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Sumario del 24/12/2016

Papa e Santa Sé

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Missa do Galo ao vivo com a Rádio Vaticano

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Rádio Vaticano (RV) – A partir das 18h25 deste sábado 24 de dezembro a Rádio Vaticano transmitirá ao vivo, direto da Basílica de São Pedro, a Missa de Natal presidida pelo Papa Francisco.

A tradicional Missa do Galo é uma das celebrações mais marcantes do ano no Vaticano, e conta com a presença de milhares de fiéis de Roma e do mundo inteiro, que se reúnem para celebrar o nascimento de Cristo.

A celebração também será transmitida ao vivo em nosso canal no YouTube.

 

História

Para celebrar o nascimento de Jesus, a Missa do Galo foi instituída no século V, após o Concílio de Éfeso (431 d.C.), começando a ser celebrada, oficialmente, na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, pelo o papa Sisto III.

É celebrada à meia-noite do dia 24 de dezembro. O galo foi escolhido como símbolo desta celebração porque, histórica e tradicionalmente, representa vigilância, fidelidade e testemunho cristão.

Nos primeiros séculos, as vigílias festivas eram dias de jejum. Os fiéis reuniam-se na igreja e passavam a noite rezando e cantando. A Igreja era toda iluminada com lâmpadas de azeite e com tochas.

Na tradição católica cristã, todas as velas do Advento são acesas na Missa do Galo, para celebrar solenemente o nascimento do Messias, Jesus Cristo: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”!

O Natal é a única celebração do calendário litúrgico que contempla três celebrações Eucarísticas, mas a da noite reúne os aspectos históricos e humanos do nascimento de Cristo.

Hoje, tradicionalmente, depois da missa, as famílias voltam para suas casas, colocam a imagem do Menino Jesus no Presépio, realizam cânticos e orações em memória do Messias, filho de Deus, e confraternizam-se e compartilham a Ceia de Natal, com eventual distribuição de presentes.

Tradições populares

A expressão “Missa do Galo” é específica dos países latinos e deriva da tradição ancestral, segundo a qual, à meia-noite do dia 24 de dezembro, um galo teria cantado fortemente, como nunca ouvido, anunciando a vinda do Messias, filho de Deus vivo, Jesus Cristo.

Outra tradição de origem espanhola, narra que, antes das 12 badaladas dos sinos, à meia noite de 24 de dezembro, os lavradores da província de Toledo, Espanha, matava um galo, em memória daquele que cantou três vezes, quando São Pedro negou Jesus, por ocasião da sua morte.

Depois, o galo era levado à igreja para ser oferecido aos pobres, afim de que seu Natal fosse melhor. Outro costume, em algumas aldeias espanholas, era levar o galo à igreja para que ele cantasse durante a Missa, como uma espécie de prenúncio de boas colheitas.

Outra origem da expressão vem do fato de a Missa da Noite de Natal terminar muito tarde. “Quando as pessoas voltavam para casa, os galos já estavam cantando".

O galo também anuncia o nascer do sol e o seu canto simboliza o amanhecer, comemorado pelos pagãos, como forma de agradecer o surgimento do Sol após o longo período de inverno.

Mas, o nome Missa do Galo é usado somente em países de língua portuguesa e espanhola.

Teria sido Sisto III, no ano 400, a instituir uma Missa para celebrar o nascimento de Cristo ‘ad galli cantus’, isto é, na hora que o galo canta, querendo indicar o início do novo dia, após a meia-noite.

Há quem diz ainda que a origem deste nome incomum remonta aos primórdios do cristianismo, quando os cristãos iam em peregrinação a Belém, onde celebravam a hora do primeiro canto do galo.

Finalmente, dizem que um galo teria assistido ao nascimento do Menino Jesus, na gruta de Belém, além de outros animais, como o burro e a vaca. Assim, o galo teve a tarefa de festejar e anunciar para sempre a data do nascimento do Salvador do mundo. (MT)

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Papa visita Bento XVI para felicitações de Natal

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Rádio Vaticano (RV) - O Papa Francisco foi até o Mosteiro Mater Ecclesia nos Jardins Vaticanos na tarde desta sexta-feira (23/12), para levar pessoalmente as suas felicitações de Natal a Bento XVI.

