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Sumario del 19/01/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: a vida cristã é uma luta contra as tentações

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Cidade do Vaticano (RV) - “A vida cristã é uma luta. Deixemo-nos atrair por Jesus”, foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada na Casa Santa Marta, na manhã desta quinta-feira (19/01).   

O Pontífice se deteve na passagem do Evangelho do dia que fala sobre a grande multidão que seguia Jesus com entusiasmo e que vinha de todos os lugares. “Por que vinha essa multidão?”, perguntou o Papa. O Evangelho nos diz que havia “doentes que queriam ser curados”. Mas havia também pessoas que gostavam de “ouvir Jesus, porque falava não como os seus doutores, mas com autoridade” e “isso tocava o coração”. Essa multidão “vinha espontaneamente. Não era levada de ônibus, como vemos muitas vezes quando se organizam manifestações e muitos devem verificar a presença para não perder o trabalho”. 

O Pai atrai as pessoas a Jesus

Essas pessoas iam porque sentiam alguma coisa a ponto de Jesus pedir um barco e ir um pouco distante da margem: 

“Esta multidão ia até Jesus? Sim! Precisava? Sim! Alguns eram curiosos, mas esses eram os céticos, a minoria. Esta multidão era atraída pelo Pai: era o Pai que atraia as pessoas a Jesus a tal ponto que Jesus não ficava indiferente, como um mestre estático que dizia as suas palavras e depois lavava as mãos. Não! Esta multidão tocava o coração de Jesus. O Evangelho nos diz: Jesus se comoveu, porque via essas pessoas como ovelhas sem pastor. O Pai, através do Espírito Santo, atraia as pessoas a Jesus.”

O Papa disse que não sãos os argumentos que movem as pessoas, não são “os assuntos apologéticos”. “Não”, frisou, “é necessário que o Pai nos atraia a Jesus”. 

A vida cristã é uma luta contra as tentações

Por outro lado, é “curioso” que este trecho do Evangelho de Marcos, que “fala de Jesus, da multidão, do entusiasmo” e do amor do Senhor, acabe com os espíritos impuros, que quando O viam, gritavam: “Tu és o Filho de Deus!”:

“Esta é a verdade; esta é a realidade que cada um de nós sente quando Jesus se aproxima. Os espíritos impuros tentam impedi-lo, nos fazem guerra. ‘Mas, Padre, eu sou muito católico; sempre vou à missa… Mas jamais, jamais tenho essas tentações. Graças a Deus!’ – ‘Não! Reze, porque você está no caminho errado!’. Uma vida cristã sem tentações não é cristã: é ideológica, é gnóstica, mas não é cristã. Quando o Pai atrai as pessoas a Jesus, há outro que atrai de modo contrário e provoca a guerra interior! E por isso Paulo fala da vida cristã como uma luta: uma luta de todos os dias. Uma luta!”

Uma luta, retomou, “para vencer, para destruir o império de satanás, o império do mal”. E por isso, disse, “Jesus veio para destruir, para destruir satanás! Para destruir a sua influência nos nossos corações”. O Pai, retomou, “atrai as pessoas a Jesus”, enquanto “o espírito do mal tenta destruir, sempre!”. 

Estamos lutando contra o mal?

A vida cristã, disse ainda o Papa, “é uma luta assim: ou você se deixa atrair por Jesus, para o Padre, ou pode dizer ‘eu fico tranquilo, em paz’”. Se quiser ir avante, “é preciso lutar!”, exortou o Papa. Sentir o coração que luta, para que Jesus vença”:

“Pensemos em como está o nosso coração: eu sinto esta luta no meu coração? Entre a comodidade ou o serviço aos outros, entre o divertir-me um pouco ou rezar e adorar o Pai, entre uma coisa e outra, sinto a luta? A vontade de fazer o bem ou algo me detém, me torna ascético? Eu acredito que a minha vida comova o coração de Jesus? Se eu não acredito nisto, devo rezar muito para acreditar, para que me seja concedida esta graça. Que cada um de nós busque no seu coração como está esta situação ali. E peçamos ao Senhor para sermos cristãos que saibam discernir o que acontece no próprio coração e escolher bem o caminho pelo qual o Pai nos atrai a Jesus”.

