Noticiário da Rádio Vaticano Noticiário da Rádio Vaticano
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Sumario del 31/01/2017

Papa e Santa Sé

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa: "Não tenhamos medo de encontrar o olhar de Jesus sobre nós"

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Cidade do Vaticano (RV) - As leituras do dia nesta 4ª semana no Tempo Comum inspiraram o Papa Francisco na homilia da missa matutina de terça-feira (31/01), na Casa Santa Marta. 

Dirigindo-se aos participantes, o Pontífice iniciou recordando que a Carta aos Hebreus nos exorta a correr na fé com “perseverança, mantendo o olhar fixo em Jesus”. Já no 5º capítulo Evangelho de Marcos, “é Jesus que nos olha e percebe que estamos ali. Ele nos está próximo, está sempre no meio da multidão”, explicou o Papa.

“Não está com os guardas que fazem escolta, para que ninguém o toque. Não, não! Ele fica ali, comprimido entre as pessoas. E toda vez que Jesus saia, tinha mais gente. Especialistas de estatísticas poderiam até ter noticiado: “Cai a popularidade do Rabí Jesus”... Mas ele procurava outra coisa: procurava as pessoas. E as pessoas o procuravam. O povo tinha os olhos presos Nele e Ele tinha os olhos presos nas pessoas. “Sim, sim, no povo, na multidão”, “Não, não, em cada um!” É esta a peculiaridade do olhar de Jesus. Jesus não massifica as pessoas; Ele olha para cada um”.

Pequenas alegrias

O Evangelho de Marcos narra dois milagres: Jesus cura uma mulher que tem hemorragias há 12 anos e que, no  meio da multidão, consegue tocar sua roupa. Ele percebe que foi tocado e depois, ressuscita a filha de 12 anos de Jairo, um dos chefes da Sinagoga. Ele observa que a menina está faminta e diz aos pais que lhe deem de comer:

“O olhar de Jesus passa do grande ao pequeno. Assim olha Jesus: olha para nós, todos, mas vê cada um de nós. Olha os nossos grandes problemas, percebe as nossas grandes alegrias e vê também as nossas pequenas coisas... porque está perto. Jesus não se assusta com as grandes coisas e leva em conta também as pequenas. Assim olha Jesus”.

Se corrermos “com perseverança, mantendo fixo o olhar em Jesus” – afirma o Papa Francisco – acontecerá conosco o que aconteceu com as pessoas depois da ressurreição da filha de Jairo, que ficaram todas admiradas:

“Vou, vejo Jesus, caminho avante, fixo o olhar em Jesus e o que vejo? Que Ele tem o olhar sobre mim! E isto me faz sentir um grande estupor: é a surpresa do encontro com Jesus. Mas não tenhamos medo! Não tenhamos medo, assim como não o teve aquela senhora que foi tocar o manto de Jesus. Não tenhamos medo! Corramos neste caminho, com o olhar sempre fixo em Jesus. E teremos esta bela surpresa, que nos encherá de estupor. O próprio Jesus com os olhos fixos em mim”. 

(CM)

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Papa no Twitter: como Jesus, cuidemos uns dos outros e dos doentes

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Cidade do Vaticano (RV) – No tuíte publicado nesta terça-feira (31) na conta @Pontifex e compartilhado em nove línguas, o Papa Francisco escreve: “Imitemos a atitude de Jesus para com os doentes. Ele cuida de todos, compartilha seus sofrimentos e abre o coração à esperança”. 

Mensagem do Papa para o Dia Mundial do Enfermo

Na próxima semana, em 11 de fevereiro, a Igreja recorda Nossa Senhora de Lourdes e celebra o XXV Dia Mundial do Enfermo. Em ocasião da data, o Papa Francisco dedicou uma mensagem em que expressa a sua proximidade, feita de oração e encorajamento, a quem vive a experiência do sofrimento junto à sua família e a quem se compromete a amenizar e curar as doenças: “todos aqueles que,  nos diversos papéis e em todas as estruturas sanitárias espalhadas pelo mundo trabalham com competência, responsabilidade e dedicação” para o conforto e o bem-estar dos doentes.

O Vaticano publicou a mensagem em dezembro que traz como tema: “Admiração pelo que Deus faz: ‘o Todo-Poderoso fez em mim maravilhas” (Lc 1, 49). No texto, Francisco, junto aos doentes, profissionais da saúde e voluntários, encoraja a elevar “juntos, a nossa oração a Maria, para que a sua materna intercessão sustente e acompanhe a nossa fé e nos obtenha de Cristo, seu Filho, a esperança no caminho da cura e da saúde, o sentido da fraternidade e da responsabilidade, o compromisso pelo desenvolvimento humano integral e a alegria da gratidão sempre que Ele nos maravilha com a sua fidelidade e a sua misericórdia”.