"O gesto é parte da simplicidade da relação entre o Santo Padre e o Papa Emérito", lê-se numa comunicação interna da Rádio Vaticano.

Encontros públicos

O primeiro – histórico – foi o encontro em Castel Gandolfo, no dia 23 de março de 2013, quando Bento XVI e Francisco rezaram juntos por alguns momentos.

Depois disso, em 5 de julho de 2013, Bento XVI apareceu novamente ao lado de Francisco durante a inauguração de um monumento a São Miguel, nos Jardins Vaticanos.

Em 22 de fevereiro de 2014, durante o consistório para a criação de novos cardeais, a Basílica Vaticana teve pela primeira vez na história a presença de dois papas.

Ratzinger voltaria a encontrar o público – e Bergoglio – em 27 de abril de 2014, quando da canonização de São João Paulo II e São João XXIII, na Praça São Pedro.

Dois meses mais tarde, em 28 de setembro, a convite de Francisco, Bento XVI voltou à Praça São Pedro, onde participou do encontro com a terceira idade. O Papa emérito aparecera bem disposto, apesar de caminhar muito devagar e com a ajuda de uma bengala.

Sempre a convite do Papa Francisco, Bento XVI esteve novamente na Praça São Pedro em 19 de outubro de 2014, quando concelebrou o rito de beatificação do Papa Paulo VI.

Em 2015, Bento XVI voltou à Basílica de São Pedro, onde participou do consistório no qual Francisco criou 20 novos cardeais em 14 de fevereiro.

No final de 2015, Bento XVI passou a Porta Santa da Misericórdia da Basílica de São Pedro, aberta pelo Papa Francisco para o Jubileu, em 8 de dezembro.

Em 20 de novembro de 2016, Francisco foi até o Mosterio Mater Ecclesia, onde foi recebido pelo Papa emérito junto com os novos cardeais criados no Consistório do mesmo dia.

(rb)

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Celebração judaica do Hanukkah, a Festa das Luzes

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Jerusalém (RV) – Enquanto os cristãos celebram neste domingo (25/12) o nascimento de Jesus, os Judeus do mundo inteiro celebram, de 25 a 31, o Hanukkah, em hebraico “Festa das Luzes”. 

Esta festa assinala a libertação, a purificação do Templo de Jerusalém e a revolta contra os selêucidas, liderada por Matatias Macabeu e seus cinco filhos, segundo o Antigo Testamento.

A revolta teria começado devido a uma deterioração das relações entre os judeus e os selêucidas, de cultura helênica, que ocupavam o território no II século antes de Cristo.

Degeneração

No início, os exércitos ocupantes eram bem recebidos em Jerusalém por garantirem aos judeus o respeito do seu culto e a isenção de impostos para os sacerdotes e para o Templo.

Durante o reinado de Antíoco IV, porém, a situação se degenerou. As práticas religiosas judaicas foram proibidas e o Templo profanado. Por fim, foi emanada uma ordem para que os judeus oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos dos selêucidas.

O sacerdote Matatias se recusou a cumprir esta ordem. Por isso, outro judeu aproximou-se do altar e ofereceu o sacrifício em seu lugar. Matatias aproximou-se do homem e o matou. Depois, fugiu com seus filhos e seguidores e armou uma guerrilha contra os selêucidas e judeus colaboracionistas, que terminou com a libertação de Israel.

Raiz da revolta

Uma descoberta arqueológica deu mais credibilidade a esta história bíblica: percebeu-se que três fragmentos de pedra, descobertos em períodos diferentes, faziam parte da mesma tábua; a composição dos fragmentos resultou em um decreto real, que nomeava um cobrador de impostos para as províncias de Israel para recolher o dinheiro dos templos.

Esta decisão do rei Selêuco IV reflete uma alteração radical nas relações entre os ocupantes e os judeus, que teria causado muito mal-estar entre eles e explicaria a degeneração da situação pacífica da região, a ponto de desencadear a revolta dos Macabeus.

Poucos anos depois do decreto, Antíoco IV subiu ao trono, radicalizando a hostilidade e transformando o Templo num santuário a Zeus, um deus grego.

