Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 23/12/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: O Menino nos ensina o que é essencial para a vida

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Cidade do Vaticano (RV) – A Igreja prepara-se para viver o Natal do Senhor. O Papa Francisco presidirá no sábado a Santa Missa na Basílica de São Pedro às 21h30min, horário local. No domingo, ao meio-dia, concederá, da Sacada Central da Basílica de São Pedro, a tradicional mensagem e Bênção “Urbi et Orbi”.

A Rádio Vaticano transmitirá os dois eventos, com comentários em português, a partir das 18h20min no sábado e das 8h50min no domingo, horário de Brasília.

Será o quarto Natal do Papa Francisco que em um tweet escreve: “O Senhor se faz homem para caminhar conosco na vida de cada dia”. A Celebração Eucarística da Missa da Noite de Natal será introduzida pelo tradicional canto da Kalenda, que anuncia o nascimento de Jesus, Senhor e centro da história.

Intenções dos fiéis

As orações dos fieis, como tradição, serão em diversas línguas. Em chinês se rezará para que a Igreja seja sempre preservada “na integridade da fé” e seja “casa acolhedora para cada homem que busca a alegria verdadeira”; em francês se rezará pelos governantes para que sejam orientados “à edificação da civilização do amor”; em árabe, se rezará “por quem vive nas trevas do pecado e do erro” para que “a luz de Deus feito carne vença a noite de seus corações e mostre a eles a beleza da comunhão com Deus”; em malayalam, se rezará pelas crianças, para que a vida delas seja preservada “na pureza”.

E por fim, em russo, se rezará pelos pobres e as pessoas sozinhas, para que o “Emanuel, presente na carne de uma criança, as console em suas aflições e as faça sentir preciosos aos olhos do Pai”.

Viver um Natal cristão

O Papa Francisco exorta todos a viver o Natal cristão, à imitação do Natal de Belém, onde Deus quis inverter os valores do mundo, fazendo-se pequeno em uma estrebaria, pequeno com os pequenos e pobre com os pobres.

“Permaneçamos em silêncio – é o convite do Papa – e deixemos que seja o Menino a falar”, pois é este Menino que nos ensina “o que realmente é essencial na vida”.

 

(je/sc)

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Frei Cantalamessa: celebrar o Natal, retornar ao coração

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Cidade do Vaticano (RV) - O Padre Raniero Cantalmessa fez na manhã desta sexta-feira, no Vaticano, a quarta e última pregação do Advento na presença do Papa Francisco e de membros da Cúria Romana. O tema desta última reflexão foi “Encarnado por obra do Espírito Santo através da Virgem Maria”. 

“Dum medium silentium tenerent omnia”, enquanto tudo ao redor era silêncio… com essas palavras – introduziu a pregação Padre Raniero -, a liturgia procura recriar todos os anos a atmosfera própria do Natal.

No momento do nascimento de Jesus, o mundo não era menos agitado do que hoje, mesmo se tudo ocorria em um círculo mais restrito. As ruas e tavernas fervilhavam de pessoas por causa do censo; as grandes figuras da época, mesmo distantes, eram César Augusto, Herodes ... Apenas duas pessoas, Maria e José, tinham conhecimento do evento mais importante, não só daquele tempo, mas de todos os tempos.

A situação se renova, espiritualmente, em cada Natal. As notícias de atos de terrorismo, de guerras, de massas obrigadas, como então, a deixarem suas casas e para as quais, como para Maria e José, "não há lugar na estalagem", se sobrepõem e chegam até nós em tempo real. Somente aqueles que por uma hora, ou um momento, serão capazes de silenciar tudo, fora e dentro de si e, com a graça do Espírito Santo, tomar consciência do que recordamos neste dia, apenas estes, poderão dizer de terem "feito" Natal. Acontece como quando, saindo do caos ensurdecedor da cidade, alguém cruza o limiar da sua casa ou do próprio convento, tem a sensação de entrar em outro mundo.

No Credo dizemos: “Por nós homens e para a nossa salvação, desceu dos céus, e por obra do Espírito Santo se encarnou no seio da Virgem Maria e se fez homem”.

