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Sumario del 13/01/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: para seguir Jesus é preciso se mexer, não ter a alma “parada”

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Cidade do Vaticano (RV) - Para seguir Jesus, é preciso caminhar, não ficar parados com “a alma sentada”. Foi o que afirmou o Papa Francisco na missa celebrada na Casa Santa Marta (13/01). 

As pessoas seguem Jesus, o seguem por interesse ou por uma palavra de conforto. O Papa Francisco refletiu sobre o Evangelho do dia para destacar que, embora a pureza de intenção não seja “total”, perfeita, é importante seguir Jesus, caminhar atrás Dele. As pessoas eram atraídas por sua autoridade, explicou o Papa, pelas “coisas que dizia e  como as dizia; ele também curava e muitas pessoas iam atrás Dele para serem curadas”. Certamente, observou o Papa, algumas vezes Jesus repreendeu as pessoas que o seguiam porque estavam mais interessadas em uma conveniência do que na Palavra de Deus.

Não aos cristãos parados

“Outras vezes”, disse ainda Francisco, as pessoas o queriam Rei, porque pensavam: ‘Ele é político perfeito!’”, mas as pessoas “erravam” e “Jesus foi embora, se escondeu”. O Senhor, porém, deixava que todos os seguissem, “porque sabia que todos somos pecadores”. O maior problema, afirmou portanto Francisco, “não eram os que seguiam Jesus”, mas os que ficavam “parados”:

“Os parados! Os que ficavam à beira do caminho. Ficavam sentados. Ficavam sentados lá alguns escribas: estes não seguiam, olhavam. Olhavam do balcão. Não caminhavam na própria vida: ‘balconavam’ a vida! Justamente ali: jamais arriscavam! Só sabiam julgar. Eram os puros e não se misturavam. Também os juízes eram duros, não? Em seu coração: ‘Que gente ignorante! Que gente supersticiosa!’. E quantas vezes também nós, quando vemos a piedade das pessoas simples nos vem em mente aquele clericalismo que tanto mal faz à Igreja”.

“Estes eram um grupo de parados”, advertiu o Papa. Aqueles que ficavam ali, no balcão, olhando e julgando”. Mas há outros que ficam parados, acrescentou Francisco falando do homem que “há 38 anos ficava perto da piscina: parado, amargurado pela vida, sem esperança”, e “digeria a própria amargura: também este é outro parado, que não seguia Jesus e não tinha esperança”.

Para encontrar Jesus é preciso arriscar

Ao invés, essas pessoas que seguiam Jesus se “arriscavam” para encontrá-Lo, “para encontrar aquilo que queriam”:

“Essas pessoas de hoje, que arriscaram quando abriram o teto: correram o risco de que o proprietário da casa os acusasse, os levasse até o juiz e os fizessem pagar. Arriscaram, mas queriam ver Jesus. Aquela mulher doente há 18 anos arriscou quando secretamente só queria tocar a barra do manto de Jesus: arriscou sentir vergonha. Arriscou: queria saúde, queria chegar até Jesus. Pensemos na Cananéia: e as mulheres arriscam mais do que os homens, eh! Isso é verdade: são mais corajosas! E isso devemos reconhecer”.

O Papa citou ainda o caso da Cananéia, da pecadora na casa de Simão e da Samaritana. Todas arriscaram e encontraram a Salvação. “Seguir Jesus – disse Francisco – não é fácil, mas é belo! E sempre se arrisca”. E muitas vezes nos tornamos ridículos. Mas se encontra aquilo que realmente conta: “os pecados são perdoados”. Porque atrás daquela graça que nós pedimos – a saúde ou a solução de um problema ou aquilo que for – há a vontade de ser curados na alma, de ser perdoados”. Todos nós, acrescentou, “sabemos ser pecadores. E por isso seguimos Jesus, para encontrá-Lo. E arriscamos”.