Difundir a cultura da vida

Perante os desafios atuais em âmbito sanitário e tecnológico, o Papa reitera a inalienável dignidade de cada doente que tenha sempre uma missão na vida e nunca se transforme em mero objeto, mesmo se portador de deficiências graves. O Pontífice convida ainda a “encontrar novo impulso a fim de contribuir para a difusão de uma cultura respeitadora da vida, da saúde e do meio ambiente; encontrar um renovado impulso a fim de lutar pelo respeito da integridade e dignidade das pessoas, inclusive mediante uma abordagem correta das questões bioéticas, a tutela dos mais fracos e o cuidado pelo meio ambiente”. (AC)

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Depois de receber Paulo VI e JP II, é a vez de Francisco visitar Castelverde em Roma

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Cidade do Vaticano (RV) – A paróquia de Santa Maria Josefa do Coração de Jesus, no bairro romano de Castelverde, fora do anel viário e a cerca de 20 Km do centro da cidade, prepara-se para receber o Papa Francisco em 19 de fevereiro, um domingo. Depois de Guidonia, há duas semanas, a visita pastoral deste mês será a de número 13 do Pontífice. 

Paulo VI, JP II e agora Papa Francisco a Castelverde

Do nome “Castellaccio”, devido à presença de uma torre de um castelo antigo, o bairro virou oficialmente “Castelverde” a pedido do pároco, Pe. Alfredo Maria Sipione, à administração local, e depois da enfática sugestão de Papa Paulo VI em visita pastoral em 1967. De fato, em 1999, quando João Paulo II foi recebido na Igreja de Santa Maria de Loreto, a única existente na época, comentou a troca de nomes do bairro, cerca de 30 anos depois da visita do seu antecessor:

“Aquela sua passagem deixou um sinal profundo nos corações das pessoas”, disse Wojtyla sobre a visita de Papa Montini, “mas também na própria denominação do território que, até agora, era chamado de Castellaccio. O Papa, de fato, vendo a área rica de verde exclamou: ‘deveria ser chamado de Castelverde e não de Castellacio!’”.

Durante a homilia, João Paulo II também expressou satisfação com o desenvolvimento do bairro na década de 90, mas preocupação com o progresso social do qual já fazia emergir fenômenos típicos da sociedade de consumo. E, então, refletiu: “Vem sendo substituída, às vezes, uma certa superficialidade no viver a fé. Existe o risco de um recuo sobre nós mesmos sem perceber os problemas daqueles que têm menos condições. A crise da família está sendo sentida, enquanto que os jovens esperam propostas exigentes de vida para não cair numa existência medíocre e superficial”.

A visita de Papa Francisco em 19 de fevereiro em Castelverde será à igreja recente do bairro, de Santa Maria Josefa do Coração de Jesus, e não àquela visitada pelos Paulo VI e João Paulo II, a única que existia na época. (IlSismografo/AC)

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Santa Sé: em breve, "documento conjunto" sobre educação para a paz

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Cidade do Vaticano (RV) - O Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso e o Departamento para o diálogo inter-religioso e a cooperação do Conselho Mundial de Igrejas estão elaborando “um documento conjunto sobre a educação para a paz”, considerada “a urgência da matéria no contexto global de hoje”.

A notícia foi dada esta terça-feira (31/01), num comunicado conjunto, difundido pela Sala de Imprensa da Santa Sé. As duas delegações estiveram reunidas estes dias na sede do dicastério vaticano.

Ambas “expressaram seu apreço pela oportunidade de encontrar-se  poucos dias após o encerramento da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos” e pela “amistosa e frutuosa colaboração ao promover relações construtivas com os indivíduos e as comunidades que pertencem a outras tradições religiosas”, lê-se na nota.

O encontro destes dias foi norteado pela “proposta de um documento conjunto sobre a educação para a paz”, análogo a outros documentos de mesmo teor promovidos no passado.

Foi feita também uma troca de notícias e considerações sobre as respectivas atividades do ano passado e as que estão programadas. Ambas as delegações concordaram em “continuar sua colaboração”, em particular para a redação do documento conjunto sobre a educação para a paz. (Sir – RL)

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Direito humano à água será tema de encontro no Vaticano

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Cidade do Vaticano 8RV) – “O direito humano à água” será o tema de um workshop no Vaticano, presidido pelo Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM). 

O evento foi organizado para os dias 23 e 24 de fevereiro na Pontifícia Academia da Ciência, e reunirá 90 personalidades de todos os continentes.