Santo Agostinho – disse o pregador da Casa Pontifícia - distinguia dois modos de celebrar o evento da história da salvação: como modo de mistério ("no sacramento"), ou como simples aniversário. Na celebração do aniversário não se necessita de outra - dizia – a não ser “indicar com uma solenidade religiosa o dia do ano que marca a memória do evento em si"; na celebração como mistério, “não só se comemora um evento, mas você o faz de modo que se entenda o seu significado para nós e o acolhamos de maneira santa”.

O Natal não é uma celebração "no estilo de aniversário" (a escolha da data de 25 de dezembro não é devido, sabemos, a razões históricas, mas simbólicas e de conteúdo); é uma celebração "a modo de mistério" que exige, portanto, ser entendida no seu significado para nós. São Leão Magno já falava do significado místico do “sacramento do nascimento de Cristo”, dizendo que "os filhos da Igreja foram gerados com Cristo no seu nascimento, como foram crucificados com ele na paixão e ressuscitados com ele na ressurreição”.

Maria, Virgem e Mãe, que gera o Cristo por obra do Espírito Santo, é o "tipo", ou o exemplar perfeito, da Igreja e da alma do crente. Um autor da Idade Média, Santo Isaac de Stella, resume o pensamento dos Padres, a este respeito:

"Maria e a Igreja são uma mãe e mais mães; uma virgem e mais virgens.

O Espírito Santo – destacou ainda Padre Raniero -, nos convida, a “retornar ao coração”, para celebrar um Natal mais íntimo e verdadeiro, que torne “verdadeiro” também o Natal celebramos fora de nós, nos ritos e nas tradições. O Pai quer gerar em nós a Sua Palavra para poder pronunciar novamente, dirigindo-se a Jesus e a nós juntos, aquela doce palavra: "Tu és meu filho; hoje eu te gerei"(Hb 1,5). Jesus quer nascer em nossos corações. É assim que devemos pensar na fé: como se, nestes últimos dias do Advento, Ele passasse entre nós e batesse de porta em porta, como naquela noite em Belém, em busca de um coração para nascer espiritualmente. (SP)

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Ajudas do Papa para crise humanitária na Ucrânia chegam no Natal

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Cidade do Vaticano (RV) – Em nome do Santo Padre será entregue neste Natal a primeira parte das ajudas destinadas à crise humanitária na Ucrânia.

Trata-se de um montante de quase 6 milhões de euros – dos 12 já recolhidos – destinado a mais de 2 milhões de beneficiários, sem distinção de religião, confissão ou pertença étnica, que vivem em particular nas regiões de Donetsk e Lugansk, Zaporizhia e Dnepropetrovsk.

Iniciativa do Papa

Depois da extraordinária coleta em favor das populações atingidas pelo conflito - realizada à pedido do Santo Padre em 24 de abril de 2016 nas igrejas da Europa – o Pontifício Conselho Cor Unum coordenou a instituição de um Comitê técnico in loco, presidido por Dom Jan Sobilo, Bispo Auxiliar de Kharkiv-Zaporizhia, e que trabalha em contato com o Núncio Apostólico na Ucrânia, Dom Claudio Gugegorri.

Seleção de projetos

Desde o início da atividade, no mês de julho, o Comitê – com sede em Zaporizhia – selecionou e avaliou os projetos de ajuda apresentados pelos organismos de caridade cristãos e pelas agências internacionais.

O Comitê, assim, financiará 20 projetos de “larga escala” (para montantes até 250 mil euros) e 39 iniciativas “de solidariedade” (para montantes até 20 mil euros),

O valor será dividido, em colaboração com a Nunciatura Apostólica, em apoio às obras de assistência nos setores alimentar, habitacional, médico e sanitário.

Quase dez mil mortes

Segundo um recente relatório do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), o conflito, que ainda persiste, de abril de 2014 a 1º de dezembro de 2016, provocou 9.758 mortes e 22.779 feridos.

