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Sumario del 02/02/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja na América Latina

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: tentação da sobrevivência torna-nos profissionais do sagrado

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Cidade do Vaticano (RV) - “A tentação da sobrevivência faz-nos esquecer a graça, transforma-nos em profissionais do sagrado, mas não pais, mães ou irmãos da esperança, que fomos chamados a profetizar”, disse o Papa Francisco na missa com os religiosos celebrada na Basílica Vaticana na tarde desta quinta-feira (02/02), festa da Apresentação do Senhor, 21º Dia Mundial da Vida Consagrada.

Francisco observou que com aquele rito de apresentação no Templo, o Senhor exteriormente cumpria as prescrições da lei, mas na realidade vinha ao encontro do seu povo fiel. Evocando a figura do Velho Simeão, que toma nos seus braços o Menino Jesus e louva a Deus, o Pontífice ressaltou que “o encontro de Deus com o seu povo desperta a alegria e renova a esperança”.

Francisco frisou ainda que o cântico de Simeão é o cântico do homem crente que, na reta final dos seus dias, pode afirmar: “É Verdade! A esperança em Deus nunca decepciona.” Na sua velhice, acrescentou, “Simeão e Ana são capazes duma nova fecundidade e dão testemunho disso mesmo cantando: a vida merece ser vivida com esperança, porque o Senhor mantém a sua promessa”.

“Somos herdeiros dos sonhos dos nossos pais, herdeiros da esperança que não decepcionou as nossas mães e os nossos pais fundadores, os nossos irmãos mais velhos. Somos herdeiros dos nossos anciãos que tiveram a coragem de sonhar; e, como eles, também nós hoje queremos cantar: Deus não engana, a esperança n'Ele não decepciona. Deus vem ao encontro do seu povo.”

Dirigindo-se aos consagrados, o Papa lembrou que “nos faz bem acolher o sonho dos nossos pais, para podermos profetizar hoje e encontrar novamente aquilo que um dia inflamou o nosso coração. Sonho o profecia juntos”, ressaltou.

A esse ponto de sua reflexão, o Santo Padre chamou a atenção para uma tentação que pode tornar a vida consagrada estéril: a tentação da sobrevivência. “Um mal que pode instalar-se pouco a pouco dentro de nós, no seio das nossas comunidades”, observou, acrescentando:

“A atitude de sobrevivência faz-nos tornar reacionários, temerosos, faz-nos fechar lenta e silenciosamente nas nossas casas e nos nossos esquemas. Faz-nos olhar para trás, para os feitos gloriosos mas passados, o que, em vez de despertar a criatividade profética nascida dos sonhos dos nossos fundadores, procura atalhos para escapar aos desafios que hoje batem às nossas portas.”

Dito isso, Francisco foi ainda mais enfático: “A psicologia da sobrevivência tira força aos nossos carismas, porque leva-nos a «domesticá-los», a pô-los «ao nosso alcance» mas privando-os da força criativa que eles inauguraram; faz com que queiramos mais proteger espaços, edifícios ou estruturas do que tornar possíveis novos processos.”

Em síntese, o Pontífice afirma que “a tentação da sobrevivência transforma em perigo, em ameaça, em tragédia aquilo que o Senhor nos dá como uma oportunidade para a missão”. Esta atitude não é própria apenas da vida consagrada, “mas nós em particular somos convidados a precaver-nos de cair nela”, advertiu o Papa.

Voltando ao Evangelho do dia, contemplando novamente a cena da Apresentação do Senhor no Templo e o cântico de louvor de Simeão e Ana, Francisco ressaltou: “Quando Maria coloca nos braços de Simeão o Filho da Promessa, o ancião começa a cantar os seus sonhos. Quando coloca Jesus no meio do seu povo, este encontra a alegria.”

“Sim, só isto nos poderá restituir a alegria e a esperança, só isto nos salvará de viver numa atitude de sobrevivência, só isto tornará fecunda a nossa vida, e manterá vivo o nosso coração: colocar Jesus precisamente onde Ele deve estar, ou seja, no meio do seu povo.”

Todos estamos conscientes da transformação multicultural que atravessamos, ninguém o põe em dúvida, observou o Pontífice, daí, “a importância de o consagrado e a consagrada estarem inseridos com Jesus na vida, no coração destas grandes transformações”.

