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Sumario del 15/02/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Brasil

Igreja no Mundo

Formação

Atualidades

Papa e Santa Sé



Papa na Audiência: a esperança cristã é sólida, não decepciona

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Cidade do Vaticano (RV) - A esperança não decepciona: este foi o tema da catequese do Papa Francisco, na Audiência Geral desta quarta-feira (15/02), na Sala Paulo VI, no Vaticano.

 
 
Na catequese baseada na Carta de São Paulo aos Romanos, o Pontífice ressaltou que “desde pequenos nos é ensinado que vangloria-se não é uma coisa bonita. Está certo, pois gabar-se do que se é ou do que se tem, além de uma certa soberbia, traz consigo uma falta de respeito pelos outros, especialmente pelas pessoas desfavorecidas”.

Abundância da graça

Nessa passagem da Carta aos Romanos, o Apóstolo Paulo nos surpreende, pois por duas vezes nos exorta a vangloriar-nos. Mas, do que é justo nos vangloriar? Como é possível fazer isso sem ofender, sem excluir ninguém?, perguntou o Papa.

Segundo Francisco, no primeiro caso, somos convidados a nos vangloriar da abundância da graça de Deus que recebemos de Jesus Cristo. 

“Paulo quer nos fazer entender que, se aprendemos a ver os acontecimentos à luz do Espírito Santo, percebemos que tudo é graça! Se prestarmos atenção, quem age na história assim como em nossa vida, não somos nós sozinhos mas é sobretudo Deus. Ele é o protagonista absoluto que cria todas as coisas como um dom de amor, que tece a trama de seu desígnio de salvação, levado à plenitude em Jesus. Quando acolhemos com gratidão essa manifestação do amor de Deus, experimentamos uma paz que se estende a todas as dimensões de nossa vida: Estamos em paz com nós mesmos, estamos em paz na família, em nossa comunidade, no trabalho e com as pessoas que encontramos a cada dia em nosso caminho”, disse ainda o Papa. 

Misericórdia de Deus

“O Apóstolo nos convida também a nos ufanar de nossas tribulações. Isso não é fácil de entender. Trata-se de algo mais difícil e pode parecer que não tenha nada a ver com a condição de paz que acabamos de descrever. Contudo, devemos pensar que a paz que Deus nos oferece não significa ausência de dificuldades, preocupações, desilusões e sofrimentos, mas é um dom que nasce da experiência de sabermos que somos amados por Ele, que sempre nos acompanha e nunca nos abandona. Isso faz com que sejamos pacientes nas tribulações, pois a misericórdia de Deus é maior do que tudo”. 

“Por isso, a esperança cristã é sólida, não decepciona. O seu fundamento não está no que nós podemos ou não fazer, e nem no que podemos crer. O seu fundamento é o que de mais fiel e seguro possa existir, ou seja, o amor de Deus por nós. É fácil dizer: Deus nos ama. Todos dizemos isso. Mas pensem um pouco: cada um de nós é capaz de dizer: Estou certo de que Deus me ama? Não é muito fácil dizer isso. É um bom exercício dizer a si mesmo: Deus me ama. Esta é a raiz de nossa segurança, a raiz da esperança”, sublinhou Francisco.


 
Vangloriar-se do amor de Deus

“O Senhor infundiu abundantemente em nossos corações o Espírito, que é o amor de Deus, como artífice, como garante, para que possa alimentar dentro de nós a fé e manter vida essa esperança. Deus me ama! Mas neste momento difícil? Deus me ama. E eu que fiz coisas feias e más? Deus me ama. Esta certeza ninguém pode nos tirar e devemos repeti-la como uma oração: Deus me ama. Estou certo de que Deus me ama.”

Agora, compreendemos porque o Apóstolo Paulo nos exorta a nos vangloriar sempre de tudo isso. “Vanglorio-me do amor de Deus, porque Ele me ama. A esperança que nos foi dada não nos separa dos outros, e muito menos me leva a desacreditá-los ou marginalizá-los. Trata-se de um dom extraordinário do qual somos chamados a ser ‘canais’ para todos, com humildade e simplicidade. Então, a nossa maior glória será a de ter como Pai um Deus que não tem preferências, que não exclui ninguém, mas que abre a sua casa a todos os seres humanos, começando pelos marginalizados e distantes, para que como seus filhos aprendamos a nos consolar e nos ajudar reciprocamente”.

