Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
RedaÇão +390669883895 e-mail: brasil@vatiradio.va

Sumario del 28/01/2017

Papa e Santa Sé

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa aos membros de Vida Consagrada: fidelidade à vocação

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre concluiu suas atividades, na manhã deste sábado (28/01), no Vaticano, recebendo na Sala Clementina, cerca de 100 participantes na Plenária da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. 

Em seu pronunciamento, o Papa expressou sua satisfação em receber os membros da Congregação que, nestes dias, em sua plenária, refletiram sobre o tema da “fidelidade e dos abandonos”:

“O tema que escolheram é importante. Podemos dizer que, neste momento, a fidelidade é colocada à prova: é o que demonstram as estatísticas que examinaram. Encontramo-nos diante de certa "hemorragia" que enfraquece a vida consagrada e a própria vida da Igreja. Os abandonos na vida consagrada nos preocupam muito. É verdade que alguns a deixam por um gesto de coerência, porque reconhecem, depois de um sério discernimento, que nunca teve vocação; outros, com o passar do tempo, faltam de fidelidade, muitas vezes a apenas alguns anos da sua profissão perpétua”.

Aqui, o Papa perguntou: o que aconteceu? Como vocês destacaram no seu encontro, são muitos os fatores que condicionam a fidelidade nesse tempo de mudança de época em que se torna difícil assumir compromissos sérios e definitivos. Neste sentido, Francisco destacou alguns desses fatores:

“O primeiro fator que não ajuda a manter a fidelidade é o contexto social e cultural em que vivemos. De fato, vivemos imersos na chamada “cultura do fragmento”, do  “provisório”, que pode levar a viver "à la carte" e ser escravo da moda. Esta cultura leva à necessidade de se manter sempre abertas as "portas laterais" para outras possibilidades, alimenta o consumismo e esquece a beleza de uma vida simples e austera, provocando muitas vezes um grande vazio existencial”.

Vivemos em uma sociedade onde as regras econômicas substituem as leis morais, ditam e impõem seus próprios sistemas de referência em detrimento dos valores da vida; uma sociedade onde a ditadura do dinheiro e do lucro defende sua visão de existência. Em tal situação, disse o Pontífice, é preciso primeiro deixar-se evangelizar e, depois, comprometer-se com a evangelização. Assim, apresentou outros fatores ao contexto sócio-cultural:

“Um deles é o mundo da juventude, um mundo complexo, rico e desafiador. Não faltam jovens generosos, solidários e comprometidos em nível religioso e social; jovens que buscam uma vida espiritual, que têm fome de algo diferente do que o mundo oferece. Mas, mesmo entre esses jovens, há muitas vítimas da lógica do mundanismo, como a busca do sucesso a qualquer preço, o dinheiro e o prazer fáceis”.

Essa lógica, advertiu o Papa, atrai muitos jovens, mas nosso compromisso é estar ao lado deles para contagiá-los com a alegria do Evangelho e de pertença a Cristo. Essa cultura deve ser evangelizada. Aqui, indicou um terceiro fator condicionante, que vem da própria vida consagrada, onde, além de uma grande santidade não faltam situações de contra testemunho que tornam difícil a fidelidade:

“Tais situações, entre outras, são: a rotina, o cansaço, o peso de gestão das estruturas, as divisões internas, a sede de poder... Se a vida consagrada quiser manter a sua missão profética e o seu encanto, continuando a ser escola de lealdade para os próximos e os distantes, deverá manter o frescor e a novidade da centralidade de Jesus, a atração pela espiritualidade e da força da missão, mostrar a beleza do seguimento de Cristo e irradiar esperança e alegria”.

Outro aspecto ao qual a vida consagrada deverá prestar especial atenção é a “vida fraterna comunitária”, que deve ser alimentada pela oração comum, a leitura da palavra, a participação ativa nos sacramentos da Eucaristia e da Reconciliação, o diálogo fraterno, a comunicação sincera entre os seus membros, a correção fraterna, a misericórdia para com o irmão ou a irmã que peca, a partilha das responsabilidades. A seguir, o Santo Padre recordou a importância da vocação:

“A vocação, como a própria fé, é um tesouro que trazemos em vasos de barro, que nunca deve ser roubado ou perder a sua beleza. A vocação é um dom que recebemos do Senhor, que fixou seu olhar sobre nós e nos amou, chamando-nos a segui-lo mediante a vida consagrada, como também uma responsabilidade para quem a recebeu”.  

