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Sumario del 16/02/2017

Papa e Santa Sé

Igreja no Mundo

Formação

Papa e Santa Sé



Papa: preservar a paz, chega de guerras!

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Cidade do Vaticano (RV) – O primeiro compromisso do Papa nesta quinta foi a celebração da missa na capela da Casa Santa Marta. Em sua homilia, o Pontífice deu destaque ao sofrimento de tantos povos castigados pelas guerras promovidas pelos poderosos e pelos traficantes de armas. 

De modo especial, falou de três imagens presentes na Primeira Leitura, extraída do Livro do Gênesis: a pomba, o arco-íris e a aliança.

“A aliança que Deus faz é forte – comentou – mas como nós a recebemos e a aceitamos é com fraqueza. Deus faz a paz conosco, mas não é fácil preservá-la”. “É um trabalho de todos os dias, porque dentro de nós ainda existe aquela semente, aquele pecado original, o espírito de Caim que por inveja, ciúme, cobiça e desejo de dominação faz a guerra”. Francisco observou que, falando da aliança entre Deus e os homens, se faz referência ao “sangue”: “pedirei contas do vosso sangue, que é vida, a qualquer animal. E ao homem pedirei contas da vida do homem, seu irmão”. Nós, portanto, “somos custódios dos irmãos e quando há derramamento de sangue, há pecado e Deus nos pedirá contas”:

“Hoje no mundo há derramamento de sangue. Hoje o mundo está em guerra. Muitos irmãos e irmãs morrem, inclusive inocentes, porque os grandes e os poderosos querem um pedaço a mais de terra, querem um pouco mais de poder ou querem ter um pouco mais de lucro com o tráfico de armas. E a Palavra do Senhor é clara: ‘pedirei contas do vosso sangue, que é vida, a qualquer animal. E ao homem pedirei contas da vida do homem, seu irmão’. Também a nós, que parecemos estar em paz aqui, o Senhor pedirá contas do sangue dos nossos irmãos e irmãs que sofrem a guerra”.

Custodiar a paz, a declaração de guerra começa em cada um de nós

“Como proteger a pomba? Pergunta-se Francisco; “O que faço para que o arco-íris seja sempre um guia? O que faço para que não seja mais derramado sangue no mundo?”. Todos nós, reiterou, estamos envolvidos nisto. A oração pela paz não é uma formalidade, o trabalho pela paz não é uma formalidade. E relevou com amargura que a guerra começa no coração do homem, começa nas casas, nas famílias, entre amigos, e depois vai além, a todo o mundo. “O que faço, eu, quanto sinto no meu coração ‘algo que quer destruir a paz’?”

“A guerra começa aqui e termina lá. Vemos as notícias nos jornais e na TV... Hoje, muita gente morre e a semente de guerra que gera inveja, provoca ciúmes, a cobiça no meu coração é a mesma coisa do que a bomba que cai num hospital, numa escola, matando crianças- é o mesmo. A declaração de guerra começa aqui, em cada um de nós. Por isso, pergunto: “Como custodiar a paz em meu coração, em meu intimo, na minha família?”. Custodiar a paz, mas não só: fazê-la com as mãos, todos os dias. E assim conseguiremos fazê-la no mundo inteiro”.

A recordação do fim da guerra na lembrança do menino

“O sangue de Cristo – evidenciou – é o que faz a paz, mas não o sangue que eu faço com o meu irmão” ou “o que fazem os traficantes de armas ou os poderosos da terra nas grandes guerras”. Francisco relatou um episódio pessoal, de quando era criança, sobre a paz:

“Recordo quando começou a tocar o alarme dos Bombeiros, depois nos jornais e na cidade... Isto se fazia para atrair a atenção para ou fato ou uma tragédia, ou outra coisa. E logo ouvi a vizinha de casa chamar minha mãe: ‘Senhora Regina, venha, venha!’ E minha mãe saiu, assustada: ‘O que aconteceu?’ E a mulher, do outro lado do jardim, disse: ‘A guerra acabou!’, chorando.

Francisco recordou o abraço das duas mulheres, o pranto e a alegria porque a guerra havia terminado. “Que o Senhor – concluiu – nos dê a graça de poder dizer: ‘Terminou a guerra’ e chorando. ‘Acabou a guerra no meu coração, acabou a guerra na minha família, acabou a guerra no meu bairro, acabou a guerra no meu trabalho, acabou a guerra no mundo’. Assim serão mais fortes a pomba, o arco-íris e a aliança”.

 

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Papa: "Esporte, mensagem de um mundo sem fronteiras e exclusões"

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Cidade do Vaticano (RV) – A agenda do Papa nesta quinta-feira (16/02) incluiu a audiência com uma delegação do Programa Olímpico Internacional Especial.

Special Olympics é um programa internacional de treinamento esportivo e competições atléticas para jovens e adultos com deficiências mentais. Hoje mais de 170 países são afiliados ao Programa.

A próxima competição internacional neste âmbito serão os Jogos Invernais de Stiria, na Áustria, em março. Assim, estava presente na audiência também o bispo de Graz-Seckau, Wilhelm Krautwaschl.

