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Sumario del 12/01/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: a nossa vida é um "hoje" que não se repetirá

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Cidade do Vaticano (RV) – A nossa vida é um hoje que não se repetirá. Na missa matutina (12/01) na Casa Santa Marta, o Papa exortou a não ter o coração endurecido, sem fé, mas aberto ao Senhor. 

“Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações”. A homilia de Francisco foi inspirada na primeira leitura, extraída da Carta aos Hebreus, e se desenvolveu em torno de duas palavras: “hoje” e “coração”.

O hoje do qual fala o Espírito Santo é “a nossa vida”, um hoje “repleto de dias”, mas “depois do qual não haverá um replay, um amanhã”, “um hoje no qual recebemos o amor de Deus”, a promessa de Deus de encontrá-lo”, explicou o Papa, “um hoje” no qual podemos renovar “a nossa aliança com a fidelidade de Deus”.

Porém, há “somente um só hoje na nossa vida” e a tentação é de dizer: “Sim, farei amanhã”. A tentação do amanhã que não haverá”, como o próprio Jesus explica nas parábolas das dez virgens: as cinco tolas não levaram o óleo e as lâmpadas, e quando foram comprar, encontraram a porta fechada. Francisco fez referência também à parábola daquele que bate à porta pedindo ao Senhor: “Comi contigo, estive contigo …”.  “Não te conheço: chegastes tarde …”:

“Eu digo isso não para assustar, mas simplesmente para dizer que a nossa vida é um hoje: hoje ou nunca. Eu penso nisto. O amanhã será o amanhã eterno, sem anoitecer, com o Senhor, para sempre. Se eu sou fiel a este hoje. E a pergunta que lhes faço é esta que faz o Espírito Santo: ‘Como eu vivo este hoje?’”.

A segunda palavra que é repetida na Leitura é “coração”. Com o coração, de fato, “encontramos o Senhor” e muitas vezes Jesus repreende, dizendo: “tardos de coração”, tardos no compreender. Portanto, o convite é para não induzir o coração e a questionar-se se não seja “sem fé” ou “seduzido pelo pecado””:

“No nosso coração se joga o hoje. O nosso coração é aberto ao Senhor? Sempre me impressiona quando encontro uma pessoa idosa – muitas vezes sacerdotes ou freirinhas – que me dizem: ‘Padre, reze pela minha perseverança final’ – ‘Mas viveu bem toda a vida, todos os dias do seu hoje foram no serviço do Senhor, mas tem medo …?’ – ‘Não, não: a minha vida ainda não findou: eu gostaria de vivê-la plenamente, rezar para que o hoje chegue pleno, pleno, com o coração firme na fé, e não destruído pelo pecado, pelos vícios, pela corrupção…”.

Portanto, o Papa exorta a interrogar-nos sobre o nosso “hoje” e sobre o nosso coração. O “hoje” é repleto de dias, mas não se repetirá. Os dias se repetem até quando o Senhor dirá “chega”.

Mas o “hoje” não se repete: é esta a vida. O coração é aberto ao Senhor, não fechado, não endurecido, não sem fé, não perverso, não seduzido pelo pecado. O Senhor encontrou tantas pessoas que tinham o coração fechado: os doutores da Lei, todos os que o perseguiam, que o colocavam à prova para condená-lo... até que conseguiram. Voltemos para as nossas casas somente com estas duas perguntas: como está o meu “hoje”? O ocaso pode ser hoje mesmo, neste mesmo dia ou em tantos outros. Mas, como está o meu “hoje” na presença do Senhor? O meu coração, como está? Está aberto? Está firme na fé? Ele se deixa conduzir pelo amor do Senhor? Com estas duas perguntas peçamos ao Senhor a graça da qual cada um de nós necessita.

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Papa presidirá cerimônia de conclusão do Jubileu dos Dominicanos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidirá no sábado, 21 de janeiro, na Basílica São João de Latrão, a Solene Celebração Eucarística de conclusão do Jubileu dos 800 anos de fundação da Ordem dos Pregadores (dominicanos). A Rádio Vaticano transmitirá a Missa, com comentários em português, a partir das 12h50, horário de Brasília.

De fato, em 21 de janeiro de 1217, São Domingos de Gusmão recebeu do Papa Honório III a Bula Gratiarum Largitori Omnium, na qual, pela primeira vez, se fala de “Ordem dos Pregadores”. Precisamente o aniversário deste documento papal foi escolhido como data para a conclusão do Jubileu Dominicano.

Na noite de 20 de janeiro, será realizada uma Vigília de preparação na Basílica Santa Maria sopra Minerva (próxima ao Panteon), que durante muitos anos foi a principal igreja dos dominicanos em Roma.

Em seu site, os dominicanos expressam que “gostariam que esta celebração de encerramento manifeste a universalidade da Ordem”. Neste sentido convidam os “organizadores do Jubileu e a coordenação da família dominicana nos diferentes países para que, dentro da possibilidade, unam-se a este evento por meio de uma delegação ou de uma representação oficial”. Também os participantes do Congresso para a pregação da Ordem são convidados a participar da celebração.