Falando de lealdade e de abandono, disse ainda Francisco, “devemos dar muita importância ao acompanhamento. A vida consagrada deve investir na preparação de assistentes qualificados para este ministério. E concluiu dizendo que “muitas vocações se perdem por falta de bons líderes. Todas as pessoas consagradas precisam ser acompanhados em nível humano, espiritual e profissional. Aqui entra o discernimento que exige muita sensibilidade espiritual. (MT)

inizio pagina

Papa Francisco expressa apoio a Marcha pela vida nos EUA

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco deu seu “caloroso” apoio à Marcha pela vida realizada esta sexta-feira (27/01) em Washington, da qual participaram milhares de pessoas. O evento é organizado no aniversário da sentença da Corte Suprema que em 1973 legalizou o aborto. 

Numa mensagem assinada pelo secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, e enviada ao núncio apostólico nos EUA, Dom Christoph Pierre, o Santo Padre afirma:

“O valor de uma vida humana é tão grande e é tão inalienável o direito à vida da criança inocente que cresce no seio de sua mãe, que de modo algum é possível apresentar como um direito sobre o próprio corpo a possibilidade de tomar decisões em relação a tal vida, que é um fim em si mesma e que jamais pode ser objeto de domínio por parte de outro ser humano.”

O Pontífice espera “que este evento, em que muitos cidadãos estadunidenses se manifestam em favor dos mais indefesos de nossos irmãos e irmãs, possa contribuir para uma mobilização das consciências em defesa do direito à vida e para medidas eficazes a fim de garantir a sua adequada proteção jurídica”. (RL)

inizio pagina

Card. Parolin em Madagáscar pelos 50 anos de relações diplomáticas

◊  

Antananarivo (RV) - O secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, encontra-se na África, onde visitará a República de Madagáscar, por ocasião dos 50 anos das relações diplomáticas do país do oceano Índico com a Santa Sé, e a República do Congo, para a assinatura do Acordo Quadro sobre as relações entre a Igreja católica e o Estado do centro-oeste da África. A viagem durará onze dias e está prevista uma breve etapa em Nairóbi, no Quênia.

Na noite de quinta para sexta-feira (26 e 27 de janeiro), o purpurado chegou ao aeroporto de Antananarivo – capital de Madagáscar. Aguardava-o o núncio apostólico, Dom Paolo Gualtieri, o premier Oliver Solonandrasana Mahafali, acompanhado de muitos ministros, todos os bispos da Conferência episcopal malgaxe, e muitos fiéis, que do lado de fora do aeroporto entoavam cantos tradicionais de boas-vindas.

Na manhã de sexta-feira, o Cardeal Parolin foi recebido em audiência pelo Presidente da República, Hery Martial Rajaonarimanampianina, o qual expressou grande reconhecimento pela visita, recordando as boas relações entre a Santa Sé e Madagáscar, as quais foram reforçadas cada vez mais ao longo destes 50 anos.

O mandatário recordou a visita feita ao Papa Francisco em junho de 2014 e expressou sua mais sincera gratidão por tudo que a Igreja católica faz no país, sobretudo com seus centros educacionais, de saúde e caritativos.

Hery Martial reconheceu o papel importante que a Igreja realiza com suas instituições, contribuindo para o desenvolvimento social de todos os cidadãos, os quais não somente devem ser preparados para o futuro, mas educados segundo os valores tradicionais como fiéis, para dar uma estabilidade moral, espiritual e econômica a toda a República malgaxe.

Ao mesmo tempo, assegurou sua atenção pessoal a fim de que as forças da ordem vigilem com mais circunspeção pela incolumidade das instituições cristãs, que nos últimos tempos têm sofrido muitos furtos por obra de desconhecidos.

Igualmente, manifestou sua firme rejeição à violência terrorista perpetrada por extremistas religiosos e fez votos de um contínuo diálogo com os prelados para colaborar nos âmbitos comuns.