(MJ)

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Papa: "Governos promovam plena inclusão dos povos indígenas"

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Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã de quarta-feira (15/02), antes da audiência geral com os peregrinos, o Papa recebeu na antessala Paulo VI um grupo de 40 representantes de povos indígenas. Membros Conselho dos Governadores do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (IFAD), estão reunidos para tentar identificar maneiras de responsabilizar economicamente os povos autóctones. 

O principal desafio é conciliar o direito ao desenvolvimento com a tutela dos povos e territórios indígenas”, sugeriu o Pontífice, falando ao grupo. “E isto fica ainda mais evidente quanto atividades econômicas interferem com as culturas indígenas e sua relação ancestral com a terra”.

Segundo Francisco, para garantir uma colaboração pacífica e sem conflitos entre governos e povos indígenas, deve prevalecer ‘o direito ao consenso prévio e informado’, assegurado na Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas.

Outro aspecto relevante para o Pontífice é o reconhecimento das comunidades autóctones como componente da população que deve ser ‘incluída’ e não apenas ‘considerada’. “Os indígenas devem ser valorizados e consultados; ter plena participação, local e nacionalmente”.

Neste sentido, o Papa afirmou que o IFAD pode contribuir com financiamentos e competência, pois “um desenvolvimento tecnológico e econômico que não deixa um mundo melhor e uma qualidade de vida integralmente superior não se pode considerar progresso”. (Enc. Laudato si, 194).

Mãe-terra

“E vocês, em suas tradições, em suas culturas – porque o que vocês trazem na história é cultura – vivem o progresso com um cuidado especial pela mãe terra. Neste momento, em que a humanidade está pecando gravemente ao não cuidar da terra, eu vos exorto para que sigam dando testemunho disso e não permitam que novas tecnologias, que são lícitas e são boas, mas não permitam aquelas que destroem a terra, destruam a ecología, o equilibrio ecológico e que terminam por destruir a sabedoria dos povos”, concluiu o Papa.

A final do encontro, o Pontífice concedeu a sua benção aos integrantes do grupo, estendendo-a às suas comunidades. 

(CM)

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Papa com C9: prossegue reforma da Cúria

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Cidade do Vaticano (RV) – Conclui-se esta quarta-feira, no Vaticano, a reunião do Conselho de Cardeais (C9) com o Papa Francisco. 

A vice-diretora da Sala de Imprensa, Paloma García Ovejero, apresentou aos jornalistas os resultados deste 18° encontro do Pontífice com os colaboradores escolhidos para reformar a Cúria Romana.

O Pontífice participou dos três dias de reuniões, pela manhã e à tarde, ausentando-se somente parte da manhã de segunda (devido à visita ad Limina dos Bispos da Costa Rica) e a manhã de quarta (para a Audiência Geral), estando confirmada sua presença para a sessão vespertina de hoje.

No início dos encontros, o coordenador do grupo, Card. Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga, agradeceu ao Papa por seu discurso natalino à Cúria e expressou o pleno apoio dos Cardeais à obra e ao magistério do Papa – uma referência aos ataques sofridos por Francisco por meio de cartazes espalhados pela cidade de Roma.

Quanto à reforma, o C9 deu prosseguimento à análise dos dicastérios, em especial da Congregação para a Evangelização dos Povos (Propaganda Fide); a Congregação para as Igrejas Orientais; e o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso.

Os Cardeais começaram a examinar a “Diaconia da Justiça” e, portanto, um tempo consistente foi dedicado aos Tribunais: Penitenciaria Apostólica, Supremo Tribunal da Signatura Apostólica e o Tribunal da Rota Romana.

O Conselho também analisou o processo para a seleção de candidatos ao Episcopado.

Por sua vez, o Card. George Pell falou do seu trabalho à frente da Secretaria para a Economia para aplicar plenamente a reforma econômica solicitada pelo Santo Padre, com especial atenção à atividade de formação dos funcionários e aos recursos humanos.

