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Sumario del 30/01/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: A maior força da Igreja está nas pequenas igrejas perseguidas

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Cidade do Vaticano (RV) – A maior força da Igreja hoje está nas pequenas Igrejas perseguidas. Foi o que disse o Papa na missa celebrada na manhã desta segunda-feira (30/01) na Casa Santa Marta. A homilia do Pontífice foi dedicada aos mártires. 

“Sem memória não há esperança”, afirmou o Papa comentando a Carta aos Hebreus, na qual se exorta a recordar toda a história do povo do Senhor. Antes de tudo, uma “memória de docilidade”, “a memória da docilidade de tantas pessoas, começando por Abrãao que, obediente, saiu de sua terra sem saber onde ia. Em especial, no 11º capítulo da primeira leitura, se fala de outras duas memórias. A memoria dos grandes gestos do Senhor, realizado por Gedeão, Barac, Sansão, Davi “tantas pessoas – disse o Papa – que fizeram grandes gestos na história de Israel”.

A mídia não fala dos mártires de hoje

E depois há um terceiro grupo do qual fazer memória, a “memória dos mártires”: “os que sofreram e deram a vida como Jesus”, que “foram lapidados, torturados, mortos na espada”. De fato, a Igreja é “este povo de Deus”, “pecador, mas dócil”, “que faz grandes coisas e testemunha também Jesus Cristo até o martírio”:

“Os mártires são aqueles que levam avante a Igreja, são os que a amparam, que a ampararam no passado e a ampararam hoje. E hoje existem mais mártires do que nos primeiros séculos. A mídia não fala porque não faz notícia, mas muitos cristãos no mundo hoje são bem-aventurados porque perseguidos, insultados, presos. Há muitos nas prisões, somente por carregar uma cruz ou por confessar Jesus Cristo! Esta è a gloria da Igreja e o nosso amparo e também a nossa humilhação: nós que temos tudo, tudo parece fácil para nós e se nos falta alguma coisa reclamamos... Mas pensemos nesses irmãos e irmãs que hoje, num número maior do que nos primeiros séculos, sofrem o martírio!”. 

“Não me esqueço”, prosseguiu Francisco, “o testemunho daquele sacerdote e daquela religiosa na catedral de Tirana: anos e anos de prisão, trabalho forçado e humilhação”, para os quais não existiam os direitos humanos.

A força da Igreja são as pequenas Igrejas perseguidas

O Papa recordou que a maior força da Igreja hoje está nas “pequenas Igrejas perseguidas”:

“Também nós, é verdade e também justo, ficamos satisfeitos quando vemos uma ação eclesial grande, que teve muito sucesso, os cristãos que se manifestam. Isso é bonito! Esta é a força? Sim, é força, mas a força maior da Igreja hoje está nas pequenas Igrejas, pequeninas, com pouca gente, Igrejas perseguidas, com os seus bispos no cárcere. Esta é a nossa glória hoje. Esta é a nossa glória e a nossa força hoje.”

Sangue dos mártires é semente de cristãos

“Ousaria dizer: Uma Igreja sem mártires é uma Igreja sem Jesus”, afirmou e na conclusão o Papa convidou a rezar “pelos nossos mártires que sofrem muito”, “por aquelas Igrejas que não são livres de se expressar”. “Elas são a nossa esperança”. O Papa recordou que nos primeiros séculos da Igreja um antigo escritor dizia: “O sangue dos cristãos, o sangue dos mártires, é semente dos cristãos.”

“Eles com o seu martírio, o seu testemunho, com o seu sofrimento, doando a vida, oferecendo a vida, semeiam cristãos para o futuro e em outras Igrejas. Ofereçamos esta missa pelos nossos mártires, por aqueles que agora sofrem, pelas Igrejas que sofrem, que não têm liberdade, e agradeçamos ao Senhor por Ele estar presente com a força de seu Espírito nesses nossos irmãos e irmãs que hoje dão testemunho D'Ele.”

