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Sumario del 19/12/2016

Papa e Santa Sé

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Papa e Santa Sé



Papa: Ação Católica, contagie o mundo com alegria do amor

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira (19/12), na Sala do Consistório, no Vaticano, cerca de setenta adolescentes da Ação Católica Italiana. 

O Pontífice manifestou sua alegria por este encontro, realizado nas proximidades do Natal, e pediu que suas felicitações natalinas cheguem a toda a família da Ação Católica Italiana.

No Natal, ressoará o anúncio do anjo aos pastores: ‘Não tenham medo! Eu anuncio para vocês a Boa Notícia, que será uma grande alegria para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vocês um Salvador, que é o Messias, o Senhor’.

Jesus, grande alegria

“O nascimento de Jesus é anunciado como uma ‘grande alegria’, causada pela descoberta de que Deus nos ama e através do nascimento de Jesus se aproximou de nós para nos salvar. Somos amados por Deus. Que coisa maravilhosa! Quando estamos tristes, quando parece que tudo dá errado, quando um amigo ou uma amiga nos desilude, ou quando nos desiludimos a nós mesmos, pensemos: ‘Deus me ama’, ‘Deus não me abandona’. O nosso Pai é sempre fiel e sempre nos quer bem, acompanha os nossos passos e vem ao nosso encontro quando nos distanciamos. Por isso, no coração do cristão existe sempre alegria.”

Segundo o Papa, esta alegria se multiplica se for partilhada. “A alegria acolhida como dom deve ser testemunhada em todas as nossas relações: na família, na escola, na paróquia, em todo lugar.” Nesse contexto, os membros da Ação Católica são ajudados pelo seu caminho de formação que este ano tem como slogan “Circundados de alegria”.

Alegria contagiante

Para Francisco, essa expressão pode ajudar os adolescentes a sentir a comunidade cristã e o grupo em que são inseridos como realidades missionárias, que se movem de um país para outro, de um lugar para outro, circundando de alegria aqueles que encontram todos os dias.

“Anunciando a todos o amor e a ternura de Jesus, vocês se tornam apóstolos da alegria do Evangelho, e a alegria é contagiante”, disse o Papa aos adolescentes da Ação Católica Italiana. E deu-lhes uma tarefa:

“Esta alegria contagiante deve ser partilhada com todos, sobretudo com os avós. Conversem com seus avós, eles também possuem essa alegria contagiante. Perguntem a eles muitas coisas, saibam ouvi-los, eles têm a memória da história, experiência de vida. Isso será para vocês um dom enorme que os sustentará em seu caminho. Eles também precisam ouvi-los, entender suas aspirações e esperanças. Portanto, eis a tarefa: conversar com os avós, ouvir os avós. Os idosos têm a sabedoria da vida”.

Paz e solidariedade

O Papa disse que “contagiante é também seu compromisso pela paz”. “Este ano, vocês uniram as palavras paz e solidariedade numa iniciativa a favor de alguns jovens de um bairro carente de Nápoles. Este é um bom gesto que indica o estilo com o qual vocês querem anunciar o rosto de Deus que é amor. Que o Senhor abençoe este projeto de bem”, disse Francisco.

Os adolescentes estavam acompanhados por educadores, assistentes e responsáveis da Ação Católica Italiana. O Papa os saudou e agradeceu pelo compromisso em favor da educação cristã dos membros, desejando a todos um Feliz e Santo Natal!

(MJ)

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Viganò: surpreendidos por Deus, comunicamos a sua misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) – Deixemo-nos surpreender por Deus e assim poderemos comunicar ao mundo a Boa Nova da sua misericórdia. 

Foi o que afirmou Monsenhor Dario Edoardo Viganò na Missa presidida na manhã desta segunda-feira na Basílica de São Pedro, por ocasião das festividades do Natal. O Prefeito do dicastério para as Comunicações do Vaticano deteve-se nas figuras propostas pelas Leituras do dia, que revelam como nada é impossível para quem confia no Senhor.

Vinte concelebrantes compartilharam o Altar da Cátedra da Basílica de São Pedro, entre os quais o Secretário do dicastério para as Comunicações, Padre Lucio Ruiz; o Diretor da Livraria Editora Vaticana, Padre Giuseppe Costa e o Diretor de Programas da Rádio Vaticano, Padre Andrea Majewski.

Entre os presentes, também o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke e o Diretor do L’Osservatore Romano, Giovanni Maria Vian.