“A missão – em conformidade com cada carisma particular – é aquela que nos lembra que fomos convidados a ser fermento desta massa concreta”, prosseguiu Francisco. Por fim, retomando o conceito pouco antes expresso, o Papa explicitou ulteriormente:

“Colocar Jesus no meio do seu povo significa ter um coração contemplativo, capaz de discernir como é que Deus caminha pelas ruas das nossas cidades, das nossas terras, dos nossos bairros. Colocar Jesus no meio do seu povo significa ocupar-se e querer ajudar a levar a cruz dos nossos irmãos. É querer tocar as chagas de Jesus nas chagas do mundo, que está ferido e anseia e pede para ressuscitar.”

Francisco concluiu com um convite e exortação aos consagrados: “Acompanhemos Jesus que vem encontrar-Se com o seu povo, estar no meio do seu povo, não no lamento ou na ansiedade de quem se esqueceu de profetizar (...), mas na paciência de quem confia no Espírito, Senhor dos sonhos e da profecia. E, assim, compartilhamos o que nos pertence: o cântico que nasce da esperança.” (RL)

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O 'vídeo do Papa' de fevereiro: "Não abandonem os pobres"

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Cidade do Vaticano (RV) - No mês de fevereiro, o Papa Francisco exorta os cristãos de todo o mundo a privilegiarem a oração pelos mais pobres e marginalizados, os deslocados e refugiados. Todo mês, é escolhido um tema que preocupa o Pontífice, em relação aos desafios da humanidade em geral. O Papa o propõe e convida as pessoas de boa vontade a rezar com ele. 

“Vivemos em cidades que constroem torres e centros comerciais e que realizam grandes negócios imobiliários, mas que abandonam uma parte de si nas margens, na periferia”, escreve o Pontífice. “Em consequência desta situação, grandes massas de população se veem excluídas e marginalizadas: sem trabalho, sem horizontes, sem vias de saída”.

Por estas pessoas, o Papa pede:

Não os abandonem. Rezem comigo por todos os que vivem na provação, sobretudo os pobres, os refugiados e os marginalizados; para que encontrem acolhimento e conforto nas nossas comunidades”.

O vídeo

“O Vídeo do Papa”, lançado em janeiro de 2016, é um projeto pioneiro da Rede Mundial de Oração – Apostolado da Oração -, que tem como protagonista o próprio Santo Padre e marca uma nova era na comunicação das intenções mensais.

 

Apostolado da Oração

O objetivo da rede é ser apóstolos na vida cotidiana, por meio de um caminho espiritual chamado “caminho do coração”, que transforma o nosso modo de ser a serviço da missão de Cristo.

A obra foi fundada em 1844, está presente em mais de 100 países e é composta por mais de 35 milhões de pessoas.

(Cm)

 

 

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Dom Di Tora: Papa pede-nos para superar muros e fechamentos

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Cidade do Vaticano (RV) - Na mensagem vídeo do Papa com as intenções de oração para o mês de fevereiro, Francisco voltou a ressaltar a urgência de acolher os refugiados e de mostrar solidariedade para com os pobres e excluídos. Em particular, o Santo Padre chamou a atenção para a marginalização que se vive sempre mais nas áreas metropolitanas. A propósito, a Rádio Vaticano ouviu o bispo auxiliar de Roma, Dom Guerino Di Tora, por muito tempo também diretor da Caritas diocesana. 

Dom Guerino Di Tora:- “O Papa exorta-nos a essa atenção particular, diria, a esta peculiaridade, que hoje devemos expressar em nossa vida cristã: o sentido de acolhimento, o sentido da proximidade; devemos fazer-nos próximos uns dos outros para saber encontrar. Muitas vezes, pela manhã por exemplo, no metrô vemos tanta gente, mas cada um fechado no próprio individualismo. Então, acolher significa, sobretudo, uma capacidade que antes de ser um fato externo, é preciso ter no próprio coração essa capacidade de relação com o outro, reconhecer o outro como pessoa, como filho de Deus.”

RV: Na mensagem vídeo, o Papa evoca, evidentemente, também uma lógica da “porta aberta” e não de muros; muros não somente entre os Estados, mas, por vezes, invisíveis que estão dentro das nossas cidades...

