Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 26/12/2016

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Angelus: afeto, oração e lágrimas pelos cristãos odiados no mundo

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Cidade do Vaticano (RV) – “O mundo odeia os cristãos, pela mesma razão pela qual odiava Jesus, porque Ele trouxe a luz de Deus e o mundo prefere as trevas para esconder as suas más obras”. Foi o que disse o Papa Francisco durante a sua alocução que precedeu a Oração mariana do Angelus na Praça São Pedro, por ocasião da festa do protomártir Estevão, o primeiro de uma longa série – observou o Papa – que continua até hoje. 

Hoje, disse o Papa, há oposição entre a mentalidade do Evangelho e a mentalidade mundana. Seguir Jesus significa seguir a sua luz, que se ascendeu na noite de Natal, e abandonar as trevas do mundo.

A alegria do Natal enche também hoje os nossos corações, enquanto a liturgia nos faz celebrar o martírio de Santo Estevão, o primeiro mártir, convidando-nos a recolher o testemunho que através do seu sacrifício, ele nos deixou. É o testemunho glorioso do martírio cristão, sofrido por amor a Jesus Cristo.

O protomártir Estevão, cheio do Espírito Santo, foi apedrejado porque confessou sua fé em Jesus Cristo, Filho de Deus. O unigênito que vem ao mundo convida cada fiel a escolher o caminho da luz e da vida. Este é o significado profundo da sua vinda entre nós. Amando o Senhor e obedecendo à sua voz, o diácono Estevão escolheu Cristo, Vida e Luz para cada homem. Ao escolher a verdade, ele se tornou ao mesmo tempo vítima do mistério do mal presente no mundo. Mas Estevão em Cristo venceu!

Também hoje a Igreja, para dar testemunho da luz e da verdade, experimenta em diversos lugares duras perseguições, chegando até a suprema prova do martírio, disse Francisco, acrescentando.

“Quantos nossos irmãos e irmãs na fé sofrem abusos, violências e são odiados por causa de Jesus! Hoje queremos pensar neles e estar perto deles com o nosso afeto, a nossa oração e também com as nossas lágrimas. Digo a vocês uma coisa: os mártires de hoje são mais numerosos em relação aos mártires dos primeiros séculos”. Quando lemos a história – improvisou o Papa -, lemos tanta crueldade para com os cristãos.

O Papa recordou que ontem, dia de Natal, os cristãos perseguidos no Iraque celebraram o Natal na sua Catedral destruída; um exemplo de fidelidade ao Evangelho. “Eles testemunham com coragem a sua fidelidade a Cristo”.

Falando ainda dos cristãos perseguidos afirmou que apesar das provas e perigos, eles dão testemunho com coragem da sua pertença a Cristo e vivem o Evangelho comprometendo-se em favor dos últimos, dos mais esquecidos, fazendo o bem a todos sem distinção; testemunham a caridade na verdade.

Ao fazer espaço dentro do nosso coração ao Filho de Deus que Se doa a nós no Natal, renovamos - exortou o Papa - a alegre e corajosa vontade de segui-Lo fielmente como o único guia, perseverando em viver de acordo com a mentalidade evangélica e recusando a mentalidade dos dominadores deste mundo.

Francisco concluiu suas palavras pedindo à Virgem Maria, Mãe de Deus e Rainha dos Mártires, para que nos guie e sempre nos sustente em nosso caminho no seguimento de Jesus Cristo, que contemplamos na gruta do presépio.

Em seguida concedeu a todos a sua Benção Apostólica.

 

 

 

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Pesar do Papa pelo acidente aéreo russo

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Após a oração do Angelus o Papa Francisco dirigiu seu pensamento e proximidade ao “querido povo russo”. 

“Meus pêsames pela trágica notícia do avião russo que caiu no Mar Negro. O Senhor console os familiares das vítimas: jornalistas, tripulação e os membros do excelente coral e orquestra da Armada Russa. Em 2004 o coral se exibiu no Vaticano por ocasião do 26º aniversário do Pontificado de São João Paulo II. Que Nossa Senhora apoie os esforços daqueles que estão comprometidos nas buscas, que ainda continuam”.

