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Sumario del 03/01/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Atualidades

Papa e Santa Sé



Agenda do Papa nesta primeira semana do ano

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Cidade do Vaticano (RV) – Com a chegada do novo ano, recomeça também a agenda pública do Papa Francisco. 

Nesta quarta-feira, o Santo Padre preside a Audiência geral durante a qual continuará a aprofundar o tema da esperança cristã. Durante este tempo de inverno europeu, as catequeses do Papa se realizam na Sala Paulo VI, no Vaticano.

Na quinta-feira, o Papa convidou para visitá-lo no Vaticano os habitantes das áreas atingidas pelo terremoto do centro da Itália, que se verificou em agosto e novembro do ano passado, causando a morte de mais de 300 pessoas. Será um encontro para destacar mais uma vez que o Papa não se esquece deles e não os deixará sozinhos. O encontro servirá também para incentivar estas pessoas a iniciarem, com a primavera, a obra de reconstrução.

Na sexta-feira, o Papa presidirá a missa na basílica vaticana durante a solenidade da Epifania e ao meio-dia rezará a oração do Angelus com os fiéis na Praça São Pedro. Participarão do Angelus várias delegações de “reis magos” de Roma e da região do Lácio.

No domingo, dia 08 de janeiro, o Papa encerra as festas natalinas com o batismo de crianças na Capela Sistina. E ao meio-dia, rezará a oração do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro. (SP)

 

 

 

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Igreja no Brasil



Pastoral Carcerária: o problema é o encarceramento em massa

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Manaus (RV) - O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse em entrevista coletiva na noite de segunda-feira (2/1) em Manaus, que os líderes das facções que comandaram os ataques que causaram a morte de 60 presos no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) serão transferidos para presídios federais assim que forem identificados.

A rebelião de domingo (1/1), segundo o Governo do Amazonas, é resultado de uma guerra entre as facções Família do Norte e PCC (Primeiro Comando da Capital) pela disputa de espaço no tráfico de entorpecentes no Estado. O motim, o maior em um presídio brasileiro desde o ocorrido no Carandiru, terminou com a fuga de 184 presos, dos quais 136 ainda estariam foragidos.

Pe. Gianfranco Graziola é o Vice-Coordenador Nacional da Pastoral Carcerária. Entrevistado pela RV, ele denuncia o fenômeno do encarceramento em massa e a comercialização do sistema carcerário brasileiro.

“No Brasil, temos o chamado ‘encarceramento em massa’. É o país ao mundo que mais encarcera. Hoje em dia, os dados apontam que é o terceiro país ao mundo que tem mais pessoas encarceradas ou privadas de liberdade e está num crescendo muito grande, contrariamente aos Estados Unidos, a China ou a Rússia, que esto num processo de desencarceramento porque não acreditam que o cárcere vai resolver problemas. E também nós da Pastoral, como entidade da Igreja, não acreditamos. O cárcere é um produtor de criminalidade, um produtor de violência, um produtor de tortura. Nós temos apresentado isto muito claramente com dados e isto tem tido repercussões, mas parece que não são suficientes para combater esta luta entre as facções, sobretudo este comércio que se tornou o sistema carcerário brasileiro”.

“Como Igreja, como Pastoral, temos esta dimensão que não é apenas a da evangelização, no sentido de pregadores, mas é sobretudo de denúncia, de querer o desencarceramento: esta é a nossa batalha, este é o nosso lema, o nosso trabalho, através de uma agenda com dez pontos bem concretos, e que leva ao desencarceramento. Ela questiona pontos fundamentais como a questão das drogas, a questão de uma justiça que é vertical e não horizontal ou restaurativa, e com a responsabilização da própria sociedade sobre os seus problemas, e o enfrentamento dos mesmos de uma forma coletiva e democrática”. 

Ouça aqui: 

(Alessandro Guarasci/CM)

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Manaus: missa pelos falecidos será no dia 7, na Catedral

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 Manaus (RV) - Diante do massacre ocorrido neste domingo 1º de janeiro de 2017, no Sistema Penitenciário de Manaus, onde morreram ao menos 60 detentos, a Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Manaus, se pronuncia em defesa da vida e manifesta solidariedade às famílias enlutadas.

 “Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos” (Marcos 7,21) 

A Pastoral Carcerária afirma em primeiro lugar que é dever do Estado cuidar e garantir a integridade física de cada detento, oferecendo as condições para cumprimento das suas respectivas penas. A Pastoral Carcerária visita o Sistema Prisional há 40 anos, por isso afirma que o Sistema prisional não recupera o cidadão, pelo contrário oportuniza escola de crime, em vez de oferecer atividades ocupacionais aos internos. Considera ainda que a raiz do problema carcerário no Estado do Amazonas e no Brasil é falta de políticas públicas. A terceirização também fragiliza o sistema, onde o preso representa apenas valor econômico.

“Manifestamos nosso repudio contra a mentalidade daqueles que banalizam a vida, achando que a mesma é descartável, onde se pode matar e praticar todo tipo de crime e violência contra os cidadãos (as) – consta na nota, assinada pelo Arcebispo, Dom Sérgio Eduardo Castriani, e pela Pastoral Carcerária.

Enfim, não se pode responder violência, com violência, mas com não- violência, visando uma cultura de paz. Confiando na misericórdia divina, convidamos para uma missa em sufrágio dos falecidos no dia 07 de janeiro, sábado na Catedral da Imaculada Conceição as 16hs.

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Combonianos: "Encarcerados têm o dever de optar pela vida"

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Manaus (RV) - Publicamos a seguir, na íntegra, uma reflexão dos Missionários Combonianos sobre o massacre ocorrido em Manaus.

