Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 13/12/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: o clericalismo é um mal que afasta o povo da Igreja

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Cidade do Vaticano (RV) - O espírito do clericalismo é um mal presente também hoje na Igreja e a vítima é o povo, que se sente descartado, abusado. Foi o que disse o Papa na missa celebrada na manhã de terça-feira (13/12) na capela da Casa Santa Marta. Concelebraram com o Papa os membros do Conselho dos Cardeais (C9). 

O povo humilde e pobre que tem fé no Senhor é a vítima dos intelectuais da religião, os seduzidos pelo clericalismo, que no Reino dos céus serão precedidos pelos pecadores arrependidos. O Papa cita o Evangelho do dia, em que Jesus se dirige aos chefes dos sacerdotes e aos anciãos do povo, para falar justamente sobre o seu papel.  “Tinham a autoridade jurídica, moral e religiosa, decidiam tudo. Anás e Caifás, por exemplo, explicou Francisco, “julgaram Jesus”, eram os sacerdotes e os chefes que “decidiram matar Lázaro” ou ainda, “negociaram com Judas”, que vendeu Jesus. Francisco questionou: mas como chegaram a este “estado de prepotência e tirania”, instrumentalizando a lei?:

“Mas uma lei que eles refizeram inúmeras vezes: tantas vezes até chegar a 500 mandamentos. Tudo era regulado, tudo! Uma lei cientificamente construída, porque essas pessoas eram sábias, conheciam bem. Faziam todas essas nuances, não? Mas era uma lei sem memória: tinham esquecido o primeiro mandamento, que Deus deu ao nosso pai Abraão: “Caminha em minha presença e seja irrepreensível”. Eles não caminhavam: sempre estiveram parados nas próprias convicções. E não eram irrepreensíveis! 

Eles – prossegue o Papa – “haviam esquecido os Dez Mandamentos de Moisés”: “com a lei feita somente por eles”, “intelectual, sofisticada, casuística”, “cancelam a lei do Senhor”. E a vítima, assim como foi Jesus, todos os dias é o “povo humilde e pobre que confia no Senhor”, “aqueles que são descartados”, destaca o Papa, que conhecem o arrependimento também se não cumprem a lei, mas sofrem estas injustiças. Sentem-se “condenados”, “abusados”, sublinha outra vez o Papa por quem é “presunçoso, orgulhoso, soberbo”. “Um descarte destas pessoas”, observou o Papa, foi Judas:

“Judas foi um traidor, pecou fortemente, eh! Pecou com força. Mas então o Evangelho diz: “Arrependido, foi a eles dar de volta as moedas”. E eles o que fizeram? “Mas você foi nosso ‘sócio’. Fica tranquilo... Nós temos o poder de perdoar tudo!”. Não! “Te vira. É um problema teu”. E o deixaram sozinho: descartado! O pobre Judas traidor e arrependido não foi acolhido pelos ‘pastores’. Porque eles haviam esquecido o que é ser um pastor. Eram os intelectuais da religião, aqueles que tinham o poder, que levavam adiante as catequeses do povo com uma moral feita pela sua inteligência e não a partir da revelação de Deus”.

“Um povo humilde descartado e surrado por esta gente”: também hoje, é a observação de Francisco, acontecem estas coisas na Igreja. “Há aquele espírito de clericalismo”, explica: “os clérigos se sentem superiores, se afastam das pessoas”, não têm tempo para escutar os pobres, os que sofrem, os presos, os doentes”:

“O mal do clericalismo é uma coisa muito feia! É uma nova edição desta gente. E a vítima é a mesma: o povo pobre e humilde, que tem esperança no Senhor. O Pai sempre procurou se aproximar de nós: enviou seu Filho. Estamos esperando, uma espera alegre e exultante. Mas o Filho não entrou no jogo desta gente: o Filho foi com os doentes, os pobres, os descartados, os publicanos, os pecadores – é escandaloso isso... – as prostitutas. Também hoje Jesus diz a todos nós e também a quem está seduzido pelo clericalismo: “Os pecadores e as prostitutas entrarão primeiro no Reino dos Céus”. 

