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Sumario del 06/01/2017

Papa e Santa Sé

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Papa e Santa Sé



Papa: reis magos tiveram coragem de caminhar para encontrar a glória

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa presidiu na manhã da sexta-feira (06/01) a Solenidade da Epifania do Senhor, na Basílica de São Pedro.  

Em sua reflexão (íntegra), Francisco falou de uma "nostalgia" que impeliu os reis magos a colocarem-se a caminho e seguir a estrela de Belém.

“Os reis magos nos dão, assim, o retrato da pessoa que acredita, da pessoa que tem nostalgia de Deus; o retrato de quem tem saudade da sua casa: a pátria celeste. Refletem a imagem de todos os seres humanos que não deixaram, na sua vida, anestesiar o próprio coração”, disse Francisco.

Essa saudade, refletiu ainda o Papa, pode ser agente de grandes mudanças.

“A nostalgia de Deus tira-nos para fora dos nossos recintos deterministas, que nos induzem a pensar que nada pode mudar. A nostalgia de Deus é a disposição que rompe com inertes conformismos, impelindo a empenhar-nos na mudança que anelamos e precisamos”.

Surpresa

O Pontífice recordou a surpresa dos reis magos que foram até o palácio de Herodes, lugar em que o senso comum indicaria para o nascimento de um rei. Mas não era assim.

“E foi lá precisamente onde começou o caminho mais longo que tiveram de fazer aqueles homens vindos de longe. Lá teve início a ousadia mais difícil e complicada: descobrir que não se encontrava no palácio aquilo que procuravam, mas estava em outro lugar: e não só geográfico, mas também existencial”.

Assim, o novo rei se manifesta sob o signo da liberdade e não da tirania. Ele não humilha, não escraviza, não aprisiona.

“Como é distante, para alguns, Jerusalém de Belém!”, destacou o Papa ao concluir:

“Os Magos puderam adorar, porque tiveram a coragem de caminhar e, prostrando-se diante do pequenino, prostrando-se diante do pobre, prostrando-se diante do inerme, prostrando-se diante do insólito e desconhecido Menino de Belém, descobriram a Glória de Deus”.

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Íntegra: reflexão do Papa na Solenidade da Epifania do Senhor

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa presidiu na manhã da sexta-feira (06/01) a Solenidade da Epifania do Senhor, na Basílica de São Pedro. 

Em sua reflexão, Francisco falou de uma "nostalgia" que impeliu os reis magos a colocarem-se a caminho e seguir a estrela de Belém.

"Lá, em Belém, havia uma promessa de novidade, uma promessa de gratuidade. Lá estava a acontecer algo de novo", refletiu o Pontífice.

Abaixo, a íntegra da reflexão do Papa.

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“Onde está o Rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-Lo”. (Mt 2, 2).

Com estas palavras, os Magos, que vieram de terras distantes, explicam o motivo da sua longa caminhada: adorar o Rei recém-nascido. Ver e adorar são duas ações que sobressaem na narração evangélica: vimos uma estrela e queremos adorar.

Estes homens viram uma estrela, que os pôs em movimento. A descoberta de algo fora do comum, que aconteceu no céu, desencadeou uma série inumerável de acontecimentos. Não era uma estrela que brilhou exclusivamente para eles, nem possuíam um DNA especial para a descobrir.

Como justamente reconheceu um Pai da Igreja, os Magos não se puseram a caminho porque tinham visto a estrela, mas viram a estrela porque se tinham posto a caminho (cf. João Crisóstomo). Mantinham o coração fixo no horizonte, podendo assim ver aquilo que lhes mostrava o céu, porque havia neles um desejo que a tal os impelia: estavam abertos a uma novidade.

Os Magos nos dão, assim, o retrato da pessoa que acredita, da pessoa que tem nostalgia de Deus; o retrato de quem sente a falta da sua casa: a pátria celeste. Refletem a imagem de todos os seres humanos que não deixaram, na sua vida, anestesiar o próprio coração.