(BF/MJ)

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Atentado Québec: Papa condena violência geradora de sofrimento

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Cidade do Vaticano (RV) – Ao menos seis pessoas morreram e oito ficaram feridas domingo (30/01) num atentado contra uma mesquita em Quebec, no Canadá. Dois  homens encapuzados atiraram contra frequentadores do templo islâmico horas depois de o premiê canadense declarar que vai receber refugiados rejeitados pelos EUA. 

O Papa Francisco recebeu a notícia e enviou um telegrama à Arquidiocese de Québec, manifestando seu pesar.

“Sua Santidade confia à misericórdia de Deus as pessoas que perderam a vida e se associa à oração e à dor de seus entes queridos. Expressa sua profunda solidariedade aos feridos e seus familiares, assim como a todas as pessoas que contribuíram nas operações de socorro, pedindo ao Senhor que lhes conforte e console neste momento de provação. O Santo Padre condena firmemente a violência que gera tanto sofrimento e implora de Deus o dom do respeito mútuo e da paz, invocando sobre as famílias e todas as pessoas tocadas por este drama, assim como para todos os cidadãos da cidade, as bênçãos do Senhor” – diz o texto.

O Cardeal em visita a Roma

Enquanto o telegrama foi enviado à Arquidiocese, o Papa teve a oportunidade de saudar pessoalmente o arcebispo metropolita de Québec, Gérald Cyprien LaCroix que participou da missa matutina presidida na Capela Santa Marta.

Francisco ressaltou a importância de neste momento, permanecer todos unidos na oração, cristãos e muçulmanos.

Em visita a Roma, o Cardeal partiu imediatamente para o Canadá.

Entretanto, também o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso recebeu com tristeza e indignação a notícia do atentado contra os muçulmanos em oração em um local de culto e emitiu uma nota a respeito.

“Com este gesto insensato foram violados a sacralidade da vida humana e o respeito devido a uma comunidade em oração e ao lugar de culto que a acolhia. O Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso condena firmemente este ato de excepcional violência e deseja que chegue aos muçulmanos do Canadá a sua plena solidariedade, assegurando sua fervorosa oração pelas vítimas e suas famílias”. 

(CM)

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Papa recebe crianças no Angelus: mensagem e balões pela paz

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Cidade do Vaticano (RV) – Depois da oração mariana do Angelus deste domingo (29), o Papa Francisco fez a tradicional saudação aos cerca de 25 mil fiéis e peregrinos da Itália e de outros países que estavam na Praça São Pedro, entre eles, três mil jovens da Ação Católica de Roma pela Caravana da Paz. Dois deles foram recebidos por Francisco, num clima de alegria e brincadeira, e podiam ser vistos da janela do seu escritório. 

“Como vocês podem ver, chegaram os invasores, eles estão aqui”, disse Francisco que os acolheu no apartamento pontifício. Cristiana, de 9 anos, acompanhou seu colega Francisco, de 13 anos, que foi quem leu a mensagem dirigida ao Papa, explicando aos presentes as atividades desenvolvidas pela associação diocesana durante o mês da Paz.

O Papa foi quem deu o sinal para que, da Praça, fossem soltos balões coloridos simbolizando a paz. Há 37 anos, todo último domingo de janeiro a Caravana da Paz percorre as ruas do centro de Roma e chega até a Praça São Pedro. Neste ano, o percurso foi sendo colorido e animado por personagens do circo e estudantes dos 4 aos 14 anos, professores e familiares provenientes de 60 paróquias romanas num grande testemunho de paz.

A caravana deste ano ainda teve um valor todo especial por comemorar os 150 anos da Ação Católica, um testemunho que “juntos se pode construir uma convivência de paz”. O aniversário, que será celebrado no dia 29 de abril juntamente com o Pontífice, foi lembrado na mensagem lida ao Papa como “uma história sempre à serviço da Igreja”.

O pequeno Francisco, da janela do escritório pontifício, frisou palavras do próprio Papa ao dizer que “a alegria de um sorriso é um passo em direção à paz, é um sinal de não-violência. Como no circo”, prossegue o texto, “queremos acolher embaixo da nossa lona todos os jovens que não têm as mesmas oportunidades que nós e que vivem com tantas dificuldades, para doar a eles a alegria e a segurança da grande família que é a nossa Igreja”.