(bf/rb)

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Papa: "Migração traz oportunidades, não só problemas"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco encoraja os governantes e políticos a enfrentarem a crise gerada pelo deslocamento maciço de pessoas lembrando sempre que os fenômenos migratórios e o desenvolvimento estão intimamente ligados a questões urgentes como a pobreza, a guerra e o tráfico de seres humanos e a consequente necessidade de um desenvolvimento ambiental e humano sustentável.  

É o que escreve o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado, em mensagem em nome do Papa aos participantes do IX Fórum Global sobre migrações e desenvolvimento, que se realizou em Daca, Bangladesh, de 10 a 12 de dezembro. 

A mensagem do Papa lida por Padre Bentoglio

A Santa Sé foi representada no encontro pelo sub-secretário do Pontifício Conselho da Pastoral para Migrantes e Itinerantes, o scalabriniano Padre Gabriele Bentoglio, que leu a mensagem durante os trabalhos. 

Evocando a Encíclica Laudato si’, o Pontífice fez votos que os debates incluíssem a urgência de uma liderança global capaz de administrar a economia internacional equilibrando as exigências de cada economia; a necessidade do desarmamento, da segurança alimentar e da paz; de proteger o meio ambiente e regulamentar as migrações”. O Papa está convencido de que somente uma estratégia integral pode combater a pobreza, restituir a dignidade aos excluídos e ao mesmo tempo, cuidar na natureza. 

Ressaltar oportunidades e não só os problemas

Na ocasião, Padre Bentoglio também fez uma palestra ressaltando que a migração “é uma realidade em crescimento e que todavia, existe a tendência a dar sempre mais destaque aos problemas associados a este fenômeno do que às oportunidades que ele oferece em termos de desenvolvimento”. Por isso, “a Santa Sé quer enfrentar o tema focalizando a dignidade humana e a promoção da solidariedade, encorajando a sociedade civil e os governos a levar em consideração este tipo de estratégia”. 

O sacerdote também se referiu à batalha conduzida pela Igreja contra os estereótipos e preconceitos associados, pedindo uma abordagem realista e respeitosa, atenta aos direitos humanos dos migrantes. 

“Este processo, porém, requer um esforço dos migrantes em assumir responsavelmente seus deveres para com a sociedade que os acolhe, como o aprendizado da língua e o respeito material e espiritual pelo país anfitrião, obedecendo as leis e contribuindo ativamente ao bem comum da nação”. 

Mulheres e crianças, primeiros atingidos

Enfim, o sub-secretário reiterou que as migrações são “uma questão a ser enfrentada pela raiz”; e por isso, desde o início de seu pontificado, o Papa Francisco solicitou a adoção de soluções sustentáveis. Guerras, violações de direitos humanos, corrupção, pobreza, desigualdades e desastres ambientais são fatores que causam migrações. E não podemos nos esquecer que os mais vulneráveis, como mulheres e crianças, são os primeiros a sofrer seus efeitos”, concluiu. 

(CM)

 

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Pesar do Papa pelo falecimento do prelado do Opus Dei, Dom Echevarría

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Cidade do Vaticano (RV) - “Recebida a triste notícia do inesperado falecimento do Bispo prelado do Opus Dei, Dom Javier Echevarría Rodríguez, desejo fazer chegar a vós e a todos os membros dessa prelazia, meus mais sentidos pêsames, ao tempo em que me uno a vossa ação de graças a Deus por seu paternal e generoso testemunho de vida sacerdotal e episcopal.” 

São palavras do Papa Francisco no telegrama de pesar endereçado ao vigário auxiliar do Opus Dei, Dom Fernando Ocáriz Braña, pelo falecimento esta segunda-feira (12/12), aos 84 anos, na policlínica da Universidade Campus-Bio-Médico de Roma, do prelado do Opus Dei, que se encontrava internado desde segunda-feira da semana passada (05/12) devido a uma infecção pulmonar.

Recordando a figura do religioso, Francisco ressalta que, “a exemplo de São Josemaría Escrivá e do Beato Álvaro del Portillo, aos quais sucedeu à frente de toda essa família”, o prelado “entregou sua vida num constante serviço de amor à Igreja e às almas”.