Esta nostalgia santa de Deus brota no coração que acredita, porque sabe que o Evangelho não é um acontecimento do passado, mas do presente. A nostalgia santa de Deus permite-nos manter os olhos abertos contra todas as tentativas de restringir e empobrecer a vida. A nostalgia santa de Deus é a memória fiel que se rebela contra tantos profetas de desgraça. É esta nostalgia que mantém viva a esperança da comunidade fiel que implora, semana após semana, com estas palavras: «Vinde, Senhor Jesus!»

Era precisamente esta nostalgia que impelia o velho Simeão a ir ao Templo todos os dias, tendo a certeza de que a sua vida não acabaria sem ter nos braços o Salvador. Foi esta nostalgia que impeliu o filho pródigo a sair de uma conduta autodestrutiva e procurar os braços de seu pai. Era esta nostalgia que sentia no seu coração o pastor, quando deixou as noventa e nove ovelhas para ir à procura da que se extraviara.

E foi também o que sentiu Maria Madalena na madrugada do Domingo de Páscoa, fazendo-a correr até ao sepulcro e encontrar o seu Mestre ressuscitado. A nostalgia de Deus tira-nos para fora dos nossos recintos deterministas, que nos induzem a pensar que nada pode mudar. A nostalgia de Deus é a disposição que rompe com inertes conformismos, impelindo a empenhar-nos na mudança que anelamos e precisamos.

A nostalgia de Deus tem as suas raízes no passado, mas não se detém lá: vai à procura do futuro. Impelido pela sua fé, o fiel «nostálgico» vai à procura de Deus, como os Magos, nos lugares mais recônditos da história, pois está seguro, em seu coração, de que lá o espera o seu Senhor. Vai à periferia, à fronteira, aos lugares não evangelizados, para poder encontrar-se com o seu Senhor; e não o faz, seguramente, com uma atitude de superioridade, mas como um mendigo que se dirige a alguém aos olhos de quem a Boa Nova é um terreno ainda a explorar.

Entretanto no palácio de Herodes que distava poucos quilômetros de Belém, animados de procedimento oposto, não se tinham apercebido do que estava a acontecer. Enquanto os Magos caminhavam, Jerusalém dormia; dormia em conluio com Herodes que, em vez de andar à procura, dormia também. Dormia sob a anestesia de uma consciência cauterizada.

E ficou perturbado; teve medo. É aquela perturbação que leva a pessoa, à vista da novidade que revoluciona a história, a fechar-se em si mesma, nos seus resultados, nos seus conhecimentos, nos seus sucessos. A perturbação de quem repousa na sua riqueza, incapaz de ver mais além. É a perturbação que nasce no coração de quem quer controlar tudo e todos; uma perturbação própria de quem vive imerso na cultura que impõe vencer a todo o custo, na cultura onde só há espaço para os “vencedores” e a qualquer preço.

Uma perturbação que nasce do medo e do temor face àquilo que nos interpela, pondo em risco as nossas seguranças e verdades, o nosso modo de nos apegarmos ao mundo e à vida. E Herodes teve medo, e aquele medo levou-o a procurar segurança no crime: «Necas parvulos corpore, quia te necat timor in corde – matas o corpo das crianças, porque o temor te matou o coração» (São Quodvultdeus, Sermo 2 de Symbolo: PL 40, 655).

Queremos adorar. Aqueles homens vieram do Oriente para adorar, decididos a fazê-lo no lugar próprio de um rei: no Palácio. Aqui chegaram eles com a sua busca; era o lugar idôneo, porque é próprio de um rei nascer em um palácio, ter a sua corte e os seus súditos. É sinal de poder, de êxito, de vida bem-sucedida.

E pode-se esperar que o rei seja reverenciado, temido e lisonjeado; mas não necessariamente amado. Estes são os esquemas mundanos, os pequenos ídolos a quem prestamos culto: o culto do poder, da aparência e da superioridade. Ídolos que prometem apenas tristeza e escravidão.

E foi lá precisamente onde começou o caminho mais longo que tiveram de fazer aqueles homens vindos de longe. Lá teve início a ousadia mais difícil e complicada: descobrir que não se encontrava no Palácio aquilo que procuravam, mas estava em outro lugar: e não só geográfico, mas também existencial.