Evitar a alma “parada”

Devemos nos questionar, provocou o Papa: “Eu arrisco ou sempre sigo Jesus segundo as regras da casa de seguros?”, preocupados em não fazer uma coisa ou outra. “Não se segue Jesus deste jeito”, advertiu Francisco. Assim se fica sentado, como aqueles que julgavam”:

“Seguir Jesus porque precisamos de algo ou seguir Jesus arriscando, e isso significa seguir Jesus com fé: esta é a fede. Entregar-se a Jesus, confiar Nele e com esta fé na sua pessoa essas pessoas abriram o teto para que a cama do paralítico caísse diante de Jesus para que Ele o curasse. ‘Confio em Jesus, entrego a minha vida a Jesus? Estou a caminho atrás de Jesus, embora seja ridículo algumas vezes?  Ou fico sentado olhando como os outros fazem, olhando a vida ou fico sentado com a alma ‘sentada’ – digamos assim – com a alma fechada pela amargura, pela falta de esperança?’. Cada um de nós pode fazer essas perguntas hoje”. 

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Papa aos membros da segurança vaticana: verdadeiros "anjos da guarda"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre concluiu suas atividades, na manhã desta sexta-feira (13/01), recebendo na Sala Clementina os diretores e os funcionários da Segurança Pública junto ao Vaticano para a seu encontro anual. 

O Papa iniciou sua saudação aos presentes expressando sua estima e seu vivo reconhecimento pelo generoso serviço que prestam ao Bispo de Roma e ao Estado da Cidade do Vaticano.

Apesar das dificuldades e dos riscos que correm, Francisco os chamou “anjos da guarda” dos peregrinos, sobretudo na Praça São Pedro:

“Todos os dias, vocês mantém sob controle este centro peculiar do cristianismo e outras localidades vaticanas, com grande solicitude, profissionalismo e senso de dever. Sobretudo nestes últimos tempos, demonstraram grande competência e coragem ao enfrentar os tantos desafios e os muitos perigos. Por isso, agradeço-os de coração”.

Aqui, o Papa recordou o grande empenho e seriedade dos membros da Segurança Pública sobretudo durante o Jubileu extraordinário da Misericórdia. Graças à sua contribuição e seriedade, os peregrinos de todas as partes do mundo sentiram-se serenos ao participar das celebrações do Ano Santo e, recentemente, do Santo Natal. (MT)

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Papa aos jovens: ouçam a voz de Deus, construam um mundo melhor

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco enviou uma carta aos jovens, nesta sexta-feira (13/01), de apresentação do documento preparatório do Sínodo dos Bispos de 2018.

 
 
O Pontífice inicia a carta manifestando sua alegria de anunciar aos jovens que, em outubro de 2018, se realizará a 15ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. 

O documento preparatório foi apresentado, esta manhã, na Sala de Imprensa da Santa Sé. Um dos objetivos do texto é encontrar as melhores maneiras para acompanhar os jovens a reconhecer e acolher o chamado à vida plena e anunciar o Evangelho de maneira eficaz.

A carta dá início a uma fase de estudo da parte do Povo de Deus. É endereçada às Conferências Episcopais, aos Conselhos dos Hierarcas das Igrejas Orientais Católicas, aos departamentos da Cúria Romana e à União dos Superiores Gerais. Espera-se também a participação dos jovens através de um site.
 
O Secretário-Geral do Sínodo dos Bispos, Cardeal Lorenzo Baldisseri, abriu a coletiva com os jornalistas apresentando a estrutura do documento que tem como objetivo recolher informações sobre a atual condição sociocultural dos jovens de 16 a 29 anos, nos vários contextos em que vivem, a fim de entendê-la, em vista dos passos preparatórios sucessivos para a assembleia dos bispos. 

O texto é dividido em três partes: ver a realidade, a importância do discernimento, e ação pastoral da comunidade eclesial. A Igreja deseja acompanhar os jovens na descoberta e realização de sua vocação. 
 