O breve discurso do Pontífice começou lembrando o lema dos atletas que aderem ao Programa: “Que eu possa vencer, mas se não conseguir, que possa tentar com todas as minhas forças”.

Inspirado por estas palavras, Francisco enalteceu o esforço de preparação destes atletas, que requer fadigas e sacrifícios, mas faz crescer na paciência e na perseverança, gerando força e coragem para adquirir capacidades.

Na base de qualquer atividade esportiva, está a alegria: de se movimentar e de estar juntos; a alegria pela vida e os dons que o Criador nos oferece, todo dia. Podemos aprender de vocês a nos alegrar pelas pequenas e simples coisas”, disse o Papa.

A mensagem que o Programa passa é a de um ‘mundo sem exclusões’, encorajou Francisco, pois ‘o esporte difunde a cultura do encontro e da solidariedade, mostrando um mundo no qual todo obstáculo e barreira podem ser superados.

“Vocês são um sinal de esperança para aqueles que querem uma sociedade mais inclusiva. Toda vida é preciosa, toda pessoa é um dom e a inclusão enriquece as comunidades”, concluiu.

(CM)

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Papa visita universidade pública de Roma nesta sexta-feira

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Roma (RV) – O Papa Francisco tem compromisso com os estudantes, professores e funcionários da universidade pública Roma Tre na manhã desta sexta-feira (17). É a primeira vez do Pontífice em uma instituição do gênero na Itália, em específico, uma universidade conhecida pela sua atenção aos problemas sociais da cidade e frequentada por cerca de 40 mil estudantes. Em 2002, o Papa João Paulo II já tinha visitado o local. 

"Certamente é uma experiência positiva para nós, estudantes. A gente sente o Papa muito próximo e gostaríamos mesmo de ouvir o que ele tem a nos dizer, por exemplo, em relação às problemáticas que enfrentamos como o tema do trabalho, a esperança no futuro, a motivação em poder construir uma família, que é um tema, atualmente, em forte crise. É muito importante que fale dos valores fundamentais que estão sendo perdidos nesta época de internet, em se tratando das relações entre as pessoas."

Uma refugiada política, que fugiu do seu país em guerra, poderá dar o seu testemunho ao Papa. A estudante Nour Essa, de 31 anos, é formada em Agricultura na Síria, tem especialização em Microbiologia na França e está inscrita no terceiro ano de Biologia  na Roma Tre. Francisco encontrou a jovem no campo de refugiados de Lesbos, na Grécia, e, junto com o marido e o filho, vieram a Roma a pedido do Papa.

Nós escapamos da guerra porque o meu marido foi chamado para o serviço militar. A gente não queria matar os nossos irmãos. Foi uma viagem muito longa, passada por muitos traficantes, do regime sírio, do autoproclamado Estado Islâmico. Pagamos cerca de 3 mil euros para chegar na Turquia. A vida lá era muito difícil. Chegamos em Lesbos e aí aconteceu a visita do Papa Francisco. E fomos chamados para vir a Roma no avião com ele.

Segundo o reitor da Universidade Roma Tre, Mario Panizza, os jovens sentem o Papa Francisco tão próximo porque experimentam a capacidade de compartilhar situações mais difíceis que as deles, de conflito e de dificuldades econômicas, mas abertas ao respeito e à harmonia entre as culturas, à integração e inclusão.

Penso que esse seu empenho, sobretudo perante os sujeitos frágeis, seja um traço importante para os jovens que certamente seguem essa indicação, mas também para  nós, educadores. Identificar ainda a parte ‘baixa’ do mundo e entender que as dificuldades econômicas que existem entre norte e sul do planeta também devem ser compreendidas. E  nós estamos no coração do Mediterrâneo, onde os problemas de paz são muito sentidos e são muito fortes.

Sobre o diálogo entre crentes e não-crentes, enfatizado por Papa Francisco, o reitor se diz satisfeito:

Acredito que isso pode colocar todos de acordo, porque existem valores de respeito com o próximo que são independentes do ser crente ou não crente. É o valor da cultura do respeito com o próximo. Sinto-me lisonjeado por ter um confronto com uma personalidade que hoje é também uma personalidade política, além de ser um guia da Igreja.

Roma e as quatro universidades públicas

A cidade de Roma tem quatro universidades públicas. A mais antiga é a La Sapienza com 700 anos. A outra é a Tor Vergata, que nasceu um pouco antes da Roma Tre. E ainda tem aquela instituição que se concentra na saúde e no esporte que é o Foro Italico. A Universidade Roma Tre nasceu em 1992 com o projeto de revalorizar uma área industrial e tem três missões: didática, pesquisa e atenção aos problemas sociais da cidade. (AC)

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"Scholas" reunirá jovens cristãos, judeus e muçulmanos em Jerusalém

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Jerusalém (RV) – A Fundação pontifícia Scholas Occurrentes realizará seu próximo Congresso em Jerusalém, reunindo jovens muçulmanos, judeus e cristãos, antecipou na quarta-feira (15/02) seu Presidente, José María del Corral. 

