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Sumario del 26/01/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Cardeal Koch: O amor é o motor de todo esforço ecumênico

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Cidade do Vaticano (RV) - “A história da Reforma, cujos quinhentos anos se comemoram este ano, é marcada não somente pela redescoberta do Evangelho da graça gratuita de Deus, mas também por divisões dolorosas”, disse o Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, na saudação ao Papa Francisco no final das Vésperas celebradas na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, por ocasião do encerramento da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos no Hemisfério Norte. 

O purpurado recordou um trecho da declaração conjunta, assinada pelo Papa Francisco e pelo Presidente da Federação Luterana Mundial, o Bispo Munib Yunan, em Lund, na Suécia, em 31 de outubro passado: “Ao mesmo tempo que estamos profundamente gratos pelos dons espirituais e teológicos recebidos através da Reforma, também confessamos e lamentamos diante de Cristo que luteranos e católicos tenham ferido a unidade visível da Igreja.”

“O arrependimento e a purificação da memória histórica devem se realizar sob o signo da reconciliação, reconciliação que nasce somente da iniciativa de Deus e que representa o dom que o Senhor faz aos homens e a todo o universo”, prosseguiu o Cardeal Koch. 

“Ao reconciliar-nos com Deus em Cristo, devemos anunciar a reconciliação de Deus, devemos nos comprometer com a promoção da reconciliação entre os cristãos e nos deixar impelir pelo amor de Cristo”, frisou ainda o purpurado. 

“O amor é o motor de todo esforço ecumênico”, concluiu o Cardeal Koch, agradecendo ao Papa Francisco por ter colocado “o compromisso ecumênico para a reconstituição da unidade dos cristãos” entre as “prioridades pastorais” de seu pontificado: “O verdadeiro amor não cancela as diferenças legítimas entre as Igrejas cristãs, mas as conduz unidas e reconciliadas a uma unidade mais profunda”. 

No Hemisfério Sul, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos é celebrada entre Ascensão e Pentecostes

(MJ)

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Ordem de Malta: o Grão-Mestre se demite

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Cidade do Vaticano (RV) - O Grão-mestre da Ordem de Malta, Matthew Festing, demitiu-se quarta-feira (25/01) a pedido do Papa Francisco, em decorrência de um conflito interno. A decisão é bastante incomum, pois o cargo máximo desta Ordem, fundada no século XI, é vitalício.

Em fins de 2016, o afastamento do Grão-chanceler

O conflito teve início quando Festing decidiu afastar um dos mais altos membros da instituição, o Grão-chanceler Albrecht Freiherr von Boeselager, alegando que este teria autorizado a distribuição de preservativos em um projeto para pessoas carentes em Mianmar. 

Em sua defesa, Von Boeselager garantiu ter interrompido a colaboração com a ONG encarregada dos dois projetos assim que descobriu o fato. 

O esforço de mediação do Vaticano

Após o afastamento, o Grão-chanceler recorreu ao Papa Francisco, que nomeou uma comissão, composta por cinco elementos, para investigar os motivos do conflito. Matthew Festing não aceitou a ingerência e acusou a comissão de ser ilegítima. O Vaticano, por meio do Secretaria de Estado, pediu novamente aos responsáveis da Ordem para colaborar com a comissão, que devia entregar os resultados até ao final do mês. Em nota, o Vaticano reafirmou a confiança na Ordem e em suas muitas atividades de caridade, e ao mesmo tempo, avalizou o trabalho da Comissão, liderada por Dom Silvano Tommasi.

Quarta-feira (25/01), foi emitido o comunicado anunciando a demissão de Festing. “O Papa pediu-lhe que resignasse e ele concordou”, explicou um porta-voz da Ordem de Malta, que será temporariamente governada pelo Grão-comendador até que seja nomeado o Delegado Pontifício.

Origens da Ordem

A Ordem, com status de entidade soberana, tem apenas membros homens, não clérigos, mas com votos de pobreza, castidade e obediência ao Pontífice. A instituição tem 13.500 membros, 25 mil empregados e 80 mil voluntários em todo o mundo.

Criada para proporcionar proteção e cuidados médicos a peregrinos em visita à Terra Santa durante as Cruzadas, a Ordem mantém relações diplomáticas com mais de 100 países e a União Europeia e é observadora permanente na Organização das Nações Unidas (ONU).