Anunciar o mistério de Deus que “entra na vida das pessoas e as transforma radicalmente”. Na Missa para os funcionários da Secretaria para as Comunicações, Monsenhor Dario Viganò concentrou-se na missão de quem é chamado, na Santa Sé, a comunicar a Boa Nova da misericórdia de Deus.

O Prefeito do dicastério desenvolveu a sua homilia como uma peregrinação ideal “nas pegadas dos personagens” propostos pela Palavra de Deus.  As leituras do dia – observou – nos apresentam dois anúncios de um nascimento “inexplicável para os padrões humanos”. São protagonistas dois casais – recordou – “já resignados pela esterilidade”, mas que não obstante tudo, permanecem confiantes em Deus. E da sua fé nascerão Sansão e João Batista, dois homens filhos da misericórdia de Deus que levam em frente a sua missão superando dificuldades e tentações.

Ouvir para entender e comunicar o que o Senhor nos pede

Concentrando-se, em particular, na figura de Manòach, pai de sansão, Mons. Viganò recordou que o seu nome significa “local de repouso”. Uma indicação – disse – e um convite para “reconhecer Deus que nos visita e pede para ser acolhido, mesmo quando se revela em modo surpreendente”, “fora de nossos esquemas” e “em tempos por nós não previstos”. O Papa francisco – assim recordou Viganó – nos repete que a oração “é uma chave que abre o coração” de Deus:

“É neste oásis, nestes refúgios do espírito que o Senhor nos releva o que deseja de nós, o que deveríamos fazer, para dizer em palavra mais simples, para responder ao seu chamado. Se não ouvimos, como podemos dar uma resposta? Trata-se, também, de uma boa regra de comunicação: ouvir, para entender, e responder de modo sensato”.

Dirigindo o pensamento a Sansão, cujo nome evoca o sol, Mons. Viganò exortou aos funcionários da Secretaria para as Comunicações a sentirem-se “ dom uns para os outros”, quase “centelhas de esperança, no trabalho” como em família.

“Nos é pedido empenho, respeito pelas regras, superação das inevitáveis dificuldades e tentações”, que criam “cansaço, incompreensões, desilusões, mas nos fazem reencontrar o caminho da fidelidade a Deus, ao seu chamado”.

Deus comunica a seu povo a boa nova: Ele é misericórdia

“A espera, a oração cotidiana – constatou Mons. Viganó – infundem, às vezes, a sensação de que estamos repetindo velhas fórmulas”. E mais ainda, acrescentou, “o murmurar das pessoas, a sensação de ter se equivocado em alguma coisa, em ter Deus como que um coletor de impostos que nos pune se as contas não fecham, o aviltamento e a resignação que tomam conta do coração parecem sufocar qualquer anseio da alma”:

“Mas Deus irrompe inesperadamente, explode a alegria para a vida que floresce como um prodígio, diante do nosso olhar estupefato germina um filho, por nós já relegado entre os arrependimentos, e testemunha a bênção de Deus depois dos dias de aflição. Deus comunica ao seu povo uma boa notícia: Ele tem, Ele é misericórdia”.

Isto – disse ainda – “é o significado do nome João”. “Deus teve misericórdia e continua a usar de misericórdia também para cada um de nós, para cada mulher e cada homem que apareça no horizonte do mundo, para sempre”.

Somos comunidade internacional

As intenções de oração foram pronunciadas em diversas línguas do chinês ao espanhol, do inglês ao árabe. Um sinal da riqueza da comunidade de trabalho da Secretaria para as Comunicações, que sublinha em modo eloquente que para a Igreja ninguém é estrangeiro. Precisamente sobre o tema da internacionalidade das comunicações da Santa Sé concentrou-se Mons. Viganó depois da celebração da Missa:

“Somos uma comunidade internacional, portanto, levem estes votos também às comunidades de proveniência, que são dioceses e comunidades espalhadas em todo o mundo. Agradeço também às duas grandes Ordens que prestam um importante serviço na Secretaria para as Comunicações, penso na Companhia de Jesus: enviemos aos augúrios, os primeiros augúrios de Natal ao novo Padre Geral. E aos salesianos. As duas grandes Ordens religiosas que prestam, como um número significativo de pessoas, um serviço à Santa Sé... Não nos resta que usufruirmos deste Deus que recordamos neste Natal como um Deus tenaz, cabeça-dura, que não quer que o homem se perca e por isto se faz homem”.