Recordação

A festa judaica de Hanukkah recorda ainda o acontecimento de um milagre. Após a libertação do Templo, havia azeite suficiente para manter a chama eterna acesa apenas para mais um dia. Por graça de Deus, a chama ardeu durante oito dias, o tempo necessário para se fazer e consagrar mais azeite para o Templo.

Um candelabro de nove braços é usado durante a Festa das Luzes: acende-se uma vela por dia, durante oito dias, recordando os dias que a chama ardeu milagrosamente.

O nono braço do candelabro, colocado no centro e mais alto que os outros é para o «shamash», a vela utilizada para acender as outras; ela podia ser utilizada também para fins seculares, para assegurar a pureza das outras oito velas. (MT)

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Dom Pierbattista Pizzaballa em Belém: "O Menino Jesus é a nossa força"

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Jerusalém (RV) – Às vésperas do Santo Natal, o arcebispo Pierbattista Pizzaballa, Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém, entra solenemente, na manhã deste sábado, na cidade de Belém.

Às 23h50, hora local, presidirá, na Basílica da Natividade, a Santa Missa de Natal da meia-noite. 

No último dia 21 de setembro, os fiéis da Terra Santa deram as boas-vindas ao novo Arcebispo, depois da sua nomeação pelo Papa Francisco como Administrador Apostólico do Patriarcado Latino de Jerusalém.

Uma delegação de Frades menores também estava presente na acolhida de seu confrade. A delegação era composta pelo Padre Custódio, Francesco Patton, e o Vigário da Custódia, Frei Dobromir Jazstal, como também o Visitador canônico, Jakab Várnai. Os Capitulares da Custódia interromperam os trabalhos de seu Congresso para unir-se ao acontecimento na Igreja de Jerusalém.

Ao subir pela ruela do Patriarcado latino, em Jerusalém, ao som do hino “Lauda Jerusalem”, cantado por todos os seminaristas da Terra Santa, Dom Pizzaballa presidiu às Vésperas na Co-catedral.

No átrio do Patriarcado, foi acolhido pelo Padre Jamal Khader, em nome dos canônicos do Santo Sepulcro. Estava presente o Cardeal O'Brien, Grande Mestre da Ordem equestre do Santo Sepulcro, proveniente de Roma. Presentes também representantes das 13 Igrejas de Jerusalém, autoridades civis da Palestina e Israel, os Cônsules gerais das Nações latinas.

Durante a celebração das Vésperas, no Patriarcado de Jerusalém, Dom Pizzaballa dirigiu à assembleia e, por meio dela, a toda a Diocese, uma breve mensagem, revelando os pontos principais da sua nova missão na diocese, apesar do contexto difícil.

Em sua primeira coletiva de imprensa, como Administrador Apostólico, Dom Pizzaballa expressou seus votos de que “também neste Natal Deus tem condições de nos surpreender, mas precisamos estar preparados e abrir os olhos às suas surpresas”.

“O ano que está findando – disse ainda o Arcebispo - foi um ano de dificuldades e desafios. Síria, Iraque e Egito sofreram uma onda terrível de violência. A situação dramática causou centenas de milhares de mortos, de milhões de desabrigados e refugiados. Faço votos de que a Comunidade internacional apoie o desenvolvimento e o crescimento desta população e o processo de paz entre Israel e a Palestina. Porém, acreditamos, como cristãos, que este Menino que nasceu em Belém é a nossa força”. (MT)

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Noite de Natal: anúncio do nascimento de Jesus!

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Cidade do Vaticano (RV) - A Vigília do Natal, com a celebração da Missa da Meia-Noite ou Missa do Galo, a Igreja anuncia solenemente o nascimento de Jesus. 

Jesus é o maior Presente da nossa vida! Não há presente maior, melhor e mais sublime, para essa noite, do que a celebração do Natal do nosso Salvador.

“Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e libertou seu povo” (Lucas 1, 68).

O que Deus realiza no meio de nós, nesta noite, e que nós contemplamos é a sua visita à humanidade. Não se trata de uma “visitinha” qualquer. É o Senhor, nosso Deus, que vem nos libertar de tudo o que nos mantém cativos, prisioneiros, pecadores, orgulhosos, gananciosos, soberbos... das tantas coisas que geram laços de morte na vida humana. Jesus veio habitar entre nós, como nosso Salvador e Libertador.