A responsável nacional da Ação Católica, Teresa Borrelli, comentou que o grande grupo já garantiu novos empenhos: “continuar sendo amigos de Jesus, ser construtores da paz e cercar o mundo de alegria. (Avvenire/AC)

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Papa e a preocupação pós-terremotos: mais respostas concretas às famílias

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Cidade do Vaticano (RV) – A região central da Itália voltou a tremer no final de semana e o Papa Francisco, durante o Angelus de domingo (29), dirigiu-se novamente às famílias atingidas pelos terremotos e pelo excepcional período de frio e chuvas do inverno europeu. 

“Que não falte a esses nossos irmãos e irmãs o constante apoio das instituições e a solidariedade comum. E, por favor, que qualquer tipo de burocracia não os faça esperar e sofrer mais”, disse o Papa depois da oração mariana do Angelus.

O prefeito da cidade de Amatrice, Sergio Pirozzi, ao comentar as palavras de proximidade e encorajamento de Francisco disse que releu  várias vezes a mensagem do Pontífice. E acrescentou: o Papa “tocou temas que compartilho, são palavras que pronuncio há meses. É muita burocracia que faz sofrer a minha comunidade e que, a humildade, como a caridade, é uma virtude essencial para a convivência nas comunidades. Eu já disse que tem muita gente agarrada às coisas. Não percebem o quanto têm sorte, porque estão vivos. Sou contra essa gente e contra quem instrumentaliza a dor da minha comunidade”, finalizou o prefeito Pirozzi.

No último domingo (29), depois do sismo de magnitude 3,8 na escala Richter com epicentro registrado próximo a Amatrice às 6h10 (horário italiano), caiu mais uma parede da igreja de Santo Agostinho que já estava quase totalmente destruída pelos terremotos que atingiram a região nos últimos meses. Felizmente, com o novo tremor, não foram registrados outros desabamentos significativos e nem pessoas envolvidas.

Segundo dados da Proteção Civil da Itália, até agora são mais de 14.800 pessoas atendidas depois dos terremotos de 24 de agosto, 26 e 30 de outubro de 2016 e de 18 de janeiro deste ano. Mais de 10 mil estão sendo hospedadas em hotéis e em diferentes regiões, enquanto que cerca de 500 pessoas estão sendo acomodadas nas suas próprias cidades através de containers ou motorhomes, e mais de 2500 pessoas estão alojadas em ginásios de esportes. (Ansa/AC)

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Bispos dos Bálcãs em visita 'ad Limina': maior desafio é a reconciliação

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência na manhã desta segunda-feira (30/01) no Vaticano, em visita ‘ad Limina’, os bispos da Conferência Episcopal Internacional Santos Cirilo e Metódio (Ceicem), que reúne os prelados da Sérvia, Montenegro, Macedônia e Kosovo.

Os fluxos migratórios, a reconciliação e a situação da Igreja na região balcânica foram alguns dos temas no centro do encontro com o Pontífice.

Para nos falar sobre a importância dessa visita, a Rádio Vaticano entrevistou o bispo da Diocese de Zrenijanin – norte da Sérvia – e presidente da Ceicem, Dom Ladislav Nemét. Eis o que disse: 

Dom Ladislav Nemét:- “Sem dúvida, é uma ocasião para reforçar nossa fé e a comunhão eclesial, especialmente a comunhão com a Igreja de Roma, com o bispo de Roma, o Santo Padre Francisco.”

RV: A convivência e o diálogo são caminhos imprescindíveis na Sérvia, Montenegro, Macedônia e Kosovo – onde os católicos são uma minoria. Como tem sido esse caminho de diálogo?