(je/ag)

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Lombardi: Papa não é um ingênuo, tem forte sentido da realidade

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Roma (RV) – Um “líder de grandeza mundial”, dotado de “autoridade moral e credibilidade a ponto tal de atrair a atenção dos povos dos diversos continentes”, “capaz de oferecer respostas à perguntas e inquietações muito difundidas hoje na superfície do Planeta sobre o presente e mais  ainda sobre o futuro”.

Assim o Padre Federico Lombardi, no artigo publicado na Revista ‘Civiltà Cattolica’, descreve o Papa Francisco, quando este completa 80 anos:  “não obstante o seu empenho extenuante, continua a demonstrar grande energia”.

Os gestos e palavras do Papa - cuja expressão de liderança mundial é reconhecida não somente por fieis – fazem parte da análise estimulante do Padre Lombardi sobre o pontificado do Papa latino-americano, ao traçar pontes entre a sua comunicação as pessoas e a opinião pública.

O artigo também oferece reflexões interessantes sobre a carência de líderes mundiais, sobre a dificuldades de governança das instituições nacionais e internacionais, sobre os “tons tão decepcionantes” das campanhas eleitorais, mesmo em países de grande tradição democrática.

Discurso aos Movimentos Populares

A propósito das palavras que tornam o Papa Francisco um líder crível, o sacerdote jesuíta recorda, entre os grandes discursos, aquele aos Movimentos Populares, em que o Papa se dirige quer aos “grandes da terra” como “aos pequenos e marginalizados pelo poder”, para fazê-los tornar protagonistas dos caminhos da humanidade.

Laudato Sii

Para Lombardi, a visão mais articulada até agora do Papa sobre as grandes questões da humanidade está presente na Laudato Sii, um “grande documento, que foi acolhido com favor pela sua capacidade de apresentar uma visão sintética e interligada e uma leitura em profundidade das causas da crise ecológica”, dando também “orientações para responder a elas com uma conversão de mentalidade e de vida”.

Migrações

O tema dos migrantes, sempre presente na pauta de Francisco, não passou desapercebido da análise do sacerdote jesuíta. A pregação do Papa Francisco tocou, sem sombra de dúvida, pela sua insistência sobre o tema dos migrantes, que desde a primeira viagem do pontificado a Lampedusa, chamou a atenção mundial para o tema.

Linguagem simples e concreta

A linguagem “simples e concreta”, “próxima à vida cotidiana de cada um e às experiências das pessoas comuns”, “longe de atrair sobre ele ironias ou desprezo, na realidade atraiu a admiração de pessoas importantes e cultas, tocadas pela sua capacidade de estabelecer uma imediata sintonia com os seus ouvintes por meio de uma linguagem adaptada”.

Da linguagem à diplomacia, Lombardi assinala a força da “iniciativa pessoal” do Papa, que ajudado pela sua diplomacia, e o seu esforço em “reabilitar a política” quer indicar à sociedade civil novos e mais críveis modos de participação, sobretudo na educação.

Senso de realidade

O Papa Francisco – observa Lombardi – “não é um ingênuo”, tem de fato “um sentido realístico” das dificuldades, da dureza dos conflitos e da complexidade das situações”, mas não faz somente crítica, faz também “profecia” e nos convida também a sonharmos, a “orientar o dinamismo da história”, apelando às mentes e às consciências.

Não deve ser esquecido, que a inspiração originária de tudo isto é “radicalmente evangélica” e que “a raiz da justiça e da solidariedade se encontra na fraternidade e na dignidade de todas as pessoas humanas filhas de um pai comum”.

(je/ansa)

 

 

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Igreja na América Latina



Missionária no Haiti faz balanço de 2016: fé apesar do furacão

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Porto Príncipe (RV) – A devastação provocada pelo furacão Matthew marcou o ano de 2016 no Haiti.

A tempestade deixou um rastro de morte e destruição: pelo menos 900 pessoas morreram. E a emergência continua: milhões de haitianos estão desabrigados e perderam sua fonte de renda. No país, trabalham inúmeros religiosos brasileiros, que socorreram como puderam a população local.

