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Sumario del 21/12/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Audiência: "Segurança material não conduz à salvação"

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Cidade do Vaticano (RV) – Quarta-feira, dia de audiência geral do Papa aos peregrinos. Este momento de encontro semanal aberto ao público é pautado pela catequese, desta vez centrada no tema da esperança. A Sala Paulo VI estava tomada por cerca de 4 mil fiéis e peregrinos de todo o mundo. 

Mas quando a esperança entrou no mundo? E como Deus nos doou a esperança da vida eterna? A partir destas questões, Francisco desenvolveu sua reflexão.

A esperança de Cristo é visível

Quando se fala de esperança, quase sempre pensamos em algo que não é visível, pois o que esperamos vai além de nossas forças e perspectivas, disse. Mas o Natal de Cristo nos fala de uma esperança diferente: visível e compreensível, porque se fundamenta em Deus:

“Ele entra no mundo e nos doa a força de caminhar com Ele, em Jesus, rumo à plenitude da vida. Para o cristão, esperar significa a certeza de estar em caminho com Cristo rumo ao Pai, que nos aguarda. Esta esperança, trazida pelo Menino Jesus, oferece uma meta, um destino bom para o presente: a salvação da humanidade e as bem-aventuranças a quem se entrega a Deus misericordioso. Como resume São Paulo, ‘Na esperança fomos salvos’”.

Papa interpela os presentes sobre a esperança

Podemos nos perguntar: “Eu caminho na esperança ou a minha vida inteira é parada, fechada? Meu coração está numa gaveta fechada ou aberta à esperança que me faz caminhar, com Jesus?

A partir daí, Francisco falou aos fiéis da tradição de preparar o presépio em nossas casas e de alguns de seus protagonistas, começando pelo cenário: Belém.

“Pequena aldeia da Judeia, Belém não é uma capital e por isso, foi preferida pela providência divina, que ama agir através dos pequenos e humildes. Jesus nasce no lugar aonde a esperança de Deus e a do homem se encontram”.

Maria e José, que acreditaram

Depois, Francisco convidou a olharmos para Maria, Mãe da esperança, que com o seu ‘sim’ abriu a Deus a porta do nosso mundo. Escolhida por ele, acreditou em sua palavra. A seu lado, José, que também acreditou na palavra do anjo. Aquele Menino nascido na manjedoura vinha do Espírito Santo; em Jesus, estava a esperança par todos os homens, porque mediante aquele filho, Deus salvaria a humanidade da morte e do pecado.

“Por isso – acrescentou o Papa, improvisando – é importante olhar o presépio. Parar um pouco e olhar. E ver quanta esperança existe nestas pessoas”.

A simplicidade que transparece no presépio

No presépio, ressaltou o Papa, estão os pastores, representando os humildes e os pobres, que naquele Menino veem a realização das promessas e esperam a salvação de Deus, finalmente, para cada um deles.

“Quem confia nas próprias seguranças, principalmente materiais, não aguarda a salvação de Deus. Os pequenos, ao invés, esperam nele e se alegram quando reconhecem naquele Menino o sinal indicado pelos anjos”.

Precisamente o coro dos anjos – completou o Papa – anuncia, do alto, o grande desígnio que aquele Menino realiza: ‘Glória a Deus no alto dos céus e paz na terra aos homens por Ele amados’. A esperança cristã se expressa no louvor e no agradecimento a Deus, que inaugurou seu Reino de amor, justiça e paz,

Terminando, o Pontífice disse: “Cada ‘sim’ a Jesus que vem é uma semente de esperança. Bom Natal de esperança a todos!”.

(cm)

 

 

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Papa aos políticos do Congo: "Vejam o sofrimento de seu povo"

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Cidade do Vaticano (RV) - Antes de concluir a audiência geral desta quarta-feira o Papa Francisco fez um apelo em prol da República Democrática do Congo

“À luz de um recente encontro que eu tive com o Presidente e o Vice-Presidente da Conferência Episcopal da República Democrática do Congo, dirijo mais uma vez um premente apelo a todos os congoleses para que, neste delicado momento de sua história, sejam artífices de reconciliação e de paz. Aqueles que têm responsabilidade política ouçam a voz de sua consciência, saibam ver os cruéis sofrimentos de seus compatriotas e levem em consideração o bem comum. Ao assegurar o meu apoio e o meu afeto ao amado povo desse país, convido todos a se deixarem guiar pela luz do Redentor do mundo e rezo para que o Natal do Senhor abra caminhos de esperança”.

Nove pessoas morreram em desordens ocorridas terça-feira (20/12) em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, no dia em que termina o mandato presidencial de Joseph Kabila.

A RDC está mergulhada em uma crise política desde a questionada reeleição de Kabila em 2011, depois de uma votação marcada por fraudes em massa.

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Belo Horizonte ganha dois bispos auxiliares

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Cidade do Vaticano (RV) – A Arquidiocese de Belo Horizonte ganha dois novos bispos auxiliares. Quarta-feira (21/12), o Papa nomeou os Padres Geovane Luís da Silva  e Otacílio Ferreira de Lacerda para ajudarem Dom Walmor de Azevedo na condução da arquidiocese. 

Dom Geovane Luís da Silva

Dom Geovane Luís da Silva nasceu em 1971 em Carandaí, arquidiocese de Mariana (MG), onde fez o percurso de estudos de Filosofia e Teologia. Em seguida, obteve o mestrado em Teologia Dogmática na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e se especializou em Cultura e Arte Sacra na Universidade Federal de Ouro Preto (MG).

Depois de ordenado sacerdote em 1997, foi vigário paroquial, pároco, formador, Diretor de Teologia no Seminário Maior e Diretor do Museu Arquidiocesano de Arte Sacra, em Mariana. Atualmente ensina  Teologia Sacramental e Liturgia no Seminário Maior; é Vigário Episcopal da Região Sul, é membro do Conselho Episcopal e do Colégio dos Consultores; além de Pároco de Nossa Senhora da Piedade, em Barbacena (MG).

Dom Otacílio Ferreira de Lacerda

Dom Otacílio Ferreira de Lacerda nasceu em 1960 em Itapiruçu, diocese de Leopoldina (MG). Estudou Filosofia, Teologia e Ciências Sociais em São Paulo. Também seguiu um curso sobre a realidade amazônica em Manaus.

Foi ordenado sacerdote em 1988 para a diocese de Guarulhos (SP), e ali permaneceu como Vigário paroquial e pároco, Superintendente da Caritas Diocesana; Administrador paroquial, coordenador da Pastoral ad intra; Assessor da Pastoral da Juventude. Desempenhou ainda vários outras funções no âmbito daquela diocese, antes de trabalhar durante dois anos como sacerdote fidei donum na Diocese de Ji-Paraná (RO). Atualmente é pároco de Santo Antônio em Guarulhos (Gopoúva) e Vice-Ecônomo diocesano.

(cm)

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Guerra, fator que mais alimenta o tráfico de pessoas

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Cidade do Vaticano (RV) - “Para a Santa Sé o drama do tráfico de pessoas é uma questão prioritária. As pessoas de boa vontade, de qualquer credo religioso, não podem permitir que homens, mulheres e crianças sejam tratados como objetos. Não podem consentir que sejam violados, enganados, muitas vezes vendidos e revendidos, por interesses lucrativos, destruídos na mente e no corpo antes de serem mortos ou abandonados.” 

