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Sumario del 24/01/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: o Senhor nos convida diariamente a dizer "eis-me"

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou a missa na capela da Casa Santa Marta esta terça-feira (24/01), centralizando a sua homilia na Carta aos Hebreus proposta pela liturgia do dia.  

Quando Cristo vem ao mundo, diz: “Tu não quiseste nem te agradaram vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado'. 'Eu vim para fazer a tua vontade'”. Estas palavras de Jesus – explicou o Papa – desfecham uma história de “eis-me” concatenados: “a história da salvação” é “uma história de ‘eis-me’”.

Depois de Adão, que se esconde porque tinha medo do Senhor, Deus começa a chamar e a ouvir a resposta daqueles homens e mulheres que dizem: “Eis-me. Estou disposto. Estou disposta”. Do eis-me de Abraão, Moisés, Elias, Isaías, Jeremias, até chegar ao grande “eis-me” de Maria e ao último “eis-me”, o de Jesus. “Uma história de ‘eis-me’, mas não automáticos”, porque “o Senhor dialoga com aqueles que convida”:

O Senhor dialoga sempre com aqueles que convida a percorrer esta estrada e a dizer o eis-me. Há muita paciência, muita paciência. Quando lemos o Livro de Jó, todos esses raciocínios de Jó, que não entende, e as respostas, e o Senhor que fala, o corrige … e no final, qual é o eis-me de Jó? ‘Ah, Senhor, Tu tens razão: eu te conhecia somente por ouvir falar; agora os meus olhos te viram’. O eis-me quando existe a vontade, eh? A vida cristã é isto: um eis-me, um eis-me contínuo para fazer a vontade do Senhor. E um atrás do outro…. É belo ler a Escritura, a Bíblia, buscando as respostas das pessoas ao Senhor, como respondiam, e encontrar estas respostas é tão bonito. ‘Eis-me, eu vim para fazer a Tua vontade’”.

A liturgia de hoje nos exorta a refletir: como vai o meu eis-me ao Senhor?:

“Eu me escondo, como Adão, para não responder? Ou quando o Senhor me chama, ao invés de dizer ‘eis-me’ ou ‘o que quer de mim?’, fujo, como Jonas, que não queria fazer o que o Senhor lhe pedia? Ou faço de conta de fazer a vontade do Senhor, mas somente externamente, como os doutores da lei aos quais Jesus condena duramente? Faziam de conta: ‘Tudo bem, … nada de perguntas: eu faço isso e nada mais’. Ou olho para o outro lado, como fizeram o levita e o sacerdote diante daquele pobre homem ferido, agredido pelos brigantes, abandonado meio morto? Como é a minha resposta ao Senhor?”.

O Senhor nos chama todos os dias e nos convida a dizer o nosso eis-me – concluiu o Papa –, mas podemos “discutir” com Ele:

“Ele gosta de discutir conosco. Alguém me diz: ‘Mas, Padre, quando rezo, muitas vezes fico bravo com o Senhor…’: mas também isso é oração! Ele gosta quando você fica bravo e diz claramente aquilo que sente, porque é Pai! Mas isso é também um eis-me …. Ou me escondo? Ou fujo? Ou faço de conta? Ou olho para o outro lado? Cada um de nós pode responder: como é o meu eis-me ao Senhor, para fazer a Sua vontade na minha vida. Como é. Que o Espírito Santo nos dê a graça de encontrar a resposta”.

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Francisco propõe estilo "aberto e criativo" para comunicar esperança

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Cidade do Vaticano (RV) – “Comunicar esperança e confiança no nosso tempo” é o título da Mensagem do Papa Francisco para o 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que será celebrado no dia 28 de maio, Ascensão do Senhor.

A mensagem é divulgada tradicionalmente no dia 24 de janeiro, Festa de S. Francisco de Sales, padroeiro dos comunicadores. 

O texto, como define o próprio Papa, é um encorajamento a todos os que trabalham neste campo para que comuniquem de modo construtivo, isto é, rejeitando preconceitos e promovendo uma cultura do encontro.

O protagonista da notícia, escreve Francisco, não pode ser o mal - que nos leva à apatia, ao desespero e a anestesiar a consciência –, mas a solução aos problemas, com um estilo comunicador aberto e criativo.