(MJ/BF)

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Francisco: cristãos já estão unidos no serviço aos necessitados

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Cidade do Vaticano (RV) – Por ocasião da festa de Santo Henrique, o Papa recebeu no Vaticano uma delegação ecumênica da Finlândia.

Ao agradecer esta tradicional visita, que coincide com a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o Pontífice renovou seus votos em prol do ecumenismo. 

“De fato, afirmou, o verdadeiro ecumenismo se baseia na conversão comum a Jesus Cristo. Se nos aproximamos Dele juntos, também nos aproximaremos uns dos outros.”

Neste caminho ecumênico, Francisco ressaltou um etapa significativa nos campos humano, teológico e espiritual realizada recentemente: sua visita a Lund, na Suécia, em 31 de outubro de 2016, para comemorar o início da Reforma. A intenção de Martinho Lutero 500 anos, ressaltou, era renovar a Igreja e não dividi-la.

Portanto, o encontro em Lund “nos deu a coragem e a força de olhar avante no caminho que somos chamados a percorrer juntos”. Depois de 50 anos de diálogo oficial entre católicos e luteranos, analisou o Papa, “conseguimos expor claramente as perspectivas sobre as quais hoje estamos de acordo. Ao mesmo tempo, mantemos vivo no coração o arrependimento sincero por nossas culpas”.

Para Francisco, este ano comemorativo da Reforma representa para católicos e luteranos uma ocasião privilegiada para viver de maneira mais autêntica a fé, de modo especial reforçando a parceria para amparar os que mais sofrem, quem se encontra em dificuldade e quem está exposto a perseguições e violências. “Ao fazer isto, como cristãos não estamos mais divididos, mas estamos unidos no caminho rumo à plena comunhão.”

Em seu discurso, o Papa mencionou ainda algumas datas significativas para a Finlândia em 2017. Além da Reforma, o país celebra o centenário do Conselho Ecumênico Finlandês e os 100 anos de independência como Estado.

“Que este aniversário possa encorajar todos os cristãos do país a professarem a fé no Senhor Jesus Cristo – como fez com grande zelo Santo Henrique – testemunhando-a hoje diante do mundo e traduzindo-a também em gestos concretos de serviço, de fraternidade e de compartilha”, foram os votos do Pontífice, que concluiu de maneira informal:

“Querido irmão Bispo, gostaria de lhe agradecer pelo bom gosto de ter trazido seus netos. Precisamos da simplicidade das crianças. Elas vão nos ensinar o caminho para Jesus Cristo!” 

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Papa agradece e aprecia mostra sobre história dos Jubileus

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu na Sala do Consistório, no Vaticano, nesta quinta-feira (19/01), cerca de sessenta organizadores da mostra ‘Antiquorum Habet’ sobre a história dos Jubileus. 

Depois de saudar o Presidente do Senado italiano, Pietro Grasso, o Papa manifestou apreço pela mostra sobre a história dos Jubileus, realizada no Senado da República, no ano passado. Este evento “documentou vários aspectos dos Anos Santos, a partir do primeiro, convocado pelo Papa Bonifácio VIII com a Bula Antiquorum habet”. 

“Do ano 1300 em diante, todo Jubileu marcou a história de Roma: da arquitetura ao acolhimento dos peregrinos; da arte às atividades assistenciais e caritativas. Porém, há um elemento essencial, o coração de todo Ano Santo que não deve ser perdido de vista: no Jubileu se encontram a bondade de Deus e a fragilidade do homem, que sempre precisa do amor e do perdão do Pai. É próprio de Deus usar misericórdia e nisso se manifesta a sua onipotência.”

“Em seu discurso, o senhor citou o acolhimento como ponto central de todo Jubileu. Este é o grande acolhimento: Quando Deus nos acolhe, sem perguntar muitas coisas, nos perdoa, nos abraça, nos beija e nos diz carinhosamente: meu filho, minha filha”, disse o Papa ao Presidente Grasso. 

Francisco agradeceu os organizadores, voluntários e o Senado que hospedou a mostra em prol da conscientização histórica e cultural dos visitantes. Pediu a cada um para continuar extraindo da experiência jubilar frutos espirituais abundantes e duradouros.