O avião militar saiu de Moscou nas primeiras horas da manhã deste domingo com 84 passageiros e 8 membros da tribulação. A maioria dos passageiros era militar, entre eles 60 integrantes do Coro: os demais eram jornalistas e técnicos da televisão estatal.

Ainda nas suas palavras finais o Papa saudou todos os presentes na Praça São Pedro provenientes da Itália e de diversas nações. A eles renovou os seus votos de paz e de serenidade. Saúdo e envio - continuou -, os melhores votos a todas as pessoas que se chamam Estevão ou Estefânia!

Francisco disse ainda que nas últimas semanas recebeu muitas mensagens de felicitações de todo o mundo. Não podendo responder a cada uma, exprimo hoje os meus sinceros agradecimentos a todos, especialmente pelo presente da oração. Obrigado de coração! Que o Senhor os recompense com a sua generosidade, finalizou o Papa. (SP)

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Terremoto: restauradores dos Museus Vaticanos ajudam na recuperação de obras

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Cidade do Vaticano (RV) – “Cinco de nossos restauradores já estão trabalhando nas zonas atingidas pelo terremoto, prevalentemente na  Úmbria, entre Núrcia e Espoleto”, afirmou na sexta-feira Barbara Jatta, a nova Diretora dos Museus Vaticanos que assumirá em 1º de janeiro. 

“Cerca de 20 de nossos 65 especialistas mostraram-se disponíveis em colaborar com as Superintendências locais na recuperação de afrescos e peças importantes sob os escombros. Muitas das obras – refere o L’Osservatore Romano – serão levadas aos Museus para serem restauradas.

“Decidimos dar uma mão também com a escolha dos fornecedores para a restauração interna, adquirindo produtos que provenham destas regiões”, acrescentou Jatta.

50 igrejas visitas e 25 obras recuperadas

Não obstante as difíceis condições de trabalho e os contínuos abalos, os restauradores dos Museus já visitaram 25 igrejas e seis ciclos de afrescos e recuperado 25 peças importantes danificadas pelo sismo.

Boas notícias chegam também de Rieti. Na noite de 24 de dezembro foi reaberta a Basílica catedral, que havia sido fechada depois do abalo de 30 de outubro. A decisão foi tomada após a vistoria realizada por funcionários do Ministério dos Bens Culturais em 21 de dezembro.

Nas últimas semanas a estrutura havia sido submetida à intervenções de consolidação no transepto e na nave central. A abside, que sofreu maiores danos, permanecerá interditada a espera de ulteriores trabalhos.

(Je/Osservatore Romano)

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Igreja no Brasil



Franciscanos em SP celebram Natal com moradores de rua

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São Paulo (RV) – No centro da cidade de São Paulo há cerca de 8 mil moradores de rua. Todos os dias, uma parte destes, de 300 a 400 pessoas, é alimentada pelos frades do Convento São Francisco. Ajudados por voluntários e com o sustento econômico de doadores, os 16 frades preparam e servem almoço e lanche no Salão São Francisco. A RV conversou com o Custódio do Convento, Frei Mario Tagliari

Confraternização com emoção

“No dia de ontem (25/12), tivemos um momento especial com eles. Na hora do almoço, solicitei uma voluntária para entrar com o Menino Jesus e assim, por uma bonita coincidência, a voluntária, moradora de rua, se chamava Maria. Foi muito emocionante. Cantamos todos juntos ‘Noite Feliz’. Todos ficaram de pé e cantaram. Rezamos o Pai-Nosso de mãos dadas, desejando um Feliz natal uns aos outros”.

Em São Paulo e suas cidades-satélites, chega a 20 mil o número de moradores de rua. Uma das razões é a crise. Há muita gente desempregada. Percebo que entre eles, há muitos com boa formação; leem livros, até muitas vezes de filosofia, e outros temas. Percebemos que são pessoas qualificadas para o trabalho e que estão sem emprego. Vivem uma realidade muito sofrida”. 

Como obter os recursos econômicos?