(CM)

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Caravana da paz: 3 mil jovens são esperados para o Angelus

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Cidade do Vaticano (RV) – A Caravana da Paz chegará no domingo (29), na Praça São Pedro, trazendo cerca de três mil jovens que irão acompanhar o Angelus. Na ocasião e em nome de toda a Ação Católica de Roma, dois deles são aguardados para ler uma mensagem da janela do apartamento pontifício junto com o Papa Francisco.

Estudantes, professores e pais darão vida à peregrinação festiva e colorida da associação diocesana que irá percorrer as ruas do centro histórico, marcando a conclusão do Mês pela Paz. Na Praça São Pedro, os participantes serão acolhidos pelo Cardeal-vigário, Agostino Vallini, e pelos responsáveis nacionais da associação.

Ações e doações pela Paz

O percurso formativo dos jovens durante o mês de janeiro incluiu recolher ofertas nas paróquias e nas escolas dos seus bairros para ajudar dois projetos de solidariedade. O primeiro, da Caritas diocesana, intitulado a “Casa de Cristian”, um centro de acolhimento de mães italianas e estrangeiras, sobretudo jovens com crianças pequenas que foram retiradas das ruas onde não tinham ajuda e suporte para a criação dos filhos. São histórias de mulheres que ilustram, quase sempre, atos de violência e abandono.

O segundo projeto de solidariedade que ganhou apoio dos jovens da Ação Católica foi uma estrutura doada para a própria associação, chamada “O tapete de Iqbal”. Localizado no Barra, o bairro com maior presença de jovens de toda a cidade de Nápoles, o projeto intervém socialmente e com iniciativas educativas, através de políticas em favor dos menores e de suas famílias, dando orientação e promovendo educação intercultural e ambiental, como o teatro civil e o circo social. O bairro tem os maiores índices de dispersão escolástica de toda a região da Campânia, no sul da Itália. (AC)

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Papa cumprimenta Arnold Schwarzenegger

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Cidade do Vaticano (RV) – Entre as pessoas que cumprimentaram o Papa na Audiência Geral da quarta-feira (25/01), estava o ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger. 

Schwarzenegger promoveu a iniciativa “R20 – Regiões para Ação Climática”, uma ONG que ele criou em 2010 para auxiliar os governos a desenvolver e comunicar projetos de desenvolvimento com baixas emissões de carbono e resiliência climática.

O político nascido na Áustria ficou famoso antes como fisiculturista e depois como ator, até ser eleito governador da Califórnia entre 2003 a 2011. Enquanto ficou no cargo, a Califórnia restringiu severamente os níveis de emissões para veículos do que outros estados americanos. Schwarzenegger também encabeçou o grupo de governadores na defesa do meio ambiente.

O Papa Francisco saudou rapidamente Schwarzenegger, que mostrou ao Pontífice alguns documentos e projetos da R20.

(rb)

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Igreja no Brasil



Dom Jaime Spengler em visita pela primeira vez à RV

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Dom Jaime Spengler, OFM, arcebispo metropolitano de Porto Alegre, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB e Presidente do Regional Sul 3 da CNBB encontra-se em Roma e visitou pela primeira vez a sede da RV. Ouça-o: 

“É realmente uma alegria poder participar das ‘Ondas’ da Rádio Vaticano direcionada para o nosso Brasil. Nestes dias, fomos convocados para uma Plenária da Congregação para a Vida Consagrada e dos Bispos, cuja temática será a questão das relações mútuas: a relação entre dioceses, bispos e a vida consagrada.

 

Plenária conjunta com duas Congregações

Nós iniciamos esta Plenária numa primeira sessão conjunta com a Congregação para os Bispos e continuamos na sexta-feira e sábado, até o final da tarde, só a Congregação para a Vida Consagrada”.

“É a segunda vez que participo de uma Plenária da Congregação. Existe uma preocupação com a vida consagrada hoje no mundo, sobretudo na realidade europeia, que começa a se refletir também em nossa realidade americana e sul-americana. Há uma redução bastante grande no número que preocupa: uma crise, podemos dizer, enquanto na África e na Ásia se sente um crescimento muito grande de vocações”.