Em entrevista ao Notimex, Del Corral revelou que o Governo, as autoridades educativas de Israel e a Universidade Judaica de Jerusalém, entraram em contato com o Papa Francisco, pedindo a ele para que o próximo Congressos de Scholas, previsto para julho deste ano, se realizasse em Jerusalém.

“Depois de ter feito a experiência de integração de jovens nos Emirados Árabes, em Dubai, com jovens muçulmanos, é uma alegria para nós, com esta esperiência que vimos fazendo, remando com um grande esforço, realizá-la agora em Jerusalém, com muçulmanos, judeus e muçulmanos”, afirmou.

Scholas Ocurrentes é um projeto impulsionado pelo Papa Francisco desde que era Arcebispo de Buenos Aires, para enfrentar o efeito da crise social que afetava os jovens.

No projeto, jovens provenientes de escolas públicas e privadas, de distintas Confissões religiosas e estratos sociais, “saem das salas de aula” para utilizar seu tempo baseado em três pilares: tecnologia, arte e esporte.

México

A Fundação Pontifícia implementará nos próximos dias no municipio de Metepec, no México um projeto piloto que permitirá aos jovens estudantes discutir seus problemas e buscar soluções para melhorar seu mundo. A experiência terá a duração de duas semanas.

“O Papa disse: “sim, queremos encontros, comecemos por mudar a educação”. A educação que estamos tendo, não somente não responde às necesidades dos jovens de hoje, assim como não estão dando respostas aos grandes problemas da humanidade”, assegurou Del Corral, que confidenciou que depois do projeto piloto, a iniciativa poderá se difundir por todo o México.

Scholas Ocurrentes está presente em 190 países, com a adesão de mais de 430 mil escolas, universidades e redes educativas, públicas, privadas, cristãs, judaicas e muçulmanas.

(Je/Notimex)

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Cardeal Parolin: viagem do Papa à França "num futuro próximo"

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Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco deseja visitar a França e a esperança é que a viagem possa realizar-se "num futuro próximo”. Foi o que disse o secretário de Estado vaticano, Cardeal Pietro Parolin, numa longa entrevista concedida a Jean-Marie Dumont e publicada esta quinta-feira (16/02) na revista “Família Cristã”, edição francesa.

“Numa precedente entrevista à ‘Família Cristã’ – ressaltou o Cardeal Paolin – disse que o Santo Padre gostaria de ir à França, como afirmou ele mesmo retornando de Estrasburgo em 2014.  Nesse espaço de tempo, como sabem, tivemos a celebração do Jubileu extraordinário da misericórdia, devido ao qual Sua Santidade teve que reduzir o número de viagens fora da Itália.”

“Após  as eleições presidenciais e as eleições parlamentares que se realizarão este ano na França – continuou o purpurado –, talvez possamos tomar em consideração a possibilidade de uma visita à França, na esperança de que isso possa acontecer num futuro próximo.” (Sir / RL)

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Dia da Mulher será comemorado no Vaticano

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Cidade do Vaticano (RV) – O Dia Internacional da Mulher será comemorado também no Vaticano. No dia 8 de março, terá lugar na Casina Pio IV, nos jardins vaticanos, mais uma edição de “Vozes de Fé”.

Trata-se de um evento promovido pela Fundação Fidel Götz, que organiza para esta ocasião uma tarde de música e de testemunhos oferecidos por mulheres que lutam pela paz e o desenvolvimento. A edição de 2017 é intitulada “Misturando as águas. Fazendo o Impossível, Possível”.

A abertura será feita pelo Prepósito-Geral da Companhia de Jesus, Pe. Arturo Sosa. A primeira parte será composta por testemunhos de mulheres promotoras de paz, com o título “O que o amor pode fazer”.

A segunda parte será dedicada “às vozes de fé de todo o mundo”. O continente latino-americano será representado por Paula Moreno, colombiana, fundadora e presidente de “Manos Visibles”.

O encerramento será feito pelo jesuíta Pe. Thomas H. Smolich, diretor do Serviço Jesuíta para Refugiados.

O evento poderá visto ao vivo a partir das 15h (CET). 

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Bioética: hoje o homem persegue sonho de onipotência, diz Dom Paglia

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Cidade do Vaticano (RV) - Os membros do Centro nacional de bioética da Conferência episcopal estadunidense estiveram reunidos estes dias em Dallas, no Texas, em seu “Workshop” anual, com os bispos e especialistas.

Um dos convidados foi o presidente da Pontifícia Academia para a Vida e chanceler do Instituto João Paulo II, Dom Vincenzo Paglia. O arcebispo italiano chamou a atenção para uma nova cultura da vida capaz de “reconstruir” uma antropologia adequada para os desafios contemporâneos, não “entrando em conflito” com realidades que não conhecemos.

Antes de identificar os “inimigos”, aprendamos a conhecer os companheiros de caminhada, exortou. “A Igreja tem um grande tesouro de sabedoria humana que pode inspirar um novo humanismo em relação a todas as culturas”, disse o prelado.