“Deve ser esclarecido que o termo vocação deve ser entendido no sentido amplo e diz respeito a grande variedade de possibilidade de realização concreta da própria vida na alegria do amor e na plenitude decorrente do dom de si a Deus e aos outros. Trata-se de encontrar a forma concreta em que esta realização plena possa se realizar através de uma série de escolhas, que articulam estado de vida, matrimônio, ministério ordenado, vida consagrada, etc. profissão modalidade de compromisso social e político, estilo de vida, gestão do tempo e dinheiro, etc”, disse o Cardeal Baldisseri na coletiva.

Completa o documento preparatório um questionário que prevê a coleta de dados estatísticos sobre cada igreja local, a resposta a várias perguntas para entender melhor casa situação e a partilha de boas práticas pastorais em andamento para que possam ser de ajuda a toda a Igreja. 

Os jovens serão plenamente envolvidos nesta fase preparatória através de um site a fim de recolher suas expectativas e vida. 

“O próximo Sínodo não quer somente se interrogar sobre como acompanhar os jovens no discernimento de sua escolha de vida à luz do Evangelho, mas quer também colocar-se à escuta de seus desejos, projetos e sonhos que os jovens têm para sua vida, como também das dificuldades que encontram para realizar o seu projeto a serviço da sociedade à qual pedem para ser protagonistas ativos”, disse o Subsecretário do Sínodo dos Bispos, Mons. Fabio Fabene.

Para envolver os jovens serão criadas várias iniciativas, vigílias de oração, encontros internacionais e concertos. As respostas ao questionário do documento preparatório e as dos jovens serão a base para a redação do Documento de trabalho o Instrumentum laboris, que será o ponto de referência para o debate dos Padres sinodais.

A seguir, a carta do Papa aos jovens.

“Quis que vocês estivessem no centro das atenções, porque os tenho em meu coração. Exatamente hoje foi apresentado o Documento preparatório, que confio também a vocês como «bússola» ao longo deste caminho.” 

Sair

“Vêm-me à mente as palavras que Deus dirigiu a Abraão: «Sai de sua terra, do meio de seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei». Hoje, estas palavras são dirigidas também a vocês: são palavras de um Pai que os convida a «sair» a fim de serem lançados em direção a um futuro desconhecido, mas portador de realizações seguras, encontro ao qual Ele mesmo os  acompanha. Convido-os a ouvir a voz de Deus que ressoa em seus corações através do sopro do Espírito Santo”, ressalta o Papa no texto. 
    
“Quando Deus disse a Abraão «Sai», o que queria lhe dizer? Certamente, não para fugir de sua família, nem do mundo. O seu foi um convite forte, uma provocação, a fim de que deixasse tudo e partisse para uma nova terra. Qual é para nós hoje esta nova terra, a não ser uma sociedade mais justa e fraterna que vocês almejam profundamente e desejam construir até às periferias do mundo?” 
    
“Mas hoje, infelizmente, o «Sai» adquire também um significado diferente. O da prevaricação, da injustiça e da guerra. Muitos de vocês, jovens, estão submetidos à chantagem da violência e são forçados a fugir de sua terra natal. O seu clamor sobe até Deus, como o de Israel, escravo da opressão do Faraó”, destaca o Pontífice. 

Discernir
    
“Recordo-lhes também as palavras que certo dia Jesus proferiu aos discípulos, que lhe perguntavam: «Rabi, onde moras?». Ele respondeu: «Vinde e vede!». Jesus dirige o seu olhar também a vocês, convidando-os a caminhar com Ele.” 

“Queridos jovens, vocês encontraram este olhar? Ouviram esta voz? Sentiram este impulso a pôr-se a caminho? Estou convencido de que, não obstante a confusão e a perturbação deem a impressão de reinar no mundo, este apelo continua ressoando em seu espírito para o abrir à alegria completa. Isto será possível na medida em que, também através do acompanhamento de guias especializados, vocês souberem empreender um itinerário de discernimento para descobrir o projeto de Deus em sua vida. Mesmo quando o seu caminho estiver marcado pela precariedade e pela queda, Deus rico de misericórdia estende a sua mão para os erguer”, sublinha ainda o Papa.
    
