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Sumario del 10/12/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa à ICRA: recurso para a pobreza e a escassez da alimentação

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Cidade do Vaticano (RV) – Em sua série de audiências, o Santo Padre recebeu, na manhã deste sábado (10/12), na Sala do Consistório, 60 participantes da Reunião da Associação Internacional Rural Católica (I.C.R.A.). 

O Papa expressou sua satisfação aos participantes, que, no encontro, se dedicaram aos problemas do mundo rural e, sobretudo, à realidade dos que trabalham diariamente na lavoura:

“Um trabalho, às vezes, muito cansativo, realizado com a consciência de fazer alguma coisa para os outros; o cultivo da terra, para garantir os frutos, segundo os ciclos das estações do ano; as dificuldades enfrentadas por causa das mudanças climáticas, muitas vezes agravadas pela negligência humana”.

Desta forma, disse Francisco, vocês “cultivam e cuidam do jardim do mundo”, dando continuidade à ação criadora de Deus e protegendo a nossa Casa comum.

Em algumas regiões, constatou o Pontífice, o desenvolvimento agrícola é o principal recurso para a pobreza e a escassez da alimentação:

“A história da “Associação Internacional Rural Católica” demonstra que é possível conjugar “ser cristãos” com “agir como cristãos” na realidade do mundo agrícola, onde o significado da pessoa humana, a dimensão familiar e social, o sentido da solidariedade são valores essenciais nas situações de maior subdesenvolvimento e pobreza”.

O Santo Padre concluiu seu discurso dizendo que “o papel de uma Organização não Governamental (ONG), firmemente ancorada na Doutrina Social da Igreja, é o de construir pontes”. Por isso, Francisco exortou os presentes a “propor um estilo de vida sóbrio e uma cultura do trabalho agrícola, que se fundam na centralidade da pessoa, na disponibilidade ao outro e na gratuidade”. (MT)

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Papa aos seminaristas: "Tríplice pertença: ao Senhor, à Igreja, ao Reino"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco concluiu suas atividades, na manhã deste sábado (10/12), recebendo, na Sala Clementina, 310 membros da Comunidade do Pontifício Seminário Regional da Puglia "Pio XI". 

Aos seminaristas e Bispos da região do sul da Itália, o Papa retomou, brevemente, as palavras que pronunciou por ocasião da Assembleia dos Bispos italianos, sobre a identidade e o ministério dos presbíteros.

Na ocasião, Francisco descreveu o ministério de um presbítero através de uma tríplice pertença: ao Senhor, à Igreja, ao Reino:

“Tal pertença, naturalmente, não se improvisa e nem nasce depois da ordenação sacerdotal, mas é cultivada e mantida com atenção e responsabilidade nos anos de Seminário. Somente se pertencermos a Cristo, à Igreja e ao Reino podemos crescer no âmbito do Seminário, superando os obstáculos como a perigosa tentação do narcisismo”.

Mas, acrescentou anda o Pontífice, “pertença significa também entrar em relação com os outros, ser homens de relação com Cristo, com os irmãos e com as pessoas em geral. Esta deve ser a primeira meta na formação dos candidatos ao sacerdócio, aos quais o Papa recordou seu convite: “Não ter medo de sujar as mãos”. E, ao frisar que a base de todas as relações é o contato direto com Cristo, acrescentou:

“O lugar onde cresce a relação com Cristo é a oração e o fruto mais maduro da oração é sempre a caridade. Pertencer a Cristo significa ir ao encontro dos excluídos e marginalizados, experimentar a beleza da fraternidade, ser canais do seu amor, com humildade e inteligência”.

Ao se despedir dos numerosos seminaristas, de seus diretores, responsáveis d Bispos da região da Puglia, o Santo Padre recordou que “não é importante a quantidade das vocações sacerdotais, mas a sua qualidade e formação”. (MT)

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Beatificação, no Laos, do Padre Mário Borzaga e de outros 16 mártires

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Ventiane/Laos (RV) – O Cardeal Angelo Amato preside, neste domingo (11/12), em Ventiane, Laos, a celebração Eucarística de Beatificação de Mário Borzaga, sacerdote da Congregação dos Missionários de Maria Imaculada, e Paulo Thoj Xyooj, leigo e catequista, ambos mártires assassinados por guerrilhas comunistas em 1960. 