 

(je)

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Card. Parolin: trabalhar seriamente para eliminar causas do terrorismo

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Cidade do Vaticano (RV) - É preciso trabalhar seriamente para eliminar as causas do terrorismo: foi o que disse o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin, comentando os recentes atentados em Berlim, na Alemanha; e Ancara, na Turquia. O purpurado falou à margem da inauguração das novas instalações do Ceis de Roma, uma estrutura dedicada a acolher mulheres vítimas de violência. Entrevistado pela Rádio Vaticano, eis o que nos disse:

Card. Pietro Parolin:- “Naturalmente, estamos muito consternados com o ocorrido. Mais uma vez a Santa Sé condena este tipo de violência que se desencadeia contra inocentes e que neste clima de festa e de alegria do Natal torna estes atos, esta violência ainda mais deletéria. Devemos lutar contra o terrorismo com todos os meios legais de que dispomos e, ao mesmo tempo, todos devemos trabalhar seriamente para eliminar as causas subjacentes deste fenômeno.”

Segunda-feira passada (19/12), foi assassinado também o embaixador russo em Ancara. Nem mesmo a diplomacia é mais intocável. Qual significado essa situação assume para a área do Oriente Médio e para o futuro da crise na Síria?

Card. Pietro Parolin:- “Certamente, tudo isso é muito preocupante. Por outro lado, a atmosfera já é esta, de certo modo. Por conseguinte, é preciso realmente trabalhar para criar uma atmosfera de paz, do contrário, as consequências acabam sendo essas. Sentimos muito, estamos profundamente consternados também por este episódio que não ajuda a criar um clima de maior entendimento e de maior colaboração em vista inclusive de uma negociação na Síria. Porém, é importante que todos, cada um do seu ponto de vista e a partir de sua posição, nos esforcemos para criar condições nas quais se possa viver verdadeiramente em paz e em colaboração.” (RL)

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Barbara Jatta, a primeira mulher à frente dos Museus Vaticanos

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Cidade do Vaticano (RV) – Primeira coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira com a nova Diretora dos Museus Vaticanos, Barbara Jatta, que sucederá a Antonio Paolucci a partir de 1º de janeiro de 2017.

Chamada pelo Papa Francisco para ser a primeira mulher na história a dirigir os Museus – dos quais era Vice-Diretora desde junho passado – Barbara Jatta esteve por 20 anos na Biblioteca Apostólica Vaticana, onde era responsável pelo Setor de Impressões.

“Sempre fui estimada e apreciada pelo meu trabalho e sou agradecida por isto”. Grande, portanto,  a alegria e a emoção de Barbara Jatta, primeira mulher na história a dirigir um dos Museus mais visitados no mundo.

Mas, os Museus Vaticanos passarão a ter “uma visão feminina”? Eis o que respondeu Barbara:

“Serão mais do que com uma visão feminina, com a minha sensibilidade, mas sim com a sensibilidade de todo o extraordinário staff que faz parte dos Museus Vaticano. Temos profissionais das diversas disciplinas, não somente curatoriais, mas de restauração, de conservação, de gestão organizativa desta máquina: porque – não esqueçamos – esta é uma grande empresa que tem muitos funcionários, tem sobretudo necessidade não somente de ter a atenção pelo aspecto curatorial, mas também por aquele organizativo. E portanto são duas faces de um mesmo objetivo que devem trabalhar juntos, em sintonia”.

RV: Em que projetos pretendes trabalhar nos próximos meses?

“Sobre isto não existe nenhuma dúvida: os vários projetos de restauração que estão programados para 2017; temos previsto uma grande mostra em colaboração com o Museu Judaico de Roma sobre a Menorah, no Braço de Carlos Magno: nós seremos os hostess nesta sede e haverá uma sede também no Museu Judaico. E depois, tantas outras mostras: uma mostra em Lisboa por ocasião da viagem do Papa a Fátima e tantos, tantos outros projetos nas diversas áreas. Agora, elencá-los todos é difícil, em poucas palavras...”.

RV: Já tiveste a ocasião de encontrar o Papa Francisco?

“Eu o vi em maio; após a minha nomeação não o reencontrei, mas não tenho pressa: quando ele quiser, eu o encontrarei com o maior prazer”.

Na coletiva de imprensa, a nova Diretora também falou da proximidade dos Museus Vaticanos às populações atingidas pelo sisma no centro da Itália, para onde foram enviados diversos restauradores voluntários: “Até hoje – explicou – foram recuperadas 25 Igrejas, 6 ciclos de afrescos e numerosas obras importantes”.