A realidade não tem um significado unívoco, afirma o Papa: tudo depende do olhar com que a enxergamos, dos “óculos” que decidimos pôr para ver: mudando as lentes, também a realidade aparece diferente. Portanto, o ponto de partida bom para ler a realidade é a Boa Notícia por excelência, ou seja, o Evangelho de Jesus Cristo.

Esta boa notícia, explica, não é boa porque nela não se encontra sofrimento, mas porque o próprio sofrimento é vivido num quadro mais amplo, como parte integrante do amor de Cristo ao Pai e à humanidade. Em Cristo, Deus fez-Se solidário com toda a situação humana, revelando-nos que não estamos sozinhos, porque temos um Pai que nunca pode esquecer os seus filhos.

Boa notícia

“Visto sob esta luz, acrescenta o Pontífice, qualquer novo drama que aconteça na história do mundo torna-se cenário possível também duma boa notícia, uma vez que o amor consegue sempre encontrar o caminho da proximidade e suscitar corações capazes de se comover, rostos capazes de não se abater, mãos prontas a construir.”

A esperança fundada na boa notícia que é Jesus, afirma ainda o Papa, nos faz erguer os olhos e contemplá-Lo no quadro litúrgico da Festa da Ascensão. “Aparentemente, o Senhor afasta-Se de nós, quando na realidade são os horizontes da esperança que se alargam.” Para Francisco, esta esperança não pode deixar de moldar também o nosso modo de comunicar, com a persuasão de que é possível enxergar e iluminar a boa notícia presente na realidade de cada história e no rosto de cada pessoa.

“A esperança é a mais humilde das virtudes, porque permanece escondida nas pregas da vida, mas é semelhante ao fermento que faz levedar toda a massa.” Quem se deixa conduzir pela Boa Notícia no meio do drama da história, conclui o Pontífice, torna-se farol na escuridão deste mundo, ilumina a rota e abre novas sendas de confiança e esperança.

(bf)

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Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Comunicações Sociais

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Cidade do Vaticano (RV) - Leia a mensagem do Papa Francisco para o 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais, que será celebrado em 28 de maio.

“Não tenhas medo, que Eu estou contigo” (Is 43, 5). Comunicar esperança e confiança, no nosso tempo.

Graças ao progresso tecnológico, o acesso aos meios de comunicação possibilita a muitas pessoas ter conhecimento quase instantâneo das notícias e divulgá-las de forma capilar. Estas notícias podem ser boas ou más, verdadeiras ou falsas. Já os nossos antigos pais na fé comparavam a mente humana à mó da azenha que, movida pela água, não se pode parar. Mas o moleiro encarregado da azenha tem possibilidades de decidir se quer moer, nela, trigo ou joio. A mente do homem está sempre em ação e não pode parar de «moer» o que recebe, mas cabe a nós decidir o material que lhe fornecemos (cf. Cassiano o Romano, Carta a Leôncio Igumeno).

            Gostaria que esta mensagem pudesse chegar como um encorajamento a todos aqueles que diariamente, seja no âmbito profissional seja nas relações pessoais, «moem» tantas informações para oferecer um pão fragrante e bom a quantos se alimentam dos frutos da sua comunicação. A todos quero exortar a uma comunicação construtiva, que, rejeitando os preconceitos contra o outro, promova uma cultura do encontro por meio da qual se possa aprender a olhar, com convicta confiança, a realidade.

            Creio que há necessidade de romper o círculo vicioso da angústia e deter a espiral do medo, resultante do hábito de se fixar a atenção nas «notícias más» (guerras, terrorismo, escândalos e todo o tipo de falimento nas vicissitudes humanas). Não se trata, naturalmente, de promover desinformação onde seja ignorado o drama do sofrimento, nem de cair num otimismo ingénuo que não se deixe tocar pelo escândalo do mal. Antes, pelo contrário, queria que todos procurássemos ultrapassar aquele sentimento de mau-humor e resignação que muitas vezes se apodera de nós, lançando-nos na apatia, gerando medos ou a impressão de não ser possível pôr limites ao mal. Aliás, num sistema comunicador onde vigora a lógica de que uma notícia boa não desperta a atenção, e por conseguinte não é uma notícia, e onde o drama do sofrimento e o mistério do mal facilmente são elevados a espetáculo, podemos ser tentados a anestesiar a consciência ou cair no desespero.