Esta é uma ocasião para reforçar os laços de uma profícua cooperação com as autoridades civis, pelo bem da Igreja e do povo do Laos, como também um momento de plena comunhão com a Santa Sé e a Igreja universal.

Os mártires laosianos, 17 no total, foram reconhecidos pelo Papa Francisco em 2015, em duas distintas Causas: a primeira do missionário italiano, Padre Mário Borzaga e do primeiro catequista local, Paulo Thoj Xyooj, assassinados por ódio à fé em 1960.

A segunda Causa diz respeito ao primeiro sacerdote laosiano, José ThaoTien, e outros 14 companheiros: dez são missionários pertencentes às Missões Exteriores de Paris (MEP) e aos Oblatos de Maria Imaculada (OMI), além de quatro leigos catequistas autóctones. Os quinze foram assassinados entre 1954 e 1970 por guerrilheiros comunistas Pathet Lao. (MT/Fides)

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Igreja no Mundo



Justiça e Paz: com direitos humanos, combater desconfortos e medos

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Cidade do Vaticano (RV) - Vivemos num mundo cheio de dificuldades em âmbito político, econômico, social e cultural. Cada vez mais pessoas se sentem inseguras” e do desconforto surge o medo. Neste Dia Internacional dos Direitos Humanos – celebrado este sábado, 10/12 –, a rede europeia das comissões nacionais católicas de Justiça e Paz recorda que “os instrumentos para combater as dificuldades e os medos são os direitos humanos”, que, porém, “não são assegurados e garantidos para sempre; todos os dias é preciso lutar por eles”. 

Defender a abolição da pena de morte e tutelar a segurança

Nesta fase histórica – afirma numa mensagem reportada pela agência Sir –, defendê-los   significa em particular apoiar “a abolição universal da pena de morte” e tutelar “o direito à liberdade e à segurança; à liberdade de expressão e de religião; o direito de migração e de asilo ou de proteção em caso de expulsão e de extradição; o respeito pela diversidade cultural e religiosa; e o desenvolvimento integral sustentável”.

Não à discriminação

À distância de 68 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos adotada pela ONU em 10 de dezembro de 1948, a rede europeia das comissões nacionais católicas de Justiça e Paz quer neste Dia Internacional dos Direitos Humanos renovar seu compromisso a “combater a discriminação, em particular a discriminação múltipla, as escravidões modernas, todas as formas de racismo e de ódio verbal, sobretudo nas redes sociais” e adverte:

“Aceitar as transgressões por parte de alguns atores públicos corre o risco de abrir a porta à intolerância ou até mesmo a crimes de ódio”. Os direitos humanos são “indivisíveis”, recorda a associação, e devem garantir dignidade “aos indivíduos e às comunidades”. “O atual clima de medo requer que continuemos levando adiante nossos compromissos.” (RL)

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Igrejas cristãs na Suíça: dignidade humana não é negociável

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Genebra (RV) - “A proteção à dignidade humana não tem nada a ver com a liberdade de dispor de si mesmos: pelo contrário, ela precede sempre a autodeterminação. O ser humano não pode garantir por si só a própria dignidade, portanto, é sempre a dignidade do outro que precisa ser protegida.”

É o que afirmam as Igrejas cristãs suíças numa declaração conjunta por ocasião do Dia Mundial dos Direitos Humanos, que se celebra este sábado, 10 de dezembro.

Uma parte da humanidade arroga para si o direito de decidir pela vida dos outros

“Em numerosos âmbitos, como a migração, a mundialização e o comércio internacional, a mudança climática e a tutela do ambiente, ou ainda, o início e o fim da vida, o respeito pelos direitos humanos não é algo dado por certo”, ressaltam os líderes cristãos.

“O motivo pelo qual a exigência ética da indisponibilidade da dignidade humana é geralmente rejeitada é que ela constitui um obstáculo para o progresso científico e técnico e para a atividade econômica.”

