Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 07/01/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: recordemos os cristãos do Oriente que hoje celebram o Natal

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – “Recordemos os irmãos e as irmãs do Oriente cristão, católicos e ortodoxos, que hoje celebram o Santo Natal”.

Com um tweet publicado em sua conta @Pontifex_, o Papa nos convida a olharmos para os cristãos do Oriente que seguem o Calendário Juliano e neste 7 de janeiro celebram o nascimento de Jesus.

Também no Angelus da Epifania (06/01), Francisco desejou aos cristãos do Oriente que a Festa do Natal os tornasse repletos “de alegria e de luz”.

O Natal é celebrado por todos os cristãos, mesmo por aqueles que vivem em contextos difíceis, de penúria e perseguição.

Tawadros II: Jesus Menino nos ensina a entregar-nos ao Céu

A única esperança é manter fixo o olhar em direção ao céu. É o que diz, em síntese, a mensagem de Natal do Patriarca da Igreja Copta, Tawadros II. Ele que governa uma Igreja antiguíssima, no Egito, recorda que país nos convida a seguir o exemplo dos pastores e dos Magos, mas também o exemplo da Virgem Maria, que com o seu sim ao Anjo, ofereceu a própria vida aos céus.

O mesmo vale para o homem de hoje, que frequentemente tem uma atitude contraditória em relação ao céu. Há quem se opõe a ele, há quem reza, mas também há quem lhe é indiferente.

Aspirar ao céu significa aspirar à luz de Deus que ilumina os corações, à paz que nos torna agentes de paz no mundo, à uma alegria que é a alegria constante  e não passa como aquelas terrenas.

Patriarca Kirill: fazer crescer os dons do Espírito

Seguir “altos ideais morais, comprometendo-nos em primeira pessoas em encarná-los na vida cotidiana”. Este é o centro da mensagem de Natal enviado pelo Patriarca Ortodoxo de Moscou e de todas as Rússia, Kirill, que exorta os fieis para que falam crescer dentro deles os dons do Espírito como o amor, a paciência e a bondade, e colocá-los em prática a serviço ao próximo.

Em 2017, na Rússia, recorre também um século dos acontecimentos que mudaram profundamente a história: “As perdas e os desastres que sucessivamente atravessaram o nosso povo – recordou  Kirill – foram em grande parte determinados pela destruição de um sistema político que existiu por um milênio e pela luta contra a fé religiosa das pessoas”.

O Natal, assim, é o cumprimento das promessas antigas de salvação para o gênero humano.

Arcebispo Schevchuk, Ucrânia: Jesus nos disse para não temer

O Arcebispo Mor de Kiev, Dom Sviatoslav Shevchuk, celebrou a vigília de Natal com os refugiados do conflito no país e na manhã deste sábado presidiu a Missa na Catedral da Ressurreição.

O líder da Igreja Greco-católica na Ucrânia disse que o Natal é a ocasião para descobrir um Deus presente na nossa história. Certo, não há uma resposta completa para todos os sofrimentos – observou – mas Jesus vem a nos dizer neste dia para não temermos, porque Ele está conosco até o final dos tempos. Nós devemos somente acolher o Menino divino.

(rbar/je)

 

inizio pagina

Papa batizará este domingo 28 crianças na Capela Sistina

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Este domingo, 8 de janeiro, o Papa Francisco preside na Capela Sistina a Santa Missa por ocasião da Festa do Batismo do Senhor. Durante a celebração, o Santo Padre batizará 28 crianças. A Rádio Vaticano vai transmitir a celebração, com comentários em português, a partir das  6h25min, horário de Brasília.

Será a quarta vez em seu Pontificado que Francisco presidirá a Missa na Capela Sistina no dia em que se conclui o Tempo de Natal, administrando o Sacramento do Batismo a 13 crianças do sexo feminino e a 15 do sexo masculino.

A Liturgia fala do Batismo de Jesus, “em espírito e fogo” (Lc 3,16). Eis o que disse o Papa Francisco no Angelus de 10 de janeiro de 2016:

“No Batismo cristão o Espírito Santo é o principal artífice: é Ele que queima e destrói o pecado original, restituindo ao batizado a beleza da graça divina; é Ele que nos liberta do domínio das trevas, ou seja do pecado, transferindo-nos para o reino da luz, ou seja do amor, da verdade e da paz: este é o reino da luz. Pensemos a que dignidade nos eleva o Batismo!”.