O ano de 2017 se abre à sombra de um novo massacre. Os acontecimentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, são mais uma bomba que estoura por acumulo de desumanidade. Estamos cultivando sementes envenenadas de violência. 

“Quando a sociedade – local, nacional ou mundial – abandona na periferia uma parte de si mesma, não há programas políticos, nem forças da ordem ou serviços secretos que possam garantir indefinidamente a tranquilidade. Isto não acontece apenas porque a desigualdade social provoca a reação violenta de quantos são excluídos do sistema, mas porque o sistema social e econômico é injusto na sua raiz. Assim como o bem tende a difundir-se, assim também o mal consentido, que é a injustiça, tende a expandir a sua força nociva e a minar, silenciosamente, as bases de qualquer sistema político e social, por mais sólido que pareça. Se cada ação tem consequências, um mal embrenhado nas estruturas duma sociedade sempre contém um potencial de dissolução e de morte” (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 59).

Somos missionários que fazem, no dia a dia, a escolha dessas periferias. Alguns de nós trabalham diretamente ao lado dos encarcerados, de suas famílias e das famílias das suas vítimas. Outros nos bairros à margem das grandes cidades, também em Manaus, tentam conjugar o Evangelho com a defesa dos direitos humanos e propostas de esperança para pessoas que a sociedade já está encaminhando para o descarte.

Promover a justiça, socorrer a vítima, recuperar o preso é proteger a sociedade.

Defender privilégios, alimentar a sede de vingança e segregar os condenados em contextos alienantes e desumanos é envenenar nosso próprio futuro.

Condenamos a barbárie das facções que encomendaram mais essa chacina. O primeiro apelo à não violência é para cada pessoa privada de liberdade: mesmo se amontoada nessas “fábricas de tortura que criam monstros” (Pe. Valdir Silveira), cada pessoa encarcerada tem ainda o dever de optar pela vida, gritar com dignidade e sem violência por justiça e respeito, preparar na conversão seu futuro.

Repudiamos a hipocrisia do Estado que descarrega suas responsabilidades sobre a guerra entre clãs rivais. O Brasil já foi denunciado à Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) por superlotação e denúncias de maus-tratos nas cadeias.

Há meses estava se vislumbrando a ascensão dessa onda de violência no norte do País, mas o poder público foi totalmente omisso a respeito.

Temos a quarta população carcerária do mundo e, se continuarmos nesses ritmos, em pouco mais de 50 anos um em cada 10 brasileiros estará atrás das grades. O encarceramento em massa não pode ser a solução contra a violência de nossa sociedade!

Apoiamos a Pastoral Carcerária e sua Agenda Nacional pelo Desencarceramento, com metas claras para a redução da população prisional e para fortalecer as práticas comunitárias de resolução pacífica de conflitos.

Apelamos à sociedade inteira, e aos cristãos em particular por sua missão de testemunhas da misericórdia: não vamos cair nós também na banalidade da violência, na espiral da vingança injetada pelo medo. Não sejamos cúmplices de soluções fáceis, que continuarão replicando essas cenas de morte. 

“Hoje, ser verdadeiro discípulo de Jesus significa também aderir à sua proposta de não-violência. Esta, como afirmou Bento XVI, «é realista pois considera que no mundo existe demasiada violência, demasiada injustiça e, portanto, não se pode superar esta situação, exceto se lhe contrapuser algo mais de amor, algo mais de bondade. Este “algo mais” vem de Deus». E acrescentava sem hesitação: «a não-violência para os cristãos não é um mero comportamento tático, mas um modo de ser da pessoa, uma atitude de quem está tão convicto do amor de Deus e do seu poder que não tem medo de enfrentar o mal somente com as armas do amor e da verdade. O amor ao inimigo constitui o núcleo da “revolução cristã”»” (Papa Francisco).

Cabe a nós uma palavra nova, corajosa, capaz de reconciliar essa sociedade a partir de estruturas mais justas e inclusivas!

Desde as nossas periferia, 02 de janeiro de 2017

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Igreja na América Latina



Episcopado salvadorenho aguarda canonização de Romero

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San Salvador (RV) – O Bispo Auxiliar de El Salvador, Dom Gregorio Rosa Chávez, assegurou na segunda-feira (02/01) que a data da canonização de Dom Oscar Arnulfo Romero poderá ser conhecida em março, durante uma reunião dos bispos salvadoreños com o Papa Francisco.

“Existem vários sinais positivos” de que Romero seja declarado Santo pela Igreja e “o mês de março vai ser decisivo - explicou Dom Rosa Chávez aos jornalistas. Em 24 de março teremos com o Papa - todos os bispos - uma reunião em Roma e lá saberemos como estão as coisas”.

O prelado acrescentou que “o Papa tem a palavra definitiva” e que “está muito motivado pelo tema e desejoso que chegue ao seu final o mais breve possível”. “Neste encontro vai nos dizer claramente o que podemos esperar”.

Em 27 de março de 2016, o Arcebispo de San Salvador, Dom José Luis Escobar Alas, havia asegurado que a canonização de Romero depende do reconhecimento do Vaticano de um milagre confirmado de forma “científica e teológica”.

Dom Oscar Romero foi assassinado em 24 de março de 1980 enquanto celebrava missa na Capela do Hospital da Divina Providência. O Arcebispo foi beatificado em 23 de maio de 2015 em San Salvador, em uma missa que reuniu milhares de pessoas

(je/efe)

 

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16° Encontro Interamericano dos Cursilhos será no Chile

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Santiago (RV) – O 16° Encontro Interamericano dos Cursilhos da Cristandade será realizado na Diocese chilena de Talca, de 12 a 15 de outubro de 2017.