Dom Paglia evocou a exigência de um atento discernimento dos sinais dos tempos, sem atitudes rigoristas e sem esconder  aspectos negativos . “Hoje o homem, como enlouquecido, persegue um sonho de onipotência, iludindo-se poder reestruturar como lhe apraz” o laço indissolúvel que une o matrimônio entre homem e mulher e a essência da vida.

Diante da necessidade de identificar os desafios éticos que se nos apresentam e de oferecer respostas inclusivas, o presidente da Pontifícia Academia para a Vida evidenciou três pontos-chave: o desenvolvimento da medicina preventiva, a pretensão de gerir tecnologicamente a geração humana, a dificuldade de falar de natureza humana de modo não somente defensivo.

Trata-se de problemas enormes que impõe uma nova cultura, capaz de ir além dos limites impostos pelos horizontes culturais e linguísticos da tecnologia para “abrir-nos a um novo sentido de responsabilidade para a construção de sempre novas alianças com pessoas, culturas e religiões, unidas no propósito de não querer assistir ao pôr do sol sobre a humanidade”, ressaltou Dom Paglia. (Sir / RL)

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Santa Sé na Onu: atenção à exploração sustentável dos recursos marinhos

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Nova York (RV) - Políticas internacionais, regionais e locais: esses são os três níveis de ação que a Santa Sé chama em causa para a tutela da biodiversidade dos mares e dos oceanos e para contrastar todas aquelas práticas que, sendo feitas de modo abusivo, danificam tal riqueza.

O observador permanente da Santa Sé junto à Onu, em Nova York, Dom Bernardito Auza, fez-se porta-voz da preocupação sobre esse tema em pronunciamento na Comissão preparatória para a Conferência Onu que se ocupa do 14º Objetivo do Desenvolvimento sustentável, concernente, de modo específico, à conservação e ao uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos.

Respeito à criação

O arcebispo filipino recordou a atenção sobre o tema mostrada pelo Papa na Carta encíclica “Laudato si”, na passagem em que se detém a considerar, entre os vários aspectos “da atual crise ecológica”, o da “poluição marinha, da acidificação dos oceanos, da diminuição dos oceanos, da diminuição dos estoque de peixes, da perda de biodiversidade e a degradação dos ecossistemas marinhos e costeiros”.

São os mesmos temas que constituem o arcabouço daqueles “diálogos de parcerias” iniciados pelas Nações Unidas sobre a questão. Diálogos baseados em alguns princípios: o “respeito pela criação, o bem comum, a dignidade de todo ser humano e a justiça que se deve a todos”, observou o representante da Santa Sé.

Crise ecológica é também moral

Ao recordar a convicção do Papa segundo a qual “é impossível enfrentar de modo adequado o impacto negativo do comportamento humano sobre o ambiente sem considerar as causas e os efeitos desse comportamento”, Dom Auza relançou a ideia de Francisco de um diálogo voltado a uma abordagem e uma ação partilhadas no seio da comunidade internacional.

Uma modalidade de ação que envolva no processo de decisão, em vários níveis, tanto o mundo da política e da economia, quanto o do direito e da ciência, da filosofia e da cultura, alcançando “os institutos de caráter ético e religioso, porque o combate aos problemas ecológicos tem dimensões morais e espirituais”, afirmou o representante vaticano.

Único caminho, uma ação conjunta

Dom Auza insistiu que essa abordagem coletiva deverá colocar lado a lado “todos os setores que buscam a redução da poluição e da acidez dos oceanos” e, ao mesmo tempo, auxiliar “a pesca sustentável, a promoção do sustento dos pescadores em pequena escala, o reconhecimento das peculiares circunstâncias das faixas pobres – em particular, daqueles que vivem em países menos desenvolvidos e em pequenos Estados insulares em desenvolvimento – e a implementação de leis internacionais, regionais e locais e as políticas voltadas ao alcance de tais objetivos. Nenhuma parceria válida deve ser excluída desse diálogo”, concluiu o Arcebispo Auza. (DC / RL)

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Primeira peregrinação da Guarda Suíça à Terra Santa

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Cidade do Vaticano (RV) – Um grupo da Guarda Suiça pontifícia chegou esta quinta-feira em Jerusalém, como parte da primeira peregrinação que este Corpo de Guarda realiza à Terra Santa desde a sua criação no século XVI. 

“Quando o Papa viaja, os Comandantes às vezes o acompanham, porém os guardas nunca haviam feito uma peregrinação à Terra Santa”, explicou à Agência Efe o Padre Juan María Solana, do Instituto Notre Dame da Santa Sé, falando a respeito deste itinerário “eminentemente espiritual”, que tem início esta quinta-feira.

De fato, durante dois meses, Jerusalém receberá grupos de doze integrantes deste Corpo de Guarda, até que todos os seus 120 membros realizem a peregrinação.

“É um dos menores e mais interesantes corpos militares do mundo, criado em 1506 para proteger a pessoa do Papa durante um período muito complicado”, recorda o sacerdote, salientando o caráter folclórico que o caracteriza, “com uniformes desenhados por Michelangelo”.

Na sexta-feira, o grupo participará em Jerusalém do único ato público da peregrinação, com uma celebração no Instituto Notre Dame, do qual tomarão parte o representante do Vaticano em Israel e Chipre, Dom Giuseppe Lazzarotto, e o Capelão Thomas Vitmar, além do Padre Solana.

