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Sumario del 29/12/2016

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Papa e Santa Sé



Pe Spadaro: discernimento e misericórdia marcam Pontificado de Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) – A tocante visita à Auschwitz e aos refugiados na Ilha de Lesbos, na Grécia, a publicação da Amoris Laetitia e ainda o histórico encontro com o Patriarca Kirill, em Havana, além da visita a Lund, na Suécia, para o encontro com os luteranos.

Estes são alguns dos momentos fortes de 2016 do Papa Francisco, também marcado pelo Jubileu da Misericórdia. Para um balanço do ano que está terminando, a Rádio Vaticano entrevistou o Diretor da revista dos jesuítas, “ Civiltà Cattolica”, Padre Antonio Spadaro:

“Eu acredito que as duas grandes marcas do Pontificado de Francisco sejam o discernimento e a misericórdia. A misericórdia implica de fato uma profunda reforma, uma reforma interior da Igreja, a reforma missionária, a virada missionária que o Papa Francisco procurou levar para dentro da Igreja desde o início de seu Pontificado. E falou a respeito disto longamente na Evangelii gaudium. No fundo, a misericórdia é saber que nunca nada poderá nos separar do amor do Senhor que está sempre próximo de nós e que nos espera e nos espera sempre. Portanto, é mostrar o rosto de Deus a uma geração, a de hoje, que o sente, talvez, um pouco distante, um pouco coberto por uma camada de pó. Misericórdia significa que as portas do coração de Deus e da Igreja estão sempre abertas”.

RV: Lesbos, Auschwitz, as regiões atingidas pelo terremoto no centro da Itália: diante do sofrimento, Francisco escolheu o caminho do silêncio e da escuta. Qual a mensagem profunda desta escolha?

“Francisco não quer explicar a dor, esta é uma coisa que me parece ter compreendido muito bem no seu modo de agir: ou seja, não quer justificar Deus, como a velha teodiceia, pela dor do mundo. Quer mostrar como Deus está sempre próximo da humanidade sofredora. E assim, estar em silêncio, significa não propor respostas um pouco boas, um pouco doces, se quisermos, mas de qualquer forma distantes do sofrimento; o silêncio significa estar ao lado e colocar a mão com um gesto, diria, terapêutico. Um gesto que o Papa fez e faz em várias ocasiões sobre as pessoas, mas como vimos, também sobre os muros: em Belém, em Auschwitz. Portanto, o Papa acaricia as feridas porque este é o modo de curá-las. E no fundo, a Cruz de Cristo é exatamente isto: assumir esta dor, este sofrimento que a humanidade vive. Este, portanto, não é um silêncio vazio: é um silêncio repleto de proximidade”.

RV: Amoris laetitia é o documento papal publicado este ano que suscitou mais interesse, mas também críticas no âmbito católico. Este pontificado carrega consigo esta dimensão de tensão. Quais são as indicações que Francisco oferece para enfrentar esta situação?

“Diversas vezes Francisco disse que o conflito faz parte da vida, portanto, é absolutamente importante nos processos eclesiais. O Papa fica preocupado quando nada se move, quando não existem tensões, às vezes quando não existem oposições. Então, se o processo é real, cria tensão efetiva. Amoris laetitia é um documento extraordinário , porque no fundo coloca a história não somente do povo de Deus, mas de cada fiel no centro da relação entre homem e Deus. E assim, coloca o discernimento como critério fundamental e sente, adverte, como a família é o núcleo central, mas também as situações de fratura, de crise, as enfrenta sabendo que o Senhor fala a cada pessoa, considerando a sua história de fé. Portanto, também aqui, neste caso, não existem normas e regras gerais absolutas, abstratas e válidas para cada situação, mas esta Exortação Apostólica é o convite a cada pastor a estar próximo do fiel, a estar próximo da história de cada pessoa”.