É a primeira vez que o Chile recebe tal encontro, no qual são esperados representantes de 19 nações de todo o continente americano.

O Movimento nasceu nos anos 40 no seio da Ação Católica espanhola, na Ilha de Majorca, difundindo-se para todos os continentes. No Brasil, o Cursilho chegou inicialmente na Arquidiocese de Campinas, tendo a primeira edição sido realizada cidade de Valinhos, no ano de 1962.

Movimento chegou ao Chile em 1963

O Movimento dos Cursilhos chegou ao Chile em 1963, na Diocese de Temuco, na época guiada por Dom Bernardino Piñera. Foi o próprio prelado a dar vida à “Grande missão diocesana”, motivando e preparando os leigos para que participassem ativamente e se comprometessem na realização do objetivo. Disto, a motivação ao desenvolvimentos dos Cursilhos.

Em 2015, audiência com o Papa

Na longa lista das atividades dos Cursilhos, digno de nota a audiência com o Papa Francisco na Sala Paulo VI, em 30 de abril de 2015. Na ocasião, o Pontífice  exortou os cursilhistas a “tomarem a iniciativa e corajosamente aproximarem-se das pessoas, envolvendo-as com simpatia e acompanhando-as no caminho da fé com respeito e amor”.

Daqui, o convite para chegarem “aos distantes, sem fazer proselitismo, a sair da própria comodidade e ter a coragem de chegar a todas as periferias”.

(je)

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Igreja no Mundo



Encontro dos Movimentos Populares pela 1ª vez nos EUA

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Washington (RV) – Os Movimentos Populares realizarão pela primeira vez um encontro nos Estados Unidos, mais precisamente na sede da Central Catholic High School em Modesto, Califórnia, de 16 a 19 de fevereiro do corrente. 

Este encontro, que terá um caráter mais regional, será realizado depois dos Encontros Inter nacionais dos Movimentos Populares realizados em Roma em 2014 e 2016 e na Bolívia em 2015.

Cardeal Peter Turkson

O  recém criado “Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral” está patrocinando o encontro, juntamente com a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos - do qual faz parte também a Campanha Católica para o Desenvolvimento Humano - e a PICO (People Improving Communities through Organizing).

O Cardeal Peter Turkson, Prefeito do novo dicastério, deverá participar das primeiras fases do evento que, muito provavelmente, será aberto com uma mensagem do Papa Francisco.

Objetivo

O objetivo destes três dias é ajudar as associações nascidas nestes anos na sociedade civil à debater os direitos dos trabalhadores, justiça social, requalificação dos espaços urbanos, acesso à saúde e moradia a preços acessíveis – todas realidades que animam numerosas comunidades da Califórnia, em particular de três Dioceses da Central Valley: Stockton, Sacramento e Fresno.

O Diretor da Campanha Católica para o Desenvolvimento Humano da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, Ralph McCloud, recorda que a Igreja Católica estadunidense é solidária e contribui para transformar a economia de exclusão e promover uma resposta inclusiva, que tenha como prioridade a dignidade humana, a paz e a justiça.

Temas de atualidade

Durante o encontro serão dados destaques a temas que mobilizam a opinião pública estadunidense, como racismo e fluxos migratórios, em primeiro lugar, mas também reinserção social de ex-detentos e melhores condições para os trabalhadores com baixos salários.

Poetas sociais

Serão cerca de 500 líderes de movimentos e organizações populares – definidos pelo Papa Francisco como “poetas sociais” – a envolverem-se nos debates propostos, prontos a reinventar e reorganizar o mundo em que vivemos para torná-lo mais inclusivo e salvá-lo da cultura do descarte.

(sismógrafo/je)

 

 

 

 

 

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Dom Pizzaballa: “chamados a agir como filhos da luz”

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Jerusalém (RV) – “A fé não é um ato do momento, talvez heroico, mas é a atitude constante e cotidiana de quem crê sempre na vida de todo dia, simples e, às vezes, até banal, voltada para o Além. Que a vida não é só aquela que nossos olhos carnais enxergam”. Foi o que disse o Administrador apostólico do Patriarcado latino de Jerusalém, Dom Pierbattista Pizzaballa, na homilia da missa, de ano novo, em Jerusalém, na celebração da Solenidade de Maria, Mãe de Deus.

Para o arcebispo, o nascimento de Jesus, celebrado dias atrás, “nos diz que o poder de Cristo no mundo não se enquadra com o poder humano e que o fiel é chamado a testemunhar na vida de cada dia sua realidade de filho da luz, neste nosso mundo violento”.

“De violência, no ano que terminou, vimos mais do que podíamos imaginar, - continuou -, não só aqui no Médio Oriente, mas no mundo todo. E, apesar disso, foram muitos os cristãos que, contrariando tudo e todos, se comportaram como filhos da luz, sem permitir que as trevas vencessem”. Clara referência “ao nosso Médio Oriente e aos tantos testemunhos que os cristãos deram”.