Foi o que disse o Observador Permanente da Santa Sé na ONU, em Nova York, Dom Bernardito Auza, no debate promovido pela presidência da Espanha sobre o tráfico de seres humanos em situações de conflito.

Vergonha

“O tráfico de seres humanos é vergonhoso. Deve ser condenado de forma explícita”, frisou o prelado filipino. A lei deve combater, com força, quem comete tais crimes. “O tráfico de pessoas”, recordou Dom Auza referindo-se a um recente relatório sobre o tráfico de pessoas, “é um fenômeno internacional” e a solução deste flagelo requer a colaboração de muitas agências da ONU, a colaboração de governos regionais e locais, e o trabalho de organizações da sociedade civil e religiosas”, disse ainda o arcebispo.

Delito

Dom Auza recordou as palavras proferidas, em 2 de dezembro de 2014, pelo Papa Francisco na cerimônia de assinatura da declaração contra a escravidão que contou com a presença de demais líderes religiosos. “Todas as pessoas são iguais e devem ser reconhecidas sua liberdade e dignidade. Toda relação que não respeita essa convicção fundamental é um delito, e muitas vezes um delito aberrante.”

“Por isso”, acrescentou o Pontífice, “declaramos em nome de todos que a escravidão moderna, em forma de tráfico de pessoas, trabalho forçado, prostituição e tráfico de órgãos é um crime contra a humanidade”. Segundo o Papa, os pobres e desfavorecidos são as principais vítimas dessa escravidão moderna.

Exclusão

Existem muitas causas e fatores que alimentam formas de escravidão moderna como o tráfico de pessoas. Dentre tais fatores “estão a pobreza, o subdesenvolvimento e a exclusão, sobretudo quando existem lacunas no acesso à educação e oportunidades de trabalho”.

“Neste contexto dramático, em que corrupção e avidez desenfreada tiram da pessoa o direito a uma vida digna, o tráfico de drogas e armas, a reciclagem de dinheiro e a prostituição infantil são alguns dos crimes mais ligados ao tráfico de seres humanos”, recordou Dom Auza.

Guerra

Mas o fator que mais alimenta o tráfico de pessoas é a guerra. “Os conflitos obrigam milhões de pessoas a se refugiar, tornando-as vítimas de traficantes. A luta contra o tráfico, para ser eficaz, não pode prescindir da comunidade internacional. A Santa Sé permanece convencida de que os caminhos para resolver questões abertas são os da diplomacia e diálogo. A Santa Sé encoraja o Conselho de Segurança a prosseguir no combate ao tráfico de pessoas, primeiramente, através da prevenção e o fim dos conflitos armados”, concluiu o prelado filipino.

(MJ)

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Gendarme e bombeiro colocarão Menino Jesus na manjedoura

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Cidade do Vaticano (RV) - “Durante a celebração da missa na noite de Natal (24/12), na Basílica de São Pedro, um gendarme e um bombeiro, do Vaticano, colocarão na manjedoura do presépio da Praça São Pedro, a imagem do Menino Jesus.”

É o que comunica, numa nota, o Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, explicando como se realizará o evento, segundo a tradição, no momento do Glória. 

A decisão dos superiores desse organismo, no bicentenário de fundação do Corpo da Gendarmaria, quer ser “um pequeno gesto de apreço e gratidão aos homens que se colocaram generosamente à disposição do próximo, em dificuldade, trabalhando sem cessar”.

Nos dias após os terremotos que abalaram a região central da Itália, 24 de agosto e 30 de outubro, os bombeiros e os gendarmes do Vaticano colaboraram com as forças de segurança da Itália, a Defesa Civil e os voluntários no socorro às vítimas debaixo dos escombros, “nas operações de controle e patrulhamento das cidades a fim de evitar episódios de saqueios”. 

Em Norcia, os bombeiros acompanharam as famílias a recuperar seus pertences das casas inabitáveis e na recuperação de obras de arte enterradas nos escombros de várias igrejas da Arquidiocese de Spoleto-Norcia".

(MJ)

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Cardeal Tauran: "O diálogo não é uma fraqueza"

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Cidade do Vaticano (RV) - "O diálogo com os muçulmanos deve continuar, porque a alternativa seria a violência. Todavia, deve ficar claro que desejamos o diálogo, mas não a "submissão"".

No dia seguinte ao atentado que atingiu o coração de Berlim, o Presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, Cardeal Jean Louis Tauran, continua a repetir - nos passos do Papa Francisco - que é necessário "um diálogo da esperança, para reiterar que as religiões não são o problema, mas fazem parte da solução daquilo que está acontecendo no mundo".

Ne entrevista concedida ao "L'Osservatore Romano", o purpurado francês também faz um balanço do ano acaba e ilustra projetos para o futuro.

OR: A modalidade do ataque de Berlim recorda os fatos sangrentos ocorridos em julho em Nice, seguidos por aqueles de Rouen, que levaram muitos na Europa a uma atitude de fechamento em relação ao Islã.  Isso sem falar na tragédia de Aleppo e no recente atentado na Catedral copta da capital egípcia. Diante de tudo isto, é possível ainda falar de diálogo?

"É precisamente devido a esta situação que se impõe um atenção particular ao mundo muçulmano. Todos ficamos abalados pelo que aconteceu na Alemanha, no Egito e antes ainda na França, na minha pátria. Mas naquela circunstância, por exemplo, pudemos também apreciar - em particular após o homicídio do idoso sacerdote Jacques Hammel - como que um despertar da identidade religiosa da maioria dos franceses, assim como a solidariedade expressa pelos muçulmanos da região. Com grande sofrimento, continuamos a assistir a atos de brutalidade insensata que atingem pessoas inocentes na sua vida cotidiana. Diante destes atos, do drama das migrações, da crise internacional, sobretudo diante da situação de conflito na Síria, grande é a tentação do derrotismo. Mas é justamente então que é necessário continuar a acreditar no diálogo, que é essencial para toda a humanidade".

OR: Como esse diálogo pode ser levado em frente no dia-a-dia?

"Todos devem aprofundar o conhecimento da própria religião e entender que o diálogo não é reservado aos "especialistas". Todos devemos renunciar aos comportamentos de suspeita ou de polêmica em mérito às nossas motivações. Praticando, na liberdade e no respeito do direito, tudo aquilo que a maioria das religiões têm em comum - oração, jejum, esmola, peregrinação - demonstraremos que os fieis praticantes são um fator de paz para a sociedade humana. No mundo precário de hoje, o diálogo entre as religiões não é um sinal de fraqueza. Ele encontra a sua razão de ser no diálogo de Deus com a humanidade".

OR: Que imagem o senhor usaria para sintetizar os frutos do diálogo inter-religioso realizado no ano que está por terminar?