Ir. Zenaide Lauretina Mayer chegou ao país este ano e integra o projeto intercongrecional promovido pela CRB Nacional, pelas Cáritas Brasileira e pela CNBB. Este é o seu balanço deste ano de 2016: 

“O lema deste Ano Santo nos propôs a sermos misericordiosos como o Pai. Sim. A realidade local em que nos encontramos tem sido um constante apelo ao exercício da misericórdia. E realmente, estivemos atentos aos clamores das crianças, dos jovens e das famílias no dia-a-dia, mas em especial, diante do fenômeno do furacão, onde o grito foi muito forte. Todos os religiosos e religiosas se uniram para atender as regiões mais necessitadas: com clínica móvel, levando remédios, palavra de conforto e consolo. Certamente, mais do que levar, experimentamos a misericórdia do Pai no contato com as pessoas que perderam tudo: casa, plantações, pessoas, mas não perderam a esperança e a fé. E é na força e na resistência deste povo que como religiosos e religiosas missionárias desejamos um Feliz Natal e um bom ano de 2017, cheio de realizações.”

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Igreja no Mundo



Patriarca sobre Papa em Fátima: "Visita terá caráter espiritual"

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Lisboa (RV) -  A Agência Ecclesia acaba de lançar uma página dedicada ao Centenário das Aparições em Fátima (1917-2017), quando o Papa Francisco vai visitar Portugal.

O portal reúne todos os conteúdos produzidos pela Ecclesia, na agência de notícias, semanário digital, rádio e televisão, sobre o Centenário.

Entre os temas abordados estão as figuras de Fátima (protagonistas e mensageiros das Aparições), autores (de todas as artes), a história da Cova da Iria e a evolução de Fátima ao longo do último século.

Os testemunhos pessoais e sociais, nos diferentes pontos do país e em todo o mundo, são recolhidos sob o tema ‘Fátima comigo’, complementados pelos relatos de peregrinos fora das grandes peregrinações e em encontros consigo mesmos, em ‘Sozinho em Fátima’.

A pastoral junto das crianças, as notícias sobre a celebração do Centenário das Aparições e a visita do Papa Francisco, “peregrino entre os peregrinos”, também estão disponíveis no novo portal.

O Papa Francisco visita Fátima nos dias 12 e 13 de maio de 2017.

Segundo o Cardeal-Patriarca de Lisboa, Dom Manuel Clemente, a visita de Francisco vai gerar uma multidão no Santuário que requer cuidados especiais.

Em declarações à Renascença, o Patriarca de Lisboa explica que a organização está bastante avançada:

"Creio que está praticamente tudo pronto em termos de organização da parte da Santa Sé e da parte da Diocese de Leiria-Fátima. É uma grande Santuário que está habituado a receber outros Papas e milhares de peregrinos. Agora, com a vinda do Papa no centenário, vai ser uma multidão que requer uma aplicação muito especial da parte quer das entidades da Igreja, quer das entidades civis e de segurança", afirma.

Para Dom Manuel, a visita de Francisco a Fátima é um incentivo para a Igreja portuguesa, mas ressalva: “esta viagem tem, sobretudo, um carácter espiritual”.

"O Papa quis dar, desde a primeira hora, este carácter exclusivamente espiritual e religioso a esta visita. Ele não vem fazer uma visita a Portugal, ele vem ao Santuário de Fátima – que é em Portugal. O que ele quer é vir fazer uma peregrinação”, acrescentou.

(Ecclesia/Renascença/cm)

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Difícil lidar com a pobreza nas Filipinas, afirma religiosa brasileira

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Manila (RV) – “Um dos grandes desafios ainda é lidar com a pobreza extrema. Como também enfrentamos, em meio às famílias, um grande numero de crianças violentadas e abusadas sexualmente, muitas vezes com o consentimento da família, ou fazem de conta que não veem… Para a Pastoral que prega Vida e vida em abundância, é muito duro lidar com esta situação”, palavras da Ir. Terezinha Kunen, responsável pela Pastoral da Criança nas Filipinas.

Ir. Terezinha enviou à Rádio Vaticano um balanço deste ano de 2016. Leia e ouça o seu relato: 

Como o bambu, símbolo das Filipinas, neste ano, nós podemos tirar várias lições de resistência e de participação dos líderes, famílias e crianças da Pastoral da Criança das Filipinas.

O bambu está sempre pronto a vencer todas as intempéries e dificuldades – ele se dobra, mas não quebra.

A Pastoral da Criança, como o bambu, está sempre pronta para a ação, para enfrentar todas as dificuldades com otimismo e coragem. Especialmente em tempos de tufão, terremotos, desastres naturais, casos emergenciais, fome e miséria, a Pastoral está sempre presente, animando e encorajando as pessoas.

Os líderes da Pastoral estão sempre presentes lá onde a vida está mais ameaçada, onde não tem ninguém que vá, onde as famílias se encontram totalmente abandonadas.