O Pontífice conclui elevando ao Senhor “um fervoroso sufrágio por este fiel servidor seu para que o acolha em suas alegrias eternas” encomendando-o com afeto “à proteção de Nossa Mãe, a Virgem de Guadalupe, em cuja festa entregou sua alma a Deus”. (RL)

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Carta do Papa a Assad. Dom Zenari: esperamos em uma solução

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Cidade do Vaticano (RV) - Cada vez mais complexo o cenário na Síria onde a guerra não tem fim. E o Papa após de domingo no Angelus, faz ouvir a sua voz novamente contra todas as formas de extremismo, para a cessação das violências e o respeito do direito humanitário internacional. E o faz em uma carta enviada ao presidente sírio Assad e entregue pelo Núncio Apostólico, o cardeal Mario Zenari. Enquanto isso Aleppo permanece sob as bombas e Palmira é assediada pelo Estado islâmico. 

O Papa confia ao Núncio na Síria, Dom Mario Zenari, elevado à púrpura cardinalícia precisamente em um sinal de afeto pelo amado povo sírio, uma carta ao presidente. No texto, conforme refere a Sala de Imprensa do Vaticano, um apelo a Bashar al Assad e à comunidade internacional pelo “fim da violência” e por uma “solução pacífica das hostilidades”. Mas também a “condenação de todas as formas de extremismo e terrorismo independentemente da sua origem” e a exortação ao presidente a “garantir que o direito humanitário internacional seja plenamente respeitado, com referência à proteção de civis e o acesso às ajudas humanitárias”. Sobre uma visita de cortesia ao presidente Assad, após receber a púrpura cardinalícia, eis o que disse à Rádio Vaticano o Núncio Apostólico Cardeal Mario Zenari:

R. - Fui recebido pelo Presidente para uma visita de cortesia, já que retornava como cardeal e era algo de único, e todos entenderam isso - do governo aos cidadãos -, que era um gesto do Papa de proximidade ao sofrimento dos sírios . Por ocasião desta visita, com o clima desta nomeação, eu entreguei uma carta do Papa. Não é difícil intuir o que está escrito nesta carta. É claro que é tudo o que o Papa sempre disse sobre o conflito sírio e, portanto, também um chamado de atenção para o aspecto humanitário, em primeiro lugar.

P. – O senhor teve a impressão de que o presidente apreciou a carta?

R. - A impressão que eu tive é que recebeu esta carta do Papa - eu diria -, com muita gratidão. Reconhecimento. Ele a leu, e apreciou muito: isso sim, eu posso dizer ... (SP)

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Parabenize o Papa Francisco pelos seus 80 anos

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco completará 80 anos, no próximo sábado (17/12). 

Segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé, às 8h locais, Francisco presidirá a celebração eucarística, na Capela Paulina, no Vaticano, com os cardeais residentes em Roma.

O restante do dia do Papa será normal, cheio de compromissos. O Pontífice receberá o Presidente da República de Malta, o Prefeito da Congregação para os Bispos, o Bispo de Chur, na Suíça, e a Comunidade de Nomadelfia.

Quem deseja parabenizar o Papa Francisco pelos seus 80 anos, pode enviar um e-mail aos seguintes endereços: 

PapaFrancisco80@vatican.va  (Espanhol/Português) 
Papafranciscus80@vatican.va  (Latim) 
PapaFrancesco80@vatican.va   (Italiano) 
PopeFrancis80@vatican.va  (Inglês) 
PapeFrancois80@vatican.va  (Francês) 
PapstFranziskus80@vatican.va  (Alemão) 
PapiezFranciszek80@vatican.va  (Polonês) 

Nas redes sociais, a hashtag criada para a ocasião é #Pontifex80

Parabéns do Parlamento inglês

Uma moção foi assinada, nesta segunda-feira (12/12), pelos deputados do Parlamento inglês que parabenizaram, de modo oficial, o Papa Francisco, em nome do povo britânico, pelos seus 80 anos. 

“Esta Câmara se congratula com Sua Santidade pelo seu 80º aniversário. Reconhece sua liderança espiritual para mais de 1 bilhão e 200 milhões de católicos em todo o mundo. Louva a sua contribuição, em primeiro plano, no enfrentamento das mudanças climáticas, a promoção do desenvolvimento sustentável, o acolhimento dos refugiados, a construção da paz, o encorajamento da reforma carcerária, a proteção da liberdade religiosa e a abolição global da pena de morte.”