“Temos uma tradição de doações, que as pessoas fazem para o Pão dos Pobres de Santo Antônio. No Convento dos franciscanos, há a tradição, todas as terças-feiras, de distribuir o pãozinho de Santo Antônio. Então, com isso, fazemos motivação para as pessoas. Também, junto com a padaria que funciona aqui no Convento, temos muitos voluntários que nos ajudam na confecção do pão. Também fazemos pães para vender, na porta do Convento, e as pessoas sabem que comprando este pão estão ajudando a dar pão aos pobres. Ainda há um convênio com o governo municipal aqui da Prefeitura de São Paulo, uma subvenção para isso. Basicamente, vivemos de doações. Sempre temos também voluntários que vêm servir na hora do almoço”.

Dom Cláudio e o panetone de 4kg

“Ontem (25/12) tivemos o nosso querido confrade franciscano, Dom Cláudio Hummes, o verdadeiro profeta, pastor, amigo dos pobres entre os mais pobres. Então ele trouxe um grande panetone de 4 kg, que foi partido em pedacinhos menores e no lanche da tarde, tivemos o ‘panetone do Dom Cláudio. Ele vem sempre conosco aqui. Ele tem um trabalho belíssimo na Amazônia inteira, junto aos povos ribeirinhos. Realmente, ele é um grande amigo nosso e também nos ajuda”. 

(cm)

 

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Igreja na América Latina



Card. Sturla deplora infantilização da pobreza no Uruguai

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Montevidéu (RV) – O Cardeal Arcebispo de Montevidéu, Dom Daniel Sturla, expressou em sua mensagem de Natal que é uma “tragédia” que uma em cada cinco crianças uruguaias nasça abaixo da linha de pobreza. “Há anos falamos da infantilização da pobreza no Uruguai, porém, o que fazemos?”, questiona. 

O Cardeal Sturla disse que Jesus, na festa de seu nascimento, “vem com um pão debaixo do braço: o pão da alegria, da esperança, do sentido da vida, ao mesmo tempo que sacode a nossa indiferença diante da realidade de tantas crianças que hoje, entre nós, nascem na pobreza”.

O fato de que uma em cada cinco crianças no Uruguai nasça abaixo da linha da pobreza, “é uma tragédia para o presente e para o futuro”, alerta o Arcebispo de Montevidéu.

“Quando depois lamentamos a fragmentação social que padecemos, a quantidade de pessoas privadas de liberdade, as mortes violentas nas ruas e nas prisões, sabemos que parte desta situação tem a ver com uma realidade que não pode nos deixar indiferentes: os uruguaios que desde o nascimento têm menos oportunidades”.

Diante desta realidade, o purpurado questiona se “não há uma enorme carência de espiritualidade que mergulha muitos na apatia, deixando-os indiferentes com a própria situação ou com o outro que padece?”.

(je)

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Igreja no Mundo



Pêsames do Patriarca russo pelo queda de avião militar

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Moscou (RV) – O Patriarca Kirill, líder da Igreja ortodoxa russa, enviou os pêsames aos familiares dos militares mortos na manhã deste domingo (25), em consequência da queda do avião militar um Tubolev-154 no Mar Negro, a caminho da Síria. O avião militar saiu de Moscou nas primeiras horas da manhã deste domingo com 84 passageiros e 8 membros da tribulação. A maioria dos passageiros era militar, entre eles 60 integrantes Coro Alexandrov, os demais eram jornalistas e técnicos da televisão estatal. 

Após uma escala técnica no aeroporto de Sochi, o avião levantou voou rumo à base russa de Larákia, na Síria, onde o Coro devia realizar uma série de espetáculos para as tropas russas que combatem contra o Estado islâmico, como preparação à festa de Natal, que na Rússia se celebra no próximo dia 7 de janeiro.

Vinte minutos após ter deixado o aeroporto de Sochi o avião desapareceu dos radares. Segundo informações do Ministério russo da Defesa ninguém sobreviveu ao desastre. (SP)

 

 

 

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Bartolomeu I declara 2017 como "Ano da Sacralidade da Infância"

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Istambul (RV) – O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, primus inter pares entre os Primazes das Igrejas Ortodoxas, decidiu proclamar 2017na Turquia como o Ano da sacralidade da Infância.