“O motivo precisaria ainda ser estudado; não tenho elementos para afirmar a razão. Há quem diga que no ocidente, na América, na Europa, etc., o motivo da crise seria o secularismo. Creio que seja uma resposta, sim, válida, mas precisaria ser ampliada”.

Dom Jaime será hóspede da Programa "Em Romaria" desta quinta-feira, 26, a partir das 13 horas, horário de Brasília. 

(SP/CM)

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CNBB: disponível texto paparatório para o Sínodo dos Jovens

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Brasília (RV) - A editora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a Edições CNBB, lançou a versão impressa e em português do Brasil do documento preparatório para a XV Assembleia Geral Ordinário do Sínodo dos Bispos, que terá como tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Nele está disponível um questionário que todas as paróquias devem receber para avaliar a proposta apresentada pelo papa e comentar sobre suas expectativas e vida.

O tema escolhido pelo Papa expressa a preocupação pastoral da Igreja com os jovens, em conformidade com as reflexões das assembleias sinodais recentes sobre a família e com o conteúdo da Exortação Apostólica pós-sinodal Amoris Laetitia. O Sínodo dos Jovens destina-se, portanto, a acompanhar a juventude em seu modo de vida em direção à maturidade. A Igreja espera que através de um processo de discernimento bem orientado, os jovens possam descobrir o seu projeto de vida e realizá-lo com alegria, abrindo-se ao encontro com Deus e com os homens, e participando ativamente na edificação da Igreja e da sociedade.

A 15ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos foi convocada pelo Papa Francisco para outubro de 2018. O documento preparatório para assembleia sinodal que agora é oferecido pela Edições CNBB foi apresentado no Vaticano, no dia 13 de janeiro. Um dos objetivos do texto é encontrar as melhores maneiras para acompanhar os jovens a reconhecer e acolher o chamamento à vida plena e anunciar o Evangelho de maneira eficaz.

O texto está organizado em três partes: “Os jovens no mundo de hoje”; “Fé, discernimento, vocação” e “Ação pastoral”. Ele é direcionado ao Sínodo dos Bispos, ao Conselho das Igrejas Orientais Católicas, às Conferências Episcopais, à Cúria Romana e à União dos Superiores Gerais.

Na carta de divulgação, o Papa pede que a juventude “não tenha medo de escutar o Espírito que vos sugere escolhas ousadas". Francisco também recordou uma das palavras de Jesus aos discípulos, que lhe perguntavam: “Rabi, onde moras?”. Ele respondeu: “Vinde e vede!”. “Jesus dirige o seu olhar também a vós, convidando-vos a caminhar com Ele”, destacou o pontífice.

Assim como aconteceu no Sínodo da Família, na fase de consulta ao povo de Deus, haverá questionário e consulta online aos jovens do mundo inteiro que poderão responder sobre suas expectativas e vida. Também haverá perguntas específicas e divididas por continente.

Entre em contato com a editora Edições CNBB pelo sac@edicoescnbb.com.br ou pelos telefones (61) 2193-3019 e 0800-9403019

(cnbb)

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Igreja no Mundo



Bispos dos EUA: muro trará mais exploração e sofrimento

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Cidade do Vaticano (RV) – “É preciso construir pontes, não muros”. Assim a Conferência Episcopal dos EUA respondeu ao decreto do presidente Donald Trump para que se levante um muro na fronteira entre os EUA e o México. 

A construção do muro “colocará em risco a vida dos imigrantes”, devemos “construir pontes entre as pessoas”, não criar barreiras. Foi o que afirmou Dom Joe Vasquez, bispo de Austin e presidente da Comissão para os migrantes.

Dom Vasquez destacou ainda que este muro “fará com que os imigrantes, sobretudo os mais vulneráveis, mulheres e crianças”, sejam ainda mais explorados nas mãos de “traficantes e coiotes”. Além disso, afirmou também que o muro “desestabilizará muitas comunidades que vivem pacificamente ao longo da fronteira”.

Detenções

O bispo denunciou ainda que a nova política de detenções e deportações dos imigrantes anunciada por Trump “dividirá famílias e alimentará o pânico e o medo nas comunidades”. Essa política “não garante a segurança dos americanos e torna mais difícil aos mais vulneráveis o acesso a proteção em nosso país. As políticas de Trump “prejudicam ainda mais as famílias dos imigrantes”, finalizou.