            Gostaria, pois, de dar a minha contribuição para a busca dum estilo comunicador aberto e criativo, que não se prontifique a conceder papel de protagonista ao mal, mas procure evidenciar as possíveis soluções, inspirando uma abordagem propositiva e responsável nas pessoas a quem se comunica a notícia. A todos queria convidar a oferecer aos homens e mulheres do nosso tempo relatos permeados pela lógica da «boa notícia».

A boa notícia

            A vida do homem não se reduz a uma crónica asséptica de eventos, mas é história, e uma história à espera de ser contada através da escolha duma chave interpretativa capaz de selecionar e reunir os dados mais importantes. Em si mesma, a realidade não tem um significado unívoco. Tudo depende do olhar com que a enxergamos, dos «óculos» que decidimos pôr para a ver: mudando as lentes, também a realidade aparece diversa. Então, qual poderia ser o ponto de partida bom para ler a realidade com os «óculos» certos?

Para nós, cristãos, os óculos adequados para decifrar a realidade só podem ser os da boa notícia: partir da Boa Notícia por excelência, ou seja, o «Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus» (Mc 1, 1). É com estas palavras que o evangelista Marcos começa a sua narração: com o anúncio da «boa notícia», que tem a ver com Jesus; mas, mais do que uma informação sobre Jesus, a boa notícia é o próprio Jesus. Com efeito, ao ler as páginas do Evangelho, descobre-se que o título da obra corresponde ao seu conteúdo e, principalmente, que este conteúdo é a própria pessoa de Jesus.

Esta boa notícia, que é o próprio Jesus, não se diz boa porque nela não se encontra sofrimento, mas porque o próprio sofrimento é vivido num quadro mais amplo, como parte integrante do seu amor ao Pai e à humanidade. Em Cristo, Deus fez-Se solidário com toda a situação humana, revelando-nos que não estamos sozinhos, porque temos um Pai que nunca pode esquecer os seus filhos. «Não tenhas medo, que Eu estou contigo» (Is 43, 5): é a palavra consoladora de um Deus desde sempre envolvido na história do seu povo. No seu Filho amado, esta promessa de Deus – «Eu estou contigo» – assume toda a nossa fraqueza, chegando ao ponto de sofrer a nossa morte. N’Ele, as próprias trevas e a morte tornam-se lugar de comunhão com a Luz e a Vida. Nasce, assim, uma esperança acessível a todos, precisamente no lugar onde a vida conhece a amargura do falimento. Trata-se duma esperança que não dececiona, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações (cf. Rm 5, 5) e faz germinar a vida nova, como a planta cresce da semente caída na terra. Visto sob esta luz, qualquer novo drama que aconteça na história do mundo torna-se cenário possível também duma boa notícia, uma vez que o amor consegue sempre encontrar o caminho da proximidade e suscitar corações capazes de se comover, rostos capazes de não se abater, mãos prontas a construir.

A confiança na semente do Reino

            Para introduzir os seus discípulos e as multidões nesta mentalidade evangélica e entregar-lhes os «óculos» adequados para se aproximar da lógica do amor que morre e ressuscita, Jesus recorria às parábolas, nas quais muitas vezes se compara o Reino de Deus com a semente, cuja força vital irrompe precisamente quando morre na terra (cf. Mc 4, 1-34). O recurso a imagens e metáforas para comunicar a força humilde do Reino não é um modo de reduzir a sua importância e urgência, mas a forma misericordiosa que deixa, ao ouvinte, o «espaço» de liberdade para a acolher e aplicar também a si mesmo. Além disso, é o caminho privilegiado para expressar a dignidade imensa do mistério pascal, deixando que sejam as imagens – mais do que os conceitos – a comunicar a beleza paradoxal da vida nova em Cristo, onde as hostilidades e a cruz não anulam, mas realizam a salvação de Deus, onde a fraqueza é mais forte do que qualquer poder humano, onde o falimento pode ser o prelúdio da maior realização de tudo no amor. Na verdade, é precisamente assim que amadurece e se entranha a esperança do Reino de Deus, ou seja, «como um homem que lançou a semente à terra. Quer esteja a dormir, quer se levante, de noite e de dia, a semente germina e cresce» (Mc 4, 26-27).