(MJ)

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A oração do Papa às populações que sofrem com os terremotos

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco, segundo Dom Nunzio Galantino, secretário da Conferência Episcopal Italiana, está sendo informado sobre a realidade da região central do país, dos terremotos e das complicações com o frio e a neve, inclusive da avalanche do Hotel Rigopiano

Dom Nunzio Galantino - “O Papa está sendo informado constantemente. Sei que ele mesmo, de quando em quando, liga para alguém dos bispos, de alguém que esteja vivendo aquela realidade... O Papa está informadíssimo sobre isso. Não somente convida à oração, mas está estimulando nós, como Conferência Episcopal, fazer tudo aquilo que é possível para sentir a proximidade da Igreja a essas realidades. A situação é muito dramática, mas é dramática porque a situação se estendeu: a soma do terremoto e da neve, a situação meteorológica, complicou tudo terrivelmente. Do lado das pessoas que sofrem come essa realidade, há o fato fundamental do transtorno psicológico. Isso é aquilo que todos os bispos confirmaram, todos”. (AC)

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Diplomacia do Vaticano está mais dinâmica com Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) – A diplomacia do Vaticano está mais dinâmica: foi o que disse o Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin, nesta quinta-feira (19/01), durante seu discurso em Davos, no 47º Fórum Mundial da Economia.

“A atividade diplomática da Santa Sé aumentou muito, principalmente em razão da personalidade do Papa Francisco: isso é claro. Ele assumiu um papel de grande líder, de guia para os desafios globais presentes. E é reconhecido como um líder global. Quando recebemos no Vaticano as delegações de diversos Estados ou de diversas organizações, normalmente reconhecem este papel. Isso ficou muito claro, por exemplo, na Conferência de Paris sobre as mudanças climáticas. Esta é, portanto, uma das razões pelas quais a diplomacia do Vaticano hoje está mais dinâmica”, declarou o Cardeal.

O Secretário de Estado recordou que o Pontífice, após a sua eleição, delineou três objetivos para a diplomacia do Vaticano: “O primeiro: lutar contra a pobreza. O segundo: construir pontes. Muitas vezes, quando lhe perguntam o que fazer em situações difíceis, de conflito e confronto, ele responde dizendo: ‘diálogo, diálogo, diálogo!’. O terceiro objetivo – explicou o Cardeal – é aquele de alcançar a paz no mundo. E seguindo estas três linhas, procuramos intervir nas situações onde é possível intervir”.

(rb)

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Koch: comemoração da Reforma, ocasião para promover unidade

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Cidade do Vaticano (RV) - O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, num artigo publicado no jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano, explica o significado da Comemoração Conjunta Luterano-Católica dos 500 anos da Reforma Protestante. 

“O encontro do Papa Francisco com os luteranos em Lund, na Suécia, não foi somente acolhido com gratidão. Foi também criticado e houve oposições. Da parte católica, houve o temor de que os católicos se tornassem protestantes, e da parte protestante falou-se de traição da Reforma”, frisou o purpurado.
 

Diálogo

“A comemoração desse aniversário se apresenta para as duas partes como um convite a dialogar sobre o que os católicos podem aprender da Reforma e sobre o que os protestantes podem extrair da Igreja Católica como enriquecimento para a própria fé, superando todo tom faccioso e polêmico.” 

Segundo o Cardeal Koch, a publicação das teses sobre as indulgências em 31 de outubro de 1517 “não deve ser vista como o início da Reforma que levou à divisão da unidade da Igreja. Nem as teses devem ser consideradas como um documento revolucionário. Elas refletem também uma preocupação católica e se movem no contexto do que podia afirmar a teologia católica daquele tempo”.

Renovação

“Martin Lutero não queria a ruptura com a Igreja católica e a fundação de uma nova Igreja, mas pensava na renovação de toda a cristandade no espírito do Evangelho. Lutero queria uma reforma substancial da Igreja e não uma Reforma que causasse a desagregação da unidade da Igreja. O de fato de naquela época a sua ideia de reforma não ter sido realizada é devido em grande parte a fatores políticos. Na origem, o movimento reformador era um movimento de renovação dentro da Igreja. O nascimento de uma Igreja protestante é sobretudo o resultado de decisões políticas”, disse o purpurado suíço.