Agir

Na abertura da última Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia, perguntei-lhes várias vezes: «Podemos mudar as coisas?». E vocês gritaram juntos um «Sim!» retumbante. Aquele grito nasce do seu coração jovem, que não suporta a injustiça e não pode submeter-se à cultura do descarte, nem ceder à globalização da indiferença. Escutem aquele clamor que vem do seu íntimo! Mesmo quando sentirem, como o profeta Jeremias, a inexperiência de sua jovem idade, Deus os encoraja a ir para onde Ele os envia: «Não tenha medo [...] pois eu estou com você para protegê-lo». 
    
Constrói-se um mundo melhor também graças a vocês, ao seu desejo de mudança e generosidade. Não tenham medo de ouvir o Espírito que lhes sugere escolhas audaciosas, não hesitem quando a consciência lhes pedir para arriscar a fim de seguir o Mestre. Também a Igreja deseja colocar-se à escuta de sua voz, de sua sensibilidade, de sua fé; até de suas dúvidas e suas críticas. Façam ouvir o seu grito. Deixem ele ressoar nas comunidades e o façam chegar aos pastores. São Bento recomendava aos abades que, antes de cada decisão importante, consultassem também os jovens porque «muitas vezes é exatamente ao mais jovem que o Senhor revela a melhor solução». 
    
“Assim, através do caminho deste Sínodo, eu e os meus irmãos Bispos queremos, ainda mais, «colaborar para a sua alegria». Confio-lhes a Maria de Nazaré, uma jovem como vocês, à qual Deus dirigiu o seu olhar amoroso, a fim de que os tome pela mão e os  guie para a alegria de um «Eis-me!» pleno e generoso”, conclui o Papa. 

(MJ)
    

 

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Igreja na América Latina



México: encontrado corpo do Pe. Joaquín Hernández Sifuentes

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Saltillo (RV) - A Diocese de Saltillo, no México, comunicou na tarde desta quinta-feira (12/01), que foi encontrado o corpo do Pe. Joaquín Hernández Sifuentes, vigário paroquial da comunidade do Sagrado Coração, em Aurora, Estado de Coahuila. 

Desde o último dia 3, que não se tinha notícias do sacerdote de 42 anos. O assassinato do Pe. Hernández ocorreu após a morte de três sacerdotes mexicanos no final de 2016.
 
“Confirmamos com muita tristeza que o nosso irmão Joaquín Hernández Sifuentes, sacerdote diocesano que não nos cansamos de procurar com grande esperança de encontrar em vida, foi para a casa do Pai eterno. Esta tarde, as autoridades confirmaram que o seu corpo foi encontrado”, destaca o comunicado da Diocese de Saltillo, assinado pelo bispo local, Dom Raúl Vera López.

Segundo Agensir, “Pe. Joaquín se caracterizava por ser uma pessoa que buscava a perfeição em tudo o que fazia”. “O desejo de ser sempre criativo em seu trabalho se reflete no afeto que os fiéis demonstraram também nestes últimos dez dias. As suas orações, suas manifestações de solidariedade e o envolvimento nas buscas foram de conforto para sua família, comunidades paroquiais e ao clero diocesano”, frisa o bispo. 

O velório será realizado no Seminário diocesano de Saltillo, no próximo domingo (15/01), de meio-dia à meia-noite. 

Na próxima segunda-feira (16/01), às 10h, será celebrada a missa de corpo presente na Catedral. No comunicado, a Diocese de Saltillo agradece as autoridades judiciárias pelo trabalho de busca e investigação e manifesta seu afeito à mãe do sacerdote assassinado.
 