Também na Terra Santa, onde, sublinhou Dom Pizzaballa, “as trevas da violência não só física foram menos visíveis, pelos menos por enquanto, mas mais latentes, e que envolvem sem parar a vida de todos nós, o nosso dia-a-dia, somos chamados a nos comportar como filhos da luz. Devemos nos questionar o que signifique aqui, hoje, sermos filhos da luz, e pertencer a Cristo. As nossas ações – concluiu – devem demonstrar a quem pertencemos”. (SP)

 

 

 

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Etiópia: apelo da Igreja contra a mutilação genital feminina

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Adis-Abeba (RV) - “É preciso combater a mutilação genital feminina através da educação.” Foi o que afirmou a Comissão episcopal etíope para o desenvolvimento social aos diretores de escolas e professores num encontro, em Adis-Abeba. 

Foi evidenciado durante a reunião que a mutilação genital feminina é fruto de “pressões sociais”. “O temor do estigma e o medo de resultar não adapta ao matrimônio” levam as mulheres a aceitar a mutilação, “não obstante conscientes dos riscos que correm”.
 
A Comissão episcopal etíope para o desenvolvimento social convida a enfrentar este problema de forma global, partindo da educação dos jovens que podem provocar na sociedade “uma mudança de comportamento em relação aos estereótipos tradicionais”. 

Nessa ótica, as escolas católicas foram exortadas a levar em consideração a proposta de inserir a luta contra a mutilação genital feminina nos programas didáticos, envolvendo diretamente os estudantes e seus pais, a fim de aumentar “a consciência social do problema”. 

Na Etiópia, a mutilação genital feminina é ilegal e punida por lei. Todavia, são praticadas, sobretudo, na Eparquia de Emdeber que tem a porcentagem mais elevada de casos. 

Este não foi o primeiro apelo feito pela Igreja Católica na Etiópia contra a mutilação genital feminina. Em fevereiro de 2013, os bispos se declararam contra tais práticas, reiterando que elas não possuem “nenhuma base religiosa” e exortando a ajudar adequadamente as vítimas.
 
(MJ)

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Dois projetos de AIS-Itália para ajudar mulheres no Paquistão

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Roma (RV) - “Decidimos iniciar 2017 em nome da dignidade da mulher”, disse o diretor de ‘Ajuda à Igreja que Sofre’ Itália (AIS), Alessandro Monteduro, ao descrever o sentido de dois projetos que a fundação pontifícia apresentou aos benfeitores italianos.

“Decidimos dar atenção a uma das áreas em que os cristãos são mais perseguidos, ou seja, o Paquistão”, prosseguiu Monteduro. 

“Razia Joseph é a Presidente de Women Shelter Organization, organização fundada em 1987 para cuidar das mulheres que, sobretudo nas áreas rurais, sofrem violência doméstica e abuso sexual, e as que são obrigadas a casamentos forçados”, explicou o diretor de AIS-Itália. 

O centro presta assistência também às mulheres encarceradas a fim de que possam ser recuperadas e ter uma vida digna. Durante anos, foram realizados também programas de assistência a crianças, não somente na área de Faisalabad, mas também Gojra e Jhang.

Razia Joseph está muito feliz com o apoio dos benfeitores italianos aos quais disse: “Obrigada! O seu auxílio ajudará as mulheres que se sentem esquecidas!” “Estamos felizes de estar ao lado delas para sustentar o projeto 'Formemos parteiras jovens'”, disse ainda Monteduro.

O programa de formação 'parteiras tradicionais' incluirá 75 parteiras em 15 áreas do distrito de Faisalabad que serão preparadas para prestar assistência sanitária às parturientes das áreas rurais. “Será uma maneira bonita de inaugurar o ano novo”, disse ele.

“Ajudemos as mulheres pobres” é o segundo projeto de AIS-Itália no início de 2017. Um apoio ao “Crisis Intervention Center” de Lahore, no Paquistão. “O centro foi fundado pelas Irmãs do Bom Pastor a fim de ajudar mulheres e garotas pobres, e com dificuldade psicológica. Elas são acompanhadas por mães solteiras que por causa de sua condição são marginalizadas da sociedade. O centro acolhe cerca de 15 mulheres que são ajudadas por pelo menos 6 meses, período que pode ser prolongado se a situação individual exigir. 

Nos últimos quatro anos, as Irmãs do Bom Pastor salvaram 62 mulheres através de atividades ligadas à espiritualidade. Elas são ajudadas também dos pontos de vista sanitário e jurídico. As analfabetas aprendem a ler e escrever. 

“A ajuda que prometemos através desse projeto cobrirá os gastos do centro nos próximos 5 anos”, concluiu Monteduro, referindo as palavras de Irmã Maqsood Kala: “O seu apoio nos permite ajudar as mulheres a fim de que tenham uma vida digna”. 

(MJ)

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Taizé: Basiléia sediará próximo Encontro de Jovens Europeus

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Riga (RV) – Basiléia, na Suiça, sediará o 40º Encontro Europeu de Jovens promovido pela Comunidade Ecumênica de Taizé.

O anúncio foi dado pelo Prior Ir. Alois ao final da 39ª edição do encontro concluído em Riga, capital da Letônia, e que até 1º de janeiro reuniu milhares de jovens católicos, ortodoxos e protestantes, provenientes até mesmo da Coreia do Sul e de Hong Kong.

Este ano o encontro foi prolongado de forma extraordinária até o dia 2 de janeiro nas cidades de Tallin, na Estônia,  Vilnius, na Lituânia.

Unidade europeia e migrações

Na carta para 2017 divulgada em 30 de dezembro  e intitulada “Rumo à unidade do continente europeu. Diante da chegada dos migrantes superemos o medo”, Ir Alois observa que “um futuro de paz implica que os europeus alarguem a sua consciência para que cresça uma solidariedade entre todos os países que formam o continente. É fundamental – salienta -  multiplicar os contatos, as trocas, as colaborações. A construção da Europa pode realizar-se somente com um maior diálogo, com uma maior escuta entre as nações”.