Inaugurado oficialmente em 7 de novembro de 2015 pelo Geral Frei Bruno Cadoré, com a abertura da histórica porta da Basílica romana de Santa Sabina, no Aventino, o Jubileu dos Dominicanos realizou-se praticamente em concomitância com o Ano Santo da Misericórdia.

Diversas iniciativas fizeram memória aos oito séculos da vida da comunidade religiosa, como celebrações religiosas, convenções históricas, mostras de arte, entre outros. Assim, os Padres Dominicanos renovaram seu compromisso e o seu testemunho na Igreja a serviço da Palavra e da pregação, em um espírito ecumênico e em “diálogo e solidariedade com os esquecidios, os pobres, as vítimas da violência e da opressão”.

Em 20 de julho de 2016, O Papa concedeu a sua bênção apostólica ao Mestre da Ordem dominicana, Frei Bruno Cadore, e a todos os frades participantes do Capítulo Geral de Bolonha 2016.

Já em 4 de agosto o Francisco recebeu em audiência, na Sala Clementina do Vaticano, os participantes do Capítulo Geral dos Frades Pregadores, que teve lugar em Bolonha, na Itália, por ocasião dos 800 anos da confirmação da Ordem pelo Papa Honório III.

Ao falar sobre a “pregação”, primeiro pilar da Ordem, o Papa recordou o Fundador, São Domingos, que dizia: “primeiro contemplar, depois ensinar”. Sem uma forte união pessoal com Deus, reiterou Francisco, a pregação pode ser muito perfeita e fundamentada, e até mesmo admirável, mas não tocará o coração, que é o que deve mudar. (JE)

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Embaixador Denis se despede do Vaticano

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Rádio Vaticano (RV) – Em breve o Brasil terá um novo embaixador no Vaticano. O Embaixador Denis de Souza Pinto deixará o cargo após três anos e meio de serviço junto à Santa Sé. No ano passado, o Brasil e a Santa Sé celebraram 190 anos do estabelecimento das relações diplomáticas: uma das mais antigas em vigor atualmente. Hoje o embaixador foi recebido pelo Papa Francisco em visita de despedida. 

Nos dias passados nós conversamos com o Embaixador Denis. (SP)

 

 

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Vaticano: A voz dos migrantes no Twitter

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Cidade do Vaticano (RV) – A seção ‘Migrantes e Refugiados’ do novo Departamento do Vaticano para o Desenvolvimento Humano Integral está lançando uma campanha midiática concentrada na situação de crianças e adolescentes migrantes, refugiados, desalojados e vítimas do tráfico. 

Esta seção é ocupada diretamente pelo Papa, como decidido por ele mesmo, devido à emergência atual e para ressaltar a importância deste tema e o compromisso pessoal do Pontífice. 

Em linha com o tema escolhido por Francisco para a edição 2017 do Dia (migrantes menores, vulneráveis e sem voz), de 12 a 15 de janeiro, os tuites do Papa serão dedicados a esta situação, com links diretos à página Facebook da seção Migrantes, onde serão apresentados breves relatos e reflexões relacionados ao tema. 

A seção ainda não dispõe de uma conta em português, mas apenas em:


Inglês: https://twitter.com/M_RSection 
Italiano: https://twitter.com/M_RSezione 
Espanhol: https://twitter.com/M_RSeccion 
Francês: https://twitter.com/M_RSection_Fr 
A página Facebook é: https://www.facebook.com/MandRSection/ 
E no LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/migrants-&-refugees-section

 

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Card. Baldisseri: Amoris laetitia prepara Sínodo dos Jovens

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Cidade do Vaticano (RV) – Existe uma íntima correlação entre o recente Sínodo sobre a Família e o próximo dedicado aos jovens. Quem explica é o Cardeal Lorenzo Baldisseri às vésperas da apresentação do documento preparatório da Assembleia Sinodal, que se realizará em outubro de 2018 sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.

Em entrevista concedida ao L’Osservatore Romano, o purpurado faz um primeiro balanço da aplicação da Amoris laetitia, ressaltando a sua continuidade com o Sínodo sobre os jovens. Três palavras a resumem: alegria, discernimento, acompanhamento.

OR: Que balanço se pode fazer sobre a aplicação da Amoris laetitia, quase um ano após a sua promulgação?