O que vamos celebrar, nesta noite, não é apenas a recordação de um acontecimento passado, de uma noite feliz e abençoada.

Que o Deus Menino nos abençoe! Que tenhamos uma noite santa e alegre!

Com a sua vinda, o Príncipe da Paz se torna ponte, que une, reconcilia e abate as barreiras humanas, sociais, econômicas, étnicas ou culturais.

Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade!

A verdadeira paz é dom de Deus e não será conquistada pelas armas, nem por acordos comerciais. Aprendemos, pela tradição judaica, que “shalom” não significa a ausência de crises e conflitos e de agressões no do lar. A paz não é ausência, mas “presença”: a presença do Senhor no meio do seu Povo.

Mais uma vez, a Noite de Natal vem nos lembrar que a paz está ao alcance de todos. Ela é possível se acolhermos, com amor e alegria, o Menino, o Príncipe da Paz entre nós!!! (MT)

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Editorial: No Natal, tudo muda

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Cidade do Vaticano (RV) – De novo é Natal. E o nosso olhar neste ano se dirige para aqueles que passarão está noite, que mudou a história da humanidade com o nascimento do Filho de Deus, em meio a situações difíceis, em meio ao som de bombas, gerados pelas guerras e pelos conflitos que ceifam a cada dia vidas humanas. Nosso olhar e pensamento vão também para aqueles que nas nossas grandes cidades padecem a indiferença de uma sociedade cada vez mais opulenta, cada vez mais rumorosa, cada vez mais vazia, cada vez mais egoísta. 

Esta Noite Santa nos recorda a importância do outro, a importância do amor, a importância da paz. Nesta Noite nasce o príncipe da paz.

Frequentemente o Natal é uma “festa rumorosa” disse certa vez o Papa Francisco; nos faria bem um pouco de silêncio para ouvir a voz do Amor que nasce. Um choro de criança que marcou a humanidade, numa noite em que nas hospedarias humanas não existia lugar. Teria hoje lugar para nascer nos nossos corações o príncipe? Ou já estaria ele ocupado por outros interesses e momentos efêmeros?

Natal é o momento, como todos os dias, para deixar nascer, entrar Deus no seu coração. Ele bate à nossa porta mas nós muitas vezes não respondemos, não abrimos.

Em um mundo cheio, “embriagado” pelo luxo, pelo consumo, pelo egoísmo, a chegada de Jesus nos pede comportamentos diferentes, sóbrios, para vivermos o essencial. E também, como disse tantas vezes o Papa Francisco, deixar para trás, a “cultura da indiferença”, para direcionar a nossa vida no caminho do outro, da misericórdia. Esse o sentido que deve assumir para a sociedade de hoje a mensagem que aquele Menino envolto em panos e colocado em uma manjedoura vem trazer.

Diante de uma cultura cada vez mais centralizada em si mesmo e na indiferença, e que frequentemente é cruel, o nosso estilo de vida seja cheio de empatia, de compaixão, de misericórdia. “Em um mundo que muitas vezes é duro com o pecador e fraco com o pecado” – disse certa vez Francisco – há necessidade de cultivar um forte sentido de justiça, do buscar e colocar em prática a vontade de Deus.

Com o nascimento do Filho de Deus “tudo muda”, pois este Menino nos ensina o que é verdadeiramente essencial na nossa vida. Nasce na pobreza do mundo, pois para ele não tem lugar na hospedaria. Encontra abrigo em uma estrebaria e é colocado em uma manjedoura onde se alimentam os animais. Essa foi a entrada no mundo do “Senhor do mundo”. Em um lugar insignificante, na periferia do mundo, emerge a luz de Deus, que brilha sobre todos os homens. Tem início ali, naquela noite o caminho da verdadeira libertação do homem.

Todos nós da Redação do Programa Brasileiro queremos expressar a nossa gratidão a todos os nossos ouvintes e leitores que acompanham a Rádio do Papa desejando a todos um Feliz e Santo Natal, repleto daquela esperança que o Menino Deus nos traz. Que ele possa ser fonte de alegria para todos aqueles que passam por dificuldades e que o seu amor preencha o vazio da solidão provocada pelas atitudes deste mundo. Feliz Natal no Senhor, que tudo muda. (Silvonei José)

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