Já o Prefeito da Secretaria para a Comunicação, Mons. Dario Edoardo Viganò, apresentou a situação atual da reforma da mídia da Santa Sé, isto é, a incorporação da Rádio Vaticano e do Centro Televisivo Vaticano no novo Dicastério. Para acompanhar esta nova fase da reforma, começaram contatos com a Secretaria de Estado, a Secretaria para a Economia, a Apsa (Associação do Patrimônio da Sé Apostólica) e o Departamento do Trabalho. Além disso, foi apresentado o plano para reestruturar as frequências de rádio e as novas estratégias para as redes sociais. Por fim, refletiu-se sobre o projeto para iniciar a reforma da Livraria Editora Vaticana.

A próxima reunião do C9 será realizada nos dias 24, 25 e 26 de abril. 

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Vaticano e Arq. do Panamá assinam acordo de intenções para JMJ 2019

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Cidade do Vaticano (RV) – Concluiu-se na terça-feira (14/02), no Vaticano, uma série de reuniões entre a comitiva do Comitê organizador da Jornada Mundial da Juventude 2019 e os representantes do Dicastério para os Leigos, a Vida e a Família.

O responsável pelo setor juventude do Dicastério, P. João Chagas, explicou à Rádio Vaticano o significado deste acordo de intenções, chamado “memorandum”. 

"É o documento que contém a memória do projeto da Jornada. Este que é o projeto não só de um evento e sim todo um projeto pastoral para a juventude e é como se fosse um pacto, por assim dizer, entre o nosso dicastério e a arquidiocese do Pamaná de fidelidade a este projeto iniciado por São João Paulo II e que também Bento XVI e o Papa Francisco têm levado adiante".

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Card. Coccopalmerio explica o capítulo 8 da 'Amoris Laetitia'

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Cidade do Vaticano (RV) – Apresentado na manhã de terça-feira na Rádio Vaticano o livro “O capítulo 8 da Exortação Apostólica pós-Sinodal Amoris Laetitia”, escrito pelo Cardeal Francesco Coccopalmerio, Presidente do Pontifício Conselho para os Textos Legislativos.

O Capítulo 8, dedicado às uniões irregulares, é o que desperta maior interesse e também questionamentos. A pergunta crucial é se uma pastoral mais atenta à cada indivíduo em particular - marcada pelo “acompanhar, discernir e integrar” a fragilidade - está em contraste com a Doutrina tradicional da Igreja. Eis o que disse a este respeito o vaticanista Orazio La Rocca, convidado para a apresentação do volume:

“As dúvidas levantadas, criaram em mim alguns questionamentos. Entre estes, o de que a doutrina é ferida. Pelo contrário não: o Cardeal com este texto, explica com uma didática muito perspicaz, que a doutrina não é afetada, é preservada. No entanto, as pessoas feridas são filhas da Igreja que se abre como uma mãe”.

Existem sérias condições para o eventual acesso aos Sacramentos dos divorciados recasados, explica Dom Grochi, Professor de Cristologia da Urbaniana e consultor da Congregação para a Doutrina da Fé, ao ilustrar como o Cardeal Coccopalmerio ajuda a compreender o que o Papa escreve na “Amoris Laetitia”:

“As coisas a mais que diz o Cardeal encontram-se nas páginas 27 e 29 do livro. São exatamente: “...a Igreja, portanto, poderia admitir à Penitência e à Eucaristia os fieis que se encontram em união não legítima, desde que observem duas condições essenciais: desejem mudar situação, porém não podem concretizar o seu desejo”. E a página 29: “...é exatamente tal propósito o elemento teológico que permite a absolvição e o acesso à Eucaristia, sempre repetimos, na presença da impossibilidade de mudar logo a condição de pecado”. Estas são as expressões com as quais o Cardeal dá um passo interpretativo na linha da Exortação”.

RV: O que significa isto? Que um casal que se encontra em uma segunda união deve ter consciência de não estar em uma situação regular e desejar mudar?

“Mudar aqui é entendido como o desejo de conversão. Não se especifica se isto significa voltar à situação precedente, quem sabe cometendo uma nova culpa, isto o diz o Cardeal; não se especifica se isto quer dizer procurar abster-se das relações conjugais como indicado pela “Familiaris consortio”, no n. 84. Fala-se de conversão. E portanto, o propósito de estar mais conformes a Cristo torna legítimo, porque é o propósito, o acesso à graça santificante dos sacramentos. Isto não contradiz a doutrina da indissolubilidade, porque se sabe não estar conforme o Evangelho, e não contradiz a doutrina do arrependimento, como tão pouco a doutrina da graça santificante. Estas são as expressões do Cardeal”.