"Certamente, a do encontro entre o Papa Francisco e o Grão Imame de Al-Azhar. Em 23 de maio o Xeique Ahmad Muhammad al-Tayyeb chegou ao Vaticano com uma delegação de alto nível, do qual faziam parte, entre outros, os professores Abbas Shouman, Sub-Secretário da prestigiosa instituição acadêmica muçulmana sunita, e Mahmoud Hamdi Zakzouk, Diretor do Centro para o diálogo de Al-Azhar. O Grão Imame foi acolhido por mim e pelo Bispo Secretário de nosso dicastério Miguel Ángel Guixot, e o acompanhamos no encontro com o Papa. No colóquio, foi reiterada a necessidade de um esforço comum dos responsáveis e dos fieis das grandes religiões, pela paz no mundo, com a rejeição da violência e do terrorismo, e falou-se da situação dos cristãos no contexto dos conflitos e das tensões no Médio Oriente".

OR: O Papa Francisco, diversas vezes repetiu que o Islã não deve ser identificado com violência...

"E não só. Em uma pergunta específica no voo de retorno da Polônia, em 31 de julho, também assegurou que os muçulmanos buscam a paz, o encontro. E o próprio Xeique al-Tayyeb, em uma entrevista à mídia vaticana logo após a audiência pontifícia, sublinhou que o Islã não tem nada a ver com o terrorismo, porque quem mata deturpa os textos fundamentais, quer intencionalmente quer por negligência, e que é fundamental um esforço conjunto das grandes religiões para dar à humanidade uma nova orientação em direção à misericórdia e a paz neste tempo de grandes crises. Assim, se João Paulo II foi o primeiro Pontífice a visitar o Grão Imame de Al-Azhar na sua viagem ao Egito no Jubileu do ano 2000, o Xeique al-Tayyeb foi o primeiro a visitar o Papa no Vaticano e sempre por ocasião de um Jubileu, o do Ano Santo da Misericórdia, quinze anos mais tarde".

OR: Qual foi o trabalho "diplomático" que precedeu e acompanhou aquela audiência?

"Em fevereiro Dom Ayuso foi ao Cairo onde, acompanhado em Al-Azhar pelo Núncio Apostólico no Egito, o Arcebispo Bruno Musarò, havia entregue pessoalmente a Shouman uma carta minha, na qual eu expressava a disponibilidade em receber o Grão Imame e em acompanhá-lo na audiência com o Santo Padre. Depois do encontro com o Papa Francisco no Vaticano, Dom Ayuso foi à capital egípcia outras duas vezes - em julho e outubro - para preparar o encontro que marcará a retomada oficial do diálogo entre o Pontifício Conselho e a Universidade no Cairo, programada para Roma em 2017, provavelmente no final de abril".

OR: Quais foram as outras etapas significativas da atividade do dicastério em 2016?

"No início do ano, teve lugar o Encontro anual em Genebra entre os Oficiais de nosso dicastério e o pessoal do Escritório para o Diálogo Inter-religioso e a Cooperação (IRDC) do Conselho Ecumênico das Igrejas (WCC, sigla em inglês), durante a Semana da Harmonia Inter-religiosa proclamada pelas Nações Unidas. Sempre em janeiro, Dom Ayuso foi a Abu Dabi para o primeiro Arab Thinkers Forum. Era o único relator não muçulmano e pronunciou-se na sessão dedicada ao tema do extremismo, com uma análise das causas e dos possíveis remédios. Em fevereiro, acompanhado pelo Mons. Khaled Akasheh - chefe do Escritório para o Islã - participei pessoalmente da 12ª Interfaith Dialogue Conference, realizada em Doha, no Catar".

OR: É significativo que mais de uma vez neste ano o Papa tenha realizado antes das Audiências das quartas-feiras breves, mas importantes encontros com expoentes de outras religiões. Qual o sentido destes encontros?

"Foram momentos muito importantes em que o Papa pronunciou breves palavras espontâneas. Com seu jeito gentil, deixou boas lembranças em todos. Testemunharam isto para mim quer os membros do Royal Institute for Interfaith Studies de Amã, na Jordânia, que acompanhei no Vaticano em 4 de maio; quer Haxhi Baba Edmond Brahimah, Chefe da comunidade dos Bektashi, recebido pelo Papa na semana seguinte. Trata-se de uma fraternidade muçulmana de derivação sufi, fundada no século XIV na Turquia e difundida por toda a Albânia. O mesmo ocorreu em 1° de junho com uma delegação jainista formada por 35 pessoas e por fim, em 23 de novembro, com os muçulmanos sunitas iranianos participantes do encontro sobre o extremismo e a violência em nome da religião, que foi promovido pelo nosso Pontifício Conselho com o Islamic Culture ans Relations Organizations (Icro), de Teerã. Ademais, em 7 e 8 de setembro, o nosso dicastério colaborou com a organização do Simpósio "América em diálogo - Nossa casa comum", promovido pela Organização dos Estados Americanos e pelo Instituto de Diálogo Inter-religioso (Idi) de Buenos Aires, cujos participantes foram recebidos pelo Papa Francisco. E não esqueçamos, por fim, da audiência inter-religiosa desejada pelo Pontífice em 3 de novembro, com a participação de tantos nossos amigos e parceiros no diálogo, entre os quais o Centro Internacional de diálogo em Viena (Kaiciid), que na ocasião também promoveu um colóquio sobre misericórdia na Pontifícia Universidade Gregoriana".

OR: Pelos números representados pelo continente asiático e pela atenção com que o Papa acompanha o desenrolar dos acontecimento na região, um capítulo importante do diálogo diz respeito ao Oriente. Quais as relações existentes com a Ásia e suas culturas?

"Em maio, o nosso Secretário esteve no Japão para uma consulta de alto nível com os responsáveis religiosos do Oriente Médio sobre o tema da cidadania, para promover uma maior consciência nos Estados de maioria muçulmana. Durante a missa em Tóquio foi também fortalecida a colaboração entre a Igreja Católica e a organização budista Rissho Kosei-kai (RKK). Em outubro, com o Subsecretário Indunil Kodithuwakku, Dom Ayuso foi primeiro a Cingapura e depois a Taiwan, por ocasião do primeiro encontro cristão-taoísta".

OR: Precisamente para algumas religiões particularmente difundidas no continente, vocês dirigiram mensagens por ocasião de festividades particulares...

"Budistas e cristãos juntos para promover a educação ecológica foi o tema do que enviamos para a Festa de Vesakj, durante a qual são comemorados os principais acontecimentos na vida de Buda. Em outubro enviamos uma mensagem aos hinduístas, focada na importância da família, por ocasião da Festa de Deepavali, que significa "fila de lâmpadas a óleo", e é simbolicamente fundada em uma antiga mitologia que representa a vitória da verdade sobre a mentira e da luz sobre a trevas. Por fim, por ocasião do mês do Ramadã, em junho houve o tradicional augúrio à comunidade islâmica".

OR: Um dos momentos centrais do ano de 2016, foi sem dúvida o dia 20 de setembro, em Assis, 30 anos após o histórico encontro que reuniu, ao lado de João Paulo II, responsáveis das principais religiões mundiais. Que significado teve este encontro?

"O encontro de Assis em 1986 projetou a Igreja em direção às religiões não-cristãs. Elas, de fato, não obstante o ensinamento de Paulo VI na sua primeira Encíclica Ecclesiam suam, e do Concílio Vaticano II, com a declaração Nostra Aetate, pareciam distantes, se não, estranhas. Foi o símbolo, a realização da missão da Igreja em um mundo marcado pelo pluralismo religioso. Não por acaso, portanto, o próprio Papa Francisco quis repropor os conteúdos, indo a Assis para um novo dia de oração sobre o tema, "Sede de paz. Religiões e culturas em diálogo"".