Dom Guerino Di Tora:- “Precedentemente ao fechamento material, existe o fechamento psicológico. O fechamento parte de dentro do coração. Se tenho desinteresse pelo outro, criarei dentro de mim um muro, uma barreira, que depois poderá expressar-se também com um desinteresse ou com um muro real. Infelizmente, vimos e ouvimos sobre esses muros de arame farpado que nações estão levantando para não acolher o outro, esquecendo provavelmente inclusive a própria história, as próprias origens. Realmente, é preciso repensar profundamente a propósito e isso deve ser feito partindo do interior, da consciência de cada um de nós, de cada cristão.”

RV: O Papa fala também de uma nova geografia do coração, da solidariedade que se oponha, ao invés, à geografia de nossas cidades; o centro, com as lojas, centros comerciais, e depois, a periferia excluída. Inclusive na lógica que, segundo Francisco, se parte propriamente das periferias...

Dom Guerino Di Tora:- “Desde o início de seu ministério, o Papa começou a falar de periferias. Todos recordamos que já no início foi a uma paróquia da periferia norte de Roma. A periferia deve representar a atenção, o recolocar a centralidade mediante uma dimensão de relação profunda com o outro para fazer de modo que possa alcançar, também socialmente, essas realidades. Há, portanto, uma profunda divisão e a devemos recompor, reconstruir não tanto geograficamente, mas por primeiro mediante a racionalidade. Penso que nessa dimensão da relação se possa mais facilmente reconstruir também essa sintonia entre periferia e centro, recordando que é da periferia, dos últimos, que parte uma realidade nova, que parte a esperança e aquele desejo de recomeçar.” (AG / RL)

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Card. Parolin na África: jovens convidam o Papa a visitar Madagascar

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Cidade do Vaticano (RV) – O secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, está em Brazzaville, capital da República do Congo, desde quarta-feira (1), para a mais nova etapa da sua viagem de 11 dias à África. O primeiro-ministro do país, Clemente Mouamba, foi quem acolheu o cardeal.

A visita celebra os 40 anos das relações diplomáticas do país com a Santa Sé que culminará com a assinatura de um Acordo-quadro de cooperação. O Card. Parolin vai celebrar uma missa de agradecimento à presença do presidente do país, Denis Sassou Nguesso, na Basílica de Santa Ana, e visitará alguns orfanatos e asilos da capital.

Antes da República do Congo, o purpurado esteve em Madagascar onde participou das cerimônias pelos 50 anos de relações diplomáticas do país com a Santa Sé. O Card. Parolin visitou o Centro Akamasoa de Pe. Pedro Opeka em Andralanitra, um bairro periférico da capital do país, Antananarivo.

O Centro acolhe cerca de 25 mil pobres e necessitados que encontram apoio material, espiritual e alimentar, além de cuidados médicos. Entre esses pobres e abandonados, há cerca de 12 mil crianças e adolescentes que recebem, com atenção e da parte dos colaboradores da entidade, uma educação cristã.

O purpurado foi recebido no Centro, onde se encontravam todos os bispos do país, num clima de festa. Com cantos e danças, os jovens quiseram expressar todo o amor e reconhecimento ao Papa Francisco e, dois deles, durante uma breve saudação ao cardeal, convidaram o Santo Padre para visitar Madagascar. (AC)

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Cardeal Ryłko: agradeço ao Santo Padre por mais este voto de confiança

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Cidade do Vaticano (RV) - O Prefeito emérito do Pontifício Conselho para os Leigos, Cardeal Stanisław Ryłko, tomará posse, nesta quinta-feira (02/02), às 18h locais, da Basílica Papal de Santa Maria Maior como novo arcipreste do templo mariano. 

O cardeal polonês, 71 anos, foi nomeado, em 28 de dezembro passado, pelo Papa Francisco e substituirá o Cardeal Santos Abril y Castelló.

Entrevistado pela Rádio Vaticano, eis o que disse:

Cardeal Ryłko: “Na Festa da Apresentação do Senhor, 2 de fevereiro, tem início o meu novo ministério como Arcipreste da Basílica Papal de Santa Maria Maior. Agradeço ao Santo Padre por mais este voto de confiança. É também uma grande responsabilidade que o Papa me confiou. Essa basílica é o santuário mariano mais antigo do Ocidente. Data da época do Concílio de Éfeso de 431 que definiu o dogma da maternidade divina de Maria. Esta basílica que há uma beleza extraordinária é a mãe de todos os santuários marianos no mundo cristão. É um monumento verdadeiro da fé e do amor de tantas gerações de cristãos pela Virgem Maria, venerada no ícone famoso da Salus Populi Romani. É uma herança espiritual imensa de 15 séculos de história que nos interpela e para a qual a nossa geração deve olhar com um grande sentido de responsabilidade. Como viver hoje essa herança preciosa? Como transmiti-la às gerações futuras? Penso que este seja o grande desafio pastoral neste momento.” 