RV: O título do Capítulo 8 da Amoris Laetitia é “Acompanhar, discernir e integrar a fragilidade”. O senhor disse que isto poderia ser um modelo cultural também para a sociedade...

“Exatamente, também para a política. O que significa para uma sociedade civil, social, política, assumir situações de maior fragilidade? Penso nos imigrantes, nos pobres, nos que têm necessidades especiais, nas pessoas socialmente excluídas... esta é a missão de cada sociedade, da política, da Igreja. Pensemos o que significa isto para a economia, para as relações internacionais, etc”.

RV: Voltando à Igreja, aparece a imagem da Igreja como “hospital de campanha”, que porém não é uma alternativa à segurança da doutrina tradicional...

“Não, porque a Igreja sempre foi refúgio dos pecadores. “Não vim para julgar, mas para dar a vida”. É necessário entender se Jesus é considerado absolutamente o centro, e a sua morte e ressurreição são o centro da doutrina - em torno da qual os aspectos doutrinais se colocam segundo uma hierarquia de verdade - ou se colocamos no centro algum aspecto, que pelo contrário, está na periferia. O Papa coloca em evidência muitas vezes, a importância das periferias quando se trata de situações de marginalidade. Portanto, convida à uma descentralização. Mas é interessante que às vezes este discurso vale também para o contrário: existem certas periferias doutrinais que tornam-se centrais, esquecendo que o centro é Cristo”.

(AM/JE)

 

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Papa em Milão: inscrições abertas para missa campal em Monza

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Milão (RV) – A visita do Papa Francisco a Milão está programada para o dia 25 de março. A nova secretária de Segurança Pública da cidade, Luciana Lamorgese, em coletiva de imprensa na terça-feira (14/02), explicou que, ainda nesta semana, será realizada uma reunião para organizar os últimos detalhes da celebração.

“Entrarei em contato inclusive com a colega de Monza”, acrescentou a prefeita, para “garantir o máximo de empenho afim de que tudo ocorra bem”, já que a visita está prevista para acontecer entre as cidades de Milão e Monza que distam 15 quilômetros no norte da Itália.

A primeira etapa do programa acontece em Milão e o Papa Francisco vai visitar famílias que vivem em casas populares da periferia, constituídas por imigrantes, ciganos ou islâmicos. No presídio San Vittore, o encontro será com alguns detentos nas próprias celas, e o Papa ainda fará uma refeição em companhia de 100 presos.

Na Catedral de Milão, a quarta maior igreja da Europa e a quinta do mundo, o Pontífice encontrará sacerdotes e consagrados. Às 11h locais está previsto o Angelus, oportunidade em que os fiéis milaneses serão abençoados pelo Santo Padre na Praça Duomo.

Já a missa campal está marcada para às 15h locais em Monza, no antigo espaço do hipódromo do Parque da Vila Real para uma multidão estimada de até um milhão de fiéis. O local é um dos maiores parques urbanos e históricos da Europa.

As inscrições para participar da missa campal no Parque de Monza já estão abertas nas paróquias italianas e comunidades pastorais. A celebração eucarística é considerada o coração de toda a visita do Pontífice. Um momento aberto a todos, já que é fácil participar, “gratuito e livre”, comentam os responsáveis pela organização. “Será uma festa da Igreja, para toda a comunidade”, e as pessoas com algum tipo de deficiência e os idosos com dificuldades de movimento terão acesso facilitado ao local.

Antes de voltar ao Vaticano no mesmo dia, 25 de março, Papa Francisco encontrará um grande grupo de crismados, pais, padrinhos e madrinhas no estádio San Siro de Milão. (AGI/Ansa/AC)

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Centesimus Annus: designados prêmios "Economia e Sociedade"

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Cidade do Vaticano (RV) – A Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice – instituída em 1993 por São João Paulo II  com o objetivo de difundir a Doutrina Social da Igreja – anunciou esta quarta-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, os vencedores do Prêmio Internacional Economia e Sociedade”.