RV: O que mais lhe toca da pessoa de Francisco, que há poucos dias completou 80 anos? Existe algo que o tocou em particular neste 2016 que, quem sabe, não havia visto nos anos precedentes em Francisco?

“É difícil, porque são tantos elementos deste Pontífice. Talvez o que tenha mais me tocado neste ano – em que apareceu certa conflitualidade, ao menos em alguns ambientes – é a sua serenidade. O Papa está sempre sereno, não é agitado. Percebe o que acontece ao seu redor, mesmo as coisas que poderiam lhe ser menos agradáveis. Porém, ao mesmo tempo, não perde nunca a serenidade, nunca perde a paz. Ele diz que come bem, dorme bem, e posso mesmo dizer: reza muito. Então esta sua imersão radical em Deus que lhe dá esta grande serenidade é o que, sinceramente, me toca mais profundamente”.

(je/ag)

 

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Quatro milhões de fieis com o Papa no Vaticano em 2016

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Cidade do Vaticano (RV) – Quase quatro milhões de fieis (3.952.140) encontram o Papa Francisco em 2016 nas 11 Audiências Jubilares, 43 Audiências Gerais, Audiências especiais, Celebrações litúrgicas e Angelus. Os dados foram divulgados esta quinta-feira (29/12) pela Prefeitura da Casa Pontifícia. 

Os dados são aproximativos, visto que são calculados com base nas solicitações que chegam à Prefeitura para participar dos eventos e dos bilhetes distribuídos gratuitamente.

A estes dados somam-se estimativas das presenças no Angelus, Regina Coeli e celebrações na Praça São Pedro.

As presenças mais significativas foram registradas nos meses de março – em concomitância com a Semana Santa – e em setembro, por ocasião da canonização de Madre Teresa de Calcutá.

Os dados referem-se única e exclusivamente aos encontros realizados no Vaticano e não compreendem as atividades do Papa com grande participação de fieis, como as visitas realizadas na Diocese de Roma e na Itália, nem as viagens internacionais onde, como é sabido, o Santo Padre encontrou milhares de pessoas nas ruas por onde passou e estádios.

Neste sentido, recordamos as viagens em 2016 do Pontífice ao México, Lesbos, Armênia, Polônia, Geórgia, Azerbaijão e Suécia.

(JE)

 

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Tweet: Deixar-se tocar pela ternura ao contemplar o Presépio

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa publicou nesta quinta-feira um novo tweet em sua conta @Pontifex, em nove línguas.

“Deixemo-nos tocar pela ternura que salva. Aproximemo-nos de Deus que Se faz próximo, detenhamo-nos a olhar o presépio”, diz a mensagem de Francisco.

Precisamente neste 29 de dezembro, a conta do Papa nas diversas línguas chegou aos 32 milhões de seguidores.

A conta em espanhol é a mais seguida, com 12,4 milhões. Após vem o inglês, com 10,2 milhões de seguidores, italiano, com 4,11 milhões, português com 2,44 milhões, polonês com 751 mil, latim com 735 mil, francês com 717 mil, alemão com 412 mil e árabe, com 350 mil.

(je)

 

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Santa Sé e Madagascar celebram 50 anos de relações diplomáticas

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Antananarivo (RV) – O Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, visitará a ilha de Madagascar em janeiro próximo, por ocasião do 50º aniversário das relações diplomáticas entre a nação africana e a Santa Sé. 

O anúncio do estabelecimento das relações deu-se em 19 de setembro de 1966, sendo oficializado com a troca de representantes diplomáticos em 24 de dezembro do mesmo ano.

O purpurado presidirá uma Celebração Eucarística no Estádio de Mahamasina e manterá diversos encontros com as autoridades de Estado, da Igreja local, sacerdotes e seminaristas.

Em junho de 2014, durante visita oficial ao Vaticano, o Presidente de Madagascar, Hery Martial Rajaonarimampianina, convidou oficialmente o Santo Padre para visitar o país onde a presença católica, mesmo minoritária, é relevante.