O Batismo, disse O Papa reiterou, na mesma ocasião, que o Batismo nos torna filhos de Deus:

 “Esta realidade maravilhosa de ser filhos de Deus comporta a responsabilidade de seguir Jesus, o Servo obediente, reproduzindo em nós mesmos os seus lineamentos: ou seja, mansidão, humildade e ternura. E isto não é fácil, especialmente quando ao nosso redor há tanta intolerância, soberba e dureza. Mas com a força que nos vem do Espírito Santo, isto é possível!”.

De fato, o Espírito Santo, recebido pela primeira vez em nosso Batismo, é o que nos abre à verdade:

”O Espírito impele a nossa vida pelo caminho exigente mas jubiloso da caridade e da solidariedade para com os nossos irmãos. O Espírito confere-nos a ternura do perdão divino, permeando-nos com o vigor invencível da misericórdia do Pai. Não esqueçamos que o Espírito Santo é uma presença viva e vivificadora em quantos o recebem, reza em nós e enche-nos de alegria espiritual”.

O Papa, então, exorta todos a recordar o dia de nosso Batismo:

“É uma data a ser festejada – disse – porque é a data de nosso renascimento como filhos de Deus” Festejar este dia “significa reafirmar a nossa adesão a Jesus, com o compromisso do viver cristão, membros da Igreja e de uma nova humanidade, na qual todos somos irmãos”.

E então, o convite aos pais para protegerem a fé das crianças:

“Não vos esqueceis de que a maior herança que vocês poderão dar às vossas crianças é a fé. Cuidem para que não seja perdida, de fazê-la crescer e deixá-la como herança (...) Faço votos de que sejam capazes de fazer crescer estas crianças na fé”. (Homilia 10 de janeiro de 2016).

Durante a Missa na Capela Sistina neste domingo, se rezará pelas crianças que sofrem, para que “o Senhor suscite sempre homens e mulheres capazes de voltarem-se para elas com uma caridade incansável”.

(sc/je)

 

inizio pagina

Intenção do Papa para o mês de janeiro

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - Depois de lançar, ano passado, a primeira série de vídeos sobre suas intenções mensais para o Apostolado da Oração, o Papa Francisco decidiu fazer algumas mudanças neste novo ano, voltando a um sistema mais antigo, com foco em apenas uma intenção em vez das duas, que eram a Universal e pela Evangelização. 

Assim, o Papa passará a indicar uma intenção mais urgente para cada mês do ano, por situações que requerem atenção particular e imediata de todos os católicos. 

Vídeo do Papa

“O Vídeo do Papa”, lançado em janeiro de 2016, é um projeto pioneiro da Rede Mundial de Oração – Apostolado da Oração -, que tem como protagonista o próprio Papa, e marca uma nova era na comunicação das intenções mensais.

Cada mês, Francisco apela à consciencialização e sensibilização para os desafios da Humanidade em geral, desafios que dizem respeito a todas as tradições religiosas e pessoas de boa vontade.

A Rede Mundial de Oração estima que “O Vídeo do Papa” chegue a 30 milhões de pessoas, em dez idiomas.

Intenção de Janeiro

Assim sendo, neste mês de janeiro, o Santo Padre propõe a seguinte intenção para a Evangelização: “Por todos os cristãos, para que, fiéis ao ensinamento do Senhor, se empenhem com a oração e a caridade fraterna no restabelecimento da plena comunhão eclesial, colaborando para responder aos desafios atuais da humanidade”.

Logo, o Papa convida a rezar, neste mês, pela unidade de todos os Cristãos, em especial no Oitavário de Oração pela Unidade dos Cristãos, de 18 a 25 de janeiro; procurar conhecer e integrar atividades de colaboração entre várias confissões cristãs no serviço aos mais pobres e marginalizados; conhecer cristãos de outras confissões, visitá-los e realizar alguma atividade em comum.

Oração

«Senhor nosso Deus, ao longo da história, a vossa Igreja sofreu e continua a sofrer a divisão entre aqueles que acreditam no vosso Filho Jesus.

Mas são já tantos os gestos e as atitudes que falam de união e não de separação, através de tantos homens e mulheres de diversas confissões cristãs, que colaboram pelas causas da paz, da dignidade da vida humana e do cuidado da criação.

Enviai, Senhor, o vosso Espírito sobre todos os cristãos, para que a oração em comum e os gestos de caridade sejam um sinal visível da resposta que a Igreja traz aos desafios da humanidade.