Trata-se do escritor Markus Vogt - pela obra  “Prinzip Nachhaltigkeit. Ein Entwurf aus theologisch-ethischer Perspektive” -  e no prêmio para os jornalistas, instituído este ano, foram distinguidos o francês Padre Dominique Greiner, pelo blog “La doctrine sociale sur le fil”, publicado no jornal “La Croix”, e o alemão Burkhard Schäfers, premiado pela sua sua transmissão radiofônica “Oswald von Nell-Breuning - Was von der katholischen Soziallehre geblieben ist”.

Sobre o significado deste Prêmio, que chega à sua III edição, a Rádio Vaticano entrevistou o Presidente da Fundação Centesimus Annus Pro Pontifice, Domingo Sugranyes Bickel:

“O Prêmio designado à Markus Vogt é motivado pelo importante livro por ele escrito sobre sustentabilidade, conceito central da Doutrina Social da Igreja, pois sintetiza as ideias tradicionais sobre bem comum, que são complementares dos princípios reconhecidos de subsidiariedade. O significado é que, seguindo absolutamente a linha da Encíclica Laudado Si, é um passo na busca de aplicar, de entender esta visão global do Santo Padre, onde a ecologia, não é uma coisa em si, não é um bem em si, mas faz parte de uma visão conjunta do bem comum da humanidade”.

RV: Pela maneira como as coisas estão caminhando no mundo de hoje, parece que ecologia, economia e dimensão social são consideradas incompatíveis...

“Sim. Eu não diria que são incompatíveis. Existem quantidades de exemplos positivos e negativos. Penso que o tema ecológico, por exemplo, tenha entrado na realidade das políticas de muitíssimas entidades econômicas e empresas no mundo. Certamente que é uma luta difícil, porque politicamente existem obstáculos e a cada pouco existem movimentos contrários que dão passos para trás. No que tange à visão global, que nos propõe a Igreja e o Santo Padre, eu diria que existem poucas épocas no passado recente, em que esta ideia foi tão aceita e tão compreendida. Portanto, eu não seria pessimista".

A cerimônia de premiação terá lugar no dia 18 de maio, às 17 horas, no Palácio da Chancelaria, no contexto do anual simpósio internacional da Fundação, que terá por título “Constructive alternatives in an era of global turmoil. Job creation and human integrity in the digital space-incentives for solidarity and civic virtue”, que se realizará na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano, e junto ao Palácio da Chancelaria, em Roma, de 18 a 20 de maio de 2017.

(GLV/JE)

 

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Igreja no Brasil



Diocese de Tianguá (CE) ganha novo bispo

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Cidade do Vaticano (RV) – A Diocese de Tianguá (CE) foi contemplada com um novo bispo nesta quarta-feira (15/02). Aceitando a renúncia de Dom Francisco Javier Hernández Arnedo, O.A.R., 76, o Papa nomeou Dom Francisco Edimilson Neves Ferreira, que até agora era Pároco da Catedral de Nossa Senhora da Penha, em Crato (CE), para o governo pastoral da diocese. 

Dom Francisco Edmilson nasceu em 1969 em Jardim, na própria Diocese de Crato. Estudou Filosofia e Teologia no Seminário Regional Nordeste 1 em Fortaleza e foi ordenado em 1997.

Como padre foi coordenador de pastoral, vice-diretor do Colégio Pequeno Príncipe e membro do Colégio dos Consultores e do Conselho Presbiteral. Em Crato é também diretor executivo da Fundação “Padre Ibiapina” e Diretor espiritual do Seminário diocesano São José.

A Diocese de Tianguá foi criada pelo Papa Paulo VI, juntamente com as Dioceses de Itapipoca e Quixadá, em 13 de março de 1971, pela Bula “Qui summopere”.  

Geograficamente, é situada na zona norte do Estado, ocupa um território de 9.680,7 Km², com uma população estimada em 458.828 habitantes (IBGE – 2009).

(CM)

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D. Jaime Spengler: conduzir os jovens ao encontro com Jesus

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Cidade do Vaticano (RV) – A Arquidiocese de Porto Alegre (RS), criada como diocese em 1848 pelo Papa Pio IX e elevada à arquidiocese em 1910 por Pio X, tem hoje como arcebispo o frei Dom Jaime Spengler.