Lá não veem a estrela que os levava a descobrir um Deus que quer ser amado, e isto só é possível sob o signo da liberdade e não da tirania; descobrir que o olhar deste Rei desconhecido – mas desejado – não humilha, não escraviza, não aprisiona.

Descobrir que o olhar de Deus levanta, perdoa, cura. Descobrir que Deus quis nascer onde não o esperávamos, onde talvez não o quiséssemos; ou onde muitas vezes o negamos. Descobrir que, no olhar de Deus, há lugar para os feridos, os cansados, os maltratados e os abandonados: que a sua força e o seu poder se chamam misericórdia.

Como é distante, para alguns, Jerusalém de Belém!

Herodes não pode adorar, porque não quis nem pôde mudar o seu olhar. Não quis deixar de prestar culto a si mesmo, pensando que tudo começava e terminava nele. Não pôde adorar, porque o seu objetivo era que o adorassem a ele. Nem sequer os sacerdotes puderam adorar, porque sabiam muito, conheciam as profecias, mas não estavam dispostos a caminhar nem a mudar.

Os Magos sentiram nostalgia, não queriam mais as coisas usuais. Estavam habituados, dominados e cansados dos Herodes do seu tempo. Mas lá, em Belém, havia uma promessa de novidade, uma promessa de gratuidade. Lá estava a acontecer algo de novo.

Os Magos puderam adorar, porque tiveram a coragem de caminhar e, prostrando-se diante do pequenino, prostrando-se diante do pobre, prostrando-se diante do inerme, prostrando-se diante do insólito e desconhecido Menino de Belém, descobriram a Glória de Deus.

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Papa: Coragem, a luz de Jesus vence as trevas mais obscuras!

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Cidade do Vaticano (RV) – Cabe a nós escolher qual estrela seguir. Mas saindo de nossa acomodação e buscando a luz de Jesus, encontraremos a alegria verdadeira. Na Solenidade da Epifania, o Papa Francisco rezou o Angelus com cerca de 35 mil peregrinos e fieis, convidando a todos “a não ter medo desta luz e abrir-se ao Senhor”. A sensação térmica na Praça São Pedro era abaixo de zero. 

“O símbolo desta luz que resplandece no mundo e quer iluminar a vida de cada um – disse o Papa no início de sua reflexão – é a estrela que guiou os Magos a Belém”. Eles a viram despontar no horizonte e “decidiram segui-la, deixaram-se guiar pela estrela de Jesus”, “uma luz estável, uma luz gentil, que não se apaga, porque não é deste mundo, vem do céu, e resplandece no coração”:

“Também na nossa vida existem diversas estrelas, luzes que brilham e orientam. Cabe a nós escolher quais seguir. Por exemplo, existem luzes intermitentes, que vão e vem, como as pequenas satisfações na vida: ainda que boas, não são suficientes, porque duram pouco e não deixam a paz que buscamos. Existem depois as luzes deslumbrantes do dinheiro e do sucesso, que prometem tudo e logo: são sedutoras, com a sua força cegam e fazem passar dos sonhos de glória à escuridão mais densa”.

A luz verdadeira – reiterou o Papa – é o próprio Jesus, “ele é a nossa luz, uma luz que não ilude, mas acompanha e dá uma alegria única. Esta luz é para todos e chama a cada um: Levanta-te, reveste-te de luz”. Uma luz – a de Jesus - à qual somos chamados a seguir no início de cada novo dia, “entre as tantas estrelas cadentes no mundo (...). Seguindo-a, teremos a alegria, como acontece aos Reis Magos, que ao ver a estrela experimentaram uma alegria grandíssima, porque onde está Deus, ali há alegria”:

“Quem encontrou Jesus, experimentou a alegria da luz que ilumina as trevas e conhece esta luz que ilumina e irradia. Gostaria, com muito respeito, convidar a todos a não ter medo desta luz e abrir-se ao Senhor. Sobretudo gostaria de dizer a quem perdeu a força, está cansado, a quem, sobrecarregado pelas obscuridades da vida, perdeu o ânimo: levanta-te, coragem, a luz de Jesus sabe vencer as trevas mais obscuras, levanta-te, coragem”.