Que, num mundo dividido, os cristãos testemunhem a alegria e a força da união»! (MT/RMO)

inizio pagina

A semana do Papa - 05

◊  

Rádio Vaticano (RV) - Apresentamos a primeira edição de "A semana do Papa" desde 2017. Reveja quais foram os principais eventos de Francisco e a mensagem após o Massacre de Manaus.

(rb0)

inizio pagina

Igreja no Brasil



Roraima: a nota da Diocese e a palavra do bispo. Ouça

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - A Diocese de Roraima e a Pastoral Carcerária, acolhendo com dor a notícia do massacre ocorrido da Penitenciária Agrícola, emitiram uma nota expressando solidariedade com os familiares dos detentos e com a sociedade roraimense. A nota também denuncia “o descaso do poder público, como há tempo a Pastoral Carcerária vem fazendo, alertando sobre este possível desfecho devido às condições desumanas e intoleráveis em que são obrigados a viver os detentos”. 

Conclamamos a sociedade roraimense a se unir para exigir reformas imediatas do sistema penitenciário, para que seja respeitoso da dignidade humana e favoreça a ressocialização dos detentos”, afirma a nota.

A RV entrevistou o bispo de Roraima, Dom Mario Antonio da Silva, que oferece o apoio da Diocese a todos os vitimados por este novo massacre:   

“Nossa diocese de Roraima, em comunhão com a Pastoral Carcerária, recebeu de maneira muito triste e com muita dor a notícia do massacre acontecido na Penitenciária Agrícola Monte Cristo, de Roraima. Os relatos mostram mais de 30 mortos e isto aconteceu após outro fato lamentável de 10 mortes, em outubro passado, na mesma penitenciária”.

“A Arquidiocese é solidária com todos os familiares, com todos os que estão sofrendo com estas mortes e, como Igreja, nos unimos em oração pelos falecidos, na expectativa, na torcida humana e na colaboração, para que se restaure a harmonia dentro e fora dos presídios e também na sociedade, para que se intensifique não apenas a atenção aos presidiários, mas a luta pela defesa e a dignidade dos direitos humanos e da vida de todos e de cada um. A nossa Diocese, e a Pastoral Carcerária, estão sempre do lado da defesa da vida, não obstante a sua situação. Esperamos que os fatos ocorridos possam abrir os olhos de todos nós: Igreja, sociedade, governantes, entidades ligadas à defesa da vida, da justiça, para que as medidas não sejam apenas de emergência, e o pensamento só de ‘mais vagas para detentos’, mas de mais cuidado com a vida, sobretudo com os jovens e adolescentes que estão aí na emergência e às vezes são cooptados pela violência e pelo tráfico de drogas”.

“Mais uma vez, reiteramos que a nossa Diocese de Roraima, com a Pastoral Carcerária, é solidária e lamenta o ocorrido. Estaremos em comunhão de oração e de solidariedade, para fazer com que se restaure toda a harmonia, a paz e a confiança e fé, para que possamos, com estes elementos na nossa vida cristã poder semear a paz e lutar por uma sociedade onde todos tenham vida, e vida em abundância. Que tal fato possa não só nos sacudir e nos comover, mas abrir os nossos olhos para que de mãos abertas e coração solidário possamos trabalhar em conjunto e união para que tudo se revele à luz da justiça: uma justiça que é a vontade de Deus, para fazer acontecer aquilo que é justo e digno diante de Deus para o bem de toda a sociedade”. 

(CM)

 

inizio pagina

Ano Nacional Mariano: 300 anos da imagem de Aparecida

◊  

Aparecida (RV) – A Igreja no Brasil está celebrando o “Ano Nacional Mariano”, que teve início na Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro de 2016. 

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) instituiu o Ano Nacional Mariano no contexto das Comemorações dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, no rio Paraíba do Sul.

Em sua mensagem divulgada para a ocasião, a Presidência da CNBB destaca: “A celebração dos 300 anos é uma grande ação de graças. Desde 2014, as dioceses do Brasil se preparam para esta comemoração, recebendo a visita da imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida”.

Para os Bispos do Brasil, o gesto de percorrer cidades e periferias, lembra aos pobres e abandonados que eles são os prediletos do coração misericordioso de Deus.