230 padres cobrem 29 municípios e 158 paróquias. A arquidiocese conta ainda com 1.186 irmãs religiosas e 2.171 catequistas envolvidos na evangelização e obras pastorais.

Em uma população total de aproximadamente 3.200.000 pessoas, pouco mais da metade se professa católica. Uma tendência que iguala os resultados de uma pesquisa recente realizada pela Datafolha, apontando a população brasileira como cada vez menos fiel ao catolicismo. Os dados indicam 50% de católicos no Brasil. Para Dom Jaime Spengler, ao lado da multiplicação de outras denominações religiosas, que têm atraído muitos, este resultado é um convite à reflexão: como, com que novas formas, apresentar aos jovens a mensagem de Jesus Cristo? Nossas liturgias são realmente um caminho que conduz ao encontro pessoal com o Senhor?

 

 

Dom Jaime Spengler, OFM, é também Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB.

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Igreja no Mundo



Bispos Tex-Mex denunciam condições desumanas de migrantes

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Brownsville (RV) - “Neste momento difícil da nossa história, ouçamos o clamor dos nossos irmãos migrantes, nos quais ouvimos a voz de Cristo”. É o que afirmam os Bispos das dioceses de fronteira de México e Estados Unidos, numa mensagem divulgada na terça-feira (14/02), depois da reunião realizada em Brownsville (Estados Unidos). Tratou-se do encontro semestral do grupo chamado “Tex-Mex”. 

Condições desumanas

“Jesus, Maria e José, como migrantes e refugiados, procuraram um lugar para viver e trabalhar, esperando numa resposta de compaixão humana. Hoje, esta história de repete”, lê-se no comunicado. Na manhã de terça-feira, os bispos visitaram os centros de detenção e acolhimento dirigidos a mães, adolescentes e menores migrantes. “Estes centros são locais que refletem condições de vida intoleráveis e desumanas”, denunciam.

Sistema migratório obsoleto

“Nos últimos anos, tocamos com as mãos o sofrimento causado por um sistema migratório em pedaços, fruto de condições estruturais e econômicas que geram ameaças, deportações, impunidade e violência extrema. Uma situação que se refere seja à fronteira entre México e América Central, seja entre Estados Unidos e México”.

Desenvolvimento paralisado

Esta realidade “hoje está se tornando muito mais evidente diante de políticas que as autoridades civis estão adotando. Como consequência dessas escolhas, está a dor pela separação das famílias, pela perda de trabalho, pelas perseguições e as discriminações, pelas expressões de racismo, pelas deportações desnecessárias que paralisam o desenvolvimento das pessoas em nossas sociedades e o desenvolvimento de nossas nações, deixando-as na incerteza e sem esperança”.

Os bispos das dioceses do norte do México e do Estado do Texas se reúnem duas vezes por ano desde 1986.

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Paquistão: Após atentado, bispos pedem plano contra terrorismo

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Lahore (RV) – Implementar imediatamente o plano de ação nacional contra o terrorismo, que deve ser uma “prioridade absoluta do governo, se quer erradicar o terrorismo e o extremismo do país”. É o que pedem os bispos católicos do Paquistão na mensagem divulgada após o ataque suicida que abalou a cidade de Lahore.

De fato, em 13 de fevereiro durante um protesto dos trabalhadores do setor farmacêutico diante do Parlamento de Punjab, um kamikaze detonou explosivos matando 13 pessoas e ferindo outras 100, 20 das quais em graves condições. Quase contemporaneamente ao ataque de Lahore, dirigido contra a polícia, foi verificada outra explosão em Quetta.

“Mais uma vez fomos brutalmente atacados por forças extremistas”, diz o comunicado da Comissão Episcopal “Justiça e Paz” do Paquistão (NCIP) enviado à Agência Fides e assinado pelo seu Presidente, Dom Joseph Arshad, e pelo Diretor nacional, Padre Emmanuel Yousaf.

“A incerteza da vida está ficando sempre mais evidente no Paquistão. Rezemos ao Senhor nosso Jesus Cristo, para que possa nos dar a sabedoria, a tolerância e a paz. Que possa Deus dar às famílias das vítimas a força de suportar a perda de seus entes queridos, e ajude o pronto restabelecimento dos feridos”, afirma a Comissão.