“Esta Secretaria Geral, em 12 de maio passado, precisamente um mês após a publicação da Amoris laetitia, enviou às Conferências Episcopais de todo o mundo e também a cada bispo, uma carta para pedir informações relativas ao modo em como a Exortação Apostólica pós-Sinodal era acolhida nos diversos países, e ao mesmo tempo, para conhecer as iniciativas tomadas para a sua aplicação. Já chegaram numerosas respostas e continuam ainda a chegar. Das informações recebidas, posso afirmar em primeiro lugar que a Amoris laetitia suscitou imenso interesse na comunidade eclesial e no mundo inteiro, com uma acolhida muito positiva e um amplo consenso, um verdadeiro dom feito à Igreja e à humanidade. A aplicação está se realizando em diversos níveis. A publicação do documento, como é sabido, ocorreu em abril passado e se pode constatar a partir daquele momento, como se organizaram encontros, convenções, seminários, para o estudo e para o seu aprofundamento em todo o mundo. Eu mesmo fui enviado à participar de diversas destas iniciativas, quer na Itália como em outros países. Participei de conferências, encontros de apresentação do documento, relatórios sobre o desenvolvimento do sínodo e a sua relação com a Amoris laetitia. Posso dizer, portanto, que sou uma testemunha direta da atenção e do empenho com que os bispos olham para a Exortação Apostólica, centrando a pastoral nos valores da família e tendo o cuidado de encarnar da melhor maneira possível as indicações, as sugestões, as propostas nela contidas”.

OR: Concretamente, quais são as iniciativas dos episcopado?

“Muitos bispos encontraram os sacerdotes de sua diocese para refletir em profundidade os argumentos e as temáticas encontradas nas palavras do Papa Francisco. Diversos episcopados deram indicações concretas sobre as modalidades de aplicação daquilo que o texto propõe, em particular, sobre o que é dito no capítulo 6, sobre as perspectivas pastorais, e no capítulo 8, que trata do acompanhamento, o discernimento e a integração das pessoas que vivem em situações de fragilidade. Estão envolvidas neste trabalho pastorais das famílias, casais de esposos, jovens, associações, movimentos. Encontra-se uma ampla produção de subsídios e material informativo de todo tipo, para facilitar a compreensão e a difusão do documento”.

OR: A Pastoral Familiar das dioceses, portanto, conseguiu acolher o espírito do Sínodo sobre a Família?

“Posso dizer que em muitas dioceses, a recepção da Amoris laetitia, na qual se reflete o espírito do Sínodo, é positiva e propositiva e já vemos os seus benefícios. Está se tornando um instrumento formidável de renovação pastoral, como era o desejo dos padres sinodais e do Papa. Efetivamente, se está captando o sentido profundo do documento, que quer estar na continuidade de uma renovação da pastoral familiar. De fato, um grande número de sacerdotes e de agentes pastorais sentem-se chamados pelo convite do Papa Francisco para uma reflexão realística e criativa do ponto de vista pastoral dos conteúdos do documento”.

OR: Como foi o envolvimento das famílias?

“Considerando sobretudo o que é afirmado nos capítulos 4 e 5 sobre o amor no matrimônio, e no capítulo 7 sobre a educação dos filhos, começou-se a pensar em programar itinerários de formação para a preparação ao matrimônio, que vão para além dos “encontros oficiais” previstos para os casais que decidem casar-se; foram propostos encontros de acompanhamento para os jovens casais; há um esforço para envolver sempre mais casais especialistas, na tarefa de aproximar e acompanhar outros casais que passam por momentos de crise em seu relacionamento. Em algumas paróquias, surgiram grupos nos quais famílias inteiras se encontram periodicamente para rezar juntas, dividir as próprias experiências, compartilhar os tantos momentos que experimentam na vida cotidiana, confrontar-se sobre as dificuldades que vivem para ajudarem-se reciprocamente e buscar juntas pistas de soluções aos problemas. Certo, estamos apenas no início. O campo das possibilidade sobre a ação pastoral é muito vasto e os nove meses transcorridos desde a publicação da Exortação Apostólica representam um tempo muito breve para individuar e realizar todas as potencialidades nela contidos. Mas em todos existe a percepção de que é necessário um diferente e renovado empenho para apoiar as famílias na sua cotidianidade; um empenho feito de acolhida, proximidade, acompanhamento, partilha dos eventos bonitos e das dificuldades. São estas indicações eficazes sobre as modalidades em como viver a alegria do amor”.

OR: O que se pode responder a quem solicita ulteriores esclarecimentos sobre as indicações pastorais da Exortação Apostólica?

“Já foram fornecidas diversas respostas. Manifestaram-se também pessoas competentes pelo seu papel e pela sua autoridade. Trata-se, antes de tudo, de proceder com o objetivo de fortalecer a família e de assegurar a estabilidade do matrimônio e a serenidade da vida familiar. Ademais, é importante apresentar a beleza do matrimônio cristão também a quem não vive uma união sacramental. Lá onde se está na presença de pessoas que vem de uma precedente união fracassada, é necessário saber distinguir as situações, as responsabilidades e os comportamentos que elas assumem, com o objetivo de proceder gradualmente a uma maior integração na comunidade eclesial. Com este propósito, é indispensável um discernimento atento e apropriado para cada pessoa, sendo capaz de integrar adequadamente a relação entre a norma e a consciência. Não penso que exista a necessidade de acrescentar algo mais, se não reiterar que todas as respostas que são pedidas já estão contidas no texto da própria Exortação Apostólica”.