Na convocação do workshop, A Pontifícia Academia afirma que é necessário prover a dispositivos legais, técnicos, sociais e políticos que permitam a formação de uma autêntica “cultura da água” no “cuidado da casa comum”.

A finalidade do encontro é gerar um espaço interdisciplinar de debate, reflexão, análise e propostas para o alcance de políticas de gestão, que assegurem a efetiva contribuição da ciência, da cultura, da política e dos avances tecnológicos em vista de uma sociedade mais justa, solidária e equitativamente desenvolvida.

Além do Card. Hummes, o Brasil será representado pelo Diretor da Fundação Amazônia Sustentável, Dr. Virgilio Vian, e pelo Presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga. No final do encontro, os participantes serão recebidos pelo Papa Francisco.

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Igreja na América Latina



Bispos colombianos: maturidade humana e emocional dos seminaristas

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Bogotá (RV) - A Conferência Episcopal da Colômbia (CEC) se reúne de 3 a 5 de fevereiro, em Bogotá, para refletir sobre como lidar com os casos de abusos contra menores. 

O encontro precede a 102ª Assembleia plenária da CEC que se realizará, na capital colombiana, de 6 a 10 de fevereiro. 

O coordenador do curso, Pe. Jordi Bertomeu, membro da Congregação para a Doutrina da Fé, partilhará com os bispos colombianos a missão da Igreja na tutela dos menores. 

“A Igreja colombiana está entre as mais avançadas, na América Latina, na promoção dos direitos das crianças e na prevenção de abusos perpetrados contra elas”, disse o vice-secretário da CEC, Pe. Juan Alvaro Torres Zapata.

Em particular, são três os princípios fundamentais defendidos pela CEC: “Em primeiro lugar, o direito da criança é um privilégio e tutelá-lo é uma das tarefas prioritárias da Igreja. Em segundo, no âmbito da formação sacerdotal, é preciso trabalhar muito em prol da maturidade humana e emocional daqueles que irão exercer o ministério sacerdotal”, frisou o sacerdote.

Em terceiro, destacou Pe. Zapata, “é preciso dar respostas oportunas aos casos isolados de abusos perpetrados por alguns membros do clero. A Igreja não é consensual e nem silenciosa diante desse tipo de comportamento que fere a dignidade dos menores”.  

O tema do encontro é “A formação inicial nos seminários” e terá como objetivo determinar e aprofundar as diretrizes contidas na “Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis”, documento da Congregação para a Educação Católica promulgado, em 1970, e atualizado em 1985. 

Outra finalidade “é responder com evangelização e missionariedade renovada aos desafios apresentados pelos processos de acompanhamento dos futuros pastores da Igreja colombiana”. 

O projeto será ilustrado pelo Mons. Jorge Carlos Patron Wong, Secretário para os Seminários da Congregação para o Clero. Participam da assembleia plenária cerca de 90 bispos provenientes de todo o país. 

(MJ)

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Colômbia, de crianças-soldados a construtores de paz

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Bruxelas (RV) – Nos últimos 50 anos, durante o conflito interno na Colômbia, oito milhões foram as vitimas e milhares os menores obrigados a entrar nos grupos armados. De acordo com as informações da Agência Info Salesiana, hoje na Colômbia haveria ainda entre 8 e 14 mil menores soldados. Desta realidade se falará em Bruxelas, capital da Bélgica, na próxima segunda-feira 6 de fevereiro, durante encontro organizado pela Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE), Justiça e Paz Europa e Don Bosco International.

Construtores de paz

“Colômbia, de crianças-soldados e construtores de paz” é o título do encontro que apresentará a realidade das crianças salvas pela Obra salesiana “Ciudad Don Bosco” de Medellín, que nos últimos 14 anos acompanhou mais de 2.300 ex-crianças-solados, através do programa “Construyendo sueños” (Construindo Sonhos), trabalhando pela reconstrução emotiva e psicológica delas e sua reinserção na sociedade.

Cessar-fogo

Falarão desta experiência o irmão Rafael Bejarano, Diretor da “Ciudad Don Bosco” em Medellín, José Antonio Sanmartín, Diretor das Missões Salesianas e alguns protagonistas de um documentário que será apresentado durante o encontro, “Alto el fuego” (Cessar-o-fogo), sobre o processo pessoal de reabilitação e reinserção social das crianças-soldado. O documentário, dirigido por Raul de la Fuente e realizado pelos Salesiani, apresenta durante 21 minutos as vidas de dois deles, Catalina e Manuel. (SP)

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Questão Mapuche no Chile: a palavra da Igreja