A informação é do próprio Patriarca, que na mensagem de Natal, demonstrou esta particular solicitude pela infância, inspirado no mistério do nascimento de Jesus.

“A festa do Verbo de Deus, que tornou-se um recém-nascido, Jesus Menino - que as autoridades do mundo queriam eliminar, segundo o Evangelista Mateus - é para nós um pró-memória e um convite a ter cuidado pelas crianças, a proteger estas vítimas vulneráveis e a respeitar a sacralidade da infância”, lê-se na mensagem divulgada pela Agência Fides.

Crianças, vítimas do mundo de hoje

As crianças de hoje – recorda o Patriarca – não são somente  vítimas das guerras e das migrações forçadas, mas “são ameaçadas também nos países economicamente desenvolvidos e politicamente estáveis do mundo”, quer pela crise do matrimônio e da família, quer pelas tantas formas de violência física ou espiritual.

“A alma de uma criança – escreve Bartolomeu I – é manipulada por meio do forte consumo das mídias eletrônicas, em particular a televisão e a internet”.

A economia consumista “as transforma desde tenra idade em consumidores, enquanto a busca pelo prazer faz desaparecer rapidamente a sua inocência”.

Predileção de Jesus pelas crianças

Em sua mensagem de Natal, o Patriarca Ecumênico repropõe as frases do Evangelho em que se sintetiza o amor e a predileção de Jesus pelas crianças: “A nossa santíssima Igreja propõe as palavras de nosso Senhor: “Se não vos converterdes e vos nos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus”, e “quem não acolhe o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele”.

Todo o mistério de Natal – diz Bartolomeu – está sintetizado nas palavras do Kontakion (hino) festivo: “Nasceu para nós um menino, Deus antes de todos os tempos”.

Deus se revela ao mundo com “coração puro e a simplicidade de uma criança”. As crianças compreendem verdades que fogem das pessoas que se julgam inteligentes.

O Patriarca, por fim, cita também o poeta grego Odisseias Elytis: “Jerusalém pode ser construída somente com as crianças!”.

 

(je/gv)

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'Sala do Despojamento' de S. Francisco em Assis será Santuário

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Cidade do Vaticano – Enquanto o Papa, no Vaticano, lamentava que o Natal hoje é refém do consumismo, Dom Domenico Sorrentino, bispo de Assis, cidade onde nasceu o santo referência da Igreja ‘pobres para os pobres’, anunciava a criação do ‘Santuário do Despojamento’. 

Em acordo com o Papa, o bispo vai constituir o Santuário na célebre sala aonde São Francisco trocou definitivamente seus ricos trajes pelo hábito dos pobres: o lugar no qual o Santo da paz se doou totalmente a Deus despojando-se de todos os seus bens para doá-los aos que nada tinham. Um gesto tão radical e inconformista considerado ‘subversivo’ ao ponto de ser retratado pelo artista Giotto no ciclo da vida do santo. A sala do “Despojamento de São Francisco”, no episcopado de Assis, é adjacente à igreja de Santa Maria Maior, a antiga catedral da cidade.

A nota do bispo

Dom Sorrentino escreve: “Com o objetivo de oferecer uma nova contribuição a esta singular vocação de Assis, considerei oportuno dar mais relevo a um outro centro espiritual que tem seu ponto principal no episcopado e na igreja de Santa Maria Maior. É nesta área que 8 séculos atrás, o jovem Francisco fez o clamoroso gesto de se despojar de tudo para ser todo de Deus e dos irmãos. Nós conhecemos este gesto como ‘despojamento’. Este ícone ficou mais nítido depois da visita realizada em 4 de outubro de 2013 pelo Papa à Sala do Despojamento. Foi uma data histórica para a redescoberta daquele evento singular da vida de nosso santo”. 

(cm)

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O tradicional Natal da Comunidade de S. Egídio com os pobres

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Cidade do Vaticano (RV) – A Comunidade de Santo Egídio promoveu domingo (25/12) o tradicional almoço de Natal organizado para os pobres, na Basílica de Santa Maria in Trastevere, em Roma.