Para encontrar esta luz – recomendou o Papa -  devemos seguir o exemplo dos Magos, que o Evangelho descreve como “sempre em movimento”, “sair de si e buscar, não ficar fechado olhando o que acontece ao redor, mas arriscar a própria vida”:

“A vida cristã é um caminho contínuo, feito de esperança e feito de busca; um caminho que, como o dos Magos, prossegue também quando a estrela desaparece momentaneamente da vista. Neste caminho existem também insídias que devem ser evitadas: as conversas superficiais e mundanas, que freiam o passo; os caprichos paralisantes do egoísmo; o pessimismo, que aprisiona a esperança”.

“Não basta saber que Deus nasceu, se não se faz com Ele Natal no coração”, alertou Francisco. Os Magos fizeram isto, prostraram-se e o adoraram. “Não olharam para ele somente, não fizeram somente uma oração circunstancial e foram embora, mas o adoraram, “entraram em comunhão pessoal de amor com Jesus. Depois, deram a ele ouro, incenso e mirra, isto é, os bens mais preciosos”.

Neste sentido, o Papa exorta a aprendermos dos Magos a não dedicar a Jesus somente os “retalhos de tempo e algum pensamento de vez em quando, pois assim não teremos a sua luz”, mas devemos sim, “nos colocar a caminho, revestindo-nos de luz seguindo a estrela de Jesus e adorar o Senhor com todo nosso ser”.

Ao final do Angelus o Santo Padre, ao saudar os grupos presentes na Praça São Pedro, felicitou as comunidades eclesiais do Oriente, que seguem o calendário Juliano e que celebram o Natal neste sábado, 7 de janeiro: “Em espírito de jubilosa fraternidade, faço votos de que o nascimento do Senhor Jesus os preencha de luz e de paz”. (JE)

 

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"Ícones da Misericórdia" distribuído na Praça São Pedro

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao final do Angelus, pobres, refugiados, sem-teto, voluntários e religiosas distribuíram na Praça São Pedro 50 mil exemplares da publicação “Ícones de Misericórdia”, um presente do Papa Francisco para ajudar a viver 2017 com justiça, perdão, serenidade e misericórdia.

O pequeno livrinho de bolso, distribuído gratuitamente como presente do Papa Francisco, pretende continuar a oferecer, como um dos pequenos frutos do Jubileu Extraordinário recém concluído, alguns pontos de reflexão e de oração sobre a Misericórdia infinita de Deus: 

 “E falando de presentes, também eu pensei em dar a vocês um pequeno presente...faltam os camelos, mas darei a vocês o presente. O livrinho “Ícones de misericórdia”. O dom de Deus é Jesus, misericórdia do Pai; e por isto, para recordar este dom de Deus, darei para vocês este dom que será distribuído pelos pobres, pelos sem-teto e pelos refugiados, junto a muitos voluntários e religiosos, a quem saúdo cordialmente e agradeço de coração. Desejo para vocês um ano de justiça, de perdão, de serenidade, mas sobretudo, um ano de misericórdia. Ler este livro vos ajudará: é de bolso, vocês podem levá-lo convosco”.

Jesus Misericordioso é apresentado nestas poucas páginas por meio de seis episódios evangélicos que narram a experiência de pessoas transformadas pelo seu amor: a pecadora, Zaqueu, Mateus, o publicano, a samaritana, o bom ladrão, o apóstolo Pedro. Seis ícones de misericórdia.

Ao final da Audiência foi oferecido aos necessitados – mais de 300 – um  lanche e uma bebida por parte de Francisco.

(JE)

 

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Papa retoma visitas pastorais à paróquias de Roma

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Cidade do Vaticano (RV) – Com a conclusão do Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco retoma as visitas pastorais às paróquias romanas.

Segundo informou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke, o Bispo de Roma visitará, na tarde do domingo, 15 de janeiro, a Paróquia de Santa Maria em Setteville di Guidonia, periferia leste de Roma.

Será a segunda vez que Francisco vai à Setteville, visto que em 16 de março de 2014, havia visitado a Paróquia de Santa Maria da oração.

A última visita do Papa à uma paróquia romana foi em 3 de maio de 2015, precisamente à Regina Pacis, em Ostia.