(JE/Osservatore Romano)

 

 

 

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Igreja na América Latina



Igreja do México próxima às vítimas de explosão em mercado de fogos

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Tultepec (RV) – “Nos unamos a todos os trabalhadores do Mercado de San Pablito, em Tultepec, nesta tragédia”, escreve o Bispo de Cuautitlán, Dom Guillermo Ortiz Mondragón, ao expressar sua solidariedade às vítimas da explosão ocorrida na tarde de terça-feira (20/12) no Mercado de fogos de artifício de San Pablito.

Segundo as últimas informações, a tragédia deixou 31 mortos, 72 feridos e 48 desaparecidos. Em pouco mais de 1 hora, 6 explosões varreram do mapa 300 estandes do mercado pirotécnico mais famoso do México.

Ao expressar sua proximidade também em nome dos sacerdotes, religiosos e leigos da Diocese de Cuautitlán, o prelado recorda no comunicado que esta cidade, em particular, é conhecida pela produção de artigos pirotécnicos, o que a levou a receber reconhecimentos e prêmios em todo o mundo.

“Há cerca de dois anos (o mercado) foi reformado, tornando-se um dos mais seguros na América Latina”, continua o prelado no texto enviado à Agência Fides, recordando que o local possui até mesmo o Certificado do Instituto de Defesa.

Calcula-se que naquele trabalho se manuseia cerca de 300 toneladas de fogos de artifício.

Dom Ortiz Mondragon informa que nesta quarta-feira celebrará a Missa “na esperança da ressurreição de nossos mortos e pela pronta cura das vítimas, atingidas quer na saúde como no trabalho”.

(je/fides)

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Bispo pede ao Vaticano que Guadalupe torne-se uma Prelazia

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Cidade do México (RV) – O Arcebispo de Mérida-Badajoz, Dom Celso Morga, enviou uma carta ao Vaticano onde solicita que a Basílica de Nossa Senhora Guadalupe passe a ser uma Prelazia, nos moldes do Santuário de Loreto, Itália.

Uma prelazia é uma dignidade eclesiástica católica conferida pelo Santo Padre, frequentemente honorífica, que porém pode incluir uma jurisdição territorial (como neste caso) ou pessoal.

Dom Celso Morga considera que esta poderia ser uma solução para a histórica reivindicação pleiteada pela Igreja local sobre a Basílica de Guadalupe, atualmente sob a jurisdição da Arquidiocese de Toledo.

O Arcebispo de Mérida-Badajoz tornou público o pedido encaminhado ao Vaticano no decorrer do tradicional encontro natalício com os meios de Comunicação, ocasião em que também revelou ter pedido  ao Arcebispo de Toledo para que a próxima celebração da Missa de 8 de setembro na Basílica seja presidida por um bispo local.

Não obstante a intenção de resolver esta situação histórica, a máxima dignidade da Igreja Católica local mostra-se prudente em relação ao futuro, ao menos a curto prazo, sobre a questão envolvendo a Basílica de Guadalupe. (JE)

 

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Conferência dos Bispos Cubanos tem novo site

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Havana (RV) – Com o objetivo de continuar a anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo e divulgar a ação pastoral da Igreja que peregrina na Maior das Antilhas, está online desde 15 de dezembro o novo site da Conferência dos Bispos Católicos de Cuba (COCC).

O novo site facilita o trabalho editorial em equipe com a hierarquia de funções, publicação automática em redes sociais, envio automático de boletins eletrônicos a partir de artigos e notícias.

O portal favorece, outrossim, a criação automática e o envio de grupos de artigos em versão  “somente texto” para os destinatários de e-mail com conexão lenta.

A nova versão possibilita que os internautas se inscrevam livremente para receber a newsletter e conta com um sistema personalizado de envio de boletins para a rede da Igreja Católica em Cuba.

Inclui, ademais, todo o conteúdo que foi publicado a partir de 2006, nas distintas versões do site.

A COCC pode ser acessada online pelos sites www.iglesiacubana.org, www.iglesiacubana.net e

www.iglesiacubana.com .  

Nas redes sociais, pode ser encontrada em facebook.com/conferenciadeobisposdecuba y twitter.com/iglesiacubana.

(JE)

 

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Igreja no Mundo



A violência não terá a última palavra, dizem comunidades religiosas em Berlim

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Berlim (RV) – Um dia após o trágico atentado no Mercado de Natal em Berlim, as comunidades religiosas do país reuniram-se em diversas celebrações para recordar as vítimas e deixar uma mensagem de paz e de diálogo.

“Chorar juntos para dar espaço à humanidade” foi o tema da cerimônia inter-religiosa na noite de terça-feira, celebrada na “Igreja da memória”  (Kaiser-Wilhelm-Gedächtniskirche), da qual tomaram parte expoentes das comunidades evangélica, católica, ortodoxa, judaica e muçulmana.

Os oitocentos lugares disponíveis foram rapidamente ocupados; muitas pessoas permaneceram do lado de fora do templo - para além do cordão de segurança estabelecido pela polícia, circundando a Praça Breitscheid – acompanhando em silêncio a cerimônia por meio de alto-falantes.

Ainda na noite de terça-feira, o Arcebispo de Berlim, Dom Heiner Koch, havia convidado os berlinenses a unirem-se em oração ao meio-dia, na Catedral de Santa Edwiges, em recordação às  vítimas do atentado.

Muçulmanos

O Conselho Central dos Muçulmanos na Alemanha (ZMD) expressou sua profunda dor pelo ocorrido. “O ZMD fará tudo o que estiver ao seu alcance para que nunca nasça a semente do mal, o pânico, o ódio e a discórdia entre grupos sociais e as religiões”, afirmou o Presidente Aiman Mazyek, ao recordar os atentados de Bruxelas, Paris e Istambul, evidenciando como eles atingiram profundamente também os próprios muçulmanos.

Conselho Mundial de Igrejas

Proximidade e solidariedade aos familiares das vítimas foram expressos pelo Conselho Mundial de Igrejas (Wcc, sigla em inglês). “Mais uma vez – disse o Secretário Geral Olav Fykse Tveit – pessoas que estavam vivendo o seu dia em plena atmosfera natalina foram vítimas de um ataque violento. Devemos nos unir, não somente para condenar estas ações, mas para fortalecer a nossa busca da paz justa, e a nossa determinação em não permitir que a violência extremista nos separe uns dos outros”.

Luteranos

Chocado pela brutalidade de uma violência sem sentido, o Presidente da Igreja Evangélica na Alemanha (EKD), o Bispo Heinrich Bedford-Strohm, assim expressou-se: “Posso imaginar a profundidade da dor que vivem as famílias das vítimas que perderam os seus queridos neste ato desprezível de violência”.

“Profunda tristeza pelo horror”. Assim expressou-se o Bispo luterano austríaco Michael Bünker. Em sua mensagem o prelado, que também é Secretário Geral das Igrejas Evangélicas na Europa, disse que “às pessoas se pode pedir somente para permanecerem juntas e de não se desencorajarem por ataques desprezíveis como este, em seu empenho de viver em uma sociedade aberta”.