Acima de tudo, as famílias da Pastoral permanecem humildes e unidas como o bambu, que se curva diante das intempéries da vida e das situações que o fragilizam.

Podemos dizer que foi um ano abençoado, no qual podemos atingir os nossos objetivos de atendimento à saúde, à higiene, à educação, à cidadania e à evangelização.

Um grande número de crianças foi recuperado da desnutrição e teve uma saúde mais estável, devido ao incentivo às famílias e ao acompanhamento das líderes da Pastoral.

Em 2016, foram acompanhadas pela Pastoral da Criança: 5,085 crianças, 3,386 famílias e  350 gestantes em 9 Dioceses e 30 paróquias.  Das 5,085 crianças acompanhadas , somente continuam desnutridas 741.

Houve aumento no peso das crianças, não só por causa do suplemento alimentar, mas por causa do lembrete contínuo sobre a alimentação enriquecida para as crianças, em especial sobre a folha da moringa que é rica em diversas vitaminas.

Crianças de 0 a 1 ano de idade foram monitoradas de sua imunização mensal, que é um grande fator de melhora para a sua saúde.

A amamentação é exercida religiosamente pelas novas mães por causa do aprendizado que lhes é dado.

Várias famílias usaram folhas de “alugbati” para curar furúnculos das crianças.

As mulheres grávidas foram frequentemente lembradas de seus exames pré-natais e vacinas, o que resultou em bebês saudáveis.

As mães aprenderam a identificar o peso de seus filhos a partir do registro e mostraram interesse para ajudar seus filhos a crescer com boa saúde. Com ajuda da Pastoral, as mães aprenderam como manter sua casa e ambiente limpo, evitando muitas doenças.

Aceitação dos pais sobre os medicamentos alternativos à base de plantas para ajudar a prevenir doenças.

As mães, que se tornaram mais conscientes de ervas medicinas disponíveis, vão mais regularmente ao centro de saúde, em especial as gestantes, para seu mensal check up.

Casos de diarreia foram realmente surpreendentes, porque houve uma grande diminuição no número de crianças afetadas devido a lembretes frequentes às famílias durante a visita mensal.

Não houve nenhum caso de morte causada pela leptospirose e dengue nas comunidades, por causa da cooperação das famílias na limpeza de suas casas e arredores.

Folhas de “Lagundi”, para a tosse dos bebês, foram bem aceitas pelos pais que são ensinados a como fazer , na  formação  mensal, a “Celebração da vida”.

Durante visitas domiciliares, as mães grávidas que deram à luz bebês bem mais saudáveis, e as mães se sentem orgulhosas em poder amamentar seus bebês, economizando muito tempo e dinheiro,  como também estão livres de visitas frequentes aos médicos, pois os bebes são muito mais saudáveis com o aleitamento materno.

Com as orientações que a Pastoral dá mensalmente, as mães cuidam para que as crianças tenham bananas ou frutas da época, pelo menos, em uma de suas refeições.

O suplemento alimentar é agora parte regular das refeições das crianças, como resultado do monitoramento feito durante visitas domiciliares.

Com alimentos saudáveis, muitas crianças são mais ativas, ajudando muito no seu desenvolvimento integral.

As mães aprenderam com as líderes da Pastoral sobre a dieta equilibrada (por exemplo, três grupos principais: carboidratos, proteínas e gorduras, legumes e frutas, vitaminas e minerais).

As mulheres conhecem mais seus direitos, bem como os direitos das crianças. Os pais estão cientes sobre o registro de seus filhos após o nascimento.

Foi feito, durante a campanha eleitoral, sensibilização para exercer os seus direitos de voto e escolher o candidato conscientemente, votando bem.

Tomaram mais consciência dos direitos e responsabilidades para com a comunidade e sociedade a que eles pertencem.

As crianças não são tímidas como eram antes, são mais sociáveis, participam da celebração da vida ativamente, com muita alegria. Em muitas ocasiões, costumavam esconder-se dentro de sua casa. Agora, eles podem brincar com outras crianças crescendo, assim, em autoestima.

As mães estão conscientes da importância de dar uma boa educação aos seus filhos, agora levam seus filhos para a creche antes de matriculá-los na escola primária.

Conseguiu-se a aceitação positiva do marido ao ler os cartões dos “laços do amor” junto com as gestantes, pois, antes, eram somente as mães que liam, agora envolveram os maridos também.

Informação e disseminação da importância e uso do soro caseiro para combater a diarreia e vômito.