A Conferência Episcopal Mexicana, numa nota assinada pelo presidente do organismo, Cardeal Francisco Robles Ortega, Arcebispo de Guadalajara, e pelo Secretário-geral, Dom Alfonso Gerardo Miranda Guardiola, Bispo auxiliar de Monterrey, manifesta seu pesar à Diocese de Saltillo, unindo-se à dor do bispo local, Dom Raúl Vera López, do clero, dos religiosos e leigos. 

“Nestes momentos de medo e sofrimento, nós cristãos, com esperança em Cristo ressuscitado, estamos certos de que o mal não vencerá e que a morte não é a última palavra da mensagem de amor e esperança que o Nosso Senhor Jesus Cristo nos deu, encarnado na vida ministerial de Pe. Joaquín. Rezemos pelo seu descanso eterno e para que o Senhor conceda aos seus familiares e amigos, a força, a esperança e o consolo da fé”.
 
Segundo a Agência Fides, durante um encontro com os jornalistas, Dom Vera López referiu que não se há ainda detalhes sobre o que aconteceu: o momento, o local e os motivos pelos quais o sacerdote foi assassinado. 

Duas pessoas foram atualmente detidas, suspeitas do crime. “A Igreja pode conceder o perdão aos supostos assassinos do sacerdote, mas deverá pesar sobre eles a Justiça da parte das autoridades”, disse o prelado. 

O Bispo de Saltillo convidou os cidadãos a verem também que os membros do clero podem se tornar vítimas de qualquer crime, como toda a sociedade: “Vivemos num ambiente fracassado e os sacerdotes não vivem sob uma redoma de vidro”, concluiu Dom Vera López.
 
(MJ)

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Bispos equatorianos pedem regeneração moral da política

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Quito (RV) - Faltando pouco mais de um mês para as eleições presidenciais que se realizarão em 19 de fevereiro próximo, a Conferência Episcopal Equatoriana (CEE) publicou uma carta pastoral na qual, dirigindo-se à sociedade em geral, pede vários esforços.

Entre estes, os bispos equatorianos evidenciam a exigência de uma “regeneração moral na política” para enfrentar o futuro do país e combater a corrupção, reporta a agência missionária Fides.

Na apresentação do documento, feita esta quinta-feira (12/01), o vice-secretário da Conferência episcopal, Pe. Omar Mateo López, indicou os principais parágrafos do texto.

Cidadãos pedem exercício honesto do poder

É escandaloso que haja corrupção no momento em que milhares de pessoas se encontram desempregadas e as famílias pobres vivem graves necessidades. Os cidadãos pedem um exercício honesto do poder.

A corrupção mostra claramente a falta de controle e de supervisão das várias instituições, disse o vice-secretário da Conferência episcopal.

Por sua vez, o bispo de Riobamba, Dom Julio Parrilla, ressaltou que parte da corrupção significa também levar dinheiro para fora do país para evitar pagar impostos.

Ir às urnas com liberdade de consciência

Os bispos quiseram esclarecer que o documento não representa nenhuma interferência, mas ser dever deles guiar os cidadãos e iluminar suas consciências para que exerçam o direito de voto conscientemente.

“Nosso objetivo é apenas guiar os fiéis a ser coerentes com sua fé, que tem também uma dimensão social”, observou o bispo auxiliar de Portoviejo, Dom Eduardo Castillo Pino.

O arcebispo de Quito e presidente dos bispos equatorianos, Dom Fausto Gabriel Trávez Trávez, fez um apelo a todos os setores envolvidos no processo eleitoral a “não cair no tom da agressividade, vez que é um dever manter um nível alto e de respeito”. No final, pediu a todos os equatorianos para irem às urnas conscientemente, na liberdade de consciência. (RL)

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Igreja no Mundo



Cardeal Soo-jung visita Sarajevo e convida a rezar pela paz

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Sarajevo (RV) - O arcebispo de Seul, Cardeal Andrew Yeom Soo-jung, esteve dias atrás na Bósnia-Herzegóvina. Convidado pelo arcebispo de Sarajevo, Cardeal Vinko Puljić, o purpurado sul-coreano presidiu a santa missa no dia 8 de janeiro, na catedral da capital bósnia. O Cardeal Soo-jung recordou a história de seu país e as feridas provocadas pela divisão da península coreana.

