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Sumario del 23/01/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: jamais fechar o coração ao perdão do Senhor

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco iniciou a semana celebrando a missa na capela da Casa Santa Marta, nesta segunda-feira (23/01). A homilia do Pontífice foi dedicada ao sacerdócio de Cristo, inspirando-se na Carta aos Hebreus proposta na Primeira Leitura. 

Jesus é o sumo sacerdote. E o sacerdócio de Cristo é a grande maravilha, a maior maravilha que nos faz cantar um canto novo ao Senhor, como diz o Salmo responsorial.

O sacerdócio de Cristo se realiza em três momentos, explicou o Papa. O primeiro é a Redenção: enquanto os sacerdotes na Antiga Aliança tinham que oferecer sacrifícios todos os dias, “Cristo ofereceu a si mesmo, uma vez por todas, pelo perdão dos pecados”. Com esta maravilha, “nos levou ao Pai”, “recriou a harmonia da criação”, destacou Francisco.

A segunda maravilha é a que o Senhor faz agora, isto é, rezar por nós. “Enquanto nós rezamos aqui, Ele reza por nós”, “por cada um de nós”, ressaltou o Papa: “agora, vivo, diante do Pai, intercede” para que não falte a fé. Quantas vezes, de fato, se pede aos sacerdotes que rezem porque “sabemos que a oração do sacerdote tem uma certa força, justamente no sacrifício da Missa”. A terceira maravilha será quando Cristo voltar, mas esta terceira vez não será em relação ao pecado, será para “fazer o Reino definitivo”, quando nos levará a todos com o Pai:

“Há esta grande maravilha, este sacerdócio de Jesus em três etapas – quando perdoa os pecados uma vez por todas; quando intercede agora por nós; e quando Ele voltar – mas tem também o contrário, ‘a blasfêmia imperdoável’. É duro ouvir Jesus dizer essas coisas, mas Ele falou disso e, se o diz, é porque é verdade. ‘Em verdade Eu digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens – e nós sabemos que o Senhor perdoa tudo se abrirmos um pouco o coração. Tudo! – os pecados e também todas as blasfêmias serão perdoadas! – mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado eternamente’”.

Para explicar isso, o Papa faz referência à grande unção sacerdotal de Jesus: foi o que fez o Espírito Santo no seio de Maria, afirmou, e também os sacerdotes na cerimônia de ordenação são ungidos com o óleo:

“Também Jesus como Sumo Sacerdote recebeu esta unção. E qual foi a primeira unção? A carne de Maria com a obra do Espírito Santo. E quem blasfêmia contra isto, blasfêmia o fundamento do amor de Deus, que é a redenção, a re-criação; blasfêmia contra o sacerdócio de Cristo. ‘Mas como é ruim o Senhor, não perdoa?’ – ‘Não! O Senhor perdoa tudo! Mas quem diz essas coisas está fechado ao perdão. Não quer ser perdoado! Não se deixa perdoar!’. Este é o aspecto negativo da blasfêmia contra o Espírito Santo: não deixar-se perdoar, porque renega a unção sacerdotal de Jesus, que fez o Espírito Santo”.

Concluindo, o Papa retomou as grandes maravilhas do sacerdócio de Cristo e também a “blasfêmia imperdoável”, “não porque o Senhor não queira perdoar tudo, mas porque esta pessoa está tão fechada que não se deixa perdoar: a blasfêmia contra esta maravilha de Jesus”:

“Hoje nos fará bem, durante a Missa, pensar que aqui sobre o altar se faz a memória viva, porque Ele estará presente ali, do primeiro sacerdócio de Jesus, quando oferece a sua vida por nós;  há também a memória viva do segundo sacerdócio, porque Ele rezará aqui; mas também, nesta Missa – o diremos depois do Pai-Nosso – há aquele terceiro sacerdócio de Jesus, quando Ele voltará e a nossa esperança da glória. Nesta Missa, pensemos nessas belas coisas. E peçamos a graça ao Senhor de que o nosso coração jamais se feche – jamais se feche! – a esta maravilha, a esta grande gratuidade”.

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Papa: dinheiro da máfia é dinheiro ensanguentado

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Cidade do Vaticano (RV) – Corrupção e violência: estes foram os temas do discurso do Papa Francisco aos membros da Direção Nacional italiana contra a Máfia e o Terrorismo. 