 
O almoço é realizado desde 1982, quando um pequeno grupo de pessoas pobres foi recebido na mesa. Na primeira vez, os convidados foram 20, em maioria idosos do bairro que estavam sozinhos naqueles dias e moradores de rua que frequentavam a Comunidade. 

Evento ganhou repercussão

Passaram-se mais de 30 anos e a mesa foi se ampliando. Hoje, o evento se realiza em todos os lugares aonde a Comunidade está presente. Centenas de milhares de carentes já foram envolvidos, neste almoço extraordinário. 

Participam principalmente pessoas que vivem nas ruas: sem-teto, crianças, mendicantes, estrangeiros, idosos, doentes mentais. Ao lado dos pobres, se sentam voluntários e pessoas comuns que querem viver o verdadeiro sentido do Natal; gente que quer ajudar a preparar e a servir de idades, línguas, tradições e religiões diferentes: não só cristãos, mas também judeus e muçulmanos. 

Almoço em 78 países

Em 2015, mais de 200 mil pessoas compartilharam esta ‘mesa de festa’ em 600 cidades de 78 países do mundo. E em 96 cárceres, num total de 18 mil prisioneiros, o Natal foi celebrado assim. 

(CM)

 

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Gaza. O Pároco: Natal sem luz mas com a esperança no coração

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Gaza (RV) – O Natal na conclusão do Jubileu da Misericórdia: um momento de esperança e de perdão para um povo sedento de paz e justiça: Foi o que disse à Rádio Vaticano descrevendo o período de festa que estamos vivendo, o pároco de Gaza, o brasileiro, Padre Mário da Silva: 

R. - Este ano, aproveitamos a oportunidade para pregar sobre este tema: o que é a misericórdia, de modo especial o perdão; não só ser perdoado, mas também perdoar aqueles que são nossos inimigos, aqueles que nos feriram. Aqui, é muito importante porque as injustiças sofridas pelos palestinos em Gaza são muito grandes. Então, é preciso saber perdoar realmente.

P. - O Natal é acima de tudo - como diz o Papa - a festa da proximidade de Deus, através de seu Filho, a nós. Como fazer sentir essa proximidade a uma população que está constantemente sofrendo?

R. - Aqui parece que o Natal seja uma festa ainda maior do que a Páscoa; é o momento em que toda a comunidade cristã vem para fazer uma visita, para fazer votos de Feliz de Natal; aqui o Natal é a festa da paz. Já que este povo tem tanta necessidade de paz, este é o momento propício para ter esperança. Essa proximidade com Deus da qual fala o Papa, podemos ver aqui, porque mesmo se vivemos em meio a dificuldades, embora haja guerras e injustiças, vemos uma proximidade de Deus de uma maneira especial, através da Igreja. Aqui a Igreja não tem somente o papel espiritual que desempenha em todo o mundo, mas também um papel social, ou seja, a ajuda que a Igreja dá a toda a população. As ajudas vêm de diferentes partes do mundo que nos fazem sentir Deus, também materialmente, mais perto de nós. (SP)

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Após 4 anos, cristãos de Aleppo participam da Missa de Natal

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Aleppo (RV) – A Igreja Maronita de Santo Elias acolheu na noite de sábado, 24 de dezembro, a celebração da tradicional Missa de Natal. Foi a primeira vez em quatro anos que os cristãos puderam celebrar juntos o nascimento de Jesus, visto que os combates obrigaram a igreja a permanecer fechada.

A celebração reuniu fieis no templo que tem parte do teto destruído, assim como seus bancos de madeira (amontoados no fundo da igreja). A solução encontrada para acolher os fieis foi providenciar cadeiras de plástico.  A cerimônia teve cantos em árabe, francês e inglês.

Alguns muçulmanos também participaram da Missa de Natal na histórica igreja construída em 1873, localizada no Bairro de Yadaydeh, no Centro Histórico de Aleppo, palco de ferozes combates entre forças governamentais e rebeldes.

Na última quinta-feira o Exército sírio havia declarado Aleppo “cidade livre de terroristas”, depois da saída do último comboio que retirou civis e rebeldes da cidade, uma das mais castigadas pelo conflito que já dura cinco anos.