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Araucanía (RV) - As terras habitadas no Chile pelos povos indígenas Mapuches têm vivido há anos numa espiral de violência. Desde a abertura à democracia no país, em 1990, diversas organizações Mapuches no Chile recomeçaram a se mobilizar e a reivindicar o acesso e a perpetuidade às suas terras ancestrais. Hoje, o movimento luta também por mudanças constitucionais em prol dos direitos indígenas e reconhecimento por parte dos Estados de suas especificidades culturais

Em uma população de pouco mais de 18 milhões de pessoas, 604 mil se definem como Mapuches. Um terço deste povo vive ainda na região administrativa da Araucanía, considerada o coração de seu território ancestral, mas a maioria, depois da  desestruturação de seu território, no século XIX, migrou e hoje se encontra socialmente marginalizada na região metropolitana de Santiago.  

Questões a resolver

Uma Comissão presidencial instituída em julho de 2016 está trabalhando na questão do reconhecimento constitucional dos indígenas e sua representação no Parlamento. Entre as propostas da Comissão, estão também a criação de um registro nacional das vítimas da violência, a garantia de um ressarcimento, o financiamento para o desenvolvimento econômico Mapuche e a resolução do problema da aquisição de suas terras para restituí-las aos indígenas.

O pacote de propostas foi feito depois que nas semanas passadas, nas áreas rurais da região, se verificaram mais de uma dezena de atentados incendiários contra caminhões de empresas florestais e armazéns por parte de desconhecidos que, em alguns casos, deixaram manifestos com reivindicações do movimento Mapuche.

“Não se trata de falta do estado de direito, mas de falta de respeito e de violação dos direitos humanos de uma população. É o próprio Estado que viola os direitos indígenas”, declara à Agência Fides Padre Bresciani, missionário jesuíta que vive no vilarejo de Tirúa, região do conflito. “Aqui tudo funciona, as pessoas vivem normalmente, semeiam, colhem, trabalham”, continua o jesuíta. “Os que falam de ausência do estado de direito jamais viveram aqui. Não estamos em guerra”.

O Conselho permanente da Conferência Episcopal Chilena (Cech) emitiu nos últimos dias uma nota do Presidente, Dom Santiago Silva Retamales, fazendo votos que o trabalho da Comissão presidencial “se traduza em propostas e decisões públicas com a urgência necessária, pois a região, dominada há anos por conflitos e violências, e com ela, o povo Mapuche, não podem sofrer “novos atrasos no caminho do encontro, da justiça, da reparação e da paz”.

O Conselho agradece especialmente ao bispo de Temuco, Dom Héctor Vargas, coordenador da Comissão e redator do relatório com as propostas, entregue à Presidente da República, Michelle Bachelet.

Segundo Dom Héctor Vargas, “a região está ferida e fragmentada, e vive uma gradual deterioração da problemática”. O bispo exorta a colocar fim à violência “antes que o ódio nos consume….se quisermos desarmar as mãos, devemos antes desarmar os corações”.

(CM)

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Igreja no Mundo



Rev. Tveit: diante da brutalidade, família humana deve permanecer unida

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Genebra (RV) - “Diante desta brutalidade, a família humana, todas as pessoas de fé e de boa vontade, devem estar juntas e emprenhar-se a respeitar e a cuidar um do outro, a proteger-se reciprocamente e prevenir  toda e qualquer violência.”

Com essas palavras, o secretário do Conselho Mundial de Igrejas, Rev. Olav Fykse Tveit, lança um apelo à unidade do gênero humano diante do mal do terrorismo, um dia após o terrível ataque à Grande Mesquita em Québec, no Canadá.

“Há uma ferocidade particular toda vez que se atacam pessoas num lugar de culto”, escreve Tveit num comunicado difundido para expressar a solidariedade de todas as Igrejas cristãs do mundo “àqueles que estão em luto ou ficaram feridos neste ataque chocante”.

E acrescenta: “O princípio da liberdade de religião e de credo para todas as pessoas deve ser afirmado e protegido no Canadá, e no mundo inteiro, como uma responsabilidade ética e jurídica fundamental dos governos”.

“Em nosso mundo de hoje, todo recurso à violência em nome da religião ou motivado pela religião é absolutamente inaceitável e perigoso”, afirma. (Sir – RL)

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Tawadros II: espero que o Papa Francisco visite o Egito

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Roma (RV) - “Espero sinceramente que o Papa Francisco venha visitar o nosso Egito.”

Este foi o convite do Patriarca da Igreja copta-ortodoxa de Alexandria, Tawadros II, durante uma entrevista concedida à agência italiana Sir.