A oração em Santa Maria Maior antes e depois de toda viagem apostólica internacional se tornou uma tradição para o Papa Francisco. Qual o significado dessas visitas a Maria?

Cardeal Ryłko: “Entre o Papa Francisco e a Virgem Salus Populi Romani venerada na Basílica de Santa Maria Maior existe um elo muito forte e profundo. Recordamos que um dia depois de sua eleição, o Papa foi a essa basílica para confiar o seu pontificado a Maria e a partir daquele momento visitou esse templo mais de 40 vezes, algumas vezes de forma privada, reservada. Mas, quando era cardeal e vinha a Roma, nunca  deixou de visitar a Salus Populi Romani. Para ele, este sempre foi um ponto fixo de sua estada a Roma e o Santo Padre deseja que essa basílica seja sempre fiel à sua vocação originária: ser um verdadeiro santuário mariano, em todos os sentidos, um lugar onde o povo de Deus possa manifestar sua  devoção viva e profunda à Mãe de Deus como ocorreu durante muitos séculos. Acredito que este seja outro desafio pastoral para o novo arcipreste da basílica.”

Quem é Maria em sua vida de fé?

Cardeal Ryłko: “É uma pergunta muito difícil! Eu sou polonês e na Polônia, aprendemos a amar Nossa Senhora em nossas famílias desde pequenos. Por isso, acolhi a nomeação do Santo Padre com grande alegria e vejo nela um privilégio poder servir Nossa Senhora Salus Populi Romani nessa linda basílica. Vejo nesta nomeação o reconhecimento do meu trabalho de 30 anos a serviço do Sucessor de Pedro, aqui em Roma. O ícone da Salus Populi Romani me acompanha desde a infância, pois uma réplica deste ícone é venerado na igreja paroquial de minha cidade natal. É uma imagem muito querida para mim! Os caminhos do Senhor são realmente imperscrutáveis. Na Polônia, são veneradas mais de 350 cópias dessa imagem e 37 delas foram premiadas com as coroas papais. Cerca de 30 santuários marianos na Polônia se uniram à Basílica de Santa Maria Maggiore como Santuário mãe. Tudo isso explica a minha alegria e meu reconhecimento profundo ao Papa Francisco por ter-me chamado ao ministério pastoral nessa basílica papal.”

(MJ)

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Igreja no Brasil



Cem mil fiéis na festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Porto Alegre

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Cidade do Vaticano (RV) – A festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Porto Alegre/RS completa nesta quinta-feira, 2 de fevereiro, 142 anos. Para celebrar o dia e venerar Maria, uma missa no início da manhã, às 7h, marcou o início das comemorações na Paróquia Nossa Senhora do Rosário. “Façamos uma prece especial por nossa cidade. Que Nossa Senhora nos mostre os caminhos para sermos homens e mulheres de paz”, disse o bispo auxiliar, Dom Leomar Brustolin. 

Após uma ameaça de chuva, milhares de fiéis caminharam em procissão, sob o sol forte do verão gaúcho, até o Santuário de Navegantes em veneração à Maria. Segundo a Brigada Militar, cerca de 100 mil pessoas percorreram o trajeto de cinco quilômetros. A imagem de Nossa Senhora dos Navegantes foi conduzida em meio a uma multidão que rezava e cantava, agradecendo e pedindo a intercessão da Mãe de Deus.

Na missa campal realizada no Santuário Nossa Senhora dos Navegantes, o arcebispo metropolitano de Porto Alegre, Dom Jaime Spengler, exortou: “Ergamos nosso olhar à Maria. Que ela possa sempre ser para nós um farol, um exemplo e uma inspiração”.

O arcebispo destacou ainda a preocupante situação da violência na cidade que “não poupa ninguém, não conhece limite e atinge, sobretudo, os jovens”. Dom Jaime observou que todos desejam “viver com os olhos erguidos, mas andamos com o olhar baixo, com medo. Pedimos que Nossa Senhora ilumine a noite escura, o mar agitado da vida, o povo da região metropolitana”, finalizou o arcebispo.