O Papa Francisco iniciou sua mensagem de Natal “à cidade e ao mundo” no domingo 25, pedindo “paz aos homens e mulheres na martirizada Síria, onde já demasiado sangue foi versado. Sobretudo na cidade de Aleppo, cenário nas últimas semanas de uma das batalhas mais atrozes, é tão urgente assegurar assistência e conforto à população civil exausta, respeitando o direito humanitário. É tempo - frisou o Pontífice -  que as armas se calem definitivamente e que a comunidade internacional se empenhe ativamente para se alcançar uma solução negociada e restabelecer a convivência civil no país”.

(RV com Efe)

 

 

 

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Natal renova esperança de cristãos no Iraque

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Irbil (RV) –  "Quando você trata um câncer, tem que usar medidas infelizes", afirmou o Arcebispo católico caldeu de Irbil, Dom  Bashar Warda, interpelado por um jornalista da BBC se era correto matar membros do chamado Estado Islâmico.

"Eles nos consideram blasfemos e infiéis -  continuou ele - se recusam a negociar, recusam o diálogo, recusam o nosso direito de existir – não nos consideram como um ser humano e tentam nos exterminar. Que outra opção você teria para terminar com a violência deles?".

O Arcebispo foi aplaudido na Catedral de São José, em Irbil, ao fazer estas mesmas afirmações diante de cerca de mil fieis iraquianos que participaram da Missa de Natal e da consagração da nova Catedral.

A Missa – celebrada na língua caldeia, próxima ao aramaico - foi animada por um coral de homens e mulheres vestindo um uniforme creme, contrastando com as vestes vermelhas e brancas das crianças que assistiram Dom Warda que presidiu a celebração.

O novo altar da Catedral de São José contém pedaços de pedra que o Arcebispo Bashar recuperou dos altares de duas igrejas que foram destruída em dois povoados cristãos perto de Mosul. O templo tem novos murais em vermelho e dourado, retratando a infância de Jesus com Maria e José.

A missa de consagração em Irbil foi seguida por fogos de artifício e um bolo, também para festejar a nova cruz vermelha colocada no alto do templo – com o coral cantando uma melancólica canção nostálgica - Auld Lang Syne - em árabe.

Uma das frases da canção diz: "Nossas vozes se elevam em um doce acorde para agradecer ao Senhor".

Maria - Mariam em árabe – é venerada de forma toda especial na região. Jesus também é venerado no Islã, assim como Maria, sua mãe.

Há 11 anos Dom Bashar Warda era pároco em Bagdá da Igreja de São Elias, localizada bem ao lado de uma mesquita xiita. Não era difícil encontrar mulheres muçulmanas  rezando diante de uma imagem da Nossa Senhora no pátio da Igreja, relata o jornalista da BBC, que também visitou uma escola primária mantida pela igreja local, frequentada por mais de 400 crianças cristãs e muçulmanas (60% e 40%, respectivamente).

“Não há educação religiosa – explicou Dom Warda - apenas aprendemos a viver juntos, estudar juntos, aceitar uns aos outros". "É a maneira iraquiana de viver juntos".

As violências que se seguiram nos anos seguintes minaram profundamente este percurso iraquiano de convivência inter-religiosa. Vários sacerdotes foram mortos - um deles decapitado e esquartejado.

O Arcebispo anterior de Mosul morreu depois de ser sequestrado, e um Padre em Bagdá foi sequestrado e libertado apenas com o pagamento de um resgate.

A Al-Qaeda no Iraque e o Estado Islâmico mataram centenas de cristãos e obrigaram milhares a deixar as suas casas com a roupa do corpo.

Mesmo diante desta situação, o Natal de 2016 trouxe esperança e algum alívio para milhares de cristãos iraquianos. Várias de suas cidades e aldeias nas proximidades de Mosul foram libertadas dos ocupantes do Isis.

(JE/BBC)

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R. D. do Congo: Igreja Católica espera acordo ainda este ano

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Kinshasa (RV) – A Igreja Católica da  R.D. do Congo anunciou neste domingo que está comprometida na mediação para que até o dia 30 de dezembro se chegue a um acordo a fim de superar a crise político-institucional em que mergulhou o país por causa da permanência na Presidência de Joseph Kabila. 