No documento, o Parlamento deseja ao Papa Francisco “tudo de bom a fim de que possa continuar o seu pontificado”. 

O deputado Rob Flello que promoveu a iniciativa, agradeceu ao Papa “pela liderança clara e misericordiosa da Igreja. Que Deus encha o seu coração de alegria divina”.

(MJ)

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Papa celebra hoje 47 anos de ordenação sacerdotal

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Cidade do vaticano (RV) - O Papa Francisco celebra hoje o 47° aniversário de sua ordenação sacerdotal, ocorrida em 13 de dezembro de 1969, pelas mãos do Arcebispo Ramón José Castellano, no dia em que o calendário litúrgico festeja Santa Luzia, a mártir de Siracusa.

A vocação

Em 21 de setembro, com apenas 17 anos, Jorge Bergoglio se apressava para sair com seus amigos para festejar o Dia do Estudante. Antes disto, porém, como bom católico que era, decidiu iniciar o dia com uma passada pela sua Paróquia, a Igreja de San José de Flores.

Ali chegando, encontrou um sacerdote que não conhecia, mas que de imediato lhe causou uma boa impressão e a quem pediu para confessar. Não tratou-se de uma confissão como outra qualquer, mas de um encontro capaz de exaltar a sua fé a ponto de descobrir a sua vocação religiosa.

Voltou para casa com uma firme decisão: queria, devia tornar-se um sacerdote.

Trecho do Livro “Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco” (S. Rubin e F. Ambrogetti), que conta as história reveladas pelo próprio Francisco.

Bergoglio entrou na Companhia de Jesus em 11 de março de 1958, fazendo a Profissão Solene  em 22 de abril de 1973. Em 20 de maio de 1992 foi nomeado Bispo por João Paulo II e que em 21 de fevereiro de 2001 o criou Cardeal. O Arcebispo de Buenos Aires foi eleito Pontífice em 13 de março de 2013.

 

(JE)

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Santa Sé: segurança e paz não se alcançam com corrida armamentista

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Genebra (RV) - O observador permanente da Santa Sé no escritório da Onu em Genebra, na Suíça, Dom Ivan Jurkovič, pronunciou-se esta segunda-feira (12/12) na Conferência de revisão da Convenção sobre a proibição ou restrição do uso de algumas armas convencionais que podem ser consideradas danosas ou que provocam efeitos indiscriminados.

Que “ao menos sejam reduzidos os terríveis sofrimentos humanos causados nos conflitos pela utilização de armas convencionais sempre mais sofisticadas”: foi o que pediu o representante vaticano na Conferência em andamento até a próxima sexta-feira, dia 16, na cidade helvécia.

Não há espaço para decisões frágeis e arranjos

Em seu pronunciamento, o representante vaticano evidenciou que são sempre os civis que pagam o preço mais alto das guerras, enquanto as indústrias bélicas lucram com elas.

“Em 2015, a cada minuto no mundo 24 pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas por causa de guerras e violências”, recordou o arcebispo esloveno. Ainda mais trágico é o fato que a consciência pública parece ter-se tornado menos sensível a estas vítimas, confirmando aquela globalização da indiferença denunciada pelo Papa Francisco, acrescentou.

São vítimas cujo número é destinado a aumentar, visto o poder cada vez mais destrutivo das novas armas convencionais. Diante desta realidade, “não há espaço para decisões frágeis e arranjos”, não somente por óbvias razões éticas, mas também em virtude das obrigações legais assumidas pelos Estados signatários da Convenção sobre a proibição ou limitação do uso de algumas armas convencionais, destacou.

Proibir as armas letais autônomas

Em particular, o observador permanente deteve-se sobre três questões a serem enfrentadas com urgência. Em primeiro lugar, o uso de armas incendiárias nos conflitos, cujos efeitos são particularmente destrutivos para as populações civis: para isso urge rever o terceiro protocolo da Convenção, protocolo este que tem trinta anos e hoje é inadequado.

Em segundo lugar, há a questão da utilização de artefatos explosivos em áreas habitadas: em 2015 essas armas chegaram a matar ou ferir até 92% da população civil em áreas densamente habitadas.

Trata-se de “danos colaterais” que deveriam suscitar sérios questionamentos éticos e jurídicos, sobretudo considerando que estas cifras são destinadas a aumentar, vistos os processos de urbanização em andamento no mundo, observou Dom Jurkovič.