“Como a renovação de toda a Igreja era o verdadeiro objetivo da reforma de Lutero, a divisão da Igreja, a separação das comunidades eclesiais protestantes da Igreja Católica e o nascimento de uma Igreja protestante devem ser considerados não como um êxito positivo da Reforma, mas como expressão de sua falência provisória.”

Gratidão

Segundo o Cardeal Koch, “a comemoração deste ano deve ser entendida como um convite a voltar à preocupação originária de Martin Lutero” à luz de três conceitos-chaves. O primeiro é a gratidão pelos 50 anos de diálogo intenso entre católicos e luteranos que culminou na Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação assinada em 31 de outubro de 1999 em Augsburg.

Reconhecimento

O segundo, é o reconhecimento mútuo das próprias culpas e o arrependimento, em particular pelas guerras religiosas perpetradas nos séculos XVI e XVII na Europa “que levou os cristãos a combater uns com os outros em lutas cruéis, dentre as quais recordamos a guerra dos Trinta Anos que transformou a Europa num mar vermelho de sangue”. 

“Um ato de arrependimento público deve ser parte integrante de uma comemoração autêntica da Reforma e deve ser acompanhado pela purificação da memória histórica à qual o Papa Francisco fez um apelo, dizendo: “Não podemos cancelar o que aconteceu, mas não devemos permitir que o peso das culpas passadas continue poluindo as nossas relações. A misericórdia de Deus renovará as nossas relações”.
  
Esperança

O terceiro conceito importante é a esperança de que uma comemoração conjunta da Reforma possa ajudar a “fazer outros passos rumo à comunhão eclesial, que deve permanecer o objetivo de todo esforço ecumênico, e a ela deve mirar a comemoração da Reforma. Depois de 500 anos de divisão, após viver por um longo período de forma contraposta ou paralela, devemos aprender a viver unidos uns com os outros, e devemos fazer isso hoje”, concluiu o Cardeal Koch. 

(MJ)

 

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Comissão bilateral Santa Sé e Israel: plenária construtiva

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Jerusalém (RV) - A Comissão Bilateral Permanente de Trabalho entre Santa Sé e Estado de Israel se reuniu, nesta quarta-feira (18/01), em Jerusalém, para continuar as negociações baseadas Artigo 10 parágrafo 2 do Acordo Fundamental ("Fundamental Agreement") entre Santa Sé e Estado de Israel de 1993. O acordo diz respeito a questões de propriedade, econômicas e fiscais relativas à Igreja Católica, comunidades específicas ou instituições católicas em Israel. 

O encontro foi presidido pelo Ministro da Cooperação Regional do Estado de Israel, Tzachi Hanegbi, e pelo Subsecretário das Relações com os Estados, Dom Antoine Camilleri. Foram reconhecidos os progressos alcançados pela Comissão de Trabalho e manifestada satisfação pela atmosfera reflexiva e construtiva na qual se realizaram as negociações. 

Foi apreciado o trabalho desempenhado pelo Ministério da Justiça na aplicação do Acordo Bilateral de 1997 sobre Personalidade Jurídica. As partes concordaram os passos futuros em vista da próxima plenária marcada para março deste ano, na Cidade do Vaticano. 

Depois da reunião da Comissão Bilateral de Trabalho, a Santa Sé e o Estado de Israel realizaram uma sessão de consultas bilaterais junto ao Ministério do Exterior. As delegações debateram assuntos de interesse comum e exploraram novas oportunidades de colaboração. 

(MJ)

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Igreja no Mundo



Semana ecumênica de oração: tornar-se testemunhas da reconciliação

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Roma (RV) - “Não somente dar passos importantes de reconciliação entre as Igrejas separadas, mas tornar-se testemunhas da reconciliação num mundo” que “precisa de ministros de reconciliação, que abatam as barreiras, construam pontes, façam a paz e abram as portas a novos estilos de vida em nome daquele que nos reconciliou com Deus, Jesus Cristo.”