E para ajudar as regiões atingidas, os pontos de restauração dentro dos Museus serão fornecidos por produtos provenientes das regiões terremotadas. Outrossim, Jatta anunciou que dentro de um mês será lançado na internet um novo site dos Museus Vaticanos.

(je/mt)

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Igreja no Brasil



Card. Sérgio da Rocha: "Dizer 'sim' a quem necessita de presença amiga"

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Brasília (RV) - Feito cardeal pelo Papa em no consistório de 19 de novembro passado, Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília, presidirá missa na Catedral Metropolitana de Brasília às 20h no dia 24 de dezembro.  

Dom Sérgio, que desde abril de 2015 preside a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), gravou uma mensagem exclusiva para a RV neste Natal. Ouça aqui: 

“Estamos tendo a graça de celebrar o Natal do Senhor. Procuremos caminhar alegres, como o fizeram os pastores que se dirigiram à manjedoura de Belém. Façamos isto também glorificando a Jesus que nasce pela nossa oração, mas também pelo nosso testemunho de vida. Que a acolhida ao Menino Jesus nos leve também a voltar o nosso olhar, o nosso coração, a tantas crianças que sofrem, cuidando delas com amor.

Neste Ano mariano em todo o Brasil, celebremos o nascimento do Salvador contemplando Jesus Menino nos braços de Nossa Senhora. Com ela, nós aprendemos a dizer ‘sim’ ao Senhor no presépio, na vida do dia a dia e na hora da Cruz. Ela nos ensina a dizer ‘sim’ a Deus através do ‘sim’ generoso a quem necessita de nossa presença amiga.

Que as bênçãos do Menino Deus nascido de Maria estejam com você, com sua família e com sua comunidade neste Natal. Tenha um Feliz natal com as bênçãos do Menino Jesus!”

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Igreja no Mundo



Dom Zenari: com a guerra todos somos perdedores

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Damasco (RV) – A cidade síria de Aleppo voltou a ser controlada totalmente pelo exército de Damasco. A UNICEF havia divulgado na quinta-feira um alarme relativo às crianças, visto que 4 mil delas ainda estão no local, correndo grandes riscos, enquanto quase 40 mil pessoas já foram evacuadas da cidade até a metade de dezembro. Segundo o Núncio Apostólico em Damasco, Cardeal Mario Zenari, as feridas a serem curadas são muito profundas.

Já adquire contornos de oficialidade a reconquista de Aleppo por parte do exercito sírio. A falar em primeira pessoa a respeito é o Presidente Bashar al-Assad, segundo quem  o ingresso na cidade representa uma vitória, não somente para a Síria, mas também para os aliados russos e iranianos.

Atenuando-se o conflito, permanece sempre alta a emergência humanitária para os civis que sofreram semanas de bombardeios.  No entanto, a Assembleia Geral da ONU aprovou a formação de uma Comissão independente para dar início à investigações e processos por crimes de guerra e contra a humanidade cometidos na Síria.

Mas, o que muda após a conquista de Aleppo pelo governo sírio? Quem responde é o Núncio Apostólico na Síria, Dom Mario Zenari:

“Eu repito sempre que não existem vencedores neste conflito sírio e todos são perdedores: a comunidade internacional, no seu conjunto, é perdedora, porque não soube evitar estas tragédias, como esta última de Aleppo. Gostaria também de recordar o que disse o Presidente italiano Sergio Mattarella: “Aleppo é uma ferida para a consciência de cada um de nós: todos somos perdedores”. Faz refletir sobre o que aconteceu em Aleppo: realmente uma ação que pesa um pouco sobre a consciência de todos”.

(je/glv)

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Cristãos no Egito vivem entre problemas de segurança e sinais positivos

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Cairo (RV) - O bispo católico copta de Assiut, Dom Kyrillos William, descreve à Fundação “Ajuda à Igreja que Sofre” (AIS) o clima que se respira na comunidade cristã no Egito após o recente ataque à catedral copta do Cairo.