Por último, auspiciou que a celebração do cinquentenário das relações diplomáticas sirva para tornar sempre mais estreitos e fortes os laços com a Santa Sé e que se trabalhe a fim de se chegar a estabelecer, mediante um Acordo Quadro, uma mais profunda colaboração.

Por sua vez, o Cardeal Parolin quis transmitir a afetuosa saudação do Papa Francisco, que é muito amado em Madagáscar, sobretudo entre os jovens, e expressou sua profunda gratidão pelo acolhimento, extraordinariamente caloroso, que lhe foi reservado.

Tendo recordado o motivo da visita, manifestou a disponibilidade da Santa Sé a querer continuar essa profícua colaboração para tutelar, mediante as instituições da Igreja católica, os direitos dos mais frágeis e a assistência necessária a todas as pessoas, em particular, aos mais pobres e marginalizados.

O purpurado fez votos de que através da Igreja local malgaxe se possa contribuir para o bem-estar espiritual e social dos cidadãos. Auspiciou que sua visita seja ocasião de um avanço positivo para as boas relações existentes entre Madagáscar e a Santa Sé, para se alcançar um acordo que assegure às instituições católicas da Igreja seu pleno reconhecimento jurídico.

Ainda na sexta-feira, na sede do Primeiro-ministro teve lugar uma cerimônia na qual o Cardeal Parolin  foi condecorado com a alta honorificência de Grande Oficial da Ordem Nacional de Madagáscar. (RL)

inizio pagina

Formação



Editorial: Faróis na escuridão do mundo

◊  

Cidade do Vaticano (RV) – Romper a espiral das notícias negativas, dando espaço à lógica da boa notícia. Uma das exortações que o Papa Francisco faz na sua Mensagem para o 51º Dia Mundial das Comunicações Sociais que será celebrado no dia 28 de maio, Ascensão do Senhor. O tema é “Comunicar esperança e confiança no nosso tempo”. O documento foi publicado na última terça-feira, 24 de janeiro, Festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas, e exorta os comunicadores a serem “canais vivos” do Evangelho da “Boa Notícia”, Notícia que ilumina também as situações mais dramáticas da história. 

Lendo o texto podemos notar que Francisco encoraja uma comunicação “construtiva” que rejeite os preconceitos e favoreça a “cultura do encontro”. Assim os comunicadores poderão romper aquele “circulo vicioso” da angústia que se fixa nas “notícias ruins”.

O Papa recorda que todos os dias são “moídas” tantas informações. Cabe então, aos comunicadores, aos jornalistas “oferecer um pão perfumado e bom àqueles que se alimentam dos frutos da sua comunicação”.

Comentando a mensagem o Prefeito da Secretaria para a Comunicação do Vaticano, Mons. Dario Edoardo Viganò, disse que “romper a espiral de uma comunicação negativa, que leva também ao anestesiamento da consciência, significa que a história é feita de cinza, de preto às vezes, mas que mantém sempre espirais que se abrem num horizonte de esperança, de proximidade. É isso que somos chamados a fazer: procurar fazer de modo que o mal jamais seja o protagonista vencedor”.

Francisco sublinha com força que é preciso deter a “espiral de medo”, fruto do costume de fixar a atenção nas notícias ruins. Certamente não se trata de promover a desinformação na qual seria ignorado o drama do sofrimento, e muito menos de cair em um otimismo ingênuo que não se “deixa tocar pelo escândalo do mal”. Ao invés, o Papa pede para ultrapassar o sentimento de descontentamento e resignação.

Em um sistema de comunicação onde vale cada vez mais a lógica que uma boa notícia não interessa, e, portanto, não é uma notícia, podemos ser tentados de anestesiar a consciência ou de escorregar no desespero. Assim, muitas vezes o drama da dor e o mistério do mal “são facilmente espetacularizados”.

O Pontífice na sua Mensagem propõe então a busca de um estilo comunicativo aberto e criativo, que não esteja disposto a conceder ao mal um papel de protagonista, mas sim que procure colocar em evidência as possíveis soluções, inspirando uma abordagem propositiva e responsável nas pessoas às quais se comunica a notícia.

Brota assim um apelo a todos os comunicadores para que ofereçam à humanidade do nosso tempo “narrações marcadas pela lógica da boa notícia”.  A realidade não há um significado unívoco. Tudo, de fato, depende do olhar com o qual é captada pelos óculos que nós escolhemos olhá-la. Quais são então os óculos certos para contar a realidade? Para os cristãos, responde Francisco, os óculos adequados são os da Boa Notícia por excelência: o Evangelho de Jesus.