A Guarda Suiça visitará os lugares santos de Jerusalém e o Mar da Galiléia, além de participar de conferências e de formação cristã.

(je/efe)

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Igreja no Mundo



16 de fevereiro: data importante para cristãos em Uganda e RDC

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Roma (RV) – A data de hoje, 16 de fevereiro é um marco para os cristãos na África. De fato, em 1977, o Arcebispo anglicano Janani Luwum foi morto por militares a mando do ditador Idi Amin, com o objetivo de calar uma voz crítica ao regime despótico. A investigação da morte concluiu tratar-se de um “acidente de trânsito”.

República Democrática do Congo

Em 16 de fevereiro de 1992, no então Zaire – atual República Democrática do Congo (RDC) – a Igreja Católica organizou a “marcha pacífica dos cristãos”, para pressionar outro ditador, Mobutu Sese Seko, a reunir a Conferência Nacional Soberana, para organizar eleições livres e independentes.

A polícia interveio, matando cerca de vinte manifestantes. Mobutu, porém, viu-se obrigado a ceder às pressões internas e internacionais, e em 14 de agosto de 1992, o líder da oposição Etienne Tshisekedi (falecido recentemente), tornou-se o Primeiro Ministro de um Governo de transição, que deveria guiar a nação às eleições.

João Paulo II

Em Uganda, a recordação do sacrifício do Arcebispo anglicano assumiu um significado ecumênico, desde que João Paulo II, durante sua visita ao país em 1982, prestou-lhe homenagem na Capela dos Mártires, na Catedral anglicana de Cantuária. O local foi criado para recordar o Arcebispo Luwum.

Na atual República Democrática do Congo, espera-se que a recordação da mobilização popular em favor da democracia, motive políticos a superar o impasse sobre a aplicação do acordo de São Silvestre, para levar o país a novas eleições. O caminho da democracia é difícil, mas não impossível, mesmo se marcado pelo sangue de muitos.

(Fides/Je)

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Tawadros II e Al-Tayyeb: valores religiosos para manter unidade nacional

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Cairo (RV) – Os valores religiosos e morais são mais do que fundamentais hoje em dia para manter viva a unidade nacional, e sobretudo, para preservar o tecido da sociedade das iminentes ameaças do fundamentalismo e do terrorismo.

Foi o que defenderam na última terça-feiraanter viva a unidade nacional, e sobretudo, para preservar o tecido da sociedade das iminentes ameaças do fundamentalismo e do terrorismo. (14/02) os líderes das duas principais comunidades religiosas do Egito: Ahmed Al-Tayyeb, Grão Imame de al-Azhar – a mais prestigiosas autoridade acadêmica do Islã sunita – e Tawadros II, Patriarca da Igreja Copa Ortodoxa.

Segundo referido pelo L’Osservatore Romano, os dois líderes participaram da sessão de abertura de um encontro que tratou precisamente da importância social dos valores éticos. O evento responde aos diversos apelos lançados pelo Presidente Al-Sissi – sobretudo após os episódios de terrorismo – para que as ideias extremistas não encontrem lugar no pensamento e no discurso religioso.

Al-Tayyeb: a importância da educação dos jovens

Uma perspectiva, aliás, vista com bons olhos pelos líderes religiosos egípcios. Al Tayyeb, em seu pronunciamento, sublinhou a este propósito a importância dos processos educativos, ressaltando como os jovens egípcios pertencem a uma civilização profundamente radicada na história humana.

“Este patrimônio cultural – disse o Imame de Al-Azhar – pode ser retomado a qualquer momento, com a condição de que todos cooperem, cada um no próprio campo, para criar uma atmosfera adaptada e as condições para relançar o papel dos jovens”.

Tawadros II ressalta a importância do papel da instituição familiar

Também o Patriarca copto-ortodoxo ressaltou a necessidade de potencializar os processos e as estruturas educacionais do país, ressaltando ao mesmo tempo a importância de relançar o papel da instituição familiar e de seus valores como pedra angular da vida social.

Disto, a necessidade de reavaliar os princípios morais também como fatores de estabilidade e segurança do país. Nesta perspectiva é recordado que somente há poucos dias, o Presidente Al-Sisi havia lançado um alarme sobre o grande número de divórcios que são verificados no Egito há algum tempo.

De fato, durante uma cerimônia pública, o Chefe de Estado citou os dados do Escritório de Estatística Nacional, que revelam que cerca de 40% dos 90 mil matrimônios celebrados anualmente no Egito, terminam com o divórcio em até cinco anos.

Para enfrentar o fenômeno, Al-Sisi havia proposto considerar legal um divórcio, somente se este se realizasse na presença de um representante religioso autorizado pelo governo. Em substância, esta medida contrastaria uma prática muito difundida na comunidade islâmica, conhecida como  “divórcio à voz”,  que permite aos homens, e somente a eles, de romper o vínculo matrimonial somente com uma declaração oral.