Esse, o objetivo ao qual as Igrejas cristãs presentes na Itália se propõem para este ano ao viver, de 18 a 25 de janeiro, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. É o que escrevem numa mensagem comum o presidente da Comissão da Conferência Episcopal Italiana para o ecumenismo e o diálogo, Dom Ambrogio Spreafico; o presidente da Federação das Igrejas Evangélicas na Itália, Pastor Luca Maria Negro; e o arcebispo ortodoxo da Itália e Malta e exarca para a Europa Meridional (Patriarcado ecumênico), metropolita Gennadios.

“O amor de Cristo nos impele à reconciliação”

A Semana inspira-se este ano na passagem bíblica “O amor de Cristo nos impele à reconciliação”, extraída do Cap. 5º da II Carta de São Paulo aos Coríntios e se celebra no ano em que recorda o quinto Centenário da Reforma protestante.

Não foi uma casualidade o fato de o material para a Semana ter sido preparado pelas Igrejas cristãs alemães. Os líderes das Igrejas italianas comentam:

“O fato que os cristãos possam hoje recordar juntos com um sentido de esperança um evento do passado que dividiu os cristãos no Ocidente” é um “notável resultado” alcançado “graças a cinquenta anos de diálogo ecumênico”. Daí, o convite aos cristãos também na Itália a tornar-se “ministros de reconciliação” no mundo.

Hospitalidade como exemplo concreto de reconciliação

Como exemplos concretos deste “ministério de reconciliação”, as Igrejas recordam “a hospitalidade oferecida a tantos refugiados provenientes da Síria, do Afeganistão, da Eritreia e de outros países”, e, ainda, o que tem sido feito “pelo Papa Francisco e pelo Patriarca ecumênico Bartolomeu para ajudar as pessoas que são obrigadas a viver nas ‘periferias existenciais’ da sociedade devido a situações de injustiça e de violência”.

Destaca-se na Itália o projeto ecumênico dos “corredores humanitários”, inaugurado em 2016 graças aos esforços da Federação das Igrejas Evangélicas na Itália, da Comunidade de Santo Egídio e da Mesa valdense, e que até o final deste ano trará para a Itália, com total segurança, entre os particularmente vulneráveis, mil pessoas que pediram asilo.

Daí, os auspícios finais: “Que esta Semana de oração seja ocasião para rezar por este e outros projetos ecumênicos nos quais estão envolvidos protestantes, católicos e ortodoxos, e pelo crescimento do testemunho comum dos cristãos na reconciliação que Deus nos concedeu em Cristo”.

Recordamos que no Brasil a “Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos” é celebrada entre o domingo da Ascensão e o domingo de Pentecostes; este ano, de 28 de maio a 4 de junho. (RL)

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Campanha da Caritas: pra comprar lenha e garantir energia elétrica aos refugiados

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Lisboa (RV) – Milhares de refugiados que estão enfrentando o inverno rigoroso europeu serão beneficiados com a campanha solidária da Caritas de Portugal, intitulada “Levo calor aos refugiados”. A iniciativa é direcionada especialmente às pessoas que vivem em grandes alojamentos montados com “barracas de pano”, em países como a Grécia e a Sérvia. “São em tantos que nem todos cabem nesses abrigos”, lembra Eugénio Fonseca, presidente da entidade católica.

Os refugiados precisam enfrentar o frio, a chuva e a neve, além das temperaturas que chegam aos “20 graus negativos. Muitos vivem ao relento, outros em campos ou edifícios abandonados e muitos não resistem a essas duríssimas condições. E as crianças na fragilidade das suas condições físicas?”, questiona o presidente, incentivando os portugueses a participarem da campanha solidária.

A iniciativa busca recolher ajuda financeira aos refugiados, mas também às “populações mais vulneráveis que se encontram no leste e sul da Europa“, acrescenta o presidente.

Refugiados na Sérvia e na Grécia

Maristella Tsamatropoulou, da Caritas da Grécia, confirma as atuais condições de vida dos refugiados, dizendo que “as pessoas nem sequer podem beber água ou tomar um banho, porque a água está congelada”. Também “não há aquecimento” e “as comunidades locais estão precisando distribuir lenha e fornos elétricos”.