Temos uma esperança fundada na boa notícia que é Jesus. Para Francisco, esta esperança não pode deixar de moldar também o nosso modo de comunicar, com a persuasão de que é possível enxergar e iluminar a boa notícia presente na realidade de cada história e no rosto de cada pessoa. Quem se deixa conduzir pela Boa Notícia ilumina caminhos e abre novas sendas de confiança e esperança. Este é o chamado a todos os comunicadores para que sejam faróis na escuridão do mundo. (Silvonei José)

inizio pagina

Reflexão dominical: Discurso da Montanha - Bem-aventuranças

◊  

idade do Vaticano (RV) - «A liturgia deste domingo nos apresenta, para nossa reflexão, o tema da humildade. Na primeira leitura, o Profeta Sofonias nos recomenda a humildade para encontrarmos refúgio no Senhor e para a prática da justiça. Isto porque o humilde é pobre, sem poder e sem riqueza. Sua confiança está apenas no Senhor e não nos bens terrrenos e nem na ação maléfica para garantir a estabilidade.

 

 
No contexto da liturgia de hoje, o conceito de pobre deixa de ser maldição e passa a ser bênção. O rico está de tal modo fascinado pelo conforto e segurança que o dinheiro traz, que se esquece de que tudo deve estar subordinado à justiça, à ética emanada da Lei de Deus, a Lei do Amor. O pobre, pelo contrário, confia plenamente no Senhor, em sua Providência, vivendo a justiça dos filhos de Deus, que nos torna irmãos de todos os homens.

No Evangelho, Jesus aprofunda o conceito de pobre e acrescenta pobres em espírito, ou seja, é bem-aventurado aquele que desapegado dos bens deste mundo, desapega-se também de atitudes nada fraternas como a arrogância, o poder opressor, e se compromete na construção de uma sociedade alicerçada na partilha de todos os bens, materiais ou não, e na fraternidade de seus pensamentos e ações.

Jesus declara bem-aventurado um mundo novo, de acordo com os planos do Pai. Ele quer salvar aqueles que ainda vivem no mundo antigo, corrompido, onde os únicos valores são riqueza, poder e glória. Jesus nos propõe desapego dos bens materiais, serviço e humildade. Esses são os valores da nova sociedade, vividos por aqueles que desejam construir o Reino de Deus. Nela todos serão felizes e não apenas um pequeno grupo de privilegiados.

Quando o Senhor fez seu sermão do alto da montanha, olhou em sua volta e encontrou a imensa  multidão de sofredores, injustiçados, cansados, sobrecarregados com todos os tipos de fardos que podemos imaginar. São Paulo, em sua Carta aos Coríntios, mostra um espelho aos seus seguidores e comenta que sua comunidade é formada por fracos, desprezados, pessoas sem importância e valor. Esses foram os escolhidos por Deus para manifestar, neles, o carinho de sua glória. É a nova sociedade, onde Deus impera com sua justiça de amor.

Caríssimos irmãos, como somos nós? Como está nossa paróquia, nossa associação religiosa? Vivemos essa nova sociedade promulgada por Jesus, do alto da montanha, onde o pobre, o pecador são acolhidos com carinho e humildade de nossa parte, ou nossa vida cristã mostra exatamente o contrário do que Nosso Senhor ensinou?

Que o projeto de Jesus, para uma nova sociedade, esteja presente não apenas em nossa vida eclesial, mas também em nossa casa, em nosso trabalho profissional, em tudo onde estivermos atuando. Bem-aventurados aqueles que abrem mão de seus conceitos e verdades, para seguir integralmente os ensinamentos do Senhor!»

(Reflexão do Padre Cesar Augusto dos Santos para o IV Domingo do Tempo Comum)

inizio pagina

Atualidades



A semana do Papa em imagens - 08

◊  

Cidade do Vaticano (RV) - A agenda do Papa é repleta de compromissos e a Rádio Vaticano leva os mais importantes até você. Confira em imagens como foi a semana de Francisco de 22 a 27 de janeiro.

inizio pagina