A proposta de Al-Sisi é vista com bons olhos pelo Secretário da Comissão Parlamentar para os Assuntos Religiosos, Amr Hamruch, mas não – como referido pela Agência Fides – pelo Conselho dos Anciãos de Al-Azhar, que em uma declaração oficial, confirmou a validade do “divórcio à voz”, considerando que tal prática satisfaz as condições da lei islâmica.

(L’Osservatore Romano / JE)

 

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Aleppo semelhante à Hiroshima. Hospital "Esperança" em pé

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Damasco (RV) – Terror, destruição e desolação não mataram a esperança de pode recomeçar. E precisamente “Esperança” é o nome de um hospital que ficou em pé entre as ruínas da cidade de Aleppo.

Aleppo como Hiroshima

Em um veemente apelo divulgado pelo site da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, o Diretor do Hospital, Prof. Emile Katti, descreve o estado de emergência em que vive a população: o faz de modo eficaz, recorrendo a uma imagem impressa na memória e no imaginário coletivo: a cidade japonesa de Hiroshima arrasada pelo ataque nuclear ao final da II Guerra Mundial.

“A situação em  Aleppo – explica ele –  mesmo sem a bomba atômica, é idêntica”: seis anos de guerra reduziram os habitantes a uma situação extrema: sem bens de primeira necessidade, água, remédios, casa, trabalho”.

Ameaça jihadista

“Desde que a cidade foi libertada – conta Katti – o número de feridos teve uma redução, mas ainda não há segurança”. A ameaça dos jihadistas do Al-Nusra ainda é iminente, estão a menos de 3 km de nós, a sudeste, e lançam foguetes sobre um bairro distante 1 km daqui. Há alguns dias, foram mortas ao menos 3 pessoas e 40 feridas”.

Embargo impede chegada de medicamentos

O médico dirige-se aos responsáveis políticos da comunidade internacional e pede a eles para que se coloque fim ao embargo. “Se os aparelhos hospitalares estragam – explica -  não podemos consertá-los, porque os engenheiros biomédicos abandonaram Aleppo e não querem voltar devido aos riscos. Não podemos nem mesmo comprar novos, pela falta de fundos agravada pela desvalorização da lira síria”.

Ademais, mesmo que existam medicamentos para as doenças mais comuns, faltam medicamentos para tratar as doenças crônicas graves. “O nosso trabalho – revela o diretor do hospital – é salvar vidas, mas não podemos fazê-lo se, por causa do embargo, não nos são garantidos os instrumentos necessários para tal”.

Falta água, eletricidade, aquecimento

Os habitantes de Aleppo têm necessidade das coisas mais elementares. Em primeiro lugar, água, cujo fluxo da cidade de Raqqa foi bloqueado há mais de dois meses pelo Estado Islâmico, deixando privados deste bem vital cerca de 3 milhões de pessoas.

“Na cidade – conta Katti – existem 130 poços estatais, mas não são suficientes. Há falta também de eletricidade. Para suprir a demanda, já há 4 anos se recorre aos geradores, que todavia, sendo pré-disponibilizados somente para usos emergenciais, seguidamente estragam ou explodem devido ao uso continuado”.

Por fim, o Reitor do hospital “A Esperança”, menciona a grave carência de combustíveis e óleo para o aquecimento, em uma estação, o inverno, em que as temperaturas desceram aos seis graus negativos.

Dezenas de milhares de cristãos fugidos

Há poucos dias, das ruínas de Aleppo, elevou-se o pedido de socorro da Irmã Guadalupe de Rodrigo, missionária argentina do Instituto do Verbo Encarnado.

Pedindo para que não seja esquecida a particular situação de indigência de cerca de duas mil famílias cristãs, a religiosa pediu orações e ajuda concreta para que muitas famílias que fugiram nos últimos anos por causa do Evangelho, possam voltar às suas terras.

Na martirizada cidade síria, “em julho de 2012 – conta a religiosa – os cristãos eram cerca de 120 mil. Hoje são apenas cerca de 35 mil”. Os jihadistas, de fato, passaram a mirar, em particular, ataques aos bairros cristãos de Azizie e Sulaymaniyeh.

Projeto da AIS em favor dos cristãos em Aleppo

Em Aleppo, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), dedicou desde 2011 um fundo, por meio do qual, até agora, foram realizados projetos num montante de quase 2 milhões e meio de euros. As doações podem ser realizadas, consultando o site da AIS italiana.

(je/po)

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Patriarca caldeu receberá Prêmio Cardeal Franz König

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Bagdá (RV) – Esta sexta-feira, 17 de fevereiro, o Patriarca da Igreja Caldeia, Mar Louis Raphael I Sako, será condecorado com o Prêmio Cardeal Franz König, em reconhecimento pelos “extraordinários méritos do Patriarca na proteção dos direitos dos cristãos orientais, fieis testemunhos do Evangelho de Cristo há 2000 anos”.

A honorificência será entregue pelo novo Presidente da Fundação Cardeal König, Dom Manfred Scheuer, Bispo de Linz, Áustria, que estará acompanhado nesta viagem de solidariedade aos cristãos iraquianos pelos Presidentes da Fundação vienense pró-Oriente, Johann Marte e da Initiative Christerlicher Orient und Freunde des Turabdin, (ICO) Dechant Slawomir Dadas.