            O Reino de Deus já está no meio de nós, como uma semente escondida a um olhar superficial e cujo crescimento acontece no silêncio. Mas quem tem olhos, tornados limpos pelo Espírito Santo, consegue vê-lo germinar e não se deixa roubar a alegria do Reino por causa do joio sempre presente.

Os horizontes do Espírito

            A esperança fundada na boa notícia que é Jesus faz-nos erguer os olhos e impele-nos a contemplá-Lo no quadro litúrgico da Festa da Ascensão. Aparentemente o Senhor afasta-Se de nós, quando na realidade são os horizontes da esperança que se alargam. Pois em Cristo, que eleva a nossa humanidade até ao Céu, cada homem e cada mulher consegue ter «plena liberdade para a entrada no santuário por meio do sangue de Jesus. Ele abriu para nós um caminho novo e vivo através do véu, isto é, da sua humanidade» (Heb 10, 19-20). Através «da força do Espírito Santo», podemos ser «testemunhas» e comunicadores duma humanidade nova, redimida, «até aos confins da terra» (cf. At 1, 7-8).

            A confiança na semente do Reino de Deus e na lógica da Páscoa não pode deixar de moldar também o nosso modo de comunicar. Tal confiança que nos torna capazes de atuar – nas mais variadas formas em que acontece hoje a comunicação – com a persuasão de que é possível enxergar e iluminar a boa notícia presente na realidade de cada história e no rosto de cada pessoa.

Quem, com fé, se deixa guiar pelo Espírito Santo, torna-se capaz de discernir em cada evento o que acontece entre Deus e a humanidade, reconhecendo como Ele mesmo, no cenário dramático deste mundo, esteja compondo a trama duma história de salvação. O fio, com que se tece esta história sagrada, é a esperança, e o seu tecedor só pode ser o Espírito Consolador. A esperança é a mais humilde das virtudes, porque permanece escondida nas pregas da vida, mas é semelhante ao fermento que faz levedar toda a massa. Alimentamo-la lendo sem cessar a Boa Notícia, aquele Evangelho que foi «reimpresso» em tantas edições nas vidas dos Santos, homens e mulheres que se tornaram ícones do amor de Deus. Também hoje é o Espírito que semeia em nós o desejo do Reino, através de muitos «canais» vivos, através das pessoas que se deixam conduzir pela Boa Notícia no meio do drama da história, tornando-se como que faróis na escuridão deste mundo, que iluminam a rota e abrem novas sendas de confiança e esperança.

Vaticano, 24 de janeiro

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Mons. Viganò: Papa convida a abrir espirais de esperança

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Cidade do Vaticano (RV) - O olhar de quem relata é central, porque a realidade não tem um significado unívoco. Assim se expressou o prefeito da Secretaria para a Comunicação, Mons. Dario Edoardo Viganò, que apresentou na manhã desta terça-feira (24/01) na Sala de Imprensa da Santa Sé, no Vaticano, a Mensagem do Papa para o 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Substancialmente, Francisco pede uma comunicação construtiva, a lógica da boa notícia, que não significa contar o mundo de Heidi, explica o prelado, mas abrir espirais de esperança. Eis o que disse Mons. Viganò em entrevista concedida à Rádio Vaticano: 

Mons. Dario Edoardo Viganò:- “Romper a espiral de uma comunicação negativa, que leva também ao anestesiamento da consciência, significa que, é claro, a história é feita de cinza, de preto por vezes, mas que mantém sempre espirais que se abrem num horizonte de esperança, de proximidade. É isso que somos chamados a fazer: procurar fazer de modo que o mal jamais seja o protagonista vencedor.”

RV: Mesmo tragédias como terremotos, avalanches, catástrofes naturais podem ser, de certo modo, cenário de algumas boas notícias?

Mons. Dario Edoardo Viganò:- “Isso não significa ceder à ingenuidade irenista de um relato inexistente da realidade, mas, por exemplo, contar o mundo de bem que floresce de uma situação tão trágica: penso no fato que homens e mulheres concretamente e pessoalmente se façam próximos dessa situação. É como dizer: ‘Olhe que a situação é difícil, porém, faço com você um trecho do caminho’.”