Até agora, Francisco visitou 11 paróquias romanas: 2 em 2013, 6 em 2014 e 3 em 2016.

(JE)

 

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Papa concede Ano Jubilar com Indulgência Plenária ao Santuário de Fátima

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Fátima (RV)– O Papa Francisco concedeu ao Santuário de Fátima um Ano Jubilar, no contexto dos 100 anos das Aparições de Nossa Senhora, com Indulgência Plenária até 26 de novembro. 

“Confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Santo Padre”, são as condições para que os fiéis “penitentes e animados de caridade” obtenham a Indulgência Plenária concedida pelo Santo Padre.

Segundo o site da Diocese Leiria-Fátima, poderão obter a Indulgência “os fiéis que visitarem em peregrinação o Santuário de Fátima e aí participarem devotamente em alguma celebração ou oração em honra da Virgem Maria, rezarem a oração do Pai-Nosso, recitarem o símbolo da fé (Credo) e invocarem Nossa Senhora de Fátima”

A mesma graça poderá ser obtida pelos fieis piedosos que “visitarem com devoção uma imagem de Nossa Senhora de Fátima exposta solenemente à veneração pública em qualquer templo, oratório ou local adequado, nos dias das aparições aniversárias (dia 13 de cada mês, de maio à outubro de 2017), e ali participarem devotamente em alguma celebração ou oração em honra da Virgem Maria, rezarem a oração do Pai - Nosso, recitarem o símbolo da fé (Credo) e invocarem Nossa Senhora de Fátima.

Aos fiéis que, “pela idade, doença ou outra causa grave, estejam impedidos de se deslocarem, se, arrependidos de todos os seus pecados e tendo firme intenção de realizar, assim que lhes for possível, as três condições abaixo indicadas, frente a uma pequena imagem de Nossa Senhora de Fátima, nos dias das aparições se unirem espiritualmente às celebrações jubilares, oferecendo com confiança a Deus misericordioso através de Maria as suas preces e dores, ou os sacrifícios da sua própria vida”.

Para obter a indulgência plenária, os fiéis, verdadeiramente penitentes e animados de caridade, devem cumprir ritualmente as seguintes condições: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Santo Padre.

De acordo com o Direito Canônico, para alcançar a indulgência, que pode ser parcial ou plenária - conforme liberta parcial ou totalmente da sanção devida pelos pecados - requer-se, além da exclusão de qualquer apego ao pecado, o cumprimento da obra prescrita pela Igreja, os Sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia, bem como a oração pelas intenções do Papa.

(JE com Agência Ecclesiae)

 

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Igreja no Mundo



Egito: cristãos coptas celebram o Natal sob rígidas medidas de segurança

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Cairo (RV) – Os cristãos coptas no Egito celebrarão o Natal sob um rígido esquema de segurança, para prevenir ataques como o ocorrido em 11 de dezembro contra a Igreja de São Pedro, durante uma missa, e que provocou a morte de 28 fiéis.

O jornal independente egípcio “Al Masry al Youm”, indicou esta sexta-feira que a Catedral copta de São Marcos - complexo do qual faz parte a Igreja que sofreu o ataque – está protegida desde quinta-feira  por forte medidas de segurança para a Missa de Natal da noite deste dia 6.

A celebração será presidida pelo Patriarca da Igreja Copta, Tawadros II, e contará com a participação de autoridades governamentais.

O Grão Imame de Al-Azhar, Ahmed al-Tayyeb, e outros grandes Ulemás, participarão da celebração para felicitar o Patriarca tawadros II e a todos os cristãos coptas pela festividade do nascimento de Jesus.

O jornal oficial “Al Ahram” explicou que a visita de expoentes muçulmanos à Catedral se realizará depois que “circularam rumores nas redes sociais de que o Islã proíbe a participação de muçulmanos nas celebrações do Natal cristão”.

Os Ulemás de Al-Azhar – a maior autoridade do Islã sunita – condenaram esta afirmação e asseguraram exatamente o contrário: “Compartilhar a felicidade com os cristãos é um dever religiosos de todas as religiões monoteístas”.