Mas “este critério tem um preço que é pago pelas pessoas que não podem dispor da própria vida porque não têm nem poder político, nem possibilidades econômicas”. E é desse modo que “uma parte da humanidade arroga para si o direito de decidir sobre a vida dos outros: os saciados decidem a sorte dos famintos, os poderosos a sorte dos fracos, os vivos a sorte de quem ainda não nasceu”.

“Talvez, num futuro não tão distante também as pessoas anciãs tenham que justificar a sua pretensão de viver em nossa sociedade desfrutando do mesmo respeito e dos mesmos direitos de quem leva uma vida produtiva”, observa-se na declaração conjunta.

A dignidade humana não se constrói, ela é

Por isso, segundo as Igrejas cristãs helvécias, é preciso rever radicalmente essa visão: “A disponibilidade da dignidade humana elevada a dogma nega a esta última o lugar que lhe cabe no mundo, porque a dignidade pertence propriamente àquilo que deve sempre permanecer fora do alcance do homem. Ela não se constrói: só pode ser reconhecida como tal”, conclui a mensagem. (RL)

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Formação



Editorial: Mais um gesto de Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) – No nosso Editorial desta semana, gostaria de trazer uma notícia, mais uma, sobre os gestos de Francisco. Não é para fazer apologia do Papa, mas para fazer ver que são nos gestos pequenos que se pode medir e ver o amor na sua essência. Francisco no seu dia a dia conquista, não para si, mas para Jesus, corações e almas através de suas pregações, de seus gestos, de suas carícias, de seu amor. Um amor que ultrapassa os muros do Vaticano e chega até às casas de famílias em todas as partes do mundo. 

A notícia é dos dias atrás. Francisco escreveu uma comovente carta a uma menina italiana, com câncer. A missiva foi publicada recentemente.

“Querida Paolina, suas fotos estão na minha escrivaninha, porque em seu olhar tão especial vejo a luz da bondade e da inocência. Obrigado por enviá-las!”, escreveu o Santo Padre no início da sua carta. Francisco pediu à menina que lesse a carta junto com a sua mãe, e o beijo que ela lhe desse naquele momento, seria o beijo do Papa.

O texto foi publicado originalmente no site italiano “Il Faro di Roma”. A carta de Francisco é do dia 22 de setembro e estava dirigida a Paolina Libraro, que aos 10 anos sofria de um câncer muito avançado.

A mãe da menina escrevera ao Papa, pedindo que abençoasse e rezasse pela sua filha. O Santo Padre respondeu a esta carta e lhes enviou entradas preferenciais para a Audiência Geral do dia 26 de outubro, onde lhe daria sua bênção pessoalmente.

Mas o destino tomou outra estrada. Paolina, que vivia no sudeste da Itália, em uma cidade chamada Massafra, estava muito doente e frágil para viajar e não pôde vir ao Vaticano. Ela faleceu no dia 22 de novembro e foi enterrada no mesmo dia.

A Missa de exéquias foi celebrada na igreja da cidade, dedicada a São Leopoldo Mandic. Quase toda a população esteve presente, inclusive o prefeito da cidade. Na sua homilia, o sacerdote que presidiu a celebração leu a carta do Papa, na qual o Santo Padre dizia a Paolina: “uno as minhas mãos às suas e às mãos daqueles que estão rezando por você. Desta forma faremos uma longa corrente de oração, que com certeza, chegará ao céu”, escreveu o Papa Francisco pedindo à menina que lembrasse que o primeiro elo desta corrente era ela, porque Jesus estava no seu coração! “Lembre-se disto!”, destacou.

O Papa pediu a Paolina que falasse com Jesus não só sobre ela, mas também sobre seus pais, “que necessitavam tanto ser ajudados e consolados diante dos difíceis passos que estavam enfrentando”. “Certamente você será muito boa em sugerir a Jesus o que pode fazer por eles”, continuou o Papa. “Dou-lhe um abraço muito forte e a abençoo com todo o meu coração, aos seus pais e aos seus entes queridos”, concluiu Francisco, assinando ele mesmo a carta.