As comemorações em honra à N.S. dos Navegantes iniciaram ainda em janeiro com uma novena e seguiram com uma tarde de missas e bênçãos no Santuário nesta quinta-feira. No início da noite, o Pe. Reginaldo Manzotti celebrou uma missa para, em seguida, fazer um momento de evangelização com música para a comunidade. As atividades foram sempre acompanhadas por presbíteros, diáconos, seminaristas e autoridades. (ArquidiocesePoa/AC)

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Igreja na América Latina



Vida consagrada: “luz para o mundo, promotora de paz e reconciliação”

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Bogotá (RV) – Inspirando-se no tema “Deixemo-nos reconciliar com Deus” (2Cor 5,20) indicado pelo Episcopado colombiano, que insere a reconciliação como empenho prioritário de toda a Igreja na Colômbia para o ano de 2017, também a vida consagrada pretende viver o próximo Dia Mundial de 2 de fevereiro ressaltando a tarefa dos consagrados de ser, uma vez reconciliados, promotores de paz e de reconciliação.

O Dia Mundial da Vida Consagrada, que se celebra na festa da Apresentação do Senhor no Templo, 2 de fevereiro, “é uma ocasião para reconhecer o dom da vida consagrada e dizer que sua dedicação e seu serviço de amor à Igreja é luz para o mundo, e promove a paz e a reconciliação”, sublinhou Dom José Alejandro Castaño Arbeláez, Bispo de Cartago, Presidente da Comissão Episcopal para a Vida Consagrada.

“Os consagrados na Colômbia estiveram presentes desde a primeira evangelização - prossegue o bispo - em diferentes áreas, anunciando o Evangelho no campo da educação, saúde e trabalho com os mais pobres; com grande espírito missionário eles levaram o Evangelho a diversas populações, com a sua vida pobre, casta e obediente”. Nesta festa, somos chamados a reconhecer o dom da vida consagrada como “expressão do amor e da ternura de Deus”, exorta Dom Castaño Arbeláez que convida os consagrados a ser “promotores alegres de paz e reconciliação”. (SP)

 

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Conferência Episcopal Italiana: 10 milhões de reais pra apoiar projetos na América Latina

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Cidade do Vaticano (RV) – Mais de 60 milhões de reais serão destinados para desenvolver 119 projetos em países do Terceiro Mundo, quase 10 milhões para financiar 34 projetos na América Latina. As cifras foram divulgadas no final de janeiro pelo comitê da Conferência Episcopal Italiana para intervenções de caridade. 

Na Guatemala, por exemplo, a verba vai ser destinada para realizar uma série de encontros entre as lideranças do setor agrícola e para a formação dos mesmos, além de intercâmbios de experiências que reforcem as atividades desse segmento e da segurança alimentar da paróquia de Nossa Senhora de Guadalupe.

Entre os projetos mais interessantes em outros países, em Gana, os recursos serão investidos na instalação de uma unidade médica especializada em ortopedia e fisioterapia dentro do Centro Papa João Paulo II da diocese de Konongo-Mampong. A clínica “é particularmente importante seja pela grande densidade da população e dos mais necessitados, seja para enfrentar com agilidade os tantos acidentes que acontecem na cidade próxima de Jamasi, onde tem uma estrada com muito tráfego que liga a região de Ashanti à região norte do país”, como cita a Agência SIR.

Na República Centro-Africana, com a verba será construído um centro de cuidado psicossocial e de higiene mental na diocese de Bangui para ajudar as crianças que sofreram traumas psicológicos durante o conflito no país. Trata-se da primeira estrutura desse tipo na República Centro-Africana.

Já no Congo, através da Associação Tumaini com 10 anos de atividades em Goma, local de conflitos que causaram milhares de mortes, o projeto é dirigido à promoção social de viúvas com filhos menores. O centro irá oferecer atividades de formação de base, como alfabetização e informática; laboratórios profissionais, como corte e costura, cozinha e mecânica, para melhorar as condições de vida das famílias com a aquisição de competências de atividades que gerem renda.

Dois outros projetos também são representativos: um no Curdistão, para apoiar as populações mais afastadas e aquelas residentes em Erbil, na província de Kirkuk e na cidade de Al Kosh; e outro em Papua Nova Guiné para a construção de novos edifícios que irão ampliar o Centro Profissional de Kefano. (SIR/AC)

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Igreja no Mundo



Fátima 2017: faltam 100 dias para a chegada do Papa

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Fátima (RV) - Faltam 100 dias para a chegada do Papa Francisco a Fátima que se tornará o quarto Pontífice a visitar Portugal, depois de Paulo VI (1967), João Paulo II (1982, 1991 e 2000) e Bento XVI (2010).