No comunicado divulgado na ocasião pela Sala de Imprensa da Santa Sé, foi sublinhada “a positiva contribuição da Igreja Católica no caminho da reconciliação nacional e na estabilidade política, assim como a sua contribuição nos setores da educação e da saúde”. Foram destacados ainda temas de interesse comum, como “a luta à pobreza e às desigualdades sociais”

Segundo algumas estatísticas, os católicos no país representam cerca de 24,8% da população. O Anuário Estatístico da Igreja Católica, por sua vez, fala de 33,28% (dados de 2013) e para o mesmo ano, fixa em 15 o número de bispos.

A Igreja Católica está presente no Madagascar desde o final do século XVI, com algumas tentativas de missão realizadas em 1540 e com a chegada dos dominicados em 1580 ,e mais tarde, em 1610, dos jesuítas.

A missão católica foi freada em 1674 com o assassinato de todos os missionários franceses. No século XIX o catolicismo foi banido da Ilha, sendo retomado a partir de 1896. Em 1925 foram realizadas as primeiras ordenações sacerdotais locais. Um dos ordenados, foi ordenado o primeiro bispo do país em 1939. Em 1969, o Madagascar ganhou seu primeiro Cardeal, Jérome Louis Rakotomalala.

Em 1989 o Papa João Paulo II realizou sua visita apostólica ao Madagascar.

(je/il sismógrafo)

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Igreja na América Latina



JMJ 2019: famílias panamenhas querem acolher jovens peregrinos

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Cidade do Panamá (RV) -  Desde o anúncio do Papa Francisco ao final da JMJ Cracóvia de que o Panamá sediaria o próximo encontro mundial da juventude,  centenas de famílias ofereceram-se para acolher em suas casas os jovens peregrinos que chegarão ao país em 2019. 

Foi o que revelou o Secretário Executivo da JMJ Panamá, Víctor Chang, junto com Luis Ponce, da direção de logística, aos sacerdotes, religiosos e religiosas da Arquidiocese do Panamá sobre o megaevento.

Chang antecipou que as paróquias serão as responsáveis em coordenar os alojamentos e distribuir os peregrinos entre as “Famílias de Acolhida”. Ele também falou sobre a necessidade de realizar uma sondagem nas paróquias, para saber quantas famílias estarão dispostas a receber peregrinos em suas casas.

A respeito da acolhida, o Secretário Executivo da JMJ Panamá frisou que as famílias que irão acolher os jovens, devem oferecer um espaço seguro e limpo, com acesso a serviços higiênicos, as pessoas da família devem ter boa saúde e dispor de tempo para conviver com o hóspede.

“São os leigos que terão a tarefa de realizar a sondagem nas paróquias – reiterou – e com base nesta informação, saberemos com quem poderemos contar”.

Chang acrescentou que em 12 de janeiro de 2017, será realizado o primeiro encontro com ao menos dois representantes de cada paróquia.

Em declarações à Aci Prensa, em agosto passado, o Arcebispo do Panamá, Dom José Domingo Ulloa, revelou que a ideia de realizar a JMJ em 2019 no país surgiu em 2013, quando estava sendo celebrada a criação da primeira Diocese em terra firme do continente americano, a  de Santa María la Antigua.

“Vimos que as Jornadas Mundiais – afirmou - são um evento tão rico que a juventude não somente participa, mas se sente Igreja; e pensamos nos tantos jovens, especialmente de nossa região centro-americana, que por fatores econômicos não podem ter a experiência de participar”.

Assim, junto com outro prelado da América Central, Dom Ulloa escreveu ao Papa Francisco pedindo que a capital do Panamá sediasse a Jornada depois de Cracóvia.

Dom Ulloa comentou que desejam mostrar na JMJ a realidade dos jovens centro-americanos, que “estão expostos a mil realidades, como a tendência a migrar, além de serem cooptados muitas vezes por gangues – os maras – sem falar no tráfico de pessoas”.