Organizações como a camorra e ‘ndrangheta, disse o Papa, exploram carências econômicas, sociais e políticas para realizar seus “projetos deploráveis”, “manchados de sangue humano”. Além da máfia, também é competência da Direção o combate ao terrorismo, que está assumindo sempre mais um “aspecto cosmopolita e devastador”.

Francisco ampliou seu olhar para além da realidade local, para dizer que “a sociedade necessita ser curada da corrupção, das extorsões, do tráfico ilícito de entorpecentes e de armas e do tráfico de seres humanos, entre os quais muitas crianças reduzidas em regime de escravidão. São autênticas chagas sociais e, ao mesmo tempo, desafios globais que a coletividade internacional é chamada a enfrentar com determinação”.

O Pontífice pediu um esforço especial para combater o tráfico de pessoas e o contrabando de migrantes: “Estes são crimes gravíssimos que atingem os mais fracos entre os fracos!”. Francisco solicitou o incremento das atividades de proteção das vítimas, prevendo assistência legal e social. “Quem foge de seu país por causa de guerra, violência e perseguição tem o direito de encontrar um acolhimento adequado e proteção idônea nos países que se definem civis.”

Falando da máfia, o Papa a considera uma “expressão de uma cultura de morte”, que deve ser hostilizada e combatida sobretudo através da prevenção. Neste contexto, famílias, escolas, comunidades cristãs e realidades esportivas e culturais são chamadas a favorecer uma consciência de moralidade e de legalidade. “Trata-se de partir das consciências para recuperar os propósitos, as escolhas, as atitudes dos cidadãos de modo que o tecido social se abra à esperança de um mundo melhor.”

A máfia – prosseguiu – “se opõe radicalmente à fé e ao Evangelho, que são sempre a favor da vida”. Francisco enalteceu o trabalho de inúmeras paróquias e associações católicas que combatem o fenômeno mafioso através da promoção individual, cultural e social – um modo de a Igreja manifestar a sua proximidade a quem vive situações dramáticas e necessitam de ajuda para sair da espiral de violência.

Por fim, o Papa encorajou quem se esforça para combater a máfia e o terrorismo – um trabalho que comporta arriscar a própria vida e que requer um suplemento de “paixão, de sentido de dever e força de ânimo” – e pediu a Deus que toque o coração dos mafiosos, “para que parem de fazer o mal, se convertam e mudem de vida”. “O dinheiro dos negócios sujos e dos delitos mafiosos é dinheiro ensanguentado e produz um poder iníquo. Todos sabemos que o diabo entra a partir do bolso: esta é a primeira corrupção”. 

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Papa no Twitter: comunicar esperança e confiança no nosso tempo

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Cidade do Vaticano (RV) – Para este início de semana o Papa Francisco publicou um tuíte na sua conta @Pontifex que recupera o tema da mensagem para o 51° Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano, que será celebrado em 28 de maio, domingo que antecede a Festa de Pentecostes. 

Diz o texto no Twitter: “’não temas, porque eu estou contigo’ – comunicar esperança e confiança no nosso tempo!”. Uma inspiração da passagem do livro bíblico do profeta Isaías: “Não tenhas medo, que Eu estou contigo” (Is 43,5).

Já a mensagem do Dia das Comunicações será publicada nesta terça-feira (24), na Sala de Imprensa da Santa Sé, pelo prefeito da Secretaria para as Comunicações, Mons. Dario Edoardo Viganò, em diálogo com os jornalistas do El País, Pablo Ordaz, e da Rede de TV CNN, Delia Gallagher. A divulgação acontece tradicionalmente em 24 de janeiro, festa litúrgica de São Francisco de Sales, padroeiro da imprensa.

O tema deste ano é um convite para “contar a história do mundo e as histórias dos homens e das mulheres, através da lógica da ‘boa notícia’ que lembra que Deus nunca renuncia a ser Pai, em qualquer situação e com cada ser humano”, anunciava em setembro o comunicado de divulgação do lema escolhido pelo Papa.