Para o Prior, as raízes comuns são mais profundas do que as divergências. “A Europa teve um ímpeto de reconciliação depois da II Guerra Mundial” e “conheceu um novo período de busca de unidade depois da queda do Muro de Berlim”. “Muitos jovens – prossegue – acreditam que a Europa continuará a edificar-se somente aprofundando este ideal de fraternidade”.

Uma Europa unida internamente, mas também aberta a outros continentes e solidária com os povos que enfrentam as provações mais difíceis, como os imigrantes. “Em todo o mundo, mulheres, homens e crianças são obrigados a deixar as suas terras. É o sofrimento que os leva a partir, mais forte do que as barreiras levantadas para criar obstáculos à marcha. As preocupações manifestadas nas regiões ricas não desencorajam aqueles que deixam o próprio país devido aos sofrimentos intoleráveis”.

Responsabilidade histórica das nações ricas

“Não é possível – explica Ir Alois – contornar a parte de responsabilidade das nações ricas nas feridas da história e nas crises ambientais que provocaram e provocam imensas migrações, da África, do Oriente Médio, da América Central e de outros lugares”.

“Hoje – observou o religioso - certas políticas econômicas dos países ricos representam fonte de instabilidade em outras regiões. Seria útil agora que as sociedades ocidentais fossem além do medo do estrangeiro, das diferenças entre culturas, e passassem a trabalhar corajosamente o rosto novo que as migrações já oferecem a elas. Se a chegada dos migrantes está ligada à reais dificuldades, a sua vinda pode ser uma ocasião para estimular a Europa a ser aberta e solidária”.

Fraternidade, único caminho para a paz

“Isto vale também – continuou – para as relações entre cristãos e muçulmanos, os quais, graças ao contato pessoal, podem “testemunhar juntos a paz e rejeitar juntos a violência exercida em nome de Deus”.

“Não existe futuro – alertou – nas nações europeias que querem isolar-se. A fraternidade é o único caminho para construir a paz”.

Nas meditações da noite em Riga, que acompanharam as oração, Irmão Alois tratou dos vários temas ligados às tradicionais quatro propostas para o Ano Novo, intituladas, desta vez: “Permanecer firmes na esperança: ela é criadora”, “simplificar a nossa vida para compartilhar”, “estar juntos para revelar a dinâmica do Evangelho” e “fazer crescer a fraternidade para preparar a paz”.

Ecumenismo

Na Vigília do Encontro Europeu, o Prior da comunidade Ecumênica de Taizé também renovou o apelo aos responsáveis pelas Igrejas, para “caminharem juntos”, aproveitando o 500º aniversário do início da Reforma Protestante, que “oferece uma ocasião para avançar rumo à unidade, para ir além de uma simples cordialidade recíproca”.

Neste sentido, sugere às famílias de Confissões diferentes para reunirem-se em “comunidades de base”, para rezar e colocarem-se na escuta da palavra de Deus: “Que cada comunidade local, cada paróquia, faça com os cristãos de outras confissões tudo aquilo que é possível fazer juntos, do estudo da Bíblia ao trabalho social e pastoral, à catequese”.

E os convida a “realizar juntos gestos de solidariedade, estar atentos à miséria dos outros, aos sofrimentos escondidos, aos problemas dos migrantes, à pobreza material e à salvaguarda do ambiente”.

Rezar sob o mesmo teto, na mesma igreja, conduzir o diálogo teológico com a consciência de “já estar juntos”, contribuiria – conclui o Prior – à tornar mais estreita a amizade recíproca e a enfrentar diversamente também as questões doutrinais.

(JE/Osservatore Romano)

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Cardeal indiano Oswald Gracias: a não-violência implica justiça e paz

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Mumbai (RV) - “A essência da alma asiática é a não-violência”: foi o que disse à agência missionária AsiaNews o arcebispo de Mumbai, na Índia, e presidente da Federação das Conferências episcopais asiáticas (Fabc), Cardeal Oswald Gracias. 

Comentando a mensagem do Papa Francisco para o 50º Dia Mundial da Paz, celebrado em 1º de janeiro, o purpurado afirma que na Ásia existem muitos ícones da não-violência, como o Mahatma Gandhi e Santa Madre Teresa de Calcutá.

Respeitar direitos dos mais marginalizados

“A não-violência não é somente ausência de violência, mas é um espírito de paz, perdão, compreensão, tolerância – continua o Cardeal Gracias. Todos esses valores conduzem à paz e são os princípios essenciais do espírito da não-violência” que “impõe criar uma sociedade na qual a justiça, a paz e os direitos de todos sejam respeitados, inclusive dos mais marginalizados”.

Influência negativa da globalização

“Em nossos dias alguns estratos da sociedade caíram na influência da globalização e estão levando o país a afastar-se dos princípios de base da paz, harmonia e coexistência recíproca pelos quais Gandhi tanto lutou e sobre os quais foi construída a nossa amada nação.”

Olhar para o exemplo de Madre Teresa

Em seguida, referindo-se a Madre Teresa, “um símbolo, um ícone de nosso tempo”, o arcebispo de Mumbai ressalta seu “ministério sem precedentes” que testemunha “o amor de Cristo para além das barreiras religiosas e culturais e supera as diferenças linguísticas e regionais”.

A Santa de Calcutá “inspira e desafia o mundo a fazer algo em favor daqueles que vivem às margens, de modo a criar uma sociedade humana fraterna”, acrescenta o purpurado.