Coréia e Bósnia, nações marcadas por história de sofrimento

Na homilia, o purpurado exortou a rezar pelas duas nações, que têm em comum uma história de profundo sofrimento. Ele recordou também que no mês de agosto passado se realizou em Seul o “Fórum para a paz na península coreana”. Um dos convidados para o evento foi o Cardeal Puljić, que na ocasião falou sobre os dramas vividos por seu povo.

Amor e perdão são os caminhos para a paz

A história da península balcânica e a história da península coreana estão unidas pelo sofrimento, mas também pelo amor fraterno. Destas terras, marcadas por dolorosas provações, brota um precioso e extraordinário testemunho de fé, disse o cardeal sul-coreano. A busca da paz deve partir de um desejo de amor de Deus. Amor e perdão são os caminhos para a paz, concluiu o Cardeal Adrew Yeom Soo-jung. (RL)

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Inverno europeu rígido preocupa Agência Onu para Refugiados

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Genebra (RV) - O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) expressa grande preocupação com a situação em que refugiados e migrantes se encontram na Europa, devido ao rígido inverno destes dias.

Salvar vidas deve ser prioridade

O Acnur aumentou a assistência em vários países, como Grécia e Sérvia. Salvar vidas humanas deve ser uma prioridade e é urgente que as autoridades nacionais de toda a Europa se empenhem com maior afinco para assistir e proteger refugiados e migrantes.

Nos últimos dias, nas ilhas gregas de Lesbos e Chio, a Agência da Onu para Refugiados transferiu centenas de pessoas para alojamentos mais adequados. Todavia, continuam preocupando as condições em que se encontram cerca de mil pessoas na ilha de Samos, inclusive famílias com crianças, que permanecem vivendo em tendas e dormitórios sem aquecimento.

Distribuição de Kit para o inverno

Para contrastar o frio intenso destes dias tem sido distribuído kit para o inverno na Grécia e nas ilhas, onde o Acnur já distribuiu quase 360 mil artigos, entre os quais cobertores e saco de dormir térmicos, sapatos e roupas invernais.

A distribuição das ajudas humanitárias realizada em parceria com organizações é coordenada pelo Ministério das Políticas Migratórias. Renovamos nosso apelo a acelerar ulteriormente as operações de transferência das pessoas das ilhas para a terra firme grega, onde melhores estruturas de acolhimento são disponíveis, exortam.

Governo sérvio disponibiliza estruturas com aquecimento

Na Sérvia, mais de 82% dos 7.300 refugiados – pessoas que pediram asilo e migrantes que vivem no país – encontram-se agora em estruturas aquecidas colocadas à disposição pelo governo.

Todavia, preocupa a situação de cerca de 1.200 homens que vivem em alojamentos improvisados no centro de Belgrado, entre os quais, cerca de 300 menores não-acompanhados ou separados.

Medidas salva-vidas para quem vive em habitações improvisadas

Semanas atrás o Acnur transferiu cerca de 1.200 pessoas, 190 das quais nos últimos dias, para estruturas colocadas à disposição pelo governo. Ademais, como medidas salva-vidas a Agência da Onu continua fornecendo estufas, cobertores e roupas invernais àqueles que residem em habitações improvisadas e que não aceitaram ser transferidos para centros governamentais.

O Acnur dirige ainda um apelo às autoridades a fim de que continuem no esforço de aumentar a capacidade de acolhimento das estruturas de emergência, levando particularmente em consideração as necessidades específicas dos menores não-acompanhados.

Consideradas as duras condições invernais, a Agência da Onu expressa grande preocupação com o fato de autoridades de todos os países que se encontram na rota dos Bálcãs ocidentais continuarem repelindo refugiados e migrantes de seus territórios para países confinantes.