O Dia Mundial das Comunicações Sociais, único dia estabelecido pelo Concílio Vaticano II (‘Inter Mirifica, 1963’), é celebrado em vários países, sob recomendação dos bispos. (AC)

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Primaz da Igreja na Irlanda: país aguarda o Papa Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) - A Irlanda aguarda o Papa e dirige-lhe uma saudação em língua gaélica “céad míle fáilte” que significa “cem mil vezes bem-vindo”. No encontro de sexta-feira passada (20/01) no Vaticano com o Papa Francisco, os bispos irlandeses em visita ‘ad Limina’ expressaram ao Pontífice sua alegria e expectativa para o Encontro Mundial das Famílias, que se realizará em 2018, cujo país anfitrião será propriamente a Irlanda.

Por isso, em preparação para o evento, a Igreja irlandesa decidiu focalizar-se sobre a família e sobre como esta pode ser caminho de transmissão da fé, disse o arcebispo de Armagh, Primaz de toda a Irlanda e presidente da Conferência episcopal, Dom Eamon Martin.

Francisco encontrará na Irlanda país transformado

O Papa encontrará na Irlanda um país muito diferente “de como o conheceu muitos anos atrás quando como jovem padre veio aqui para aprender o inglês”, disse o Primaz irlandês à agência Sir, à margem de uma coletiva de imprensa.

O próprio Papa Francisco falou aos bispos da Irlanda na sexta-feira sobre essa experiência do jovem Bergoglio em terras irlandesas. Mas “a Irlanda se transformou rapidamente nos últimos anos” e “hoje se encontra numa situação de transição”, disse ainda Dom Martin.

“Somos chamados nesta situação a difundir a mensagem do Evangelho e a fazê-lo de modo novo.” Não se trata mais de “impor uma doutrina”, mas de poder ter um lugar “de diálogo e de encontro na sociedade” onde “se possa fazer ouvir a nossa voz”. (Sir – RL)

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Barbara Jatta: Museus Vaticanos mais acessíveis e abertos ao mundo

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Cidade do Vaticano (RV) - “A partir desta segunda-feira (23/01), os Museus Vaticanos são mais acessíveis e mais abertos ao mundo.” 

Foi o que disse a nova diretora, Barbara Jatta, apresentando o novo site dos Museus Vaticanos, esta manhã, na coletiva realizada na Sala de Imprensa da Santa Sé. 

O novo portal será acessível do computador, tablet e smartphone e poderá ser consultado em cinco línguas: italiano, inglês, espanhol, alemão e francês. 
12.955 páginas, em cinco línguas, 3.071 imagens e numerosos conteúdos multimídia. Estes são os números do site que possui também a primeira newsletter digital bilíngue (italiano e inglês) dos Museus Vaticanos e a abertura do canal oficial YouTube. Basta  entrar no endereço www.museivaticani.va

Esforço

Um esforço de quase três anos levado adiante pelos “Museus do Papa”, junto com o Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano e a Secretaria para a Comunicação, com o compromisso específico do departamento multimídia e site, e com a colaboração de ‘Inarea Strategic Design’.

O novo portal conserva o mesmo endereço digital, mas se apresenta aos internautas revolucionado do ponto de vista editorial e de design, simples, mas ao mesmo tempo elegante e sofisticado, cativante e facilmente acessível e navegável de qualquer  dispositivo e plataforma a fim de enriquecer a experiência da visita, produzir e implementar conteúdos de valor, promover as Coleções de Arte e as atividades culturais dos Museus: uma realidade claramente viva, polivalente e dinâmica, um laboratório criativo e de pesquisa científica.

Visibilidade

“Foram seis meses de valor intenso que se somam aos precedentes, dedicados ao resto da reestruturação do site. Porém, o resultado foi alcançado. É visível hoje a todos, ao mundo inteiro, na internet. É uma vitrine importante na qual acredito firmemente. As obras das principais coleções expostas estão hoje disponíveis na rede, com fichas controladas e imagens fotográficas que ajudam a fruição completa”, disse Barbara.

Os Museus Vaticanos são um patrimônio imenso que se abre ao futuro, graças o novo site.