Quanto ao contexto na Sérvia, outro país que acolheu um grande número de refugiados, Daniele Bombardi, coordenadora da Caritas italiana naquele país, sublinha que “os campos estão superlotados e, em Belgrado, milhares de pessoas dormem ao ar livre. A Caritas está na linha de frente em termos de ajuda humanitária aos refugiados, distribuindo roupas, comida e medicamentos”.

Campanha solidária da Caritas

Os recursos arrecadados pela Caritas de Portugal, num primeiro momento, serão direcionados à aquisição de lenha e à garantia de acesso das pessoas à eletricidade, à comida e cobertores.  

Em 2016, a entidade católica portuguesa arrecadou 25 mil euros (cerca de 85 mil reais) na campanha de inverno, recursos que proporcionaram aquecimento para 120 refugiados no Líbano durante seis meses. No mesmo ano ainda foram arrecadados mais de 13 mil euros (cerca de 45 mil reais) para a distribuição de roupas de inverno para 335 crianças refugiadas na Síria. (AC/Ecclesia)

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Quem foi Santo Henrique, padroeiro da Finlândia

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Cidade do Vaticano (RV) – A audiência concedida pelo Papa na manhã de quinta-feira (19/01) a uma delegação ecumênica da Finlândia faz parte de uma série de compromissos tradicionais que o Pontífice cumpre anualmente, há 32 anos, no dia de Santo Henrique.

Em 1985, o então Papa João Paulo II recebeu o grupo pela primeira vez, enaltecendo seu “espírito de autêntica amizade ecumênica” e reconhecendo a primazia da oração no âmbito dos esforços para restabelecer a unidade, pela qual Cristo rezou”. 

A memória de Santo Henrique é honrada todos os anos na Finlândia com a ‘Semana de Oração Ecumênica’, que compreende o dia 19. Neste periodo, os cristãos chamados especialmente a redescobrir as raízes comuns da mensagem do Evangelho.

Apesar de conhecido como Henrique de Uppsala e ser o padroeiro da Finlândia, na verdade ele era um clérigo medieval inglês. Em missão na Suécia em 1153, foi designado como arcebispo de Uppsala. No entanto, a província eclesiástica independente da Suécia só pôde ser estabelecida após a guerra civil acabar e assim, Henrique foi enviado para organizar a Igreja na Finlândia, onde os cristãos já existiam há pelo menos dois séculos.

Morreu como mártir, em 1156, morto por um assassino a quem Henrique havia outorgado dar uma punição canônica. O bispo se tornou uma figura central para a Igreja Católica local.  

A história da vida do Bispo Henrique, ou sua ‘Vita’, foi escrita no final do século XIII e contém poucas informações concretas, mas releva que viveu mis como pregador do que como ‘alto bispo’. 

O ‘Vita’ de Henrique é seguido pelo ‘Miracula’, uma lista de onze milagres que as pessoas disseram ter experimentado em algum momento após a morte do bispo.

(CM)

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Bispos do México: pobreza, corrupção e fragilidade da economia do país

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Cidade do México (RV) - Oito pastorais da Conferência Episcopal Mexicana (CEM) publicaram um veemente e articulado comunicado sobre a situação econômica do país e sobre as recentes medidas adotadas pelo governo, a começar pelo aumento do preço do combustível, medida que provocou no país descontentamento e vários confrontos, refere a agência Sir.

Um ano repleto de desafios e adversidades

“Iniciamos um ano repleto de desafios e adversidades, entre os quais, sem dúvida, o chamado ‘gasolinazo’ provocou mais agitação no contexto e na paz social de nosso país, agravando-se com protestos e confrontos causados pela ira e descontentamento.”

Uma situação que “agrava a situação precária na qual vivem milhões de mexicanos”. Com o pedido, dirigido sobretudo às instituições, a “olhar para as comunidades, as cidades e os bairros e a deixar-se interpelar por toda família e pessoa que sofre, não somente devido ao aumento dos combustíveis, mas por causa da pobreza que cresce há décadas, da corrupção que perdura e da contínua dependência das decisões dos mercados internacionais”.