OR: Existe uma continuidade entre a Exortação Apostólica Amoris laetitia e o próximo Sínodo dedicado aos jovens?

“A Amoris laetitia indicou a beleza e a força da família, a sua capacidade de resposta às expectativas presentes no coração do homem, a importância de seu papel na sociedade. Um dos objetivos principais do próximo Sínodo é o de ajudar os jovens a aprender a discernir de que modo concreto possam realizar em plenitude as suas vidas, para que possam desfrutar da alegria do amor. A maior parte dos jovens se orienta para a escolha de constituir uma família. Para que a escolha deles possa corresponder o máximo possível à sua vocação, é importante que tenham instrumentos adaptados para conhecer a si próprios e para orientarem-se oportunamente na escolha do parceiro (a) e na compreensão dos elementos essenciais que permitam a sua futura família ter bases sólidas. Sem querer antecipar, nem limitar a riqueza que emergirá do caminho sinodal, penso que se possa sintetizar a continuidade entre a Amoria laetitia e o próximo Sínodo por meio de três palavras que encontramos na Exortação Apostólica: alegria, discernimento, acompanhamento”.

OR: Neste sentido, responde a uma das assinalações evidenciadas no Sínodo sobre a Família a escolha de aprofundar a relação entre jovens e escolhas vocacionais?

“Existe, evidentemente, uma correlação entre jovens, escolhas vocacionais e família. Quando se fala da família não se pode que não ter presente o seu momento constitutivo e portanto a idade juvenil, que é aquela em que cada um formula um projeto próprio e se orienta à escolha do estado de vida. A relatio finalis da Assembleia Sinodal de 2015 recordava que “o desejo de família permanece vivo nas jovens gerações”. Certo, a vocação ao matrimônio não é a única maneira de realizar em modo alegre e autêntico a própria vida, mas permanece verdadeiro que “muitos jovens continuam a ver o matrimônio como o grande âmbito de suas vidas e o projeto de uma família própria como a realização de suas aspirações”. A Amoris laetitia fala muito desta correlação e acredito que o próximo Sínodo fará dela objeto de reflexão”.

(L’Osservatore Romano – JE)

 

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Parceria promovida pelo Vaticano oferece sanduíches aos sem-teto

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Roma (RV) – A lanchonete McDonald’s aberta há poucos dias no Borgo Pio, bem ao lado do Vaticano, em parceria com a ONG Medicina Solidária, começará a distribuir refeições gratuitas a cerca de mil moradores de rua das vizinhanças da Basílica de São Pedro.

A partir do dia 16, todas as segundas-feiras, às 13h, voluntários da ONG vão entregar aos sem-teto as refeições especiais: duplo cheeseburger, maçãs em fatias e uma garrafa de água. 

O acordo entre a ONG e o McDonald’s surgiu de uma iniciativa da Esmolaria Apostólica, o escritório do Vaticano que emite as Bênçãos Apostólicas em pergaminho e que financia as iniciativas de caridade do Papa com os moradores de rua.

A ONG Medicina Solidária, que já colabora oferecendo consultas médicas gratuitas a estas pessoas, expressa satisfação porque “com as refeições, oferece-se às muitas mulheres e homens que vivem no bairro a possibilidade de uma adequada nutrição com proteínas e vitaminas”, afirma Lucia Ercoli, diretora da Organização. 

(CM)

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Mons. Urbańczyk: diálogo e colaboração entre religiões em favor da paz

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Viena (RV) - A paz deve ser prioridade na agenda da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE). Foi o que disse o representante permanente da Santa Sé junto à OSCE, Mons. Janusz Urbańczyk, em pronunciamento em Viena, na Áustria, na 1127ª sessão plenária do Conselho permanente deste organismo intergovernamental.

Ação em favor da paz e rejeição à violência

Recordando que o início de 2017 foi abalado por vários conflitos e atentados, o diplomata vaticano explicou que esta preocupante realidade nos impele à ação e a rejeitar a violência.

“A não-violência é por vezes entendida no sentido de rendição, resignação e passividade, mas na realidade não é assim... Porque a força das armas é enganosa,” disse o prelado recordando o que havia ressaltado o Papa Francisco na Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2017.

Papel construtivo e importante das religiões

Mons. Urbańczyk acrescentou que a Santa Sé deseja mais uma vez evidenciar o papel construtivo e importante que as religiões podem assumir, sobretudo numa perspectiva de prevenção dos conflitos, para a reconciliação e a reconstrução da sociedade após a guerra.

Após deter-se sobre o drama de povos em fuga de conflitos, de perseguições e da pobreza, o representante vaticano afirmou que os Estados têm o dever de garantir aos migrantes e aos refugiados as liberdades fundamentais, entre as quais a liberdade religiosa.

Emergências ambientais, intolerância e discriminação

Ademais, os desafios que a presidência de turno da OSCE – assumida pela Áustria  em 1º de janeiro – deverá enfrentar estão ligados às emergências ambientais e às situações críticas que alimentam intolerância e discriminação, inclusive em relação aos muçulmanos, cristãos e membros de outras religiões, disse o observador permanente.