O Ano Nacional Mariano se concluirá em 12 de outubro de 2017, Solenidade de Nossa Senhora Aparecida. (MT/CNBB)

inizio pagina

Igreja na América Latina



Venezuela: Mesmo com diálogo suspenso, Vaticano mantém mediação

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – A Chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, assegurou na sexta-feira que reuniu-se com Dom Claudio Maria Celli, delegado do Vaticano no diálogo entre governo e oposição. As conversações – atualmente suspensas - buscam superar a crise no país.

“Mantivemos uma reunião com Dom Celli, enviado do Papa para acompanhar o diálogo pela paz e a estabilidade (...). O diálogo é o único caminho para a democracia”, afirmou Rodríguez em sua conta Twitter. A Chanceler acrescentou que o Papa Francisco “mantém seu compromisso com o diálogo na Venezuela”.

Governo e oposição iniciaram o diálogo em 30 de outubro, com a intermediação do Vaticano e da Unasur, porém a Coalizão da Unidade Democrática (MUD), abandonou as conversações em dezembro, acusando o Governo de descumprir os acordos.

A MUD exigia uma saída eleitoral para a crise, com uma antecipação das eleições presidenciais previstas para 2018 ou com a reativação do processo de referendo revogatório contra o Presidente Nicolás Maduro, suspenso em 20 de outubro pelo poder eleitoral.

O governo de Maduro, por sua vez, descartou que estes temas fizessem parte da agenda de conversações.

Os mediadores propuseram que na próxima semana seja realizada uma nova rodada de negociações, porém a oposição já antecipou que não tomará parte.

Fontes da MUD, próximas ao processo de diálogo, confirmaram por sua vez não terem se reunido com Dom Celli e que mantém a decisão de não participar da próxima rodada de negociações.

Depois da suspensão do diálogo, a MUD retomou sua ofensiva contra o Presidente Nicolás Maduro, responsabilizando-o, no mês de dezembro, pela crise que afeta o país e manifestando esperança de que se inicie uma ação jurídica contra ele.

Porém, o Supremo Tribunal de Justiça – acusado pela oposição de servir ao chavismo governante – anulou esta decisão, ao assinalar que o Legislativo mantém-se em situação de “desacato”.

O novo Presidente do Parlamento, Julio Borges, prometeu que nos próximos dias será declarado o “abandono do cargo” por parte do Presidente, por considerar que descumpriu com suas obrigações ao não garantir a governabilidade do país.

(je/afp)

 

 

inizio pagina

Igreja no Mundo



Igrejas que seguem Calendário Juliano festejam o Natal

◊  

Belém (RV) – Milhares de cristãos que seguem o Calendário Juliano reuniram-se na noite de sexta-feira em Belém para celebrar o nascimento de Jesus. 

A Igreja da Natividade acolheu centenas de cristãos ortodoxos na celebração presidida pelo Patriarca Greco-ortodoxo de Jerusalém Theophilo III.

Já na manhã ensolarada de sexta-feira, grupos de escoteiros palestinos tocavam versões do Jingle Bells e outras canções de Natal, animando residentes e turistas que enchiam as ruas de Belém.

Os cristãos do Oriente celebram o Natal em 7 de janeiro, enquanto os do Ocidente o observam em 25 de dezembro devido às diferenças entre os calendários Juliano e Gregoriano.

As celebrações para o Natal Ocidental, há duas semanas, receberam um número muito maior de peregrinos, mas a maioria dos cristãos palestinos pertencem à Igrejas que comemoram  o Natal em 7 de janeiro.

John Mawal, um sacerdote ortodoxo australiano de descendência libanesa que visitava Belém  em suas férias, disse que a manhã foi "muito especial" para ele.

"Aqui você encontra alguns dos Patriarcas provenientes de diferentes denominações, como o Patriarca de Jerusalém Teófilo", disse ele. "Sendo da Austrália, é algo que provavelmente nunca veríamos em nossa vida".

Ao final do Angelus da Epifania (06/01), o Santo Padre felicitou as comunidades eclesiais do Oriente, que seguem o Calendário Juliano e que celebram o Natal neste sábado, 7 de janeiro: “Em espírito de jubilosa fraternidade, faço votos de que o nascimento do Senhor Jesus os preencha de luz e de paz”.

(je/afp)

inizio pagina

Primaz anglicano: 2017, chamados a superar as divisões

◊  

Londres (RV) - Seguir com coragem para além do Brexit, superar as divisões, favorecer a reconciliação, a redescoberta dos valores e da tradição cristã que é feita de solidariedade e de acolhida. Estes são os votos - e também o encorajamento - contidos na tradicional mensagem de Ano Novo do Primaz da Comunhão Anglicana, Justin Welby, transmitidos pela BBC.