RV: Todos conhecemos o poder de propagação das más notícias, especialmente nas mídias sociais, e também a dificuldade de desmentir quando estas são falsas. Francisco pede aos comunicadores que sejam canais vivos da Boa Notícia. Como a mídia vaticana pode realizar isso?

Mons. Dario Edoardo Viganò:- “A mídia vaticana pode ajudar a mídia internacional sobretudo mostrando os processos e os contextos nos quais se situam e se colocam os anúncios e as mensagens do Santo Padre, porque muitas vezes são descontextualizadas e, por conseguinte, perdem também aquela força própria, aquela pertinência que, ao invés, elas têm.”

RV: Como se pode fazer isso? Oferecendo também um olhar sobre a história, ajudando a entender a realidade?

Mons. Dario Edoardo Viganò:- “Absolutamente sim, porque todo pronunciamento de um Pontífice jamais é um partir novamente do zero, mas é um inserir-se numa sucessão apostólica que – não nos esqueçamos – é sempre uma história do Espírito Santo: quando primeiro Bento XVI e agora o Papa Francisco convidam a um critério para ler o que tange à Igreja, é o critério de uma hermenêutica espiritual.”

RV: Na Mensagem se ressalta que as imagens e metáforas, mais do que os conceitos, são o caminho privilegiado para comunicar “a vida nova” em Cristo. Isso responde propriamente ao estilo do Papa Francisco: a sua comunicação é espiritual e não sociológica. Isso porque uma linguagem que comunica com os gestos é mais inclusiva?

Mons. Dario Edoardo Viganò:- “Aquilo que é espiritual não é inconsistente. O espiritual tem a ver com a história, com a densidade da argila da qual a vicissitude do homem é permeada, e o homem é feito de uma comunicação que sabe usar muito bem não somente o aspecto argumentativo-conceitual, mas também os gestos e a proximidade. E os gestos e a proximidade expressam o calor, o inclusivo. Portanto, creio que o Papa Francisco é um mestre nisso, provavelmente por tradição cultural, por formação própria. Mas creio, que a ideia de uma comunicação tão metafórica – que é parábola, relato – diz também como é possível ter comunicações que sejam relações, relações também de proximidade.”

Esta terça-feira, 24 de janeiro, dia em que a Igreja recorda São Francisco de Sales, Patrono dos jornalistas, Mons. Dario Edoardo Viganò presidiu à santa missa na capela do Palácio Pio – sede da Rádio Vaticano.

“Peçamos que o nosso trabalho seja sempre um instrumento de construção”, disse, “que saiba repelir a tentação de fomentar o confronto”, mas favoreça “a cultura do encontro”. (DD – RL)

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A gratidão do povo sírio pela ajuda do Papa

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Cidade do Vaticano (RV) – O novo ‘Ministério’ do Vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, criado pelo Papa em 2016 e em função desde 1º de janeiro passado, divulgou terça-feira (24/01) uma nota sobre a missão efetuada pelo Secretário, Mons. Giovanni Pietro Dal Toso em Aleppo, na Síria, enviado pelo Pontífice

Entre 18 e 23 de janeiro, o Secretário e uma delegação visitaram as comunidades cristãs e seus pastores, instituições de caridade católicas e acampamentos de refugiados, onde receberam agradecimentos ao Papa por sua constante atenção pela Síria. Também autoridades civis e religiosas manifestaram gratidão pelo gesto do Papa de elevar à cardeal o Núncio Apostólico no País, Mario Zenari, reconhecendo nele a proximidade do Pontífice à martirizada população síria.

A missão vaticana também inaugurou um centro de assistência humanitária administrado pela Caritas Aleppo no bairro de Hanano.

Os integrantes da delegação participaram de um momento de oração ecumênica organizado por ocasião da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos e verificaram as condições de alguns hospitais católicos, em vista de um futuro projeto de reconstrução.

Houve ainda encontros com representantes do Islã, tendo sido destacada a responsabilidade das religiões em educar à paz e à reconciliação.

Enfim, nos encontros com entidades católicas de caridade, foi ressaltada a importância da assistência, que beneficia toda a população síria. Com o apoio da Igreja e graças à generosa contribuição da comunidade internacional, esta ajuda pode ser incrementada no futuro para ir ao encontro das crescentes necessidades das pessoas. Algumas das urgências imediatas são as que se referem a exigências alimentares, ao vestiário, à educação, à assistência médica e alojamento.