A delegação da Santa Sé atribui grande importância ao diálogo e à colaboração entre religiões para promover o respeito recíproco e a paz, concluiu Mons. Janusz Urbańczyk. (RL)

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Igreja na América Latina



JMJ Panamá será nos primeiros meses de 2019

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Cidade do Vaticano (RV) – A data da próxima Jornada Mundial da Juventude será conhecida nas próximas semanas. 

O que já se sabe no entanto, é que diferentemente dos anos anteriores, a JMJ Panamá será realizada nos primeiros meses de 2019.

O Cardeal Kevin Farrel, Prefeito do Dicastério Leigos, Família e Vida afirma a este respeito: “Não sabemos a data extata, porém povavelmente será em janeiro, fevereiro ou março devido ao clima”.

O custo terá um peso muito grande na organização do megaevento. A JMJ Cracóvia teve um custo de cerca de 46 milhões de euros, cobertos em grande parte pelos próprios participantes.

De fato, a cota de participação cobriu 70% do valor total. O Estado contribuiu com outros 10%, sobretudo com a questão da segurança. O restante do custo foi coberto graças a doações de paróquias, de particulares e de empresas.

Um estudo realizado pela consultoria GAD3 revelou que as Jornadas Mundias da Juventude representam bem mais do que apenas um evento religioso, visto que o país sede torna-se uma “vitrine para o mundo”.

A título de exemplo: 96,1% dos participantes da JMJ Cracóvia aconselham a visitar a Polônia e mais de 80%  deles asseguram que sua permanência no país melhorou a imagen anterior que tinham dele.

Do ponto de vista pessoal, mais de 90% dos peregrinos afirmam que a participação na JMJ ajudou a aprofundar a sua fé e aumentou neles o desejo de construir uma sociedade melhor.

Bispos panamenhos

E a JMJ é o tema central da Assembleia Plenária ordinária da Conferência Episcopal Panamenha, reunida  desde segunda-feira (09/01) em Clayton.

A CEP é responsável pela organização das “Jornadas das Dioceses”, o que significa que os Bispos devem planejar com zelo a acolhida e as atividades dos milhares de jovens que chegarão ao Panamá antes da JMJ 2019.

Os Bispos examinarão também a realidade nacional, iluminando-a segundo o ensinamento da doutrina da Igreja católica.

Para a JMJ no Panamá, em 2019, é esperada a participação de 1,5 milhões de jovens.

(JE/Roma Reports)

 

 

 

 

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Resolver problema da criminalidade, pede bispo dominicano

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Puerto Plata (RV) - O Presidente da Conferência Episcopal da República Dominicana, Dom Gregorio Nicanor Peña Rodríguez, Bispo de Nuestra Señora de la Altagracia en Higüey, pediu aos órgãos de segurança do Estado para agirem rapidamente no combate ao crime. 

Segundo a Agência Fides, o prelado se expressou firmemente na conversa com a imprensa: “Devemos encontrar uma solução aos problemas da criminalidade de forma justa, não com a violência, porque todo ato violento gera outra violência, confrontos inúteis.”

Dom Peña Rodríguez atribuiu a onda de criminalidade em andamento no país à falta de formação aos valores, em particular no âmbito familiar, porque “quando o homem não tem uma formação se torna um animal”, reiterou.

O bispo fez tais declarações no final da missa celebrada na igreja "Templo las Américas" situada no bairro Isabela Histórica, em Puerto Plata, por ocasião da celebração dos 523 anos da primeira missa celebrada na América, em 6 de janeiro de 1494.

"As leis são boas, mas o problema está na aplicação: Os juízes devem aplicar a lei com justiça e punir quem deve ser punido, não punir inocentes”, sublinhou o bispo, que concluiu dizendo que “Cristo deve ser anunciado ao povo a fim de que com a sua mensagem, juntos possamos desarraigar a violência da sociedade”. 

(MJ)

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Igreja no Mundo



Paquistão: Lei sobre conversões forçadas

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Karachi (RV) - O governador da província de Sindh, Saeeduzzaman Siddiqi, reenviou à Assembleia provincial o projeto de lei sobre as conversões forçadas, que recentemente tinha sido aprovado por unanimidade na mesma reunião. A assinatura do governador é necessária para completar o processo legislativo e transformar em lei uma proposta aprovada pelo Parlamento Provincial. Segundo Fides, o adiamento foi também sugerido pelo Primeiro-ministro de Sindh, Syed Murad Ali Shah, do Partido Popular do Paquistão (PPP), que guia o governo regional, um dos promotores da lei. O próprio governo regional, na verdade, pretende propor algumas alterações na linguagem do projeto de lei e recomendou uma revisão do documento na assembleia.