Os últimos brutais ataques terroristas contra fiéis no Cairo causaram uma dor profunda entre os cristãos. Estamos realmente estarrecidos. Terça-feira passada a Igreja copta registrou o 26º mártir do último ataque, uma menina de 10 anos, morta em decorrência das lesões sofridas.

Grande confiança em Deus e grande força

Todavia, ao mesmo tempo, nota-se uma grande confiança em Deus e uma grande força. Isso se dá como no passado, quando os ataques terroristas eram perpetrados para impedir a participação das pessoas nas funções religiosas.

O prelado fala também da reação da comunidade não-cristã: “estamos recebendo muita solidariedade e simpatia! Muitos ligam ou veem para manifestar suas condolências. As autoridades reagiram imediatamente e iniciaram as investigações”.

“O próprio Presidente al-Sisi afirmou que não poderia participar das exéquias se não tivesse sido capaz de identificar o responsável. Isso significa muito – observa Dom William –, especialmente se levarmos em consideração que em outros casos, penso no atentado em Alexandria, verificado alguns anos atrás, ainda não existem pistas investigativas para descobrir os responsáveis.”

E não se trata de um detalhe, acrescenta, porque “as pessoas pensam que polícia e autoridades estão ajudando os culpados, e desta vez não é assim. Um presidente que participa pessoalmente dos funerais e aperta a mão de cada familiar, e de todos os representantes eclesiais, lança um forte sinal”.

Medo de ulteriores ataques

Apesar disso, permanece o medo de ulteriores ataques terroristas durante as festividades natalinas,  porque o autodenominado Estado islâmico ameaçou tais ataques, acrescenta o bispo católico copta.

Quanto à segurança da comunidade cristã, Dom William afirma que “as autoridades responsáveis pediram a nossa colaboração. Além da segurança pública, que é responsabilidade deles, querem treinar nosso povo, mostrar-lhe como estar vigilantes”.

Nossos funcionários, que se ocupam da segurança nos dias de festa, receberão um treinamento específico em tema de segurança civil. Serão instalados detectores de metal diante da catedral e na residência dos hóspedes. São caros, mas necessários, destaca. O prelado faz votos de um “Natal de paz para a nação”. (AIS – RL)

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Fiéis alemães farão Jornada de oração por cristãos perseguidos

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Berlim (RV) - Os católicos alemães são convidados para em 26 de dezembro, festa de Santo Estêvão – primeiro mártir do cristianismo –, fazer uma “Jornada de oração pelos cristãos perseguidos e oprimidos”. São convidados, nas liturgias de 26 dezembro, a dirigir suas intenções aos irmãos e irmãs na fé, que no mundo são vítimas de violência e exclusões.

Para a Jornada de oração deste ano, o pensamento está voltado em particular para os cristãos na Arábia Saudita, que são obrigados a viver sua fé em segredo, afirma a Igreja alemã.

A Secretaria da Conferência episcopal predispôs material explicativo destinado à visualização nas vitrinas das paróquias, pelo alto valor solidário e eclesial da oração em favor dos irmãos perseguidos.

Entre as recomendações às comunidades locais destaca-se a de tornar os momentos de oração alegres, considerando também o período natalino.

A “Jornada de oração em solidariedade aos cristãos perseguidos e oprimidos em nosso tempo” foi instituída em 2003 pelos bispos alemães e há 13 anos o compromisso em favor das Igrejas do silêncio e do sofrimento tem sido contínuo na Igreja católica na Alemanha.

O presidente da Comissão para a Igreja internacional da Dbk, o arcebispo de Bamberg, Dom Ludwig Schick, junto com  o vigário apostólico do Sul da Arábia de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, apresentou em 1º de dezembro um documento informativo sobre a situação dos cristãos na península arábica. (Sir – RL)

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Terra Santa: baixa taxa de crescimento de cristãos em Israel

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Jerusalém (RV) -  Às vésperas do Natal, o Departamento Central de Estatísticas de Israel forneceu dados sobre os cidadãos israelenses de fé cristã que oferecem uma contribuição significativa às condições e às linhas de crescimento das comunidades cristãs no Estado Judaico.

Atualmente – referem as fontes oficiais consultadas pela Agência Fides sobre os dados atualizados no final de 2015 – os cidadãos cristãos de Israel são 170 mil, representando cerca de 2% da população.