Um profundo laço espiritual une os dois líderes religiosos. O patriarca recordou que logo depois do atentado perpetrado em 11 de dezembro passado, contra a catedral copta, que matou 25 fiéis, no Cairo, o Papa Francisco telefonou a ele para manifestar seus sentimentos de pesar e solidariedade a todos os cristãos no Egito, e os apoiar com suas palavras de amor e fé. 

“O Papa Francisco é um homem impelido pelo Espírito divino. Encontrei-me com Sua Santidade em 10 de maio de 2013, no Vaticano, e naquele dia senti que Ele é meu irmão abençoado, que nos sustenta com sua oração. Podemos tirar proveito de sua experiência espiritual e seus ensinamentos”, disse Tawadros II, sublinhando que a Igreja copta-ortodoxa acompanha as atividades e as visitas realizadas pelo pontífice. 

“Damos glórias a Deus por ele ser um bom pastor que serve fielmente e com honestidade a sua Igreja”, concluiu o patriarca copta-ortodoxo.

(MJ)

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Igreja queniana recebe relíquias de Dom Bosco, fundador dos Salesianos

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Nairóbi (RV) - Esta terça-feira, 31 de janeiro, a Igreja recorda o fundador da Família Salesiana, São João Bosco. O Santo originário da região italiana do Piemonte é festejado em vários países, entre os quais o Quênia, onde quatro mil fiéis acolheram em Nairóbi, capital do país africano, as relíquias de Dom Bosco. 

Educar os jovens com razão, religião e amabilidade

Os restos sagrados – basicamente fragmentos ósseos da mão e do braço direito de Dom Bosco – foram oficialmente trasladados, em procissão, do “Instituto Utume Dom Bosco” ao “Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora” da capital queniana.

A celebração foi presidida pelo núncio apostólico no país, Dom Charles Daniel Balvo que, em sua homilia, expressou “grande admiração” pela Família Salesiana”, sobretudo pelo trabalho prestado em favor das crianças e dos jovens, baseado nos “princípios da razão, da religião e da amabilidade”, cerne do método educacional chamado “preventivo” idealizado por Dom Bosco.

Tutelar inocência das crianças

“Como São João Bosco, também nós somos chamados a seguir as pegadas de Jesus que deu a sua vida pela humanidade”, exortou o núncio apostólico. Em seguida, recordando a importância de tutelar a inocência das crianças, Dom Balvo ressaltou que “trair a confiança que elas têm nos adultos é um grave pecado aos olhos de Deus”.

Mostrar misericórdia uns com os outros

Encontravam-se presentes na celebração os bispos da Conferência Episcopal do Quênia, o reitor-mor dos Salesianos, Pe. Angel Fernández Artime, as Irmãs de Maria Auxiliadora, outra Congregação fundada por Dom Bosco, centenas de religiosos e religiosas provenientes de vários Institutos do país, os jovens, alunos e estudantes das escolas de Dom Bosco, e milhares de outros fiéis católicos.

Por sua vez, o bispo de Homa Bay e presidente dos bispos quenianos, Dom Philip Anyolo, exortou os cristãos a mostrar misericórdia uns para com os outros, seguindo o exemplo de Dom Bosco.

Promover a paz

Ademais, em vista das eleições gerais marcadas para 8 de agosto, o prelado recordou a importância de promover a paz:

“Neste ano eleitoral queremos que as pessoas dialoguem entre si, sobretudo os políticos. E desejamos que tal diálogo seja levado adiante não com uma linguagem violenta, que destrói a nossa identidade, mas com palavras que possam construir a nação e relançar a paz.”

As palavras do presidente dos bispos quenianos foram endossadas pelo reitor do Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora – que de agora em diante custodiará as relíquias de Dom Bosco –, Pe.  Abel Njeru, o qual confiou o processo eleitoral à intercessão do Santo italiano.

Uma peregrinação por 130 países

Custodiadas numa estátua de cera representando o fundador dos Salesianos e contidas numa teca de vidro, as relíquias fizeram uma longa peregrinação pelos cinco continentes, passando por 130 países, de 2009 a 2015. Tratou-se de datas significativas: a primeira comemorou o sesquicentenário de fundação dos Salesianos, a segunda celebrou o bicentenário do nascimento de Dom Bosco. (RL)

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Formação



REPAM leva a Laudato sì à Prelazia de Lábrea (AM)

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Lábrea (RV) - A 850 km de Manaus, a Prelazia Territorial de Lábrea é uma circunscrição eclesiástica inserida em pleno bioma amazônico, no interior do estado do Amazonas. Foi lá que a Rede Eclesial Pan-amazônica, REPAM, promoveu de 27 a 29 de janeiro um Seminário de reflexão e propostas sobre a Carta Encíclica Laudato sì, do Papa Francisco. A Repam tem realizado Seminários como este em todos os Regionais da Amazônia, tecendo redes e estabelecendo relações, visando a transformação da realidade.