O ataque suicida em Lahore foi reivindicado pela facção “Jamaatul Ahrar” – desmembrado do conhecido grupo “Tehreek-i-Taliban Pakistan”, ambos banidos pelo governo – que lançou uma nova ofensiva contra os departamentos governamentais em todo o país.

“A morte de manifestantes inocentes e de funcionários da segurança é inaceitável. Enquanto apresentamos condolências às famílias das vítimas, homenageamos os oficiais da polícia mortos e rezemos pelas suas famílias e pelos feridos”, diz o texto divulgado pelos bispos.

Neste sentido, a Comissão pede ao Governo para “levar os culpados à justiça e para enfrentar as causas profundas desta intolerância, aumentando as medidas para a proteção de todos os cidadãos”.

De fato, não obstante os alertas, “o governo não conseguiu proteger os seus cidadãos e os funcionários de polícia”. Por isto, a Comissão pede que seja implementado o plano de ação nacional contra o terrorismo, preparando de modo adequado o pessoal das forças de ordem.

(fides/je)



 

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Formação



Ano Mariano e Ano da Família na Arquidiocese do Rio

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Cidade do Vaticano (RV) - O nosso convidado no ‘Porta Aberta’, desta quarta-feira (15/02), é o Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, que participou recentemente, no Vaticano, da Plenária da Congregação para a Educação Católica.

 
 
“O objetivo da reunião foi estudar um documento do organismo sobre as faculdades católicas”, disse o purpurado na conversa com Silvonei José.
 
Dom Orani falou também sobre o Ano Mariano que teve início, em 12 de outubro passado, em todo o Brasil. 

“Iniciamos o Ano Mariano, no Rio, emitindo uma carta pastoral e fazendo uma peregrinação com a imagem de Nossa Senhora que recebemos do Santuário Nacional que está percorrendo os vicariatos e paróquias. No Rio de Janeiro, nós acrescentamos ao Ano Mariano o Ano da Família a fim de que Maria nos ajude, além de seguir Jesus Cristo, a trabalhar com a família”, frisou o cardeal.

(MJ)

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O Espírito Santo, senhor que dá a vida

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Cidade do Vaticano (RV) - No nosso espaço Memória Histórica - 50 anos do Concílio Vaticano II, vamos continuar a falar sobre a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, o Espírito Santo. 

O Espírito Santo, "senhor que dá a vida, que procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado e que falou pelos profetas" foi tema de uma das reflexões de Advento do Pregador da Casa Pontifícia, Frei Raniero Cantalamessa. O frei capuchinho, destacou em suas reflexões, a atualidade do Espírito Santo na Igreja pós-conciliar.

No programa de hoje, o Padre Gerson Schmidt, que tem nos acompanhado neste percurso, aprofunda a primeira afirmação dogmática sobre o Espírito Santo: "Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida":

“O Concílio Vaticano II abriu um novo horizonte de valorização de uma Teologia do Espírito Santo. Raniero Cantalamessa, nas pregações do Advento último, comenta as três grandes afirmações do Credo sobre o Espírito Santo: 1. “Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida”. 2. “... e procede do Pai (e do Filho) e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado”. 3. "... e falou pelos profetas".

Traduzo aqui, em linguagem coloquial, o aprofundamento de Cantalamessa, começando com a primeira afirmação:

1.. “Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida”.

O credo não diz que o Espírito Santo é "o" Senhor ( no credo, se proclama, "e creio em um só Senhor Jesus Cristo"!). Senhor indica aqui a natureza, não a pessoa; diz o que é, não quem é o Espírito Santo. "Senhor" significa que o Espírito Santo compartilha o Senhorio de Deus, que está do lado do Criador, e não das criaturas; em outras palavras, que é de mesma natureza divina – mesmo ser.

A Igreja chegou a esta certeza baseando-se não somente na Escritura, mas também na própria experiência de salvação. O Espírito, já escrevia Santo Atanásio, não pode ser uma criatura, porque quando somos tocados por ele (nos sacramentos, na Palavra, na oração) fazemos a experiência de entrar em contato com Deus em pessoa, e não com o seu intermediário. Se nos diviniza, isso significa que ele próprio é Deus¹.