Em recente visita ao Panamá, o Prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Cardeal Kevin Farrel - responsável pela JMJ 2019 - indicou que o evento “será um momento histórico para a Igreja e para a nação”.

Ademais, reiterou que os panamenhos “têm um coração muito grande”, “são um povo aberto a todos” e “têm a capacidade” de receber este evento.

(je/aci prensa)

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Diocese colombiana auxilia venezuelanos necessitados

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Cucuta (RV) – O Bispo da Diocese colombiana de Cúcuta, Dom Víctor Manuel Ochoa Cadavid, exortou as autoridades a fornecer ajudas humanitárias ao povo venezuelano, recordando que o país enfrenta uma grave crise econômica, motivo que leva muitos venezuelanos a buscar gêneros de primeira necessidade na Colômbia.

Dom Ochoa sublinhou: “Celebramos o Ano da Misericórdia e Deus chama os seus filhos a ajudar os outros, a dar a eles uma mãos e a nossa região deve ajudar os irmãos venezuelanos”.

Na declaração à Rádio Caracol, o prelado evidenciou que na sua Diocese existe o apoio de todas as igrejas, em particular das pastorais sociais, que levas em frente iniciativas para contribuir à solução dos “problemas sociais que atingem a cidade de Cúcuta e a região metropolitana”.

“Vemos a cada dia – afirma – aumentar o fluxo de pessoas em condições horríveis, e isto diz respeito a todos nós. É verdade que é necessário uma solução democrática no país vizinho (Venezuela), mas agora o que podemos fazer é fornecer ajudas humanitárias a estas pessoas em dificuldades”, concluiu o prelado.

Cúcuta, na fronteira com a Venezuela, é uma cidade colombiana com 742.689 habitantes, capital do Departamento de Santander, parte noroeste do país.

Em diversas ocasiões, os Bispos de Cúcuta (Colômbia) e San Cristobal (Venezuela), respectivamente Dom  Ochoa Cadavid e Dom  Moronta Rodríguez, solicitaram às autoridades competentes para tentar resolver o mais rápido possível a crise que atinge os venezuelanos.

(je/fides)

 

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Igreja no Mundo



Taizé: Comunidade Ecumênica reúne 10 mil jovens na Letônia

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Riga (RV) – A Comunidade Ecumênica de Taizé iniciou nesta quarta-feira (27), em Riga, na Letônia, um encontro europeu com cerca de 10 mil jovens. O evento anual, que vai se prolongar até o dia 1º de janeiro de 2017, tem como cenário o “difícil contexto que a Europa atualmente enfrenta”. Os participantes são desafiados a “deixar uma mensagem de paz e de reconciliação”, explica o serviço de comunicação de Taizé, em nota à imprensa. 

Uma das organizadoras do evento é Denisa Chudiaková, que esteve envolvida durante quatro meses na preparação da iniciativa em Riga e no desenvolvimento de contatos tendo em vista a acolhida dos participantes, que estão sendo alojados em centenas de paróquias da capital letã.

A jovem eslovaca, de 24 anos, destacou a importância da proposta de Taizé, que convida os jovens à “abertura” aos outros e aponta um caminho de paz entre povos, religiões e culturas. “Uma mensagem que devemos partilhar onde quer que estejamos”, salienta. 

Temas em debate

Entre os temas em debate, ao longo destes cinco dias, estará o conflito na Ucrânia e nesse contexto “a presença de muitos jovens” daquele país, e também “da Bielorrússia e da Rússia, será particularmente importante”, destaca o comunicado.

É a primeira vez que um Encontro Europeu é organizado em um país que fez parte da antiga União Soviética.

Além da defesa da paz no mundo, a promoção da unidade entre os cristãos tem sido desde sempre um dos grandes objetivos da Comunidade de Taizé, fundada na França pelo irmão Roger Schutz, ainda no contexto da Segunda Guerra Mundial.