A visita de Francisco em 12 e 13 de maio, no centenário das aparições, confirma a ligação do papado ao santuário português, que começa a definir-se já em 1929, com a bênção de uma imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, pelo Papa Pio XI, para a capela do Pontifício Colégio Português de Roma.

Pio XII

No pontificado seguinte, Pio XII assumiu Fátima como um acontecimento de toda a Igreja e, em 31 de outubro de 1942, consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria, em plena II Guerra Mundial; o Santuário assinala, ainda hoje, o encerramento do Ano Santo, em 13 de outubro de 1951, neste pontificado.

São João XXIII

São João XXIII visitou Fátima no dia 13 de maio de 1956, quando era ainda patriarca de Veneza, mas as viagens internacionais dos Papas modernos são uma novidade que remonta à segunda metade do século XX, com o pontificado de Paulo VI (1897-1978).

Portugal entraria na rota dessas visitas apostólicas logo na quinta viagem deste pontífice italiano, em 13 de maio de 1967, por ocasião do 50º aniversário das aparições marianas, reconhecidas pela Igreja Católica, na Cova da Iria.

Paulo VI

Segundo a Agência Ecclesia, Paulo VI quis ir pessoalmente a Fátima, como peregrino, em 13 de maio de 1967, tendo decidido que o avião que o transportou desde Roma aterrissasse a Monte Real, ficando alojado na então Diocese de Leiria (hoje Leiria-Fátima). Além da homilia da missa de 13 de maio, no 50º aniversário das Aparições, Paulo VI fez outros seis discursos.

João Paulo I esteve em Portugal como patriarca de Veneza, em julho de 1977, passando por Fátima e encontrando-se com a Irmã Lúcia.

João Paulo II

João Paulo II, que em 13 de maio de 1981 tinha sido atingido por um tiro na Praça de São Pedro, num atentado contra sua vida, foi à Cova da Iria um ano depois, agradecer publicamente a intercessão de Nossa Senhora de Fátima em sua recuperação.

Em maio de 1982, no primeiro aniversário desse atentado, Karol Wojtyla (1920-2005) foi a Fátima para "agradecer à Divina Providência neste lugar que a mãe de Deus parece ter escolhido de modo tão particular"; passou ainda por Lisboa, Vila Viçosa, Coimbra, Braga e Porto, ao longo de quatro dias (12-15 de maio), proferindo um total de 22 discursos.

O Papa polonês voltou a Portugal nove anos depois: em 10 maio de 1991, João Paulo II celebrou a missa no Estádio do Restelo e foi depois a Açores e Madeira, antes de centrar-se no Santuário de Fátima, nos dias 12 e 13 maio.

Durante quatro dias, São João Paulo II proferiu 12 discursos e enviou ainda uma carta, da Cova da Iria, aos bispos católicos da Europa, que preparavam uma assembleia especial do Sínodo dos Bispos, dedicada ao Velho Continente.

Em 12 e 13 maio do ano 2.000, já com a saúde debilitada, João Paulo II regressou a Portugal, para presidir à beatificação dos pastorzinhos Francisco e Jacinta Marto; proferiu um discurso na chegada, no aeroporto internacional de Lisboa, a homilia na missa de 13 de maio e uma saudação aos doentes reunidos na Cova da Iria.

Na mesma ocasião anunciou a publicação da terceira parte do chamado “Segredo de Fátima”.

Bento XVI

Bento XVI visitou Portugal de 11 a 14 de maio de 2010, para assinalar o décimo aniversário da beatificação de Francisco e Jacinta Marto, com passagens por Lisboa, Fátima e Porto.

Em 2017, a visita de Francisco se centraliza na Cova da Iria, onde em 13 de maio de 2013 o então cardeal-patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo, consagrou o pontificado do Papa argentino à Virgem Maria.

(MJ/Agência Ecclesia)

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Música e Igreja: há 50 anos da Instrução Musicam Sacram

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Roma (RV) - “Música e Igreja: culto e cultura há 50 anos da Instrução Musicam Sacram.” 