Dom Ladislav Nemét:- “No que diz respeito à Sérvia, a colaboração e a relação ecumênica entre a Santa Sé e a Igreja servo-ortodoxa autocéfala é muito boa. Num nível mais baixo, ao invés, a colaboração é muito difícil. Existem contatos, mas são totalmente pessoais. Em Kosovo o diálogo inter-religioso é mais significativo, porque os católicos vivem entre os muçulmanos. Em Montenegro e na Macedônia é difícil também para a Igreja católica manter relações com a Igreja ortodoxa oficial e também a com duas Igrejas ortodoxas que estão nascendo com grande auxílio estatal.”

RV: Outra questão fundamental nesses países é a que diz respeito às migrações...

Dom Ladislav Nemét:- “A Igreja está muito presente neste setor. O problema migratório diz mais respeito à Macedônia e à Sérvia. Ultimamente, desde quando a Comunidade Europeia e a Alemanha, especialmente, insistiram por um acordo com a Turquia, o número dos migrantes diminuiu consideravelmente: hoje são centenas, dois anos atrás eram milhares por dia.”

RV: Recentemente os senhores propuseram à Santa Sé dividir a Conferência Internacional Santos Cirilo e Metódio em Conferências nacionais. Qual o motivo dessa proposta?

Dom Ladislav Nemét:- “Por causa das enormes diferenças entre estes países. Não tanto as diferenças ligadas à língua. Temos quatro países com diferentes legislações: somente na Sérvia temos o direito de dar aula de religião nas escolas do ensino básico e do ensino superior. Na Sérvia encontram-se 90% dos católicos de toda a Conferência de São Cirilo e Metódio. Quanto a Montenegro, o governo assinou um acordo geral de base com a Santa Sé. Nos outros três países, ao invés, não há entendimentos análogos. Também essa é uma grande diferença.”

RV: Recentemente, esta Conferência episcopal aprovou linhas-mestras sobre casos de abusos sexuais cometidos por representantes da Igreja...

Dom Ladislav Nemét:- “Sim, a nossa Conferência episcopal trabalhou quase um ano porque na Macedônia, em Montenegro, Kosovo e na Sérvia a legislação sobre esta matéria varia de país para país. Nós preparamos um texto geral válido para toda a Conferência. Depois, acrescentamos quatro diferentes capítulos, em vigor em cada país membro da Conferência.”

RV: Quais são os desafios, as principais perspectivas para esta Conferência episcopal?

Dom Ladislav Nemét:- “Manter o espírito de colaboração entre os quatro países: independentemente do fato de termos pedido à Santa Sé a divisão da Conferência, trabalhamos juntos até que a Santa Sé nos dê uma resposta nesse sentido. A segunda prioridade é reforçar a nossa presença nessas quatro diferentes sociedades. Ainda está muito longe a reconciliação entre croatas e sérvios, entre albaneses e sérvios... Há grandes problemas e grandes desafios e podemos dar verdadeiramente uma contribuição muito positiva, inclusive segundo as intenções do Santo Padre, que faz muito pela paz no mundo.” (AL – RL)

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Cardeal Parolin em Madagáscar: colocar Bem-aventuranças em prática

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Antananarivo (RV) - Prossegue a visita do secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, à República de Madagáscar por ocasião do 50º aniversário das Relações diplomáticas entre a Santa Sé e o Estado insular africano situado no oceano Índico.

No sábado (28/01), o purpurado visitou a Universidade Católica, fundada em 1952 na capital Antananarivo. Encontravam-se presentes todos os bispos malgaxes. Em seguida, esteve na nova sede da Conferência episcopal, adjacente ao Campus Universitário, e visitou a residência para jovens universitários menos favorecidos.

O secretário de Estado vaticano saudou pessoalmente os 72 residentes, provenientes das 21 dioceses do país. Os jovens são preparados por uma equipe especializada mediante um projeto ambicioso denominado “Sesame”, que possibilita aos estudantes adquirir uma preparação mais idônea para seguir os cursos universitários e melhorar suas capacidades de aprofundamento.

Encontro com todos os bispos do país

Na parte da tarde, após o almoço oferecido pelos prelados malgaxes, na nova sede episcopal, houve um encontro com todos os bispos do país, com a participação também do bispo de Port Louis, República de Maurício, Cardeal Maurice Piat, representando a Conferência Episcopal do Oceano Índico. O Cardeal Parolin pôde assim ouvir os problemas pastorais e os desafios sociais que os prelados enfrentam todos os dias.