Além da realidade eclesiástica, o Seminário envolveu também vários setores da sociedade civil, como ONG’s, escolas, e os governos municipal, estadual e federal, com a finalidade de construir sinais de esperança em relação ao meio ambiente e a preservação da Casa Comum. Questões como o desmatamento desenfreado, a contaminação dos rios, a pesca predatória e a caça, que afetam diretamente os povos ribeirinhos e as populações indígenas, famílias e comunidades em geral, foram abordadas nos debates.

O encontro terminou com uma Carta-compromisso que se empenha em trabalhar com a formação, especialmente de crianças e jovens, para melhor afrontar esta realidade que tem agredido a dignidade dos povos locais.

Orly Côco é o Coordenador de Pastoral da Prelazia de Lábrea. Ele conversou com a Irmã Osnilda Lima, assessora de imprensa da Repam, que nos repassou a entrevista. Ouça: 

Leia a íntegra da Carta-compromisso aqui:

Carta Compromisso dos Participantes do Seminário da Rede Eclesial Pan-Amazônica da Prelazia de Lábrea (AM)

Reunidos(as) em Lábrea, às margens do rio Purus, nós, Povos da Floresta, 110 participantes do Seminário promovido pele Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), nos dias 27 a 29 de janeiro de 2017, apresentamos algumas de nossas forças, desafios, clamores, iniciativas e conquistas observados e vivenciados em nossa Amazônia gorakaraho (Casa Comum - na língua Paumari) refletidos à luz dos ensinamentos da Encíclica Laudato Sí do Papa Francisco.

Nosso modo de ser em nossa aiko (Casa Comum na língua Apurinã) herdado de nossos antepassados tem sido impactado negativamente desde a chegada dos colonizadores que nos impuseram outros valores baseados nas relações de poder e dominação. Desde então, os desafios são muitos. Insistimos e acreditamos numa vivência harmoniosa e de inter-relação entre todos os Povos da Floresta e das cidades sem destruir a nossa gorakaraho. Entretanto, percebemos que acirram-se os conflitos socioambientais que fomentam perseguições, ameaças e até morte de nossas lideranças locais, resultado da omissão estratégica do Estado, da pressão do agronegócio, da grilagem de terras e do roubo e pilhagem de madeiras, inclusive castanheira, colocando a nossa região como uma das campeãs do acelerado desmatamento da Amazônia.

Destacamos a diversidade de experiências de convivência entre as diversas culturas e etnias dos Povos da Floresta com os povos das cidades que nos fazem sentir seguros(as) e protegidos(as) em nossa gorakaraho de onde retiramos o alimento para sustentar nossas famílias e garantir uma qualidade de vida que permite às nossas gerações viver longos anos. Mas, esta vivência encontra-se ameaçada. Em todos os cantos da floresta tem chegado gente com sangue nas mãos espalhando violência e expondo nossos jovens a condições de vulnerabilidade social tais como drogas, exploração sexual, trabalho análogo ao escravo e servidão doméstica. Gente que, em nome do “progresso“ não reconhece nossos direitos à terra, nossas reservas, territórios, rios e florestas. Gente que vem de longe e saqueia nossos recursos deixando para trás um rastro de morte e destruição. Gente que não reconhece nossa história, identidade e cultura, não respeita nossas lideranças e nossa forma de organização social e política e quer nos “ensinar“ seus valores e seu modo capitalista de sociedade. Gente que não acredita na sustentabilidade do extrativismo animal e vegetal baseado nas relações de respeito e interdependência em nossa casa comum garantindo vida em abundância à nossa geração e às gerações futuras.

No contexto nacional assusta-nos os recorrentes cortes de recursos que atingem instituições importantes como o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodivesidade – ICMBio e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA. Bem como o ataque às nossas entidades representativas com a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, com a finalidade de investigar, incriminar e enfraquecer a atuação do Conselho Indigenista Missionário – CIMI, da Fundação Nacional do Índio – FUNAI e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA, pelo simples fato de posicionarem-se em defesa dos direitos dos Povos da Floresta. Isso apenas confirma que “o governo não quer dar nada para o índio, mas quer tudo do índio” (José Inácio Apurinã – liderança da Terra Indígena Caititu).

No contexto regional, preocupa-nos os processos de migrações forçadas para as cidades da Amazônia prevalecendo o direito de migrar sem a garantia do direito de permanecer na floresta somando com os processos de urbanização acelerada e não planejada das nossas cidades marcadas pela precariedade dos serviços públicos (saúde, educação, segurança pública, transporte, dentre outros), pela violência, superlotação dos presídios, desemprego, fome e miséria, fruto do descaso dos governos municipais.