Refugiados e migrantes denunciam abusos sofridos

Em vários casos, refugiados e migrantes acusaram as forças de polícia de uso da violência. Muitos denunciaram que estas forças da ordem confiscaram ou destruíram seus celulares, impossibilitando-os de efetuar chamadas para pedir ajudas.

Outros denunciaram ter sido privados de suas roupas, encontrando-se desse modo ulteriormente expostos às duras condições climáticas. Isso é simplesmente inaceitável e deve acabar, porque causa riscos ainda maiores para a vida de refugiados e migrantes e viola seus direitos fundamentais, afirma o Acnur.

Há grande preocupação com os abusos perpetrados por grupos criminosos contra refugiados e migrantes, com sequestros, violências físicas, ameaças e extorsões. O Acnur apela fortemente aos Estados europeus a fim de que reforcem seu compromisso com a eliminação destas redes criminosas e garantam segurança a refugiados e migrantes. (RL)

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Formação



Síria: Igreja pensa na "pastoral da reconstrução"

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Beirute (RV) - Os frades menores franciscanos que trabalham na Síria, Jordânia e no Líbano estão reunidos em Beirute para o seu Capítulo.

Trata-se da assembleia da chamada “Região São Paulo” da Custódia da Terra Santa - uma das missões principais e primeiras da Ordem dos Frades Menores, ligada à visita de São Francisco e à criação da província da Síria em 1217. Participam do Capítulo 30 frades missionários, na presença do Custódio Fr. Francisco Patton e do Conselho.

Membro deste Conselho é o Guardião e Reitor da Basílica da Anunciação em Nazaré, na Terra Santa, Fr. Bruno Varriano.

De Beirute, o frade brasileiro enviou de seu testemunho à Rádio Vaticano. Em especial, Fr. Bruno fala da situação na Síria e afirma que o relato dos missionários são “crônicas que deveriam ser lidas em nossas paróquias como testemunho de fé”.

O franciscano comenta ainda os projetos da Custódia no país, como a “pastoral da reconstrução”, para reconstruir não só se igrejas e habitações, mas as pessoas traumatizadas com a guerra.

Clique aqui para ouvir: 

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Missão leva assistência espiritual aos católicos de Borba (AM)

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Autazes (RV) – Autazes é um município amazônico que dista 108 km de Manaus e tem população estimada de 37 mil habitantes. Às margens do Rio Madeira, sua população vive basicamente da pesca, das roças domésticas e da caça. Os católicos são praticamente desassistidos, devido à carência de padres. As comunidades são ativas graças à boa vontade de coordenadores de pastoral, mas dependem da presença presbiteral.

O padre piauiense Wellistony Carvalho, reitor do Seminário de teologia Sagrado Coração de Jesus, em Teresina, está visitando a Prelazia de Borba com um grupo de 12 seminaristas e outro sacerdote. Nesta missão, que dura um mês, o padre está constatando como é necessário clamar à Igreja do Brasil para que envie à Amazônia os padres de que a região necessita. Ouça a entrevista. 

“Do ponto de vista da Igreja, as comunidades precisam de muita presença católica, de missionários, de pessoas que evangelizem, ministros. A prelazia de Borba, por exemplo, tem praticamente sete padres; é uma carência muito grande, numa região enorme como esta. Falta presença católica e os católicos destas comunidades estão desarticulados. Os padres fazem um esforço tremendo para visitar estas comunidades, mas é quase impossível assistir. Eles dependem simplesmente do ministério sacerdotal e presbiteral”.

“Uma coisa que se percebe aqui é que os ministérios leigos deveriam ser muito mais fomentados, formados, mas até para isto há carência. O clamor que se vê aqui na Amazônia é um clamor para a Igreja no Brasil, porque sentimos que o Brasil poderia ser mais solidário, enviando sacerdotes”.

(CM)

 

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