Desde o dia 08 de dezembro, os bispos estão mediando as negociações entre a oposição e o governo para permitir um plano de transição até à eleição que irá eleger o novo presidente da República. “Acreditamos que até sexta-feira, 30 de dezembro, chegaremos a um acordo aprovado e assinado”, afirmou o Arcebispo Dom Marcel Utembi. “Chegamos ao fim do túnel... A solução consensual para o período de transição já está a 95%”, afirmou o prelado.

“A Conferência Episcopal Congolesa está fazendo seu trabalho e está de portas abertas para conversar seja com as autoridades do governo, sejam com os líderes da oposição”, acrescentou o arcebispo de Kisangani, que é o principal mediador no impasse político-institucional.

Durante este mês de dezembro, o Papa Francisco teve um encontro com o Presidente Joseph Kabila e com a presidência dos Bispos congoleses para facilitar a pacificação do País. (SP)

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Segundo estimativas, 90 mil cristãos foram mortos em 2016

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Roma (RV) – A Igreja festeja neste 26 de dezembro Santo Estêvão, o primeiro mártir. A perseguição não é um fenômeno esporádico na história do cristianismo, mas marcou profundamente a vida dos cristãos até os dias de hoje, em muitos países do mundo.

O próprio Papa tem reiterado em diversas ocasiões, que a violência contra os cristãos é mais intensa hoje do que nos primeiros tempos da Igreja.

O Diretor do Centro de Estudos Novas Religiões, Prof. Massimo Introvigne, falou à Rádio Vaticano sobre esta perseguição, baseado em estimativas que indicam que 90 mil cristãos foram mortos devido à sua fé em 2016, ou seja, um a cada seis minutos. Por outro lado, entre 500 a 600 milhões de cristãos não podem professar sua fé de modo totalmente livre no mundo de hoje:

“O reconhecido Center for Study of Global Christianity publicará no próximo mês a sua estatística 2016, que fala de 90 mil cristãos mortos pela sua fé, um morto a cada 6 minutos, um pouco menos do que os 105 mil mortos há dois anos. Deste, 70 % (63 mil), foram mortos em conflitos tribais na África. O Centro estadunidense os inclui na estatística, porque considera que em grande parte trata-se de cristãos que se recusam a pegar em armas por razão de consciência. Os outros 30%, ou seja, 27 mil, derivam, pelo contrário, de atentados terroristas, destruição de povoados cristãos, perseguições governamentais, como no caso da Coreia do Norte”.

RV: Mas, em relação aos cristãos perseguidos em todo o mundo, existe alguma estimativa?

“Confrontando as estatísticas de pelo menos três diversos Centros de pesquisa dos Estados Unidos, e também do meu, o Censur, e comparando os dados de 102 diferentes países, as estimativas variam de 500 a 600 milhões de cristãos que não podem professar a própria fé de modo totalmente livre. Sem querer esquecer ou diminuir os sofrimentos dos membros de outras religiões, os cristãos são o grupo religiosos mais perseguido no mundo. Alguém pode ficar perplexo diante das estatísticas, pois em algum lugar o Center for Study of Global Christianity nos dá esta cifra de 90 mil, enquanto outros nos falam de alguns milhares, outros ainda de algumas centenas. Quando as discrepâncias são assim grandes, é claro que estão sendo consultadas fontes diversas. Quem conta as pessoas colocadas diante - conscientemente - à trágica escolha: “Ou renegues a tua fé ou morrerás”, conta a cada ano centenas.  Quem tem uma noção um pouco mais ampla: não “candidatos à beatificação”, mas pessoas que consideram que poderiam ser mortas realizando certos gestos ou práticas de fé, fala de algumas milhares. Se, porém, se fala que são mortas no sentido estreito porque são cristãs, então chegamos aos 90 mil, ou seja, um morto a cada seis minutos”.

RV: Não se pode que não recordar aquela que é a brutal perseguição contra os cristãos, e não somente, perpetrada pelo autoproclamado Estado Islâmico nos territórios conquistados. Existem exemplos de cristãos que perderam a vida por permanecerem fieis ao Senhor nestes territórios?