“São mais de duzentas mil, ou talvez mais, as obras dos Museus Vaticanos, incluindo depósitos e exposição. Cerca de 20 mil são as obras em exposição. Atualmente, são quase 4 mil as que conseguimos inserir, mas é um trabalho em progresso. Espero dentro de um ano alcançar todas as obras, as 20 mil obras, que estão em exibição. Depois, enfrentaremos os depósitos.”

Visitante 

Sobre a natureza específica do site, que prevê a participação ativa do visitante, se deteve o Prefeito da Secretaria para a Comunicação, Mons. Dario Edoardo Viganò:

“A primeira página é um limiar com impacto forte negociável para o espectador: ali devo começar a negociar o meu tempo, a minha curiosidade e, eventualmente, o meu investimento em relação a uma experiência que ainda não fiz. E aquela experiência deve vir ao meu encontro fascinante, pertinente e possível.”

A internet é uma dimensão que permite abrir novos espaços, não somente digitais, prosseguiu Mons. Viganò:

“Na entrevista que o Santo Padre concedeu ao El País, o jornalista coloca a questão da diplomacia vaticana e da relação com a China: o Papa fala que existe um diálogo com a China e explica como, por exemplo, algumas obras dos Museus Vaticanos serão expostas a Pequim. Por que cito isso? Porque no fundo ter a Seção “Museus no mundo” significa também ter a possibilidade de um apoio à alta diplomacia, como diplomacia do bonito: a arte como lugar do diálogo e do encontro.” 

Patrimônio

“O esforço do novo site dos Museus Vaticanos caminha na direção de preservar, valorizar, promover e partilhar o patrimônio histórico-artístico da Igreja”, disse o Secretário-geral do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, Mons. Fernando Vérgez Alzaga.

“Gostaria de recordar as palavras do Papa Francisco: ‘Os Museus são abertos a todos! Se o Papa possui museus é para isso! Para que a arte possa ser um veículo extraordinário a fim de contar aos homens e mulheres do mundo inteiro, com simplicidade, a Boa Nova de Deus que se fez homem por nós, porque nos quer bem. Através deste novo portal, os Museus Vaticanos são abertos ainda mais e a um público cada vez mais vasto. Portanto, a sua missão é certamente amplificada”. 

(MJ)

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Igreja na América Latina



América Latina: novo site da rede eclesial ecumênica 'Igreja e Mineração'

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Brasília (RV) - A rede eclesial ecumênica “Iglesias y Mineria” (Igreja e Mineração), que coordena e dá visibilidade às ações das comunidades latino-americanas danificadas por projetos de mineração indiscriminados, tem um novo site. 

Trata-se de http://iglesiasymineria.org/ onde se encontram notícias de atualidade, reflexões sobre o respeito e a defesa da criação, e instrumentos didáticos.  

Essa rede eclesial ecumênica divulga também as atividades das igrejas e agentes pastorais, e o debate sobre Teologia e proteção da Criação. 
 
Segundo o religioso combonino Pe. Dario Bossi, missionário no Brasil e um dos fundadores de “Igreja e Mineração”, os grandes projetos de mineração são apresentados aos países latino-americanos como a solução para os problemas da pobreza e subdesenvolvimento das comunidades.
 
“Todavia não é possível encontrar em toda a América Latina uma só comunidade que tenha saído da pobreza ou que tenha se desenvolvido e melhorado um pouco as condições de vida depois que uma empresa de extração de minério tenha sido instalada no território”, frisou o missionário, segundo a Agência Sir.
 
“Pelo contrário, aumentou ainda mais o índice de pobreza, a poluição ambiental, a destruição de formas comunitárias de vida e encontramos muitos sinais de degradação social e moral, violência, corrupção das autoridades e líderes locais”, sublinhou ainda Pe. Bossi. 

A rede eclesial ecumênica se inspira no magistério do Papa Francisco, sobretudo na Encíclica ‘Laudato si’. Além do site, essa realidade está presente também nas principais redes sociais. 

(MJ)

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Igreja no Mundo



Bispos EUA pedem que cobertura de assistência médica seja mantida

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Washington (RV) - Antes de abolir a lei é necessário oferecer uma alternativa ao plano de saúde em vigor para que milhões de estadunidenses possam continuar tendo acesso à assistência médica. Esse, substancialmente, é o apelo dos bispos estadunidenses ao Congresso, onde estes dias está em discussão a revogação e substituição do plano de saúde introduzido pelo governo do ex-Presidente Barack Obama, conhecido como Obamacare. O néo Presidente Donald Trump, como seu primeiro ato, assinou um decreto para cortar os custos da reforma da saúde feita por Obama.