A terceira questão urgente a ser enfrentada é a utilização de armas letais autônomas – as chamadas Laws –, que contribuíram para tornar a guerra ainda mais “desumanizadora”.

A esse propósito, a Santa Sé reitera mais uma vez que a única opção é a completa destruição destas armas, disse o representante vaticano.

A segurança e a paz podem ser alcançadas não com a corrida armamentista

“A segurança internacional e a paz podem ser alcançadas através da promoção da cultura do diálogo e da cooperação, não mediante a corrida armamentista”, concluiu o arcebispo. (RL)

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Igreja no Brasil



Irmã Terezinha: Dom Paulo, homem consciente de sua missão

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Cidade do Vaticano (RV) - O arcebispo emérito de São Paulo (SP), Cardeal Paulo Evaristo Arns, de 95 anos, encontra-se internado no Hospital Santa Catarina, na capital paulista. 

Dom Paulo é o fundador da Congregação das Irmãs Franciscanas da Ação Pastoral. Desde 1970, a Congregação tem direito diocesano e como carisma a ‘Ação Pastoral na Igreja hoje’, com espiritualidade franciscana. Hoje, conta sessenta irmãs. 

O purpurado mora com as irmãs em Taboão da Serra (SP) e as acompanha desde o início. Neste momento, elas estão no hospital dia e noite com ele. 

Cristiane Murray conversou com a Irmã Terezinha, membro da congregação, sobre Dom Paulo. 


(MJ/CM)

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Boletim médico sobre o estado de saúde do Cardeal Arns

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São Paulo (RV) - Boletim médico deste 13 de dezembro sobre o estado de saúde do Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns.

Informamos que o Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, Arcebispo Emérito da Arquidiocese de São Paulo, continua internado com quadro de broncopneumonia, tendo ocorrido uma piora da função renal e sendo necessário mantê-lo em UTI para cuidados intensivos.

Dra. Denise Schout,

Diretora Técnica

Dr. Humberto Benedetti

Cardiologista

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Igreja no Mundo



Morre Prelado da Opus Dei, Dom Echevarría

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Roma (RV) – A Prelazia da Opus Dei comunicou o falecimento do Prelado Javier Echevarría, Bispo e segundo sucessor de São Josemaría Escrivá. 

Dom Echevarría morreu na noite de 12 de dezembro, aos 84 anos, no policlínico da Universidade Campus Bio-Médico de Roma, onde estava internado desde o dia 5 devido a uma infecção pulmonar. O Prelado estava fazendo um tratamento com antibióticos quando o quadro clínico se complicou nas últimas horas, provocando uma insuficiência respiratória que lhe causou a morte.

O Bispo Auxiliar da Prelazia, Dom Fernando Ocáriz, ministrou-lhe os últimos sacramentos. De acordo com os estatutos da Prelazia, é justamente Dom Ocáriz a assumir o governo da instituição. A ele compete convocar em um mês um congresso eleitoral para eleger o novo prelado. O congresso deverá ser realizado nos próximos três meses. A eleição depois deverá ser confirmada pelo Papa.

Dom Javier Echevarría nasceu em Madri, na Espanha, em 1932, onde conheceu Dom Josemaría, do qual foi secretário de 1953 a 1975. Neste ano, foi nomeado Secretário-Geral da Opus Dei. Em 1994, foi eleito Prelado. Recebeu das mãos de João Paulo II a ordenação episcopal em 6 de janeiro de 1995 na Basílica de S. Pedro.

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Bispos europeus: eliminar as causas estruturas da pobreza

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Bruxelas (RV) - A Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia (Comece) considera indispensável, para responder às exigências de 119 milhões de pobres na Europa hoje, construir uma “comunidade de solidariedade e responsabilidade” que poderá se realizar percorrendo seis pistas que estão contidas na “Declaração sobre a pobreza e exclusão social” divulgada nesta segunda-feira (12/12), pensada durante a assembleia plenária realizada em outubro passado. 

Segundo a Comece, a primeira estrada passa através da “promoção do desenvolvimento integral”, segundo a estratégia “Europa 2020” que não deve ser “perdida de vista, sobretudo em relação aos indicadores sociais e ambientais”, e sustentando “maneiras de consumo e produção alternativas”. 