Resolver conflitos mediante solução pacífica

Por fim, os votos do cardeal indiano são de que “o espírito da não-violência possa criar a disponibilidade a resolver os conflitos mediante uma solução pacífica”, sobretudo num momento em que “as nações no mundo continuam deparando-se com a ameaça do conflito, do terrorismo e da violência”. (AsiaNews – RL)

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Card. Vallini abrirá Porta Santa em Caravaca de la Cruz, Espanha

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Madrid (RV) – Um novo Jubileu terá início no próximo domingo, 8 de janeiro. Trata-se do Ano Santo de Caravaca de la Cruz, sul da Espanha, região de Murcia. A Porta Santa do Santuário será aberta pelo Cardeal Vigário de Roma, Agostino Vallini.

O Ano Santo de Caravaca - instituído pelo Papa João Paulo II - será um período de peregrinação, perdão e Indulgência Plenária àqueles se dirigirem ao Santuário que conserva um pedaço da Cruz de Jesus.

“O mais belo é que a misericórdia não acaba nunca – comenta Mons. Liberio Andreatta, responsável pela Obra Romana de Peregrinações, que incluiu esta meta entre as ofertas de 2017”.

“O Jubileu da Misericórdia – observa com alegria - recém concluiu-se e já se abre outro. A universalidade da Igreja faz com que a cada minuto do dia, em algum lugar do mundo, tenha uma celebração eucarística e um tempo de misericórdia. Este Jubileu na Espanha é a demonstração de que a Igreja está viva e a misericórdia é perene”.

Caravaca está a uma hora de distância pela estrada da capital Murcia. Sua história, entre devoções e lendas, está muito ligada ao histórico encontro entre muçulmanos e cristãos na Espanha. A fortaleza onde está o santuário, pertencia de fato a um Sultão, que segundo a tradição, converteu-se ao cristianismo ao ver de uma janela uma cruz transportada por dois anjos, enquanto um padre, seu prisioneiro, celebrava a missa. História esta evocada mais por folclore do que por relatos concretos.

As tantas procissões em Caravaca e em Murcia retratam os conflitos entre cristãos e muçulmanos.

“Existem inteiras cidades divididas entre “mouros” e “cristãos”, conforme as recitações que fazem nas festas populares e procissões” -  referem funcionários locais de turismo religiosos, mas é somente folclore, festa popular”.

“A população local é 90% católica. Poucos são evangélicos e menos ainda muçulmanos, porque não é terra de desembarque de imigrantes”, comenta o Bispo de Murcia, Dom José Manuel Lorca Planes.

As relíquias da Cruz veneradas em Caravaca foram levadas ao local pelos Templários. Mais tarde, um incêndio destruiu tudo. Para manter a devoção popular no local, Roma doou fragmentos da Cruz, que são preservadas até o dia de hoje no Santuário.

Este local da Espanha também assiste a uma brusca diminuição nas vocações. Muitos conventos históricos dos Carmelitas Descalços foram transformados em albergues para peregrinos.

Em um deles, quem acolhe os hóspedes é um frei carmelita de Treviso, também Superior da pequena comunidade de quatro religiosos. “Buscamos manter a espiritualidade do local – explica – com quartos confortáveis e sóbrios, com uma frase das Escrituras em cada porta. Há também a capela para as missas”.

A cela de São João da Cruz permanece intacta, em um espaço dedicado a manter viva a memória carmelitana.

(je/ansa)

 

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Atentado Istambul: condenação absoluta e rigorosa da Igreja

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Istambul (RV) – “Condenar estes fatos da maneira mais absoluta e rigorosa. Sem meias palavras”. É o forte comentário do Presidente dos Bispos católicos da Turquia, Dom Boghos Levon Zekiyan, em relação ao massacre do Ano Novo, em Istambul, quando foram mortas 39 pessoas, a maioria delas estrangeiras, com dezenas de feridos.

“Condenar rezar. Se existe alguém que incentiva ação deste tipo – declara Dom Zekiyan, que é também arcebispo dos armênios católicos de Istambul e da Turquia –, Deus o ilumine, porque o coração do faraó está nas mãos de Deus. Condenação absoluta, junto com a oração e a solidariedade, com toda abertura e ajuda concreta”.

Pequena comunidade

O presidente da Conferência episcopal turca também lembra que “a nossa pequena comunidade católica está mobilizada em favor dos refugiados e exilados. Na Turquia encontram-se quase três milhões de refugiados da Síria, enquanto outros Países da União Europeia promoveram referendos para receber 1.500 pessoas! Em nosso País – explica o arcebispo – existe uma secular tradição de hospitalidade. E no Ocidente esta tradição foi esquecida em nome de uma equivocada modernidade”.

Uma política de paz

“Acolhendo a exortação de Papa Francisco, presente em sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz, para assumir a não-violência como estilo de vida por uma politica de paz, podemos dizer que uma resposta firme a estes ataques pode chegar também com a acolhida. Como comunidade católico só podemos rezar e insistir que estes gestos não são só desumanos, mas são contra toda e qualquer religião”.