O purpurado evidenciou os âmbitos nos quais os bispos são chamados a testemunhar o Evangelho, num país onde a pobreza alcança cerca de 95% da população e a Igreja é chamada a defender os mais frágeis e marginalizados e a oferecer-lhes seus serviços em âmbito educacional, de saúde e social.

Reforçar diálogo inter-religioso

Na troca de opiniões que se seguiu, a difusão do Islã esteve entre os temas passados em resenha. O secretário de Estado vaticano sugeriu reforçar o diálogo inter-religioso no recíproco respeito.

No domingo (29/01), o Cardeal Parolin celebrou a santa missa no estádio “Mahamasina”, em Antananarivo, concelebrada pelo Cardeal Piat, o núncio apostólico Dom Paulo Gualtieri e todos os bispos de Madagáscar. A celebração teve a participação de cerca de 80 mil fiéis e contou com a presença do Presidente da República e das máximas autoridades do Estado e de representantes de outras religiões.

Na homilia, o Cardeal Parolin ressaltou que com Jesus a compaixão e a ternura de Deus se fazem presentes. O sermão das Bem-aventuranças, que Jesus dirige à multidão e a seus discípulos, supera as épocas históricas e os espaços dirigindo-se aos homens de todos os tempos.

Ação transformadora das Bem-aventuranças

O purpurado citou Santo Agostinho, que definia o Sermão das Bem-aventuranças o compêndio de todo o Evangelho: A Boa Nova para todos.

As Bem-aventuranças devem ser colocadas em prática para experimentar toda a sua ação transformadora, tanto a nível pessoal quanto espiritual e social, exortou. Por isso, o Papa Francisco convidou os jovens a refletir, para as próximas Jornadas Mundiais da Juventude, sobre as Bem-aventuranças.

Os compromissos, no domingo, do secretário de Estado vaticano em terras malgaxes concluíram-se com a visita ao mosteiro das religiosas Carmelitas. (RL)

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Vaticano promove encontro sobre direito humano à água

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Cidade do Vaticano 8RV) – “O direito humano à água” será o tema de um workshop no Vaticano, presidido pelo Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM).

O evento foi organizado para os dias 23 e 24 de fevereiro na Pontifícia Academia da Ciência, e reunirá 90 personalidades de todos os continentes.

Na convocação do workshop, A Pontifícia Academia afirma que é necessário prover a dispositivos legais, técnicos, sociais e políticos que permitam a formação de uma autêntica “cultura da água” no “cuidado da casa comum”.

A finalidade do encontro é gerar um espaço interdisciplinar de debate, reflexão, análise e propostas para o alcance de políticas de gestão, que assegurem a efetiva contribuição da ciência, da cultura, da política e dos avances tecnológicos em vista de uma sociedade mais justa, solidária e equitativamente desenvolvida.

Além do Card. Hummes, o Brasil será representado pelo Diretor da Fundação Amazônia Sustentável, Dr. Virgilio Vian, e pelo Presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga. No final do encontro, os participantes serão recebidos pelo Papa Francisco.

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Vaticano reúne especialistas em tráfico de órgãos

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Cidade do Vaticano (RV) – Prossegue o empenho da Pontifícia Academia das Ciências contra o tráfico de pessoas.

Na próxima semana, nos dias 7 e 8 de fevereiro, a Pontifícia promoverá em sua sede, no Vaticano, um Encontro sobre Tráfico de Órgãos e Turismo dos Transplantes

Há três décadas, a problemática do tráfico de órgãos figura na agenda da Organização Mundial da Saúde (OMS): o tema foi tratado pela primeira vez em 1987.

O tráfico de órgãos viola os princípios de justiça, equidade e respeito da dignidade humana, pois engloba não só a venda de órgãos, mas também se tornou uma forma de escravidão que explora os trabalhadores em condição de servidão, populações migrantes, refugiados e menores.