O governador de Sindh, que pertence à Liga Muçulmana do Paquistão (N), recebeu do partido "Muttahida Qaumi Movement" (MQM) o pedido formal para rejeitar o projeto de lei, argumentando que a aprovação foi apressada. O governador também recebeu uma carta do Conselho de Ideologia Islâmica que define o projeto de lei "contrário ao Islã".

Processo de consulta ampla 

O governador, considerando todas estas razões e observando o debate em curso, promovendo um "processo de consulta ampla e significativa quanto possível", devolveu o documento, desejando que a promulgação possa “desenvolver a harmonia entre as diferentes religiões”.

O projeto de lei foi criticado por conter certas disposições conhecidas como "não conformes ao Islã" e inconstitucionais. Foi contestada especialmente a disposição de que nenhum cidadão menor de 18 anos pode se converter ao islamismo, mesmo por sua livre vontade e escolha: esta é considerada contra os ensinamentos do Islã, mas também uma violação da Constituição.

Nada de drama político

Entrevistado pela Agência Fides, o católico Anthony Naveed, Assistente do primeiro-ministro de Sindh e coordenador do departamento para a harmonia inter-religiosa, não vê um "drama político" e não vê uma "advertência" para as minorias religiosas neste processo e explica: "Não se trata de uma rejeição. É um processo legislativo simples e comum. O procedimento prevê a possibilidade de que um projeto de lei possa ser reenviado à assembleia, como acontece para muitas leis. Muitos partidos acreditam que um novo exame poderá fazer as correções apropriadas”.

“O projeto de lei, proposto pelo governo do PPP, muito atento aos direitos humanos, minorias religiosas e direitos das mulheres foi aprovado também por muitos muçulmanos na assembleia. Deve ser dito que, após a segunda leitura e possível aprovação, não está previsto, pelo procedimento, a assinatura do governador e o documento se tornará lei automaticamente. Estou confiante nos mecanismos democráticos e na boa vontade dos políticos de Sindh” concluiu. (SP)

 

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Comunicado dos bispos franceses e alemães para Dia Mundial do Migrante

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Hamburgo (RV) - “O Papa Francisco chama a atenção para o destino das crianças e adolescentes que são três vezes vulneráveis: porque são menores, estrangeiros e indefesos.”

É o que escrevem num comunicado conjunto, em vista do Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2017 que será celebrado no próximo domingo, 15 de janeiro, o Arcebispo de Hamburgo, Dom Stefan Hesse, presidente da Comissão para Migração da Conferência Episcopal Alemã, e o Bispo de La Rochelle, Dom Georges Colomb, responsável pela Pastoral dos Migrantes da Conferência Episcopal Francesa. 

“A prostituição, a pornografia, a exploração no trabalho e o tráfico de droga, são algumas formas de escravidão que afetam os menores”, sublinham os bispos. “Diante da violação contínua dos direitos humanos e das crianças, o Santo Padre afirma claramente que encontramos Jesus Cristo nos pequenos e vulneráveis e devemos fazer de tudo para proteger sua dignidade de modo especial.” 

Os prelados recordam que em 2015 mais de 65 milhões de pessoas abandonaram suas casas por causa de guerras, perseguições e violências. A metade desses refugiados é formada por menores. “O número elevado na Europa de refugiados menores não acompanhados nos apresenta desafios imensos, especialmente porque muitas crianças e jovens não fazem pedido de asilo. O número real é muito mais alto em relação ao indicado pelos dados oficiais”, ressaltam os bispos. 

Segundo algumas estimativas, em 2014, na União Europeia eram cerca de 23 mil. Em 2015, eram mais de 100 mil. 

As histórias dos refugiados são de grande sofrimento: as famílias foram separadas, os menores sofreram violência e várias formas de exploração que causaram feridas graves no corpo e na alma. “Como cristãos”, lê-se no comunicado conjunto, “esta realidade não pode nos deixar indiferentes”. Os bispos convidam a elevar a nossa voz em defesa da dignidade dessas pessoas.

Através de escolas, organismos sociais, movimentos juvenis, associações eclesiais e comunidades religiosas, a Igreja Católica na Alemanha e na França acompanha os menores migrantes em seu caminho. 

“Não se deve perder de vista a responsabilidade dos órgãos estatais competentes e dos políticos para garantir aos migrantes menores condições jurídicas e administrativas adequadas. Condições que lhes permitam uma vida digna. No comunicado, se recorda o trabalho das Igrejas na obra de acolhimento manifestando apreço pela “boa colaboração que se desenvolveu em muitos setores entre a Igreja, sociedade civil e âmbitos estatais”. 

(MJ)

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Bispos da Costa do Marfim: construir a paz com a não-violência

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Abidjan (RV) - Construir a paz através da não-violência “ativa e criativa”: foi o compromisso assumido pela Igreja católica na Costa do Marfim no início de 2017.

Não-violência, fio-condutor da mensagem do Papa para Dia Mundial da Paz

Numa mensagem assinada pelo arcebispo de Abidjan, Cardeal Jean Pierre Kutwa, a Conferência episcopal local detém-se sobre o tema da não-violência – escolhido pelo Papa Francisco como fio-condutor do Dia Mundial da Paz celebrado neste 1º de janeiro – para analisar a realidade do país do oeste da África.