Cooperação das mães solteiras para aceitar seu futuro bebê e cuidá-lo bem.

É dedicado mais tempo para famílias com problemas, orientando e dando aconselhamento necessário, evitando separações e depressões, que prejudicariam seus filhos.

De modo geral, após 13 anos de presença da Pastoral da Criança nas Filipinas, podemos ver e sentir os resultados de um longo, dedicado e incansável trabalho das lideres da Pastoral.

Ainda temos muito a fazer, pois sempre temos novos membros, a dedicação e o amor são constantes em nossas líderes.

Um dos grandes desafios ainda é lidar com a pobreza extrema, muitas famílias ainda têm somente uma refeição ao dia, é uma luta constante a erradicação da pobreza e da miséria.

Como também enfrentamos, em meio às famílias, um grande numero de crianças violentadas e abusadas sexualmente, muitas vezes com o consentimento da família, ou fazem de conta que não veem… Para a Pastoral que prega Vida e vida em abundância, é muito duro lidar com esta situação, às vezes, sem muito resultado.

Mas contamos sempre com a graça de Deus que nos fortalece e nos encoraja a prosseguir, nunca parar em frente à dificuldade, jamais parar diante dos problemas, mas sempre procurar soluções eficazes para eles.

Só temos que agradecer a Deus por tantos anjos e benfeitores que nos ajudaram ao longo deste ano para que a missão da pastoral fosse possível de acontecer sempre.

Obrigada à Radio Vaticano por nos dar esta oportunidade de partilhar a nossa missão junto à Pastoral da criança nas Filipinas. Feliz Natal e um Ano Novo repleto de Paz.

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Missionários xaverianos perdem seu Superior

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Roma (RV) – Domingo, 18 de dezembro às 4h30, faleceu no hospital Santo Spirito de Roma, onde estava internado há algum tempo, o Superior Geral dos Missionários Xaverianos (Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as Missões no Exterior), Padre Luigi Menegazzo. Nos últimos dias seu estado de saúde se agravou e o religioso faleceu em consequência de crise cardiorrespiratória. Segundo informações divulgadas pela Cúria generalícia, os funerais serão em Roma, na Casa generalícia, (Viale Vaticano 40), terça-feira, 20 de dezembro, às 10h30. Em Parma, no Santuário Conforti da Casa Mãe, haverá uma vigília de oração às 20h45 de terça-feira, 20 de dezembro, e missa na quarta-feira, dia 21, às 10h30.

Nascido em 1952 em Cittadella, na província de Pádua, Padre Menegazzo entrou na Congregação dos Xaverianos em 1963. Ordenado sacerdote em 25 de setembro de 1977, obteve mestrado em missiologia na Universidade Gregoriana em 1989. Foi missionário no Japão aonde se engajou na pastoral e no aprofundamento dos estudos de xintoísmo. Ensinou História e Fenomenologia das religiões no Instituto teológico xaveriano de Parma. Em 2001 assumiu o cargo de Vigário geral da Congregação e o capítulo geral de 2013 o elegeu Superior geral. 

(cm/fides)

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Pizzaballa: situação dos cristãos na Síria, Iraque e Egito é uma tragédia

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Jerusalém (RV) – “A situação dos cristãos na Síria, Iraque e Egito é uma completa tragédia’. Foi o que afirmou, na sua primeira coletiva de imprensa por ocasião do Natal, o Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa.

“Nestas terras, origem de nossa civilização, o círculo vicioso da violência que está em ação parece sem esperança e sem fim”, afirmou, ao encontrar os jornalistas na manhã desta segunda-feira em Jerusalém.

Difícil a situação em toda a Terra Santa

“Todos nós – continuou Dom Pizzaballa – vimos as imagens de Aleppo da semana passada, mas também de toda a região durante os longos anos de conflito”. “A Síria e o Iraque estão destruídos”, afirmou.

O Administrador Apostólico também chamou a atenção para a situação na Terra Santa, que “reflete  o extremismo e o fundamentalismo que estão crescendo em todo o mundo”.

Para Dom Pizzaballa, ademais, o futuro aparece “ofuscado”: falta uma visão.

 Mas, a seu ver – contudo -  é possível ver algumas luzes no horizonte, sobretudo graças à guia e às pregações do Papa Francisco.

(je/rp)

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Padre Murad: muçulmanos, primeiras vítimas dos jihadistas

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Aleppo (RV) – “As vítimas da violência na Síria são todos os sírios, muçulmanos e cristãos. E a sofrer são em particular os pobres, aqueles que não têm a possibilidade de fugir”.