A guerra da Síria deixou mais de 300 mil mortos desde o início em março de 2011. 

(CM)

 

 

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Fevereiro-Março: o calendário das celebrações de Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) – Divulgado o calendário das celebrações presididas pelo Papa Francisco nos meses de fevereiro e março 2017. 

No dia 2 de fevereiro, quinta-feira, na Festa da Apresentação do Senhor e XXI Dia Mundial da Vida Consagrada, o Santo Padre preside na Basílica de São Pedro, às 17h30, horário de Roma, a Santa Missa com a presença dos membros dos Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

No dia 1º de março, Quarta-feira de Cinzas, Francisco preside na Igreja de Santo Anselmo, às 16h30, a procissão penitencial em direção à Basílica de Santa Sabina, onde às 17h presidirá a Santa Missa com a imposição das Cinzas.

No dia 5 de março, 1º Domingo da Quaresma, na localidade de Ariccia, têm início os exercícios espirituais para a Cúria Romana, dos quais participa o Santo Padre.

Os exercícios se concluem no dia 10 de março, sexta-feira. (SP)

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Igreja no Brasil



Em andamento no Rio o curso "Nova Evangelização" para bispos

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Rio de Janeiro (RV) - Como tradicionalmente ocorre em todo mês de janeiro – desde o pastoreio do Cardeal Eugenio Sales –, a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro abriu oficialmente segunda-feira, 23 de janeiro, o 26º curso anual dos bispos brasileiros que, tendo esta possibilidade, passam uma semana de estudos, oração, descanso e lazer no Centro de Estudos e Formação do Sumaré, no Rio Comprido.

O tema central do curso este ano será “A Nova Evangelização: significado, desafios e aplicação à realidade do Brasil”. Os conferencistas e professores internacionais e nacionais, especialistas no tema, que estarão presentes no encontro são: o arcebispo emérito de São Paulo e presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Cardeal Cláudio Hummes; o arcebispo de Brasília e Presidente da CNBB, o Arcebispo de Brasília, Cardeal Sérgio da Rocha; o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella; o Secretário do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso e vice-prefeito da Comissão para as Relações Religiosas com os muçulmanos, Dom Miguel Ángel Ayuso Guixot; e o Diretor geral do Instituto Superior de Estudos de Guadalupe (ISEG), Padre Doutor Eduardo Chávez Sánchez.

Entre os dias 24 e 27 de janeiro, a Rádio Catedral FM 106,7 (radiocatedral.com.br) e a WebTV Redentor (webtvredentor.com.br) vão transmitir, ao vivo, às 7h, a Eucaristia com Laudes, direto do Centro de Estudos e Formação do Sumaré.

(ARq/CM)

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Igreja no Mundo



JMJ em janeiro: depois de Manila, nas Filipinas, chega a do Panamá

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Cidade do Panamá (RV) – A data da próxima Jornada Mundial da Juventude foi confirmada há cinco dias: vai acontecer de 22 a 27 de janeiro de 2019 no Panamá. A escolha do período foi comentada pelo Cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, ao jornal L’Osservatore Romano do Vaticano.

Sobre a escolha do mês de janeiro, o purpurado se diz conhecedor “das dificuldades que podem encontrar os jovens europeus empenhados com a escola, como os próprios estudantes dos EUA, sobretudo aqueles que frequentam a universidade, porque é um período de intensa atividade acadêmica”. Mas, pondera o cardeal, “é também verdade que não é a primeira vez que a JMJ se faz em janeiro. Já aconteceu em 1995 em Manila (nas Filipinas), e a décima JMJ ficou na história como aquela com maior número de participantes”. Neste caso, “foram consideradas, sobretudo, as motivações ligadas ao clima, já que janeiro é um mês com menos chuva”.

O Panamá e a histórica diocese de La Antigua

Uma outra característica do evento, entre aquelas enaltecidas pelo Card. Farrell que esteve no Panamá para reuniões preparatórias em dezembro, é que o país “é particularmente importante porque é daqui que teve início a penetração do Evangelho no continente americano”. De fato, a diocese de La Antigua, criada em 1513, foi a primeira da América.