Conservar os importantes passos dados no campo da saúde

Numa carta endereçada aos membros da Câmara dos Deputados e do Senado, o bispo de Venice e presidente da Comissão episcopal de justiça e desenvolvimento humano, Dom Frank J. Dewane, dirige um apelo a todos os parlamentares a fim de que “trabalhem juntos para proteger os estadunidenses mais vulneráveis e mantenham os passos importantes dados no que tange a cobertura e acesso aos cuidados médicos”.

O prelado recorda que a Conferência dos bispos católicos dos EUA foi fortemente crítica ao Obamacare, porque ampliou o papel do governo no financiamento e facilitação do aborto e porque não deu acesso à assistência médica aos imigrados, e, apesar disso, sempre partilhou o objetivo geral do plano de saúde introduzido pelo governo do ex-presidente. “Reconhecemos que a lei trouxe importantes melhoramentos de cobertura e estes devem ser salvaguardados”, afirma o prelado.

Aprovar plano de saúde substitutivo antes de abolir lei em vigor

O presidente da Comissão episcopal de justiça e desenvolvimento humano anuncia que nos próximos dias os bispos examinarão com grande atenção, e de todos os pontos de vista, as propostas sobre a saúde.

“Mas queremos ressaltar desde já não deverá ser feita uma abolição dos pontos fundamentais do plano de saúde sem haver, ao mesmo tempo, um plano substitutivo que assegure o acesso à assistência médica adequada para aqueles milhões de cidadãos que hoje contam com este instrumento para a tutela de sua saúde”, afirma Dom Dewane.

Do contrário, afirma o prelado, muitas pessoas serão obrigadas a utilizar seus recursos limitados para satisfazer exigências essenciais como o alimento ou habitação , ao invés de assegurar uma assistência médica. E isso poderia levar a uma “grande incerteza que neste momento resultaria particularmente assolador”, observa.

Assistência médica deve ser universal e não um luxo

A carta do presidente da Comissão de justiça e desenvolvimento humano recorda que todas as pessoas deveriam ter acesso a uma assistência médica de qualidade. “Não devemos ver a assistência médica como um luxo, mas como uma plataforma necessária para ajudar os indivíduos e as famílias a prosperar e contribuir para o bem comum da sociedade e da nação”, afirma Dom Dewane.

A Conferência episcopal defende que a reforma da saúde deveria ser verdadeiramente universal e sustentável, e tem a convicção da “possiblidade de perseguir esse objetivo numa modalidade que inclua a proteção da vida, da liberdade de consciência e dos imigrados”. (RL)

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Bispos albaneses: não queremos deixar-vos como ovelhas sem pastor

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Tirana (RV) - “Escrevemos-vos porque desejamos dar respostas e chegar a todos vós, tocar os corações, falar claramente às mentes. Sentimos a urgente necessidade de não deixar-vos como ovelhas sem pastor.”

É o que afirmam os bispos albaneses na Carta às famílias com a qual se dirigem às várias categorias de fiéis começando pelos pais, quais primeiros responsáveis pela educação ao matrimônio e à família, dirigem-se também aos casais jovens, aos noivos, aos jovens e, por fim, aos avós e aos agentes de pastorais.

“A intenção dos bispos é continuar na nossa realidade aquilo que foram os resultados dos dois Sínodos sobre a família e aquilo que Francisco, através da ‘Amoris laetitia’, disse a toda a Igreja”, lê-se numa nota do porta-voz dos bispos albaneses, Pe. Gjergj Meta.

Estes dias a publicação da "Amoris laetitia" em língua albanesa

Registra-se propriamente estes dias a publicação da Exortação apostólica em língua albanesa. “As dioceses da Albânia se comprometeram nos próximos meses a tornar conhecido este importante documento, mas sobretudo o documento precisa encontrar lugar na preparação para o matrimônio e na educação dos jovens para o matrimônio”, prossegue a nota.

Por isso, “os bispos dirigem-se aos fiéis católicos na Albânia, onde graças a Deus o sentido da família ainda é muito forte e os albaneses ainda amam a família”, lê-se.