Igreja Católica

Condenação veemente também por parte do Arcebispo de Munique e Frisinga, Cardeal Reinhard Marx, Presidente da Conferência Episcopal Alemã. O purpurado sublinhou que “a violência no Mercado de Natal é o contrário àquilo que os visitantes desejavam. A minha solidariedade vai às famílias dos falecidos e dos feridos. Neste momento difícil é muito importante que permaneçamos unidos como sociedade”.

Também os Bispos da França, diversas vezes atingida por atentados, enviaram sua mensagem de solidariedade. “A Conferência Episcopal – escreve Dom Olivier Ribadeau Dumas – Secretário Geral do Episcopado – compartilha a dor das famílias das vítimas em Berlim. A violência não terá a última palavra”.

 

(JE/Osservatore Romano)

 

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Card. Marx: Quer campanha eleitoral não seja palco para denegrir

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Munique (RV) – Em vista das eleições de 2017, o Presidente da Conferência Episcopal da Alemanha, o Cardeal Arcebispo de Munique da Baviera, Reinhard Marx, fez um apelo a todos os responsáveis pela política para que “a campanha eleitoral não degringole em ataques, denegrições e representações em preto e branco”.

“Vimos campanha dos gênero em 2016 em outros países. Por sorte fomos poupados”, afirma o Cardeal Marx em entrevista publicada no site católico alemão Katholisch.de. “Peço calma e respeito”.

Em uma nota em que comentou o ataque ao Mercado de Natal de Berlim, já nos dias passados o Cardeal havia afirmado que “as notícias chegadas de Berlim me chocaram profundamente. A violência no Mercado de Natal é o contrária àquilo que os visitantes desejavam.  A minha solidariedade vai às famílias dos falecidos e dos feridos. Rezarei por todos. Neste momento difícil para a cidade de Berlim e para o nosso país, é importante que permaneçamos unidos”.

(je)

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Mais um sequestro de sacerdote na Nigéria

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Ajuba (RV) – Outro sacerdote sequestrado na Nigéria. Trata-se do Padre Jude Onyebadi, Pároco da Igreja de São Pedro e Paulo em Issele-Azagbam  na região do Delta, sul do país.

Segundo informações chegadas à Agência Fides, o sacerdote foi sequestrado em 16 de dezembro em sua plantação de ananás por três homens armados, que se suspeita sejam pastores pertencentes ao grupo dos Fulani.

Pedido de resgate

edido de resgateOs sequestradores teriam pedido inicialmente 50 milhões de Naira (152 mil euros) de resgate - valor reduzido a 20 milhões de Naira  (61 mil euros) – para sua libertação. O Diretor das Comunicações Sociais da Diocese de Issele-Uku, Charles Uganwa, confirmou o sequestro e pediu aos sequestradores para libertar o refém sem condições, recordando que a Igreja Católica não paga resgates.

Onda de sequestros de sacerdotes

Em 2016 diversos sacerdotes católicos foram sequestrados na Nigéria, especialmente nas regiões do sul.

Padre Sylvester Onmoke, Presidente da Associação dos Padres Diocesanos da Nigéria, qualificou “a recente onda de sequestros de sacerdotes e religiosos como um ataque à Igreja”.

(je/lm)

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Patriarca Maronita: Governo de unidade é esperana para os libaneses

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Beirute (RV) - Com a eleição do Presidente cristão maronita Michel Aoun, há dois meses, o Líbano tem agora um novo Governo de unidade nacional, formado por 30 ministros e guiado pelo Primeiro Ministro sunita Saad Hariri.

A intenção anunciada é a de manter a estabilidade do país, enfrentando as suas emergências e buscar um acordo sobre a lei eleitoral que poderia recolocar em discussão já em maio próximo o próprio Executivo. Sobre a nova situação vivida no país a Rádio Vaticano conversou com o Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Cardeal Béchara Boutros Raï:

"Antes de tudo, depois de dois anos e cinco meses de vacância presidencial, foi eleito um Presidente na pessoa do General Michel Aoun, e isto, por si só, deu aos libaneses um tom de esperança e de alívio. Depois, quase dois meses de espera pela formação do novo Governo, o Executivo surgiu: os libaneses quase duvidavam de ter um governo antes do Natal... E também isto trouxe um novo alívio. E depois de dois anos e sete meses todos nós, todos os libaneses - muçulmanos e cristãos - todos os componentes do país olhamos com esperança para o futuro, porque os desafios são tantos, não somente a nível político, mas também a nível econômico, a nível social e especialmente no que diz respeito a todos estes refugiados sírios - 1,5 milhões - mais meio milhão de palestinos, que somam dois milhões de refugiados em território libanês que é de 10.000 km², e constituem a metade da população libanesa. Assim, todos agradecemos ao Senhor porque é um presente de Natal ter um Presidente e um Governo. E nós esperamos poder seguir em frente e enfrentar todos os desafios que nós vivemos hoje, especialmente as duras consequências das guerras na Síria, no Iraque... Já sofremos as consequências do conflito israelense-palestino...".

RV: O que o senhor pediria ao novo Primeiro Ministro?

"De começar imediatamente a enfrentar os desafios, que são tantos. A pobreza no Líbano está crescendo e as dívidas são ainda enormes; colocar um fim à emigração maciça dos jovens libaneses; enfrentar o problema dos refugiados sírios. Depois, ocupar-se da corrupção que atinge todas as instituições públicas do Estado. O Primeiro Ministro sabe tudo isto e o discurso de posse do Presidente, o General Aoun, mencionou todos estes capítulos e os Ministros dizem que basta começar pelo discurso de posse do Presidente da República para ter o programa a ser implementado o quanto antes. Estes são os nossos votos ao Primeiro Ministro".

 

(je/fg)

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Guerra na Ucrânia provoca um despertar da fé: não podemos ceder ao ódio!

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Roma (RV) - Continuam tensas as relações entre União Europeia e Moscou em função do conflito no sudeste da Ucrânia. Mas a guerra no país também provocou um despertar da fé, segundo a Igreja Greco-católica, que fez-se porta-voz de uma mensagem de paz.

"Nós não odiamos os nossos inimigos", reitera o Arcebispo Mor de Kiev, Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk, em Roma por estes dias para diversas conferências. Eis o que declarou à Rádio Vaticano:

"Obviamente existem tantos elementos importantes da identidade e tantas formas de conservá-la: a vida litúrgica, a vida comunitária, a estratégia comum de desenvolvimento da nossa Igreja, que se chama "paróquia viva" como o local do encontro com Cristo vivo. Mas devo dizer que quando começou a guerra na Ucrânia, toda a diáspora despertou. Também aquelas pessoas que por vários motivos haviam se afastado quer das comunidades culturais como da Igreja. Retornam, porque sentem que devem fazer alguma coisa por aqueles que sofrem na Ucrânia; frequentemente as pessoas, quer na Ucrânia como no resto do mundo, veem que os políticos, os diplomatas, não conseguem parar a guerra. E por isto as respostas às perguntas difíceis, a nossa gente, quer na Ucrânia, quer na diáspora, encontra no Evangelho, na fé cristã; e esta guerra na Ucrânia provocou um despertar da vida cristã autêntica. A Igreja despertou. Por isto individuamos as dimensões importantes da "paróquia viva", que é uma comunidade que vive a liturgia, uma comunidade que anuncia o Evangelho e ensina a Catequese. Mas sobretudo é uma comunidade que faz o serviço social: porque se uma paróquias se fecha em si mesma morre".