Além de ser uma oportunidade para recordar a história, a JMJ 2019 também terá um olhar para os dias de hoje, através da visão privilegiada de um lugar que está no centro das rotas migratórias do sul para o norte. “Nestes dias em que se fala tanto de migrantes e imigrantes, o encontro no Panamá se propõe como um momento de reflexão sobre um dos fenômenos com repercussões sociais mais significativos para as mulheres e homens do nosso tempo”, acrescentou o cardeal.

JMJ amplia mensagem de comunhão

Um outro aspecto para ser considerado, segundo o prefeito do novo Dicastério, é acolher a ideia de convidar jovens de outras confissões para estender o significado e a mensagem da JMJ. “É uma coisa que sempre foi feita, já que para as JMJs são convidados todos os jovens cristãos. Mas, em uma realidade como aquela da América Central, acaba assumindo um significado ainda maior, porque pode ser uma resposta da Igreja católica aos desafios impostos, em particular, do proselitismo das seitas”, finalizou o Card. Farrell. (L’Osservatore Romano/AC)

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Ministros e Custódios franciscanos reunidos em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) - Com uma Eucaristia de abertura, presidida pelo Vigário geral Frei Julio Bunader OFM, foi inaugurado no dia 16 o encontro anual do Ministro geral com os Ministros e Custódios eleitos no último Capítulo da Ordem. O encontro se realiza na Cúria Geral de Roma, e vai até o dia 27 de janeiro. 

Frei Fidêncio Vanboemmel, OFM é o ministro da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil e está participando do encontro. Presentes há 500 anos no Brasil, os frades menores analisam sua identidade diante da realidade complexa e difícil das grandes cidades, onde as ‘periferias existenciais’ de diversas formas convidam a Ordem à reflexão e à atuação. Segundo Frei Fidêncio, os frades menores no Brasil, como em todo o mundo, são chamados a viver o profetismo do Evangelho e de São Francisco de Assis.

Assista a uma parte da entrevista do Frei:

Cm

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Islândia: nova igreja, toda em madeira, para receber comunidade católica

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Reykjavik (RV) – Uma igreja, construída toda em madeira, será consagrada no dia 17 de junho na cidade de Reyoarfiroi, na Islândia. O edifício nasceu por vontade e obra da comunidade capuchinha eslovaca que está na ilha desde 2004, quando chegou com o primeiro frade, o atual bispo da capital Reykjavik, Dom David Tencer. Atualmente, a comunidade é formada por três frades.

A nova igreja é construída em forma de cruz franciscana de São Damião, com 16  metros de comprimento e tendo 12 metros no seu ponto mais largo. Foram necessários  mais de mil metros de cubos de madeira para erguer o edifício, levados diretamente dos bosques da região eslovaca de Pol’any. A Associação dos Católicos Alemães foi quem pagou as despesas para o transporte da madeira.

Voluntários provenientes da Eslováquia e da comunidade local trabalharam na construção da igreja que, pela sua localização e impacto estético, já está sendo uma atração da região.

A comunidade católica na Islândia triplicou o número de fiéis nos últimos 10 anos. Hoje são cerca de 14 mil nas seis paróquias existentes. (SIR/AC)

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Formação



Dr. Vanderlei: conscientizar sobre a doação de órgãos

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Cidade do Vaticano (RV) - Continuamos a nossa conversa com o Doutor Vanderlei Bagnato, físico e professor da Universidade de São Paulo (USP) sobre o insucesso no campo do transplante de órgãos e sobre as técnicas de descontaminação de órgãos.  

O pesquisador chama a atenção para a importância de conscientizar as pessoas sobre a doação de órgãos. "O transplante é uma técnica fantástica. Devemos criar uma política mais saudável de doação. Criar leis que sejam mais humanas. A morte de uma pessoa pode significar a vida de outra. Somos todos doadores”, disse ele.

(MJ)

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Atualidades



Catânia faz homenagem a João Paulo II e a ex-presidente italiano

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Catânia (RV) – A cidade italiana de Catânia, na região da Sicília, vai dedicar uma rua a Karol Wojtyla. A via pública, próxima ao Hospital São Marco, será chamada de “Papa João Paulo II”. 