"No ano passado - recordou o Arcebispo de Cantuária - tomamos uma decisão que incidirá profundamente no futuro de nosso país, uma decisão tomada democraticamente pelo povo". O referendum que decretou a saída do Reino Unido da União Europeia foi caracterizado por uma campanha muito inflamada que provou grandes divisões.

"Mas eu sei - disse Welby - que se olharmos para as nossas raízes, para a nossa cultura e para nossa história dentro da tradição cristã, se nos deixarmos tocar por aquilo que há de melhor neste país, encontraremos um percurso para conciliar as diferenças que nos dividiram".

Para o Primaz da Comunhão Anglicana é necessário, sobretudo, se apossar, aceitar e deixar-se transformar pelos dons e mandamentos de Cristo. "Se dermos as boas-vindas a quem passa necessidades, se formos generosos no dar, se assumirmos o nosso futuro com determinação e coragem, então saberemos prosperar. Seremos capazes de viver bem juntos, não obstante as nossas diferenças, oferecendo hospitalidade ao estrangeiro e àqueles no exílio, com a esperança inquebrantável no futuro".

"Estes - recordou - são os dons, os mandamentos, as promessas de Jesus Cristo". E são também "os fundamentos de nossos melhores valores compartilhados, das tradições e da vida na Grã-Bretanha". Valores que possam restituir o país à sua alta vocação. Ou seja, "dom e fonte de confiança para este momento conturbado em que vivemos, não somente para nós próprios, mas como um farol de esperança, como uma cidade colocada sobre a colina".

Para ilustrar seu pronunciamento, Justin Welby cita o exemplo de Sabir Zazai, Diretor do Coventry Refugee and Migrant Center. "Encontrei Sabir Zazai há muitos anos - recorda o Arcebispo de Cantuária - e fiquei feliz por ter tido a oportunidade de visitar o centro para os refugiados que agora dirige. Ele veio como refugiado do Afeganistão em 1999, e sua coragem e a suas capacidades são extraordinárias. Agora é uma figura chave para o futuro desta cidade".

Mas não se trata de casos isolados. De fato - sublinha - "existem pessoas como Sabir em todo o país e são uma bênção para o nosso modo de viver. Eles estão experimentando tudo aquilo que é bom. E isto não somente enriquece as suas vidas, isto enriquece e aprofunda também a nossa vida".

(L'Osservatore Romano/JE)

inizio pagina

Abadessa assassinada na Bielorússia

◊  

Minsk (RV) – A Igreja Ortodoxa da Bielorússia confirmou que na noite entre 5 e 6 de janeiro foi assassinada a Madre Vasilisa, Abadessa do Mosteiro de Santa Ksenia, localizado na região de Minsk, capital do país.

“Posso confirmar o fato de que Madre Vasilisa foi assassinada. O mais provável é que o crime tenha sido cometido por uma das doentes atentidas no convento”, declarou à Agência Sputnik o Padre Sergiy Lepin, Secretário de Comunicação do Exarcado da Bielorússia.

Durante algumas buscas, a policía local prendeu uma pessoa, informa o Comitê de Investigação. “Os peritos trabalham com os envolvidos neste trágico incidente. Foi aberta uma causa penal pelo assassinato, no decorrer da qual foi detida uma suspeita, que passou por exames psicológicos e psiquiátricos”, revelou a representante do Comitê de Investigações, Tatiana Belonog.

Segundo um comunicado divulgado pelo Mosteiro, a Abadessa Vasilisa chegou à Bielorússia, vinda da Ucrânia, para integrar-se na comunidade religiosa como uma das irmãs da caridade.

Desde 2004 recebeu a bênção do Exarca Patriarcal de toda a Bielorússia, Filaret, para tornar-se a Priora do Convento de Santa Knesia.

(je/sputnik)

inizio pagina

Formação



Reflexão dominical: Festa do Batismo de Jesus

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - «O tema do Evangelho deste domingo está no versículo 15:  “Devemos cumprir toda a justiça”. Jesus fala essa mensagem a João Batista e, como percebemos, fala na 1ª pessoa do plural. Ele fala em nome do Pai – cujo projeto Jesus cumpre fielmente -  está falando em nome do Espírito – que virá sobre ele -  e também em nome de todos aqueles que se comprometem com ele, desde a Virgem Maria, passando por São José, pelo próprio João Batista e chegando até nós.