(rb)

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Itália: Museus Vaticanos irão restaurar obras de arte danificadas por terremotos

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Spoleto (RV) - Os Museus Vaticanos irão restaurar gratuitamente algumas obras de arte da Arquidiocese de Spoleto-Norcia danificadas pelos terremotos que abalaram, desde 24 agosto passado, a região central da Itália.
 
O anúncio foi feito pela Diretora dos Museus Vaticanos, Barbara Jatta, nesta quarta-feira (25/01), durante sua visita a Spoleto, ao depósito do Ministério dos Bens Culturais onde se encontram as obras de arte que foram retiradas de várias igrejas e museus das áreas afetadas pelos terremotos. 

A nova diretora foi acolhida pela Superintendente de Arqueologia, Belas Artes e Paisagem da Úmbria, Marica Mercalli, e pelo Arcebispo de Spoleto-Norcia, Dom Renato Boccardo.

Eles escolheram juntos oito obras dentre as quais a cúpula com a Cruz da Basílica de São Bento e o crucifixo da igreja de Castelluccio, que uma vez restaurados farão parte da exposição em Rocca Albornoziana de Spoleto, uma mostra com outras obras de arte que foram danificadas pelos terremotos e foram restauradas pelo Instituto central de Roma e pelo Instituto autônomo de Florença. Esta exposição é um grande sinal de esperança: Junto com as pessoas que gradualmente estão procurando voltar a uma vida normal, renascem também os tesouros da fé. 

“Essas obras voltarão para as igrejas assim que os templos forem reconstruídos ou restaurados e colocados em segurança. Ninguém quer que essas obras preciosas da fé e da arte permaneçam fechadas num depósito”, disse Dom Boccardo. 

As oito obras escolhidas serão transferidas para o Vaticano no início de fevereiro, exceto a cúpula da Basílica de São Bento que já se encontra no Estado Pontifício. Ficou exposta junto ao presépio, na Praça São Pedro, durante o tempo de Natal. 

Dom Boccardo agradeceu mais uma vez ao Papa Francisco e ao Presidente do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, Cardeal Giuseppe Bertello, que autorizaram os Museus Vaticanos a realizar este grande trabalho. 

(MJ)

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Família Vicentina celebra 400 anos de fundação

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Roma (RV) - A Família Vicentina celebra, este ano, o quarto centenário do nascimento de seu carisma de serviço aos pobres.

O ano de 1617 é importante na vocação de São Vicente de Paulo por dois motivos: 25 de janeiro, festa da Conversão de São Paulo, o Santo pregou o primeiro sermão da missão, em Folleville, na França, depois de ouvir a confissão de um agricultor em fim de vida que lhe fez entender o abandono espiritual em que viviam os pobres das áreas rurais. 

Em agosto daquele ano, em sua experiência de pároco em Châtillon, se encontra face a face com a pobreza e a miséria que transformará a vida do Santo da Caridade. 

Vicente de Paulo percebe que era necessário educar as pessoas, torná-las conscientes de sua dignidade, elevá-las como seres humanos e ensiná-las a verdade do desígnio de Deus. 

Os acontecimentos de Folleville e Châtillon marcaram, em 1617, o início do carisma vicentino que prossegue hoje um caminho de 400 anos de serviço aos pobres, seguindo o exemplo de seu fundador São Vicente de Paulo, padroeiro universal das Obras de caridade.

A Família Vicentina está presente nos cinco continentes com uma grande variedade de ministérios: missões, obras de assistência médica, atenção aos sem-teto, refugiados, crianças abandonadas, mães que sustentam suas famílias, e a favor da educação, formação, promoção e desenvolvimento das obras. 

Atualmente, a Família Vicentina possui 225 ramos de várias comunidades de vida consagrada e associações laicais em mais de 80 países do mundo. Dentre os ramos mais importantes e conhecidos estão a Associação Internacional da Caridade (AIC), a Congregação da Missão, as Filhas da Caridade (fundadas por Santa Luísa de Marillac), a Sociedade de São Vicente de Paulo (fundada pelo Beato Frederico Ozanam), a Associação da Medalha Milagrosa, a Juventude Vicentina Mariana (JMV), os seculares Lazaristas (MISEVI), as Irmãs Missionárias da Caridade de Santa Joana Anthida Touret e outros ramos. 