No contexto local lutamos para garantir o direito à educação, saúde e acesso aos bens e serviços públicos historicamente negados aos povos dessa imensa região onde já se respira a fumaça das grandes queimadas e se inala o veneno dos agrotóxicos pulverizados indiscriminadamente sobre nossa gorakaraho contaminando nosso Purus e seus afluentes rios Ituxi, Curequeté, Seruini, Siriquiqui, Punicici, Sepatini e Pauini.

Preocupa-nos as condições desumanas a que são submetidos os Povos Indígenas e Ribeirinhos forçados a viver em condições precárias nas periferias desassistidas das cidades, submetidos até mesmo à convivência com lixão à céu aberto que contamina suas águas, peixes e roçados, espalhando doenças e desestruturando sua convivência. Um verdadeiro atentado contra suas vidas e uma violação aos direitos humanos.

Diante de tudo isso, clamamos e gritamos reafirmando “que o Purus é nosso! É casa comum de todos nós. Pródigo, nos brinda no dia a dia, as riquezas de suas entranhas com nome de tambaqui, pirarucu, filhote, tucunaré, mandi, sardinha, matrinxã e mil espécies mais, de rico sabor, base de nosso quotidiano sustento” (Dom Florentino Zabalza Itury).

Por fim, motivados(as) pelas provocações deste seminário e novamente iluminados(as) pelos ensinamentos da Laudato Sí, assumimos o compromisso de:

1) Tecer novas redes em nossas localidades com nossas comunidades e instituições, como nos propõe a REPAM através de comitês locais;

2) Lutar para garantir uma educação para sustentabilidade, diferenciada e de qualidade voltada para as demandas de nossa realidade indígena e ribeirinha, provocando as instituições de ensino para que ofereçam cursos que venham ao encontro de nossas demandas locais, formando gente nossa para atuar na educação de nossos povos;

3) Desenvolver projetos sociais de educação ambiental, buscando alternativas com possibilidade de gerar renda, tais como artesanato com utilização de produtos não madeireiros e reaproveitamento de madeira, dentre outros;

4) Promover espaços permanentes de formação e informação que nos ajudem a retomar, reafirmar e ampliar nossas práticas ambientais sustentáveis como modelo possível de sociedade baseada nos valores do bem-viver em nossa gorakaraho, nossa aiko;

5) Manter e ampliar o permanente diálogo entre indígenas e ribeirinhos garantindo uma aliança para a proteção de nossos territórios, cuidando de nossa Amazônia, como nossa floresta, nossa gorakaraho, nossa aiko;

6) Continuar alarmando os governos com relação ao roubo indiscriminado de nossos recursos naturais em nossas fronteiras;

7) Que a Carta Laudato Sí do Papa Francisco seja lida em nossas comunidades, retomada, aprofundada e amplamente divulgada e que seus ensinamentos sejam colocados em prática.

Por fim, invocamos a memória de nossos antepassados e reafirmamos que “cremos na fecundidade libertadora de tantos irmãos e irmãos que amassaram a terra com seu sangue mártir e nos acompanharam na procura da Terra Sem Males” (Dom Pedro Casaldáliga), como o testemunho de Irmã Cleuza, mártir da causa indígena em Lábrea. Chamamos todas as igrejas, instituições, organizações, comunidades e movimentos sociais para tecermos juntos uma grande teia, retirando de nosso paneiro as experiências, proposta e apoios que nos permitem seguir na luta por nossa Pachamama, para garantir vida plena e com dignidade em nossa floresta, nosso tapiri comum (casa dos ribeirinhos).

(CM/OL)

 

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Hanseníase: discriminação e exclusão social

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Goiânia (RV) - Foi celebrado no último domingo, o Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase.

Conforme disse o Papa Francisco após a oração mariana do Angelus de domingo (29/01), “esta doença, mesmo em diminuição, encontra-se ainda entre as mais temidas e atinge os mais pobres e marginalizados. É importante lutar contra esta enfermidade, mas também contra as discriminações que ela gera”, exortou o pontífice. 

Para falar sobre a realidade dessa doença e sobre o trabalho da Associação Italiana Amigos de Raoul Follereau (Aifo), no Brasil, nós contatamos, em Goiânia, Stefano Simone, coordenador da associação “Brasil, saúde e ação” criada pela Aifo, em 2013. 

Stefano nasceu em Pistoia, na Itália, e mora no Brasil há 10 anos. 