Consciente deste drama – escreve a Pontifícia Academia – o Papa Francisco colocou como um dos objetivos do seu Pontificado erradicar esta nova forma de escravidão.

A finalidade do Encontro é dimensionar o amplo alcance desta problemática (com testemunhos diretos provenientes de países com serviços de transplantes em todo o mundo); redigir uma Declaração de intenções para ser divulgada em nível mundial; e desenvolver uma aliança para comprometer as autoridades que trabalham no campo da saúde para que se proíbam o tráfico de órgãos, declarando-o uma forma de escravidão humana.

Do Brasil, participam Dr. Mário Abbud-Filho, Diretor da Fundação Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto, SP; e o Dr. José Medina Pestana, Professor titular e Chefe do setor de transplante renal da Universidade Federal de São Paulo.

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Ícone da Mãe de Misericórdia será coroado e exposto no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) - O ícone da “Virgem Maria Mãe de Misericórdia”, que os pobres e os voluntários da Pequena Casa da Misericórdia de Gela – sul da Itália – quiseram como homenagem a Nossa Senhora pela graça do Ano Jubilar da Misericórdia, será coroado e exposto à veneração pública na Basílica de São Pedro, no Vaticano.

O ícone representa a Virgem Maria mostrando Jesus, misericórdia do Pai, e o avental sinal identificativo do serviço do Cristo e de misericórdia para com o próximo. Desde 13 de novembro de 2016 – data do encerramento diocesano do Jubileu da Misericórdia – o ícone é venerado no altar principal da Igreja de Santo Agostinho em Gela, Centro de espiritualidade nacional da Misericórdia, refeitório e dormitório dos pobres.

Ícone exposto na missa de 2 de fevereiro, presidida pelo Papa

Conduzidos pelo vigário geral da Diocese de Piazza Armerina, Pe. Antonino Rivoli, cem fiéis da cidade siciliana chegarão a Roma na próxima quarta-feira (01/02) com alguns pobres e voluntários da Pequena Casa da Misericórdia para participar da audiência geral do Papa e da celebração eucarística na Basílica Vaticana presidida pelo Cardeal Angelo Comastri. Durante a missa se terá o rito de coroação do Ícone Sagrado.

Na quinta-feira, 2 de fevereiro, festa da Apresentação do Senhor, o Papa Francisco presidirá à solene celebração eucarística com a presença do Ícone Sagrado.

Maria, mestra de misericórdia e caridade

“Temos a honra de o Departamento das Celebrações Litúrgicas do Santo Padre ter escolhido, para a ocasião do Dia Mundial da Vida Consagrada, nosso Ícone Sagrado que será exposto na Capela Papal”, disse o diretor do Centro de Espiritualidade, Pe. Pasqualino di Dio.

“Mais uma vez Maria torna-se para a nossa cidade fonte de consolação e de segura esperança, Maria é a misericordiosa, como rezamos na antiga antífona da Salve-Rainha; Ela recebeu a Misericórdia feita carne e se deixou conduzir por Ele a servir a anciã e cansada prima Isabel, que certamente jamais pôde restituir o gesto de caridade e os três meses de permanência de Maria na casa de Zacarias. Maria nos ensina que a caridade deve ser silenciosa, discreta, desinteressada, sem esperar nada em troca”, acrescentou Pe. Pasqualino.

5 de fevereiro, retorno a Gela

No domingo, 5 de fevereiro, o Ícone Sagrado retornará à Sicília chegando a Gela às 17h30 locais, onde será acolhido na Igreja de São Francisco de Paula. Vai se realizar uma breve procissão e se terá na Igreja de Santo Agostino, onde o ícone será recolocado, a missa de ação de graças presidida pelo bispo de Piazza Armerina, Dom Rosario Gisana. (RL)

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Igreja no Brasil



Dom Jacinto Flach: a crise brasileira

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Cidade do Vaticano (RV) – O Brasil continua vivendo uma profunda crise social, política e econômica. Após o impeachment da presidente Dilma Rousseff, no último mês de agosto, o país está enfrentando uma série de tensões em todos os níveis. O Presidente Temer decidiu lutar contra a recessão com uma política de austeridade que não encontra o consenso popular.