Bispos denunciam a chaga da corrupção

Os bispos contestam que o aumento do preço do combustível fosse inevitável: efetivamente, se poderia reduzir os impostos sobre os combustíveis para equilibrar o aumento do preço do petróleo, e lamentam que os subsídios para a gasolina tenham sido recebidos somente pela classe rica.

“É preciso perguntarmo-nos: vivemos num Estado pobre ou carente de recursos ou num excesso de corrupção e de furtos ao Estado causados por personagens que continuamente esvaziam os cofres a nível municipal, regional e federal?”

No documento, os bispos mexicanos fazem propostas em vista de um desenvolvimento econômico mais justo: da valorização da economia local à formação, ao incentivo às cooperativas, a uma maior solidariedade.

Os prelados convidam “todos, especialmente os cristãos, a se empenhar e a participar como cidadãos, a sentir a necessidade de entrar em diálogo com os vários atores sociais. Condenamos todo ato que seja exercido com a violência. O caminho da violência mancha a livre expressão daqueles que buscam mudanças efetivas e não somente da boca para fora”. (Sir - RL)

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Igreja católica no Camboja: por uma cultura da misericórdia

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Phnom Penh (RV) - “Deus está aqui, em nosso país, e se faz presente nos pequenos, nos mais pobres, nos portadores de graves deficiências, nos sem-terra, nos migrantes, em nossas famílias, por vezes divididas por causa da infidelidade, jogo de azar, violência e droga. Deus está em nossos lugares de trabalho marcados por rancores destrutivos e poder. Ele nos convida a tornar-nos construtores de uma cultura da misericórdia, a promover ‘a revolução da misericórdia’.”

É o que se lê na Carta pastoral do vigário apostólico de Phnom Penh, no Camboja, Dom Olivier Michel Maria Schmitthaeusler, endereçada à comunidade católica que viveu um ciclo de “três anos de caridade”, concluídos na celebração do Jubileu da Misericórdia.

Redescobrir o encontro com os outros

“Somos chamados a promover uma cultura de misericórdia baseada no redescobrir o encontro com os outros, numa cultura em que ninguém olha para o outro com indiferença ou foge do sofrimento dos irmãos. As obras de misericórdia são uma espécie de produtos artesanais, no sentido que são feitas pelas mãos dos homens e nenhuma é feita do mesmo modo”, explica o prelado na carta difundida pela Fides.

“Deus as inspira todas elas, e todas são do mesmo estilo e material, mas cada uma assume uma forma diferente. Esse é o tempo da misericórdia. Cada dia da nossa viagem é marcado pela presença de Deus que guia nossos passos com a força do Espírito e a derrama em nossos corações para torná-los capazes de amar”, lê se ainda.

Falta às novas gerações a transmissão dos valores tradicionais

Olhando para o contexto nacional, Dom Schmitthaeusler recorda que, após o regime, “a instrução, a cultura, a religião e a economia foram em grande parte destruídas. Hoje, 60% da população tem menos de 22 anos. Estas jovens gerações nasceram de pais que viveram as dificuldade da sobrevivência” e em tempos em que “houve uma ruptura na transmissão dos valores tradicionais”.

As novas gerações cresceram olhando para modelos de famílias na TV ou nas mídias sociais, baseadas no consumo, egoísmo e individualismo. Por isso é importante, hoje, “oferecer aos jovens um bom modelo de família”, explica a Carta pastoral.

A pobreza é raiz de violência, droga, álcool e dependência

-Por fim, o prelado se detém sobre a pobreza que “é raiz de violência, droga, álcool e dependência do jogo. Através de ongs católicas e grupos caritativos em cada paróquia, tentamos dar dignidade às famílias mais pobres para ajudar a construir suas vidas, a encontrar um trabalho, a mandar os filhos para a escola e a ser capazes de cuidar deles”. (Fides – RL)

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Formação



Perseguição cristã: um dos elementos da guerra síria

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Cidade do Vaticano (RV) – A edição desta quinta-feira do nosso semanal “Em Romaria” é dedicada à guerra na Síria.

O convidado é o Guardião e Reitor da Basílica da Anunciação em Nazaré, na Terra Santa, Fr. Bruno Varriano. O frade brasileiro acaba de voltar de uma missão às cidades de Damasco e Aleppo, para visitar os cristãos que permaneceram no país não obstante a guerra.