Ademais, é visível o aumento da presença policial ao redor dos templos sagrados para os cristãos localizados na Província de Suez (leste), indicou a Agência de notícias Mena.

O chefe da segurança da Província de Kafr el Sheij, Sameh Muslim, declarou que foram utilizadas tecnologias das mais avançadas para garantir que tudo transcorra na mais absoluta calma.

 (je/efe)

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Kirill: nenhuma celebração pelos 100 anos da Revolução Russa

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Moscou (RV) – “Não se trata de festejar o centenário da tragédia, mas de comemorar esta data conscientemente, acompanhando-a com reflexões profundas e orações sinceras, de forma que os erros cometidos há um século ensinem aos nossos povos, na atual fase de seu desenvolvimento, a não permitir erros similares".

Foi o que afirmou o Patriarca de Moscou e de todas as Rússias, Kirill, ao presidir nos dias passados a sessão do Conselho Supremo da Igreja Ortodoxa Russa, recordando o centésimo aniversário da Revolução que, que em 1917 levou à queda do Império russo dos czares.

O ano de 2017 "está ligado ao centenário dos trágicos acontecimentos na história da nossa pátria. Neste ano devemos promover particulares orações por nossos povos, pelo país que precedentemente era um só Estado e agora é constituído por nações soberanas, mas unidas entre elas por ligações históricas, espirituais e culturais muito estreitas".

Kirill sublinhou que é necessário consagrar 2017 à "reflexão sobre o que aconteceu para o nosso povo, sobre o significado de todo este desenrolar dos fatos, o sentido deles, e quais as conclusões que podemos tirar da história trágica do século XX".

Neste sentido, o Patriarca de Moscou considerou como "inapropriada" o uso da expressão "celebração", em referência ao centenário da revolução.

Durante o encontro, Kirill sintetizou também as atividades realizadas em 2016, "no contexto dos eventos mundiais tão empenhativos", observando que "a Rússia e outros países sobre os quais a Igreja Ortodoxa Russa tem responsabilidade canônica, encontraram-se neste último ano em uma situação difícil".

Ele citou, antes de tudo, "a perigosa situação na Síria e em todo o Oriente Próximo". Todavia, "a respeito dos sofrimentos e das complicações, verificaram-se algumas mudanças que deram soluções a esta crise e talvez salvado todo o gênero humano de desenvolvimentos políticos muito perigosos".

Ao falar da Igreja Ortodoxa Russa, o Patriarca explicou que "tudo aquilo que dizemos e que fazemos deve sempre ter como objetivo o bem de todos os povos sobre os quais" o patriarcado "tem responsabilidade canônica. E reiterando as dificuldades nas quais se desenvolveu este serviço, disse que "com a graça de Deus, foram evitadas ações que teriam piorado a situação. Muito foi feito em 2016 para manter o caminho correto e conservar a paz na nossa Igreja".

Inevitável, depois, um aceno à dolorosa crise na Ucrânia, com particulares votos de que seja encontrada uma solução para o conflito e retorne a paz: "A Igreja a este respeito tem um único papel e objetivo, o de servir, também com a oração, a reconciliação do povo ucraniano".

O Conselho Supremo depois ouviu os relatórios concernentes à reorganização dos departamento diocesanos, ao estatuto em matéria de trabalho nos Conselhos diocesanos e à atividade dos assistentes nos escritórios locais do serviço federal para a execução das penas.

(L'Osservatore Romano / JE)

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Formação



Sítio de São Miguel Arcanjo, um tesouro arqueológico no sul do Brasil

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Cidade do Vaticano (RV) - O Estado do Rio Grande do Sul abriga um precioso conjunto remanescente do período colonial: as Ruínas de São Miguel das Missões, ou também conhecido como "Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo", declarado Patrimônio Mundial da Unesco em 1983. 

A Redução de São Miguel, levantada em 1687, foi a mais notável dos Sete Povos, tendo sido testemunha de uma civilização florescente e próspera. Em meio às disputas entre a Coroa portuguesa e espanhola, em 1756 foi incendiada e despovoada. No início do século XIX foi saqueada e seus últimos habitantes, dispersos, caindo no mais absoluto abandono. Somente em 1925 suas estruturas passaram a ser recuperadas e valorizadas, sendo inseridas em vários projetos.