Uma mensagem que atinge a todos

“Eu sou armênio – afirma Dom Zekiyan –, e meu povo conviveu durante 1.500 anos com o Islã. O que enfrentou o nosso povo não tem raízes religiosas islâmicas, mas é fruto de uma ideologia que tinha sua matriz no Estado-nação no sentido mais rigoroso. Vivemos durante 1.500 anos com os árabes, depois com os turcos, com os otomanos e, ao mesmo tempo, com o mundo iraniano, que abraçou a religião islâmica. Tivemos momentos de grande florescimento cultural. Por isso, estou absolutamente convencido de que estes atentados, quando são praticados por muçulmanos, infelizmente são uma traição à mensagem religiosa. A mensagem do terrorismo, que atinge pessoas de todas as etnias e credos, é uma mensagem transversal e universal a ser condenada sem meias palavras e sem a mínima hesitação”. (SP)

 

 

 

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Patriarca Inácio Aphrem II visita Aleppo

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Aleppo (RV) - O Patriarca da Igreja Síria-ortodoxa, Inácio Aphrem II Karim, visitou a cidade de Aleppo em 2 de janeiro para se solidarizar com a população e avaliar os danos provocados pelos combates entre as forças governamentais e opositores.

Com a operação de retirada de combatentes, gradualmente alguns habitantes começam a retornar a suas casas, e partes da cidade voltam a demonstram sinal de vida. O Patriarca visitou a cidade velha de Aleppo e avaliou os danos sofridos ao longo de quatro anos de conflito.

O Patriarca caminhou pela cidade em ruínas, visitou a cidadela de Aleppo, um grande palácio fortificado na cidade velha, assim como a Mesquita de Umayyad e a Catedral Mor Aphrem, onde rezou em honra daqueles que pereceram na operação de “libertação” da cidade sitiada.

Aleppo, que estava desde julho de 2012 sob o controle de diversos grupos - incluindo a Frente Al-Nusra – foi completamente “libertada” depois de uma operação longa e difícil.

Os jihadistas e rebeldes foram desalojados dos últimos distritos ocupados de Aleppo em 22 de dezembro pelas forças do governo sírio, apoiados pela aviação russa e militares iranianos.

De acordo com várias fontes, cerca de 40 000 pessoas foram retiradas de Aleppo, incluindo combatentes jihadistas.

(je/sputniknews)

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Paris prepara-se para o 5º Fórum europeu católico-ortodoxo

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Paris (RV) – O 5º Fórum europeu católico-ortodoxo, promovido pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), terá lugar em Paris, de 9 a 12 de janeiro do corrente.

“Trata-se – lê-se no site do organismo eclesial presidido pelo Cardeal Angelo Bagnasco -  da quinta edição do Fórum que terá a participação de 12 representantes das Igrejas Ortodoxas na Europa e de 12 delegados da Igreja Católica”.

O encontro proporá uma reflexão sobre a atualidade, sobre o papel do cristianismo e do diálogo ecumênico, sobre o “valor da pessoa e a liberdade religiosa”. A Europa, no contexto atual, “enfrenta o medo do terrorismo e o desafio do fundamentalismo”.

O Conselho das Conferências Episcopais da Europa conta com 39 membros. Às 33 Conferências Episcopais somam-se os Arcebispos de Luxemburgo e do Principado de Mônaco, o Arcebispo de Chipre dos Maronitas, o Bispo de Chisinau (Moldávia), o Bispo da Eparquia de Mukachevo e o Administrador Apostólico da Estônia.

“No total os membros da CCEE – explica o site do organismo – são 39, espalhados em um território que compreende 45 países”.

A sede do Secretariado da CCEE encontra-se em San Gallo, Suiça.

(je)

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Bispos franceses lançam apelo contra o tráfico de pessoas

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Paris (RV) - No mundo, a cada dois minutos uma criança é vítima da exploração sexual. Mais de 200 milhões de menores, dos quais 73 milhões com menos de 10 anos, são obrigados a trabalhar. Destes mais pequeninos, todos os anos 22 mil morrem vítimas de acidentes. E calcula-se que nos últimos trinta anos cerca de 30 milhões de crianças tenham sido envolvidas no tráfico de pessoas.

8 de fevereiro, Dia de oração contra o tráfico de pessoas

Os dados que emolduram o Dia mundial de oração e reflexão contra o tráfico de pessoas são eloquentes e dramáticos. Este Dia será celebrado em 8 de fevereiro próximo e terá como fio-condutor o tema “São crianças! Não escravas”.

Em vista deste evento, a Conferência Episcopal Francesa lançou um apelo ao governo no qual substancialmente se pede a elaboração de um plano nacional para combater o tráfico de seres humanos, em particular, dos menores.

Apelo dos bispos ao governo por um plano contra o tráfico

O pedido foi feito mediante uma mensagem, publicada no site do Episcopado francês, afirma o bispo de Orléans e presidente do Conselho para a solidariedade, Dom Jacques Blaquart.

O texto propõe-se também o objetivo de sensibilizar a opinião pública sobre um fenômeno global que certamente vai além da responsabilidade dos Estados singularmente considerados.

No documento, o prelado ressalta que o tráfico de pessoas é ainda “uma realidade pouco conhecida”, visto muitas vezes como “fenômeno de outros tempos ou presente em lugares distantes, em outros continentes”. Pelo contrário, o tráfico hoje é o resultado de várias causas: “crises, conflitos, catástrofes naturais, migrações voluntárias ou espontâneas de populações”.

Um fenômeno de muitas faces

Várias e horríveis formas de exploração: da exploração sexual e do trabalho à servidão doméstica, dos matrimônios forçados à coerção à mendicância, ao furto e a cometer delitos, do tráfico de órgãos às crianças-soldado.

E novas formas surgem também como “evolução do terrorismo”. Em suma, os exploradores “sabem como obter vantagem da globalização e aproveitar das fraquezas ligadas ao desenvolvimento econômico, social, geopolítico ou ao clima”.