Segundo o prefeito Enzo Bianco, além do Papa polonês, a homenagem também será estendida ao ex-presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi. “Com a nossa decisão, queremos lembrar duas personalidades de grande importância e humanidade que deram tanto ao nosso país. Decidimos homenagear com duas importantes ruas da nossa cidade um presidente da República muito amado dos italianos e um Papa que marcou com as suas escolhas a história da Igreja”.

Além disso, acrescentou o prefeito de Catânia, “tanto o presidente Ciampi como o Papa João Paulo II honraram a nossa cidade ao visitá-la”.

Papa JP II em Catânia em 1994

A visita pastoral foi em novembro de 1994. No seu discurso à comunidade local, na Praça do Duomo, João Paulo II anunciava “a esperança” em uma cidade conhecida por ser violenta e degradada: “fiquem em pé, conterrâneos da mártir Ágata, saibam vencer o mal com o bem! Aquele que venceu o pecado e a morte está com vocês!”, exortou Wojtyla em 4 de novembro. (Ansa/AC)

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Encontro em Madri discute "Ética econômica e financeira na era digital"

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Cidade do Vaticano (RV) - A Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice, a Pontifícia Universidade Comillas de Madri e o Grupo Bbva promovem esta quarta-feira (25/01), na capital espanhola, a quarta consulta internacional, a qual terá como tema “Ética econômica e financeira na era digital”.

O encontro faz parte de um ciclo de reuniões, denominadas “Dublin Process”, dedicadas a temas pertinentes a “Economia e bem comum e ou Finanças e bem comum”, que têm a finalidade de elaborar material relacionado à aplicação dos ensinamentos sociais da Igreja católica.

O nome “Dublin Process” refere-se à primeira e à segunda dessas consultas que tiveram lugar, respectivamente, na Cidade do Vaticano em 2013, e em Dublin em 2014, e tiveram a participação do arcebispo de Dublin, Dom Diarmuid Martin.

O encontro de Madri, “com um olhar para o futuro iminente, mas também para o futuro remoto, abordará, em particular, temas de atualidade relacionados às questões do emprego na era digital, buscando elaborar propostas para resolver o problema do desemprego juvenil”, lê-se num comunicado. (Sir – RL)

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Mons. Fernando Ocáriz é o novo Prelado do Opus Dei

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Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco nomeou o novo Prelado do Opus Dei: trata-se do Mons. Fernando Ocáriz.

A notícia foi divulgada na noite de segunda-feira (23/01), no primeiro dia de votações dos 194 membros do Congresso eleitoral da prelazia fundada por S. Josemaría Escrivá. Na sequência, o Pontífice confirmou a escolha.

Mais uma vez, os membros da Prelazia escolheram a continuidade. Com esta nomeação, Mons. Fernando Ocáriz se torna o terceiro sucessor de S. Josemaría. Até então, ele era o Vigário Auxiliar do Opus Dei e sucede ao Mons. Javier Echevarría, que morreu em 12 de dezembro passado.

Mons. Ocáriz nasceu em Paris em 27 de outubro de 1944, numa família espanhola em exílio na França durante a Guerra Civil (1936-1939). É o mais jovem de oito filhos.

Formado em Física na Universidade de Barcelona (1966), fez a licenciatura em Teologia na Pontifícia Universidade Lateranense em 1969 e o Doutorado na Universidade de Navarra em 1971, ano em que foi ordenado sacerdote. Nos seus primeiros anos de sacerdócio, se dedicou especialmente à pastoral juvenil e dos universitários.

É consultor da Congregação para a Doutrina da Fé (desde 1986) e de outros dicastérios da Cúria romana: Congregação para o Clero (desde 2003) e Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização (desde 2011). É membro da Pontifícia Academia Teológica desde 1989. Na década de 1980, foi um dos professores que iniciou o trabalho da Pontifícia Universidade da Santa Cruz (em Roma).

Foi nomeado Vigário-Geral da Prelazia do Opus Dei em 23 de abril de 1994 e Vigário Auxiliar em dezembro de 2014. Durante os últimos 22 anos, acompanhou o prelado precedente, Mons. Echevarría, em suas visitas pastorais a mais de 70 países. Nos próximos dias, o novo Prelado vai propor aos congressistas os nomes dos seus vigários e dos membros dos conselhos que o auxiliarão durante os próximos oito anos.

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