RV: Como convivem o grande sentido de fé, esperança e caridade com o fato de que é difícil vencer os interesses econômicos que estão por trás de tantos conflitos, provavelmente também este conflito na Ucrânia?

"Os agressores modernos, que querem modelar o mundo segundo o seu plano estratégico ou geopolítico, querem incidir sobre todos nós - não somente sobre nós ucranianos, mas também sobre os europeus - dois sentimentos muito perigosos: medo e ódio. Talvez o medo de perder a segurança econômica, por causa das migrações; medo de perder o poder, por novas eleições; medo disto, medo daquilo... Mas a resposta cristã é: "Não tenham medo!", porque não são as leis cegas da economia que dirigem a nossa vida, mas as pessoas livres e responsáveis. Nós somos os construtores quer da nossa vida, quer de nossos países. Não devemos ter medo de nos mostrar cidadãos livres e responsáveis. O segundo sentimento é o ódio: realmente o egoísmo, quer privado como comunitário, faz  agora com que as nações europeias se fechem. É o ódio pelo outro: o desconhecido, o estrangeiro, e assim por diante... É um sentimento muito perigoso porque pode ser, e de fato o é, a causa dos conflitos e das guerras. Talvez uma mensagem que possa vir da Ucrânia seja esta: não podemos ceder ao ódio! Não odeiem aqueles que talvez se apresentem como vossos inimigos. Sabemos que somente o amor é capaz de gerar heróis. Se nós cedermos à tentação do ódio global, isto destruirá quer a colaboração entre os Estados europeus como a segurança mundial, o sistema de segurança".

(je/fm)

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Formação



Card. Braz de Aviz: "Vale a pena acreditar em Deus e caminhar com Ele"

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Cidade do Vaticano (RV) – “Vale a pena acreditar em Deus e caminhar com Ele”: este é o espírito central para vivermos o Natal, segundo o Cardeal João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Dom João, único cardeal brasileiro colaborador direto do Papa aqui em Roma, releva que “a santidade se obtém apenas em meio às nossas lutas cotidianas”. Estes são os seus votos de Natal, oferecidos a todos nós por meio do microfone da colega Bianca Fraccalvieri. 

“Antes de tudo, o Papa nos tem dito que a santidade, ou a vida do Evangelho, ou a vida humana verdadeira, se constrói no meio das lutas. Então, enquanto formos gente, será o bem e o mal juntos; às vezes eles estão dentro de nós. Temos que lutar partindo dali. Mas o que é preciso pensar é que se um Deus se interessou por nós e entrou no lugar dos últimos, dos pequenos, como agora o Natal está lembrando, e venceu a morte, venceu o pecado, venceu o sofrimento... é por causa de nós. Então, vale a pena acreditarmos com toda a força neste Deus que nos ama, nos quer bem, e caminhar com Ele. Acho que é por isso que o Natal é tão importante”.

“Papal Noel é bom, tá por aí, um pouco de colorido, um pouco de vitrine, de comércio, tudo bem, mas o centro não é este: o centro é Jesus que nasce pobre em Belém de uma família simples, mas belíssima, que é a de Maria e José, e ali está a esperança para todos nós”.

Quinta-feira, 22 de dezembro, está marcada para as 10h30, na Sala Clementina, no Vaticano uma das mais aguardadas audiências concedidas pelo Papa durante o ano: o seu encontro com os cardeais que colaboram com o governo da Santa Sé, na Cúria Romana. Segundo o protocolo, é o momento indicado para o Pontífice fazer seus votos de Natal aos cardeais. 

“Eu disse assim... já no meu coração pensei ‘vou pronto para levar mais um puxão de orelha... O Papa está sobretudo nos ajudando, a nós  cardeais, a perceber a nossa missão: perto da dele, mas não uma missão de ocupar primeiros lugares, de estar dentro dos palácios, de não nos acomodar com o que conseguimos ter, mas caminhar junto com o Papa e escrutar o que o Senhor quer de nós. O que o Papa dirá? Vamos ver. Um lado dele é assim, do momento, ele traz uma novidade que a gente acha que sabe mas não sabe. Sem dúvida, será uma palavra de Pai, isso seguramente, uma palavra autêntica, de coisas que precisamos, e quem sabe... a gente fica esperando porque este mistério da encarnação do filho de Deus envolve a nossa vida, envolve a vida dele, é por isso que estamos aqui! Só que o Papa não gosta muito de festas, as coisas dele são muito simples, ele não deixa a gente se voltar muito para a pessoa dele também, né? Não deixa fazer muito... como se diz... salamaleque, né? Não é isso. Ele quer uma vida nova, um testemunho novo, o que eu acho que também vai acontecer neste encontro”.

 

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GS: A missão da Igreja no mundo de hoje

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso Espaço Memória Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II - vamos tratar no programa de hoje do terceiro elemento da Gaudium et Spes, a missão da Igreja no mundo de hoje. 

Na Gaudium et Spes elaborou-se uma reflexão sobre a relação entre a história da salvação e a história humana, abandonando definitivamente a tentação da competição com a sociedade civil e respeitando a autonomia da sociedade terrena, enquanto a Igreja realiza sua contribuição de acordo com a sua finalidade religiosa e, por isso, ela não é de ordem política, econômica ou social. Dentro dessa relação com a história é que se pode perceber a relação entre eclesiologia e Doutrina Social Cristã.

A relação entre a história da salvação e a história humana, foi o segundo elemento da Constituição Gaudium et Spes abordado pelo Padre Gerson Schmidt, que no programa de hoje, nos fala sobre um terceiro elemento: a missão da Igreja no mundo de hoje:

"Estamos pontamos os três elementos na Gaudium et Spes, relacionados com a Lumen Gentium. O primeiro elemento é a concepção de Igreja, que situa o documento no âmbito doutrinal; o segundo elemento é a relação entre a história da salvação e a história humana; o terceiro elemento é a missão da Igreja no mundo de hoje.

Já aqui aprofundamos os dois primeiros pontos. Comentemos aqui hoje esse terceiro elemento - a missão da Igreja no mundo de hoje – objetivo propriamente dito da Constituição Pastoral Gaudium et Spes. Tal é o título do documento, que, por sua vez, lhe dá o tom e traça o percurso da Igreja no mundo de hoje.

A segunda parte do Constituição Gaudium et Spes propõe um diálogo com o mundo contemporâneo sobre problemas concretos vividos pelos homens e pelas mulheres da época, sob o prisma, é verdade, de uma nova concepção de Igreja. Ela própria é a propiciadora dessa abertura, que a capacita a ouvir – como são as palavras iniciais do documento - “as alegrias e as esperanças, as tristezas e as alegrias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos os que sofrem” (Palavras de abertura da Gaudium et Spes, do número 1 da Constituição). 