Um dos momentos mais marcantes da entrevista é quando Fr. Bruno fala da perseguição contra os cristãos, ao relatar os testemunhos que ouviu e aquilo que ele mesmo presenciou na Síria: 

O especial “Em Romaria” vai ao ar às quintas-feiras às 16h (13h – horário de Brasília).

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Diocese de Palmeira dos Índios: ecumenismo é maior desafio conciliar

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro semanal “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” traz hoje a participação do bispo da Diocese de Palmeira dos Índios, Dom Dulcênio Fontes de Matos, à frente desta Igreja alagoana desde setembro de 2006. 

Nesta edição Dom Dulcênio nos fala sobre a caminhada desta Igreja particular ao longo destes 50 anos pós-conciliares, abordando, no contexto de sua diocese, aquilo que considera ser o maior desafio para a aplicação do Concílio ecumênico Vaticano II.

Efetivamente, ele nos fala de uma caminhada da Diocese de Palmeira dos Índios – como toda a Igreja no Brasil – no signo conciliar, observando realmente o Concílio. Em seguida, destaca a dificuldade encontrada no campo do ecumenismo.

Diz-nos que tem sido muito difícil este diálogo com as demais confissões cristãs, apesar de a Igreja no Brasil também dar um grande estímulo nesse campo através das Campanhas da Fraternidade e de outras iniciativas.

“Eu acho que o maior desafio hoje do Vaticano II – falo daqui da nossa diocese – é termos um diálogo mais tranquilo, um diálogo entre irmãos”, ressalta Dom Dulcênio, acrescentando existir para tal na diocese a “Comissão para o Ecumenismo”.

“Não existe briga entre nós, naturalmente – faz questão de esclarecer –, nos respeitamos, mas não existe aquele diálogo aberto, aquela caminhada que deveria existir entre irmãos”, enfatiza. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Atualidades



Avalanche soterra hotel após terremotos na Itália

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Rádio Vaticano (RV) – Na manhã desta quinta-feira (19/01), foi retirada a primeira vítima do hotel Rigopiano, soterrado por uma avalanche após os terremotos da quarta-feira, na região central da Itália.

Devido ao mau tempo, as equipes de socorro enfrentam muitas dificuldades para prosseguir com os resgates. Somente no início da tarde desta quinta os socorristas puderam iniciar as remoções com as máquinas.

A estrutura se encontra a 1,3 mil metros de altitude, na margem leste do Parque Nacional do Grande Sasso, na província de Pescara.

Giampiero Parete, um dos dois sobreviventes até agora, declarou que se salvou somente porque com a ajuda de um funcionário do hotel, havia saído para pegar remédios no carro. Sua esposa e dois filhos estão entre as 30 pessoas que provavelmente estão embaixo dos escombros.

Ainda segundo Parete, a maioria dos hóspedes já estava pronta para deixar o hotel. Aguardavam somente que um veículo removesse a neve que cobria a estrada.

Resgates

As equipes de socorro prosseguem com as escavações durante a noite.

(agencias/rb)

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Estudante brasileira adia retorno à Itália por causa dos terremotos

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Erechim (RV) – A estudante de Direito da URI, campus de Erechim/RS, Caroline Capelesso Ceni, de 22 anos, decidiu adiar a viagem de retorno à Itália por causa da série de terremotos desta quarta-feira (18) de magnitude acima de 5,0. A bolsista de iniciação científica, junto a uma colega da mesma faculdade, iriam comprar as passagens de avião para início de fevereiro para que, nos dias 16 e 17, pudessem fazer as provas finais do intercâmbio com a Universidade de Camerino, que fica na região central da Itália afetada pelos tremores.

Em outubro do ano passado, Caroline precisou interromper a estadia na Itália e voltar para o Brasil. Ela viveu os dois fortes terremotos de 26 de outubro, com epicentro em Camerino, onde ela estava, e o de 30 de outubro de Norcia, de magnitude 6,6, que a jovem sentiu em Roma, e foi considerado o mais intenso a atingir o país desde 1980.

Acompanhe a entrevista com a jovem acadêmica aqui:

  

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