A Rádio Vaticano conversou com o Bispo de Criciúma, Dom Jacinto Inácio Flach, que visitou nos dias passados a Rádio Vaticano, sobre a situação atual brasileira. (SP) 

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Igreja no Mundo



Portugal: Semana da Vida Consagrada a serviço da vida

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Lisboa (RV) - Está em andamento, em Portugal, a Semana da Vida Consagrada sobre o tema “Consagrados a serviço da vida”. 

No documento de apresentação do evento, a Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal, promotora da iniciativa junto com a Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, e a Federação Nacional dos Institutos Seculares, pede para que a semana seja vivida nas dioceses e paróquias, nas comunidades cristãs e religiosas, e em todos os lugares eclesiásticos do país.

Segundo a Agência Sir, espera-se que a iniciativa seja fecunda e proporcione ocasiões de oração, encontros e reflexão, pessoal, familiar e comunitária, “valorizando e promovendo o conhecimento e a abertura das comunidades cristãs a essa dimensão essencial da ação e missão da Igreja constituída pela vida consagrada”. 

O texto da Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal convida todos os cristãos a “agradecerem a Deus por este dom, pela sua presença na Igreja e no mundo, sobretudo nas áreas de fronteira”. 

O ápice da Semana da Vida Consagrada está previsto para 2 de fevereiro próximo, com a comemoração do 21º Dia Mundial da Vida Consagrada. 

(MJ)

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Dom Sako: política discriminadora de acolhimento prejudica cristãos

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Roma (RV) - “A opção do Presidente dos EUA, Donald Trump, de manter uma via preferencial aberta para a entrada de deslocados cristãos nos EUA, enquanto fecha as portas aos cidadãos não cristãos de 7 países majoritariamente muçulmanos, é uma armadilha para os cristãos do Oriente Médio”, disse o Patriarca de Babilônia dos Caldeus, no Iraque, Dom Louis Raphaël I Sako, segundo a Agência Fides.

“Toda política de acolhimento que discrimina aqueles que são perseguidos e sofrem, com base na religião, prejudica os cristãos do Oriente, pois fornece argumentos a toda propaganda e preconceitos que atacam as comunidades cristãs autóctones do Oriente Médio como ‘corpos estranhos’, grupos mantidos e defendidos pelas potências ocidentais”, frisou o Patriarca.

Segundo o Primaz da Igreja Caldeia, essas escolhas discriminadoras criam e alimentam tensões com os muçulmanos.

“As pessoas que sofrem e pedem ajuda não precisam ser divididas baseadas em etiquetas religiosas. Não queremos privilégios. É o que o Evangelho nos ensina e nos mostrou também o Papa Francisco, que acolheu, no Vaticano, refugiados do Oriente Médio cristãos e muçulmanos, sem fazer distinções”, concluiu Dom Louis.

(MJ)
 

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Formação



Dom Dulcênio: "Amoris laetitia" tem ajudado na evangelização das famílias

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro semanal “O Brasil na Missão Continental” continua estes dias com a participação de Dom Dulcênio Fontes de Matos, bispo da Diocese de Palmeira dos Índios. 

Sede desta diocese do agreste de Alagoas, Palmeira dos Índios é a quarta maior cidade do estado, dista 136 Km da capital Maceió e está situada no sopé das serras do Candará, Boa Vista e Goíti, sendo banhada pelos rios Coruripe e Traipu.

À frente desta circunscrição eclesiástica desde setembro de 2006, Dom Dulcênio continua apresentando-nos um pouco da realidade eclesial desta Igreja particular. Após ter-nos já descrito esta diocese como sendo “eminentemente missionária” e ter-nos na edição passada falado da ação evangelizadora, na edição de hoje ressalta a realização de um trabalho extraordinário de evangelização das famílias, especialmente com a preciosa contribuição da “Amoris laetitia”, Exortação apostólica do Papa Francisco sobre o amor na família.