O Superior Geral da Congregação da Missão e da Companhia das Filhas da Caridade, Pe. Tomaž Mavrič, incentivou a viver este ano jubilar, partilhando a experiência de quatro projetos comuns: 

- A peregrinação da relíquia do coração de São Vicente de Paulo que teve início nesta quarta-feira (25/01), em Folleville, na França, e visitará todos os países onde a Família Vicentina está presente.

- A implementação de um projeto mirado a envolver todos os ramos da Família Vicentina em favor dos estrangeiros, refugiados, sem-teto e migrantes deslocados. 

- Um simpósio internacional sobre a atualidade do carisma da missão e caridade, que se realizará, em Roma, de 13 a 15 de outubro deste ano. Após o encontro a Família Vicentina será recebida pelo Papa Francisco. 

- O International Film Festival, concurso internacional focalizado na vida de São Vicente de Paulo.

(MJ)

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Formação



Dom Wilmar Santin: "Aumenta a solidariedade com os índios"

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Cidade do Vaticano (RV) – Nem sempre os povos indígenas perdem suas lutas em defesa da terra e de seus direitos. É o caso dos Munduruku, que vivem às margens do Rio Tapajós. Ali, a cerca de 300 km da sua foz no rio Amazonas, deveria ser ativada a hidrelétrica São Luiz. O projeto previa 8.040 megawatts (MW) de capacidade, gerando em média pouco mais de 4.000 MW, o que daria para abastecer uma metrópole de pelo menos 8,5 milhões de pessoas.

A hidrelétrica São Luiz do Tapajós deveria inundar mais de 200.000 hectares envolvendo unidades de conservação, comunidades ribeirinhas, áreas de colonização e terras públicas em processo de regularização fundiária. 

Naquela região se localiza a Missão São Francisco, que atua com os índios Munduruku e tem sua base no rio Cururu, primeiro afluente da margem direita do rio Tapajós. É a missão indígena católica mais antiga em atividade no Brasil, iniciada em 1910. Há mais de cem anos realiza trabalho missionário de evangelização e de proteção dos índios. Hoje, a Prelazia de Itaituba continua ao lado deles, apoiando este povo em suas lutas e defendendo seus direitos.  

O bispo, Dom Wilmar Santin, encabeça esta luta. Há anos vem denunciando a exploração deste território ribeirinho em detrimento de seus moradores originais. E uma de suas maiores preocupações era precisamente a construção da Hidrelétrica São Luiz. Em conversa com a RV, ele reconhece que a solidariedade e a sensibilidade de vários setores da população, inclusive de procuradores da justiça, tem ajudado muito esta causa.

Finalmente, em agosto do ano passado, o Ibama determinou o arquivamento do processo de licenciamento ambiental do aproveitamento hidrelétrico do rio Tapajós. “O projeto apresentado e seu respectivo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) não possuem o conteúdo necessário para análise de viabilidade socioambiental, tendo sido extrapolado o prazo, previsto na resolução Conama 237/1997, para apresentação das complementações exigidas pelo Ibama”, indicou ela na decisão.

De acordo com o Ministério Público Federal no Pará, a Eletrobras, responsável pelo empreendimento, não cumpriu a obrigação de corrigir uma série de lacunas graves nos estudos e o Ibama entendeu que não existe mais prazo para que os problemas sejam resolvidos. “A usina alagaria território indígena Munduruku e obrigaria remoção de aldeias, o que é proibido pela Constituição, mas também por falhas nos estudos de impacto ambiental”.  

Os Munduruku, com razão, comemoraram a vitória e prometem prosseguir na luta contra as outras usinas no rio Tapajós.

(CM/WS)

 

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Dom Dulcênio: bem formados, leigos se encantam por Cristo e sua Igreja

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” continua com a participação do bispo da Diocese de Palmeira dos Índios, Dom Dulcênio Fontes de Matos. 

Na edição passada, Dom Dulcênio trouxe-nos um pouco da caminhada desta Igreja particular alagoana na esteira do Concílio ecumênico Vaticano II, apontando aquilo que considera ser o maior desafio para a aplicação do Concílio, destacou-nos a dificuldade encontrada no campo do ecumenismo.