Durante o encontro na Letônia, o irmão Alois, atual prior de Taizé, vai publicar uma reflexão intitulada “Juntos, abrir caminhos de esperança”, com quatro propostas para 2017.

Propostas para 2017

Durante o encontro de Riga, a Comunidade Ecumênica de Taizé vai ainda apresentar as suas propostas para 2017, que realçam a necessidade de “abrir caminhos de esperança”, sobretudo, tendo como base o exemplo do continente africano.

Além do Papa Francisco e de outros líderes religiosos também o  Patriarca Ecumênico Bartolomeu I enviou aos jovens uma mensagem afirmando que “existe uma juventude na Europa que diz não aos nacionalismos alimentados pelo medo”.

Mensagem do Patriarca Ecumênico Bartolomeu I

“Vocês estão mais uma vez reunidos no final do ano e início do novo para lembrar à Europa que existe uma energia na juventude cristã neste continente que não pretende se submeter às tentações isolacionistas e nacionalistas, alimentadas pelo medo do terrorismo e, mais geralmente, pelo medo do outro”. Começa assim a mensagem que o Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I escreveu aos jovens que se reúnem em Riga.

“2016 – escreveu Bartolomeu – foi um ano particularmente sangrento e repleto de incertezas para a Europa. No entanto, os desafios que nos esperam em 2017 serão decisivos para traçar as orientações para o futuro europeu”. Na mensagem, o Patriarca fala de uma Europa dividida pela crescente “polarização dos debates políticos”, sobretudo sobre tema como a acolhida dos migrantes, a defesa do meio-ambiente e a crise financeira. “Portanto – acrescenta – acreditamos pensar que o processo de reconciliação ecumênica, politica e social se alicerça sobre a capacidade dos nossos países, povos e indivíduos de dialogarem”.

Através do diálogo, nós nos comprometemos não só a debater ou a negociar, mas também num processos nos une uns aos outros, que não tem outro objetivo a não ser o relacionamento. O diálogo como descoberta do outro. “O diálogo como superação dos preconceitos”, como “centro da nossa vida cristã”, como “o meio mais útil desta civilização que estamos construindo juntos. Uma civilização do diálogo deve inspirar o futuro doa Europa”, finalizou o Patriarca Bartolomeu I. (SP) 

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Ir. Alois: mártires de nosso tempo imploram para estarmos juntos

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Riga (RV) – Solidariedade, diálogo e confiança são as palavras justas.

Solidariedade com os sírios em fuga de Aleppo, com os ortodoxos coptas feridos há alguns dias com o terrível atentado contra a Catedral no Cairo, com as vítimas da loucura do Mercado de Natal em Berlim.

Diálogo entre os jovens ucranianos e russos: conversar, colocar-se à escuta uns dos outros vale mais do que mil atos diplomáticos.

Confiança, como aquela que levam consigo à Riga, na Letônia, milhares de jovens participantes do encontro europeu promovido pela comunidade de Taizé.

Em entrevista concedida à Agência Sir, o Prior da Comunidade de Taizé, Ir. Alois, trata das principais questões que estão sacudindo o mundo.

Síria e Iraque

“A nossa impotência é terrível”, afirma, ao falar da guerra na Síria. “Recentemente telefonei aos franciscanos que vivem em Aleppo oeste. Aquilo que descrevem, é muito sofrimento. Mesmo assim, existem pessoas que não desistem e fazem tudo o que podem, sobretudo pelas crianças. A presença deles permite a nós não cair no desencorajamento. Mas é essencial apoiar estas pessoas com a nossa oração e ajudar o trabalho deles. Existem pessoas na mesma situação também em outros locais como em Mosul”, no Iraque.

Em função disto, o Ir. Alois fará um apelo em Riga para que, por meio de uma coleta chamada “operação esperança”, se possa expressar solidariedade às pessoas que vivem em Aleppo e Mosul.