Efetivamente, submetida a contínuos desafios, a Costa do Marfim está atravessando um período difícil: o primeiro desafio é o das “migrações forçadas” que levam muitas pessoas a colocar a vida em risco em busca de um futuro melhor. Mas essa “é uma forma de violência sem nome que requer uma solução em tempos rápidos”, ressalta o purpurado.

Porém, a pergunta fundamental é outra: o que a Costa do Marfim oferece a sua população para “acabar com este êxodo dos nossos dias?” O que oferece aos jovens que “querem ganhar dinheiro o mais rapidamente possível e sem nenhum esforço?”

O que oferece “às crianças que são acostumadas à violência, vivida continuamente na escola, na família, na televisão?” O que oferece um país em que se verificam “homicídios, destruição dos bens, ataques terroristas e vinganças?”

Romper os grilhões da injustiça com um suplemento de bondade

Daí, a exortação da Igreja marfinense olhando para o exemplo de Jesus, o qual fez da não-violência seu ensinamento primário: “Hoje, ser verdadeiros discípulos de Jesus significa opor à violência e à injustiça do mundo um suplemento de bondade que nos vem de Deus, de modo a ser todos atores da não-violência”.

Nessa ótica, o Cardeal Kutwa dirige um veemente apelo a todos os membros da sociedade: pede aos cristãos que “rompam os grilhões da injustiça” e se “reconciliem uns com  os outros”; pede aos homens que “percorram caminhos de paz”, através “do diálogo e do respeito pelos compromissos assumidos”, “sem recorrer a nenhuma forma de violência física, verbal ou moral”.

Mulheres sejam líderes da não-violência

Também as mulheres são chamadas em causa: o purpurado recorda que elas devem ser “líderes da não-violência” porque, “como diz um provérbio marfinense, ‘Aquilo que a mulher quer, Deus quer’.”

“Mulheres marfinenses, o que vocês querem para o país? E o que vocês fazem, em todos os níveis da escala social, para que seus filhos, maridos, irmãos e irmãs tomem o caminho da não-violência?” – pergunta o arcebispo de Abidjan.

“A missão de vocês é demonstrar que, apesar dos problemas, Jesus está sempre presente e nos indica o caminho a ser seguido”, acrescenta o purpurado.

A mensagem traz uma ulterior exortação, em seguida, às vítimas de violência, a fim de que “peçam ajuda a Deus para virar página”, não significando com isso “conceder impunidade aos culpados”, que devem responder por seus atos segundo a lei, mas implica saber deixar de lado “o desejo de vingança”.

Todas as religiões são “artífices de paz”

Também o chamado às religiões tem lugar central na mensagem, porque - ressalta a Igreja marfinense, citando o Papa Francisco – “o compromisso em favor das vítimas de injustiça e violência não é patrimônio exclusivo da Igreja católica, mas é próprio de numerosas tradições religiosas, para as quais a compaixão e a não-violência são essenciais”.

A família, berço da não-violência

Os bispos marfinenses lançam ainda um apelo às famílias, as quais têm “um papel fundamental” no desenvolvimento de uma cultura da não-violência. Efetivamente, é nelas que se aprende a superar os conflitos “não com a força, mas com o diálogo, o respeito, a busca do bem do outro, a misericórdia e o perdão”.

É da família que “a alegria do amor se propaga no mundo e alcança toda a sociedade”. Portanto, é preciso partir daí para se chegar a “uma ética da fraternidade, da coexistência pacífica que não se fundamenta no medo e na violência, mas na responsabilidade, no respeito e no diálogo sincero”.

Políticos comprometam-se em favor da paz

Por fim, a mensagem dos bispos marfinenses traz uma exortação aos políticos, a fim de que façam realmente da não-violência “o estilo de uma política pela paz”, olhando “para os adversários” como “irmãos com os quais caminhar na mesma direção”, para “ajudar a população”.

Nessa ótica, torna-se essencial inculcar no país uma cultura que ajude a viver as eleições como “verdadeiros momentos de festa para todos, porque todos olham para o desenvolvimento do país”, escrevem os prelados da Costa do Marfim.

A mensagem da Igreja católica marfinense conclui-se com o apelo do Papa Francisco ao desarmamento e à proibição e abolição das armas nucleares, ao tempo em que o país africano é confiado à Virgem Maria, Rainha da paz. (RL)

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Metropolita Hilarion encontra sacerdotes católicos franceses em Moscou

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Moscou (RV) - Em 10 de janeiro de 2017, o  Presidente para as Relações Externas do Patriarcado de Moscou, Metropolita Hilarion de Volokolamsk - também Reitor do Instituto de Estudos de Pós-Graduação Santos Cirilo e Metódio (CMI) - reuniu-se com um grupo de sacerdotes católicos da França, que realizam uma peregrinação a Moscou e São Petersburgo.