Ou como são as palavras conclusivas da Gaudium et Spes: “Em virtude de sua missão de iluminar o mundo inteiro com a mensagem de Cristo e de reunir em um só espírito todos os homens, de qualquer nação, raça ou cultura, a Igreja constitui um sinal daquela fraternidade que torna possível e fortalece o diálogo sincero” (Gaudium et Spes, 91). Ou ainda como diz claro no número 40 dessa constituição que define a missão da Igreja: “Deste modo, a Igreja, simultaneamente ‘agrupamento visível e comunidade espiritual’, caminha juntamente com toda a humanidade, participa da mesma sorte terrena do mundo e é como que o fermento e a alma da sociedade humana, a qual deve ser renovada em Cristo e transformada em família de Deus”.

Portanto, a Igreja dever ser fermento e alma da sociedade humana – essa sua missão, essa sua tarefa, como é intitulado o quarto capítulo: O PAPEL DA IGREJA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO. Não é alma da sociedade humana para legitimar simplesmente a sociedade como está, mas a frase se completa na GS: o fermento e a alma da sociedade humana, a qual deve ser renovada em Cristo e transformada em família de Deus. Ou seja: não podemos nos contentar com a sociedade humana como tal, mas transformá-la em família de Deus por Cristo.

O hino de São Paulo aos Efésios é aqui importante ser lembrado Canta o hino que Deus nos “deu a conhecer o mistério de seu plano e sua vontade que propusera em seu querer benevolente na plenitude dos tempos realizar: o desígnio de em Cristo reunir todas as coisas: as da terra e as do céu” (cf Ef.1,9-10). A tradução atual, rezada na Liturgia das Horas, na impressão brasileira, é muito pobre, quando usa o verbo “reunir”, quando no texto original a tradução mais correta é “recapitular”. É muito diferente dizer que o desígnio de em Cristo é capitular todas as coisas, as da terra e as do céu. Recapitular é fazer com que Cristo-cabeça recomponha, refaça, renove, reconfigure tudo nele, a partir dele, sem o qual nada foi feito, sem o qual nada será redimido.

O papel da Igreja no mundo é recapitular tudo em Cristo, toda a história humana, transformando e renovando tudo em Cristo, transformando as relações e realidades humanas não simplesmente em sociedade qualquer, mas numa família de Deus, numa grande fraternidade e solidariedade universal. Só em Cristo que a Igreja encontra sua missão. É na sua páscoa que a humanidade encontrará sua vocação e seu destino último. A humanidade caminha para Deus, para a renovação e recapitulação de tudo em Cristo".

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Implicações de uma Igreja com um rosto sempre mais sinodal

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, a edição de hoje do quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” dá sequência à edição passada, na qual trouxemos a participação do teólogo brasileiro, Mons. Antônio Luiz Catelan, membro da Comissão Teológica Internacional, assessor para a Comissão da Doutrina da Fé da CNBB e subsecretário de pastoral. 

Na edição precedente, trazendo o tema da Sinodalidade para a realidade da Igreja no Brasil, Mons. Catelan falou-nos sobre o estilo sinodal na organização pastoral em nossas dioceses, a participação e divisão de responsabilidade com os leigos na ação evangelizadora da Igreja. “Temos no Brasil um estilo muito participativo de organizar a pastoral nas dioceses”, afirmou nosso entrevistado.

Aprofundando o tema em questão, nesta edição Mons. Catelan fala-nos sobre como se configura uma Igreja com um rosto sinodal; sobre o que significa, na prática, uma Igreja cada vez mais sinodal – como nos pede o Santo Padre.

Nesse sentido, o teólogo brasileiro ressalta que o próprio Papa Francisco se disse disposto a receber contribuições e reflexões para tornar o exercício do papado ainda mais sinodal, ainda mais colegial, ainda mais participativo.

Mons. Catelan inicia explicando-nos como se realiza estruturalmente, nos diferentes níveis, essa sinodalidade. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Porta Aberta: Reavivar na Igreja centralidade da misericórdia

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Cidade do Vaticano (RV) - Na edição do Porta Aberta, desta quarta-feira (21/12), temos três convidados. A primeira convidada é a Irmã Terezinha Kunen, responsável pela Pastoral da Criança nas Filipinas. 

Para a religiosa, “um dos grandes desafios ainda é lidar com a pobreza extrema” nas Filipinas, disse irmã Terezinha na conversa com Bianca Fraccalvieri em que faz um balanço deste ano de 2016. 

A segunda, é a Irmã Zenaide Laurentina Mayer que chegou ao Haiti este ano e integra o projeto intercongregacional promovido pela CRB Nacional, pela Cáritas Brasileira e pela CNBB. 

O terceiro e último convidado é o teólogo brasileiro Mons. Antônio Luiz Catelan, um dos 30 membros da Comissão Teológica Internacional e assessor para a Comissão da Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e subsecretário de pastoral. 

Na conversa com Raimundo Lima Mons. Catelan faz um balanço do Ano Santo da Misericórdia.

(MJ)

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Síria: Aleppo tem 1ª árvore de Natal após 5 anos de guerra

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Aleppo (RV) - Faltam poucos dias para celebrar o nascimento de Jesus e para os cristãos de Aleppo, Síria, este é um momento especial, pois poucos dias depois que sua cidade foi libertada, foi montada a primeira árvore de Natal após 5 anos de guerra.

“A libertação veio com o Natal”, indicou ao Grupo ACI o chefe da missão de ‘SOS Chrétiens d'Orient’ na Síria, Alexandre Goodarzy. Esta organização solidária francesa se dedica a atender os cristãos que sofrem devido às consequências da perseguição e da guerra em países como Síria e Iraque.

Alexandre Goodarzy, de origem francesa e que atualmente está em Aleppo, disse que aproximadamente há quatro dias, 15 pessoas começaram a construir a árvore em um bairro cristão chamado Aziziyeh, localizado na zona oeste da cidade.

Goodarzy indicou que não há perigo de que possam tirá-la de lá, porque a “Síria é um país leigo e há mais possibilidades de fazer estas coisas aqui do que na França. Lá não permitem que nós coloquemos os presépios nas ruas. Na França, isto está proibido, não deixam as pessoas colocarem coisas como esta, em um local público. Na Síria não têm nenhum problema com isso”.

Também disse que os cristãos de Aleppo “estão muito felizes porque para eles é o símbolo da vinda de Jesus, da paz, para eles é o Senhor da paz que está voltando para as suas vidas. Estão felizes de ver o símbolo do Natal. Inclusive os muçulmanos estão contentes com esta grande árvore”. 

A árvore de Natal estará decorada e iluminada hoje e haverá uma celebração ao redor dela, onde estarão presentes membros da Igreja grego-católica. Estimam que estarão presentes centenas de pessoas.

Atualmente, o exército sírio em Aleppo continua realizando a evacuação dos civis que ainda estão na zona leste da cidade, que foi libertada na semana passada do controle dos grupos rebeldes e terroristas como o Exército Livre Sírio, a Frente Islâmica e a Frente Al-Nusra, que tinham tomado a cidade desde 2012.

Antes da guerra civil, que começou há cinco anos, Aleppo era a segunda cidade mais importante da Síria e foi a que mais sofreu as consequências do conflito. As regiões mais castigadas foram este setor e os bairros cristãos. (SP-ACI)

 

 

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UNICEF denuncia drama de menores migrantes desacompanhados: 22 mil só na Itália

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Roma (RV) -  É urgente providenciar a assistência aos seis mil migrantes menores desacompanhados, presentes na Itália.