Ucrânia e Berlim

Mas “a nossa solidariedade com a Síria e o Iraque não deve fazer com que esqueçamos de outros países em dificuldade. Vemos que a violência aumenta na Europa. Experimentamos isto há poucos dias em Berlim.

Em relação à Ucrânia, não se veem soluções no horizonte. É então fundamental que os jovens da Ucrânia e da Rússia conversem entre si, coloquem-se à escuta uns dos outros. A diplomacia será impotente sem similares encontros pessoais.

Visita à comunidade copta no Egito

Pudemos ver em Taizé, nestes últimos dois anos, o quanto encontros deste tipo, muitas vezes difíceis no início, permitem aos jovens optar por um caminho” - explica o Prior - que anuncia outro encontro para 20017:

“Em setembro próximo, com alguns irmãos e com jovens de diversos países, realizaremos uma peregrinação ao Egito e faremos uma visita, em particular, à comunidade copta-ortodoxa. O Bispo Thomas, um dos responsáveis por esta Igreja, esteve em Taizé no verão de 2015. Nos disse o quanto estas visitas são importantes para apoiar os cristãos. O aumento da violência nos obriga a estarmos juntos. São os mártires de nosso tempo, tão numerosos, que imploram por isto”.

Educar para a paz e a esperança

As novas gerações devem ser educadas para a paz, a esperança, “dando a eles confiança, dando a eles responsabilidades. Os encontros de jovens que fazemos em Taizé ou em outras partes do mundo são sustentados por eles, diz Ir. Alois, sublinhando a importância de “ajudá-los também a aprofundar a sua fé, a sua confiança existencial em Deus. Para resistir à instabilidade angustiante da nossa época, é necessário ter raízes profundas e estas raízes têm necessidade de tempo para desenvolverem-se pouco a pouco”.

Mensagem pelos 80 anos de Francisco

Pelos 80 anos do Papa Francisco, o Prior da Comunidade de Taizé assim escreveu a ele: “Gostaria de testemunhar ao senhor o que vemos em Taizé. Muitíssimas pessoas, jovens em particular, e não somente católicos, mas também protestantes, ortodoxos e pertencentes a outras religiões, às vezes até mesmo não-crentes, são sensíveis ao seu coração de pai, à sua generosidade, à abertura que o senhor manifesta por todos os homens. O senhor torna o Evangelho transparente aos seus olhos. Pedimos a Deus para lhe dar saúde por ainda muitos anos, permitindo-lhe assim, de prosseguir neste ministério difícil”.

(JE/Osservatore Romano)

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Patriarca greco-ortodoxo conclui viagem a Aleppo

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Aleppo (RV) – O Patriarca greco-ortodoxo de Antioquia e de todo o Oriente, Youhanna X Yazigi, concluiu na quarta-feira (28/12) uma visita de vários dias à cidade síria de Aleppo, após a retomada da cidade pelas forças do governo de Bashar al-Assad.

O Patriarca presidiu a Missa de Natal na Igreja de Santo Elias, na noite de 24 de dezembro, que contou com a participação de muitos cristãos e alguns muçulmanos.

Na terça-feira, o líder religioso visitou a parte antiga da cidade, onde pode constatar a destruição de prédios históricos, entre os quais, a Igreja de Nossa Senhora e a sede do Patriarcado Greco-ortodoxo.

Youhanna Yazidi rezou pela cidade e por seus habitantes, e pediu a Deus para levar a paz a um dos locais mais martirizados no conflito que teve início em 2011.

Na quinta-feira da última semana o Exército sírio havia declarado Aleppo como “cidade livre de terroristas”, depois da saída do último comboio que retirou do local crianças, civis e milicianos.

Desde julho de 2012, rebeldes contrários a Bashar al-Assad haviam conseguido conquistar vários distritos da cidade, cujo patrimônio cultural foi  quase que totalmente destruído pela violência, incluindo 50 igrejas.

(je/efe)

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