Essa justiça que constrói o Reino está dentro de nossa história e se caracteriza não pela violência como João anunciava, como vimos no 1º domingo do Advento, mas na solidariedade para com os pecadores, como nos anunciou o Evangelho do 2º domingo. 

O Pai quer que Jesus salve a humanidade, essa é a justiça que ele deverá cumprir. Para isso se solidariza com a humanidade ao receber de João o batismo de penitência. Contudo o Pai e o Espírito manifestam que o verdadeiro batismo se dá fora da água, se realiza quando Jesus sai do Jordão, o céu se abre, o Espírito vem sobre Jesus e pousa sobre ele. Jesus assumiu o projeto do Pai, irá realizar a justiça, irá redimir a humanidade, o Espírito o ungiu para isso!

Neste momento recordemos as palavras de Isaías na primeira leitura: “Eu, o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te constituí como centro da aliança do povo, luz das nações, para abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os que vivem nas trevas”. Em Jesus se realiza essa vocação. Ele é rei e sacerdote, foi ungido para cumprir toda a justiça dando origem ao Reino de Deus.

Recordemos o nosso batismo. Fomos inseridos no Povo de Deus também para essa missão, cumprir a justiça, não apenas para nos salvar. Temos uma dimensão apostólica, colaborar com o Senhor na instauração da justiça, da solidariedade, da acolhida a todos, especialmente daqueles que são marginalizados porque pecadores.

A missão é ir atrás da ovelha perdida, é resgatar os extraviados, é colaborar para que a cana rachada não se quebre e nem o pavio que ainda fumega seja apagado, como falou Isaías. Ser batizado é ter um coração misericordioso e integrador, como o de Jesus. De acordo com esse coração que é reflexo do amor do Pai, justiça não é manter as pessoas excluídas por causa de seus erros, mas justiça é transformá-las em filhas de Deus, assim como aconteceu e acontece com cada um de nós».

(Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para a Festa do Batismo de Jesus)

inizio pagina

Solenidade da Epifania do Senhor: a visita dos Reis Magos a Jesus

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - «A Igreja no Brasil celebra, hoje, a Solenidade da Epifania do Senhor. Logo, celebramos a abertura do Reino de Deus para todos os povos, para todos aqueles que possuem sentimentos de paz, que buscam fazer o bem e evitar o mal. Deus acolhe em sua casa todos os homens de boa vontade. É o redimensionamento da História da Salvação, ou melhor, é a plenificação de seus objetivos. 

No presépio eram os pastores judeus a adorarem o Menino Jesus, a verem cumpridas as profecias da vinda do Messias, agora, representando toda a Humanidade, temos os Magos adorando o Redentor de todos os homens.

A festa da Epifania mostra a saída dos judeus do protagonismo da Economia da Salvação e tomada de posse do novo povo de Deus, ou seja, de todos aqueles que aceitam o Menino Deus, o Príncipe da Paz, como o Cristo Redentor!

Na primeira leitura, extraída do Livro de Isaías, temos o anúncio da manifestação da glória do Senhor sobre Jerusalém e a consequente vinda para ela dos outros povos, para também serem iluminados pela luz divina.

Como segunda leitura, temos um trecho da Carta de Paulo aos Efésios. Lá ele nos diz que essa glória que ilumina Jerusalém e atrai para ela os demais povos é Jesus Cristo. Através d’Ele todos os povos “são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa”.

Já no Evangelho São Mateus clarifica, com a vinda dos Magos, a atração dos povos pela luz que ilumina Jerusalém. E ela os conduz à casa da luz, à casa onde habita a Luz do Mundo, Jesus Cristo.

Paradoxalmente, São Mateus fala que os doutores da Lei, aqueles que deveriam possibilitar a Luz iluminar, não querem ser incomodados pela luz e preferem permanecer na escuridão.

Ao contrário, os magos, representando aqueles que não receberam a Revelação, como a receberam os judeus, usaram suas inteligências, cultura, todos os recursos que possuíam e intuíram o nascimento do Messias através do surgimento de uma estrela com um brilho extraordinário, a estrela guia. Por isso passaram a fazer parte do novo Povo de Deus, aceitando os ditames do Menino Deus, da aliança feita por Ele através do derramamento de seu sangue, e vivendo o amor, o perdão, a simplicidade de vida, a generosidade, entre outros valores.