Os bispos do pais balcânico estão se preparando estes meses também para a visita ‘ad Limina’ que se realizará no mês de junho próximo, ao tempo em que algumas dioceses começam a trabalhar também sobre o documento preparatório para o Sínodo de 2018 sobre os jovens. (Sir – RL)

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Formação



Voluntariado na África: a experiência de um jovem médico italiano

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Cidade do Vaticano (RV) – “Os doentes não têm religião”. A afirmação é do médico cirurgião italiano Salvatore Guarino que, após três voluntariados no Djibuti, diz ter “operado mais em 6 meses ali do que em 6 anos na Itália”. 

“Operativamente falando, para mim era um carrossel. Fazia 10 intervenções por dia”, disse.

O Djibuti é um ponto nevrálgico para as estratégias políticas e econômicas do Ocidente. Posicionado na entrada do Mar Vermelho, é um centro de combate ao terrorismo. Última colônia francesa a obter a independência, ainda hoje abriga uma base da França e, mais recentemente, dos EUA. Apesar da presença ocidental, mais de 95% da população é muçulmana e a presença dos extremistas islâmicos do Al Shabaab é uma ameaça latente. 

Neste contexto de ausência ou inexistência de estruturas sanitárias, aos 35 anos Salvatore pode dizer ter vivido na pele as dificuldades de um dos países mais pobres da África na realidade do único hospital italiano no país do Chifre da África.

“Diante da doença, diante do cirurgião, aliás, aprecia ainda mais o cirurgião cristão a quem não importa se o doente é muçulmano, hindu ou judeu, mas vai lá para curar, operar, sem distinções. Eles são ainda mais gratos. Dizem: como é possível que tu venhas da Europa, branco e cristão, e estás aqui me operando, eu que sou negro, africano, muçulmano e faz tudo isso sem tampouco ser retribuído. Eles, então, constroem um mito em torno da figura do médico que te transforma em algo similar a um dos seus deuses”, explicou.

Mesmo tendo ficado 20 dias sem tomar um banho “de verdade”, Salvatore diz que gostaria de fazer um novo voluntariado na África e incentiva jovens médicos a viverem tal experiência. Contudo, alerta para o momento em que utopia de um trabalho voluntário na África se dissolve diante da cruel realidade.

“Há momentos em que percebes que és impotente diante de certas coisas. Por exemplo: havia duas crianças que morreram sem sequer serem operadas por um quadro médico estúpido. Um quadro que na Europa seria tratado com uma dose de antibiótico. Mas lá não tinha esse antibiótico e as crianças morreram. E esta é uma frustração. Pensas: não há médicos para operar, não há sala operatória, ok. Mas não tem o antibiótico e a criança morreu por decorrência de perfuração de tifo, algo que na Europa não aconteceria jamais. É uma sensação de impotência que te destrói”.

- Voltarias?

Sim, voltaria. Voltarei!

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Palmeira dos Índios: comunidades paroquiais e religiosidade popular

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, no nosso quadro “O Brasil na Missão Continental” Dom Dulcênio Fontes de Matos continua nos apresentando um pouco da realidade eclesial da Diocese de Palmeira dos Índios, da qual é bispo desde 2006. 

Já na edição passada, traçando-nos um perfil desta circunscrição eclesiástica alagoana, falou-nos de uma Igreja muito viva e de um povo muito religioso, sendo uma diocese eminentemente missionária. “Estamos sempre em missão”, disse-nos, ressaltando o trabalho missionário realizado nas paróquias pelos adultos e pelos jovens.

Na edição de hoje fala-nos da ação evangelizadora na diocese através das paróquias enquanto rede de comunidades. Com 34 paróquias na diocese, Dom Dulcênio diz-nos que elas hoje não estão mais centradas na cidade, havendo um intercâmbio muito grande entre os que estão na cidade e os que estão na zona rural.

“Não estamos mais centralizados apenas na matriz, mas hoje cada bairro, cada zona rural tem uma caminhada muito bonita e dentro deste espírito de unidade”, afirma o bispo de Palmeira dos Índios, que nos fala também sobre a realidade da religiosidade popular em sua diocese. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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