(MJ)

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Atualidades



Corredores humanitários: mais um grupo de sírios chega a Roma

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Roma (RV) – Na manhã de segunda-feira (30/01) chegaram ao aeroporto romano de Fiumicino, provenientes do Líbano, 41 refugiados sírios beneficiados com o projeto Corredores Humanitários, promovido pela Comunidade de Santo Egídio, a Federação das Igrejas Evangélicas Italianas (Fcei) e a Mesa Valdense, com o Estado italiano. O projeto, totalmente autofinanciado, favorece a integração e garante a segurança de quem chega e de quem acolhe. 

Com este sexto grupo desembarcado, o total de refugiados de Homms, Aleppo e Damasco é de 450 pessoas, um terço das quais, menores, todas em condições de vulnerabilidade’, recebidas e encaminhadas a uma vida estável, com escolarização para as crianças e inserção no mercado do trabalho para os adultos.   

Para o presidente de Santo Egídio, Marco Impagliazzo, o sistema, ‘fruto de uma sinergia entre as instituições e a sociedade civil, mostra que a integração é possível na Itália e na Europa’. Depois de um ano desta experiência, ele se diz convencido de que ‘é tempo de construir pontes e não levantar muros’.

O presidente da Fcei, Luca Maria Negro, insistiu no valor ecumênico do projeto: “Cristãos de confissões diferentes se encontram para trabalhar juntos: isto significa que é um modelo exportável. O próximo país pode ser a França. Nossa esperança é que outros países sejam o exemplo”.

(CM)

 

 

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Bispos asiáticos pedem cultura renovada de respeito pela criação

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Mumbai (RV) - “As mulheres e mais os pobres são as primeiras vítimas das mudanças climáticas. Nós somos administradores e não donos da criação. Temos a obrigação moral de protegê-la e preservá-la”. A declaração é do Cardeal Oswald Gracias, Arcebispo de Mumbai e Presidente da Federação das Conferências Episcopais da Ásia (FABC), durante o encontro organizado nos últimos dias em Mumbai pela FABC intitulado “Mudanças climáticas: o impacto em grupos vulneráveis e a perspectiva das mulheres”. 

Participaram do evento 45 delegados e especialistas provenientes de Bangladesh, Nepal e Índia.

A conferência teve o objetivo de contribuir na reflexão e na compreensão sobre o fenômeno das mudanças climáticas e seu impacto em grupos mais vulneráveis. Foi uma oportunidade para a compartilha e a discussão sobre programas existentes e boas práticas a ser atuadas para enfrentar as mudanças climáticas, explorando as possibilidades de desenvolvimento de uma nova visão para responder coletivamente, com um plano comum de ação regional.

O Card. Gracias recordou que todos os homens têm um papel no combate às mudanças climáticas: um problema global, com graves implicações ambientais, sociais, econômicas e políticas, que representa um dos principais desafios que a humanidade deve enfrentar nos dias de hoje.

O mundo desenvolvido continua a ser o principal responsável pelas emissões de gás carbônico, que contribuíram para o aquecimento global. Ao mesmo tempo, os países em desenvolvimento e as economias emergentes (inclusive os países do Sul da Ásia) continuam contribuindo com as emissões de gás carbônico, por causa de suas fortes exigências de desenvolvimento”, explicou o bispo Allwyn D'Silva, secretário executivo do Escritório para o desenvolvimento humano na FABC. “Urge que todas as nações compreendam que o clima é um bem comum, que pertence a todos e é destinado a todos. Toda a humanidade é chamada a reconhecer a necessidade de mudanças no estilo de vida, na produção e no consumo, para combater o aquecimento ou pelo menos as causas humanas que o agravam”, observou Deepika Singh, coordenador do Escritório para mudanças climáticas da FABC.

A tarefa fundamental da Igreja na Ásia é “chamar todos os batizados, e cada ser humano, à conversão radical, a abandonar o consumo excessivo e optar por um estilo de vida mais sustentável, em prol de uma cultura renovada de respeito pela criação, simplicidade e sobriedade, esperança e alegria”, acrescentou o bispo Jacob Barnabas, presidente do Conselho para as mulheres na Conferência Episcopal Indiana. As comunidades católicas, sobre este ponto, “guiadas pelos ensinamentos sociais da Igreja, devem promover estratégias e programas como tecnologias verdes, produção agrícola biológica e sustentável, consumo responsável, reciclagem, contribuindo assim para a justiça entre gerações”, disse ele.

Para agir contra as mudanças climáticas, “ é necessário um sentimento de solidariedade e uma orientação fundamental para o bem comum, que podem ser alcançados através de um processo educacional permanente de reflexão-ação”, disse Wendy Louis, secretário executivo do Departamento FABC para leigos e família. Por isso, os Bispos asiáticos continuarão operando no campo da reflexão e ação. (CM-Fides)

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