A expressão segundo a qual o Espírito Santo "dá a vida" é tomada de várias passagens do Novo Testamento: "É o Espírito que dá a vida" (Jo 6, 63); "A lei do Espírito dá a vida em Cristo Jesus" (Rm 8, 2); "O último Adão tornou-se espírito que dá a vida" (1 Cor 15, 45); "A letra mata, o Espírito dá a vida" (2 Cor 3, 6).

Surge a partir dai três perguntas. Em primeiro lugar, que vida dá o Espírito Santo? Resposta: dá a vida divina, a vida de Cristo. Uma vida supernatural, não uma super-vida natural; cria o homem novo, não o super-homem de Nietzsche "inchado de vida”. Em segundo lugar, onde nos dá uma vida assim? Resposta: no batismo, que é apresentado, de fato, como um “renascer do Espírito” (Jo 3, 5), nos sacramentos, na palavra de Deus, na oração, na fé, no sofrimento abraçado em união com Cristo. Em terceiro lugar, como o Espírito nos dá a vida? Resposta: fazendo morrer as obras da carne! "Se pelo Espírito fizerdes morrer as obras do corpo, vivereis", diz São Paulo em Romanos 8, 13, onde Paulo faz uma bela antítese entre a carne/espírito”.

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[1] S. Atanasio, Lettere a Serapione, I, 24 (PG 26, 585).

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Atualidades



Últimos dias do concurso para o logo e hino da JMJ 2019

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Cidade do Vaticano (RV) – A Arquidiocese do Panamá informa que recebe até sexta-feira, 17 de fevereiro, as propostas de logo e hino para a Jornada Mundial da Juventude de 2019.

As instruções para participar do concurso podem ser baixadas aqui e aqui.

O Comitê organizador local vai contatar os vencedores por telefone no dia 17 de março.

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França: Publicada online Bíblia de Gutenberg, do século XVI

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Paris (RV) – A Biblioteca Nacional da França (BNF) publicou recentemente, online, a Bíblia de Gutenberg. A instituição cultural possui dois dos quatro exemplares conservados em solo francês, uma impressa em pergaminho e outra em papel.

Elaborada em Magonza, por volta do ano 1455, a Bíblia do tipógrafo Johannes Gutenberg é o primeiro livro impresso no Ocidente com a técnica conhecida como “de caracteres móveis”, já existente na China desde o século IV.

Desta obra de importância capital para a Europa na história moderna, restam apenas cerca de 50 exemplares espalhados pelo mundo. Dois fazem parte da coleção de livros raros da Biblioteca Nacional da França, que figura entre as maiores instituições literárias no mundo, com mais de 30 milhões de volumes estimados e a prestigiosa edição digital Gallica, que por sua vez recolhe milhões de documentos, livros, mapas, imagens, partituras e agora também a versão digital das duas Bíblias do século XV.

A primeira, muito rara e prestigiosa, é uma cópia da Bíblia totalmente impressa em pergaminho, que preserva ainda hoje uma luminosidade e uma nitidez excepcional.

São apenas doze os exemplares hoje conhecidos da Bíblia de Gutemberg impressos em pergaminho e somente quatro destes estão inteiros. A segunda cópia foi impressa em papel, mas adquire uma grande importância história por ser a única que traz uma nota manuscrita que certifica como a impressão tenha sido concluída em 1456, fornecendo portanto, uma das poucas informações cronológicas sobre o período em questão.

A escolha em realizar a impressão em pergaminho não era casual, pois garantia uma maior longevidade do produto, maior resistência diante do uso repetido e capacidade de manter vivas por longo tempo as cores originais das decorações e das miniaturas.

As partes que aparecem nas cores vermelha ou azul (os títulos dos capítulos, a abertura e a conclusão dos livros bíblicos, as referências, os números romanos dos capítulos) foram todos coloridos após o processo de impressão, tornando cada exemplar original e irrepetível.

Pois estes tesouros estão agora disponíveis para consulta gratuita no site Gallica, com amplos comentários, imagens, notas, um verdadeiro presente para estudiosos e apaixonados. (JE)

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