Durante a visita, Dom Scheuer manterá encontros com representantes políticos e de outras Confissões cristãs, e realizará uma viagem aos povoados cristãos libertados na Planície do Nínive.

(je/ Baghdadhope)

 

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RCC celebra Jubileu de Ouro em Duquesne, EUA

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Washington (RV) – Os 50 anos de nascimento da Renovação Carismática Católica (RCC) estão sendo celebrados em Duquesne, Pittsburgh (EUA), de 15 a 19 de fevereiro. Presentes no encontro, entre outros, Mons. Jonas Abib, da Canção Nova e Reinaldo Beserra Dos Reis. 

Líderes de diversas realidades da Renovação presentes no mundo, estão reunidos precisamente no local onde realizou-se o primeiro Retiro dos estudantes da Universidade de Duquesne. Serão cinco dias “para dar graças a Deus por este Jubileu de Ouro da Renovação”, diz uma nota.

Os primeiros dois dias serão dedicados à reflexão e à partilha sobre os temas “Os frutos da Renovação” e “Para onde o Senhor está conduzindo a Renovação?”. Na sexta-feira, 17, e sábado, 18, as sessões serão abertas, com testemunhos na parte da tarde.

A RCC está presente em 204 países dos cinco continentes, envolvendo mais de 100 milhões de católicos, assumindo nos vários países estilos, formas e estados jurídicos diferentes entre si, mas com uma característica comum: a efusão do Espírito Santo.

Contemporaneamente ao encontro de Duquesne, de 17 a 19 de fevereiro, a RCC italiana organiza um encontro de oração em apoio ao Jubileu. Serão 50 horas de oração nos mesmos dias daquele histórico final de semana em que, tradicionalmente, é fixado como o início da Renovação Carismática Católica, ocorrido na Universidade de Duquesne em Pittsburgh, na Pensilvânia.

“Nos encontramos em Pittsburgh – declarou o Presidente da RCC italiana, Salvatore Martinez – cinquenta anos após o histórico final de semana em Duquesne, para deixar-nos surpreender e maravilhar mais uma vez pelo Espírito Santo. A graça da Renovação não teme o envelhecimento! Antes pelo contrário, encontra no Pontificado de Francisco uma instância de grande atualidade e de desenvolvimento, no duplo registro da missão carismática e do ecumenismo espiritual. Estes dias serão ocasião para despertar em nós, mediante uma forte oração, o espírito profético e a invocação de um novo Pentecostes na Igreja e no mundo. E é maravilhoso pensar que a mesma experiência, em comunhão de intenções e espírito, poderá ser vivida por todas irmãs e irmãos de nossos Grupos e Comunidades que estão na Itália, mediante a iniciativa “50 horas de oração pelos 50 anos da Renovação”. No Espírito Santo está sempre um novo início!”.

(JE)

 

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Formação



Igreja perde fiéis. Como manter vivas as comunidades?

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Cidade do Vaticano (RV) – Como ‘fazer Igreja’ aonde não existe clero suficiente? Como manter vivas e animadas as comunidades nas quais a Eucaristia é uma raridade, aonde padres passam raramente para celebrar uma missa? Serão estas algumas das razões pelas quais os brasileiros estão se tornando cada vez menos católicos e menos religiosos? O que a Igreja pode fazer neste sentido? Como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil enfrenta esta questão? Quem responde é Dom Leonardo Steiner, Secretário-geral da entidade. 

"Existem algumas dificuldades internas nossas da Igreja que precisamos rever e estamos revendo. Temos feito discussões muito maduras, muito livres, e temos dado passos. Por exemplo: nós refletimos sobre a vida das comunidades. Comunidade de comunidades, uma nova paróquia. Nós refletimos sobre a missão do leigo na Igreja. São passos que a nossa Conferência está dando. Levando em consideração, naturalmente – não digo as pesquisas – mas o fenômeno de que muitas pessoas têm saído, têm deixado a Igreja Católica, assim como muitas pessoas retornam hoje à Igreja católica. Nós precisamos ser mais missionários: o Papa nos tem incentivado a isso, mas talvez tenhamos que achar maneiras de ser mais presentes nas periferias e com uma presença melhor nas nossas universidades, no meio intelectual. E nos interiores, termos a ousadia de ter em cada comunidade uma boa liderança, uma liderança ‘oficial’; quer dizer, o bispo designa alguém, designa duas pessoas para animar a comunidade, para – digamos assim – celebrar com a comunidade. Então, a comunidade sente que existe alguém que em nome do bispo, em nome da Igreja, está aí, nos anima, celebra conosco e também nos ajuda a enfrentar as dificuldades, os problemas, as discussões, os distanciamentos, a misericórdia. Creio que falta um pouco, ou bastante, este elemento. E nós temos discutido isso".