Pobreza 

O segundo caminho é “assegurar a coerência das políticas” de modo que “as políticas futuras”, em particular as de “tributação equitativa”, contribuam para “eliminar as causas estruturas da pobreza”.

Em terceiro lugar, é necessário “reequilibrar interesses econômicos e direitos sociais”, colocando fim ao aumento das desigualdades. 

Família 

“Defender condições de trabalho adequadas” é um ponto determinante nesta batalha que a União Europeia deve cumprir “reforçando a sua legislação sobre o trabalho”, no respeito das normas internacionais. Outro elemento, é “reconhecer as famílias como protagonistas da sociedade” com “ajudas importantes” e políticas “voltadas para elas”, junto a um estilo que favoreça “o diálogo e a colaboração” com todas as pessoas, começando pelos pobres. 

Solidariedade

Diante de “um quarto da população ainda hoje exposta ao risco de pobreza e exclusão social” os bispos europeus encorajam a “União Europeia e seus Estados membros a desenvolverem, junto com a sociedade civil e os líderes religiosos, uma abordagem integral de luta contra a pobreza e a exclusão social em todas as suas formas”.

O problema da pobreza passou “das periferias ao centro de nossas sociedades” e atormenta hoje crianças, jovens, desempregados e trabalhadores pobres, grupos sociais discriminados. “Os mais vulneráveis deveriam estar no centro das políticas nacionais e da União Europeia guiadas pelos princípios da solidariedade e subsidiariedade”, afirmam os bispos.

Economia social

Numa economia global interdependente os governos “deveriam colaborar, pelo menos no âmbito europeu, em relação às normas e políticas sociais e fiscais”. Se a pobreza é “o resultado de obstáculos estruturais”, somente o modelo de “economia social de mercado” que liga “o princípio do mercado livre à exigência de solidariedade e aos mecanismos de serviço ao bem comum” oferece uma abordagem integral para combater a pobreza”. 

(MJ)

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Áustria: Associações pedem ao Governo esforço contra perseguições anticristãs

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Viena (RV) – A Associação Austríaca das Associações Católicas (Akv/Gab, sigla em alemão) lançou um apelo ao Ministro do Exterior do Governo Federal, Sebastian Kurz, para colocar na ordem do dia da política internacional do país as perseguições anticristãs no mundo.

Os fatos ocorridos em 2015 e 2016 estão entre “os piores na história da Igreja”, afirmou o Presidente da AKV, Helmut Kukacka, no apelo lançado no último domingo por meio da imprensa nacional.

O motivo do apelo ao Ministro Kurz é que, a partir de 1º de janeiro de 2017, a Áustria assumirá a Presidência da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (Osce)

“A ênfase precisa da visão cristã da Europa é a de oferecer ajuda aos cristãos que na Europa chegaram como refugiados, e é necessário um apoio moral e político para que a presença cristã em seus países prossiga no futuro”, disse Kukacka.

Segundo a AKV, Kurz deverá usar o seu futuro papel dentro da Osce para desenvolver “um papel chave contra as perseguições e para garantir que este problema torne-se uma preocupação primária das políticas europeias”.

O Ministro do Exterior austríaco, declarou que “o fortalecimento dos direitos humanos será uma prioridade da presidência austríaca na Osce” e “a opressão à fé é declarada incompatível com a dignidade humana”.

O apelo foi dirigido também à Ján Figel, nomeado em maio deste ano como “representante especial da EU para a liberdade religiosa no mundo”. Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa.

Com 57 Estados participantes da América do Norte, da Europa e da Ásia, a OSCE é a maior organização regional para a segurança no mundo, empenhada em garantir a paz, a democracia e a estabilidade a mais de 1 bilhão de pessoas.