Enquanto prossegue entre inúmeras dificuldades a evacuação da população dos bairros na parte leste de Aleppo – controlados por anos por milícias rebeldes, em grande parte jihadistas – o Padre Jacques Murad, monge sírio da Comunidade de Deir Mar Musa, sublinha em uma declaração divulgada pela Agência Fides, que uma possível, autêntica reconciliação, exigirá muito tempo, e será possível somente se evitar interpretações e instrumentalizações em chave sectária dos sofrimentos indizíveis provocados por 5 anos de conflito.

Inapropriado falar em “genocídio de cristãos”

“As atrocidades da guerra – recorda Padre Murad – infligiram tormentos a todas as comunidades, a pessoas de todas as confissões. As primeiras vítimas do Daesh foram os muçulmanos sunitas. Neste sentido, considero inapropriado afirmar que está em curso um “genocídio” dos cristãos no Oriente Médio. Certamente, foram atingidas as comunidades cristãs que vivem naquelas terras desde o advento do anúncio cristão – prossegue – mas não é justo e não convém apresentar os cristãos como as únicas vítimas da guerra. Isto não faria outro, do que aumentar o sectarismo”.

Solidariedade com os muçulmanos

Segundo o monge sírio-católico, a reconciliação exigirá tempo: “É necessário pedir antes de tudo que Deus realize milagres e cure as feridas mortais. Nós, como cristãos, podemos fazer uma coisa importante: neste momento, mesmo nas tribulações que estamos vivendo, podemos mostrar a nossa solidariedade pelos irmãs muçulmanos que sofreram como nós, e mais do que nós. Assim ajudaremos também as comunidades cristãs do Oriente Médio a permanecerem nas terras onde sempre estiveram radicadas”.

Na manhã desta segunda-feira (19/12) teve continuidade a evacuação de civis e milicianos dos Bairros orientais de Aleppo, e ao menos mil pessoas deixaram a cidade em comboios de ônibus verdes, em direção à fronteira com a Turquia.

Curdistão iraquiano

Atualmente  Padre Jacques Mourad encontra-se em Sulaymaniya, no Curdistão iraquiano, onde exerce seu ministério sacerdotal também a serviço dos tantos refugiados cristãos provenientes da Planície do Nínive, fugidos com o avanço dos jihadistas do Estado Islâmico.

Em maio de 2015 também ele havia sido sequestrado por jihadistas do Daesh, tendo sido retirado à força do Mosteiro de Mar Elian, na cidade síria de  Qaryatayn.

“Durante a prisão – relata Padre Murrad à Agência Fides – a cada dia temia que seria o último. No oitavo dia de prisão, em Raqqa, um chefe jihadista veio na minha cela e me convidou a considerar o meu sequestro como uma espécie de retiro espiritual. Aqueles palavras me impressionaram: pensei que Deus se fazia uso até mesmo de um chefe do Daesh para entregar-me uma mensagem espiritual”.

“Estou certo - completou ele - de que também o esforço da minha comunidade em ajudar todos os necessitados da região de  Qaryatayn, quer cristãos como muçulmanos, fez com que todos os 250 cristãos daquela cidade, depois de terem sido deportados pelos jihadistas, pudessem reencontrar a liberdade sãos e salvos”.

(je/fides)

 

 

 

 

 

 

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Após atentados, Igreja na Jordânia cancela festejos de Natal

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Karak (RV) – “Depois do feroz ataque terrorista de Karak, que provocou tanta dor em toda a Jordânia, a Igreja Católica tomou a decisão de cancelar as festividades ligadas à Solenidade do Santo Natal. Celebraremos somente as Santas Missas. Não haverá antes ou depois, momentos e iniciativas de festa, em sinal de luto e de solidariedade com as vítimas do ataque terrorista”.

Assim o Arcebispo Maroun Lahham, Vigário Patriarcal para a Jordânia do Patriarcado Latino de Jesusalém, refere à Agência Fides a indicação dos Bispos católicos enviada a todas as comunidades e paróquias do Reino Hashemita, depois do ataque perpetrado por um comando terrorista em Karak, 120 km ao sul de Amã, no domingo (18/12).

O ataque

Os terroristas realizaram diversas ações contra militares e forças de polícia, também junto ao famoso Castelo cruzado que domina a cidade jordaniana, provocando a morte de 10 pessoas: 7 pertencentes às forças de seguranças, 2 civis jordanianos e uma turista canadense.