O encontro teve lugar na sala de reunião do CMI. Também tomaram parte do encontro Hieromonk Ioann (Kopeikin), Pró-Reitor para a formação do Instituto, e Miguel Palacio, Chefe do Protocolo e  Relações Públicas do CMI.

O Metropolita introduziu brevemente os convidados sobre a história do Instituto. Uma parte considerável da palestra foi dedicada ao desenvolvimento das relações bilaterais entre o Patriarcado de Moscou e a Igreja Católica Romana no atual estágio e no contexto do encontro entre o Patriarca Kirill de Moscou e Toda a Rússia e o Papa Francisco, que teve lugar em 12 de fevereiro de 2016, em Havana.

Hilarion deu especial destaque à importância dos esforços conjuntos das duas Igrejas na tarefa de proteger a população cristã no Oriente Médio.

Antes de concluir o encontro, o Metropolita respondeu às perguntas dos convidados. (JE)

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Formação



"Amoris laetitia" e receptividade do magistério do Papa Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” procura trazer sempre um pouco da caminhada da Igreja neste terceiro milênio, no signo do urgente chamado à nova evangelização, e o faz privilegiando de modo particular a realidade da Igreja no Brasil em seu caminho pós-conciliar. Neste contexto, trazemos também abordagens pertinentes ao Papa Francisco no que diz respeito ao acolhimento e receptividade de seu magistério. 

Na edição de hoje trazemos a participação do assessor para a Comissão de Doutrina da Fé da CNBB e Subsecretário de Pastoral, Mons. Antônio Luiz Catelan, que é também membro da Comissão Teológica Internacional da Congregação para a Doutrina da Fé.

Nosso convidado de hoje retorna a propósito do magistério do Papa Francisco, mais precisamente para tratar da recepção e acolhimento da “Amoris laetitia” por parte da Igreja no Brasil. Publicada em 19 de março de 2016, a Exortação Apostólica é fruto do último Sínodo dos Bispos, que foi dedicado à família.

Mons. Catelan fala-nos que logo após a publicação do documento pontifício “sobre o amor na família” a Igreja no Brasil se organizou para estudar e aprofundá-lo, constituindo assim, num primeiro momento, uma fase de estudo, de conhecimento do texto. E isso foi feito por um grande número de dioceses, com sessões de estudo tanto para leigos quanto para padres, ressalta.

Mons. Catelan destaca ainda que a próxima Assembleia Geral da CNBB – que vai se realizar de 26 de abril a 5 de maio – terá uma sessão pública inteira para a discussão a respeito de algumas questões da “Amoris laetitia”.

Assim como a “Familiares consortio” de João Paulo II modificou o rosto da Pastoral Familiar no Brasil, com toda certeza, a “Amoris laetitia” de Francisco vai dar contribuições decisivas, afirma Mons. Catelan. A entrevista foi-nos concedida em dezembro passado. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Missão na Prelazia de Borba (AM): "um privilégio"

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Autazes (RV) – O que um grupo de seminaristas do Piauí tem a levar à Amazônia? Segundo o reitor do Seminário de teologia Sagrado Coração de Jesus, em Teresina, Padre Wellistony Carvalho, além de uma preparação teológica e bíblia, levam na bagagem uma boa dose de amizade por aquele povo. Depois desta semana em missão na paróquia de Autazes, na Prelazia de Borba, os jovens prosseguem visitando as comunidades de outras paróquias da região.

Neste testemunho, Padre Wellistony ressalta o valor desta troca de experiências, definindo-a um ‘privilégio’. Nesta região marcada pela pobreza, a falta de emprego e a corrupção, onde faltam saneamento básico e educação e o povo parece esquecido pela política do país, a Igreja católica atua em meio a uma maioria de 80% de evangélicos.  

“A troca de experiências é muito interessante porque ao mesmo tempo em que nós trazemos os formandos, com toda a sua preparação bíblica, preparação teológica, mas sobretudo a amizade destes cristãos lá do Piauí, tem sido uma novidade para o povo da Amazônia. A gente tem feito esta experiência de ir às comunidades ribeirinhas, muitas das quais não tem Eucaristia e os católicos não são visitados. A quantidade de evangélicos nesta Igreja é realmente grande. Nossa presença nestas comunidades tem sido, em primeiro lugar, para sustentar a fé dos católicos que estão ali. São muito poucos e se sentem às vezes um pouco abandonados”.

“Ali não tem formação, não tem catequese; vive-se da boa vontade de um ou outro coordenador, que leva mais ou menos a comunidade nas costas. Então a nossa presença tem sido para animar estas comunidades, dar uma palavra, celebrar a Eucaristia com elas; isto tem sido muito importante. Nós aprendemos demais com o povo da Amazônia: um povo altamente acolhedor, querido, que tem nos recebido muito bem. É uma troca de experiências muito bonita, que o nosso Seminário tem o privilégio e o prazer de estar realizando na Prelazia de Borba”.

Ouça toda a entrevista clicando acima.

(CM)

 

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