78,9% dos cidadãos cristãos em Israel são árabes. Os outros são cristãos migrados à Israel com a família nos anos precedentes, e reconhecidos como cidadãos israelenses graças à “Lei do Retorno”. Boa parte deste último grupo é representada por imigrantes chegados à Israel da ex-União Soviética, durante os anos 90, do século passado.

Taxa de crescimento dos cristãos em decréscimo

Em relação aos dados publicados precedentemente, o crescimento da população cristã na sua totalidade é cerca de 1,5% e é mais baixa em relação ao crescimento registrado entre a população judaica (1,9%) e muçulmana (2,4%).

Também a composição por idade da população cristã denota uma tendência ao envelhecimento: entre a população cristã, o percentual dos jovens até os 19 anos é 28,2%, inferior àquele se que registra entre a população judaica (34,3%) e entre a população muçulmana (46,9%).

Entre os cristãos, o percentual dos de quem tem mais 65 anos chega aos 11,0%, se comparado aos 13,0% registrados entre os judeus e aos 3,8% registrados entre os muçulmanos.

Mulheres cristãs tem menos filhos

Entre os homens cristãos, a idade média do primeiro matrimônio em 2014 era de 29,4 anos, enquanto as esposas cristãs era de 25,2. Em 2015, nasceram de mulheres cristãs 2.669 crianças (das quais 74% eram mulheres árabes).

Entre as famílias cristãs, o número médio de filhos até 17 anos é de 1,9, cifra mais baixa em relação àquela registrada entre as famílias judaicas (2,3) e entre as famílias muçulmanas (2,8).

As cidades onde, com dados atualizados no final de 2015, registra-se a presença de um maior número de cristãos são Nazaré (cerca de 22.300), Haifa (15.300) e Jerusalém (12.400).

(je/gv)

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Libertado sacerdote sequestrado na Nigéria

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Abuja (RV) – “Padre Jude Onyebadi foi libertado e está em bom estado de saúde”. Foi o que informou à Rádio Vaticano o Cardeal Onaiyekan, Arcebispo de Abuja, capital da Nigéria. O sacerdote havia sido sequestrado em 16 de dezembro por três homens armados, na região centro-meridional de Issele-Uku.

Do nordeste do país, por sua vez, chega a notícia da libertação de 2.000 prisioneiros reféns do Boko Haram. Mas, ouçamos as palavras do Cardeal John Onaiyekan:

“A Diocese informou que o libertaram. O nosso escritório da Conferência Episcopal, que nos deu a primeira notícia, sucessivamente na tarde de quarta-feira – nos deu uma segunda notícia, de que o padre havia sido libertado, e que estava são e salvo”.

RV: No início os sequestradores haviam pedido um resgate?

“Sim. Uma soma absurda. Geralmente, quando sequestram as pessoas, não é que queiram maltratar as suas vítimas. Querem somente usá-las para obter dinheiro. Neste caso, porém, não puderam receber nada, porque dissemos a eles que não pagaríamos o resgate e que seria inútil insistir. E assim, o libertaram. Como ele foi sequestrado na sua região, na Diocese de Issele-Uku, não me parece que se trate de questões de religião: são todos cristãos ali. Mas sempre fazem assim: pedem o resgate à pobre gente e as pessoas correm prá lá e prá cá para conseguir juntara alguma coisa, que oferecem. Quando considero suficiente o que foi “oferecido”, libertam a vítima”.

RV: Portanto, foi possível respirar aliviado por este desfecho feliz, que aliás, não é o primeiro sequestro...

“O sequestro, infelizmente, tornou-se um negócio para os criminosos, aqui, na Nigéria. Ao invés de realizarem roubos à mão armada, sequestram pessoas e depois pedem o resgate. De tanto em tanto recebemos pedido de pagamento de resgate por algum sacerdote sequestrado; até mesmo algumas irmãs foram sequestradas, há algum tempo, mas foram libertadas depois de dois ou três dias”.

RV: Que linha vocês assumem diante destes sequestros?