“Sim, nos territórios do autoproclamado Estado Islâmico existem diversos casos, entre os quais a Igreja está estudando em vista de uma possível beatificação; existem cristãos que escolheram conscientemente permanecer nestes territórios e continuar, como podiam, testemunhar a sua fé. Falando do Estado Islâmico, não devemos esquecer que o Estado Islâmico mata também muitos muçulmanos e que, em 2016, segundo as nossas estimativas, o número de cristãos mortos pela sua fé e o número de muçulmanos mortos pela sua fé – caso se fizer exceção à África, mas falamos de outros continentes, em particular a Ásia – é um número muito semelhante. Os muçulmanos, no geral, são mortos por outros muçulmanos: os muçulmanos xiitas, muçulmanos que não estão de acordo com uma certa declinação do Islã, são mortos por muçulmanos mais extremistas, como no caso do Isis”.

RV: O que mais toca neste caso das perseguições?

“Dois pontos. O primeiro é que um pouco em todos os países cresce a intolerância e a intolerância é a entrada para a discriminação que depois, por sua vez, é a entrada para as perseguições. E depois o comportamento calmo, nobre, muitas vezes exemplar de minorias cristãs submetidas a todo tipo de opressões, mas que somente em casos raríssimos responderam à violência com a violência, enquanto na maior parte dos casos testemunharam serenamente a sua fé, muito frequentemente perdoando seus perseguidores e rezando por eles”.

(je/dd)

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Filipinas: polícia busca responsáveis por explosão diante de igreja

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Manila (RV) – A polícia das Filipinas busca os responsáveis pelo ataque em frente a uma igreja católica na noite de sábado e que provocou ferimentos em 13 pessoas, entre elas um oficial.

A explosão da granada ocorreu a cerca de 30 metros da porta frontal do templo, na cidade de Midsayap, Província de Cotabato, Ilha de Mindanao.

A deflagração do artefato, embaixo de uma viatura da polícia, feriu vários fieis que se dirigiam à igreja para a Missa da Noite de Natal, informou o diário “Philippines Star”.

As autoridades investigam se existem motivações políticas ou religiosas por trás do ataque.

Até o domingo, nenhum grupo havia assumido o atentado.

Vários grupos de radicais muçulmanos atuam na Ilha de Mindanao, onde a maioria da população é muçulmana, em um país predominantemente católico, e exigem a independência da região do Governo de Manila.

(je)

 

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Atualidades



Presidente colombiano agradece palavras do Papa em favor da paz

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Bogotá (RV) – O Presidente colombiano Juan Manuel Santos agradeceu ao Papa Francisco pelo chamado à “concórdia” na Colômbia, onde se desenvolve um processo de paz com a guerrilha das FARC e assim colocar fim a cinquenta anos de conflito.

“O diálogo e a reconciliação nos guiarão sempre até a paz. Obrigado @Pontifex_es por estas sábias palabras e sua bênção para a Colômbia”, escreveu o mandatário em sua conta Twitter.

De fato, na tradicional Bênção Urbi et Orbi por ocasião do Natal, o Papa Francisco pediu “concórdia” para “o querido povo colombiano”, que deseja cumprir um novo e corajoso caminho de diálogo e reconciliação”.

O Pontífice reuniu-se no Vaticano com Santos – Prêmio Nobel da Paz 2016 - em 16 de de dezembro último.

O Congresso aprovou em 30 de novembro o acordo entre as Farc e Governo, depois de o pacto ter sido renegociado para incluir propostas da oposição debido à rejeição do texto original no plebiscito realizado em 2 de outubro.

Por outro lado, as negociações públicas com o ‘Ejército de Liberación Nacional’ (ELN, guevarista), que deveriam ter começado em 27 de outubro pasado, estão suspensas até que o grupo guerrilheiro liberte o excongressista Odín Sánchez

O conflito armado na Colômbia, que envolveu guerrilha, para-militares e agentes estatais, provocou a morte de ao menos 260 mil colombianos, 60 mil desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados.

(JE)

 

 

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