Por conseguinte, a vítima é muitas vezes “enganada, sequestrada, vendida, obrigada pela violência física, moral e psicológica”.

As crianças entre as vítimas mais vulneráveis

E entre as vítimas “encontram-se muitas crianças”, assim como “numerosos migrantes tornam-se presas fáceis de escravagistas”, observa Dom Blaquart. De fato, “a condição de ilegalidade na qual se encontram os predispõe a esconder-se numa economia subterrânea. Ademais, muitas vezes não se dão conta de que, mesmo sem documentos, têm direitos”.

Trata-se, portanto, de uma realidade estarrecedora contra a qual, há muito tempo, combatem na linha de frente a Igreja e suas organizações caritativas que atuam em vários níveis: “acompanhamento das vítimas, tutela dos sujeitos em condição de risco, formação de pessoas para esses casos, sensibilização da opinião pública”.

Necessidade de uma política pública para contrastar o tráfico

Hoje é preciso “uma verdadeira política pública” para combater tal crime e esta deve ser aplicada através de medidas sociais específicas: “alojamento, alimentação, saúde, escolarização ou formação profissional, acompanhamento jurídico, reconhecimento do status de vítima a todos os menores objetos do tráfico”.

Sobretudo, “todos os menores devem ser protegidos do tráfico em suas várias formas”, reitera o bispo de Orléans, referindo-se especificamente às crianças migrantes e refugiadas.

Uma chaga ainda pouco conhecida evidenciada por Francisco

Instituído pelo Papa Francisco em 2015, o Dia mundial de oração e reflexão contra o tráfico de seres humanos é celebrado em 8 de fevereiro, memória litúrgica de Santa Josefina Bakhita, escrava sudanesa aos 9 anos de idade, que depois se tornou religiosa canossiana. “Desde o início de seu Pontificado em março de 2013, o Papa Francisco continuou a desafiar-nos sobre esta chaga pouco conhecida”, recorda Dom Blaquart. (RL)

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Atualidades



Projeto Axé: como surgiu a ideia

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Cidade do Vaticano (RV) - É possível realizar com sucesso um trabalho de defesa e educação da criança e do adolescente em situação de risco resgatando sua cidadania e devolvendo-lhe condições dignas de vida? O Projeto Axé, criado em 1990 em Salvador por Cesare de Florio La Rocca com o apoio financeiro da ONG italiana Terra Nuova, demonstrou que sim, é possível ser 'sonhador com o pé no chão'. Assim Cesare se define. Em entrevista a Silvonei José, ele revela que suas intenções eram 'defender os direitos de estudo das crianças e propiciar-lhes o prazer da educação'.

"Na década de 90 eu era vice-representante do UNICEF no Brasil e tive o privilégio de conhecer o educador brasileiro Paulo Freire, que voltava do exílio, decretado pela ditadura militar. Eu o convidou para ser assessor pedagógico do UNICEF no Brasil. Começamos a conversar sobre a ideia de um projeto que eu estava elaborando. Naquela época, depois de 20 anos de ditadura, o Brasil conheceu uma ventania de cidadania, de participação, de querer sair das catacumbas. A questão das crianças e dos adolescentes era muito forte no Brasil, sobretudo devido ao grande número de meninos e meninas que viviam nas ruas das grandes cidades brasileiras. Comecei a elaborar este Projeto e o Paulo me ajudou muito".

O Projeto Axé atende em média 1.000 crianças, adolescentes e famílias por ano. São oferecidas 1.200 horas anuais de cursos, seminários e assistência técnica.

Ouça a primeira parte da entrevista clicando aqui:  

(SP/CM)

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Controle de infecção: combater microrganismo

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Cidade do Vaticano (RV) - O nosso espaço de saúde aborda hoje com o Doutor Vanderlei Bagnato, físico e professor da Universidade de São Paulo o tema do controle de infecções. 

Recentemente, o Dr. Vanderlei fez uma palestra, no Vaticano, sobre o tema “Novas formas fotônicas para controlar infecções locais em crianças - Evitando a catástrofe antibiótica”.

(MJ)

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Crianças de Amatrice recebem ajuda de comunidade do Congo

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Amatrice (RV) – As autoridades de Amatrice, cidade italiana semidestruída pelo terremoto de agosto passado, demoraram a crer, mas 238 euros recebidos em meados de dezembro provinham de uma coleta realizada no Congo. O dinheiro, 156.400 francos congoleses, foi arrecadado na pequena comunidade de Kingoué, sudoeste congolês, como ajuda para as crianças italianas atingidas pelos tremores

As imagens de Amatrice, devastada, sensibilizaram os moradores do povoado, que vive sem luz e com pouca água. O sacerdote, pe. Ghislain, é congolês mas conhece bem a Itália. Há anos, a associação “Amigos do Congo” ajuda as aldeias da área, com o trâmite do padre. Depois do terremoto, decidiu fazer alguma coisa pelas cidades atingidas e promoveu a coleta: cada um ofereceu quanto podia.

Com o dinheiro, chegou também uma carta ao governador da região da Úmbria, assinada pelo prefeito congolês, Daniel Mouangoueya: “Nós nos sentimos envolvidos no luto que toca seu país; todos os dias os italianos realizam atividades humanitárias em nossa área. Decidimos organizar uma coleta para manifestar a nossa solidariedade”, explica. “Pe. Ghislain mostrou as imagens do terrível terremoto aos paroquianos. O prefeito e o chefe da aldeia decidiram lançar a coleta e na missa dos domingos, as pessoas davam o que podiam”.

Resultado: 238 euros que têm o valor de um milhão

(La Stampa/CM)

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