“Afora a firme condenação que sempre expressamos contra este modo de agir e contra os sequestradores, pedimos ao governo para melhorar o sistema de segurança para o cidadão comum que não pode circular com uma escolta armada. Também decidimos, como nossa política, não pagar resgates porque se pagarmos, estas pessoas continuarão a sequestrar sacerdotes: estamos por tudo, também nos povoados mais recônditos; sempre corremos o risco de sermos sequestrados”.

(je/em)

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Encontro em Ruanda destaca grande trabalho das dioceses nas escolas

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Kigali (RV) - O abandono escolar, a pobreza e a fome: esses foram alguns dos problemas e dos desafios discutidos dias atrás em Ruanda pelos representantes diocesanos do ensino católico no país africano, reunidos na capital Kigali, na sede da Conferência episcopal.

Os participantes do encontro falaram, em particular, do ano escolar 2016 e planejaram o ano escolar 2017. Durante as várias sessões foi ressaltado o grande trabalho das dioceses para a construção de novas salas de aula e a reestruturação das já existentes. Foram também avaliadas como positivas as visitas e as animações dos capelães nas escolas.

Governo atrasa subsídios para as escolas

Além do atraso dos subsídios das contribuições do governo para as escolas, foi constatada a falta de um quadro jurídico sobre a cooperação entre o Estado e a Igreja para a administração das escolas, em particular, no que tange à nomeação dos administradores, a seleção dos docentes e os quadros de colaboração.

A propósito, os representantes diocesanos do ensino católico sugeriram que os bispos discutam esses problemas no Ministério da Educação.

Maior envolvimento dos pais e melhor formação para os professores

Ao planejar o ano escolar 2017, os participantes estabeleceram trabalhar com os pais para combater o abandono escolar; aumentar a presença dos capelães nas escolas e diversificar a formação espiritual; criar, em cada escola, um serviço de escuta e de acompanhamento; organizar cursos de formação e requalificação dos professores; melhorar o ensino da religião nas escolas católicas; e fazer de modo que em toda diocese se possa ter uma escola na qual seja assegurado o ensino de religião e de história.

Por fim, foi escolhido o tema da Semana da Educação Católica 2017: “A exemplo da primeira comunidade dos cristãos, que a nossa escola seja lugar de unidade e solidariedade”. A Semana será celebrada de 2 a 9 de junho a nível paroquial, diocesano e nacional. (RL)

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Atualidades



Publicado guia para os pobres que vivem em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) - “Roma: onde comer, dormir e tomar banho”: é o guia de Roma para pobres edição 2017, realizado há 27 anos pela Comunidade de Santo Egídio. Em 235 páginas, constam 600 endereços de estruturas e postos de serviço que atendem italianos e estrangeiros carentes de todo tipo de assistência: desempregados, moradores de rua, dependentes de álcool e drogas, viciados em jogo, detentos, mulheres vítimas de tráfico sexual e menores de idade.  

Aumenta a pobreza, mas também a solidariedade

O guia – que terá 12 mil cópias distribuídas gratuitamente – foi apresentado na manhã de quinta-feira (22/12) em Roma, pelo Presidente da Comunidade, Marco Impagliazzo. Segundo ele, a pobreza material e moral está em aumento, mas a solidariedade também está crescendo. 

“Acredito que o Ano Jubilar da Misericórdia suscitou muitas e novas energias do bem e de ajuda às pessoas mais pobres, que vemos nas esquinas das ruas de Roma e em tantas situações de dificuldade e precariedade. Nós constatamos um aumento da solidariedade não apenas em nossa Comunidade de Santo Egídio, mas em várias associações e paróquias que se colocaram à disposição das pessoas mais pobres. É claro que a pobreza aumentou, registramos quase 8 mil pessoas sem moradia em nossa cidade, as casas de acolhida são ainda poucas e as instituições pouco fizeram para criar novas”.

“Da crise saímos juntos”. Mas com quem e come?

“O nosso é um mundo de pessoas sós, e pobres porque sós. Existem pobres também porque não há perspectivas de solução para a situação de crise. E aqui, surge o  problema de um novo acordo entre as instituições públicas e o mundo do voluntariado e dos cidadãos que têm tanta boa vontade, mas que frequentemente se defrontam com complicações e burocracia, muitas vezes culpadas pela dificuldade concreta de sair da crise”. 