O alarme lançado pela UNICEF denuncia a existência “hoje, nas costas italianas e europeias do Mediterrâneo, de uma emergência humanitária e de uma mudança epocal que envolve toda a sociedade e requer capacidade de resposta e de gestão sem precedentes”.

O Fundo das Nações Unidas para a infância precisou que são necessárias medidas que vão desde a primeiríssima acolhida  até a  transferência para estruturas menores e estáveis, do monitoramento dos padrões sobre direitos humanos à inclusão escolar e cultural nas comunidades locais espalhadas em todo o território nacional.

O Presidente da UNICEF Itália, Giacono Guerrera, apresentou o programa na sede em Roma da organização, junto com um documentário sobre o drama dos menores desacompanhados intitulado “Invisíveis. Não é uma viagem, é uma fuga. História de jovens que chegam sozinhos na Itália”.

Fenômeno único na história das migrações

Guerrera declarou que “nos primeiros dez meses do ano, 80% dos menores estrangeiros desembarcados na Itália cumpriram um longo e perigoso trajeto sem adultos que os acompanhassem e nunca na história das migrações verificou-se um fenômeno semelhante”.

Segundo  os números mais recentes divulgados pelo Ministério do Trabalho e das Políticas Sociais – atualizados em 31 de outubro – os menores desacompanhados registrados na Itália são 22.000. Trata-se de 9 entre dez casos de jovens do sexo masculino, com idade entre 15 e 17 anos, provenientes principalmente do Egito, da Albânia e da África Subsahariana.

Diferentemente de 2015, há uma ausência de adolescente sírios entre eles. Ademais, perdeu-se a pista de mais de 6 mil deles, fugidos para outros países para unirem-se a familiares ou amigos

Agência Européias para os Asilos

No entanto, no plano das respostas políticas, existe um apelo para que seja criada uma Agência Europeia para o Asilo. A medida foi recomendada por Embaixadores dos 28 Países membros da União Europeias, que pedem formalmente ao Conselho dos Chefes de Estado e de Governo para negociar com o Euro Parlamento sobre a crucial passagem do atual serviço de coordenação para uma agência que deverá gerir um verdadeiro sistema comum de conceção de asilo europeu.

No momento, existe o Escritório Europeu de Apoio ao Asilo (EASO). Mas a questão é a existência de diversos critérios para o pedido de asilo, que variam de país a país e a única regulamentação comum, o Tratado de Dublin, revelou-se carente e inadequado, e portanto, está sendo revisado.

Na espera de um novo conjunto de normas, o Comitê dos Representantes Permanente (Coreper) - responsável pela preparação dos trabalhos do Conselho da União Europeia e formado por representantes dos países membros - pediu que a Agência a ser criada possa assumir realmente a plena responsabilidade de “assegurar a convergência na avaliação” dos pedidos de asilo.

(JE/Osservatore Romano)

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Card. Bo: unir religiões e etnias para tornar 2017 realmente ano da paz

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Yangun (RV) - “É tempo de unir-nos – todas as religiões, todos os grupos étnicos – para tornar 2017 realmente o ano da paz.” Este, o apelo lançado em vista do novo ano pelo arcebispo de Yangun, em Mianmar (ex-Birmânia), Cardeal Charles Maung Bo, o qual recorda que a paz é possível somente através da “justiça” e da “negociação”.

1º de janeiro, um dia de jejum e oração pela paz

Segundo refere a agência missionária Fides, o purpurado solicita a todas as religiões que façam no 1º de janeiro um dia de jejum e oração pela paz:

“Façamos de modo que todos aqueles que lotam nossos mosteiros, igrejas, templos e mosteiros tragam consigo cartazes e bandeiras com a frase ‘Stop a todas as guerras’. Procuremos passar o dia em oração e jejum pela paz, para mudar os corações de todas as pessoas. Urge dar fim a todas as guerras que afligem Mianmar e tornar 2017 o ano da paz”.

Mianmar ainda às presas com uma guerra crônica impossível de ser vencida

O purpurado recorda, em particular, as questões principais que continuamente minam a convivência e a paz do país. “Irmãos e irmãs de Mianmar, todos diremos ‘feliz ano novo’. Todos os anos nos saudamos uns aos outros com essa mensagem. Mas, sinceramente, não há felicidade em muitas partes deste país. A guerra prossegue em muitas áreas”, observa o Cardeal Bo.

“E para mais de 200 mil deslocados nos campos de refugiados, não será um feliz ano novo. A guerra, iniciada sessenta anos atrás, permanece impetuosa. O Camboja resolveu seus conflitos, o Vietnã resolveu suas guerras. Estes países vizinhos caminham rumo à paz e prosperidade. Nós em Mianmar estamos ainda envolvidos numa guerra impossível de ser vencida.”

Mesmo porque, ressalta o arcebispo de Yangun, a “agonia da população e o deslocamento forçado são os únicos resultados da violência, embora “a maioria silenciosa do povo tenha sido apenas expectadora de uma guerra crônica! Agora, este apelo, “unamo-nos, todos juntos, por uma autêntica paz”. (RL)

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Bispos da Europa enviam pêsames por atentado em Berlim

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Cidade do Vaticano (RV) - Bispos de toda a Europa manifestaram sua dor e enviaram os pêsames ao Presidente da Conferência Episcopal Alemã, o Cardeal Reinhard Marx, e ao Arcebispo de Berlim, Dom Heiner Koch, após o atentado terrorista ocorrido na segunda-feira, 19 de dezembro, na capital da Alemanha, no qual 12 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas.

O Cardeal Ricardo Blázquez, Presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) e Arcebispo de Valladolid, enviou-lhes em nome de todos os membros do Episcopado seu “pesar e oração pelas vítimas do brutal atropelamento de segunda-feira em Berlim e mostramos nossa solidariedade com o povo alemão”. O presidente da CEE também assegurou suas orações “pelo eterno descanso para os falecidos, o pronto restabelecimento dos feridos, assim como serenidade e consolo para suas famílias”.

Por sua vez, o porta-voz dos Bispos espanhóis, Pe. José María Gil Tamayo, mostrou suas condolências através do Twitter, também dizendo unir-se à dor e à oração pelas vítimas. A Conferência Episcopal Francesa se uniu à dor das famílias das vítimas de Berlim e assegurou suas orações pelos falecidos. Dom Georges Pontier, Arcebispo de Marselha e Presidente da Conferência Episcopal Francesa, indicou na mensagem de condolências que dentro de poucos dias “daremos as boas-vindas ao Príncipe da Paz” e mostrou sua esperança de que possamos ser testemunhas de uma paz entre os homens e entre os povos.

Em um tuíte, o porta-voz dos bispos franceses, Pe. Olivier Ribadeau Dumas, assegurou que “a violência não terá a última palavra”.

O Secretário da Conferência Episcopal Italiana, Dom Nunzio Galantino, também enviou seus pêsames em nome dos bispos italianos. Em uma entrevista concedida ao jornal italiano ‘Corriere della Sera’, declarou que “qualquer violência é injustificável e muito menos por motivos religiosos”. Ele incentivou a “não se deixar vencer pela violência e pelo medo, embora possa parecer uma frase feita, se não é seguida pelo empenho de cada um de exercer sua responsabilidade, para estar mais unidos, ser mais tolerantes” e pediu que se evite a violência, inclusive a verbal. (SP)

 

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