Aproveitamos as considerações do nosso convidado a este respeito para saber dele quais são as intuições e desafios conciliares aos quais, a seu ver, seria oportuno e necessário se dar maior atenção.

O bispo de Palmeira dos Índios defende a necessidade de um trabalho ecumênico com mais afinco. Afirma-nos que, por outro lado, “não podemos perder de vista a questão da formação” dos leigos, ressaltando que o Concílio nos impulsiona nessa direção.

“Às vezes, preocupados evidentemente com a formação dos nossos padres, não estamos formando suficientemente nossos leigos”, constata. “Quanto mais formamos nossos leigos, mais eles se interessam e se encantam por Jesus Cristo, e se encantando por Ele se encantam também pela Sua Igreja”, afirma. Vamos ouvir (vamos ouvir).

(RL)

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Atualidades



Voluntária polonesa é assassinada na Bolívia

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Cidade do Vaticano (RV) - Uma voluntária polonesa foi morta durante um ataque a uma creche em Cochabamba, na Bolívia, na terça-feira (24/01). 

Helena Kmieć foi esfaqueada e não resistiu aos ferimentos.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Polônia, a polícia boliviana deteve alguns suspeitos.

Padre Adam Ziolkowski, diretor do grupo de voluntariado que havia recebido Helena, disse à Rádio Vaticano que o ataque aconteceu na manhã de terça-feira em um centro administrado por religiosas polonesas.

“Ela tentou se defender e foi esfaqueada diversas vezes nas mãos, braços e peito”, relatou Ziolkowski.

O religioso disse ainda que os gritos da vítima acordaram outros voluntários, afugentando os bandidos.

Ziolkowski também relatou que a polícia afirma que Helena foi vítima de um assalto que não deu certo: “Ela estava no lugar errado na hora errada”.

(rb)

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Opus Dei, "alegres com esperança": vídeo de Dom Ocáriz

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Cidade do Vaticano (RV) – O novo bispo responsável mundial do Opus Dei afirma que os jovens, a família, a luta contra a pobreza e os doentes são os desafios da Prelazia, ou seja, “os mesmos que os cristãos de hoje encontram”. 

Cristãos como o Espírito Santo: um vento impetuoso

Em vídeo, Dom Fernando Ocáriz, que se sente sereno e tranquilo com a nomeação, lembrou a missa do Espírito Santo celebrada antes da eleição e evocou as palavras de Santo Escrivá de Balaguer: assim como em Pentecostes, “nós cristãos, devemos ser um ‘vento impetuoso’, positivos e transmissores do Evangelho”.

O congresso eletivo do Opus Dei começou segunda-feira (21/01) e no mesmo dia, Dom Fernando Ocáriz foi nomeado e apresentado ao Papa Francisco, que “assinou a nomeação imediatamente”.

Com parecer favorável dos membros do congresso, o bispo Prelado nomeou como Vigário-geral da Obra Dom Mariano Fazio. O novo Vigário, argentino, será o seu principal colaborador no governo ordinário e central da Prelazia.

Quem é o novo Prelado

Fernando Ocáriz nasceu em Paris em 27 de outubro de 1944, filho de uma família espanhola exilada na França pela Guerra Civil (1936-1939) e é o mais novo de oito irmãos. Conforme anunciado no site da Obra, a entrada solene de Dom Fernando Ocáriz na igreja de Santa Maria da Paz, em Roma, sede da Prelazia, será sexta-feira (27/01).

No mundo, mais de 92 mil e 600 pessoas pertencem ao Opus Dei: 2083 são sacerdotes, e aproximadamente 57% são mulheres.

O Opus Dei é uma uma Prelazia pessoal da Igreja Católica com o dever de contribuir na missão evangelizadora, especialmente difundindo uma profunda consciência do chamado universal à santidade e do valor santificante do trabalho comum. A Obra foi fundada por São Josemaría Escrivá em 2 de outubro de 1928. Sua proposta formativa, teológica, espiritual e apostólica passa por retiros, aulas de formação, círculos sobre temas de vida cristã e acompanhamento espiritual pessoal.

(CM)

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