Para combater a pobreza – acrescenta Impagliazzo – é preciso atuar em duas frentes: a da moradia e a do trabalho. Além disso, ajudar as famílias com três ou mais filhos. Tudo isso sem esquecer as comunidades nômades, que vivem na pobreza absoluta. 

A quantidade de pessoas na “pobreza absoluta” subiu para 4,6 milhões no ano passado, ou 7,6 por cento da população – eram 6,8 por cento em 2014 –, o índice mais alto desde que os registros atuais começaram em 2005, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas Italiano (Istat).

(RG/CM)

 

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Sítio de São Miguel Arcanjo, um tesouro arqueológico no sul do Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) - O Estado do Rio Grande do Sul abriga um precioso conjunto remanescente do período colonial: as Ruínas de São Miguel das Missões, ou também conhecido como "Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo", declarado Patrimônio Mundial da Unesco em 1983. 

A Redução de São Miguel, levantada em 1687, foi a mais notável dos Sete Povos, tendo sido testemunha de uma civilização florescente e próspera. Em meio às disputas entre a Coroa portuguesa e espanhola, em 1756 foi incendiada e despovoada. No início do século XIX foi saqueada e seus últimos habitantes, dispersos, caindo no mais absoluto abandono. Somente em 1925 suas estruturas passaram a ser recuperadas e valorizadas, sendo inseridas em vários projetos.

O Parque abriga um Museu com 99 imagens, sendo considerado o maior acervo do Brasil em termos de Barroco jesuítico guarani, sendo mantido pelo IBRAM, que é a instituição federal que mantém os Museus.

Localizado no Município de São Miguel, região noroeste do Estado, o sítio está aos cuidados do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da Prefeitura local. É facilmente atingido a partir de cidades como Santo Ângelo e São Luis Gonzaga.

Mas, como é valorizado todo este complexo que abriga nosso passado colonial? Quem nos conta é a Professora Claudete Boff, Mestre em História Latinoamericana e docente do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), de Santo Ângelo (RS):

"Há muito tempo vem se preparando a população, fazendo seminários, eventos, sobre a história das Missões, sobre a parte da história, da cultura, da arte, a questão sobre a geografia, preparando guias de turismo, da hotelaria, se faz assim ... se promovem eventos na questão da educação. Também existem projetos de educação patrimonial e que envolvem escolas, enfim, daí é para grupos que querem participar".

A redução de São Miguel Arcanjo, também atrai a atenção e o interesse de estrangeiros

"Observa-se que o estrangeiro dá  muito valor para esta história, muito mesmo. Porque todos os grupos que a gente recebe - nós, por exemplo, participamos de um grupo que se chama  'Friend Force', a Força da Amizade, são famílias que recebem em suas casas  pessoas de diversas partes do mundo. E sempre quando eles pedem para visitar Santo Ângelo, uma das preferências deles é visitar a Redução de São Miguel Arcanjo, e outras, se possível. E a partir daí, também outro interesse deles saí, não é no nosso Estado, mas é a Foz do Iguaçu, as Cataratas, etc. Mas São Miguel, a região, os povoados missioneiros, estão sempre incluídos. 

Então o que se faz? Antes de levar  estes grupos de estrangeiros, quando eles fazem parte desse intercâmbio, a gente sempre faz uma palestra, se conversa, informa, endim sobre o que eles vão visitar lá. Mas o que acontece é que muitos já vem preparados, muitos já vem sabendo e vem com muitas perguntas. Então, ali depois desta preparação, deste encontro que a gente  tem especialmente para falar da história e da cultura,  a gente leva eles para visitar São Miguel, São João Batista, São Lorenço. Mas hámuito interesse. E também muitas pessoas que vem sozinhas.

Quando a gente vai, como vamos seguidamente a São Miguel, difícil o dia que não tem um casal de estrangeiros, um grupo. Mas uma coisa importante, que eles fizeram depois da revitalização do Projeto Som e Luz - que conta a história dos povoados missioneiros - foi um áudio em inglês, espanhol, e francês, então isto também facilita a visita dos estrangeiros, isto foi muito bom".

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