Nas festas de Natal demonstramos nosso poder aquisitivo na compra de presentes e no preparo de uma ceia faustosa, contudo, a comida já foi para um lugar escuso e os presentes começaram a perder o seu valor e poderão ir parar nas mãos de quem não amamos. O tempo corrói! Mas as esmolas que demos, as visitas que fizemos, os moradores de rua que levamos para cear conosco, o tempo gasto com pessoas marginalizadas pela sociedade e também o tempo dedicado à oração foram contabilizados na economia da salvação, se transformaram em bens de eternidade, de acordo com os valores do Grande Rei, o Menino que nasceu no presépio e morreu na cruz, após lavar os pés de seus discípulos.

Como foi o nosso Natal? Como encaramos as exigências da revelação? Se temos dificuldades, peçamos a intercessão da Virgem Maria e de São José para mudarmos o nosso modo de pensar e de agir. Sabemos que o velho e viciado modo de pensar e de agir fala mais alto na hora das decisões. A salvação não virá dos poderosos, nem do dinheiro, nem da sociedade consumista. Será de um coração despojado, fraterno, pobre, que confia em Deus e n’Ele tem sua única riqueza que o Senhor se servirá para fazer o bem.

Como os Magos, desviemos nossa caminhada daquelas pessoas ou situações que nos afastam de Deus, que optam pelo Mal, que preferem o acomodamento à prática do bem.

A Igreja tem a missão de ser farol porque nela está a Luz Verdadeira. Como batizado faço parte da Igreja e a vela acesa que recebi logo após ter sido lavado no sangue de Jesus, me leva a manifestar a misericórdia de Deus a todos o homens, façam já parte da Igreja, ou ainda não.

Tenhamos a coragem de romper com os vícios do passado e vivamos a autenticidade do Evangelho. Permitamos que o Senhor faça sua Epifania através de nós, como a fez através de Teresa de Calcutá e de tantos homens e mulheres de todos os tempos. É preciso coragem! Coragem! Ele venceu o mundo!»

(Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para a Solenidade da Epifania do Senhor)

 

 

 

 

 

 

inizio pagina

Atualidades



Editorial: A dignidade das crianças

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Papa voltou a condenar com profundo rigor e dor os abusos sexuais cometidos por sacerdotes contra crianças e a exploração contra os pequenos, que para muitos se tornaram mercadorias a serem negociadas no submundo do comércio: “um pecado que nos faz envergonhar”. Pessoas que tinham a responsabilidade de cuidar dessas crianças destruíram a sua dignidade. “Os pastores ouçam o pranto de tantas crianças no mundo vítimas de violências”: são as duras palavras de Francisco em uma Carta escrita aos Bispos por ocasião da Festa dos Santos Inocentes, que celebramos no último dia 28 de dezembro. 

Na sua carta, sem meias palavras o Santo Padre fala de “tolerância zero” em relação aos abusos sexuais. Também a Igreja chora com amargura este pecado de seus filhos e pede perdão e o imperativo é renovar o compromisso para que “estas atrocidades não ocorram mais entre nós” e encontrar “a coragem para promover todos os meios necessários e proteger em tudo a vida das nossas crianças”. “Pecado que nos cobre de vergonha”, escreveu Francisco.

“Deploramos isso profundamente e pedimos perdão. Solidarizamo-nos com a dor das vítimas e, por nossa vez, choramos o pecado: o pecado que aconteceu, o pecado de omissão de assistência, o pecado de esconder e negar, o pecado de abuso de poder.”

Na sua carta Bergoglio lança também um premente apelo para “proteger as crianças dos novos Herodes dos nossos dias”, recordando que ainda hoje se sente o pranto de tantas mães, pelas suas crianças, pela sua “inocência dilacerada sob o peso do trabalho ilegal e escravo, sob o peso da prostituição e da exploração. Inocência destruída pelas guerras e pela emigração forçada. Milhares de crianças nossas caíram nas mãos de bandidos, de máfias, de mercadores de morte cuja única coisa que fazem é malbaratar e explorar as suas necessidades.” Escutemos o pranto e o lamento destas crianças.

Francisco citou um exemplo: hoje, por causa das emergências e das crises prolongadas, 75 milhões de crianças tiveram de interromper sua instrução. Calcula-se que, no ano de 2016, 150 milhões de crianças realizaram um trabalho infantil, muitas delas vivendo em condições de escravidão.