O Parque abriga um Museu com 99 imagens, sendo considerado o maior acervo do Brasil em termos de Barroco jesuítico guarani, sendo mantido pelo IBRAM, que é a instituição federal que mantém os Museus.

Localizado no Município de São Miguel, região noroeste do Estado, o sítio está aos cuidados do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e da Prefeitura local. É facilmente atingido a partir de cidades como Santo Ângelo e São Luis Gonzaga.

Mas, como é valorizado todo este complexo que abriga nosso passado colonial? Quem nos conta é a Professora Claudete Boff, Mestre em História Latinoamericana e docente do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), de Santo Ângelo (RS):

"Há muito tempo vem se preparando a população, fazendo seminários, eventos, sobre a história das Missões, sobre a parte da história, da cultura, da arte, a questão sobre a geografia, preparando guias de turismo, da hotelaria, se faz assim ... se promovem eventos na questão da educação. Também existem projetos de educação patrimonial e que envolvem escolas, enfim, daí é para grupos que querem participar".

A redução de São Miguel Arcanjo, também atrai a atenção e o interesse de estrangeiros

"Observa-se que o estrangeiro dá  muito valor para esta história, muito mesmo. Porque todos os grupos que a gente recebe - nós, por exemplo, participamos de um grupo que se chama  'Friendship Force', a Força da Amizade, são famílias que recebem em suas casas pessoas de diversas partes do mundo. E sempre quando eles pedem para visitar Santo Ângelo, uma das preferências deles é visitar a Redução de São Miguel Arcanjo, e outras, se possível. E a partir daí, também outro interesse deles saí, não é no nosso Estado, mas é a Foz do Iguaçu, as Cataratas, etc. Mas São Miguel, a região, os povoados missioneiros, estão sempre incluídos. 

Então o que se faz? Antes de levar  estes grupos de estrangeiros, quando eles fazem parte desse intercâmbio, a gente sempre faz uma palestra, se conversa, informa, enfim sobre o que eles vão visitar lá. Mas o que acontece é que muitos já vem preparados, muitos já vem sabendo e vem com muitas perguntas. Então, ali depois desta preparação, deste encontro que a gente  tem especialmente para falar da história e da cultura,  a gente leva eles para visitar São Miguel, São João Batista, São Lorenço. Mas há muito interesse. E também muitas pessoas que vem sozinhas.

Quando a gente vai, como vamos seguidamente a São Miguel, difícil o dia que não tem um casal de estrangeiros, um grupo. Mas uma coisa importante, que eles fizeram depois da revitalização do Projeto Som e Luz - que conta a história dos povoados missioneiros - foi um áudio em inglês, espanhol, e francês, então isto também facilita a visita dos estrangeiros, isto foi muito bom".

Atualmente o Museu passa por reformas para recuperá-lo dos danos causados pelo tornado que atingiu a região em abril de 2016.

(JE)

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Projeto Axé: 'sonhar com os pés no chão'

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Cidade do Vaticano (RV) - O Projeto Axé foi criado em 1990 pelo ítalo-brasileiro Cesare de Florio La Rocca. É uma organização não governamental (ONG) que atua em Salvador no resgate de crianças, adolescentes e jovens que vivem na periferia ou em situação de risco. Visa dar uma formação profissional permitindo a inclusão social através da arte-educação.

A metodologia do Projeto é baseada nos fundamentos ideológicos do educador Paulo Freire, contendo educação pedagógica, artesanato, dança (balé clássico, dança indígena, dança africana), capoeira, pintura, música (aprendem a tocar sax, pistom ou participar do coral) e o ambiente social que é a própria cidade.

Ouça a última parte da entrevista, concedida a Silvonei José, clicando aqui:  

"Devo dizer sinceramente que eu sou ainda um incorrigível sonhador, porém, com os pés no chão. Meu grande sonho, hoje, é que o Axé termine, mas não porque não haverá mais crianças de rua, mas porque o poder prúblico terá transformado o Projeto que por sua natureza é limitável no tempo e no espaço em política pública, abraçando o universo das pessoas necessitadas”.