O Santo Padre é conhecido por fazer telefonemas pessoais e enviar mensagens àqueles que o procuram, muitas vezes, para surpresa de quem recebe suas cartas ou escuta a sua voz do outro lado do telefone. Também sobre a escrivaninha do Papa está outro desenho que tocou seu coração; um desenho que um menino lhe deu durante sua viagem a ilha grega de Lesbos. Na imagem é possível ver muitas pessoas se afogando perto de um barco naufragado, enquanto o sol, em cima de tudo, chora lágrimas de sangue. Conserva com ele a dor inexplicável das crianças.

Esse é Francisco, o homem que veio de longe para entrar no coração das pessoas de boa vontade. Não faz coisas extraordinárias, mas coisas simples de modo extraordinário. Um exemplo de amor por aqueles que sofrem, por aqueles que na cotidianidade, experimentam dor e tristeza numa vida sofria. Um exemplo de amor a ser seguido. (Silvonei José)

 

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Reflexão dominical: João Batista prepara a vinda de Jesus

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Cidade do Vaticano (RV) - «Diante de um mundo arrasado, de um ambiente de profunda desolação, de corações sofridos e enlutados, Isaías clama Vida, Alegria, Ressurreição! O texto da primeira leitura de hoje, extraído do livro de Isaías, nos leva à Esperança. O Profeta quebra a rotina desoladora e nos aponta a ação de Deus, a regeneração do mundo, a redenção do ser humano. Mas o Senhor que pode fazer tudo sozinho, quer nossa colaboração, quer fazer-nos partícipes de sua obra salvífica. Nesse próprio ato de pedir nossa colaboração já está a redenção. 

O Senhor nos trata como pessoas maduras, capazes, pessoas criadas à Sua imagem e semelhança. Por isso não é próprio do fiel ficar de braços cruzados, desanimado e acomodado. Aquele que crê levanta a cabeça, solta os braços e busca dentro de si a força do Senhor, e imediatamente começa a colaborar com o Criador. O fiel reage contra qualquer ação oriunda da cultura de morte. Ele crê na Vida! Assim aconteceu com a escravidão no Egito, em outras situações onde os protagonistas foram os pobres, os marginalizados, os portadores de deficiência, os pequenos segundo o mundo. Assim fez Jesus Cristo, colocando-se como servo de todos, à disposição do Pai para assegurar a felicidade eterna ao Homem.

No Evangelho de hoje, temos em prmeiro lugar a dificuldade de João Batista em reconhecer em Jesus o Messias prometido. Na pregação de João Batista, como vimos no domingo passado, Jesus deveria tratar os pecadores com bastante dureza, destruí-los até.  Mas ele não o faz, ao contrário, provoca mudanças em seus corações,  possibilitando a salvação, faz refeições com eles e até se torna amigo deles. Isso desorienta o Batista.

Quando interrogado pelos discípulos de João, Jesus responde citando Isaías, ou seja, dizendo que sua missão é de redenção, por isso os sinais que faz são de salvação. Deus ama a todos, bons e maus. Todos são seus filhos, foram criados por amor.

Em segundo lugar, Jesus elogia a pessoa do Batista dizendo que ele é mais que um Profeta, o maior entre os nascidos de mulher – dirá o Mestre. Ao dizer que “O menor no Reino dos céus é maior do que o Batista”, Jesus afirma que esse menor entendeu que Deus vem ao encontro do Homem para perdoá-lo, acolhê-lo e amá-lo. Menor e maior. Sem depreciar em nada a figura de João Batista, já que os tempos do Reino transcendem inteiramente aqueles que os precederam e prepararam, essas duas palavras opõem duas épocas da obra divina, duas “economias”, conforme nos esclarece a Bíblia de Jerusalém.

Finalmente, na 2ª leitura, São Tiago nos exorta a que fiquemos firmes até e chegada do Senhor. Firme para Tiago significa manter a fé, a esperança e a caridade. Por isso, ele toma como exemplo o agricultor que trabalha e depois fica à espera do fruto prometido e nos aconselha a não nos queixarmos dos irmãos». (Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o III Domingo do Advento)

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