Herodes não terá a última palavra: serão as próprias crianças a derrotá-lo, com o seu grito, com a sua dor, com a sua inocência. Recordamos que por detrás de uma criança corrompida, há sempre um adulto que corrompe: a exploração de menores é hoje é tão grande que fica atrás somente do comércio de armas e da droga. Um verdadeiro mercantilismo que grita justiça.

As crianças e as famílias devem sempre encontrar na Igreja um lugar seguro, uma comunidade sempre acolhedora, que está do lado dos mais fracos e indefesos, que lhes defenda até às extremas consequências. A Igreja deve ainda fazer muita estrada e já está fazendo. Recordamos que o Papa Francisco instituiu a Comissão para a tutela dos menores e depois criou o novo Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral. Francisco continua assim a grande obra de Bento XVI.

Muitos eclesiásticos afirmam, e é o caso do sacerdote italiano Fortunato di Noto, Presidente da Associação Meter comprometida contra a pornografia infantil, que seria “oportuno que o vermelho da vergonha na Igreja fosse assumido por todos”.

A tolerância zero que mais uma vez o Papa Francisco repete, rescreve e assina é a demonstração de que não é possível que a Igreja, que deve ser lugar de luz, de paz, de acolhida, de amor, de proteção, possa se tornar – por causa de alguns – um lugar onde se vive o horror. Tolerância zero para a exploração de inocentes em nome do deus dinheiro. Tolerância zero para quem destrói a dignidade das crianças.

O gemido das crianças indefesas é um gemido que continuamos a ouvir ainda hoje. Um gemido – afirmou Francisco - que nos toca a alma e que não podemos nem queremos “ignorar ou silenciar”. E pergunta-se: “pode-se viver a alegria cristã, voltando as costas a estas realidades? Pode-se realizar a alegria cristã, ignorando o gemido do irmão, das crianças?” Perguntas que devem ecoar nas nossas consciências, dentro e fora da Igreja. (Silvonei José)

inizio pagina

O significado do pão na Península da Arábia

◊  

Dubai (RV*) - Amigas e amigos, aos poucos estou me convencendo da importância de conhecer outras culturas para entender nossas crenças. Principalmente, os cristãos têm muito a ganhar com o conhecimento dos costumes, hábitos e religiões do oriente médio, pois sua falta leva aos preconceitos e distanciamentos.  Talvez pudéssemos entender melhor o significado do pão usado por Cristo e o pão eucarístico nas nossas comunidades. 

Desde tempos imemoráveis, o pão é a comida principal nas refeições dos povos do Oriente Médio, portanto, também de Israel.

O pão não é somente um item alimentício, mas é também usado como talher para levar a comida à boca ou recolher os restos que ainda permanecem nos recipientes.

Por ser plano, em forma de pizza, serve como prato e limpador. É encontrado em todas as casas desde a mais pobre à mais rica. Por isso ele figura na oração ensinada pelo Mestre, “dá-nos o pão de cada dia” (Lc 11,2-4).

 Por tradição, o pão é considerado como um dom divino no Oriente Médio. Os egípcios chamam o pão de "aysh" que significa "vida em si mesma”. No mundo árabe, o respeito é tão grande que se um pedaço de pão cai no chão, a pessoa recolhe-o e beija-o.  Depois o come.

Lembramos que os espanhóis aprenderam essa tradição dos árabes, durante a longa ocupação da Península Ibérica. Também eles quando um pedaço de pão cai no chão, do jeito árabe, eles dizem: "És pan de Dios!" Esse conceito foi transferido para a Eucaristia, podendo-se dizer que Deus se fez pão.

O pão é considerado tão essencial, que os povos árabes afirmam que não se pode saborear nenhuma outra comida sem ele. Dificuldades para escolher não existem, pois, a variedade de tipos de pão é enorme. Vêm em muitas texturas, tamanhos e formas.

Vale a pena ter presente que o pão está intimamente relacionado com a vida e Deus.  Na história bíblica antiga, o pão guardado no templo, simbolizava a presença de Deus.

Dentro desse contexto é fácil entender a reação violenta dos ouvintes quando Cristo declarou ser o pão da vida, isto é, ser Deus.   A afirmação de Jesus continua sendo o fulcro do debate entre cristãos, muçulmanos e judeus.

O pão, um símbolo de unidade, pode ser usado para criar discórdias.

*Missionário Pe. Olmes Milani CS.

Das Arábias para a Rádio Vaticano.

inizio pagina