No final do dia, 4 terroristas entrincheirados precisamente no Castelo de Karak, foram mortos pelas Forças armadas jordanianas.

As investigações tentam identificar a proveniência e a filiação dos homens armados responsáveis pelo ataque, que possuíam armas automáticas.

Cinturões explosivos, artefatos e outras armas foram encontradas na casa de Qatraneh, cidade no deserto, ao norte de Karak, identificada como base logística da célula terrorista.

(je/gv)

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Argélia: encontro sobre Santo Agostinho, um novo passo no diálogo cristão-islâmico

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Argel (RV) – Agostinho volta a “falar” em Hipona. De fato, em Annaba, na Argélia, um colóquio internacional de três dias sobre o tema “Agostinho de Hipona e o seu pensamento nas suas dimensões locais e universais”, examinou o legado espiritual do grande Padre da Igreja e os limites que impedem a sua recepção no norte da África.

É a primeira vez que a “moderna Hipona” recebe uma iniciativa acadêmica sobre a obra de seu célebre bispo, que ali deixou marcas indeléveis. E se algumas delas são ainda bem visíveis, como os vestígios no sítio arqueológico da cidade antiga – entre estes os restos da Basílica oficiada por Agostinho no século V – outras necessitam ser recuperadas.

Os textos do Bispo de Hipona são pouco conhecidos em terras argelinas, mas nas universidades estão sendo redescobertas as suas riquezas.

Iniciativa da Universidade muçulmana Badji Mokhtar, de Annaba

São diversos os escritos de Agostinho que evidenciam o desejo de favorecer uma troca fecunda de ideias religiosas e filosóficas e de promover um encontro entre culturas. Em função disto a Faculdade de Letras, Ciências Humanas e Sociais da universidade Badji Mokhtar de Annaba, com o patrocínio do Ministério do Ensino Superior e da pesquisa Científica, propôs o encontro acadêmico.

O objetivo é o de  interrogar-se sobre a vida e a produção literária de Santo Agostinho, analisando a sua atualidade e o influxo da sua produção filosófica, cultural e teológica, os seus vestígios locais e o seu raciocínio universal.

Novos caminhos no diálogo entre cristãos e muçulmanos

Diversos os estudiosos, historiadores, os teólogos, os pesquisadores, os docentes e os estudantes que tomaram parte no encontro. Entre os palestrantes, estava o Padre Bernard Jobert, canônico de Santo Agostinho, que foi Pároco em Skikda.

Ele definiu a iniciativa – desejada por uma universidade muçulmana – como um passo em frente no diálogo cristão-muçulmano na Argélia. “Estes três dias permitiram avaliar o vazio que ainda existe entre o estudo deste gigante cristão e a recepção um pouco tumultuada por parte dos estudantes, e às vezes dos professores, ansiosos antes de tudo em identificar-se como muçulmanos”, explicou.

Mas para o Padre Jobert, o debate, rico de contribuições e partilha, contribuiu para refinar nos participantes o espírito crítico e científico.

Agostinho ainda vivo no testemunho arqueológico e na atualidade de seus escritos

O programa dos três dias incluiu também uma visita às ruínas de Hipona e à moderna Basílica de Santo Agostinho, localizada sobre a colina que domina a paisagem de Annaba.

Não faltou, por fim, um olhar de atualidade trazido pela questão dos migrantes que se refugiaram na África após o saque de Roma de 410, com reflexões teológicas sobre o mal, sobre a resposta dos fieis e sobre as palavras de Agostinho.

Luigi Alici, historiador que tomou parte no encontro em Annaba, recordou que Agostinho, na Carta 229 escreve: “É uma glória maior matar a guerra com a palavra, antes que matar aos homens com a espada e procurar ou manter a paz com a paz, não com a guerra”.

(je)

 

 

 

 

 

 

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Atualidades



Intercâmbio no exterior: “ver a vida de outra maneira”

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Rádio Vaticano (RV) – Falamos hoje sobre intercâmbio no exterior. O nosso convidado é o jornalista Rafael Pierobon. Ele deixou o trabalho no Brasil para se dedicar a essa experiência na Irlanda.

“Você passa a ver a vida e a realidade de outra maneira”, disse o jornalista de Araras (SP), que está em Dublin.

Desafios

“Todo mundo que vai enfrenta desafios. A gente costuma dizer que em Dublin cada dia é um dia diferente, a gente nunca sabe o que vai acontecer, tem que viver um dia após o outro porque as coisas mudam muito”.  

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