"Existe aí uma ou outra iniciativa interessante em nossas dioceses de tentar ter estas lideranças. Nós estamos discutindo, por exemplo, o ministério da Palavra. O Papa tem nos incentivado a discutir isso. Ou seja, aquele home, ou aquela mulher, que na comunidade recebe do bispo o ministério da Palavra, não apenas para celebrá-la, mas para levá-la, porque a Palavra é vital na vida da Igreja. Ninguém recebe a Eucaristia antes da Palavra; ela sempre vem antes. Mesmo na celebração da Eucaristia, a Palavra antecede ao pão: o pão sagrado é sagrado pela Palavra – diz Santo Tomás".

"Estas lideranças, leigas, não são ministérios ordenados, não se trata, portanto, de diáconos permanentes. Aonde existe a possibilidade, por que não? Seria muito bom que fosse, mas não necessariamente a comunidade precisa ser animada por um ministério. O padre vai passar lá, para celebrar a Eucaristia, mas alguém da comunidade precisa estar lá, como um elo de comunhão da própria comunidade”.

“Vou contar um pequeno exemplo: Em São Félix do Araguaia, eu encontrei uma comunidade que por 8 anos não foi visitada e por 8 anos não teve Eucaristia. Eles telefonaram, perguntando se o padre da região que tinha começado o ministério lá pudesse ir visitar... eu disse ‘olha, dentro de 15 dias eu vou para aquela região e vou visitá-los’. Eu cheguei lá e encontrei uma comunidade viva, uma comunidade que se reunia, que celebrava; eles discutiam suas dificuldades, mas por que? Lá eles tinham duas mulheres, uma professora da comunidade que todo domingo que reunia a comunidade, rezavam o terço e ouviam a Palavra de Deus. Quer dizer, esta liderança leiga conseguiu manter viva uma comunidade”.

"Existem várias tentativas, várias reflexões e é claro, nós, como Igreja, vamos refletindo, damos passos e buscamos. Creio que nós no Brasil temos dado passos mas ainda teremos que refletir em maior profundidade para enfrentar o fenômeno (do afastamento dos católicos da Igreja)".

(CM)

 

 

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"Misericordia et misera" e a receptividade do magistério de Francisco

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Cidade do Vaticano (RV) - Amigo ouvinte, o quadro “Nova Evangelização e Concílio Vaticano II” procura trazer sempre um pouco da caminhada da Igreja neste terceiro milênio, no signo do urgente chamado à nova evangelização, e o faz privilegiando de modo particular a realidade da Igreja no Brasil em seu caminho pós-conciliar. Neste contexto, trazemos também abordagens pertinentes ao Papa Francisco no que diz respeito ao acolhimento e receptividade de seu magistério. 

Na edição de hoje temos de volta a participação do assessor para a Comissão de Doutrina da Fé da CNBB e Subsecretário de Pastoral, Mons. Antônio Luiz Catelan, que é também membro da Comissão Teológica Internacional da Congregação para a Doutrina da Fé.

Nosso convidado de hoje retorna a propósito do magistério do Papa Francisco, mais precisamente para tratar da recepção e acolhimento, por parte da Igreja no Brasil, da Carta Apostólica “Misericordia et misera”, assinada pelo Papa Francisco no domingo, 20 de novembro passado, ao término da missa de encerramento do Jubileu extraordinário da Misericórdia.

A Carta Apostólica com a qual o Pontífice encerrou o Ano Santo abre, porém, a toda a Igreja, uma pastoral e uma cultura da misericórdia que possa ser plataforma para a nova evangelização onde as portas da casa do Pai estão escancaradas sobretudo para quem busca aquela ternura interior que é consolação do espírito abatido, do espírito que passou por provações.

Na participação anterior, Mons. Catelan falou-nos sobre a recepção e acolhimento, por parte da Igreja no Brasil, da “Amoris laetitia”, Exortação Apostólica fruto do último Sínodo dos Bispos, que foi dedicado à família.

Mons. Catelan evidenciou-nos que logo após a publicação do documento pontifício “sobre o amor na família” a Igreja no Brasil se organizou para estudar e aprofundá-lo, constituindo assim, num primeiro momento, uma fase de estudo, de conhecimento do texto. E isso foi feito por um grande número de dioceses, com sessões de estudo tanto para leigos quanto para padres, ressaltou. A mesma atenção está sendo dada agora à Carta Apostólica “Misericordia et misera”.

Retomando as considerações feitas precedentemente sobre a “Amoris laetitia”, Mons. Catelan destaca na edição de hoje que a recepção de um documento magisterial do Pontífice tem fases diferentes, passando da fase do simples estudo para a tentativa de indicar propostas para alguns dos desafios que o Papa apresenta no documento em questão.

A abordagem do nosso entrevistado considera o primeiro momento do acolhimento do documento pontifício, destaca o modo como a “Misericordia et misera” repercutiu na imprensa leiga em geral, não sem equívocos, mas com um esforço da mídia católica no Brasil se buscou eliminar tais mal-entendidos.

Mons. Catelan diz não reputar tais equívocos de tudo negativo porque isso ajudou a despertar atenção para o documento, que de outro modo dificilmente teria tido a repercussão que teve. Ouçamos então nosso convidado sobre a recepção da Carta Apostólica do Santo Padre (ouça clicando acima).

(RL)

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