Este é tema do encontro que o Pontifício Conselho para a Cultura promove de 2 a 4 de março próximo, em Roma, no Centro de Congressos Augustinianum, junto com o Pontifício Ateneu Santo Anselmo, o Pontifício Instituto Litúrgico e o Pontifício Instituto de Música Sacra. 

Segundo a Agência Sir, “o objetivo do evento é estimular uma reflexão profunda no campo musical, litúrgico, teológico e fenomenológico que possa ser uma proposta positiva por um culto cristão, expressão de louvor a Deus e prazeroso de ouvir na diversidade de modelos culturais.”

Dentre as finalidades: refletir sobre o interesse atual por um fenômeno musical, sempre presente na história da Igreja, avaliar a mudança paradigmática na concepção da música eclesial 50 anos depois da Instrução Musicam Sacram de 1967, conhecer as linguagens mais adequadas para celebrar o louvor público oficial e solene da Igreja, rever o lugar e a função do músico de Igreja, recuperar o patrimônio musical, em diálogo ecumênico, e com a cultura contemporânea, e recordar a urgência de uma formação sólida dos vários ministérios da música. 

Participam do encontro representantes da Conferências Episcopais e ordens religiosas, músicos, cultores da música litúrgica, associações e movimentos. 

O Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi, abrirá o encontro com a reflexão intitulada “Música e Palavra de Deus”. 

Dentre os relatores estão o Presidente da Academia Nacional de Santa Cecília, Roma, Michele Dall’Ongaro, o Presidente do Pontifício Instituto Litúrgico Santo Anselmo, Jordi-A. Piqué, e o prior da Comunidade Ecumênica de Taizé, Frei Alois.

Será proposto um trecho no piano da Paixão segundo São Mateus de Johann Sebastian Bach. 

Está prevista a audiência com o Papa Francisco.

(MJ)

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Formação



Dom João aos consagrados: o desafio é fazer-se pequeno diante do outro

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Cidade do Vaticano (RV) – Perseverança e coragem: esta é a mensagem do Prefeito da Congregação para a Vida Consagrada, Card. João Braz de Aviz.

No dia em que a Igreja celebra a festa da Apresentação de Jesus ao Templo, Dom João fala com qual espírito os consagrados são convidados a viver este 21º Dia Mundial da Vida Consagrada.

O desafio, disse ele, não é fazer-se pequeno diante do Senhor, mas fazer-se pequeno diante do outro: 

Nesta entrevista ao Programa Brasileiro, o Cardeal comenta ainda o tema do próximo Sínodo dos Bispos, em 2018, sobre juventude e discernimento vocacional. Dom João afirma que a sua Congregação está estudando a questão da escassez de vocações, mas também o alto índice de abandono. Todos os anos, revelou, cerca de 2 mil consagrados abandonam seus institutos. Trata-se de desistências que ocorrem em todas as faixas etárias, sendo grande parte inclusive depois dos votos perpétuos.

Na parte final, o Cardeal brasileira comenta a “paixão” do Papa Francisco pelos consagrados. “Não sei o que seria sem o Papa. Ele nos dá a direção a seguir.”

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Palmeira dos Índios: bispo, padres e religiosos caminhando com o povo

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, continuamos hoje no quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” com a participação do bispo da Diocese de Palmeira dos Índios, Dom Dulcênio Fontes de Matos, que nos tem trazido neste espaço um pouco da caminhada desta Igreja alagoana na esteira do Vaticano II. 

Prosseguindo em suas considerações, na edição de hoje Dom Dulcênio alarga o horizonte de observação trazendo-nos um pouco daquela realidade eclesial da Igreja na América Latina, uma Igreja próxima do povo, que faz parte da vida das pessoas. E o faz tecendo suas considerações acerca do acolhimento e receptividade do magistério do Papa Francisco, filho da América Latina.

A partir de sua percepção junto ao povo de Deus desta diocese, diz-nos que as pessoas acompanham o Pontificado do Santo Padre. “O Papa Francisco fala ao povo e o povo entende seus gestos, sua simplicidade tem evangelizado. Daqui da América Latina estamos oferecendo ao mundo um homem que sabe chegar às pessoas, sabe evangelizar”, afirma Dom Dulcênio.

“Quando digo que nossa Igreja particular de Palmeira dos Índios é uma Igreja viva é porque leigos, bispo e sacerdotes, religiosos e religiosas estamos realmente caminhando com o povo”, acrescenta ele. Vamos ouvir (ouça clicando acima).

(RL)

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