Tocantins e norte de Goiás), Nordeste 5 (Maranhão), Noroeste (Acre, sul do Amazonas e Rondônia) e Oeste 2 (Mato Grosso). A RV também presenciou o Encontro. 

Segundo dados do IBGE, a Amazônia Legal compreende uma superfície de aproximadamente 5 milhões de km2, ou seja, cerca de 61% do território brasileiro. Na região, vivem em torno de 24 milhões de pessoas em 775 municípios. Abriga o mais extenso dos biomas brasileiros, abrange um terço das florestas tropicais úmidas do planeta e detém um quinto da disponibilidade mundial de água potável.

Naqueles dias, foi discutida a realidade política, social, econômica, cultural e religiosa da região, e a contribuição da Igreja Católica para a promoção e defesa da vida dos seus habitantes e de sua biodiversidade.

Em 2016, a Amazônia celebra 400 anos de evangelização, iniciada Precisamente por Belém. A Igreja Católica esteve presente ao longo da trajetória desta cidade através das Ordens Religiosas que missionaram por todo o interior amazônico – Franciscanos, Carmelitas, Mercedários e Jesuítas – como também o clero secular.

Desde sempre isolada do resto do Brasil, a Igreja amazônica teve sua primeira reunião em 1952, com a elevação de Manaus a Sé Metropolitana e a realização do Congresso Eucarístico naquela capital. Em 1953, outro evento: o Congresso Eucarístico em Belém e Dom Hélder Câmara, Secretário-geral da CNBB, organiza o Congresso Nacional.

Neste espaço, o Padre Vanthuy Neto, diretor executivo do ITEPES, Instituto de Teologia Pastoral e Ensino Superior da Amazônia nos conta sobre a trajetória da Igreja amazônica desde aquele primeiro encontro e até 1971.

Ouça clicando acima.

(CM)

 

inizio pagina

Papa assina prefácio de livro com tatuagens que narram mudança de vida de presos

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “Alô, sou Francisco. Pensei que poderíamos fazer mais rápido se eu lesse o meu prefácio no telefone. Tens papel e caneta para escrever?”.

O Papa Francisco assina o Prefácio da obra  “Cristo dentro” (Itaca Editores), assinada por Francesca Sadowski (médica), pelo fotógrafo Pino Rampolla e pelo Padre Eugenio Nembrini.

Em entrevista ao jornal italiano “La Stampa”, os autores relatam como nasceu a ideia de contar, com o uso de fotografias, a relação de alguns detentos com a fé, por meio de suas tatuagens.

“Um dia Massimiliano – relata Francesca – um detento que encontrei algumas vezes, me mostrou que havia corrigido a própria tatuagem: de “Melhor escravo no inferno do que patrão no Paraíso”, mudou a escrita para “Melhor escravos no Paraíso do que patrões no inferno”. Ele me disse que a primeira frase não mais o representava, e que na sua busca de si, desejava inverter aquela mensagem que tinha escrita no antebraço”.

Foi um episódio muito significativo – conta a médica – tendo também em vista a dificuldade em um ambiente como a prisão de "corrigir" uma tatuagem, nascida de um profundo desejo de mudar o rumo da própria vida.

Depois daquele episódio, e depois de ter lido tantas cartas de Massimiliano e de outros detentos, Francesca e Padre Eugenio deram-se conta que estavam testemunhando “Deus em ação” e que seria bonito mostrar isto também aos amigos.

Nascia assim a ideia do livro. O próximo passo foi o encontro com o amigo Pino Rampolla, com a proposta de que fotografasse as tatuagens com temas religiosos e de ajudar a recolher, onde fosse possível, os testemunhos de quem havia impresso na pele e no coração temas de Deus”.

Neste ponto, chega o telefonema do Papa a quem havia sido pedido uma introdução, fazendo o coração de todos tremer.

Assim, o projeto nascido como experiência pessoal a campo, se concretiza em um livro, que página após página, conta com a linguagem das imagens a difícil busca da redenção de homens e mulheres que cometeram erros e que viram na fé a âncora segura onde agarrar-se.

Crucifixos, rostos de Cristo, efígies de Maria: é rica a amostragem de imagens e orações tatuadas na pele, indeléveis pedidos de ajuda, que narram em um intenso relato comum, a dificuldade de ser seres humanos, e portanto, frágeis.

(je/la stampa)

inizio pagina