Nós somos os ‘que nunca desistem’ no terreno da esperança. Para nós, a esperança não é uma coisa ‘vaga’; a nossa é uma esperança ‘teológica’, ou seja, já temos uma esperança que é certeza. Que em 2017 nós possamos cada vez menos ter que atender as crianças e cada vez mais poder contar com a participação do governo do estado da Bahia, do governo federal e sobretudo, da Prefeitura municipal de Salvador, que é o órgão mais interessado para que esta ‘praga’ das crianças que sofrem na rua possa ser curada e superada’”. 

(SP/CM)

 

 

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Atualidades



Massacre em Roraima: Pastoral reforça agenda pelo desencarceramento

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Boa Vista (RV) – Um novo massacre com pelo menos 33 presos mortos foi registrado na madrugada desta sexta-feira (6) em Boa Vista, cinco dias após aquele de Manaus que vitimou fatalmente 56 detentos. Segundo informações preliminares da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), a situação já está sob controle na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), a maior de Roraima, que fica no interior de Boa Vista. 

Segundo Maria da Conceição do Nascimento, da Pastoral Carcerária local, a unidade já tinha sido alvo de confronto de facções rivais em outubro de 2016, quando 10 presos morreram e familiares foram feitos reféns. Até aquele período, a penitenciária agrícola, que fica na zona rural de Boa Vista, abrigava 1,4 mil presos, o dobro da capacidade.

Os dois massacres neste início de ano na região norte do Brasil, no Amazonas e agora em Roraima, acontecem em meio ao convite universal do Papa Francisco pela “não-violência” que possa “guiar o modo como nos tratamos uns aos outros. Ser verdadeiro discípulo de Jesus significa aderir também à sua proposta de não-violência”.

Pastoral Carcerária e a denúncia frequente da violência

Do Brasil e conhecedor do panorama do sistema penitenciário, o coordenador Nacional da Pastoral Carcerária, Pe. Valdir João Silveira, faz um apelo: “Não somos cães mudos! Temos que gritar, temos que denunciar a violência que está se agravando com os mais frágeis da nossa sociedade! Rezamos, pedindo luz e sabedoria ao Divino Espírito Santo para que possamos criar um mundo mais humano, mas não podemos ficar calados perante tantas mortes e tantas violências do Estado que sempre acaba pondo, toda a culpa, nos mais frágeis! O sangue que vem sendo derramado nos presídios, grande parte é resultado  dos bons que nada fizeram”, acrescenta Pe. Valdir.

Proposta de Agenda pelo Desencarceramento

Ainda segundo o coordenador, a Pastoral há tempos denuncia a grave situação carcerária do país, “prevendo esta barbárie” e anunciando uma forma diferente de abordagem, “profeticamente, com a Agenda pelo Desencarceramento. Temos que gritar: não ao encarceramento! Não à desigualdade social! Não às torturas e aos tratamentos desumanos e crueis do sistema prisional! Não, mil vezes se necessário, não ao sistema penal e prisional! Temos que gritar, com toda a fé e compromisso, com toda a Misericórdia: queremos um mundo sem cárceres!”, finaliza Pe. Valdir.

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Pastoral Carcerária: "a gente não quer depósito de presos"

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Boa Vista (RV) - As más condições do sistema penitenciário brasileiro são denunciadas pela Pastoral Carcerária que faz um trabalho evangelizador de primeira linha junto aos presos no país. Maria da Conceição do Nascimento é uma dessas colaboradoras, mora há 30 anos em Boa Vista (RR), faz visitas nos presídios, é atuante no Conselho da Comunidade e na Pastoral Carcerária local. 

A rebelião na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), a maior de Roraima, que fica no interior de Boa Vista, causa tristeza pelos requintes de crueldade na morte de pelo menos 30 presos  na madrugada desta sexta-feira (6), mas não espanta Dona Maria que, junto ao seu grupo de trabalho, tem denunciado frequentemente a grave situação carcerária. "A gente não quer depósito de presos", diz ela, por isso pedem a adoção da agenda pelo descarceramento.

Confira a entrevista concedida à Rádio Vaticano aqui: 

(AC)

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