Mais em geral, Dom Dulcênio fala-nos de uma formação constante, o que tem sido feito em todos os setores da diocese, oferecendo, por exemplo, 1 ano, 2 anos de formação aos catequistas.

O bispo de Palmeira dos Índios observa ainda que não só os leigos estão recebendo esta formação: “temos procurado alargá-la às religiosas, ao clero”, afirma.

Aqui a nossa diocese é um celeiro de vocações, graças a Deus as vocações surgem e temos muita preocupação com esta questão também da formação destes, ressalta.

As considerações de Dom Dulcênio partem da pergunta que a ele fizemos se havia na diocese Escola de Teologia para os Leigos. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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Diretor da Unaids alerta jovens: Aids não é coisa do passado

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Cidade do Vaticano (RV) - “A cura, provavelmente, virá antes de uma vacina”, afirmou o Diretor Adjunto da Agência das Nações Unidas para a Aids, Unaids, o médico brasileiro Luiz Loures, um dos pioneiros no tratamento da Aids no Brasil.

O diretor insiste que os avanços científicos não bastam para acabar com a epidemia: é preciso levar o teste a todos. Ele alerta ainda para o alto índice de recorrência de infecções entre os jovens: “a Aids não é coisa do passado”. 

Luiz Loures: “A cura provavelmente vai vir antes de uma vacina e, hoje, uma pessoa que trata, tem uma expectativa de vida normal, tem uma inserção social, familiar e pessoal normal. Cada vez mais temos disponibilidade de tecnologias, de tratamentos, que vão ter um impacto muito grande na qualidade da vida da pessoa tratada. O que está se tornando uma realidade hoje? Ao invés de uma pessoa com hiv tomar uma droga todos os dias, num futuro muito próximo eu espero que seja um injeção a cada três meses, sem ter essa parte que incomoda mais do tratamento que é a adesão diária às drogas. Então, existe progresso e eu tenho uma expectativa muito positiva que vamos chegar à cura. Somente a ciência não resolve: a questão central hoje é garantir que todos, independente de onde eles vivem, tenham acesso sem discriminação a essa ciência”.

RV: Muitos adolescentes de hoje pensam que a Aids é coisa do passado...

Luiz Loures: “Não é! Apesar de termos as ferramentas para tratar e para levar essa epidemia ao fim, ainda não acabou. O que nós observamos no mundo é que existe uma tendência de recorrência da Aids principalmente entre pessoas mais jovens. Isso está claramente a esta percepção que Aids não é importante: uma baixa da guarda, uma baixa do ponto de vista da prevenção em relação ao hiv. Este talvez seja o desafio mais importante hoje: o que eu chamo de ‘fechar a lacuna de geração’. Minha geração viu uma epidemia que a geração mais jovem não vê, felizmente, mais. Mas a consequência disso é que existe também uma percepção incorreta de que a Aids já acabou. Vamos acabar! Mas para isso precisamos sem duvida de um engajamento total da população mais jovem em prevenção, tratamento e teste, principalmente! O chamado principal para um jovem hoje: faça o teste. É muito importante conhecer o seu estado. Se negativo, que se mantenha negativo, continue tomando as vias de prevenção, se positivo, vai ter uma via normal, com o tratamento disponível, mas faça o teste: isso ajuda muito a uma tomada de posição do jovem em relação à epidemia da Aids”.

Pastoral da Aids

A Pastoral da Aids no Brasil atua há 14 anos e hoje está presente em quase todo território. O bispo de Goiás, Dom Eugênio Rixem, referencial da Pastoral no país, reitera a preocupação com o aumento da infecção entre os jovens.

“A gente percebe que está aumentando, apesar de todo o trabalho, principalmente na juventude. Já temos grupos trabalhando nesta área em mais da metade das 275 dioceses dos Brasil. Geralmente, são pequenos grupos, mas que fazem um trabalho muito bonito, de preservação, seguindo e respeitando os valores da nossa Igreja, mas também levando as pessoas a se conscientizar sobre o perigo desta infecção”. 

(rb)

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