(JE)

 

 

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Paz e esperança à Síria

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Cidade do Vaticano (RV) - Na fúria dos combates que abalam a Síria desde 2011, com uma média de 400 mil vítimas, com grande dificuldade, os cristãos locais conseguem encontrar paz e esperança. Especialmente à luz dos acontecimentos recentes, com a possível queda da parte oriental de Aleppo, ou a tentativa das partes em conflito em encontrar um acordo estratégico. O padre sírio, bem como prior do mosteiro de Mar Elian, Jacques Mourad, que foi sequestrado em maio de 2015 pelo ISIS, na Síria, e que mais tarde conseguiu libertar-se, concedeu entrevista à Rádio Vaticano sobre os acontecimentos que atingem o país:

Nós, como cristãos na Síria, seguindo a mensagem da igreja e do Vaticano, lembramos que ao longo do caminho da violência, precisamos de um pouco de misericórdia para os civis, que não têm nada a ver com esta batalha, que é realmente terrível. É terrível que todas essas pessoas morram por causa desta guerra. O apelo que faço é que sejam encontrados meios mais pacíficos, que falem para o coração, porque não se pode continuar assim: as pessoas estão morrendo todos os dias!

O Conselho de segurança da ONU se pronunciará sobre novo projeto de resolução que pede uma trégua nas hostilidades de pelo menos sete dias e um corredor humanitário para atingir a população sitiada. O que você pensa sobre isso, Padre?

Certamente a única solução hoje é sermos realistas: A solução por parte da ONU para salvar as pessoas é a esperança sobre a situação em Aleppo. Que sejamos positivos e escutemos este apelo, porque tudo que queremos é salvar a vida destas pessoas, é salvar a vida das crianças e das mulheres, de todos os civis que não tem nada a ver com este conflito.

Todos concordamos que está faltando é o diálogo e que a diplomacia é a única saída. Padre, o drama desta guerra tem abalado todas as pessoas. Quando você ouve falar em diálogo, consegue encontrar espaço para a esperança?

O diálogo é o único instrumento, o único caminho para encontrarmos soluções a todas essas questões políticas, todas as guerras e problemas entre os países. Mas, para dialogarmos, precisamos de uma certa serenidade, de franqueza e justiça. O diálogo não traz resultado nenhum se não é baseado na justiça, sobre a disponibilidade humana e espiritual.

Todavia, o eixo Moscou-Damasco-Teerã pode conquistar a cidade de Aleppo, mas o preço pode ser alto, sobretudo para a população civil. Há, portanto, a possibilidade de nesse meio tempo, Aleppo torna-se ainda mais um grande cemitério?

Se continuarem os bombardeios e se os rebeldes continuarem a combater os soldados do governo, certamente haverá ainda mais mortos, ainda mais vítimas em Aleppo!

A eleição de Trump, segundo ele, pode empurrar Moscou a negociar com os rebeldes sírios para encontrar um acordo com os EUA antes que o novo presidente entre na Casa Branca, de modo a negociar, em seguida, aqueles que são os principais interesses da Rússia?

Esperamos que esta troca diplomática entre os dois países traga um acordo sobre a questão da guerra na Síria. Realmente espero que sim! Provavelmente haverá Providências, para ambos os lados para orientá-los na busca de um acordo. (LV)

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Cristãos no Egito: sofrimento por atentados não é recente

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Cairo (RV) – Por trás do atentado contra a Catedral copta no Cairo, no domingo, estaria a Irmandade Muçulmana. É o que defende o Ministério do Interior egípcio, segundo o qual a organização teria financiado os autores do ataque.

A comunidade copta-ortodoxa no Egito vive um momento difícil depois do episódio de sangue que matou 25 fieis, a maioria mulheres e crianças, e que não representam eventos. Sobre a atmosfera vivida no Egito com o ataque, a Rádio Vaticano entrevistou Luciano Ardesi, expert em África do norte.

“A comunidade copta vive muito mal depois deste atentado de domingo, mesmo porque este é somente o último de uma série de episódios que se sucedem com uma frequência extraordinária. Portanto, existe a preocupação, mesmo porque a comunidade copta sempre pediu aos governos que se sucederam no Cairo para proteger a própria comunidade. Ao invés disto, se assiste ao pipocar dos atentados contra as Igrejas, em modo particular - mas não somente – mas também contra as casas ou iniciativas sociais das quais a Igreja Copta é responsável”.

RV: O Ministério do Interior do Cairo aponta o dedo contra a Irmandade Muçulmana: é plausível uma hipótese do gênero?

“A Irmandade Muçulmana, há muitos anos, é acusada pela comunidade copta de estar à origem destes atentados. E é provável que neste caso, se se confirmarem as suspeitas, a comunidade copta esteja em meio a um conflito entre a Irmandade Muçulmana, que reprova o Presidente al-Sisi por ter destituído com um Golpe de Estado em 2013 o próprio líder, Mohamed Morsi; e que portanto os coptas, num certo modo, paguem o preço da guerra que a Irmandade Muçulmana está conduzindo contra o atual governo. Mas também sem este elemento permanece o fato de que esta guerra contra a comunidade copta continue por muito tempo”.

RV: O Egito, então, permanece como um dos países árabes mais estáveis, não obstante estes episódios?

“A tentativa do terrorismo no Egito nestes anos é o de desestabilizar o país; certamente também o atentado de domingo não facilitará a sua retomada econômica e a retomada do turismo: o Egito está sofrendo enormemente por estes atentados, também no plano econômico. Naturalmente, isto se refletirá também no plano político. Os coptas são há tantos anos discriminados no plano social, de trabalho, da função pública: reprovam o governo por ser muito indulgente em relação àqueles que atacam os cristãos no Egito”.

(JE/GLV)

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Formação



Frade brasileiro em Nazaré pede peregrinações à Terra Santa

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Cidade do Vaticano (RV) – No Angelus do último domingo, o Papa Francisco fez um novo apelo em prol da Síria, pedindo de modo especial que não nos esqueçamos da cidade Aleppo.

“Infelizmente, nos acostumamos com a guerra, a destruição, mas não devemos esquecer que a Síria é um país repleto de história, de cultura, de fé. Não podemos aceitar que isso seja negado pela guerra, que é um cúmulo de arbitrariedades e de falsidades”, denunciou o Pontífice.

E exortou: “Apelo ao compromisso de todos, a fim de que seja feita uma escolha de civilidade: não à destruição, sim à paz, sim ao povo de Aleppo e da Síria”.

Para o reitor e guardião da Basílica da Anunciação em Nazaré, na Terra Santa, Fr. Bruno Varriano, a guerra na Síria foi o aspecto mais negativo deste ano de 2016 – ano todavia marcado também por fatos positivos, como a nomeação do novo Custódio da Terra Santa, Fr. Francesco Patton.

Ouça o balanço deste ano de 2016 segundo o Fr. Bruno Varriano, que faz também um pedido a todos os cristãos para que, em 2017, continuem visitando a Terra Santa: 

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Igreja no Brasil: estilo sinodal na organização pastoral em nossas dioceses

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” continua dando voz aos nossos pastores, trazendo-nos um pouco da realidade da Igreja no Brasil, uma realidade multifacetária com seus muitos desafios pastorais. 

Na edição de hoje partimos, como ponto de agarra, de um evento recente realizado aqui no Vaticano, concluído no início deste mês, 2 de dezembro. Trata-se da plenária anual da Pontifícia Comissão Teológica Internacional, cujo encontro foi presidido pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Gerhard Ludwig Müller.

Os trabalhos da plenária foram norteados por três temas: “Sinodalidade”, a “Relação entre Fé e Sacramentos” e a questão da “Liberdade Religiosa”.

Um dos 30 membros desta Comissão Teológica Internacional é o teólogo brasileiro, Mons. Antônio Luiz Catelan, também assessor para a Comissão da Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e subsecretário de pastoral.

Mons. Catelan participou das discussões em torno da Sinodalidade, um tema com particular incidência pastoral. De fato, para a edição de hoje trouxemos o tema da Sinodalidade para a realidade da Igreja no Brasil, a participação e divisão de responsabilidade com os leigos na ação evangelizadora da Igreja. Nesse sentido, eis o que nos disse Mons. Catelan (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Câncer: dilema entre avanço da ciência e realidade econômica

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Cidade do Vaticano (RV) - Abrimos espaço, em nosso quadro de saúde, ao tema do câncer, nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (malígno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. 

Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroladas, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida, informa o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), órgão brasileiro auxiliar do Ministério da Saúde que atua no desenvolvimento e coordenação de ações integradas para a prevenção e controle do câncer no Brasil.
 
Nós conversamos recentemente com o Doutor Vanderlei Bagnato, físico e professor da Universidade de São Paulo que participou, no Vaticano, da Plenária da Pontifícia Academia das Ciências. Ele nos fala sobre os progressos científicos obtidos nos estudos sobre o câncer. 

(MJ/INCA)

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